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Anatomia Animal e Humana

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Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE 
MOÇAMBIQUE 
Centro de Ensino à Distância 
 
 
Manual de Curso de Licenciatura em Ensino de 
Biologia 
 
 
UCM-Centro de Ensino à Distância Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia – B0034 
 
ii 
 
 
 
Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia 
Universidade Católica de Moçambique 
Centro de Ensino à Distância 
Direitos de autor (Copyright) 
Este manual é propriedade da Universidade Católica de Moçambique, Centro de Ensino `a 
Distância (CED) e contêm reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou 
reprodução deste manual, no seu todo ou em partes, sob quaisquer formas ou por quaisquer 
meios (electrónicos, mecânico, gravação, fotocópia ou outros), sem permissão expressa de 
entidade editora (Universidade Católica de Moçambique-Centro de Ensino `a Distância). O 
não cumprimento desta advertência é passivel a processos judiciais. 
Elaborado Por: Carlos José Pedro 
Licenciado em Ensino de Biologia pela Universidade Pedagógica - Delegação da Beira. 
Colaborador e Docente do Centro de Ensino a Distância-Departamento de Biologia da 
Universidade Católica de Moçambique. 
 
Universidade Católica de Moçambique 
Centro de Ensino `a Distância-CED 
Rua Correira de Brito No 613-Ponta-Gêa 
Moçambique-Beira 
Telefone: 23 32 64 05 
Cel: 82 50 18 44 0 
 
UCM-Centro de Ensino à Distância Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia – B0034 
 
iii 
 
Fax:23 32 64 06 
E-mail:ced@ucm.ac.mz 
Website: www..ucm.ac.mz 
 
 
 
Agradecimentos 
A Universidade Católica de Moçambique - Centro de Ensino à Distância e o autor do presente 
manual, dr. Carlos José Pedro, agradecem a colaboração dos seguintes indivíduos e 
instituições na eleboração deste manual. 
 
Pela contribuição no conteúdo temático dr. Carlos José Pedro, Colaborador e Docente 
do Centro de Ensino à Distância da 
Universidade Católica de Moçambique 
 
Pelas imagens e ilustrações dr. Carlos José Pedro, Colaborador do Centro 
de Ensino à Distância & (Delegado e Docente 
na UCM-CED) 
Pela revisão linguística dr. Fernando Mualava, Colaborador e 
Docente do Centro de Ensino à Distancia da 
Universidade Católica de Moçambique 
 
 
UCM-Centro de Ensino à Distância Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia – B0034 
 
iv 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ÍNDICE 
Visão Geral ............................................................................................................................1 
Objectivos da Cadeira .............................................................................................................2 
Quem deveria estudar esta Cadeira .........................................................................................2 
Conteúdos da cadeira ..............................................................................................................3 
Ícones de Actividade ..............................................................................................................3 
Habilidades de Estudo ............................................................................................................4 
Precisa de Apoio? ...................................................................................................................5 
Avaliação ...............................................................................................................................6 
Unidade – 0 1. Introdução a anatomia .....................................................................................8 
Unidade – 02. Evolução Histórica ......................................................................................... 21 
Unidade – 03. Evolução Filogenética dos Sistemas nos Invertebrados .................................. 25 
Unidade – 04. Evolução Filogenética dos Sistemas nos Vertebrados ..................................... 40 
Unidade – 05. Sistema Endócrino-Biocomunicação do sistema endócrino ............................ 73 
Unidade – 06. Sistema endócrino – Regulação do sistema endócrino .................................... 80 
Unidades 7. Caracteristicas evolutivas do tegumento comum e seus anexos .......................... 86 
Unidade – 08. Organização dos Peixes ................................................................................. 94 
Unidade – 09. Morfologia dos Peixes ................................................................................. 104 
Unidade – 10. Organização dos Anfíbios ............................................................................ 114 
Unidade – 11. Morfologia dos Anfíbios .............................................................................. 122 
Unidade – 12. Organização das aves ................................................................................... 127 
Unidade – 13. Morfologia das aves ..................................................................................... 137 
Unidade – 14. Organização dos Mamíferos ......................................................................... 143 
UCM-Centro de Ensino à Distância Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia – B0034 
 
v 
 
Unidade – 15. Morfologia dos mamiferos ........................................................................... 150 
Unidade – 16. Sistema de Referências ................................................................................ 159 
Unidade – 17. Osteologia - Estudo dos Ossos ..................................................................... 165 
Unidade – 18. Osteologia - Estudo dos Ossos ..................................................................... 168 
Unidade – 19. Osteologia - Estudo dos ossos ...................................................................... 173 
Unidade – 20. Artrologia – Estudo das articulações ............................................................ 181 
Unidade – 21. Movimentos articulares ................................................................................ 190 
Unidade – 22. Miologia – Músculos ................................................................................... 206 
Unidade – 23. Miologia – Constituição dos músculos ......................................................... 212 
Unidade – 24. Miologia – Doenças Musculares .................................................................. 223 
Referências Bibliográficas .................................................................................................. 233 
 
UCM-Centro de Ensino à Distância Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia – B0034 
 
1 
 
Visão Geral 
Bem vindo à Anatomia Humana e Animal 
Caro estudante, bem vindo à Anatomia Humana e Animal. A 
Anatomia Humana e Animal, é um campo das ciências Biológicas 
que se ocupa com o estudo dos aspectos da estrutura interna do 
corpo do Homem e dos animais, descrevendo a estrutura morfo-
fisiológica dos organismos na natureza. 
Esta cadeira permitirá que o prezado estudante, compreenda as 
diferentes formas estruturais e morfo-funcionais dos organismos 
humano e animal, em diferentes habitats na natureza e dentro da 
perspectiva evolutiva. 
Neste módulo, serão discutidos assuntos como: introdução do 
estudo da anatomia, breve historial da anatomia, evolução 
filogenética dos sistemas nos invertebrados e vertebrados, sistema 
endócrino, características evolutivas do tegumento, organização 
dos peixes, morfologia dos peixes, organização dos anfíbios, 
morfologia dos anfíbios, organização das aves, morfologia das 
aves, organizagação dos mamíferos, morfologia dos mamíferos, 
sistema de referências, estudo dos ossos, estudo das articulações, 
movimentos articulares, músculos, constituição dos músculos e 
doenças musculares. 
 
 
 
 
 
UCM-Centro de Ensino à Distância Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia – B00342 
 
 
Objectivos da Cadeira 
Objectivo geral 
 Conhecer a anatomia humana e animal e a sua história; 
Objectivos Específicos 
Ao terminar o estudo da Anatomia Humana e Animal, deverá ser 
capaz de: 
 
 
Objectivos 
 Aplicar os conhecimentos sobre a anatomia animal e 
humana; 
 Caracterizar anatomicamente os órgãos dos sistemas dos 
animais invertebrados até aos vertebrados inclusive o 
Homem; 
 Descrever a estrutura dos sistemas do organismo animal e 
humano; 
 Elaborar esquemas da estrutura dos órgãos dos sistemas do 
corpo; 
 Relacionar a estrutura e funcionamento dos órgãos e 
sistemas; 
 Fazer ligação do funcionamento dos diferentes órgãos e 
sistemas. 
 
Quem deveria estudar esta Cadeira 
Este manual da cadeira de Anatomia Humana e Animal foi 
concebido para todos aqueles que estam a ingressar para os cursos 
de Licenciatura em Ensino de Biológia, dos programas do Centro 
de Ensino à Distância, e para aqueles que desejam consolidar seus 
conhecimentos em Anatomia Humana e Animal, para que sejam 
capazes de compreender melhor os aspectos morfo-fisiológicos do 
organismo humano e animal. 
UCM-Centro de Ensino à Distância Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia – B0034 
 
3 
 
Todos os manuais das cadeiras dos cursos oferecidos pela 
Universidade Católica de Moçambique - Centro de Ensino à 
Distância (UCM-CED) encontram-se estruturados da seguinte 
maneira: 
 Indíce completo; 
 Uma visão geral detalhada da cadeira, resumindo os aspectos – 
chaves que você precisa conhecer para completar o estudo; 
 Unidades temáticas; 
 Sumários; 
 Exercicios. 
 
Conteúdos da cadeira 
 A cadeira está estruturada em unidades de aprendizagem. Cada 
unidade inclue, o tema, uma introdução, objectivos da unidade, 
conteúdo da unidade incluindo actividades de aprendizagem, 
um sumário da unidade e uma ou mais actividades para auto-
avaliação. 
Outros recursos 
 Para quem esteja interessado em aprender mais, apresentamos 
uma lista de recursos adicionais para você explorar. Estes 
recursos podem incluir livros, artigos ou sites na internet. 
 
