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UNIVERSIDADE PITÁGORAS UNOPAR SISTEMA DE ENSINO A DISTÂNCIA PEDAGOGIA Cidade 2020 Cidade Cidade ano ALUNO A IMPORTÂNCIA DAS BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL Cidade ano A IMPORTÂNCIA DAS BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL Projeto de Ensino apresentado à Universidade Pitágoras – UNOPAR, como requisito parcial à conclusão do Curso de Licenciatura em Pedagogia. Docente supervisor: ALUNO SUMÁRIO INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 3 1 TEMA ................................................................................................................................. 4 2 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................... 5 3 PARTICIPANTES ............................................................................................................. 6 4 OBJETIVOS ....................................................................................................................... 7 5 PROBLEMATIZAÇÃO ..................................................................................................... 8 6 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................... 9 7 CONTEÚDOS CURRICULARES .................................................................................. 14 8 METODOLOGIA ............................................................................................................. 15 9 CRONOGRAMA ............................................................................................................. 17 10 RECURSOS ..................................................................................................................... 18 11 AVALIAÇÃO .................................................................................................................. 19 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................... 20 REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 21 3 INTRODUÇÃO As brincadeiras sempre fizeram presente nos momentos de diversões das crianças, sendo considerado até nos dias de hoje uma ferramenta eficaz para que as crianças tenham contato com atividades lúdicas, mas que ao mesmo tempo desenvolvam integralmente, tanto no aspecto físico, como social, cultural, afetivo, emocional ou cognitivo. Este projeto de ensino visa ampliar nossos conhecimentos na etapa da Educação infantil, etapa essa, que conseguimos desenvolver a aprendizagem das crianças de forma plena. Sendo assim, no decorrer do trabalho abordaremos todos os aspectos que constituem o brincar e qual é sua finalidade para o desenvolvimento infantil. Justifica-se a escolha do tema pela grande necessidade de conscientizar e despertar os profissionais a explorar constantemente as diversas brincadeiras existentes, pois a mesma é considerada um recurso pedagógico, sendo capaz de oportunizar as crianças novas sensações, experimentações e ampliando as percepções das crianças, imaginação e as diversas reflexões. A problematização do projeto de ensino foi escolhida após várias pesquisas sobre o tema, pude perceber que existe vários professores que não exploram as brincadeiras como um recurso de desenvolvimento das crianças e isso se faz necessário. O objetivo geral é demonstrar qual é a real importância das brincadeiras na educação infantil e como podemos aplica-las para serem totalmente eficiente no processo de ensino aprendizagem dos alunos. Para a realização deste projeto, será utilizada a pesquisa bibliográfica, a partir de grandes autores como Vygotsky entre outros que contribuíram com a Educação Infantil, realizei algumas pesquisas também nos sites eletrônicos, portal do MEC, livros da Unopar, aonde foi essencial no desenvolvimento e finalização do projeto. Considero que todo o conteúdo trabalhado no projeto será de extrema importância, posso dizer que aprendi muito e que será de grande ajuda para a minha prática pedagógica e espero que o mesmo venha contribuir para todos que terão acesso a esse material. . 