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UA4 Custo de capital

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UA4 – Custo de capital: risco versus retorno
Aula 18/09
Custo de capital e risco
O custo de capital depende fundamentalmente do uso dos fundos, e não da sua origem
É mais urgente que o retorno exigido compense o custo de capital
O retorno exigido pode ser visto como o custo de capital do investimento
Qualquer retorno realizado que seja maior que o retorno exigido fará o projeto ser viável
Nessa visão, estão incluídos todos os riscos inerentes ao investimento
Risco, retorno e viabilidade
	Risco do projeto	Taxa de retorno	Viabilidade do projeto
	Constante ou baixo	Maior que o custo de capital	Viável
	Elevado	Menor que o custo de capital	Inviável
O que é risco?
Exposição à mudança
Análise de risco: identificação de mudanças potenciais adversas e do impacto esperado como resultado na organização
Quantificação e qualificação da incerteza, com relação ao rumo dos acontecimentos planejados
Perdas
Oportunidades
Qual a diferença entre risco e ameaça?
Risco é a possibilidade de haver um acontecimento incerto, fortuito e danoso
Ameaça é um risco na segurança empresarial
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Conceito de risco
Incerteza mensurável
Risco puro, risco especulativo, risco de demanda, risco de insumos, risco financeiro, risco de propriedade...
Administração do risco
“Pode-se defini-lo como eventos futuros incertos, que podem influenciar o alcance dos objetivos estratégicos, operacionais e financeiros da organização” (PADOVESE, 2005)
Resiliência
Resiliência empresarial: capacidade de enfrentar adversidades e sobreviver a elas
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Categorias de riscos
Risco operacional
Risco legal
Risco contratual
Risco de conformidade
Risco político
Risco de liquidez
Risco de taxa
Risco de taxa de câmbio
Risco de mercado
Risco de derivativos e hedge
Risco de terceirização
Risco contábil
Risco de controle
Risco tributário
Risco de crédito
Risco-país
Risco de demanda
Risco de novos produtos
Riscos de reputação
Risco de continuidade
Risco de desastre
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“Pode-se defini-lo como eventos futuros incertos, que podem influenciar o alcance dos objetivos estratégicos, operacionais e financeiros da organização” (PADOVESE, 2005)
Risco operacional
Possibilidades de perdas diretas e indiretas, em função de fraquezas ou ausências de processos e controles internos adequados, e também como perdas decorrentes de eventos externos
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Risco de overload
Risco de obsolescência
Risco de presteza e confiabilidade
Risco de equipamento
Risco de erro não intencional
Risco de fraude
Risco de qualificação
Risco de produtos e serviços
Risco de regulamentação
Risco de modelagem
Risco de liquidação financeira
Risco sistêmico
Risco de concentração
Risco de imagem
Risco de catástrofe
RISCO
OPERACIONAL
FRAUDE
ERRO
LEGAL
CONTRATUAL
FRAUDE
CONTABIL
ERRO
Risco legal
Decorrentes de questionamentos jurídicos referentes às transações da organização, que podem gerar perdas ou contingências não previstas quando da realização de alguma transação comercial, como documentação das transações incorreta, descumprimento da legislação vigente, novas leis, decisões judiciais, análise de processos, defesas inadequadas, entre outros...
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Risco contratual
Possibilidade de perda relacionada à inadequação formal do contrato, à interpretação errônea de suas cláusulas e à sua desconformidade com a legislação pertinente
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Risco de conformidade (compliance)
Possibilidade de perda ocasionada pela inobservância, violação ou interpretação indevida de regulamentos e normas
Qual a diferença entre risco de conformidade e risco legal?
Risco legal: Decorrentes de questionamentos jurídicos referentes às transações da organização, que podem gerar perdas ou contingências não previstas quando da realização de alguma transação comercial, como documentação das transações incorreta, descumprimento da legislação vigente, novas leis, decisões judiciais, análise de processos, defesas inadequadas, entre outros...