Ícones de Actividade 
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas 
margens das folhas. Estes ícones servem para identificar diferentes 
partes do processo de aprendizagem. Podem indicar uma parcela 
UCM-Centro de Ensino à Distância Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia – B0034 
 
4 
 
específica de texto, uma nova actividade ou tarefa, uma mudança 
de actividade, etc. 
Acerca dos ícones 
Os ícones usados neste manual são símbolos africanos, conhecidos 
por adrinka. Estes símbolos têm origem no povo Ashante de África 
ocidental, ditam do século 17 e ainda se usam hoje em dia. 
Habilidades de Estudo 
Caro estudante, procure olhar para você em três dimensões 
nomeadamente: O lado social, professional e estudantil, daí será 
importante planificar muito bem o seu tempo. 
Procure reservar no mínimo 2 (duas) horas de estudo por dia e use 
ao máximo o tempo disponível nos finais de semana. Lembre-se 
que é necessário elaborar um plano de estudo individual, que inclui, 
a data, o dia, a hora, o que estudar, como estudar e com quêm 
estudar (sozinho, com colegas, outros). 
Evite o estudo baseado em memorização, pois é cansativo e não 
produz bons resultados, use métodos mais activos, procure 
desenvolver suas competências mediante a resolução de problemas 
específicos, estudos de casos, reflexão, etc. 
Os manuais contêm muita informação, algumas chaves, outras 
complementares, daí será importante saber filtrar e apresentar a 
informação mais relevante. Use estas informações para a resolução 
dos exercícios, problemas e desenvolvimento de actividades. A 
tomada de notas desenpenha um papel muito importante. 
Um aspecto importante a ter em conta é a elaboração de um plano 
de desenvolvimento pessoal (PDP), onde você reflecte sobre os 
seus pontos fracos e fortes, perspectivas e o seu desenvolvimento. 
UCM-Centro de Ensino à Distância Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia – B0034 
 
5 
 
Lembre-se que o teu sucesso depende da sua entrega, você é o 
responsável pela sua própria aprendizagem e cabe a ti planificar, 
organizar, gerir, controlar e avaliar o seu próprio progresso. 
Precisa de Apoio? 
Caro estudante, temos a certeza de que por uma ou por outra 
situação, o material impresso, lhe pode suscitar alguma dúvida 
(falta de clareza, alguns erros de natureza frásica, prováveis erros 
ortográficos, falta de clareza conteudística, etc). Nestes casos, 
contacte o tutor, via telefone, escreva uma carta participando a 
situação e se estiver próximo do tutor, contacte-o pessoalmente. 
Os tutores têm por obrigação, monitorar a sua aprendizagem, daí o 
estudante terá a oportunidade de interagir objectivamente com o 
tutor, usando para o efeito os mecânismos apresentados acima. 
Todos os tutores têm por obrigação facilitar a interação, em caso de 
problemas específicos ele deve ser o primeiro a ser contactado, 
numa fase posterior contacte o coordenador do curso e se o 
problema fôr da natureza geral, contacte a direcção do CED, pelo 
número 825018440. 
Os contactos só se podem efectuar, nos dias úteis e nas horas 
normais de expediente. 
As sessões presenciais são um momento em que você, caro 
estudante, tem a oportunidade de interagir com todo o staff do 
CED, neste período pode apresentar dúvidas, tratar questões 
administrativas, entre outras. 
O estudo em grupo, com os colegas é uma forma a ter em conta, 
busque apoio com os colegas, discutam juntos, apoiem-se 
mutuamnte, reflictam sobre estratégias de superação, mas produza 
UCM-Centro de Ensino à Distância Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia – B0034 
 
6 
 
de forma independênte o seu próprio saber e desenvolva suas 
competências. 
Juntos na Educação à Distância, vencedo a distância. 
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) 
O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, actividades e 
auto-avaliação), contudo nem todas deverão ser entregues, mas é 
importante que sejem realizadas. As tarefas devem ser entregues 
antes do período presencial. 
Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega, e o não 
cumprimento dos prazos de entrega, implica a não classificação do 
estudante. 
Os trabalhos devem ser entregues ao CED e os mesmos devem ser 
dirigidos ao tutor/docentes. 
Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa, 
contudo os mesmos devem ser devidamente referenciados, 
respeitando os direitos do autor. 
O plagiarismo deve ser evitado, a transcrição fiel de mais de 8 
(oito) palavras de um autor, sem o citar é considerado plágio. A 
honestidade, humildade científica e o respeito pelos direitos 
autorais devem marcar a realização dos trabalhos. 
 
Avaliação 
1. Você será avaliado durante o estudo independente (80% do 
curso) e o período presencial (20%). A avaliação do 
estudante é regulamentada com base no chamado 
regulamento de avaliação. 
UCM-Centro de Ensino à Distância Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia – B0034 
 
7 
 
2. Os trabalhos de campo por ti desenvolvidos, durante o 
estudo individual, concorrem para os 25% do cálculo da 
média de frequência da cadeira. 
3. Os testes são realizados durante as sessões presenciais e 
concorrem para os 75% do cálculo da média de frequência 
da cadeira. 
4. Os exames são realizados no final da cadeira e durante as 
sessões presenciais, eles representam 60%, o que 
adicionado aos 40% da média de frequência, determinam a 
nota final com a qual o estudante conclui a cadeira. 
5. A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da 
cadeira. 
6. Nesta cadeira o estudante deverá realizar: 2 (dois) trabalhos; 
1 (um) teste e 1 (exame). 
7. Não estão previstas quaisquer avaliações orais. 
8. Algumas actividades práticas, relatórios e reflexões serão 
utilizadas como ferramentas de avaliação formativa.9. Durante a realização das avaliações, os estudantes devem 
ter em consideração: a apresentação; a coerência textual; o 
grau de cientificidade; a forma de conclusão dos assuntos, 
as recomendações, a indicação das referências utilizadas, o 
respeito pelos direitos do autor, entre outros. 
10. Os objectivos e critérios de avaliação estão indicados no 
manual. Consulte-os. 
11. Alguns feedbacks imediatos estão apresentados no manual. 
UCM-Centro de Ensino à Distância Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia – B0034 
 
8 
 
Unidade – 0 1. Introdução a anatomia 
 
Tema: Introdução a Anatomia 
 Que é a anatomia? 
 Generalidade da anatomia comparada 
Introdução 
Prezado estudante, seja bem vindo a introdução da anatomia. Ele estuda 
grandes estruturas e sistemas do corpo humano, deixando o estudo de 
tecidos para a histologia e das células para a citologia. 
Portanto, está convidado para uma discussão activa sobre o tema proposto 
nesta unidade. 
Ao completar esta unidade você será capaz de: 
 
 
 
Objectivos 
 
 
 Definir o conceito de Anatomia; 
 Identificar os ramos da anatomia; 
 Descrever os ramos da anatomia; 
 Relacionar um ramo com os outros. 
 
Introdução a Anatomia 
Etimologia: O termo Anatomia vem do Grego antigo (Anatome) e 
significa: Ana = cortar; Tome = em partes, ou; 
A palavra “ anatomia” significa, o acto de cortar, selecionar, e é quase 
sinónima dissecação, a arte de separar e isolar, com o auxílio de 
instrumentos, os componentes do corpo humano. 
UCM-Centro de Ensino à Distância Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia – B0034 
 
9 
 
Uma “ anatomia” consistia outrora na abertura das paredes do corpo, a fim 
de lhe observar o conteúdo. Este sentido inicial estendeu-se aos resultados 
da dissecação, depois as observações feitas graças a ela e tomou, por fim, o 
de estudo e depois de ciências morfológicas, tanto vegetais como animais. 
Mas com o termo se tornou muito geral e de emprego tão diverso que não 
definia convenientemente o seu objectivo, raras vezes se utilizava sozinho 
e o seu significado passou a ser precisado com o auxílio de qualificativos. 
Assim, diz-se: anatomia humana, anatomia dos vertebrados, do coração, da 
pele, anatomia descritiva, regional, etc. 
 Generalidade da anatomia comparada 
 O domínio da anatomia não se confina ao homem. O anatomista não se 
pode desinteressar da organização dos outros seres vivos, que, embora 
mais smples, o esclarecem utilmente acerca do que tem de mais complexo 
ou cujas particularidades constituem matéria de reflexão. Os animais mais 
próximos do homem, os primatas, diferem no entanto dele em numerosos 
caracteres. Mas, apesar disso, esses seres ajudam - no a definir-se melhor e 
a saber com mais exactidão o que propriamente lhe pertence. 
 A anatomia comparada apenas concede ao homem um lugar 
insignificante. A sua espécie situa-se entre muitas outras classificadas, por 
vezes dificilmente, de acodo com os seus carateres anatómicos. A 
taxónomia, que é a ciência da classificação, baseia-se, com efeito, em 
carateres diversos, nunca únicos, umas vezes alimentares, outras vezes 
anatómicos, mais raramente filogénicos, isto é, paleontológicos e 
ancestrais. No entanto, apeasar dessas dificuldades, apresenta um quadro 
satisfatório, dos grandes agrupamentos zoológicos, com a sua subdivisão 
em ordens, subordem, familias, géneros, espécies e raças, e projecta um 
pouco de luz na compreensão do mundo vivo. A anatomia comparada 
mostra o que é análogo e o que difere, o que é geral e o que é especial, o 
que é constante e o que na forma das estruturas depende da adaptação 
funcional ao meio ambiente. 
Esclarecem-se assim, lentamente, as leis da organização do mundo vivo e a 
sua ascenção progressiva no sentido de mais inteligência e domínio do 
meio ambiente. Embora a linguagem da anatomia comparada esteja 
impregnada de certo antropomorfismo, visto colocar o homem, o que de 
resto é exato (e como duvidar disso?) no cimo da hierárquia, define-o, no 
entanto, em relação aos outros aniamais. Trata-se de um vertebrado, de um 
mamífero placentário, de um primata de desenvolvimento cerebral mais 
UCM-Centro de Ensino à Distância Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia – B0034 
 
10 
 
elevado, de postura e locomoção vertical, de mãos hábeis, em fim, o que o 
destingue dos outros primatas. 
 
Ramos da anatomia 
O uso e a tradição conjugam-se para dar uma definição de anatomia que 
lhe determina o sentido: trata - se da ciência da constituição e da 
organização dos corpos animais e mais especialmemnte do corpo humano. 
Um tratado de anatomia sem outra específicação é um tratado de anatomia 
humana. 
Mas a exposição dos nossos conhecimentos relativos ao corpo do homem 
varia consoante o que-se pretende apresentar e dizer, conforme se deseja 
descrever as estruturas nos seus promenores, na sua ordenação, a uma luz 
muito geral com uma finalidade muito prática. Estes pontos de vista, 
representativos de orientações muito diferentes, são os ramos da anatomia: 
anatomia geral, descritiva, topográfica, médico-cirúrgica, funcional, 
neuranatomia, anatomia radiológica, de superfície, antropológica e 
filosófica para citar apenas os principais. 
 