4 1 TEMA As brincadeiras sempre foram consideradas instrumentos capazes de colocar o pensamento da criança em ação, ou seja, é por meio do brincar e das propostas lúdicas que a criança vai ao encontro de um aprendizado mais prazero, criativo e promotor de desenvolvimento. Quando essas atividades são realizadas corretamente, possibilitam a ampliação do saber e da socialização, tornando seres críticos e ativos acerca da realidade do seu cotidiano, despertando uma maior consciência de si mesmo e do outro. O tema do trabalho é a importância das brincadeiras na Educação Infantil, seguindo a linha de docência, o assunto abordado está diretamente relacionado com a admiração, carinho e afinidade que tenho pela etapa da Educação Infantil e por acreditar na importância que as brincadeiras possuem no desenvolvimento integral de todos. A temática abordada no decorrer do projeto é importante, pois se compreende que as brincadeiras fazem parte da infância e cabe ao professor desenvolver estratégias para aprendizagem dos conteúdos, onde os alunos aprendam com prazer e satisfação. O tema está relacionado aos eixos estudados nas disciplinas durante o curso de pedagogia, dessa maneira podemos compreender que os profissionais da área da educação precisam dos conhecimentos adquiridos para que futuramente venha aplica-los de forma significativa. Tive o prazer de estagiar nessa fase, e percebi que é importante que cada vez mais o pedagogo necessita de formação/capacitação para ter percepção que qualquer brincadeira com planejamento e finalidade serve para o crescimento do próprio aluno. Ao realizar as leituras e reflexões sobre o assunto acima e também a contribuição da minha vivência, pude compreender a necessidade de proporcionar as crianças experiências que permitam aprender brincando. Este estudo não pretendo esgotar todo assunto, mas inaugura a possibilidade de aprofundamento sobre as infinitas possiblidades de abordar as brincadeiras na Educação Infantil para atribuir na excelência ao trabalho com as crianças nessa etapa de ensino. Espero ajudar todos que atua diretamente na educação e também os pais a darem mais importância as brincadeiras de seus filhos, e dedicarem um pouco do seu tempo a estas crianças que tanto nos pedem atenção, até para que possamos entender e entrar no mundo em que elas vivem, que é o mundo da imaginação. 5 2 JUSTIFICATIVA O tema escolhido aborda como o brincar interfere no desenvolvimento cognitivo das crianças e as ajudam a exteriorizar o seu mundo e seus desejos internos, independentemente da cultura ou da década, traz lembranças que podem auxiliar no dia-a-dia das crianças. Nessa perspectiva, possuímos várias razões para brincar, pois sabemos que é brincando que a criança expressa vontades e desejos construídos ao longo de sua vida, e quanto mais oportunidades a criança tiver de brincar mais fácil será o seu desenvolvimento. Justificando esta pesquisa, acredita -se que o tema em questão tem fundamental relevância para o desenvolvimento humano em todos os seus aspectos a partir de atividades com brincadeiras. Há uma grande necessidade de conscientizar a todos os profissionais, conforme foi relatado anteriormente. Sabemos que é necessário conhecer e reconhecer a real importânciaque a brincadeira possui na Educação Infantil. Assim, com base nas informações obtidas nas referências, torna-se possível elaborar uma proposta que inicia uma nova prática pedagógica. Uma prática onde a brincadeira infantil não é apenas valorizada como um aspecto natural da criança, mas como um excelente meio de promover a aprendizagem. A temática trabalhada é de suma importância no contexto atual que vivemos, é uma maneira de trazer uma reflexão para todos, pois sabemos que vivemos em uma sociedade aonde os recursos tecnológicos são mais atraentes para as crianças. Sendo assim o trabalho contribuirá para mostrar aos educadores e a comunidade escolar, incluindo pais e demais funcionários da escola, que o brincar é a base da Educação Infantil e que, através dele, a criança aprende e se desenvolve, tornando-se a brincadeira uma importante fonte de socialização. Partindo de que as brincadeiras tem o poder de estimular o desenvolvimento da capacidade tanto efetiva ou social da criança em sala de aula, não pode esquecer que estamos formando cidadãos e que é importante propor atividades e brincadeiras significativas para que as crianças possam assimilar o aprendizado com a brincadeira formando assim uma junção, temos que estar atentos ao planejarmos as atividades para que estas venham ser de acordo com cada faixa etária da criança respeitando sempre sua cultura e história ampliando seus conhecimentos, despertando hábitos de responsabilidades ,respeito e cooperação. Desta forma, acreditamos que o estudo contribuirá com a compreensão que os educadores devem ter sobre as brincadeiras em sala de aula e para que os leitores revejam a importância que esse recurso reflete em suas ações despertando novos interesses e novos olhares sobre o tema exposto. 