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Apostila_de_Praticas_de_Bacteriologia

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UNESP – 
 
INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS 
 
 
DEPARTAMENTO DE MICROBIOLOGIA E IMUNOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MEDICINA 
 
Disciplina de Microbiologia Humana 
 
 
 
 
 
 
 
AULAS PRÁTICAS DE BACTERIOLOGIA 
 
 
 
 
2009 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ÍNDICE 
 
 
 
 
 
 
 
LEMBRETES................................................................................................................................................... 1 
RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS .......................................................................................................... 2 
MORFOLOGIA, COLORAÇÃO E ESTRUTURAS DA CÉLULA BACTERIANA.................................. 3 
MEIOS DE CULTURA E CONDIÇÕES FÍSICAS DE CULTIVO BACTERIANO .................................. 7 
CONTROLE DE POPULAÇÕES BACTERIANAS .................................................................................... 9 
TRANSFERÊNCIA DE RESISTÊNCIA A DROGAS ENTRE BACTÉRIAS ......................................... 11 
DETERMINAÇÃO DA SENSIBILIDADE BACTERIANA A DROGAS .................................................. 12 
STAPHYLOCOCCUS................................................................................................................................... 13 
STREPTOCOCCUS ..................................................................................................................................... 16 
NEISSERIA .................................................................................................................................................... 19 
PSEUDOMONAS .......................................................................................................................................... 21 
ENTEROBACTÉRIAS.................................................................................................................................. 22 
 
 1 
 
 
 
LEMBRETES 
 
 
1. Não deixe seus pertences sobre as mesas onde os trabalhos práticos são 
realizados. 
 
2. Não fume e não coma no laboratório. Evite levar à boca qualquer objeto 
(lápis, rótulo, etc.). 
 
3. Não use frascos do laboratório para tomar água. 
 
4. Comunique imediatamente aos instrutores qualquer acidente 
(derramamento de culturas sobre a mesa ou assoalho, ferimentos de 
qualquer espécie, aspirações de culturas na boca, etc.). 
 
5. Coloque sempre nos recipientes indicados o material contaminado. 
 
6. Lave bem as mãos com desinfetante antes de deixar o laboratório. 
 
7. Antes de iniciar suas atividades e depois de terminá-las, limpe, com 
desinfetante, o seu local de trabalho. 
 
8. Durante a permanência no laboratório de aulas práticas é necessário o 
uso de avental. 
 
 
 
 2 
RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS 
 
Após o término de cada aula prática, o aluno deverá entregar relatório 
individual ao docente responsável pela mesma. No caso da atividade 
ocupar o tempo de mais de uma aula, o relatório deverá ser entregue ao 
final da última aula. Porém, para obter a nota o aluno deverá ter 
freqüentado as duas aulas. Caso compareça em apenas uma aula sua nota 
será igual a zero. 
Os relatórios deverão ser simples e objetivos. Devem ser 
apresentados de forma resumida, contendo o (s) objetivo (s), os 
procedimentos e os resultados dos experimentos. Devem ser manuscritos e 
preferencialmente não ocuparem mais que duas folhas. 
 
 
 
 3 
 
 
MORFOLOGIA, COLORAÇÃO E ESTRUTURAS DA CÉLULA 
BACTERIANA 
 
A) Coloração de Bactérias pelo Método de Gram 
 
Material 
 
- Culturas A, B, C e D. 
- Lâminas bem limpas 
- Alça de níquel cromo 
- Solução fisiológica 
- Bateria de Gram: violeta genciana, lugol, álcool, fucsina. 
 
 Técnica 
1. Com o auxílio da alça de níquel cromo, fazer esfregaços bem finos sobre 
a lâmina de microscopia. Esperar secar. 
2. Fixar os esfregaços, passando a lâmina três vezes sobre a chama do 
bico de Bunsen. 
3. Deixar a lâmina esfriar e cobrir os esfregaços com a solução de violeta 
genciana. Esperar 1 minuto. 
4. Escorrer a violeta genciana e cobrir os esfregaços com lugol. Esperar 1 
minuto. 
5. Escorrer o lugol e descorar os esfregaços pelo álcool. Para isto, deixe o 
álcool cair, gota a gota, sobre a lâmina, mantendo-a inclinada. 
Considerar os esfregaços suficientemente descorados quando o álcool 
não mais retirar o corante dos mesmos. 
6. Lavar a lâmina em água corrente. 
7. Cobrir os esfregaços com a solução de fucsina, esperar de 30 segundos 
a 1 minuto. 
8. Lavar a lâmina em água corrente. Secar com auxílio de papel de filtro. 
9. Observar ao microscópio e desenhar. 
 