 I-A anatomia geral 
 Ocupa-se das propriedades das estruturas anatómicas, qualquer que seja a 
sua situção. O osso é estudado como um material organizado, dotado de 
uma arquitetura e possuidor de propriedades físicas, as articulações como 
sistemas mecânicos, os músculos e as aponevroses consoante a sua textura, 
os vasos como condutos que formam redes de destribuição e ligados entre 
si por canais alternativos, etc. O seu dominio confina com os da histologia 
e da anatomia funcional, com as quais se encontra relacionada, no caso da 
primeira no tocante à organização dos tecidos e no caso da segunda pelo 
que se refere as suas propriedades mecânicas, sem no entanto se dedicar ao 
estudo dos problemas próprios de uma e de outra. 
Devido aos temas de que se ocupa, a anatomia geral ambiciona definir as 
leis que regem a forma das estruturas anatómicas e a sua orginização 
II-A anatomia descritiva 
É o modo mais antigo e mais simples de apresentação das estrurturas do 
corpo. Como o seu nome indica, fornece acerca cada órgão uma descrição, 
UCM-Centro de Ensino à Distância Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia – B0034 
 
11 
 
na realidade uma definição, através de um plano lógico e num estilo 
conciso e desprovido de ambiguidade. É o método de exposição de 
Desault, que divide e subdivide os órgãos para lhes estudar cada elemento. 
Concedendo cada pormenor a mesma importância, pode-se- lhe apontar o 
defeito de ser mais um inventário de que uma interpretação dos factos 
observados. Trata-se de um método contrário ao de BICHAT, o qual, 
incidindo mais sobre os pormnores, fornece acerca dos órgãos uma noção 
por vezes insuficientes para o cirurgião, mais que tem o mérito de conceder 
aos factos anatómicos, uns em relação aos outros, a sua verdadeira 
importância. 
De acordo com os seus gostos e as suas tendâncias, um preferirá o 
inventário minuncioso e objectivo dos factos, o outro a descrição de 
elementos escolhidos como os mais representativos do ógão considerado, 
com exclusão dos pormenores, supérfluos ou demasiado variáveis. Mas, 
seja qual fôr o partido adotado, o plano continua a ser o mesmo, é 
sistemático, isto é, obdece a uma ordem determinada e racional: é uma 
análise do organismo em que se consideram sucessivamente órgãos, 
sistemas e aparelhos. 
Um órgão é o suporte ou o agente de uma função. Um sistema abrange 
todos os órgãos que possuem estruturas analogas. Quando vários sistemas 
concorrem para a mesma função, constituem um aparelho. Destinguem-se 
assim: os aparelhos da vida de relação e de locomoção, os aparelhos da 
vida vegetativa ou de nutrição e de excreção e o aparelho de reprodução. 
 Como qualquer ciência, a anatomia utiliza uma linguagem própria, 
descreveos órgãos, define as suas dimensões, o seu peso, a sua cor e a sua 
consistência e compara-os figuradamente as formas conhecidas: 
geométricas como o circulo, o hexágono, a pirâmide, o cilindro ou a esfera; 
mecânicas ou usuais, como o moitão, a respiga, a mortagem, a prensa ou a 
cisterna, ou observadas na natureza, como a lua, o sol e as estrelas; 
extraidas da botânica, como o tronco, as raizes, os ramos, as folham, as 
árvores, as nervuras, e as tuberosidades; da terra, como os regos e as 
eminências; dos corpos animais, como a cabeça para designar as 
extremidades arredondadas e o colo as partes extranguladas, etc. Estes 
termos evocadores demostram a antiguidade de semelhante vocabulário. A 
antiguidade e a idade média, como a renascença, fizeram-nos chegar até a 
nós e muitos deles formam inclusivamente adaptados pela linguagem 
comum. 
UCM-Centro de Ensino à Distância Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia – B0034 
 
12 
 
Um órgão deve ser orientado em relação a planos de referência ou eixos: 
vertical, horizontal, médio, direito, esquerdo, longitudinal, superior, 
inferior, superficial e profundo. Outros termos são menos usuais e mais 
próprios da anatomia: chama-se sagital a um plano ou um órgão orientado 
da frente para trás, frontal a um órgão situado num plano paralelo a f ronte 
e transversal quando o plano é horizontal. 
Um elemento anatómico apresenta uma face média virada para o eixo do 
corpo e lateral quando a face se encontra virada para fora. 
As faces anterior e posterior orieta-se a primeira para frente e a segunda 
para atrás. São também designadas por face ventral e a face dorsal. Uma 
extremidade recebe o nome de cranial ou caudal, consoante esteja virada 
para o crânio ou para extremidade inferior do tronco. 
 Quando se trata de membros, aplica-se o adjectivo “proximal” à parte 
mais próxima da sua raiz e o adjectivo «distal» a parte mais afastada. O 
lado de anti-braço virado para o eixo do corpo é o lado cubital e o virado 
para fora é o lado radial. A mão possui uma face palmar e uma face 
dorsal.A perna, uma face tibial virada para o eixo do corpo e uma face 
peronial ou fibular orientada para fora. 
 Em anatomia utiliza-se muitos outros termos, a maior parte dos quais não 
necessitam de serem explicados, pois compreendem-se facilamnte, e 
outtros são definidos pela própria desecrição anatómica. 
 
III-A anatomia topográfica ou regional 
Descreve o corpo humano adoptando como plano as grandes regiões: a 
cabeça, o pescoço, o tórax, o abdomen, a bacia e os membros. Cada uma 
destas regiões subdividem-se, por seu torno, em regiões secundárias, cuja 
individualidade resulta quer da sua situação – a nuca, por exemplo - ou da 
sua massa, como a nádega, quer de um elemento anatómico especial, como 
a região parotidiana. O membro superior decompõe-se, assim, em 12 
regiões secundárias. 
Considera-se cada região uma entidade, com o seu esqueleto, as suas 
articulações, os seus músculos, os seus vasos e os seus nervos, pelomenos 
em todos os casos em que estes elementos se encontram representados, 
mas não necessariamente todos (a região carotidiana, por exemplo, não 
tem esqueleto). Seja, porém, qual for o número ou a natureza dos 
UCM-Centro de Ensino à Distância Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia – B0034 
 
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componentes da região, a anatomia topográfica destingue apenas conjuntos 
de órgãos, considerados segundo as suas relações locais e não 
exclusivamente, como acontece na anatomia descrtitva, segundo a sua 
integração num sistema. 
A fim de precisar tais relações, a anatomia topográfica investiga e 
multiplica o que possa ser um elemento de reconhecmento na exploração 
de uma região: a profundidade das estruturas, os planos sucessivos 
atravessados, a constituição das paredes de uma célula, a proximidade ou o 
afastamento, a forma como se agrupam ou cruzam os órgãos. E descreve 
os dispositivos que se podem observar: se três elementos anatomicos 
desenham um triâgulo em que se passe um nervo, uma artéria, o triângulo é 
considerado por sua vez uma entidade e utilizado como processo de 
sinalização. Deste modo a anatomia topográfica identifica fendas, canais, 
disfiladeiros, goteiras, cortinas, tudo o que delimita uma região, lhe 
permite comunicar com as regiões vizinhas, a atravessa ou ocupa. 
Seguiu-se aqui um método de exposição especial: uma vez definida a 
região, pode-se querer proceder de acordo com o andamento da dissecação, 
partindo dos planos mais superficiais – isto é, da pele – para os planos mais 
profundos e indicando os elementos anatómicos a medida que surjam, quer 
ainda construir a região através da colocação sucessiva das suas paredes e 
depois do seu conteúdo. 
Este último método, muito didáctico, é o mais indicado para explicar uma 
região ao estudante que a ignore, mas o primeiro tem a vantagem de ser um 
excelente guia para aquele que disseque ou opere. 
 A anatomia topográfica leva-nos assim, muito naturalmente, a outra 
anatomia, a das aplicações práticas, a anatomia médico- cirúrgica. 
 
IV-A anatomia Médico - Cirúrgica 
Considera, como a anterior, as estruturas regionais, mas chama a atenção 
para o que se reveste de interesse para o cirurgião ou o médico. Estes têm 
de respeitar determinadas regras, pois tal feixe nervoso ou tal ramificação 
artérial pode ser mais importante do que um músculo, apesar de muito 
mais volumoso, tal interstício articular facilita a passagem do escarpelo no 
decurso de uma desarticulação ou tal ponto de referência ser util para 
encontrar sem hesitação a artéria que se deve ligar. A anatomia médico- 
cirúrgica fixa a variação de aspectos e trajectos de um elemento encontrado 
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pela mão do cirurgião. Por seu torno, o médico deve saber onde encostar o 
ouvido para auscultar ou descobrir a sede da dor e como explorar através 
da pele um órgão profundo. Para isso, tem de conhecer as zonas mudas e 
sonoras, os pontos dolorosos e as áreas de projcção do coração, do pulmão, 
do figado ou do baço. A anatomia médico- cirúrgica é um guia na 
exploração do corpo, impõe gestos e proibe ou autoriza tal ou tal manóbra. 
Constantemente posta à prova e constantemente renovada, acompanha e 
por vezes precede os progressos da arte médica ou cirúrigca. A cirúrgia do 
coração, do figado, do pulmão ou do cérebro por exemplo, tornou-se 
possível graças aos progressos da anéstesia, da reanimação e da circulação 
extracorporal, mas só pode ser técnicamente disciplinada por se conhecer a 
estrutura e arquetetura desses órgãos. A esta anatomia prática dá-se ainda o 
nome de anatomia aplicada, subentendido à médicina da cirúrgia. 
 