6 3 PARTICIPANTES O projeto de ensino é destinado a todos os docentes da Educação Infantil, podendo ser ampliado a todos da equipe gestora e aos responsáveis para titulo de conhecimento, pois é essencial que todos dão sugestões aos projetos e ações que a escola vem desenvolvendo. 7 4 OBJETIVOS Objetivo Geral: Demonstrar qual é a real importância das brincadeiras na educação infantil para a contínua melhoria no processo de ensino aprendizagem dos alunos da etapa da Educação Infantil. Objetivo Específico: Mostrar que o brincar é uma atividade de estimulação capaz de contribuir para o desenvolvimento cognitivo, físico, social e emocional da criança; Apontar diversas atividades com a brincadeira para contribuir no processo de ensino- aprendizagem da criança; Promover a socialização e o respeito mútuo entre as crianças. 8 5 PROBLEMATIZAÇÃO As situações vivenciadas por todos os profissionais que trabalham direta e indiretamente com as turmas de Educação Infantil, possuem uma necessidade de uma tomada de decisão tendo com base ações que serão capazes de transformar este cenário em sala de aula e originar soluções que realmente sejam efetivas. A problematização do projeto está relacionada aos desafios enfrentados na Educação Infantil, sabemos que muitas escolas não se adequaram a este padrão lúdico nas fases iniciais, e as crianças se estressam muito cedo, por causa dos conteúdos maçantes e tradicionais. Muitas das vezes por falta de materiais lúdicos nas escolas ou pelo próprio professor, sendo assim a criança acaba não tendo o prazer de estar ali naquele momento pois a sua atenção não está sendo despertada. A banalização do lúdico e a falta de motivação das crianças e a desmotivação dos professores em criar aulas mais práticas e dinâmicas nos fazem refletir que as brincadeiras podem transformar ambientes em lugares opostos a essas questões negativas. A dependência de mídias tecnológicas e uso sem supervisão de um adulto pode vim acarretar várias preocupações que uma vez se faz necessário entender as mesmas. Sabemos que a tecnologia a cada dia mais vem inovando, tornando-se as pessoas mais conectadas e criando contudo uma facilidade, mas também vem à tona várias fatores prejudicais, quando utilizada de forma desordenadas faz com que as crianças se tornem obsoletas e presas a rotina ruim, dessa forma é visível que a interação entre as brincadeiras fazem com que o sujeito possa se desprender de uma realidade afrouxada e viver uma realidade mais participativa e isso tudo sem sair de sua perspectiva, e com outra visão do mundo escolar. As brincadeiras, em uma visão pedagógica que serve como estímulo ao desenvolvimento psicomotor, emocional, afetivo, cognitivo entre outras áreas de aprendizagem, mas é preciso que se identifiquem as necessidades individuais de cada aluno para que possa estabelecer uma estratégia que supra essas carências. Devem-se entender melhor as necessidades e dificuldades mais imediatas do sujeito e utilizar as atividades lúdicas justamente na busca de possibilidades de aprendizagem e compreensão não só de conteúdo, mas de valores também. Esperamos que todos possam refletir sobre suas práticas, permitindo que a criança brinque e utilize esse ato para torna-la cada vez mais ativa no processo de ensino aprendizagem, e, ao mesmo tempo, considerando seu aspecto emocional, construindo possibilidades para que ela possa contribuir, ao brincar, sua própria imagem e a do mundo que a cerca. 