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12_introducao_geomorfologia

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Penck (1924) propunha que em caso de forte soerguimento da crosta, ter-se-ia uma correspondente incisão do 
talvegue, que por sua vez implicaria aceleração dos efeitos denudacionais em razão do aumento do gradiente 
da vertente. Admitindo-se que o efeito denudacional não acompanhasse de imediato a intensidade do 
entalhamento do talvegue, ter-se-ia o desenvolvimento de vertentes convexas (Fig. 1.7.1 ). Conclui-se que 
Penck levou em consideração a noção de nível de base local e a correspondência entre soerguimento, incisão e 
denudação, valorizando a relação processual, própria da concepção germânica. 
Uma segunda situação apresentada por Penck (1924) é a de que, existindo um soerguimento moderado da 
crosta, com proporcional incisão do talvegue, poderia ocorrer uma compensação equilibrada pelos efeitos 
denudacionais, proporcionando o desenvolvimento de vertentes retilíneas ou manutenção do ângulo de 
declividade, o que foi denominado por ele de “superfície primária'' ( Fig.1.7.2 ). 
Por último conclui-se que, quando a ascensão da crosta é pequena, ocorre um fraco entalhamento do talvegue, 
sendo a denudação superior o que propicia o desenvolvimento de vertentes côncavas ( Fig. 1.7.3 ).

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