V-A anatomia Funcional 
 Esta disciplina estuda e investiga as relações existentes entre as formas 
dos órgãos e a sua função. Trata-se de uma anatomia fisiológica. Não é, 
porém, uma disciplina fisiológica, pois o fisiológista estuda 
expermentalemente as funções como tais, independentemente da forma: 
função nervosa, circulatória, respiratória, de excrecção, de reprodução, de 
termorregulação, etc. A fisiológia não pode ignorar os órgãos, pois as 
funções exercem-se no seu seio, mas o seu objectivo não é o órgão; 
interessa-se apenas pelos mecanismos e pela sua regulação e pelos factores 
que modificam e fazem variar uma função que está em condições de variar. 
Por isso, o fisiológista é levado actualmente a dar mais importância aos 
modelos do que aos órgãos e a aparelhagem de que dependem as medições, 
os cálculos e, em última análise, a precisão dos resultados expermentais. 
Assim, tem diminuido progressivamente o interesse que os fisiologistas 
dedicavam noutro tempo as estruturas anatómicas. No estudo da função 
muscular, por exemplo, isto é, da contração, pouco importa que se trate da 
contração deste ou daquele músculo. Muitos outros exemplos poderiam ser 
dados a tal respeito. 
 O domínio da anatomia funcional é muito diferente.Esta disciplina 
considera determinado órgão o agente de uma função especial e não de 
uma função geral, e é essa função que interessa definir: valor e acção de 
cada músculo individualmente designado nesta ou naquela posição, e 
funcionamento de cada articulação; papel da distribuição vascular ou 
nervosa no funciomanto de um órgão; dispositivos anatómicos de 
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regulação etc. Compete anatomia funcional pôr em evidência não só o 
significado das estruturas anatómicas no que tem organizado, mas também 
no que modifica simultaneamente a forma e função. Esta anatomia tem 
hoje mais aceitação do que antigamente, ao passo que diminui da anatomia 
descritiva do género da de Desault. 
A biomecânica é um bom exemplo de anatomia funcional. O seu domínio 
confunde-se que com aparelho locomotor, cujos órgãos podem ser 
comparados a órgãos mecânicos. O osso é sólido, mas cada osso possui 
forma bem definida, uma arquitetura, um lugar no conjunto do organismo 
que lhe confere papel próprio. O osso obdece as forças que actuam sobre 
ele, sofre coaçoes, deforma-se, resiste ou quebra-se, e as suas deformações 
podem ser medidas com o auxílio de instrumentos apropriados. Os ossos já 
não aparecem asssim como simples suportes, mas sim como elementos 
vivos dotados de personalidade, de valor funcional especial. Uma 
articulação aparesenta superfícies de dislizamento, uma estrutura que 
comanda a natureza do moviemnto, é uma polia, uma rótula. Um músculo 
é não só uma força aplicada a uma alavanca cujo a valor funcional se pode 
calcular, mas também algo que se pode excitar electricamente e cujo a 
paritcipação num movimento pode ser precisada graças a electromiografia. 
O mesmo não acontece com os vasos considerados canais, dotados de 
esficteres e sefões, que apresentam ramificaçães e dentro dos quais circula 
sob pressão um liquido viscoso, o sangue, cuja circulação obdece as leis da 
mecânica dos fluidos. 
 Os brônquios, canais aéreos semi- rigiões, conduzem através das suas 
ramifcações um fluxo de ar contido em bolsas fechadas submetidas a 
pressões que o aspiram ou expulsam, etc. 
 
 
 
VI- A Neuranatomia 
 Esta disciplina dedica-se ao sistema nervoso central, isto é, as formações 
cerebrais, ao cerébelo, ao tronco cerebral e a medula. A neuranatomia 
ocupa actualmente lugar especial devido ao seu próprio tema, aos seus 
métodos de investigação e as suas aplicações à neurocirúrgia, a neurologia, 
etc. 
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 A forma exterior do sistema nervoso central conta menos do que o estudo 
da sua estrutura, constituida por centros (substâncias cinzentas), 
agrupamentos celulares ou núcleos, que são os relais, os pontos terminais, 
ou a origem de canais nervosos sensitivos e motrizes, e de canais 
(substância branca) que chegam aos centros ou deles provém, ou 
constituem ainda sistemas de regulação ou associação. 
As relações dos centros nervosos, contudo o organismo por intermédio dos 
nervos periféricos e as suas relações com a vida psíquica e com a vida 
negativa tornam a neuronatomia apaixonante. No seu desenvolvimennto 
participam anatomia comparada, a histologia, a citologia, a fisiologia, a 
fisica, a química e a patologia. 
 
VII-A anatomia Radiologica 
 Os raios X constituem um meio de investigação anatómica muito útil. A 
radiografia e a radiocinematografia são hoje de uso corrente. Sem efração 
corporal, os raios revelam as estruturas ocultas do indivíduo vivo e 
mostram a sua forma exata ou mutável no decurso da sua actividade 
fisiológica. Os estudos de mecânica articular permitiam analisar o 
funcionamento de uma articulação a partir da sua forma: o radiocinema 
mostra esse mesmo funcionamento nas suas diferentes fases. A radiologia 
fornece as imagens desses tipos sucessivos ou seu filme contínuo. 
Iniciamente, o campo de rádioanatomia não ultrapassou ou das partes 
duras, o esqueleto, seguiu-se o das visceras - pulmão, coração e intestino – 
e depois o da cavidade tenporariamente ou pacíficada, como as do coração 
e dos vasos. Nasceram assim a cardiografia, a artereografia, a flebografia e 
a linfografia, que proporcionam imagens do coração, das artérias, das veias 
e dos vasos linfaticos, nos quais ciculam o líquido opaco aos raios, ao 
mesmo tempo que o sangue ou a linfa. 
Através da aplicação da chapa radiografica é possível observar a trama 
óssea e a sua continuidade de uma parte do esqueleto para outra. 
Finalmente, os raios permitem radiografar as massas musculares, desenhar-
lhes os contornos nas mais variadas posições e estudar a mecânica da 
faringe e da laringe. 
 Anatomia radiologica acrescenta, portanto, nova dimensão a anatomia, 
tanto mais preciosa quanto é certo dizer respeito a seres vivos. 
 
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VIII-A anatomia de superfície e a anatomia plástica 
Anatomia interessa-se sobretudo pelas estruturas profundas, mas nem por 
isso descura as formas exteriores do indivíduo, tanto mais que essas 
estruturas adquirem formas sob a camada cutânea que as cobre. Muitos 
revelos ósseos, musculares ou tendenosos encontram-se situados 
imediatamente de baixo da pele. O tecido celular sub cutâneo e a gordura 
envolvente, apesar de não limitados como os outros órgãos, pertencem, no 
entanto, ao número das estruturas anatómicas. 
A anatomia de superficie é o complemento da anatomia descrtiva; descreve 
a pele e os seus fâneros, especialmente os pêlos, relevos, pregas e rugas. É 
também o complemento da anatomia topográfica, pois a pele faz parte das 
regiões que ajuda a delimitar, da anatomia médico- cirúrgica, dado que as 
veias sub cutâneas desenham efectivamente o seu trajecto superficial e os 
tendões de numerosos muscúlos se salientam sob a pele. Completa 
finalmente a anatomia funcional devido às indicações que fornce acerca do 
relevo dos muscúlos, que se modifica durante o movimento ou as 
mudanças de atituides. 
A anatomia de superfície proprociona assim múltiplas indicações e tem 
numerosas aplicações. Em educação física permite interpretar o jogo move 
diço das formas. O artista tira proveito do seu conhecimnto para produzir o 
corpo humano em repouso ou em movimento. O mesmo não acontece, 
porém, com a mímica facial, cuja reprodução é mais subtilmente variada e 
exata qunado se baseia no estudo dos muscúlos sub cutâneos do rosto. 
 
IX- A antropologia fisica 
Antropologia é definida como a história natural do homem. Estuda o lugar 
deste entre os outros representantes do reino animal, situa-o e destingue, 
dentro da espécie humana, grupos secunadários – as raças humanas. Este 
trabalho de definição baseia-se em determinado números de caracteres 
fisicos ou biologicos, os primeiros dos quais resultam do estudo anatomico 
do corpo humano. 
A antropologia física, ou “ anatomia antropologica”, utiliza não só o 
reconhecimento de particularidades exteriores, como a cor da pele, dos 
cabelos e dos olhos, mas também medidas. Os dados numéricos permitem 
calculos, relacões ou índices, operações diversas de ordem matemática 
que, para serem aplicadas a formas de seres vivos, dependem de um 
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método especial, a biometria. Asssim, a anatomia passa da fase da 
observação – a priemeira que e que é indispensàvel – à da medição, cuja 
objectividade permite interpretações e deduções úteis. 
 A biometria estuda as variações que constituem a regra dos seres vivos, 
mostra a frequência dos dispositivos anatómicos e qualifica o que é 
normal, o que é tendência e o que é normal, investiga as correlações 
existentes não só as diferentes partes do corpo, mas também entre os 
órgãos e procuram estabelecer as leis que se referem as suas relações. 
O tamanho, e os comprimentosdos segmentos, as dimensões das regiões, 
em especial da cabeça, os diâmetros, as circunferências e os pesos 
dependem, entre outras, da anatomia biométrica. 
A aplicação da biometria aos fenómenos do crescimento e ao 
envelhecimento, bem como à caracterização dos sexos, permite estabelecer 
determinadas leis biológicas. 
 Entre outras aplicações, citamos o estabelecimento dos perfis endócrinos 
ou patológicos e das normas utilizadas na construção de aparelho ou 
instrumentos adaptado às formas do corpo humano. Finalmente, graças a 
fichas sinaléticas, permite estabelecer os componentes genéticos 
individuais. 
 