9 6 REFERENCIAL TEÓRICO A Educação Infantil é uma temática atual, porém, as discussões acerca das crianças e de seu papel na sociedade são preocupações antigas e são feitas por pensadores importantes durante grande parte de nossa história. Uma de suas principais preocupações eram a criança e sua inserção na sociedade. Hoje, podemos ver a criança como um sujeito em construção, ocupando seu lugar na sociedade. Quando falamos de Educação Infantil, estamos nos referindo à criança pequena de 0 a 6 anos, onde o educar e o cuidar são peças fundamentais no seu desenvolvimento educacional e emocional. A educação infantil é considerada a primeira etapa da educação básica (título V, capítulo II, seção II, art. 29), tendo como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade. O texto legal marca ainda a complementaridade entre as instituições de educação infantil e a família. (RCNEI, 1998, p. 11). Sabemos que a educação infantil, é uma fase onde a criança precisa de um suporte pedagógico diferenciado, sobre tudo no modo de educá-las, pois as mesmas são sujeitas de direito, portanto, é preciso construir um espaço educativo, não apenas para elas mais com elas. Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. (RCNEI, 1998, p. 23). Nesse sentido, acreditamos que criança é protagonista da infância, apontando para a necessidade de a escola reconhecer a infância e as crianças como interlocutoras competentes e conscientes de sua posição no mundo do qual faz parte. O brincar é a atividade predominante na infância e vem sendo explorado no campo científico, com o intuito de caracterizar as suas peculiaridades, identificar as suas relações com o desenvolvimento e com a saúde e, entre outros objetivos, intervir nos processos de educação e de aprendizagem das crianças. Este referencial teórico tem por finalidade, com base em várias pesquisas e autores de destaques, apresentar evidências sobre as contribuições que a brincadeira oferece ao desenvolvimento infantil e à aprendizagem no contexto escolar. No dicionário Aurélio otermo brincar significa "divertir-se, recrear-se, entreter-se, distrair-se, folgar", também pode ser "entreter-se com jogos infantis", sendo que os alunos da educação infantil estão em uma fase lúdica, na qual brincar é um direito legítimo e 10 uma maneira de desenvolver-se amplamente. A brincadeira é entendida como ato de brincar, e brincar é um direito de liberdade da criança, legitimado na Lei 8069-90, do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), em seu artigo 16, inciso IV. “O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos: brincar, praticar esportes e divertir-se” (ECA, 2000, p. 11). Assim, para se desenvolver plenamente e participar ativamente do mundo em que vive, a criança precisa brincar, pois brincar é aprender. A brincadeira infantil é capaz de promover o desenvolvimento intelectual do aluno a ponto de levá-lo a superar o estágio de desenvolvimento em que se encontra. Contudo, é na brincadeira que reside à base daquilo que mais tarde permitirá à criança aprendizagens mais elaboradas. Vários estudiosos reconhecem a influência do brincar para o desenvolvimento infantil. Segundo a autora Ângela Maluf, por exemplo, afirma que a brincadeira é uma atividade objetiva, pois vai mediar sua relação e percepção do mundo ambiental e dos sujeitos. Já Vygotsky (1989), em sua percepção confirma que a brincadeira é como zona proximal, pois nela a criança supera sua própria condição no presente, agindo como se fosse maior. A criança desafia seus próprios limites, ações e pensamentos, ou seja, a brincadeira possibilita ampla estrutura básica para mudanças das necessidades e da consciência das crianças, pois são nas brincadeiras que elas resinificam o que vive e sentem. Brincar é também um grande canal para o aprendizado, senão o único canal para verdadeiros processos cognitivos. Para aprender precisamos adquirir certo distanciamento de nós mesmos, e é isso o que a criança pratica desde as primeiras brincadeiras transicionais, distanciando-se da mãe. Através do filtro do distanciamento podem surgir novas maneiras de pensar e de aprender sobre o mundo. Ao brincar, a criança pensa, reflete e organiza-se internamente para aprender aquilo que ela quer, precisa, necessita, está no seu momento de aprender; isso pode não ter a ver com o que o pai, o professor ou o fabricante de brinquedos propõem que ela aprenda. (MACHADO, 2003, p.37) Portanto, a brincadeira é uma forma privilegiada da aprendizagem. Na medida em que vão crescendo, as crianças trazem para suas brincadeiras diárias, o que veem, escutam e experimentam e, essas brincadeiras ficam mais interessantes a partir do momento em que as crianças podem combinar os vários conhecimentos a que tiveram acesso. Vygotsky (1991) também afirma que a brincadeira, mesmo sendo livre e não estruturada, possui regras. Para o autor todo tipo de brincadeira está embutido de regras, até mesmo o faz-de-conta possui regras que conduzem o comportamento das crianças. 