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Políticas públicas ambientais
A globalização e liberalização econômica têm provocado um impacto considerável nos costumes da sociedade repercutindo no seu modo de vida, cada vez mais, pautando-se no consumo desenfreado pela compra por impulso que é, sem dúvida alguma, uma forma de aquecer o mercado e trazer a obsolescência mais rápido, gerando danos ao meio ambiente, tanto pela produção quanto pelo descarte. 
A empresa tem a obrigação, para com a sociedade, com a preservação e conservação ambiental pela sua responsabilidade socioambiental, contando com a gestão corporativa para este fim que inclui o devido respeito à pessoa humana em toda a sua acepção. Para a sua efetividade, são necessárias ações conjuntas, ou seja, políticas públicas. 
As políticas públicas 
· se constituem por planos, programas e por um conjunto de ações, atividades a serem desenvolvidas pelo Estado, de forma direta ou indireta com a participação dos organismos públicos e/ ou privados que visam assegurar direito determinado e que compreenda garantir a cidadania de forma determinada ou difusa dentro de um segmento social, cultural, étnico ou econômico. 
Os planos são aqueles que estabelecem as prioridades e os objetivos a serem alcançados em determinado períodos, os quais podem ser por vezes, consideravelmente longos.
Os programas são aqueles que estabelecem os objetivos gerais e os específicos de um determinado tema de interesse público. Temos como exemplo em meio ambiente o Programa Nacional de Capacitação de Gestores Ambientais – PNC. 
Esses conjuntos de ações são aqueles que visam alcançar determinado objetivo estabelecido pelo programa. 
Já as atividades têm como finalidade a concretude, ou seja, que as ações se efetivem, aconteçam. 
A conjunção do plano com o programa por meio das ações e as atitudes que efetivam essas ações compõem as políticas públicas. São, pois, os instrumentos que compõem as políticas públicas, que são instrumentos de planejamento, execução, monitoramento e avaliação que se encadeiam de forma lógica e íntegra. 
Definição de Appio (2005, p. 143- 144): As políticas públicas podem ser conceituadas, portanto, como instrumentos de execução de programas políticos baseados na intervenção estatal na sociedade com a finalidade de assegurar igualdade de oportunidade aos cidadãos, tendo por escopo assegurar as condições materiais de uma existência digna a todos os cidadãos.
No Brasil, as políticas públicas são desenvolvidas em parceria com as Organizações Não Governamentais – ONGs – e, também, contam com a iniciativa privada, ou seja, com as empresas. Assim sendo, as políticas públicas são ações efetivadas com fins públicos que compreendem o acesso da população, com a participação dos stakeholders, tanto ao debate quanto à formulação das políticas, sendo que a intervenção governamental para regular o setor privado no desenvolvimento sustentável é sempre indispensável. 
A política pública ambiental 
· definida por planos, programas, ações e atitudes voltadas ao meio ambiente a fim de possibilitar vida digna a todos, em um ambiente equilibrado para o desenvolvimento sustentável. 
· As políticas públicas ambientais vêm da necessidade emergencial de conter a crise ambiental ou crise ecológica. 
Segundo Giddens (1996, p. 234-235): A crise ecológica é uma crise criada pela dissolução da natureza. Os problemas de ecologia não podem ser separados do impacto da destradicionalização. Em uma nova roupagem – em uma situação na qual o avanço da ciência e da tecnologia, associado aos mecanismos de crescimento econômico, força-nos a enfrentar problemas morais que já estiveram ocultos na naturalidade da natureza e da tradição. Os riscos associados à incerteza artificial demonstram a necessidade de lidar com esses problemas – mas se eles são vistos simplesmente como ‘perigos naturais’, seu verdadeiro caráter é interpretado erroneamente.
As mudanças representadas pelos avanços fazem parte do processo evolutivo para atingir anseios naturais humanos que, inconscientemente, nos levou a degradar e que, hoje, conscientes, temos que agir preventivamente e conciliar os nossos anseios ao meio ambiente. 
As mudanças climáticas, por exemplo, vêm das nossas intervenções e do próprio ciclo natural de alteração, ou seja, o ambiente muda e nós contribuímos para asseverar essas mudanças. 
As políticas públicas são formuladas depois de muitos debates para solucionar questões, no nosso caso, questões ambientais. 
A decisão política
· Refere-se às ações realizadas todos os dias pelo Estado a fim de atender aos requerimentos circunstanciais.
As políticas públicas brasileiras voltadas ao meio ambiente podem ser interpretadas como sendo de interesse ambiental. Iniciam-se com a publicação de documentos que deram origem ao Código de Caça; Código Florestal; Código de Minas; Código de Águas e ao Tombamento do Patrimônio Histórico, realizados ainda no governo de Getúlio Vargas. Nessa mesma oportunidade, houve a criação do primeiro parque nacional do Brasil, em 1937, o Parque Nacional de Itatiaia. Já nos anos 1960, em face do processo de industrialização brasileira, podiam ser verificados problemas de poluição discutidos em 1972 na Conferência de Estocolmo. Pela influência da Conferência de Estocolmo, no Brasil, foi criada, em 1973, a Secretaria Especial do Meio Ambiente como assessoria à Presidência da República sobre temas pertinentes ao meio ambiente. Seguindo essa linha, os Estados brasileiros criaram suas agências ambientais. Em São Paulo, em 1973, foi criada a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB – e, em 1975, a Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente – FEEMA. Em sequência, no ano de 1979, foi sancionada a lei sobre a utilização do solo urbano no Rio de Janeiro. Questões pontuais levaram à criação de legislação específica, tais como: Prevenção da Poluição Industrial; Responsabilidade Civil e Criminal por Atividades Nucleares; Exploração e Aproveitamento de Substâncias Minerais; Diretrizes Básicas de Zoneamento Industrial; Parcelamento de Solo Urbano; Criação das Estações Ecológicas e Área de Proteção Ambiental. As políticas públicas brasileiras a favor do meio ambiente somente se perfizeram em 1981, com a criação da Política Nacional do Meio Ambiente e do Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA. A partir daí o meio ambiente adquire a característica de patrimônio público da humanidade, o que o leva a ser protegido por todos e para todos. 