 
X-A anatomia filosófica 
 Assim que o anatomista ultrapassa a exposição impessoal dos factos para 
os classificar, hierarquizar, e comparar, é levado a procurar o seu 
sgnificado e interpreta as formas vivas em função das suas concepções 
acerca da natureza e a vida. Os factos são sempre vistos através das teórias, 
como muito justamente observa Guillaume. 
Por isso, mesmo que, atento a objectividade e ao rigor científico, o 
anatomista evita filosofar, deixa transparecer aqui ou ali uma opinião, uma 
atitude filosifica perante os factos, quer demonstrando a finalidade dos 
órgãos e o do organismo, quer vendo nas estruturas anatómicas um 
carácter progressivo, regressivo, evolutivo ou adaptativo. É assim levado a 
situá-los entre as manifestações da vida e a interpretar os seus mecanismos 
em função da sua aparição, da sua reprodução e do seu fim. 
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 Sumário 
A palavra “ anatomia” significa, em grego, o acto de cortar, selecionar, e é 
quase sinónima dissecação, a arte de separar e isolar, com o auxílio de 
instrumentos, os componentes do corpo humano. 
Uma “ anatomia” consistia outrora na abertura das paredes do corpo, a fim 
de lhe observar o conteúdo. Este sentido inicial estendeu-se aos resultados 
da dissecação, depois as observações feitas graças a ela e tomou, por fim, o 
de estudo e depois de ciências morfológicas, tanto vegetais como animais. 
O uso e a tradição conjugam-se para dar uma definição de anatomia que 
lhe determina o sentido: trata-se da ciência da constituição e da 
organização dos corpos animais e mais especialmemnte do corpo humano. 
Um tratado de anatomia sem outra especificação é um tratado de anatomia 
humana. 
A anatomia descritiva, como qualquer ciência, a anatomia utiliza uma 
linguagem própria, descreve os órgãos, define as suas dimensões, o seu 
peso, a sua cor e a sua consistência e compara-os figuradamente a formas 
conhecidas. 
A anatomia topográfica leva-nos assim, muito naturalmente, a outra 
anatomia, a das aplicações práticas, a anatomia médico-cerúrgica. A 
anatomia médico-cirúrgica é um guia na exploração do corpo, impõe 
gestos e proibe ou autoriza tal ou tal manóbra. 
Devido aos temas de que se ocupa, a anatomia geral ambiciona definir as 
leis que regem a forma das estruturas anatómicas e a sua orginização. 
O domínio da anatomia funcional é muito diferente. Esta disciplina 
considera determinado órgão o agente de uma função especial e não de 
uma função geral, e é essa função que interessa definir: valor e acção de 
cada músculo individualmente designado nesta ou naquela posição. A 
neuranatomia ocupa actualmente lugar especial devido ao seu próprio 
tema, aos seus métodos de investigação e as suas aplicações à 
neurocirúrgia, a neurologia, etc. A radiologia fornece as imagens desses 
tipos sucessivos ou seu filme contínuo. A anatomia de superficie é o 
complemento da anatomia descrtiva; descreve a pele e os seus fâneros, 
especialmente os pêlos, relevos, pregas e rugas. É também o complemento 
da anatomia topográfica, pois a pele faz parte das regiões que ajuda a 
delimitar, da anatomia médico-cirúrgica, dado que as veias sub cutâneas 
desenham efectivamente o seu trajecto superficial e os tendões de 
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numerosos muscúlos se salientam sob a pele. Completa finalmente a 
anatomia funcional devido às indicações que fornce acerca do relevo dos 
muscúlos, que se modifica durante o movimento ou as mudanças de 
atituides. A antropologia física, ou “ anatomia antropológica”, utiliza não 
só o reconhecimento de particularidades exteriores, como a cor da pele, 
dos cabelos e dos olhos, mas também medidas. A anatomia comparada 
apenas concede ao homem um lugar insignificante. 
 
 
 
Exercícios 
 
1. Dê o conceito de anatomia. 
2. Quais são os ramos da anatomia. 
3. Qual e a diferença entre a anatomia descritiva da 
anatomia topográfica. 
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Unidade – 02. Evolução Histórica 
 
Tema: Breve Historial da Anatomia 
Introdução 
Prezado estudante, seja bem vindo ao estudo da evolução histórica da 
anatomia. O mais antigo relato conhecido de uma dissecação pertence ao 
grego Teófrasto, discípulo de Aristóteles. Ele a chamou de anatomia (em 
grego, anna temnein), o termo que se generalizou, englobando todo o 
campo da biologia que estuda a forma e a estrutura dos seres vivos, 
existentes ou extintos. 
Portanto, está convidado para uma discussão activa sobre o tema proposto 
nesta unidade. 
Ao completar esta unidade você será capaz de: 
 
 
 
 
Objectivos 
 
 
 Descrever o breve historial da anatomia; 
 Explicar o campo de estudo da anatomia; 
 Relacionar as etapas e os eventos históricos; 
 Distinguir as diferentes etapas do historial da anatomia. 
 
Breve Historial da Anatomia 
A historia da anatomia encontra- se estretamente associada às da medicina 
e da cirúrgia, cujo desenvolvimento orginou os seus progressos. 
Em termos mais restritos e clássicos, a anatomia confunde-se com a 
morfologia (biologia) interna, isto é, com o estudo da organização interna 
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dos seres vivos, o que implicava uma vertente predominantemente prática 
que se concretizava através de métodos precisos de corte e dissecação (ou 
dissecação) de seres vivos (cadáveres, pelo menos no ser humano), com o 
intuito de revelar a sua organização estrutural. O mais antigo relato 
conhecido de uma dissecação pertence ao grego Teófrasto, discípulo de 
Aristóteles. Ele a chamou de anatomia (em grego, anna temnein), o termo 
que se generalizou, englobando todo o campo da biologia que estuda a 
forma e a estrutura dos seres vivos, existentes ou extintos. O nome mais 
indicado seria morfologia (que hoje indica o conjunto das leis da 
anatomia), pois “anna temnein” tem, literalmente, um sentido muito 
restrito: significa apenas “dissecar”. 
A anatomia animal, por sua vez, divide-se em dois ramos fundamentais: 
descritiva e topográfica. A primeira ocupa-se da descrição dos diversos 
aparelhos (ósseo, muscular, nervoso, etc...) e subdivide-se em 
macroscópica (estudo dos órgãos quanto a sua forma, seus caracteres 
morfológicos, seu relacionamento e sua constituição) e microscópica 
(estudo da estrutura íntima dos órgãos pela pesquisa microscópica dos 
tecidos e das células). A anatomia topográfica dedica-se ao estudo em 
conjunto de todos os sistemas contidos em cada região do corpo e das 
relações entre eles. A anatomia humana se define como normal quando 
estuda o corpo humano em condições de saúde, e como patológica ao 
interessar-se pelo organismo afectado por anomalias ou processos 
mórbidos. O desejo natural de conhecimento e as necessidades vitais 
levaram o Homem, desde a pré-história, a interessar-se pela anatomia. A 
dissecacção de animais (para sacrifícios) antecedeu a de seres humanos. 
Galeno, nascido a 131 na Ásia Menor, onde provavelmente morreu em 
201, aperfeiçou seus estudos anatômicos em Alexandria. Durante toda a 
Idade Média, foi atribuída enorme autoridade a suas teórias, que incluíam 
errôneas transposições aoHomem de observações feitas em animais. Esse 
facto, mais os preconceitos morais e religiosos que consideravam sacrílega 
a dissecação de cadáveres, retardaram o aparecimento de uma anatomia 
científica. Os grandes progressos da medicina árabe não incluíram a 
anatomia prática, também por questões religiosas. As numerosas 
informações do “Cânon de Medicina”, de Avicena, por exemplo, referem-
se apenas à anatomia de animais. No século IX, o estudo do corpo humano 
voltou a interessar os sábios, graças à escola de médica de Salerno, na 
Itália, e à obra de Constantino, o Africano, que traduziu do árabe para o 
latim numerosos textos médicos gregos. 
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Logo depois, Guglielmo de Saliceto, Rolando de Parma e outros médicos 
medievais enfatizaram a afirmação de Galeno segundo a qual o 
conhecimento anatômico era importante para o exercício da cirurgia: “Pela 
ignorância da anatomia, pode-se ser tímido demais em operações seguras 
ou temerário e audaz em operações difíceis e incertas”. 
O clima geral do Renascimento favoreceu o progresso dos estudos 
anatômicos. A descoberta de textos gregos sobre o assunto, e a influência 
dos pensadores humanistas, levou a Igreja a ser mais condescendente com 
a dissecação de cadáveres. Artistas como Michelangelo (responsável pela 
construção da Capela Sistina, inspirado na anatomia do coração e seus 
vasos da base), Leonardo da Vinci e Rafael mostraram grande interesse 
sobre a estrutura do corpo humano. Leonardo dissecou, talvez, meia dúzia 
de cadáveres. O maior anatomista da época foi o médico Flamengo André 
Vesalius, cujo nome real era Andreas Vesaliusum dos maiores 
contestadores da obscurantista tradição de Galeno. 
Dissecou cadáveres durante anos, em Pádua, e descreveu detalhadamente 
suas descobertas. Seu “De Humani Corporis Fabrica”, publicado em 
Basiléia em 1543, foi o primeiro texto anatômico baseado na observação 
directa do corpo humano e não no livro de Galeno. Este método de 
pesquisa lhe dava muita autoridade e, não obstante as duras polêmicas que 
precisou enfrentar, seus ensinamentos suscitaram a atenção de médicos, 
artistas e estudiosos. Entretanto, provavelmente as técnicas de dissecação e 
preservação das peças anatómicas da época não permitiam um processo 
mais detalhado e minucioso, incorrendo Vesalius em alguns erros, talvez 
pela necessidade de dissecações mais rápidas. Entre seus discípulos, 
continuadores de sua obra, estão Gabriele Fallopio, célebre por seus 
estudos sobre órgãos genitais, tímpanos e músculos dos olhos, e Fabrizio 
d’Acquapendente, que fez construir o Teatro Anatômico, em Pádua (onde 
lecionou por cinquenta anos). A D’Acquapendente se deve, ainda, a exata 
descrição das válvulas das veias. 
 