 4 
Desenhos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lâmina B 
Forma:________________ 
Gram: ________________ 
Lâmina C 
Forma:________________ 
Gram: ________________ 
Lâmina D 
Forma:________________ 
Gram:_________________ 
Lâmina E 
Forma:________________ 
Gram:_________________ 
Lâmina A 
Forma:________________ 
Gram:_________________ 
 
 5 
 
 
B) Coloração de Bactérias pelo Método de Ziehl-Neelsen 
 
 Material 
 
 - Lâmina de microscopia contendo esfregaço de escarro 
 - Bateria de Ziehl-Neelsen: fucsina fenicada, álcool-ácido e azul de 
metileno. 
 
 Técnica 
 
l. Cobrir a lâmina com fucsina fenicada. Com auxílio do bico de Bunsen, 
aquecer a preparação até a emissão de vapores. Manter o aquecimento 
durante 5 minutos. Não deixar a fucsina ferver ou secar. 
2. Escorrer a fucsina e descorar completamente pelo álcool-ácido. 
3. Lavar em água corrente. 
4. Cobrir o esfregaço com a solução de azul de metileno. Esperar entre 30 
segundos a 1 minuto. 
5. Lavar em água corrente e secar com papel de filtro. 
6. Observar ao microscópio e desenhar 
 
 
 
 
 
C) Demonstração de algumas estruturas da célula bacteriana. 
 
Observar lâminas das seguintes estruturas da célula bacteriana: parede 
celular, cápsula, granulações metacromáticas e esporos e desenhar. 
Bacilos Álcool-
Ácido Resistentes 
 
 6 
Desenhos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cápsula 
Granulações metacromáticas 
 
Esporos 
Parede celular 
 
 7 
 
 
MEIOS DE CULTURA E CONDIÇÕES FÍSICAS DE CULTIVO 
BACTERIANO 
 
A) Necessidades nutritivas de algumas bactérias 
 
Material 
 
- Cultura A 
- Cultura B 
- Cultura C 
- Caldo sintético 
- Caldo comum 
- Caldo glicosado (caldo comum mais glicose) 
- Alça de níquel cromo 
 
Técnica 
1. Semear cada uma das 3 culturas bacterianas nos diferentes meios. 
2. Deixar na estufa a 37ºC até o dia seguinte. 
3. Verificar a presença de crescimento (turvação do meio). 
4. Anotar os resultados. 
 
Cultura Crescimento em 
 caldo sintético Caldo comum caldo glicosado 
A 
B 
C 
 
 
B) Dependência do oxigênio para o crescimento bacteriano 
 
Material 
 
- Meio de Tiogel 
- Caldo simples 
- Cultura A 
- Cultura D 
- Cultura F 
- Pipeta Pasteur 
- Alça de níquel cromo 
 
Técnica 
 
Com a pipeta Pasteur, semear cada uma das culturas em tubos de tiogel. 
Em seguida, semear a cultura F, com alça de níquel cromo, em caldo 
simples. Colocar todos os tubos na estufa. No dia seguinte, observar os 
 
 8 
tubos, verificando, no meio de tiogel, a localização do crescimento e, no 
caldo simples, se houve ou não crescimento. 
 
Culturas Local de crescimento no meio de tiogel 
 Superfície Toda extensão Base do Meio 
A 
D 
F 
 
 
 9 
 
 
CONTROLE DE POPULAÇÕES BACTERIANAS 
 
 
I - Efeito de agentes físicos sobre as bactérias 
 Ação da temperatura, em função do tempo, sobre cultura bacteriana 
esporulada ou não. 
 