11 Uma criança que brinca de ser a mamãe com suas bonecas assume comportamentos e posturas pré-estabelecidas pelo seu conhecimento de figura materna. Para Vygotsky (1991) o brincar é essencial para o desenvolvimento cognitivo da criança, pois os processos de simbolização e de representação a levam ao pensamento abstrato. Elkonin (1998) avançando nos estudos de Vygotsky elaborou a lei do desenvolvimento do brinquedo. Para este autor o brincar passa por momentos evolutivos. A brincadeira vai de uma situação inicial, onde o papel e a cena imaginária são explícitos e as regras latentes, para uma situação em que as regras são explícitas e o papel e a cena imaginária latentes. Segundo Smith (1982), a brincadeira, seja simbólica ou de regras, não tem apenas um caráter de diversão ou de passatempo. Pela brincadeira a criança, sem a intencionalidade, estimula uma série de aspectos que contribuem tanto para o desenvolvimento individual do ser quanto para o social. Primeiramente a brincadeira desenvolve os aspectos físicos e sensoriais. De acordo com Wajskop (2012), a brincadeira na infância é uma atividade que as crianças podem praticar sozinhas ou em grupo, e existem alguns critérios para definir essa atividade, como podemos citar: • A criança pode assumir várias personalidades, representando diferentes papeis como se fosse um adulto, um animal, um objeto, outra criança; • A criança pode atribuir diferente significados a objetos, daqueles que possuem normalmente; • Sempre existe uma situação imaginária; • As regras que constituem a brincadeira devem ser respeitadas; • As crianças realizam ações que representam as interações, os sentimentos e conhecimentos presentes na sociedade na qual vivem. Outro fator que pode ser observado na brincadeira é o desenvolvimento emocional e da personalidade da criança. Para Friedman (1996) e Dohme (2002) as crianças têm diversas razões para brincar, uma destas razões é o prazer que podem usufruir enquanto brincam. Além do prazer, as crianças também podem, pela brincadeira, exprimir a agressividade, dominar a angústia, aumentar as experiências e estabelecer contatos sociais. A brincadeira tem uma enorme função social, desenvolve o lado intelectual e principalmente cria oportunidades para a criança elaborar e vivenciar situações emocionais e conflitos sentidos no dia a dia de toda criança. Segundo RCNEI (Referencial Curricular 12 Nacional para a Educação Infantil), entendemos a importância do brincar (e que esta questão na vida escolar da criança), tendo em vista, o desenvolvimento da criança em todos os seus aspectos, ou seja, cognitivo, afetivo, motor e social. O brincar favorece a criança o aprendizado, pois é brincando que o ser humano se torna apto a viver numa ordem social e num mundo culturalmente simbólicos. É o mais completo dos processos educativos, pois influencia o intelecto, o emocional o e corpo da criança. brincar faz parte da especificidade infantil e oportunizar a criança seu desenvolvimento e a busca de sua completude, seu saber, seus conhecimentos e suas expectativas do mundo. Por ser importante para as crianças, a atividade lúdica e suas múltiplas possibilidades pode e deve ser utilizada como recurso de aprendizagem e desenvolvimento A brincadeira também é uma rica fonte de comunicação, pois até mesmo na brincadeira solitária a criança, pelo faz de conta, imagina que está conversando com alguém ou com os seus próprios brinquedos. Com isso, a linguagem é desenvolvida com a ampliação do vocabulário e o exercício da pronúncia das palavras e frases. Mesmo com a implantação das novas tecnologias, as simples brincadeiras não deixam de ter sua relevância, elas podem tornar-se