 
 
 
 
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Sumário 
A história da anatomia encontra-se estretamente associada às da medicina 
e da cirúrgia, cujo desenvolvimento orginou os seus progressos. 
Em termos mais restritos e clássicos, a anatomia confunde-se com a 
morfologia (biologia) interna, isto é, com o estudo da organização interna 
dos seres vivos, o que implicava uma vertente predominantemente prática 
que se concretizava através de métodos precisos de corte e dissecação (ou 
disseção) de seres vivos (cadáveres, pelo menos no ser humano), com o 
intuito de revelar a sua organização estrutural. O mais antigo relato 
conhecido de uma dissecação pertence ao grego Teófrasto, discípulo de 
Aristóteles. Ele a chamou de anatomia (em grego, anna temnein), o termo 
que se generalizou, englobando todo o campo da biologia que estuda a 
forma e a estrutura dos seres vivos, existentes ou extintos. O nome mais 
indicado seria morfologia (que hoje indica o conjunto das leis da 
anatomia), pois “anna temnein” tem, literalmente, um sentido muito 
restrito: significa apenas “dissecar”. Galeno, nascido a 131 na Ásia Menor, 
onde provavelmente morreu em 201, aperfeiçou seus estudos anatômicos 
em Alexandria. Durante toda a idade média, foi atribuída enorme 
autoridade a suas teórias, que incluíam errôneas transposições ao Homem 
de observações feitas em animais. 
 Galeno, dissecou cadáveres durante anos, em Pádua, e descreveu 
detalhadamente suas descobertas. Seu “De Humani Corporis Fabrica”, 
publicado em Basiléia em 1543, foi o primeiro texto anatômico baseado na 
observação directa do corpo humano e não no livro de Galeno. 
 
 
 
Exercícios 
 
 
1. Explique porque a anatomia confunde-se com a 
morfologia. 
2. Qual foi o papel de Galeno na história da anatomia. 
3. Qual foi o relato marcante na vida do grego 
Teófrasto, discípulo do Aristótoles. 
 
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Unidade – 03. Evolução Filogenética dos Sistemas nos Invertebrados 
 
Tema: Evolução filogenética dos Sistemas nos Invertebrados. 
Introdução 
Prezado estudante, seja bem vindo ao estudo da evolução filogenética dos 
Sistemas nos Invertebrados. O reino animal (Metazoa) por ser muito 
extenso, subdivide-se em dois grandes grupos: os vertebrados, que 
possuem vértebras, e os invertebrados, que não as possuem. 
Portanto, está convidado para uma discussão activa sobre estudo da 
evolução filogenética dos sistemas nos invertebrados. 
Ao completar esta unidade você será capaz de: 
 
 
 
Objectivos 
 
 
 Definir os sistemas nos invertebrados 
 Explicar o sistema nos invertebrados 
 Descrever o sistema nos invertebrados; 
 Caracterizar os diferentes sistemas nos invertebrados. 
 
 
Evolução filogenética dos Sistemas nos Invertebrados. 
 Invertebrdos 
O reino animal (Metazoa) por ser muito extenso, subdivide-se em dois 
grandes grupos: os vertebrados, que possuem vértebras, e os invertebrados, 
que não as possuem. 
Os invertebardos simbolizam o início da vida animal na terra; são os seres 
mais simples dentro do reino estudado. 
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Os invertebrados englobam uma grande diversidade de que surgiram no 
mar há muitos milhões de anos, e evouluiram lentamente, dando origem a 
seres com caracteristicas morfológicas progressivamente mais complexas, 
muito antes do aparecimento dos vertebrados. 
 Os invertebrados, devido a sua grande diversidade, são 
subdivididos em 8 filos distintos: esponjas ou poríferos, 
cnidários, platelmintos, nematelmintos, muluscos, anelídeos, 
artrópodes, equinodermas. 
 Os invertebrados são extremamente importantes para harmonia 
da vida terrestre, portanto, são indispensáveis a todos os 
ecossistemas. 
 Estudarermos sua evolução; suas príncipais características 
morfológicas, fisiológicas; sua reprodução; sua respiração. 
 
Características principais 
O grupo dos invertebrados inclui 97% de toda a espécie animal, exceto o 
dos invertebrados. 
 Formação multicelular (grupos diferentes de células compõem este 
organismo); 
 Ausência de paredes celulares (pois são formados por célula 
animal). 
 Com excessão das esponjas, possue tecidos como resultado da sua 
organização celular. 
 São heterótrofos: necessitam extrair a energia necessária para sua 
sobrevivência através dos outros seres. Para isso, eles se alimentam 
de seres autótrofos (vegetais) e heterótrofos (animais). 
 
 
 
 
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 ADN e RNA 
1. Complexo de golgy, vacúolos contráteis e movimento amebóide. 
2. Flagelos e cílios. 
3. Colagens, espongina, diferenciação celular de organismos 
multicelulares. 
4. Neurónios e células musculares. 
5. Simetria biradial. 
6. Bilateralidade, sistema excretor e mesoderme. 
7. Sistema sanguíneo vascular. 
8. Celoma e metamerismo. 
9. Clivagem radial. 
 
Animais invertebrados 
 
Poríferos 
 Diagnose de um porífero: animal filtrador,com nível simples de 
organização corporal, não apresenta qualquer órgão ou sistema. 
Habitat: ambiente aquáticos, a maioria das espécies é marimha. 
Exemplo: poríferos usados como esponjas de banho (género Esponja). 
Dados da anatomia e fisiologia: 
Sistema digestivo: ausente (alimento fagocitose por coanócitos) 
Sistema circulatório: ausente (difusão de substâncias através dos espaços 
entre as células). 
Sistema respiratório: ausente (trocas gasosas ou simples difusão). 
Sisetma excretor: ausente (excreção lançadas, por difusão, na agua 
circundante). 
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28 
 
Sistema nervoso: ausente. 
Reprodução: assexuda, por fragmentação e brotamento; sexuada, com 
desenvolvimento indirecto (larva anfiblástula). 
 
 
Fig.Porifera em corte frontal 
 
 
 
Celenterados 
Diagnose dos celenterados: animal de forma de pólipo ou medusa; 
formado por duas camadas celulares; sistema digestivo incompleto 
apresenta células urticantes, os cnidoblastos; existem espécies que há 
alternância de gerações de pólipos ou medusa. 
Habitat: ambiente aquáticos, a maiora marinha. 
Exemplos: Caravela, Medusa marinha, hydra. 
Sistema digestivo: presente, incompleto (digestão extra ou intracelular). 
Ssitema circulatório: ausente (o alimento é distribuído directamente na 
cavidade gastrovascular). 
Sistema respiratório: ausentes (trocas gasosas por simples difusão). 
Sistema excretor: ausente (excreções lançadas, por simples difusão). 
Sistema: nervoso: ausente (formado por uma rede difusa no corpo). 
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29 
 
Reprodução: alguns pólipos têm reprodução assexuada por brotamento; 
algumas espécies têm ciclos de vida com alternância de gerações sexuada e 
assexuada. 
 
Fig. Sistema digestivo Fig. Sistema reprodutor 
 
Platelmintes 
Diagnose de um platelminte: animal de corpo achatado, formado por três 
tecidos embrionários, corpo sem cavidade (acelomado) preenchido por 
mesenquima; sistema digestivo incompleto, simétria bilateral. 
Habitat: terrestre e aquático, de água doce ou salgada, formas parasitas 
vivem no interior de diversos tipos de hospedeiros. 
Exemplos: planária de água doce, a ténia. 
Sistema digestivo: presente, incompleto (intestino muito ramificado com 
digestão intra e extracelular). 
Sistema circulatório: ausente (alimento destribuido por intestino muito 
ramficados). 
 Sistema respiratório: ausente (trocas gasosas por simples difusão). 
 Sistema excretor: presente (poros excretores na superficie dorsal do 
corpo). 
Sistema nervoso: presente (um par de gânglios cerebrais, ligados a dois 
cordoes nervosos longitudinais). 
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30 
 
Reprodução: em algmas planárias pode haver reprodução assexuada por 
fragmentaçao; as planárias são monóicas com o desenvolvimento directo, 
sem estágio larval; outras especies são dióicas; muitos representantes desse 
filo são parasitas, alguns de diversos estágios intermediários). 
 
Fig. Sistema reprodutor 
 
 
Nematelmintes 
Diagnose de um nematelminte: animais de corpo fino e tubular; 
triblásticos; cavidade corporal denominada pseudoceloma; sistema 
digestivo completo, simétria bilateral. 
Habitat: formas de vida livre, terrestre e de água doce e salgada; formas 
parasitas vivem em diversos tipos de hospedeiros. 
Exemplos: Lombriga 
Sistema digestivo: presente, completo (intestino sem ramificações; 
digestão extra e intracelular). 
Sistema circulatório: ausente (alimento distribuido pelo fluido da cavidade 
pseudocelômica). 
Sistema respiratório: ausente (trocas gasosas por simples difusão). 
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31 
 
Sistema excretor: presente (um par de canais excretores, próximos a boca). 
Sistema nervoso: presente (um anel nervoso em torno da faringe). 
Reprodução: sexuada; em lombriga os vermes têm sexos separados, o ciclo 
parasita é bem complexo com diversos estágios intermediários. 
 
