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História da Política Externa Brasileira (1945-atual) Legenda: azul – Cervo e Bueno; Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano Castello Branco (1964-1967) Chanceleres: Vasco Leitão da Cunha e Juracy Magalhães Os governos militares foram apoiados pelos EUA, e contaram com o reconhecimento de quase todos os países americanos, exceto o México (Doutrina Estrada – não intervenção em assuntos domésticos e não reconhecimento de governos de facto em outros países) (o fez em 1964) e a Venezuela (Doutrina Bettancourt – não reconhecimento de ditaduras) (o fez em 1966). Abandono do universalismo da PEI; incorporação da doutrina das “fronteiras ideológicas”. Diplomacia da Segurança Nacional: bipolaridade no centro das relações, alinhamento aos EUA. Abertura ao capital estrangeiro para o desenvolvimento e equacionamento da dívida externa. “O que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil”. Desenvolvimento associado dependente Eix os t eó ric os Influência das ideias gestadas na Escola Superior de Guerra (ESG), com destaque para Golbery do Couto e Silva como principal teórico. Visava transformar o Brasil em potência mundial pela associação aos EUA. Teoria dos círculos concêntricos sobre os interesses do Brasil: América Latina continente americano hemisfério ocidental Defesa: combate ao comunismo na defesa do Ocidente A. Cervo: passo fora da cadência, correção de rumos que não foi mantida posteriormente. Contra a PEI, a política neutralista, o nacionalismo prejudicial, a estatização, a ruptura de laços políticos e afetivos com Portugal e o Ocidente. - Bipolaridade: servia internamente a fortalecer a ideia de inimigo interno e externamente a incorporar o ocidentalismo, a interdependência, a segurança coletiva, a aproximação com os EUA, a abertura econômica e o anticomunismo. - Abertura ao capital estrangeiro: ideia de que, ofertadas as condições de liberdade, o capital internacional fluiria espontaneamente - Contradição: não promovia ruptura com as tendências universalistas ou adesão prévia à política de qualquer grande potência - Recolocar o Brasil nas prioridades dos países ocidentais - Diplomacia direcionada a atender aos interesses do comércio exterior (Reforma do MRE em 1966) - Anacrônica em face do contexto internacional em que os EUA não priorizavam a América Latina Apoiadores: Escola Superior de Guerra (ESG) e as ideias de Golbery do Couto e Silva, que defendiam o alinhamento aos EUA e suas consequências, e as elites orgânicas brasileiras (Instituto de Pesquisas e estudos Sociais – IPES, Instituto Brasileiro de Ação Democrática – IBAD, Ação Democrática Popular – ADEP), associadas à ESG e a órgãos estrangeiros da mesma natureza, inclusive norte-americanas, que visavam desestabilizar o governo populista, frear as reformas sociais e os projetos nacionalistas e a restabelecer o poder de classe supranacional. Críticas: imprensa, Forças Armadas (linha dura), empresariado e classe média 1964-67 EU A Recolocados no eixo de prioridades em 1964 consolidados em 1965 nível de excelência em 1966 14 ajustes com a Agency for International Development: cooperações de pequeno vulto no quadro da Aliança para o Progresso 1964 Missão do Senador William Fulbright: reescalonamento de dívidas; acordo de garantia de investimentos privados e de cooperação para usos civis da energia atômica 1965 Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano Reformulação da lei de remessas de lucro, pagamento das indenizações à ITT e AMFORP; concessões a empresas norte-americanas, planos de ajustamento econômico e endividamento nos padrões do FMI; ajustes militares; acordo aerofotográfico, vinda de especialistas norte-americanos. 1965 Cu ba Rompimento de ralações por “apoiar subversão no Brasil” e por ter descarregado armas na Venezuela. fundamento ideológico questão examinada na IX Reunião de Consulta dos Ministros das Relações Exteriores da OEA, que decidiu por sancionar Cuba com base no TIAR pelo descarregamento de armas na Venezuela, determinando: suspensão do comércio, do transporte marítimo e a não manutenção de relações diplomáticas e consulares Restabelecidas em 1986, no governo Sarney. Relações com a URSS mantidas. 