Material 
 
- Cultura A em ágar inclinado (bactéria não esporulada) 
- Cultura E em ágar inclinado (bactéria esporulada) 
- Tubo contendo 1 ml da solução salina esterilizada 
- Placas de Petri contendo ágar nutriente- Banho-Maria a 60º C 
- Alça de Níquel cromo 
 
Técnica 
 
1. Divida uma placa de ágar nutriente em 4 quadrantes, anotando diferentes 
períodos de tempo em cada um: 0’, 10’, 20’ e 30’. 
2. Coletar com a alça de níquel cromo, um pouco do crescimento da cultura 
A e passar para o tubo contendo solução salina. Homogeneizar a 
suspensão. 
3. Inocule (com a alça de níquel cromo) a suspensão no quadrante 
correspondente ao tempo 0’. 
4. Coloque o tubo com a suspensão em banho-maria a 60º C e, aos 10', 20' 
e 30', retire amostras, inoculando-as nos respectivos quadrantes da placa 
de Petri (proceda exatamente como no item 2). 
5. Deixe a placa na estufa até o dia seguinte. 
6. Fazer o mesmo com a cultura E 
6. Observe a variação quantitativa de crescimento nos quadrantes em 
função do tempo de aquecimento da cultura e anote os resultados (de + a 
++++, conforme a intensidade de crescimento). 
 
 
Cultura Tempo de aquecimento 
 0’ 10’ 20’ 30’ 
A 
E 
 
 
 
II - Efeito de agentes químicos sobre bactérias 
Ação do fenol a 0,8% de acordo com o tempo. 
 
Material 
 
 10 
 
- Tubo contendo solução aquosa a 0,8% de fenol (10 ml) 
- Cultura A em caldo 
- Placa de Petri contendo ágar nutriente 
- Alça de níquel cromo 
- Pipeta de 1 ml esterilizada 
 
Técnica 
 
1. Adicione, com a pipeta, 1 ml da cultura A aos 10 ml da solução de fenol e 
misture bem. 
2. Imediatamente e após 10', 20' e 30', retire com a alça de níquel cromo, 
amostra da mistura (fenol mais cultura A) e inocule nos respectivos 
quadrantes da placa de Petri (0', 10', 20' e 30'). 
3. Deixe a placa na estufa, a 37oC, até o dia seguinte. 
4. Leia os resultados, anotando a variação quantitativa de crescimento (+ a 
++++) em cada um dos quadrantes da placa, em função do tempo de 
tratamento da cultura com o fenol. 
 
Tempo de tratamento com o fenol 
0’ 10’ 20’ 30’ 
 
 
 
III - Efeito de agentes químicos sobre bactérias (álcool iodado a 0,1% de acordo 
com o tempo) 
 
Técnica 
1. Umedeça uma zaragatoa em um tubo contendo salina. Após retirar o excesso 
de salina, pressionando a zaragatoa contra a parede do tubo, esfregue-a 
vigorosamente no dorso de uma das mãos; 
2. Passe a zaragatoa em área correspondente à metade de uma placa com ágar 
nutriente; 
3. Umedeça uma segunda zaragatoa em álcool iodado a 0,1% e esfregue no 
dorso da outra mão; 
4. Aguarde 2 minutos para que haja ação do anti-séptico; 
5. Passe então, nessa área, uma terceira zaragatoa umedecida, tomando 
cuidado para não ultrapassar a área higienizada. Inocule, passando a 
zaragatoa na superfície da outra metade da placa com ágar nutriente; 
6. Incube a placa na estufa, durante uma noite. 
7. Observe a intensidade de crescimento anotando com sinal + na tabela abaixo. 
 
 
Sem álcool-iodado 0,1% Com álcool-iodado 0,1% 
 
 
 11 
 
 
TRANSFERÊNCIA DE RESISTÊNCIA A DROGAS ENTRE BACTÉRIAS 
 
Material 
 
- Meio de MacConkey 
- Meio de MacConkey contendo Canamicina na concentração de 20 mg/ml 
- Cultura em caldo da bactéria A (Salmonella sp, lactose -). 
- Cultura em caldo da bactéria B (Escherichia coli, lactose +). 
- Tubo de ensaio contendo mistura de cultura A mais cultura B (0,1 ml da 
cultura A + 0,1 ml da cultura B foram transferidos para 5 ml de caldo 
nutriente e esta mistura foi previamente incubada a 37º C, durante 18 
horas). 
- Alça de níquel cromo 
 