 
Anelideos 
Diagnose de um anelideo: Animal de corpo metamerizado; triblásticos; o 
sistema digestivo completo; simétria bilateral. 
Habitat: animais de vida livre, terrestres de água doce ou salgada. 
Exemplos: um oligoqueto terrestre bem conhecido é a minhoca-louca e 
sanguessuga. 
Sistema digestivo: presente, completo (intestino com regiões diferentes 
faringe; papo; moela e etc.) digestão extra celular. 
 Sistema circulatório: presente, do tipo fechado (presença de vasos 
pulsáticos. 
Sistema respiratpório: ausente (trocas gasosas ocorrem pela superficie bem 
irrigada de sangue). 
Sistema excretor: presente (excreção por meio de nefridios). 
Sistema nervoso: presente (composto por uma nervosa ventral, com um 
gânglios por segmento). 
Reprodução: Sexuada; existindo espécies monóicas e dióicas; em algum 
desenvolvimento é direto, e em outros existem estágios larvais. 
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32 
 
 
Fig.Corte transversal em minhoca 
 
Moluscos 
Diagnose de um molusco: animais de corpo mole, com ou sem concha; 
triblástico; cavidade corporal denominada celoma; sitema digestivo 
completo, com glândula anexa e simétria bilateral. 
 Habitat: animais de vida livre, terrestres de água doce ou salgada, raras 
formas parasitas, têm larvas que vivem em guelras de peixes. Ex: mexilião, 
lulas, polvo e o caracol de jardim. 
Sistema digestivo: presente, completo (intestino com regiões diferenciadas 
com digestão extra celular e intracelular). 
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33 
 
 
Fig.Mexilião aberto, mostrando oca e branquias 
 
Sistema circulatório: presente, do tipo aberto (com coração e vasos 
sanguíneos nos quais circulam o sangue). 
Sistema respiratpório: presente (trocas gasosas ocorrem em órgãos 
especializados com as branqueas e os pulmões, sistema acopulado ao 
circulatorio). 
Sistema excretor: presente (excreção por meio de nefridios, estrutura 
especializada na remoção de residuos). 
Sistema nervoso: presente (composto por três ou quatro pares de gânglios 
nervosos, ligados a nervos que aflige o corpo). 
Reprodução: Sexuada; existindo espécies monóicas e dióicas; em alguns 
casos o desenvolvimento é direto, em outros existem estágios larvais. 
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Fig.Lula em corte longitudinal 
 
Artrópodes 
Diagnose de um artrópode: animal de patas articuladas e exosqueleto 
quitinoso; corpo metamerizado; triblástico, celomado; sistema digestivo 
completo; simétria bilateral. 
Principais classes do filo. 
Crustáceos (Crustáceos): dotados cefalotórax e abdómen, dois pares de 
antenas e cinco pares de patas locomotoras. 
Insectos; corpo dividido em cabeça tórax e abdómen; um par de antenas; 
três pares de patas locomotoras no tórax; sem apêndice abdominal; 
Aracnideos; copo dividido em cefalotórax e abdómen; sem antena; quatro 
pares de patas locomotoras no cefalotórax e sem apêndice abdominal; 
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35 
 
 
Habitat: 
Crustáceos: animais de vida livre, a maioria vivem nos ambientes 
aquáticos, de água doce e salgada; poucas formas terrestres, que precisam 
de muita umidade. 
Insectos: vivem em todos os ambientes, estando ausente apenas no mar, 
são os únicos invertebrados capazes de voar. 
 Aracnidios: a maioria terrestre, com poucos representantes aquáticos. 
Exemplos: 
Crustáceos: camarão, lagosta, siri azul, etc. 
 
 
 
Fig.morfologia de um decapodo, a)externa; b) interna em corte transversal 
 
Insectos: mosca doméstica pernilongo e pulga etc. 
Aracnideos: aranha, escorpião.UCM-Centro de Ensino à Distância Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia – B0034 
 
36 
 
Reprodução: 
Crustáceos: Sexuada, espécies dióicas; com cópula; a fecundação ocorre 
externamente; o desenvolvimento pode ser directo, ou apresentar diversos 
tipos de larvas. 
Insectos: Sexuadas espécies dioicas; com cópula; a fecundação ocorre 
internamente; o desenvolvimento pode ser direto, indireto com 
metamorfose gradual ou indireto com metamorfose completa. 
Aracnideos: sexuada espécie dióica; com cópula e a fecundação ocorre 
internamente, o desenvolvimento 
 
Equinodermes 
 Diagnose de um Equinoderme: animais dotados de simétria radial quando 
adultos; celomados; esqueleto interno; sem metamera; sistema digestivo 
completo; sistema circulatório, excretor e respiratório ausente ou reduzido. 
Habitat: 
Animais de vida livre exclusivamente marinha. 
Ex: São bem conhecidos Ouriços-do-mar ou pindas, as estrelas e o 
corrupio ou bolachas-de-praia; 
Sistema digestivo: presentes, completo (intestino sem grande 
diferenciações, com glândulas digestivas; digestão extra celular). 
Sistema circulatório: ausente (distribuição de substâncias pelo fluido 
celômico). 
Sistema respiratório: ausente (trocas gasosas facilitadas pelo sistema 
hidrovascular). 
Sistema excretor: ausente (excreções diretamente na água). 
Sistema nervoso: presente (composto por um anel nervoso em torno da 
boca). 
Reprodução: sexuada; espécies dioicas; gâmetas elinados na água, 
fecundação externa; desenvolvimento indirecto, vários tipos de larvas. 
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Fig.Ouriço-do-mar, visto em corte na posição frontal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Sumário 
Diagnose de um porífero: animal filtrador, com nível simples de 
organização corporal, não apresenta qualquer órgão ou sistema. 
Exemplo: poríferos usados como esponjas de banho (género Esponja). 
Diagnose dos celenterados: animal de forma de pólipo ou medusa; 
formado por duas camadas celulares; sistema digestivo incompleto 
apresenta células urticantes, os cnidoblastos; existem espécies que há 
alternância de gerações de pólipos ou medusa. 
Exemplos: Caravela, Medusa marinha, hydra. 
Diagnose de um platelminte: animal de corpo achatado, formado por três 
tecidos embrionários, corpo sem cavidade (acelomado) preenchido por 
mesênquima; sistema digestivo incompleto, simétria bilateral. 
Exemplos: planária de água doce, a ténia. 
Diagnose de um nematelminte: animais de corpo fino e tubular; 
triblásticos; cavidade corporal denominada pseudoceloma; sistema 
digestivo completo, simétrica bilateral. Exemplos: Lombriga 
Exemplos Diagnose de um anelideo: Animal de corpo metamerizado; 
triblásticos; o sistema digestivo completo; simétria bilateral. 
Exemplos: um oligoqueto terrestre bem conhecido é a minhoca-louca e 
sanguessuga. 
Diagnose de um molusco: animais de mole, com ou sem concha; 
triblástico; cavidade corporal denominada celoma; sitema digestivo 
completo, com glândula anexa e simétria bilateral. 
 Ex: mexilião, lulas, polvo e o caracol de jardim. 
Diagnose de um artrópode: animal de patas articuladas e exosqueleto 
quitinoso; corpo metamerizado; triblástico, celomado; sistema digestivo 
completo; simetria bilateral. 
Princípais classes do filo. 
Exemplos: 
Crustáceos: camarão, lagosta, siri azul, etc. 
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Insectos: mosca doméstica pernilongo e pulga etc. 
Aracnideos: aranha, escorpião. 
Diagnose de um Equinodermo: animais dotados de simetria radial quando 
adultos; celomados; esqueleto interno; sem metamera; sistema digestivo 
completo; sistema circulatório, excretor e respiratório ausente ou reduzido. 
Habitat: 
Animais de vida livre exclusivamente marinha. 
Ex: São bem conhecidos Ouricos-do-mar ou pindas, as estrelas e o 
corrupio ou bolachas-de-praia. 
 
 
 
Exercícios 
 
 
1. Apresente as estruturas anatómicas da mosca 
vista em corte transversal? 
2. Que funções realizam os apêndice? 
3. Que tipo de esqueleto apresenta o camarão? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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40 
 
Unidade – 04. Evolução Filogenética dos Sistemas nos Vertebrados 
 
Tema: Evolução filogenética dos Sistemas nos vertebrados. 
Introdução 
Prezado estudante, seja bem vindo ao estudo da evolução filogenética dos 
Sistemas nos vertebrados. Nesta pequena viagem que tu e nós estamos a 
fazer pelo reino animal, vamos agora abordar um outro grupo de animais. 
São animais que têm esqueleto interno e uma coluna vertebral, razão 
porque são conhecidos por animais vertebrados. 
Portanto, está convidado para uma discussão activa sobre estudo da 
evolução filogenética dos sistemas nos vertebrados. 
Ao completar esta unidade você será capaz de: 
 
 
 
Objectivos 
 
 
 Definir o sistema nos vertebrados; 
 Explicar a evolução filogenética dos sistemas nos 
vertebrados; 
 Descrever a evolução filogenética dos sistemas nos 
vertebrados; 
 Caracterizar a evolução filogenética dos sistemas nos 
vertebrados. 
 
