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4 1 INTRODUÇÃO Câncer é o desenvolvimento desordenado de células malignas que envolvem os tecidos e órgãos podendo propagar-se para outras partes do corpo. Dividindo-se ligeiramente, estas células tendem a serem muito agressivas e incontroláveis originando a formação de tumores (acumulo de células cancerosas) ou neoplasia maligna. O câncer de boca (também conhecido como câncer de lábio e cavidade oral) é um tumor maligno que afeta lábios, estruturas da boca, como gengivas, bochechas, palato (a parte óssea anterior e a mole posterior; conhecida popularmente como “céu da boca”), língua (principalmente as bordas) e a região embaixo da língua. É mais corriqueiro em homens acima dos 40 anos, constituindo o quarto tumor mais frequente no sexo masculino conforme a OMS (Organização Mundial da Saúde). Todas as pessoas estão susceptíveis a serem acometidos pelo câncer de boca, independentemente da idade e do sexo, pois existem múltiplos fatores que os tornam um alvo para essa patologia, como: tabaco, álcool, vírus do papiloma humano, gênero, idade, radiação ultravioleta, enxerto, síndrome genética e líquen plano (condição inflamatória da pele e das membranas das mucosas) (PEREIRA, 2018). O tabagismo e o etilismo são os principais fatores de risco para os cânceres de lábio e cavidade oral. O número de ocorrências em fumantes chega a ser de duas a três vezes maiores que entre não fumantes. Ênfases evidenciam existir sinergismo (interação entre substâncias químicas) entre tabagismo e etilismo, o que potencializa o risco (BRASIL, 2020). Segundo o instituto nacional do câncer, a ocorrência dessa patologia está expandindo no mundo cada vez mais. O Brasil é o terceiro país com o maior número de ocorrência no mundo, com 15 mil casos por ano, e em 2020 estima-se no Brasil 15.190, novos casos, sendo 11.180 homens e 4.010 mulheres, (INCA, 2019). As taxas de mortalidade também têm sido crescentes, devido aos fatores de risco e pela influencia dos aspectos sociodemográficos e socioeconômicos, disponibilidade e qualidade do tratamento ofertado aos doentes, a falta de um bom atendimento aos serviços de saúde é também um aspecto importante para a mortalidade por essa doença, pois está relacionada à oportunidade de diagnóstico precoce da patologia com isso ocorrem diagnósticos já nos estágios avançados do câncer que contribuem ao indivíduo a ter escassas probabilidades no fim do tratamento (BRASIL, 2020). Os principais sinais a serem observados são lesões (feridas) na cavidade oral ou nos lábios que não cicatrizam por mais de 15 dias, que podem apresentar sangramentos e 5 estejam crescendo, manchas/placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas, palato ou bochechas, nódulos (caroços) no pescoço, rouquidão persistente. Nos casos mais avançados observa-se: dificuldade de mastigação e de engolir, dificuldade na fala (sensação de que há algo preso na garganta) e dificuldade para movimentar a língua (BRASIL, 2020). Essa patologia poderia ser evitada na maior parte dos casos sendo a primeira estratégia de prevenção, o abandono ou diminuição da exposição aos fatores de risco. Na neoplasia maligna da boca, a prevenção primária deve ser realizada com cessação ou diminuição do consumo de tabaco e/ou álcool, sendo eles os principais causadores dessa doença, evitando também os inúmeros outros fatores que levam o desenvolvimento da mesma. Na prevenção secundária, é necessário identificar lesões com potencial de malignização ou lesões malignas em estágio inicial. Daremos ênfase ao autoexame da boca que è um passo bem simples e que resulta na identificação em alterações bucais e serve como uma medida de detecção precoce da neoplasia podendo ser realizada por qualquer pessoa, mas principalmente em homens e mulheres acima dos 40 anos, fumantes e que consomem bebida alcoólica com frequência. Embora sendo bastante eficaz, ele não substitui o exame clínico realizado pelo profissional