Técnica 
 
1. Dividir as placas de Mac Conkey (com e sem canamicina) em duas 
partes. 
2. Semear, por esgotamento com a alça de níquel cromo, a cultura A numa 
das metades da placa de MacConkey contendo canamicina e a cultura B 
na outra metade. Incubar a 37º C até o dia seguinte. 
3. Repetir o procedimento do item 2 na placa de Mac Conkey sem 
canamicina 
4. Tomar uma alçada da mistura A + B e semear, por esgotamento, na 
placa de MacConkey contendo antibiótico. Repetir este procedimento 
com uma diluição a 1/100 da mistura A+B. Incubar por 24 horas. 
5. Observar ocorrência de crescimento da cultura A e B separadas e da 
mistura A+B diluída e não diluída. 
 
Anotar os resultados 
 
 
 Crescimento em Mac Conkey Lactose 
 Com 
Canamicina 
Sem Canamicina 
Cultura A 
Cultura B 
Mistura A+B 
 
Bactéria sensível - ausência de crescimento. 
Bactéria resistente - presença de crescimento. 
 
 
 12 
 
 
DETERMINAÇÃO DA SENSIBILIDADE BACTERIANA A DROGAS 
 
Interpretação de Antibiograma pelo Método de Bauer e Kirby 
 
Material 
 
- Culturas bacterianas em Ágar Müeller-Hinton crescidas em contato com 5 
discos contendo drogas distintas 
- Régua 
- Tabela de referência 
 
 
 
1. Com o auxílio da régua, medir o diâmetro do halo de inibição do 
crescimento. 
2. Consultar a tabela de referência, para interpretar os resultados e anotar 
no quadro abaixo. 
 
Droga Concentração 
(µg/ml) 
Diâmetro do halo de 
inibição do 
crescimento 
Interpretação* 
1 
2 
3 
4 
5 
 
* S = Sensível; R = Resistente; I = Intermediário. 
 
 13 
 
 
STAPHYLOCOCCUS 
 
 
A) Observar placas de ágar sangue semeadas com as culturas A e B. 
Descrever as características das colônias e verificar hemólise. 
 
Cultura Características das 
Colônias 
Hemólise 
 
A 
 
 
 
B 
 
 
 
 
B) Corar, pelo método de Gram, esfregaços das culturas A. Observar ao 
microscópio e desenhar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Cultura A 
 
 
C) Prova da Catalase 
 
Colocar sobre as culturas A e B algumas gotas de água oxigenada. 
Observar a reação e anotar o resultado. 
 
Cultura Prova da Catalase 
A 
 
 
 
 14 
D) Prova da Coagulase 
 
Princípio 
 
A coagulase é uma enzima bacteriana que age sobre o plasma sangüíneo. 
 
Técnica 
 
Misturar 0,5 ml da cultura A com 0,25 ml de plasma citratado de sangue de 
coelho a 1%. Incubar a 37oC e observar durante 4 horas. Fazer o mesmo 
com a cultura B e anotar os resultados. 
 
Resultado positivo - formação de coágulo. 
 negativo - suspensão inalterada 
 
Cultura Prova da Coagulase 
A 
B 
 
 
E) Prova da DNAse 
 
Princípio 
 
A DNAse é uma enzima bacteriana que hidroliza o DNA. Para pesquisá-la, 
basta colocar ácido clorídrico (HCl) sobre as colônias a serem testadas. O 
HCl precipita o DNA contido na cultura, turvando o meio. Se a bactéria 
produzir DNAse, haverá hidrólise de DNA e consequentemente não 
turvação do meio de cultura, pois o HCl não precipita DNA hidrolizado. 
 
Técnica 
 
Verter ácido clorídrico 1N sobre a placa semeada com a cultura A e sobre a 
placa com a cultura B. Verificar o aparecimento de halo ao redor das 
colônias. 
 
Resultado: positivo: aparecimento de halo claro ao redor das colônias. 
negativo: turvação do meio. 
 