Evolução filogenética dos sistemas nos vertebrados. 
 Vertebrdos 
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41 
 
O reino animal (Metazoa) por ser muito extenso, subdivide-se em dois 
grandes grupos: os vertebrados, que possuem vértebras, e os invertibrados, 
que não as possuem. 
Os vertebrados (do latim vertebratus, com vértebras) constituem um 
subfilo de animais cordados, compreendendo os agnatos, peixes, anfíbios, 
aves e mamíferos. Caracterizam-se pela presença de coluna vertebral 
segmentada e de crânio que lhe protege o cérebro. 
Outras características adicionais são a presença de um sistema muscular 
geralmente simétrico (a simetria bilateral e também uma característica dos 
invertebrados) e de um sistema nervoso central, formado pelo cérebro e 
pela medula espinal localizados dentro da parte central do esqueleto 
(crâneo e coluna vertebral). 
Foram encontrados vestígios dos vertebrados até ao periodo siluriano (há 
444 a 409 milhões de anos) 
 
Caracteristicas 
Sistema esquelético 
O esqueleto interno que define os vertebrados é formado por cartilagem, 
osso ou, na maior parte dos casos, por estes dois tecidos, e consiste no 
crâneo, na coluna vertebral e em dois pares de membros, embora em 
alguns grupos, como as cobras e as baleias, os membros estejam ausentes 
ou apenas na forma vestigial. O esqueleto dá suporte ao organismo durante 
o crescimento e, por essa razão, a maioria dos vertebrados são de maiores 
dimensões que os invertebrados. 
A presença de um crâneo também possibilitou o desenvolvimento do 
cérebro, pelo que os vertebrados têm maior capacidade de se adaptar ao 
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42 
 
meio ambiente e até de o modificar (vér por exemplo, o caso dos castores 
que constrõem verdadeiras represas). 
Possuem elementos endoesquéleticos metametricamente dispostos 
flanqueando a medula espinhal. Primitivamente existem dois pares destes 
elementos em cada metámero bilateralmente: os interdorsais e os 
basidorsais. Nos Gnathostomata, existem dois pares adicionais 
ventralmente ao notocórdio: os interventrais e os basiventrais. Estes 
elementos chamam-se arcualia podendo fundir-se a uma calcificação do 
notocórdio, o centrum. Este conjunto é a vértebra, e o conjunto formado 
por todas as vértebras é a coluna vertebral. 
A coluna vertebral juntamente com os membros suporta a totalidade do 
corpo dos vertebrados. Este suporte facilita a movimentação. O movimento 
consegue-se normalmentecom a acção dos músculos que se encontram 
ligados diretamente aos ossos ou cartilagens. A forma geral do corpo dos 
vertebrados é determinada pelos músculos. A pele recobre as estruturas 
internas do corpo dos vertebrados e serve, por vezes, de estrutura de 
suporte para elementos de proteção, como as unhas ou pêlos. As penas 
estão também ligadas à pele. 
 O tronco dos vertebrados é oco abrigando os órgãos internos. O coração e 
sistema respiratório estão protegidos no tronco. O coração localiza-se atrás 
das guelras, ou quando existe pulmões, entre eles. 
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43 
 
Fig.Esqueleto humano 
 
Sistema digestivo 
 A digestão 
Os alimentos, na forma como entram no organismo dos animais, não 
podem ser utilizados como elementos construtores de células e tecidos, 
nem como fonte de energia para as actividades vitais. 
Constituem excepção as substâncias dissolvidas que são absorvidas pela 
superfície do corpo dos seres unicelulares e parasitas. 
Para poderem ser utilizados pelo nosso organismo, os alimentos devem ser 
desintegrados e decompostos em partículas minúsculas e simples. 
Ao processo de trituração e desintegração dos alimentos dá-se o nome de 
digestão. 
A digestão nos animais unicelulares 
Nos animais unicelulares, as partículas alimentares ao entrarem na célula 
são submetidas a influências do suco digestivo no vacúolo digestivo, o 
qual as desintegra. 
Depois de desintegrados pelo suco digestivo os alimentos passam ao 
citoplasma onde são incluídos nos processos vitais. Este tipo de digestão 
que ocorre dentro da célula, dá-se o nome de digestão intracelular. 
 
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44 
 
A digestão nos animais pluricelulares 
Naturalmente ainda te recordas da constituição do aparelho digestivo do 
homem. 
O aparelho digestivo da maior parte dos animais é constituído por um tubo 
oco dividido em várias partes, cada uma com a sua respectiva função. As 
partes típicas do aparelho digestivo são a boca, o esófago, o estômago, os 
intestinos e o ânus. 
Nos animais pluricelulares, os alimentos antes de entrarem nas células são 
submetidos a trituração e a desintegração, em diferentes partes do aparelho 
digestivo. Que acontece aos alimentos ao longo do aparelho digestivo? 
Já é do teu conhecimento que alguns animais trituram os alimentos antes 
de os engolir. Outros deglutem partículas grandes e inteiras. Todavia, e por 
via de regra, os animais utilizam as suas mandíbulas e maxilas com os 
respectivos dentes para triturar os alimentos. 
Animais carnívoros tais como gatos, leões, leopardos, cães, e ainda chacais 
e cães-hienas movimentam as suas maxilas só de cima para baixo e vice-
versa (plano vertical), cortando assim a carne aos pedaços, fazendo uso dos 
dentes sectorios. 
Os alimentos de origem vegetal exigem uma trituração minuciosa devido 
ao fato de terem muitos filamentos. Os animais herbívoros tais como bois-
cavalo, elefantes, bois e outros mastigam os alimentos raspando-os através 
dos dentes molares. As maxilas destes animais e as do homem 
movimentam-se não só no plano vertical como também no plano 
horizontal, isto é, movimentam-se para os lados, para frente e para atrás. 
Depois da boca, os alimentos triturados passam ao esófago que os 
encaminha para o estômago. O esófago de algumas aves, principalmente os 
das aves granívoras e a aves de rapinas, tem uma dilatação denominada 
papo, onde os alimentos são armazenados e amolecidos. 
Alguns animais como a mosca-domestica e a aranha não trituram os 
alimentos; eles lançam para os alimentos a sua saliva e sucos digestivos. 
Por seu turno a saliva e os sucos digestivos dissolvem esse alimento e em 
seguida o animal suga-o. 
Como podes facilmente depreender, uma parte da digestão destes animais 
realiza-se fora do corpo deles. 
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45 
 
Uma vez chegados ao estômago, os alimentos sofrem uma outra 
desintegração, desta feita sob a acção dos sucos digestivos. As aves e os 
crustáceos tem um estômago adicional musculoso chamado moela, onde os 
alimentos engolidos são triturados. As pedrinhas e a areia, as aves engolem 
com as comidas auxiliam-nas a triturar o alimento. E o estômago, os 
alimentos, depois de terem sido desintegrados, formam uma massa a que se 
dá o nome de quimo. Do estômago o quimo passa ao intestino delgado. Na 
maioria dos animais desembocam no começo do intestino delgado duas 
glândulas, nomeadamente, o fígado e o pâncreas. Pela acção dos sucos 
segregados por essa glândulas, os alimentos são finalmente transformados 
numa substância que pode ser absorvida pelas paredes do intestino e dar 
entrada no sangue que os levará as células (o quilo). As substâncias não 
digeríveis são encaminhadas para o intestino grosso, onde se acumulam e 
periodicamente saem para o exterior pelo ânus. 
Como acabas de vér, a digestão nos animais pluricelulares não tem lugar 
dentro das células como acontece nos animais unicelulares. Nos animais 
pluricelulares a digestão realiza-se fora das células, dentro de órgão para 
isso especializado a este tipo de digestão dá-se o nome de digestão extra 
célula. 
 
Fig.Sistema digestivo do camarão e do peixe Fig.Sistema digestivo do pombo 
 
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Fig.Sistema digestivo da rã e do cão Fig.Sistema digestivo do Homem 
 
Sistema respiratório 
A respiração 
Dissemos atrás que os animais precisam de energia para realizarem as 
funções de que necessitam para viver, isto é, para realizarem as suas 
funções vitais. 
Como é que a partir dos alimentos os animais recebem essa energia? 
Como é do teu conhecimento, os alimentos, depois de darem entrada no 
sangue, são encaminhados para as células. Nas células as substâncias 
nutritivas sofrem uma combustão, isto é, são “queimadas’’. Desta 
combustão, a que se dá o nome de oxidação devido ao consumo de 
oxigénio, resulta a libertação de energia. Enquanto na oxidação das 
gorduras e dos hidratos de carbono para além da libertação de energia 
forma-se água e dióxido de carbono, na oxidação das proteínas são 
formadas também outras substâncias. Ao processo durante o qual há 
consumo de oxigénio e libertação de dióxido de carbono dá-se o nome de 
respiração. 
De onde é que os animais recebem oxigénio? 
Os animais recebem oxigénio do meio que os rodeia, do meio em que 
habitam. Os animais aquáticos utilizam geralmente o oxigénio dissolvido 
na água. Os animais terrestres consomem o oxigénio do ar atmosférico. 
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Alguns animais aquáticos como a baleia e o dugongo também respiram o 
oxigénio e o ar. 
 
A respiração nos animais 
Animais sem órgãos respiratórios 
Nem todos os animais possue órgãos especialmente adatados à respiração. 
São exemplo disso, os animais unicelulares como a amiba e a paramécia, 
só para citar estes dois e alguns animais pluricelulares como a minhoca, a 
planária e as medusas. As medusas são muito conhecidas nas costas 
tropicais pelas inflamações que provocam na pele das pessoas que tocam 
nelas inadvertidamente. 
Nos animais sem órgão de respiração, as trocas gasosas dão-se ao nível de 
toda a superfície do corpo. O oxigénio do meio ambiente difunde-se no 
organismo e dióxido de carbono saí do organismo para o ambiente. A troca 
de gases dá-se através de uma difusão simples, a uma velocidade muito 
lenta. Os animais desprovidos de órgãos de respiração são, devido à 
lentidão com que se processam as trocas gasosas, de tamanhos minúsculos 
(animais unicelulares) ou então todos os seus processos vitais ocorrem com 
muita lentidão (vermes e medusas). 
 
Animais com órgãos de respiração 
A grande maioria dos animais pluricelulares

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