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3 Resumo Competência da Justiça do Trabalho Material Processo do Trabalho

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COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO
COMPETÊNCIA MATERIAL – ART. 114 DA CF/88
• Houve ampliação da competência da Justiça do Trabalho pela Emenda Constitucional n°
45/04.
• Situações previstas na CF:
I) Ações oriundas das Relações de Trabalho, inclusive com os entes públicos:
- Não abrange: servidores estatutários. Por decisão do STF, não são abrangidos pela Justiça
do Trabalho.
- Não abrange honorários de profissional liberal: Súmula 363 do STJ. “Compete à Justiça
comum estadual processar e julgar a ação de cobrança ajuizada por profissional liberal contra
cliente”.
II) Açõs relacionadas ao exercício do direito de greve:
- Basta tratar-se da matéria greve que já vai pra Justiça do Trabalho.
- Incluem-se as ações possessórias relacionadas à greve: Súm. Vinculante 23 STF. “A
Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação possessória ajuizada em
decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada”.
- No exercício do direito de greve, não se pode impedir que os colegas entrem no local de
trabalho. Nesse caso, a empresa ajuiza uma ação possessória para que os grevistas se
retirem do local e não impeçam que os demais trabalhem.
III) Ações sobre representação sindical:
- Entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores e entre sindicatos e empregadores.
- Pegadinha: as ações gerais entre sindicatos não são de competência da Justiça do
Trabalho. As ações sobre representação sindical entre sindicatos é que o são (ex.: disputa a
respeito de unicidade sindical – art. 8° da CF). 
IV) Mandados de segurança, habeas corpus e habeas data:
- Somente quando o ato questionado envolver matéria trabalhista.
- Cai mais: Utilização do MS como sucedâneo recursal – Súmula 414 do TST.
V) Conflitos de competência:
- Exemplos:
1) VT(Vara do Trabalho) x VT (da mesma região – estão vinculadas ao mesmo TRT): TRT ao
qual estão vinculadas julga.
2) VT x VT (de regiões diferentes – TRTs diferentes): TST.
3) VT x Vara Cível: STJ - art. 105 da CF.
4) VT x Vara Cível com competência trabalhista (se iguala a uma Vara do Trabalho): o art. 112
da CF diz que, excepcionalmente, uma Vara Cível (da Justiça Comum) pode atuar como se
fosse uma Vara do Trabalho, no caso de não haver na localidade Vara do Trabalho
competente. Quem julga é o TRT ou TST, dependendo da região, seguindo a regra dos itens
1 e 2.
5) VT x TRT (de outra região): TST, já que ele está acima de Vara do Trabalho e de TRT.
6) VT x TRT (da mesma região – Cai muito como pegadinha!) – Súmula 420 do TST. “Não se
configura conflito de competência entre Tribunal Regional do Trabalho e Vara do Trabalho a
ele vinculada”.
VI) Indenização por dano moral e patrimonial:
- Súmula 392 do TST. “A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ações de
indenização por dano moral e material, decorrentes da relação de trabalho, inclusive as
oriundas de acidente de trabalho e doenças a ele equiparadas, ainda que propostas pelos
dependentes ou sucessores do trabalhador falecido”.
- Espécies de danos podem ser:
a) Pré-contratuais: ex.: promessa de emprego não cumprida;
b) Contratuais;
c) Pós-contratuais: ex.: empresa antiga do empregado passa informação inverídica para a
nova empresa que a pessoa vai trabalhar. Outro exemplo é o alto empregado que descumpre
cláusula de quarentena.
VII) Penalidades impostas pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho
(Ministério do Trabalho):
- Súmula 736 do STF. “Compete à Justiça do Trabalho julgar as ações que tenham como
causa de pedir o descumprimento de normas trabalhistas relativas à segurança, higiene e
saúde dos trabalhadores”.
- Numa ação em que se discute saúde, higiene e segurança do trabalho, a competência é da
Justiça do Trabalho.
- Ex.: Auditor-Fiscal do Trabalho autuando uma empresa, a qual decide impugnar tal
autuação.
VIII) Execução da contribuições previdenciárias (INSS que é devido à União):
- A execução vai se dar de ofício (União não precisa requerer sua parcela).
- Justiça do Trabalho executa as contribuições previdenciárias decorrentes das sentenças que
proferir.
- Art. 879 da CLT.
- Restrições (não vai ser competência da Justiça do Trabalho): Súmula 368, I, do TST e
Súmula Vinculante 53 do STF.
1) Súmula 368, I do TST. A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento
das contribuições sociais. A competência da Justiça do Trabalho, quanto à execução das
contribuições previdenciárias, limita-se às sentenças condenatórias em pecúnia que
proferir e aos valores, objeto de acordo homologado, que integrem o salário de contribuição.