fontes de estímulo ao desenvolvimento cognitivo, social e afetivo da criança ou até mesmo as brincadeiras podem ser resgatadas para dentro da escola. Desgualdo (2008), escrevendo sobre a importância do brincar na educação infantil descreve como o lúdico interfere no desenvolvimento da criança. Ela afirma que tantas mudanças tecnológicas trouxeram uma grande confusão na cabeça das crianças a respeito do que é brincar. Muitas abandonaram as velhas brincadeiras de rua e se entregaram as magias dos jogos eletrônicos, mas a escola pode resgatar estas brincadeiras com projetos sociais ou culturais. Não podemos ignorar que há muitos benefícios em videogames e jogos de computador e que podemos fazer bom uso deles sem esquecer que principalmente na educação infantil, as crianças precisam interagir com o próprio corpo e com as outras crianças construindo seu saber pela cultura e modificando-o de acordo com suas necessidades biológicas e psicossociais, pois elas estão em uma etapa tão importante do desenvolvimento, porque estão construindo sua personalidade cultural e social. A postura do professor deve ser de mediador e observador nesse processo de aquisição de conhecimento.Passado esta etapa de mediador-observador, o professor tem um papel ainda muito importante, que é diagnosticar o que a criança aprendeu. Ele deve manter e ampliar essa aprendizagem estimulando sempre um novo ciclo, uma nova etapa. 13 O êxito do processo ensino-aprendizagem depende em grande parte da interação professor-aluno, sendo que nesse relacionamento, a atividade do professor é fundamental. O professor deve antes de tudo ser um facilitador da aprendizagem, criando condições para que as crianças explorem seus movimentos, manipulem materiais, interagem com seus companheiros e resolvam situações-problemas. O professor tem que partir da realidade dos alunos, ver suas necessidades, buscar alternativas de interação. Ocorre que, na fase de mudança, está tomada de consciência é importante, até que venha a se incorporar com um novo hábito. (VASCONCELLOS,1995, p.74) Com o ato brincar, espera-se que as relações entre as crianças possam contribuir nas atividades apresentadas pelos professores para enriquecer à dinâmica das relações sociais na sala de aula. Cada dia na vida de uma criança é cheio de atividades e de novas situações de aprendizagem, a criança aprende vivendo, experimentando, fazendo descobertas, agindo, construindo seu conhecimento a partir da leitura que faz do mundo, ou seja, de sua realidade. O educador deve garantir que, no contexto escolar a aprendizagem seja contínua e que inclua não fatores intelectuais, como também os emocionais, os sociais, os físicos, os estéticos e os morais. As atividades devem ser organizadas, onde as mais interessantes sejam selecionadas para seus alunos, cabe ao educador dentro ou fora da sala, criar condições para desenvolver e facilitar o trabalho. O educador papel do professor instigar a curiosidades de seus alunos no sentido de promover sua aprendizagem a fim de entender seu contexto e trazer isso para a nossa prática promovendo assim à interação com nossa com a proposta de alfabetização, para que se esta não der certo, ele busque novas alternativas para que o processo de aprendizado do aluno ocorra, portanto o professor deve estar atento e ser sensível a necessidade de mudanças de estratégias quando esta forem necessárias, para que o aluno consiga aprender. Para alcançar o objetivo de ensinar é necessário que o jogo e brincadeiras estejam inseridos em um projeto com etapas claras e preestabelecido, isso trará resultados mais satisfatórios para sua atividade. As ações com o jogo devem ser criadas e recriadas, para que sejam sempre uma nova descoberta e sempre se transformem em um novo jogo, em uma nova forma de joga. 14 7 CONTEÚDOS CURRICULARES Os conteúdos trabalhados neste projeto são: As brincadeiras; Ludicidade; Desenvolvimento físico, social, cultural, afetivo, emocional e cognitivo; Socialização em grupo; Autonomia; Interação; Processo de ensino – aprendizagem. 