Cultura Prova da DNAse 
A 
B 
 
 
 
 15 
F) Identificação das culturas 
 
Cultura A 
Cultura B 
 
 
 
ESQUEMA DE IDENTIFICAÇÃO DOS GÊNEROS 
Staphylococcus e Micrococcus (família Micrococaceae) 
 
 
 
Cocos Gram positivos 
Isolados ou agrupados 
 
 
 
 
 Catalase + 
 
 
 
O OF 
 
 
 
 
 
Micrococcus sp Staphylococcus sp 
 
 
 
 Coagulase 
 
 
 
 (+) DNAse (-) 
 
 
 
 S. aureus S. coag. negativa 
 
 16 
 
 
STREPTOCOCCUS 
 
EXERCÍCIOS 
 
A) Observar placas de ágar sangue semeadas com as culturas C, D e E. 
Descrever as características das colônias e verificar hemólise. 
 
Cultura Características das Colônias Hemólise 
C 
D 
E 
 
 
B) Corar, pelo método de Gram, esfregaços das culturas C e D, observar ao 
microscópio e desenhar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cultura C Cultura D 
 
C) Prova da catalase. 
Colocar sobre a cultura C (em caldo) algumas gotas de água oxigenada. 
Verificara reação e anotar o resultado (Positivo = formação de bolhas) 
 
 
 
 
 
D) Prova da bilesolubilidade 
 
Princípio: Esta prova verifica a sensibilidade da bactéria à lise por sais 
biliares 
Técnica: Adicionar 0,1 ml de uma solução a 10% de desoxicolato de 
sódio a 1 ml da cultura D. Incubar a 37o C e examinar após 15 minutos. 
Anotar o resultado. Fazer o mesmo com a cultura E. 
Leitura. Resultado positivo (suspensão solúvel) - a cultura fica 
transparente. Resultado negativo (suspensão insolúvel) - a cultura 
 
 17 
permanece turva. 
 
Cultura Bile-solubilidade 
D 
E 
 
E) Identificação das culturas 
 
Cultura C 
Cultura D 
Cultura E 
 
 
F) Prova de sensibilidade à bacitracina. 
 
Princípio: O princípio desta prova baseia-se na inibição de crescimento 
do Streptococcus pyogenes (β-hemolítico, grupo A) frente a uma 
pequena quantidade de bacitracina. 
Técnica: Verificar se ocorre uma zona de inibição de crescimento ao 
redor do disco de papel de filtro contendo bacitracina, colocado sobre a 
cultura C. 
Leitura: sensível: existência de uma zona de inibição do crescimento. 
resistente: ausência de zona de inibição de crescimento. 
 
G) CAMP Teste 
 
Princípio: A atividade da hemolisina β do S. aureus é aumentada pela 
atividade hemolítica do S. agalactiae (β-hemolítico do grupo B). 
Técnica: Verificar zona de hemólise, em placa de ágar sangue (feito c/ 
sangue de carneiro), semeada com S. agalactiae e S. aureus. 
Leitura: resultado - positivo: formação de uma zona de hemólise 
semelhante à "ponta de flecha" na união das duas hemolisinas. 
negativo: não formação de "ponta de flecha". 
 
 18 
 
ESQUEMA DE IDENTIFICAÇÃO 
Família: Streptococcaceae 
Gênero: Streptococcus 
(cocos Gram positivos aos pares ou em cadeia) 
 
Catalase (-) 
 
Tipo de hemólise 
 
 
 
 
 α β γ 
 
 
 
 Optoquina Bilesolubilidade Letalidade em camundongos Bacitracina 
 
 
 
 
 S R (+) (-) (+) (-) S* R* 
 
S. pneumoniae S. α-hemolítico S. pneumoniae S. α-hemolítico S. pneumoniae S. α-hemolítico S. pyogenes (g. A) Streptococcus (quaisquer 
dos grupos de Lancefield, 
exceto o A) 
S = sensível; R = resistente 
provas sorológicas 
(grupos de Lancefield) 
 
 
 19 
 
 
NEISSERIA 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
A) Observar, ao microscópio, esfregaço de secreção uretral, corado pelo 
método de Gram e desenhar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
B) Crescimento em ágar-simples 
Verificar a diferença de crescimento, em meio de ágar simples, entre 
Neisseria sp e N. meningitidis. Anotar o resultado. 
 
Cultura Crescimento em ágar simples 
 
Neisseria sp 
 
 
 
N. meningitidis 
 
 
 
C)Teste de Citocromo-oxidase 
 
Fazer o teste da citocromo-oxidase com uma das culturas de Neisseria e 
com a cultura de Escherichia coli. Anotar os resultados. 
 