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Risco político
Decorre de mudanças promovidas por autoridades políticas que podem afetar a maneira como a organização conduz seus negócios
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Risco de liquidez
Deficiência de fundos para fazer face a compromissos assumidos em decorrência de gestão insatisfatória do caixa da empresa, justamente pela incapacidade de honrar os pagamentos, pela falta de posição sustentada de caixa e pela fonte de captação de recursos
Necessidades financeiras no curto, médio e longo prazo, tanto em cenário normal como em cenário de crise, com adoção de ações corretivas, caso necessário
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Risco de taxa
Correlação imperfeita das taxas de captação e aplicação da organização
É particularmente importante para instituições financeiras
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Risco de taxa de câmbio
Pode ser definido como o risco de perdas devido a mudanças adversas nas taxas de câmbio
Variação nos preços de títulos públicos indexados à moeda estrangeira, de ativos internacionais negociados em moeda estrangeira, devido à apreciação/depreciação relativa de moedas
Descasamentos em carteiras indexadas a alguma moeda estrangeira
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Risco de mercado (risco sistêmico)
Decorre da variabilidade dos preços dos fornecedores e dos produtos
Medida numérica da incerteza relacionada aos retornos esperados de um investimento, em decorrência de variações em fatores como taxas de juros, taxas de câmbio, preços de ações e commodities
Ke = custo do capital próprio
Rf = taxa de juro livre de risco
β = coeficiente beta
Rm = retorno da carteira de mercado
(RM – RF) = prêmio pelo risco de mercado
β (RM – RF) = prêmio pelo risco do ativo
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Risco de terceirização
Possibilidade de perdas decorrentes da transferência da gestão e operação de processos internos para outras entidades, vale salientar que, quando contratamos um terceiro, estamos transferindo somente as atividades, pois o risco continua sob a responsabilidade do contratante
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Risco contábil
Quando uma empresa se empenha em práticas contábeis para produtos e serviços de um modo que não atenda os princípios geralmente aceitos, os erros e fraudes contábeis podem resultar em sanções dos órgãos reguladores, ações judiciais dos acionistas e reputação maculada
Pode ser resultado de acidentes ou casos fortuitos, erro de valorização de carteiras, erros de comunicação e discrepâncias no tratamento contábil
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Risco de controle
É mais amplo que o risco contábil e inclui os riscos de falhas dos sistemas internos de informação, por meio de operações negligentes, projetos de TI ruins ou fraude deliberada
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Risco tributário
Possibilidade de perda ocasionada por interpretação indevida da legislação tributária
É importante que as alíquotas e obrigações acessórias estejam bem definidas e mapeadas, para segurança da gestão tributária da organização
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Risco de crédito
Pode ser definido como uma medida numérica da incerteza relacionada ao recebimento de um valor contratado/compromissado a ser pago por um tomador de um empréstimo, contraparte de um contrato ou emissor de um título, descontadas as expectativas de recuperação e realização de garantias
Risco de inadimplência
Risco de degradação de crédito
Risco de garantia real
Risco de degradação de garantias
Risco soberano
Risco de financiador
Risco de concentração (crédito)
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Risco-país
O risco-país é uma medida que visa classificar o risco geral de um país
Está relacionado à economia e a aspectos sociais e políticos do país onde a unidade está instalada
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Risco de desastre
Decorre de desastres naturais e pode ser segurado. Seu efeito pode ser minimizado por planos de contingência, planos de recuperação de desastres ou sistemas de cópia de segurança
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Risco de demanda
Incerteza que cerca a demanda futura por um produto ou por um serviço devido à interação de fatores inesperados e incontroláveis, como mudanças imprevistas na regulamentação e mudanças no gosto dos clientes
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Risco de novos produtos
Acontece quando a empresa não tem os sistemas ou a especialização para gerir adequadamente um novo produto lançado
Os erros tendem a ser mais altos nos estágios iniciais de desenvolvimento de um novo produto ou quando o novo produto é espetacularmentemais popular que o previsto, causando perdas em potencial de reputação e custos de oportunidade
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Riscos de reputação
Pode ser visualizado como as perdas monetárias e financeiras que se seguem à perda de reputação de uma organização
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Risco de continuidade
Tratam da continuidade do negócio em caso de pane no ambiente físico e/ou lógico, que devem ser testados periodicamente para assegurar a eficiência e eficácia em situações reais
Não basta planejar, é preciso ter certeza de que o plano efetivamente funciona
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Uma perspectiva matemática
O retorno real de um investimento leva, em seus componentes, um retorno esperado e um grau de surpresa
O componente total da surpresa tem o componente sistemático (risco sistemático) e o componente não sistemático (risco não sistemático)
Opções financeiras adequadas à aplicação dos recursos
Necessidade de calcular adequadamente o custo de captação dos recursos de terceiros e dos recursos próprios
Compreender adequadamente qual é o custo de cada capital e qual é o mix mais adequado para fazer frente ao retorno esperado pelo investidor
Conhecer as estratégias de diversificação e como as opções adequadas de aplicação dos recursos podem permitir a redução dos riscos inerentes ao investimento
Conhecer o princípio da diversificação e como o investidor pode se comportar diante dos riscos sistêmicos e não sistêmicos
Custos de captação
Qualquer fonte de financiamento, seja própria ou de terceiros, possui um custo associado à sua captação no mercado
Ou seja, há um “preço” para utilizar o capital
Os custos de capital de terceiros (ou os custos da dívida com terceiros) geram o pagamento de juros e outras despesas financeiras
O custo de capital próprio
Crescimento constante de Gordon e Shapiro
Precificação de ativos financeiros – CAPM (capital asset pricing model)
Custos de captação – O custo de capital próprio
Crescimento constante de Gordon e Shapiro
Consiste em considerar a geração de lucros ou de dividendos, que se acredita serem dotados de crescimento constante
O preço de uma ação ou ativo seria igual à soma do valor presente de todos os fluxos de caixa, ou dividendos pagos pela ação ou ativo – esse seria o custo do capital próprio, ou o “preço” de usar o capital dos sócios da empresa
Ks é o custo do capital dos sócios
D1 é o dividendo distribuído pelo ativo no ano 1
P0 é o preço do ativo no ano zero
g é a taxa de crescimento dos dividendos
Custos de captação – O custo de capital próprio
Crescimento constante de Gordon e Shapiro
Análise via emissão de novas ações, que indica que podem ocorrer captações de recursos dos sócios mediante a emissão de novas ações
Deve ser considerado o preço líquido recebido pela empresa em troca das ações emitidas (P1), subtraído do percentual das despesas relativas ao processo de emissão (F)
Diversificação
O princípio da diversificação é a “[...] distribuição de um investimento por meio de vários ativos [...]”
A diversificação é a distribuição dos investimentos em muitos ativos
Portanto, uma carteira com muitos ativos quase não possui risco não sistemático

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