Patrimônio Público
· trata-se do conjunto de bens colocados à disposição da coletividade. 
Quando está na condição de patrimônio público da humanidade, significa dizer que serve a todos, independentemente das fronteiras entre os países, como é o caso do meio ambiente que está para todos indistintamente. 
Em 1985, com a defesa do meio ambiente, nasceu no Brasil a Ação Civil Pública, que pode ser definida como um instrumento jurídico criado pela Constituição Federal de 1988, utilizado pelo Ministério Público e entidades legítimas, tais como ONGs, para defender e reivindicar direitos chamados individuais homogêneos, difusos e coletivos. Em outras palavras, a Ação Civil Pública é um forte instrumento para defender o meio ambiente porque ele, como sendo de todos, é coletivo e, quando se pretende por ele prevenir danos a gerações futuras, é difuso. 
Há o Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA –, que é um órgão consultivo e deliberativo do Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA –, o qual foi criado por lei e faz parte da Política Nacional do Meio Ambiente. O CONAMA é um órgão colegiado, ou seja, está representado por cinco setores, como: órgão municipais, estaduais e federais, além da sociedade civil e do setor empresarial. Ele dispõe sobre os Estudos de Impactos Ambientais – EIA – e o Relatório de Impacto Ambiental – RIMA –, desde 1986. Estudos de Impactos Ambientais – EIA –, trata-se de um relatório técnico de avaliação das consequências e danos ambientais de acordo com projeto específico e por ele se pode prevenir ou mitigar (diminuir) as consequências ao meio ambiente. O EIA é oresponsável pela análise (inclusive bibliografia e estudos ambientais de probabilidade) e a avaliação da coleta de material, ou seja, verifica os impactos prévios à implantação de um determinado projeto e aponta quais os procedimentos que devem ser adotados para a sua realização. Exemplo: construção de uma autoestrada. Relatório de Impacto Ambiental – RIMA –, por sua vez, consiste no relatório técnico conclusivo que analisa o impacto ambiental. O RIMA contém os levantamentos e as conclusões pelos quais o órgão público responsável pela licença deverá analisar e conceder ou não a licença para o projeto ser executado.
É importante saber que ambos, EIA e RIMA, são instrumentos instituídos pela Política Nacional de Meio Ambiente e são obrigatórios e prévios a qualquer projeto que venha a impactar o meio ambiente. Em 1988, disciplinou-se o Gerenciamento Costeiro e criou-se o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA. Ainda no ano de 1988 foi promulgada a Constituição Federal brasileira e o meio ambiente ganha um capítulo específico a partir do Artigo 225. Em 2001, foi promulgado o Estatuto da Cidade, que é um instrumento criado por lei e que deve ser observado pelo Município, principalmente, para compreender os princípios básicos do planejamento participativo e a função social da propriedade. Trata-se de um importante instrumento oriundo da política urbana. O desenvolvimento participativo pode ser compreendido como a adoção de um método ou metodologia de participação de todos no processo de mudança para a melhoria de vida. Portanto, a participação popular inicia-se, desde a avaliação, compreendendo a execução, e segue com acompanhamento à conclusão do projeto. Função Social da Propriedade trata-se do fim (finalidade) a que se destina a propriedade.
Assimile
Política Nacional de Meio Ambiente, que criou instrumentos prévios para a preservação ambiental, como o EIA e o RIMA.
Política Urbana brasileira que, em nome da função social da propriedade e do desenvolvimento participativo, criou o Estatuto da Cidade.
Toda política pública visa à melhoria social e, para verificar se isso está acontecendo, o Estado cria meios de mensuração, chamados índices, que são estrutura de dados que vão apontar a efetividade ou não da ação. 
Para quantificar a eficácia das políticas públicas e aplicação da lei, destacamos os seguintes índices: 
· o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), 
· o Índice de Felicidade e 
· o Índice Balanced Scorecard (BSC). 
O IDH – Índice de Desenvolvimento Humano –, utilizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento desde 1993, atualmente, é utilizado por quase cento e oitenta países, cujo critério de avaliação utiliza-se da renda, longevidade e educação para medir o desenvolvimento humano. 
O Índice de Felicidade é um estudo da economia e da psicologia no qual, por meio de análise da pesquisa e estatística nacionais, mostra como medidas tomadas na área do bem-estar podem ser utilizadas de forma eficaz para avaliar o progresso da nação. Inspirou-se em seis fatores: 
· PIB per capita, 
· expectativa de vida; 
· alguém para confiar; 
· percepção de liberdade para escolhas; 
· corrupção e 
· generosidade. 
O BSC – Índice Balanced Scorecard foi desenvolvido em Harvard por Kaplan e Norton, em 1992, e trata-se de uma metodologia desenvolvida de medição e gestão de desempenho. É uma ferramenta de gestão com visão holística. Para isto, desdobra os objetivos estratégicos, tais como a visão e a missão da empresa em indicadores de desempenho. A ideia é integrar e coordenar os objetivos diversos e segmentos da empresa, para ter como resultado sinergia. Hoje, tornou-se uma metodologia de gestão estratégica.
Referência: Responsabilidade social e ambiental - Benedita de Fátima Delbono

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