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Jornada de Trabalho 1. Introdução • Limitar a jornada de trabalho foi uma das maiores conquistas dos trabalhadores → Os direitos trabalhistas são direitos de segunda geração Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção cole%va de trabalho; • Atualmente, existem várias PECs visando a diminuição das horas semanais • O ônus do controle da jornada é do empregador → O registro do ponto é obrigatório em empresas com mais de 10 empregados - Exceção: Sempre se registra o ponto do empregado domés%co 2. Tempo à Disposição e Tempo de Espera Art. 4º Considera-se como de serviço efe%vo o período em que o empregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente consignada. • O tempo à disposição é remunerado pelo empregador → O empregado não pode exercer outras a%vidades livremente, deve estar alerta • Não é tempo à disposição o deslocamento entre a portaria e o local de trabalho → Exceto caso excede a marca de 10 minutos TST - Súmula 429: Considera-se à disposição do empregador, na forma do art. 4º da CLT, o tempo necessário ao deslocamento do trabalhador entre a portaria da empresa e o local de trabalho, desde que supere o limite de 10 (dez) minutos diários. • O tempo de espera do motorista é remunerado com 30% do valor da jornada → Não é jornada em si, atenua-se o tempo à disposição (Art. 235-A e seguintes) → Tempo de espera = Blitz, carregamento, etc 3. Horas in i$nere • Ar%go 58, CLT, e Súmulas 90 e 320 do TST • Regra: O tempo de deslocamento da casa ao trabalho não é considerado “à disposição” • Requisitos para que o tempo de deslocamento seja “à disposição” (horas in i%nere): → Local de diEcil acesso onde não há transporte público → O empregador fornece o transporte • Se há transporte público, não é horas in i%nere, mesmo se a empresa dá transporte TST – Súmula 90: O tempo despendido pelo empregado, em condução fornecida pelo empregador, até o local de trabalho de diEcil acesso, ou não servido por transporte público regular, e para o seu retorno é computável na jornada de trabalho. OJ nº 50: A incompa%bilidade entre os horários de início e término da jornada do empregado e os do transporte público regular é circunstância que também gera o direito às horas "in i%nere". TST – Súmula 324: A mera insuficiência de transporte público não enseja o pagamento de horas "in i%nere". TST – Súmula 325: Se houver transporte público regular em parte do trajeto percorrido em condução da empresa, as horas "in i%nere" remuneradas limitam-se ao trecho não alcançado pelo transporte público. • Insuficiência do transporte público + oferece-se transporte = Não há horas in i%nere • Pode-se firmar o tempo médio de deslocamento através de instrumento cole%vo → Art. 58, p. 3º, CLT, admite que as micro e pequenas empresas o façam - O TST admi%u a expansão para outras empresas, sempre via instrumento cole%vo → O tempo médio firmado deve ser próximo da realidade → Não há uma renúncia das horas in i%nere 4. Sobreaviso/Pron$dão • Conceitos criados para o ferroviário, aplicam-se por analogia a todos • Pron%dão: Permanecer na empresa aguardando ordens por no máximo 12 horas → Recebe 2/3 da hora normal • Sobreaviso: Permanece em casa aguardando ordens por no máximo 24 horas → Recebe 1/3 da hora normal • Em ambos os casos, assim que é convocado passa a receber a remuneração total • Súmula 248: O uso de aparelho telemá%co fornecido pela empresa não é sobreaviso → Exceto se o empregado está subordinado à empresa ou em regime de plantão • Não há o pagamento de insalubridade ou periculosidade durante o sobreaviso → Súmula 132, TST 5. Regime por Tempo Parcial Art. 58-A Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a trinta horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares semanais, ou, ainda, aquele cuja duração não exceda a vinte e seis horas semanais, com a possibilidade de acréscimo de até seis horas suplementares semanais. • Foi modificado com a Reforma Trabalhista → Antes eram no máximo 25 horas semanais e sem horas extras • Os domés%cos podem trabalhar em tempo parcial → É possível 1 hora extra diária • Suas férias têm duração reduzida, no máximo 18 dias → Não é possível o abono pecuniário das férias (converter 1/3 das férias em dinheiro) • Para empregados que estavam trabalhando em regime integral que passa a ser parcial: → Necessidade de instrumento cole%vo, pois haverá redução salarial → Quem vai ser contratado