15 8 METODOLOGIA A utilização das brincadeiras como metodologias apara ensinar, é um forte recurso que proporciona maior facilidade de aprendizagem e aquisição do estudo, pois através dos mesmos é possível ensinar e transmitir o conhecimento sendo um grande aliado para o ensino. Pois durante as brincadeiras a grande a maioria das crianças demostram ações e atitudes que em qualquer outro método não fariam, pois durante elas acabam praticando diversos costumes, criatividade, imaginação e autonomia. De acordo com o tema exposto sobre a importância das brincadeiras na Educação Infantil, realizei uma seleção de 06 atividades de brincadeiras que serão essenciais para a promoção do ensino aprendizagem dos alunos da turma e também será a aplicação na prática do meu projeto realizado. 1º Atividade: Brincadeira de Quente e Frio Objetivos: Desenvolve percepção, concentração, raciocínio lógico e coordenação motora; Como brincar: A regra é pedir para que os alunos fechem os olhos, logo após esconder um pequeno objeto em algum local, à medida que a criança se aproximar do alvo, deem estes palpites: fervendo (muito perto), quente, morno, fresco, frio, gelado (muito longe). A criança que procura caminha e olha enquanto os outros dão as dicas. Quando o objeto for encontrado, o descobridor será o próximo a esconder e fornecer os palpites. 2º atividade: Morto ou vivo Objetivos: Desenvolver percepção auditiva, atenção, concentração. Como brincar: Pedir para que as crianças se posicionam em círculo, logo após irei falar “morto”, todos devem agachar-se. Quando falar “vivo”, todos levantam. A criança que trocar a ação fica fora da brincadeira. Ganha quem ficar por último. 3º atividade: Passa anel Objetivos: Desenvolver percepção tátil, concentração, atenção. Como brincar: Solicitar que as crianças sentadas lado com as mãos unidas, palma com palma. Um será sorteado “passador”, outro “adivinhador”. O adivinhador deve ficar de costas enquanto o passador, com o anel entre suas mãos em posição de reza passa entre as mãos dos colegas, 16 colocando o anel entre as mãos de um deles, disfarçadamente, continuando a passar o anel, até que todos tenham participado da brincadeira. A criança que ficou com o anel entra as mãos deve permanecer quieta, sem dar a entender que está com o anel. Ao final de passar o anel, o passador pergunta ao adivinhador: “Com quem está o anel?”. Se o adivinhador acertar, ele é o novo passador, se errar, terá que pagar uma prenda. 4º atividade: Brincando com palitos Objetivos: Desenvolver coordenação viso-motora e orientação espacial, estimular o movimento de pinça e a coordenação motora fina. Como brincar: Retirar os palitos da caixa e pedir para as crianças guardarem novamente, enfileirar os palitos seguindo critérios (Ex: 2 pra cima, 1 pra baixo, 3 pra cima...). usar os palitos para formar figuras livres ou formas geométricas. Sobrepor os palitos em desenhos diversos ou fazer colagens. Organizar sequência (Ex: 1 palito, 1 canudinho, etc.). Realizar soma e subtração. 5º atividade: Pega pega Objetivos: Desenvolver atenção, motricidade ampla, percepção visual. Como brincar: Uma criança é escolhida ou sorteada para ser o “pegador”. Delimita -se um espaço para acontecer a brincadeira. O pegador conta até três antes de começar a correr atrás das crianças, que já deverão estar correndo. Quando o pegador encostar em alguém, esse é pego e torna-se o pegador. 6º atividade: Balões bailarinos Objetivos: Desenvolver equilíbrio, atenção, socialização e reconhecimento dos nomes. Como brincar: Encher um balão para cada participante, amarrar para não sair o ar. escrever o nome da criança, a inicial, colar o xerox da foto. Colocar uma música bem animada e pedir para as crianças dançarem brincando com o seu próprio balão, sem deixar cair no chão. Quando a música parar, cada criança pega o seu balão e grita nome bem alto o que está no balão ou pode ser de outro jeito: quando ouvi rem a música espalharem os balões e ao parar a música, tentar encontrar o seu ou pegar um aleatoriamente e gritar o nome/foto que estiver no balão. 