da saúde. A técnica do autoexame bucal consiste na inspeção visual e palpação, devendo ser realizada em frente ao espelho com boa iluminação. Para facilitar a memorização das estruturas da boca a serem examinadas no autoexame bucal, com isso foi criada a sigla: BLLAP (Bochecha, Lábios, Língua, Assoalho bucal e Palato). O autoexame deve ser feito regularmente, observando se não há anormalidades como: mudança de coloração, áreas irritadas debaixo de próteses (dentaduras, pontes móveis), feridas que não cicatrizam em uma semana, dentes fraturados ou amolecidos e caroços ou endurecimento (PEREIRA, 2018). "O câncer de boca é silencioso e muitas vezes indolor, por isso, o autoexame é fundamental para evitar que a doença seja apenas detectada em estados mais avançados", afirma Andrey Soares, oncologista do Centro Paulista de Oncologia (CPO). O diagnóstico do câncer de cavidade oral geralmente pode ser exercido com o exame clínico (visual), mas para a confirmação demanda a realização de uma biópsia. Esse procedimento, na maioria das vezes, pode ser feito de forma ambulatorial, com anestesia local, por um profissional treinado. Alguns exames de imagem, como a tomografia computadorizada, também auxiliam no diagnóstico, e, principalmente, ajudam a avaliar a extensão do tumor. O exame clínico associado à biópsia, com o estudo da lesão por tomografia (nos casos indicados) permite ao cirurgião definir o tratamento adequado. A princípio as lesões muito iniciais podem ser avaliadas sem a necessidade de exame de imagem. O diagnóstico inicial permite tratamento 6 com melhor resultado funcional, visto que tumores diagnosticados em estágios mais avançados vão implicar em tratamentos mais agressivos com maior chance de sequelas (FERNANDES, 2020). O tratamento na maior parte dos casos detectados de câncer da cavidade oral é cirúrgico, tanto para lesões menores, com cirurgias mais simples, como para tumores maiores. O cirurgião de Cabeça e Pescoço é o profissional que vai avaliar o estágio da doença. Essa avaliação, associada a exames complementares determinará o tratamento mais indicado. A radioterapia e a quimioterapia são indicadas quando a cirurgia não é possível ou quando o tratamento cirúrgico traria sequelas funcionais importantes e complicadas para a reabilitação funcional e a qualidade de vida do paciente. A cirurgia normalmente consiste na retirada da área afetada pelo tumor associada à remoção dos linfonodos do pescoço e algum tipo de reconstrução quando necessário. Nas lesões mais simples, muitas vezes é necessário apenas à retirada da lesão. Nos casos mais complexos, além do tratamento cirúrgico, é necessária realização de radioterapia para complementar o tratamento e obter melhor resultado curativo. Em todas as etapas do tratamento é importante o aspecto interdisciplinar (com a participação de vários profissionais de saúde) visando sempre à prevenção de complicações e sequelas (FERNANDES, 2020). Como a incidência do câncer de boca tem aumentado nos últimos tempos, torna-se relevante que os profissionais de saúde estejam preparados em reconhecer os sinais e sintomas e capacitados para identificar os fatores de riscos da doença, procurando desenvolver atividades de prevenção e detecção precoce, buscando minimizar os altos índices da patologia e resultando assim, em maiores níveis de conhecimento a partir do desenvolvimento de prevenção e promoção a saúde para a população e profissionais. 7 2 JUSTIFICATIVA Este projeto se fundamenta por se tratar de uma patologia grave e de causa significativa de morbimortalidade, sobretudo no sexo masculino com idade acima de 40 anos, devido escassez de informações e realizações de projetos de promoção e prevenção à saúde referente ao câncer da cavidade oral. Estima-se cerca de 15.190 novos casos no ano de 2020 (INCA, 2019), portanto, é de suma relevância à realização deste projeto para popularizar as formasde prevenção e detecção precoce dessa neoplasia, para diminuição da incidência. Ampliando também a importância da identificação precoce da doença para ter um bom prognóstico e tratamento eficaz. 