com a nova jornada não precisa de instrumento cole%vo 6. Turnos Ininterruptos de Revezamento Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação cole%va; • Em jornadas com alternância de horários, reduz-se a jornada de trabalho para 6 horas → Desgaste Esico e biológico → O instrumento cole%vo permite o trabalho de 8 horas → Ultrapassando as 6 horas, as seguintes serão horas extras - No caso de instrumento cole%vo admi%ndo jornada de 8h, a 9ª será extra • Alternância entre período diurno e noturno gera turnos ininterruptos de revezamento → Não é essencial passar por manhã, tarde, noite e madrugada TST – Súmula 360: A interrupção do trabalho des%nada a repouso e alimentação, dentro de cada turno, ou o intervalo para repouso semanal, não descaracteriza o turno de revezamento com jornada de 6 (seis) horas previsto no art. 7º, XIV, da CF/1988. • São obrigatórios o intervalo intrajornada e o repouso semanal remunerado → O intervalo é de 15 minutos (jornada de 6h) ou de 1 hora (jornada de 8h) • Não é possível trabalhar horas a mais para fins de compensação, sempre são extras → Nem mesmo através da autorização de instrumento cole%vo • Quitação Retroa%va (OJ 420 TST): → Não cabe ao instrumento cole%vo regulamentar situações pretéritas → A norma cole%va não pode renunciar os direitos já conquistados - Ex.: “Apagar” o fato de que antes os empregados trabalhavam 8 horas 7. Trabalho Extraordinário • A hora extra, além da jornada de 8 horas diárias, deve ser paga no valor normal + 50% • Há um limite de tolerância de 5 minutos para saída/entrada no trabalho → Não conta como hora extra, nem como desconto no salário → São 10 minutos no total TST – Súmula 366: Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário do registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. Se ultrapassado esse limite, será considerada como extra a totalidade do tempo que exceder a jornada normal, pois configurado tempo à disposição do empregador, não importando as a%vidades desenvolvidas pelo empregado ao longo do tempo residual (troca de uniforme, lanche, higiene pessoal, etc). 7.1. Compensação TST – Súmula 85: A compensação de jornada de trabalho deve ser ajustada por acordo individual escrito, acordo cole%vo ou convenção cole%va. OJ nº 182: O acordo individual para compensação de horas é válido, salvo se houver norma cole%va em sen%do contrário. TST – Súmula 85: O mero não atendimento das exigências legais para a compensação de jornada, inclusive quando encetada mediante acordo tácito, não implica a repe%ção do pagamento das horas excedentes à jornada normal diária, se não dilatada a jornada máxima semanal, sendo devido apenas o respec%vo adicional. OJ nº 220: A prestação de horas extras habituais descaracteriza o acordo de compensação de jornada. Nesta hipótese, as horas que ultrapassarem a jornada semanal normal deverão ser pagas comohoras extraordinárias e, quanto àquelas des%nadas à compensação, deverá ser pago a mais apenas o adicional por trabalho extraordinário. TST – Súmula 85: As disposições con%das nesta súmula não se aplicam ao regime compensatório na modalidade “banco de horas”, que somente pode ser ins%tuído por negociação cole%va. TST – Súmula 85: Não é válido acordo de compensação de jornada em a%vidade insalubre, ainda que es%pulado em norma cole%va, sem a necessária inspeção prévia e permissão da autoridade competente, na forma do art. 60 da CLT. • As horas extras não são pagas, mas sim compensadas posteriormente • É necessária certa formalidade para que a compensação seja válida: → Acordo escrito individual ou cole%vo → O trabalhador só pode trabalhar no máximo 10h diárias (8 + 2 para compensação) → A compensação deve ser semanal ou mensal - A jornada é man%da em 44h/semana ou 220h/mês, há apenas a distribuição • No caso de banco de horas, a folga pode ser dada em até um ano → Há necessidade de instrumento cole%vo, pois o dano ao trabalhador é maior → Exceção: Reforma Trabalhista Art. 59 § 5º O banco de horas de que trata o § 2º deste ar%go poderá ser pactuado por acordo individual escrito, desde que a compensação ocorra no período máximo de seis meses. • O menor de 18 anos poderá realizar a compensação, desde que exista acordo cole%vo → É vedado o uso do banco de horas • Para a realização da Semana Espanhola, é essencial a presença de instrumento cole%vo → Trabalhar 48 horas em uma semana e 40 horas na seguinte, em revezamento • A jornada 12x36 depende de lei