1964 FIP Participação na Força Interamericana de Paz (FIP) que interveio na crise da República Dominicana (1965-1966), em apoio à Operação Powerpack dos EUA, criada em apoio ao governo militar que derrubou o presidente dominicano Juan Bosch em 1963. Foi comandada por um general brasileiro. A questão da República Dominicana foi discutira na X Reunião de Consulta, em que o Brasil obteve o comando da FIP 1965 M ult ila te ra lis m o Convocação da II Conferência Interamericana Extraordinária, no Rio de Janeiro princípios que regeriam a reforma da Carta da OEA para coordená-la à cooperação econômica e ao desenvolvimento 1965 Criação da Conferência de Ministros das Relações Exteriores da Alalc, que daria suporte político às decisões de integração econômica 1965 Investida em órgãos multilaterais não regionais (UNCTADO, GATT, Conferência do Desarmamento e ONU), para os países socialistas e para a África subsaariana Segurança econômica coletiva na UNCTAD e no GATT: a responsabilidade pelo desenvolvimento dos povos atrasados é da comunidade internacional, a ser impulsionado pela reforma do comércio internacional - Brasil integrou o “Grupo dos 75”: coordenação das posições do Terceiro Mundo, criado nessa ocasião - Apoio à convocação periódica da OEA - Combate ao Market disruption: contingenciamento das importações pelos países do Norte, com base na “desorganização de mercados” - Negou-se a firmar o Acordo para o Comércio de Têxteis negociado no GATT em 1965, pois prejudicava as exportações para a Europa e para os EUA 1964 De sa rm am en to Conferência do Desarmamento: teses brasileiras - as grandes potencias deveriam passar dos princípios às decisões concretas de desarmamento - criar fundo destinado a captar as poupanças realizadas por tais medidas, a serem destinadas ao desenvolvimento 1964 Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano Vie tn ã O Brasil recusou o pedido dos EUA de envio de tropas em apoio ao governo sul-vietnamita na Guerra do Vietnã. Enviou café e medicamentos e instalou embaixada em Saigon. 1965 Am ér ica d o Su l Tentativa de incremento do comércio com a Argentina pelo acordo do trigo 1964 Criação de Comissão Especial com a Argentina Proposta malsucedida de união aduaneira 1965 Aproximação ao governo Stroessner no Paraguai. Acirramento de tensões com a Argentina. A Argentina criticava a política brasileiro-paraguaia de aproveitamento hidrelétrico no rio Paraná. Inauguração da Ponte da Amizade entre Brasil e Paraguai. 1965 Ata das Cataratas (ou Ata do Iguaçu): divisão em partes iguais, entre Brasil e Paraguai, da energia elétrica produzida entre Salto Grande de Sete Quedas e a Foz do rio Iguaçu, com cláusula de preferência para a aquisição da energia não utilizada pelo outro. base para o Tratado de Itaipu de 1973 1966 Venezuela rompeu as relações diplomáticas com o Brasil 1964 Venezuela retomou relações com o Brasil 1966 Visita de Juracy Magalhães a sete capitais sul-americanas 1966 UR SS Visita de Roberto Campos, ministro do planejamento, à URSS, com empresários. 1965 Assinatura de protocolo sobre fornecimento de maquinaria e equipamentos soviéticos ao Brasil. 1966 Primeira reunião da Comissão Mista bilateral, criada em 1963 1965 Eu ro pa Reaproximação com o governo Salazar em Portugal, do qual havia se distanciado durante a PEI. Acordo de comércio para dar maior dinamismo às relações bilaterais e à complementariedade econômica. 1966 A. C. Lessa: melhoria nas relações com a Europa Ocidental. Visita de Charles de Gaulle, primeira de um chefe de Estado francês ao país. 1965 Visita do presidente da República Federal Alemã, HeinrichLübke. 1964 Europa do Leste: passar de relações puramente comerciais a relações econômicas - reativar a Coleste Áf ric a Condenação do colonialismo e do apartheid, visando ampliar o mercado e atingir o interior do continente Visita do presidente do Senegal Léopold Senghor 1964 Missão comercial à África ocidental: Senegal, Libéria, Gana, Nigéria, Camarões e Costa do Marfim - assinatura de alguns acordos para tratamento mais favorável possível 1965 Segunda missão comercial à África: África do Sul 1966 Presidente Paradigmas e observações Fatos importantes Ano Co m ér cio ↑ exportações (+0,3 bi de dólares ao ano) ↓ investimentos e empréstimos externos ↑endividamento externo (+1,3 bi de dólares) Brasil exportador de capitais
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