 
Cultura Prova da citocromo-oxidase 
Neisseria sp 
Escherichia coli 
 
 
 20 
ESQUEMA DE IDENTIFICAÇÃO 
Família: Neisseriaceae 
Gênero: Neisseria 
(diplococos Gram negativos) 
citocromo-oxidase positivos 
 
 
 
 
 
Crescimento em ágar simples 
 
 
 
 
 (+) (-) 
 N. sicca e outras espécies 
 não patogênicas de Neisseria 
 
 fermentação da maltose 
 
 
 
 (+) (-) 
 N. meningitidis N. gonorrhoeae 
 
 
 
 
Reações sorológicas 
 
 
 
 
Identificação do sorotipo 
 
 21 
 
 
PSEUDOMONAS 
 
 
 
1. Observar placa de ágar sangue semeada com Pseudomonas aeruginosa. 
Descrever as características das colônias e verificar hemólise. Observar, também, 
a pigmentação verde do crescimento em ágar simples – uma característica 
peculiar da espécie. 
 
Cultura Característica das colônias 
 
P. aeruginosa 
 
 
 
 
2. Corar, pelo método de Gram, esfregaço da cultura de Pseudomonas 
aeruginosa. Observar ao microscópio e desenhar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Pseudomonas aeruginosa 
 
3. Prova da Citrocromo-oxidase 
Fazer prova da citocromo-oxidase com a cultura de P. aeruginosa e com uma 
cultura de Escherichia coli, para fins de comparação. Anotar o resultado. 
 
Cultura Prova de citocromo-oxidase 
 
P. aeruginosa 
 
 
 
Escherichia coli 
 
 
 
 
 22 
 
 
ENTEROBACTÉRIAS 
 
 
1. Observar a coloração das colônias das bactérias A, B e C cultivadas em placas 
de ágar MacConkey, SS e Hektoen. Anotar os resultados da prova de lactose 
(leitura em quaisquer dos três meios) e de H2S (leitura no SS e Hektoen). 
 
 
Cultura Coloração da colônia em lactose 
 MacConkey SS Hektoen 
A 
B 
C 
 
2. Interpretar crescimento das culturas A, B e C em meio de TSI e EPM, citrato e 
MILi. Anotar abaixo os resultados das provas para cada cultura. 
 
 
Prova Cultura 
 A B C 
Citrato 
Glicose 
Gás 
Urease 
H2S 
LTD* 
Motilidade 
Lisina 
Indol 
Lactose 
Sacarose 
*LTD = L-triptofano desaminase 
 
Comparando o perfil acima com o apresentado na tabela da página 24, identificar 
cada uma das culturas. 
 
Culturas: A________________________ 
 
 B________________________ 
 
 C________________________ 
 
 
 
 
 23 
3. Reação sorológica para confirmação dos resultados de identificação 
bioquímica. 
 
Fazer reação de aglutinação em lâmina com as culturas A, B e C, utilizando os 
soros anti - S. flexneri, anti - E. coli O55 e anti - Salmonella sp. Anotar os 
resultados (positivo ou negativo). 
 
 
Soro Cultura 
 A B C 
Anti – Escherichia coli O55 
Anti - Shigella flexneri 
Anti – Salmonella 
 
 
 24 
 
 
 
 
 
Perfil Bioquímico e Motilidade de Algumas Enterobactérias 
 
Prova E. coli Shigella
flexneri 
Edwardsiella 
tarda 
Salmonella 
sp 
Citrobacter 
freundii 
Klebsiella 
pneumoniae 
Enterobacter
cloacae 
Serratia 
marcescens 
Proteus 
mirabilis 
Proteus 
vulgaris 
Morganella 
morganii 
Providencia 
rettigeri 
Citrato - - - + ou - + + + + + ou - + ou - - + 
Glicose + + + + + + + + + + + + 
Gás + - + + + + + + ou - + + ou - + ou - + ou - 
Urease - - - - + ou - + + ou - + ou - + ou - + + + 
H2S - - + + + - - - + + - - 
LTD* - - - - - - - - + + + + 
Motilidade + ou - - + + + - + + + + + ou - + 
Lisina + ou - - + + - + - + - - - - 
Indol + + ou - + - - - - - - + + + 
Lactose + - - - + ou - + + ou - - - - - - 
 
*LTD = L-triptofano desaminase

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