ou instrumento cole%vo → Trabalhar por 12 horas e folgar por 36 horas → O Descanso Semanal Remunerado cai alternadamente no domingo - Não ocorre o pagamento em dobro → Se a jornada de trabalho cai em feriado, eles devem ser pagos em dobro → Há o pagamento de hora extra a par%r da 12ª hora → Deve haver no mínimo 1 hora de intervalo, se não concedido, paga-se como extra - A Lei do Domés%co admite o pagamento desse intervalo, sem usufruí-lo Estudo de caso Informações: • Empresa funciona até as 4 horas • Alternância quinzenal entre período diurno e noturno • Não há norma cole%va Conclusões: • É um turno ininterrupto de revezamento, dura 6 horas pois não há norma cole%va → Não é necessário que a empresa funcione 24 horas para haver turnos ininterruptos → O TST não estabelece um parâmetro certo da frequência da alternância - Vários dizem que se ocorrer em períodos de até 6 meses é turnos ininterruptos • Há obrigatoriedade do intervalo de 15 minutos e do descanso semanal remunerado • São vedadas as horas extras regulares, mesmo se forem para fins de compensação • OJ 395: A hora reduzida noturna é compaYvel com a jornada reduzida de 6 horas 8. Períodos de Descanso • Não comportam transação, pois estão ligados a normas de ordem pública → Não podem ser reduzidos pois tratam da saúde do trabalhador • É um período de total desconexão do trabalho • São os intervalos, descanso semanal remunerado e férias 8.1. Intervalo Intrajornada • É o intervalo que ocorre dentro do horário de trabalho • Também é conhecido como intervalo para almoço/jantar • O período de intervalo é proporcional à jornada: → Até 4 horas de jornada = Sem intervalo → De 4 a 6 horas de jornada = 15 minutos de intervalo → Mais de 6 horas de jornada = No mínimo 1 hora de intervalo, no máximo 2 horas • Certas a%vidades precisam de intervalos maiores → Para mais de 2 horas de intervalo, é necessário instrumento cole%vo • O intervalo não previsto em lei é tempo à disposição, se excede a jornada é hora extra • O TST veda que o intervalo seja concedido no início ou ao fim da jornada → O espírito da lei dita que esse é um descanso que ocorre dentro da jornada TST – Súmula 437: Ultrapassada habitualmente a jornada de seis horas de trabalho, é devido o gozo do intervalo intrajornada mínimo de uma hora, obrigando o empregador a remunerar o período para descanso e alimentação não usufruído como extra, acrescido do respec%vo adicional, na forma prevista no art. 71, caput e § 4º da CLT. • Essa súmula foi criada para os bancários, mas aplica-se a todos com jornada de 6 horas • Inicialmente, o descumprimento de normas de intervalo leva à autuação da empresa → Pagamento de multa e, não passando a cumprir, o MPT atua 8.1.1. Redução do Intervalo • O intervalo é sagrado, não pode ser reduzido por acordo individual nem cole%vo → Exceções: Domés%co, Motorista e Art. 71, §3º • O Empregado Domés%co pode reduzir o intervalo para 30 minutos por acordo escrito → Art. 13 da LC 150 • O Motorista pode reduzir o intervalo via norma cole%va (Art. 71, §5º) → Deve-se à natureza peculiar do trabalho Art. 71 Em qualquer trabalho conYnuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato cole%vo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas. §3º O limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição poderá ser reduzido por ato do Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, quando ouvido o Serviço de Alimentação de Previdência Social, se verificar que o estabelecimento atende integralmente às exigências concernentes à organização dos refeitórios, e quando os respec%vos empregados não es%verem sob regime de trabalho prorrogado a horas suplementares. §5º O intervalo expresso no caput poderá ser reduzido e/ou fracionado, e aquele estabelecido no §1º poderá ser fracionado, quando compreendidos entre o término da primeira hora trabalhada e o início da úl%ma hora trabalhada, desde que previsto em convenção ou acordo cole%vo de trabalho, ante a natureza do serviço e em virtude das condições especiais de trabalho a que são subme%dos estritamente os motoristas, cobradores, fiscalização de campo e afins nos serviços de operação de veículos rodoviários, empregados no setor de transporte cole%vo de passageiros, man%da a remuneração e concedidos intervalos para descanso menores ao final de cada viagem. • Segundo o ar%go 71, §3º, a empresa deve cumprir os seguintes requisitos: → Ter um refeitório organizado em suas dependências → Impossibilidade de exigência de horas extras pelo empregador → Autorização da Superintendência Regional do Trabalho • Mesmo para os casos expostos acima, somente pode ser reduzido o intervalo de 1 hora • É vedado conceder intervalo fracionado, ele é tratado como se não %vesse sido dado → Exceto: Motorista, caso exista previsão em instrumento cole%vo → Exceto: Domés%co, se mora e trabalha na mesma residência - 2 intervalos de no mínimo 1 hora cada • Não é possível haver a supressão (re%rada total) do intervalo, mesmo indenizada TST – Súmula 437: Após a edição da Lei nº 8.923/94, a não-concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento total do período correspondente, e não apenas daquele suprimido, com acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho (art. 71 da CLT), sem prejuízo do cômputo da efe%va jornada de labor para efeito de remuneração. É inválida cláusula de acordo ou convenção cole%va de trabalho contemplando a supressão ou redução do intervalo intrajornada porque este cons%tui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho, garan%do por norma de ordem pública (art. 71 da CLT e art. 7º, XXII, da CF/1988), infenso à negociação cole%va. Possui natureza salarial a parcela prevista no art. 71, § 4º, da CLT, com redação introduzida pela Lei nº 8.923, de 27 de julho de 1994, quando não concedido ou reduzido pelo empregador o intervalo mínimo intrajornada para repouso e alimentação, repercu%ndo, assim, no cálculo de outras parcelas salariais. • Consequências da redução ou supressão: →Pagamento da totalidade da hora do intervalo com acréscimo de 50% (como extra) - Não é um pagamento de indenização ou multa, possui natureza salarial - Se há acordo col. com adicional maior que 50% para as extras, aplica-se o maior → O auditor-fiscal do trabalho tem o dever de autuar a empresa (multa administra%va) → O MPT atua, inicialmente de forma extrajudicial e depois judicial - Propõe um Termo de Ajustamento de Conduta: Solução amigável - Se o empregador não coopera ou acredita estar certo, parte-se para o Judiciário • A norma cole%va não possui validade para redução ou supressão do intervalo • O empregado rural tem o intervalo de no mínimo 1 hora, tudo aqui aplica-se a ele 8.1.2. Intervalos Remunerados • Regra: O horário de intervalo não é pago, pois ele é uma suspensão do contrato • Os intervalos são remunerados em razão da possibilidade de lesão ou interesse social → Digitador, Ambiente ar%ficialmente frio, Minas de Subsolo e Amamentação → Se não forem concedidos, a empresa será multada e paga-os como hora extra • Digitador: A cada 90 minutos de trabalho conYnuo, 10 min de intervalo remunerado → Ar%go 72, CLT (aplica-se por analogia) e Súmula 346 TST → A sua jornada é de 8 horas, embora exista norma regulamentadora prevendo 5h → Aplica-se essa mesma regra ao cortador de cana, pelo desgaste Esico • Ambiente ar%ficialmente frio: A cada 1h40min de trabalho, 20 min de intervalo rem. → Ar%go 253, CLT e Súmula 348 → O frigorífico é um exemplo, mas basta que a perícia qualifique o ambiente como tal • Minas de subsolo: A cada 3h de trabalho conYnuo, 15 min de intervalo remunerado → Ar%go 298, CLT • Amamentação: 2 intervalos remunerados de 30 minutos cada dentro da jornada → Ar%go 396, CLT → Até que o bebê complete 6 meses de idade 8.2. Intervalo Intrajornada • É o intervalo entre uma jornada e outra • Dura 11 horas consecu%vas • Uma vez por semana, haverá 35 horas consecu%vas de descanso (Súmula 110) → 24 horas de descanso semanal remunerado + 11 horas do intervalo • Se não é concedido, as horas que não foram concedidas devem ser pagas como extras 8.3. Descanso Semanal Remunerado • É o descanso de 24 horas consecu%vas a cada 7 dias, preferencialmente aos domingos • Interrupção do contrato de trabalho, não trabalha e recebe salário • Também conhecido como “descanso ebdomadário” • Requisitos para que seja remunerado: → Pontualidade: O empregado que chega atrasado tem o tempo descontado do DSR - Alguns dizem que houve o perdão do atraso se o empregador o deixa trabalhar → Frequência: Se falta sem jus%fica%va, desconta-se aquele dia e o DSR - Não recebe o dinheiro, mas o descanso é garan%do • Se trabalha durante o DSR mas folga em algum outro dia, não se paga indenização → Se não tem a folga, recebe em dobro (horas trabalhadas + 100%) TST – Súmula 110: O trabalho prestado em domingos e feriados, não compensado, deve ser pago em dobro, sem prejuízo da