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FACULDADE UNIÃO DAS AMÉRICAS BIOMEDICINA EMANUELLY KREFTA STREPTOCOCCUS PNEUMONIAE FOZ DO IGUAÇU 2019 SUMÁRIO Caso Clínico 3 Coloração de Gram............................................................................................4 Provas utilizadas na identificação de cocos gram positivos........................6 Prova da Catalase...................................................................................6 Coagulase 7 Meio de Cultura - Procedimento Operacional Padrão 8 Semeadura em Meio (Placa de Petri).............................................................10 Staphylococcus aureus 11 Fechamento do Caso 12 Referências 13 Caso Clínico Paciente V.H do sexo masculino, 66 anos, há 07 dias iniciou quadro de febre de 38,7°C associada a calafrios e tosse produtiva, com secreção purulenta. Relata ainda dispneia, que atualmente impossibilita moderados esforços, e perda ponderal de 2 Kg. Não possui dor torácica, sudorese ou outros sintomas associados. Não tem histórico familiar de doenças pulmonares ou neoplasias. Exame Físico: · Anictérico; · Febril (38,5°C); · Hipocorado (1+/4+); · Hidratado; · Desorientado Sinais Vitais: · FC: 98 bpm; · FR: 30; · PA: 130×85 Foi solicitada uma radiográfica do toráx: A radiográfica Demonstrou opacidade irregular do espaço aéreo em todo o pulmão direito. Foi coletado o escarro do paciente e levado para analise de cultura. Coloração de Gram – Procedimento Operacional Padrão MATERIAIS: · Swab · Lâmina estéril · Suporte de coloração · Centrifuga · Microscópio · Corantes (cristal violeta, lugol, álcool-cetona, fucsina) · Pipeta · Solução fisiológica · Bico de Busen · Estufa · Óleo de imersão · Materifal biológico ou Cultura · Vortex METODOLOGIA: 1. Pipetar 400µL da amostra no micro tubo e completar com solução fisiológica até 1,5ml; 1. Centrifugar 3 minutos em 11.000 rotações; 1. Retirar a solução fisiológica após a centrifugação; 1. Colocar solução fisiológica novamente no tubo até 1,5ml; 1. Centrifugar 3 minutos em 11.000 rotações; 1. Retirar a solução fisiológica após a centrifugação; 1. Homogeneizar no Vortex; 1. Pipetar 20µL da amostra e depositar na lâmina espalhando em círculos; 1. Deixar a lâmina na estufa até secar a amostra; 1. Fixar a lâmina no fogo; 1. Colocar a lâmina sob o suporte corador; 1. Cobrir a lâmina com cristal violeta por 1 minuto; 1. Retirar o excesso; 1. Cobrir o esfregaço com lugol durante 1 minuto; 1. Descorar com álcool-cetona, até o descorante fluir límpido; 1. Cobrir o esfregaço com solução de fucsina básica por 1 minuto; 1. Lavar com água com jato fraco; 1. Secar na estufa á 43ºC; 1. Colocar o óleo de imersão na lâmina corada e seca; 1. Visualizar em microscopia com objetiva de 100 X A coloração de Gram é muito utilizada em bacteriologia permitindo a distinção entre bactérias gram positivas e gram negativas. A diferença entre os dois tipos de células é a estrutura da parede celular das bactérias. Assim a parede celular de bactérias gram positivas é formada por uma camada espessa de peptidoglicano, enquanto que a parede celular de bactérias gram negativas é formada por uma camada fina de peptidoglicano, rodeada por uma camada externa de lipopolissacarideo e proteína. Diferenças na permeabilidade destas membranas aos reagentes químicos levam a diferenças de coloração. As bactérias que se apresentarem em roxo, são classificadas como gram-positivas. As que se corarem em rosa a vermelho são classificadas como gram negativas. RESULTADO: Presença de cocos Gram-positivos dispostos em cadeias, sugestivos de estreptococos. Provas utilizadas na identificação de cocos gram positivos PROVA DA CATALASE Catalase é uma enzima que converte o peróxido de hidrogênio (H202) em água e oxigênio, a liberação do oxigênio se observa pela formação de bolhas. Quimicamente a catalase é uma hemoproteína, com estrutura similar a da hemoglobina, exceto que os 4 átomos de ferro na molécula estão na forma oxidada. A presença da catalase permite separar os estreptococos catalase negativa de outros cocos Gram-positivos produtores de catalase, por exemplo, estafilococos. Meios e reagentes: · Peróxido de hidrogênio 3% armazenado em frasco opaco sob refrigeração. · Cultura de 10 a 48 horas do organismo a ser testado. Procedimento: Para esta prova, colocar algumas colônias em um tubo contendo aproximadamente 500 l de água oxigenada. A transferência das colônias pode ser feita com palito de madeira, agulha ou alça de inoculação. Interpretação: Não havendo formação de bolhas, o teste é negativo e indicativo de Streptococcus. Resultado: Negativo, não houve formação de bolhas. Meio de Cultura - Procedimento Operacional Padrão INTRODUÇÃO O meio de cultura é uma substância nutritiva capaz de permitir o crescimento dos microrganismos em laboratório, e devem atender às exigências nutricionais das espécies a serem cultivadas. OBJETIVO Preparar diferentes meios de cultura para o cultivo de microrganismos. MATERIAIS · Autoclave · Capela de fluxo laminar · Micro-ondas · Fita adesiva para Autoclave · Papel SMS · Barbante · Erlenmeyer · Balança · Água Destilada · Placas de Petri METODOLOGIA Pesar o pó, seguindo o protocolo indicado, e adicionar separadamente à água destilada no béquer, tomando-se o cuidado de homogeneizar a cada componente adicionado. Misturar no resto da água destilada que esta no erlenmeyer colocar o papel pardo e amarrar o barbante fechando o erlenmeyer. Aquecer a solução por 3 minutos no micro-ondas, após isso, colocar na autoclave para esterilização por 15 minutos a 121º C/1 atm. ÁGAR SANUE Um meio diferencial e seletivo indicado para secreções e fermentação de lactose. 