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RESUMO - Evolução Biológica e Especiação

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1. Evolução Biológica e Especiação
A Evolução Biológica compreende o conjunto de mudanças hereditárias as quais os seres vivos estão sujeitos, gerando variedade genética e diversidade. Essas modificações geram transformações hereditárias nos organismos que estão relacionadas a processos adaptativos. Essa evolução está relacionada com a sobrevivência e adaptação de uma espécie dentro de um determinado meio ou ecossistema.
O termo evolução do ponto de vista popular está relacionado com a ideia progressiva de melhoria. Esse progresso nem sempre é observado do ponto de vista biológico. Dessa forma, Evolução Biológica é qualquer processo que altere as características de uma espécie de modo que ela possa se tornar mais adaptada ao habitat em que se encontra, não necessariamente através de um progresso.
Os processos evolutivos visam, portanto, gerar maior adaptação das espécies em um ambiente. Esse conceito de adaptação está relacionado com diversos outros processos evolutivos, principalmente a especiação, quando espécies novas de organismos são formadas a partir de alterações graduais em espécies preexistentes. Atualmente a ideia comum entre todos os estudiosos do assunto é a de que todos os organismos descendem de um ancestral comum que, através de um esquema conhecido como “Árvore da Vida” pode ser pelo menos caracterizado.
A especiação refere-se ao surgimento de uma ou mais espécies a partir de uma população ancestral. Esse processo, que envolve mecanismos de diferenciação genética que impedem a reprodução entre duas populações, pode ocorrer por vários fatores, entre eles, o isolamento geográfico e redução de fluxo gênico.
Quando ocorre o isolamento geográfico (separação espacial), novas espécies podem surgir através da seleção natural. Ambientes diferentes proporcionam pressões seletivas diferentes, consequentemente, características distintas são selecionadas em cada local. Como existe uma barreira geográfica entre as populações, elas não se cruzam. Dessa forma, com o tempo, ocorrerão o isolamento reprodutivo e o surgimento de novas espécies.
A especiação pode ocorrer mesmo em locais onde não há uma separação espacial entre os indivíduos de uma população. Em populações que ocupam áreas grandes, por exemplo, pode ocorrer uma redução do fluxo gênico como consequência da reprodução que ocorre apenas entre grupos que vivem próximos. Além disso, em virtude de a área geográfica ser ampla, podem ocorrer diferentes pressões em locais distintos.
TIPOS DE ESPECIAÇÃO
Especiação alopátrica também conhecida como especiação geográfica, é o fenômeno que acontece quando grandes populações biológicas ficam fisicamente isoladas por uma barreira externa e desenvolvem isolamento reprodutivo interno (genético), de tal modo que, se depois a barreira desaparecer, indivíduos das populações já não podem se cruzar
Especiação peripátrica é um modo de especiação, a formação de novas espécies através de evolução. Neste modo, as espécies novas são formadas em populações periféricas isoladas; este modo é semelhante à especiação alopátrica na medida em que as populações estão isoladas e por isso não há transferência de genes.
Especiação parapátrica é uma forma de especiação que ocorre em uma área geográfica contínua na qual as espécies divergentes apresentam distribuições adjacentes. Não há nenhuma barreira externa ao fluxo gênico, no entanto os acasalamentos não são completamente aleatórios. Este modelo difere da especiação alopátrica no que se refere a distribuição geográfica da espécie parental já que a alopatria requer subpopulações geograficamente isoladas.
Especiação simpátrica é a divergência genética de várias populações (de uma espécie parental única) que habitam a mesma região geográfica, de modo a que essas populações se tornam espécies diferentes.
2. CLASSIFICAÇÃO BIOLÓGICA
A classificação biológica é um sistema utilizado para organizar os seres vivos por meio de critérios preestabelecidos. A taxonomia é a área da biologia responsável por identificar, nomear e classificar os seres vivos. A sistemática é uma área que também auxilia nesse processo, já que estuda as relações evolutivas entre os organismos, sendo cada vez mais utilizada nesse processo, assim como a biologia molecular.
· Aristóteles
A classificação dos seres vivos é um processo antigo, e diversos sistemas de classificação foram elaborados ao longo do tempo. O filósofo grego 
Aristóteles (384-322 a.C.), ao qual se remetem os primeiros registros sobre classificação biológica, considerava que as espécies não sofriam mudanças, sendo assim unidades fixas, e que poderiam ser organizadas em uma escala com ordem crescente de complexidade, posteriormente denominada de scala naturae (escala da vida).
Aristóteles foi o primeiro a agrupar os animais em invertebrados e vertebrados, além de descrever cerca de 500 espécies e classificá-las em diferentes categorias, como mamíferos e aves. Como suas observações ocorriam apenas a nível macroscópico, os seres vivos eram classificados em dois grandes grupos: animais (seres que se moviam) ou plantas (seres que não se moviam), e essa classificação perdurou por muito tempo até que, com o avanço da tecnologia, permitiu-se descobrir os seres microscópicos.
· Carolus Linnaeus
O físico e botânico sueco Carolus Linnaeus (1707-1778), considerado o pai da taxonomia moderna, desenvolveu o sistema de nomenclatura binomial, no qual os organismos são designados de acordo com gênero e espécie.