remuneração rela%va ao repouso semanal. • O Comércio em Geral é tratado diferentemente (Lei 10.101/2000) → A cada 3 semanas de DSR, uma tem que coincidir no domingo - Exceto se houver norma cole%va em sen%do contrário → É possível o trabalho em feriado através de convenção cole%va (entre sindicatos) - Não pode ser acordo cole%vo (mais restrito) • A remuneração do repouso semanal já está incluído no salário mensal/quinzenal → Somente as horas extras e o adicional noturno refletem no DSR → O adicional de insalubridade/gra%ficação mensal não interfere no DSR → Quem recebe por produção diária calcula o DSR com base na sua média de ganhos → As gorjetas não refletem no valor do DSR • Tudo que foi falado acerca de DSR aplica-se ao feriado → Ex.: A falta desconta o domingo e o feriado → Exceção: Jornada 12x36, em que o trabalho no feriado deve ser pago em dobro → Súmula 444, TST 8.4. Férias • É o afastamento prolongado do trabalho, remunerado com o salário + 1/3 deste → É uma interrupção do contrato de trabalho • Não podem ser iniciadas em dias não-úteis (sábado, domingo e feriados) • O período aquisi%vo (para conquistar o direito às férias) é de 12 meses • O período concessivo (para usufruir as férias) é de 12 meses → É o empregador que escolhe quando serão concedidas as férias → Se o empregador não as concede, o empregado pode solicitá-las - Ao fim do período concessivo, começa o prazo prescricional para solicitar • O pagamento das férias ocorre através de um adiantamento salarial → 2 dias antes do empregado sair de férias, elas devem ser pagas → Não concede o pagamento antecipado = Férias em dobro + Pagamento em dobro • A duração das férias depende das faltas injus%ficadas no período aquisi%vo → Ar%gos 130 e 130-A da CLT (130-A revogado pela Reforma) Art. 130 Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção: I - 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de 5 (cinco) vezes; II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver %do de 6 (seis) a 14 (quatorze) faltas; III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver %do de 15 (quinze) a 23 (vinte e três) faltas; IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver %do de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e duas) faltas. • As férias correm em dias conYnuos, não são interrompidas ou suspensas → Nem por feriados, finais de semana, doenças ou acidentes • Os micro e pequenos empresários não são obrigados a registrar as férias 8.4.1. Período de Férias • Em regra, existe apenas um período de férias • Exceção: Fracionamento, 2 períodos, sendo que um deles tem no mínimo 10 dias → O empregado que fraciona deve fundamentar, senão paga as férias em dobro → A jus%fica%va do empregado pedida pelo empregador é válida como prova → O menor de 18 e o maior de 50 anos não podem fracionar • O servidor público pode dividir as férias em 3 períodos de 10 dias • O domés%co pode dividir sem jus%ficar, um dos períodos deve ter ao menos 14 dias • As férias concedidas após o período concessivo devem ser pagas em dobro → Não há previsão do descanso em dobro → Súmula 81, TST • Ao término do contrato de trabalho devem ser concedidas as férias proporcionais → Quando o empregado não trabalhou os 12 meses, recebe o pagamento das férias - Exceção: Dispensa por justa causa → O 13º salário também deve ser pago proporcionalmente 8.4.2. Abono Pecuniário das Férias • É a conversão de até 1/3 das férias em dinheiro, é um direito do empregado → O abono deve ser pago juntamente às férias • O empregado deve pedir o abono em até 15 dias após o fim do período aquisi%vo • No regime por tempo parcial, não pode ocorrer o abono → As próprias férias já são reduzidas • O menor de 18 anos e o maior de 50 podem pleitear o abono pecuniário das férias 8.4.3. Férias Cole$vas • O empregador é que decide se concederá férias individuais ou cole%vas • Funciona como as férias individuais, com os diferenciais abaixo • São no%ficadas com 15 dias de antecedência aos trabalhadores, sindicatos e ao MTE → As férias individuais são no%ficadas com 30 dias de antecedência • O abono pecuniário será decidido pelo sindicato e pelo empregador → Por instrumento cole%vo, então o empregado individual não pode mudar a decisão • Quem ainda não havia conquistado as férias integralmente, recebe as cole%vas, mas: → Os dias que conquistou são de férias (+1/3) e o resto é licença remunerada
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