17 9 CRONOGRAMA CRONOGRAMA DE AULAS: TURMA: Educação Infantil RESPONSÁVEL: Docente HORÁRIO: Matutino Atividades Desenvolvidas DATA: DIAS DA SEMANA: ATIVIDADES: 03/11/2020 Segunda Brincadeira quente e frio 04/11/2020 Terça Morto ou vivo 04/11/2020 Quarta Passa anel 05/11/2020 Quinta Brincando com palitos 06/11/2020 Sexta Pega Pega 18 10 RECURSOS Materiais: Bola; Anel; Foto; Palito Canudinho; Balões; Canetinhas; Fita adesiva; Aparelho de som. Humanos: Alunos da Educação Infantil; Professores; Equipe Pedagógica; Responsáveis.19 11 AVALIAÇÃO A avaliação será através de observação, dando ênfase as verificações no que diz respeito ao desempenho dos alunos durante a aplicação do projeto, usando o acompanhamento contínuo das atividades como estratégias para analisar o processo de ensino aprendizagem de todos alunos da turma. . 20 CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante dos objetivos propostos neste projeto verificamos que todos foram alcançados, mediante a constatação de que a brincadeira, ou seja, o ato de brincar é essencial à própria atividade, mesmo sem intenção de aprender, quem brinca aprende, até porque se aprende a brincar. No nosso contexto atual, observamos que a brincadeira é ideal para o desenvolvimento integral da criança, assim as brincadeiras na escola vêm se tornando algo sério, pois desenvolve, estimula e enriquece a personalidade do aluno, ajuda-o a construir novas descobertas e simboliza um instrumento pedagógico que leva ao professor a condição de mediador, estimulador e avaliador da aprendizagem. O presente projeto contribuiu para entendermos que, os espaços escolares principalmente na etapa da Educação Infantil têm o papel de possibilitar aos alunos o contato e a exploração dos elementos de sua cultura, desenvolvendo suas atividades sensórias, capacidade e habilidades, a partir das brincadeiras. É imprescindível que, diante dos argumentos expostos torna-se necessário que desde a formação acadêmica até o exercício da profissão, realizamos o uso desse recurso no objetivo de propiciar o desenvolvimento integral das crianças e que elas conseguem ao longo do seu processo de escolarização adquirir novas percepções e visões do mundo que vive. Enfim, a elaboração do projeto de ensino de Pedagogia, não só contribuiu como me fez ter um novo pensamento crítico construtivo e inovador dentro da Educação Infantil, e assim abrir uma reflexão para novos pensamentos e estudos do tema abordado e assim cada vez mais buscar novos rumos e conhecimentos para que possa contribuir para o ensino aprendizagem e uma educação com qualidade. 21 REFERÊNCIAS BRASIL.Lei n.8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescentes e dá outras providências. [legislação na internet]. Brasília,1990. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. Acesso em 16 de outubro de ... BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil - RCNEI. Vol. 1, 2 e 3, Brasília: MEC / SEF, 1998.) DOHME, V. A. Atividades lúdicas na educação: O caminho de tijolos amarelos do aprendizado. 2002. Dissertação de Mestrado, Curso de Pós-Graduação em Educação, Arte e História da Cultura, Universidade Presbiteriana Mackenzie. São Paulo. DESGUALDO, Marianna. A importância do brincar no desenvolvimento da criança: brincadeira é coisa séria. Webartigos.com, 2008. [on-line] disponível em: <http://www.webartigos.com/articles/4448/1/a-importancia-do-brincarno desenvolvimento- da-criança/pagina1.html>. Acesso em: 17 de outubro de.... ELKONIN, D. B. Psicologia do jogo. São Paulo: Martins Fontes, 1998. FRIEDMANN, A. O direito de brincar: a brinquedoteca. 4ª ed. São Paulo: Abrinq, 1996 MACHADO, M. M. O brinquedo-sucata e a criança. Edições Loyola, 2003. MALUF, Angela Cristina Munhoz. Tipos de espaços para brincar e como desenvolver habilidades na criança. In: MALUF, Angela Cristina Munhoz. Brincar: prazer e aprendizado. 1 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2003. Parte I: Brincar, p. 22 – 23. SMITH, P. K. Does play matter: Functional and evolutionary aspects of animal and human play. Behavioral and Brain Sciences. v. 5, n. 1, p. 139 – 184, 1982. VASCONCELLOS, Celso do S. Para onde vai o Professor? São Paulo: Libertad, 1995. VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. 3 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1989. P.168. VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. 4ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991. WAJSKOP, Gisela. Brincar na educação infantil: uma história que se repete. 9.ed. São Paulo: Cortez, 2012.
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