8 3 OBJETIVOS 3.1 Objetivo geral Objetivar a mudança de comportamento da população para obtenção de saúde, norteando a elaboração de futuros “programas de saúde”, ao que se refere à promoção e prevenção ao câncer da cavidade oral. 3.2 Objetivos específicos Promover conhecimento ao público alvo, sobre essa temática; Elucidar a sintomatologia e fatores de risco; Orientar sobre a prevenção e diagnóstico. 9 4 METODOLOGIA Este projeto tem como principal objetivo levar conhecimento e alertar a população alvo, mulheres e, principalmente, os homens acima de 40 anos que tem a taxa maior de incidência, e que estão expostos aos fatores de riscos a se prevenirem contra o câncer da cavidade oral, tendo como foco a explanação de seus sinais e sintomas e meios de se prevenir, tendo bons hábitos no cotidiano. Foi desempenhada uma pesquisa bibliográfica, com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos, de forma qualitativa e descritiva. Consistiu em um projeto de intervenção para descrição de um problema apontado, transformando uma ideia em intervenção, assim tentar solucioná-lo. Para levantamento das informações foi consultado a base de dados Scielo, buscando artigos publicados nos últimos cinco anos. Além disso, também foram consultados revistas e documentos disponibilizados pelo Ministério da Saúde e pelo INCA (Instituto Nacional de Câncer) para o desenvolvimento do projeto. 10 5 CRONOGRAMA Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho S em 1 S em 2 S em 3 S em 4 S em 1 S em 2 S em 3 S em 4 S em 1 S em 2 S em 3 S em 4 S em 1 S em 2 S em 3 S em 4 S em 1 S em 2 S em 3 S em 4 S em 1 S em 2 S em 3 S em 4 S em 1 S em 2 S em 3 S em 4 Etapas Levantamento do tema x x x Levantamento da literatura x x x Levantamento da escrita teórica x x x x x x Elaboração da conclusão e referências bibliográficas x x x Ajustes finais x x 11 6 RECURSOS MATERIAIS DESCRIÇÃO DOS MATERIAIS Permanentes Computadores, celulares, impressora, livros. Consumo Papel A4, Cartucho – tinta de impressora, pen drive. 12 7 CONCLUSÃO O câncer de boca é um problema considerável de Saúde Pública, em razão da alta taxa de ocorrência e morbimortalidade. O entendimento dos fatores de risco e de como a doença se manifesta, compõe o início para o planejamento de programas de educação em saúde, com finalidade de prevenir e favorecer a redução dos indicadores dessa patologia. Entende-se que o desenvolvimento de estratégias para a divulgação de informações, de prevenção e reconhecimento dos sinais e sintomas, por meio de educação em saúde por profissionais da saúde, assegura que as lesões malignas do câncer da cavidade oral sejam identificadas precocemente, contribuindo com o progresso de recuperação e o prognóstico, sendo esse projeto, ferramenta extremamente importante para levar conhecimento e alcançar a finalidade de mudar o comportamento da população para obtenção de saúde, no que se diz respeito à promoção e prevenção ao câncer da cavidade oral. 13 REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Tipos de câncer - Câncer de boca. INCA; fev. 2020. Disponível em: https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de- boca/profissional-de-saude. Acesso em: 27 jun. 2020. FERNANDES.V.E. Câncer de boca. Instituto Nacional de Câncer, 2020. Disponível em: https://www.inca.gov.br. Acesso em: 26 fev. 2020. INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. Ministério da saúde. Estimativa 2020: incidência de câncer no Brasil, Rio de Janeiro: INCA, 2019. Disponível em: https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files/media/document/estimativa-2020-incidencia- de-cancer-no-brasil.pdf. Acesso em: 18 mar. 2020. PEREIRA.J.E. Revista de literatura: Câncer de boca diagnóstico. Revista interdisciplinar em saúde, Cajazeiras, 5-4, Jul/set, 2018.
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