- Sentença trazendo condenação em pecúnia – todo o valor da condenação, incluindo o do
INSS, vai ser de competência da Justiça do Trabalho.
- Sentença que condena somente ao reconhecimento do vínculo de emprego – não é
sentença pecuniária, mas sim declaratória. Se o empregado trabalhou sem carteira assinada
durante determinado período, por óbvio, a empresa não pagou o INSS referente a esse
período. Na sentença, o juiz também estabelece que o empregador tem que pagar o INSS do
período reconhecido. Nesse caso, a contribuição previdenciária vai ter que ser cobrada pela
União na Justiça Comum Federal. A Justiça do Trabalho não tem competência para executar
o INSS que incide sobre o período contratual que foi reconhecido. A União vai pra Justiça
Federal pra cobrar da empresa.
2) Súmula Vinculante 53 do STF. A competência da Justiça do Trabalho prevista no art. 114,
VIII, da CF, alcança a execução de ofício das contribuições previdenciárias relativas ao objeto
da condenação consoante das sentenças que proferir e acordos por ela homologados.
COMPETÊNCIA MATERIAL – ARTs. 652, “f” e 855-B DA CLT
• Competência da Justiça do Trabalho para homologação de acordo extrajudicial
- No acordo extrajudicial, fala-se em jurisdição voluntária (não há litígio, mas sim consenso)
- Art. 652, “f” da CLT e 855-B da CLT
- O processo de homologação de acordo extrajudicial terá inínio por petição CONJUNTA
- Não aplicação do jus postulandi 
- Impossibilidade de utilização de advogado comum
- Juiz tem prazo de 15 dias para:
1) Analisar e sentenciar
2) Designar audiência e setenciar
3) Há possibilidade de não homologação – Súmula 418 do TST. “O juiz não é obrigado a
homologar acordo no processo do trabalho”. Homologação é FACULDADE do juiz. Por essa
razão, a não homologação do acordo não é motivo para impetração de MS.
- O procedimento não afasta a multa do art. 477, §8° da CLT. Ou seja, mesmo que o acordo
tenha sido homologado, caso as verbas rescisórias não tenham sido pagas dentro do prazo
de 10 dias, o empregado tem direito de pleitear a multa do art. 477, §8°.
Explicação: o empregador tem um prazo de 10 dias para realizar o pagamento de todas as
verbas rescisórias devidas. Se não pagar, incidirá a multa do §8° do art. 477 da CLT, que é
de um salário do empregado. 
- Durante o período do procedimento de homologação do acordo, o prazo de prescrição bienal
fica suspenso (começa a fluir novamente de onde parou).
MAIS COMPETÊNCIAS MATERIAIS
• Súmula 454 do TST – Execução do SAT 
“Compete à Justiça do Trabalho a execução (a cobrança), de ofício, da contribuição referente
ao Seguro de Acidente de Trabalho (SAT), que tem natureza de contribuição para a
seguridade social, pois se destina ao financiamento de benefícios relativos à incapacidade do
empregado decorrente de infortúnio no trabalho”.
• Súmula 300 do TST – Inscrição no PIS
“Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as ações ajuizadas por empregados em
face de empregadores relativas ao cadastramento no Programa de Integração Social (PIS).”
• Súmula 389 do TST – Ações de Indenização por danos morais ou materiais pelo fato do
empregado não ter recebido seguro-desemprego
“I – Inscreve-se na competência material da Justiça do Trabalho a lide entre empregado e
empregadortendo por objeto indenização pelo não fornecimento das guias de seguro-
desemprego.
II - O não fornecimento pelo empregador da guia necessária para o recebimento do seguro-
desemprego dá origem à indenização.”
• Art. 114, §2° da CF/88 - Competência para o julgamento de Dissídios Coletivos 
- Exercício do poder normativo da Justiça do Trabalho
- Regra Geral: a competência (originária – vai ser sempre de Tribunal) é determinada de
acordo com a extensão do conflito instaurado
- TRT: se o conflito for restrito à área de um TRT, a competência vai ser daquele TRT
- TST: se o conflito abrange área superior a um TRT (vários TRTs), a competência vai ser do
TST
- No caso de São Paulo (conflito abrangendo os TRTs 2ª e 15ª Região): nessa hipótese, há
norma dizendo que a competência é do TRT da capital – 2ª Região, que é maior
• Art. 652, “a”, V, da CLT – Trabalhador Avulso x OGMO
- Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as ações entre trabalhadores portuários
(apesar de não serem empregados) e OGMO
- Art. 7°, XXXIV CF/88 – “XXXIV – igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo
empregatício permanente e o trabalhador avulso”.
• Art. 652, “b”, da CLT - IAFG
- Processar e julgar o Inquérito para apuração de falta grave.

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