28g----------1000mL X-------------400mL X=11,2g Método · O Ágar sangue é feito a partir de ágar base + sangue, normalmente é usado o sangue de carneiro, mas nesse foi usado o sangue de um doador humano. · É3 usado 50ml de sangue para 1l de ágar base · Aquecer em micro-ondas ou placa aquecida agitando sempre para dissolver na água por 2 minutos; · Auto clavar em erlenmeyer a meia rosca por 15 minutos a 121º C/1 atm. · Distribuir em placas ainda quente, antes de solidificar. Semeadura em Meio (Placa de Petri) - Procedimento Operacional Padrão 1. Ligar o Bico de Busen; 2. Esterilizar a alça de platina e a placa de Petri no Bico de Busen (antes e depois da prática); 3. Coletar a amostra no meio de cultura com a alça de platina esterilizada; 4. Faça estrias em zig-zag, respeitando as linhas e utilizando da melhor forma possível toda a superfície da placa. 5. Realizar o procedimento sempre atrás de um Bico de Busen aceso para evitar contaminação. 6. Incubar em estufa á 36ºC, por 24horas, observando a placa. Interpretação: Alfa-hemólise (α): é caracterizada por uma hemólise parcial, associada com a perda parcial de hemoglobina pelas hemácias, ocorrendo uma zona cinza-esverdeada no meio de cultura ao redor da colônia. Streptococcus pneumoniae e streptococcus viridans caracteriza-se por produzir este tipo de hemólise. Beta-hemólise (ß): é caracterizada pela lise completa das hemácias que rodeiam a colônia, ocorrendo uma zona transparente (zona de lise total) ao redor da colônia. Os estreptococos Pyogenes e Agalactiae são denominados beta-hemolíticos. Gama-hemólise (): é caracterizada pela ausência de hemólise. Cepas desses microrganismos não hemolíticos, ou d-hemolíticos, não causam modificação no meio de ágar sangue de carneiro. Resultado: Alfa-hemólise (α) Identificação de Estreptococos Alfa-hemolíticos Teste da Optoquina Finalidade: Diferenciação de Streptococcus pneumoniae de outros Streptococcus alfa hemolíticos. Procedimento: 1. Suspender várias colônias puras da cepa alfa hemolíticas em solução salina a 0,85% estéril com densidade ótica de 0,08 a 0,1 ao comprimento de onda de 625 nm, ou correspondente a 0,5 da escala de McFarlan; 2. Umedecer um swab estéril nesta suspensão e fazer um esfregaçosemelhante ao do antibiograma, sobre 15mL de Peptona/Caseína/Soja/Agar (TSA), adicionado de 5% de sangue desfibrinado de carneiro; 3. Após a absorção da suspensão pelo meio de cultura, colocar um disco de optoquina na superfície do meio semeado, com o auxílio de uma pinça. Fazer leve pressão sobre os discos para melhor aderência; 4. Incubar a placa em posição invertida à 35-37ºC por 18-24 horas; 5. Fazer as leituras dos halos de inibição formados, com auxílio de uma régua plástica. Halos de inibição com diâmetros de 14mm ou mais à volta de um disco de 6mm significa sensibilidade e identifica o Streptococcus pneumoniae. Resultado: Sensível para Streptococcus pneumoniae. Fechamento do caso Tipo de Material: escarro Método: Foram usados sistema de isolamento e identificação. Resultado: Presença de cocos Gram-positivos dispostos em cadeias, sugestivos de Streptococcus pneumoniae. Streptococcus pneumoniae O Streptococcus pneumoniae é uma bactéria pertencente à família Streptococcaceae, encontrada na mucosa da nasofaringe e orofaringe de seres humanos sadios. É o patógeno bacteriano mais comum em casos de pneumonia. Crianças com menos de 2 anos e idosos a cima de 65 anos e portadores de doenças crônicas são vulneráveis e susceptíveis ao Streptococcus pneumoniae em todo o mundo. Para a prevenção da doença é indicada a vacina a contendo antígeno polissacarídicos capsular purificado de pneumococo é eficaz em indivíduos adultos jovens, mas naqueles particularmente susceptíveis, a eficácia é menor ou mesmo nula. Para o tratamento é geralmente usado b-lactâmicos (penicilina ou ampicilina). Referencias MANTESE, Orlando C.. Prevalência de sorotipos e resistência antimicrobiana de cepas invasivas do Streptococcus pneumoniae. Jornal Pediatra. Minas Gerais, p. 538-540. jul. 2003. REY, Dr. Luís C.. A sensibilidade antibiótica do pneumococo e o tratamento da pneumonia na criança. Jornal Pediatra. Minas Gerais, p. 95-97. out. 2003. SCHANDERT, Lygia. Pneumonia necrotizante. Relato de caso. Medicina de UrgÊncia, São Paulo, p.22-23, 21 jul. 2009 VIEIRA, Ataiza C.. Streptococcus pneumoniae: a study of strains isolated from cerebrospinal fluid. Jornal Pediatra. Minas Gerais, p. 72-76. mar. 2007. 12