Nesse sistema, o nome deve ser escrito em latim, sendo que o primeiro nome, escrito com letra maiúscula, representa o gênero, e o segundo nome, escrito com letra minúscula, o epíteto específico. Esse sistema de nomenclatura ainda é utilizado na atualidade. Além disso, Linnaeus estabeleceu um sistema hierárquico de táxons: Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Gênero e Espécie, os quais detalharemos mais adiante.
Em seguida, o avanço da tecnologia permitiu a descoberta de novos organismos, e, diante dessas novas descobertas, em 1866, o alemão Ernst Haeckel (1834-1919) propôs a existência de três grupos de seres vivos: os animais, as plantas e os protistas. Em 1936, o norte-americano Herbert Faulkner Copeland incluiu um quarto grupo, o dos moneras, no qual estariam os organismos procariontes, antes incluídos em protistas.
O norte-americano Robert Harding Whittaker (1920–1980) foi o responsável pela elaboração do sistema de classificação em cinco reinos, ainda presente em muitos livros didáticos. Nesse sistema os seres vivos estão classificados em Reino Monera, Protista, Fungi, Animalia e Plantae, como veremos em detalhes mais adiante.
Com o avanço da biologia molecular e da sistemática filogenética, novas formas de classificação surgiram, dentre elas podemos destacar a proposta, no ano de 1977, pelo microbiologista norte-americano Carl Richard Woese (1928-2012). Por meio de seus estudos filogenéticos, ele concluiu que os seres vivos poderiam ser agrupados em três grupos, aos quais chamou de Domínio, uma categoria acima de Reino. Além disso, Woese propôs uma nova classificação em reinos, desta vez apresentando seis reinos, que também serão explicados mais adiante.
Categorias taxonômicas
Como mencionado, Linneu estabeleceu um sistema hierárquico de táxons, também chamado de categorias hierárquicas, são elas:
· Reino: a maior das categorias, é constituída por um conjunto de filos;
· Filo: constituído por um conjunto de classes;
· Classe: constituída por um conjunto de ordens;
· Ordem: constituída por um conjunto de famílias;
· Família: constituída por um conjunto de gêneros;
· Gênero: constituído por um conjunto de espécies;
· Espécie: grupo de organismos capazes de reproduzir-se e originar descendentes férteis.
Classificação biológica da espécie “Vulpes vulpes”, também conhecida como raposa-vermelha.
· Classificação em cinco reinos
A classificação em cinco reinos proposta por Whittaker, embora seja considerada ultrapassada, ainda persiste em muitos materiais didáticos de Ensino Fundamental e Médio. Nesse sistema os organismos são classificados emcinco reinos:
· Reino Monera: organismos procariontes unicelulares. Exemplos: bactérias e cianobactérias.
· Reino Protista: organismos eucariontes, unicelulares, autotróficos ou heterotróficos. Exemplos: protozoários e algas.
· Reino Fungi: organismos eucariontes, unicelulares ou multicelulares, heterotróficos. Exemplos: cogumelos e leveduras.
· Reino Plantae: organismos eucariontes, multicelulares e autotróficos (fotossintetizantes). Exemplos: algas multicelulares e vegetais inferiores e superiores (apesar de alguns autores classificarem algas como protistas, classificações recentes incluem algas multicelulares no Reino Plantae).
· Reino Animalia: organismos eucariontes, multicelulares e heterotróficos. Exemplos: animais invertebrados e animais vertebrados.
· Classificação em seis reinos
A classificação em seis reinos foi proposta por Woese e diferencia-se da classificação de Whittaker pela extinção do Reino Monera e a criação do Reino Bacteria e do Reino Archea.
· Reino Bacteria: organismos procariontes unicelulares. Exemplos: bactérias e cianobactérias.
· Reino Archea: organismos procariontes, autotróficos ou heterotróficos, e que habitam ambientes extremos, por exemplo, apresentando altas temperaturas e concentração de metano ou enxofre. Esses organismos assemelham-se, em termos evolutivos, mais aos eucariontes do que às bactérias.
· Reino Protista: organismos eucariontes, unicelulares, autotróficos ou heterotróficos. Exemplos: protozoários e algas.
· Reino Fungi: organismos eucariontes, unicelulares ou pluricelulares, heterotróficos, sendo que sua nutrição ocorre por absorção. Exemplos: cogumelos e leveduras.
· Reino Plantae: organismos eucariontes, multicelulares e autotróficos (fotossintetizantes). Exemplos: algas multicelulares e vegetais inferiores e superiores.
· Reino Animalia: organismos eucariontes, multicelulares e heterotróficos. Exemplos: animais invertebrados e animais vertebrados.
Segundo as classificações mais recentes, o Reino Monera e o Reino Protista deixam de existir, sendo apenas utilizados como coletivo para organismos procariontes e eucariontes unicelulares, respectivamente.
· Classificação em três domínios
A classificação em três domínios foi também proposta por Woese e é a mais aceita na atualidade.
· Domínio Bacteria: constituído por organismos unicelulares procariontes, tendo como representantes as bactérias.
· Domínio Archea: constituído por organismos unicelulares procariontes, também conhecidos como arqueobactérias, encontrados em ambientes considerados extremos, apresentando, por exemplo, temperaturas muito elevadas e altas concentrações de metano ou enxofre.
· Domínio Eukarya: constituído por todos os organismos eucariontes.

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