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resumo - Política Internacional

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Política Externa Brasileira
· Características
· Traço de continuidade da Política Externa;
· Política de Estado, não de governo;
· Prevalência da Continuidade e previsibilidade da ação externa.
· Tradições da PEB
Primeira República
Rápido reconhecimento da República. Estados Unidos tardam mais do que a Argentina. Acordo Bleine-Mendonça.
· Conferência Pan-Americana [1789].
Cumplicidade entre o Brasil e os Estados Unidos. Americanismo ideológico. Debateu-se sobre a possível criação de um tribunal permanente. O Brasil foi a favor.
· A questão de Palmas [1895]
Quintino Bocaiúva propõe divisão da região de Palmas em duas partes iguais. Congresso Nacional não aprova. Em 1895, arbitragem de Grover Cleveland outorga a região ao Brasil em detrimento da Argentina. Primeiro confronto entre Rio Branco e Zeballos.
A questão do Amapá e a questão do Pirara
· Questão do Amapá [1900]: 
Brasil contra França. Presidente do Conselho Nacional da Suíça foi árbitro. Barão do Rio Branco vs Vidal de la Blache. Brasil sai vencedor.
· Questão do Pirara [1904]:
Arbitramento de Victor Emmanuel III. Joaquim Nabuco foi o advogado brasileiro. Resultados desfavoráveis para o Brasil. Princípio do watershed.
· A questão do Acre [1903]
Brasileiros ocupam Acre com vistas a explorar a borracha. Bolívia não consegue ocupar o território; arrenda terra para o Bolivian Syndicate. Barão do Rio Branco negociou Tratado de 1903: promessa de construção da ferrovia Madeira-Mamoré em troca da incorporação do Acre ao Brasil.
· Chancelaria Rio Branco
· Não ingerência no Uruguai e no Paraguai.
· Relações difíceis com a Argentina até a ascensão de Roque Saénz Peña [1910] à presidência argentina. Em 1908 Zeballos intimou o Brasil a entregar um de seus encouraçados, em um episódio com cartas falsas. Planejava invadir o Brasil, mas a informação veio a público. Renunciou.
· Lançadas bases do Pacto ABC.
· O americanismo pragmático do Barão
· III Conferência Pan-Americana do Rio de Janeiro [1906]: visita de Elihu Root. Aproximação Pragmática com os Estados Unidos.
· Conferência de Paz de Haia [1907]: distanciamento entre o Brasil e os Estados Unidos.
Os sucessores do Barão
· Primeira Guerra Mundial: declara neutralidade inicial. Com entrada dos Estados Unidos na guerra, pressões crescentes pela entrada do Brasil no conflito. Nilo Peçanha declara guerra ao Eixo.
Era Vargas
Havia duas vertentes dentro do Itamaraty:
· Europeia – defendia aproximação à Itália e à Alemanha.
· Americanista – defendia a aproximação com os EUA. Oswaldo Aranha se enquadrava aqui.
Vargas adotou a Equidistância Pragmática, conseguindo junto aos EUA financiamento para a construção de indústria de base com o Export-Import Bank (EXIM Bank).
· As relações com o hemisfério sul
· Reconhecimento rápido do golpe de 1930.
· Guerra do Chaco. Entre Paraguai e Bolívia. Neutralidade brasileira, mas participação na Conferência de Paz.
· Questão de Letícia. Entre Colômbia e Peru. Preservação dos limites previamente acordados com o Peru.
· As relações com o hemisfério norte
· Aproximação com os Estados Unidos: política da Boa Vizinhança promovida por F. D. Roosevelt, mas manutenção de uma equidistância pragmática entre 1937 e 1941. Discurso do encouraçado Minas Gerais.
· Alinhamento com os Estados Unidos: cessão das bases militares do Nordeste em troca do financiamento para a constituição da Companhia Siderúrgica Nacional.
· Rompimento das relações diplomáticas com o Eixo em janeiro de 1942. Conferência de chanceleres, no Rio de Janeiro, em 1942. México também rompe com Alemanha. A Argentina e o Chile mantêm-se neutros.
· Declaração de guerra, em 1942: reação ao afundamento de navios brasileiros por submarinos alemães. Pressão popular.
· Envio de tropas, em 1944. Buscava-se desviar a atenção, no âmbito interno, dos militares dissidentes. No âmbito externo, a participação no conflito tornaria o Brasil o sexto membro permanente do vindouro CSN. Roosevelt parecia apoiar o Brasil. Ainda, participar na Segunda Guerra Mundial seria feito em base a promessas para o reequipamento das Forças Armadas nacionais. Conferência de Bretton Woods delinearia o vindouro sistema financeiro internacional.
República Liberal
De 1946 a 1980, o desenvolvimento foi o vetor da Política Externa brasileira. Pode-se dividir em: desenvolvimento liberal associado e modelo nacional-desenvolvimentista.
Governo Dutra [1946-1950]
	Ministros
	· João Neves da Fontoura
	· Raul Fernandes
Acreditava-se em uma relação especial com os EUA na política multilateral, segurança e doutrina ideológica. Americanismo ideológico – alinhamento incondicional aos EUA, ambicionava-se um “Plano Marshall sul-americano”. Mas, para aquele país, a América Latina não passava de um “flanco estável, seguro e amigável”. Período também conhecido como “alinhamento sem recompensas”.
Sob a justificativa de que o caso grego seria um reflexo da guerra política desenvolvida pelo comunismo internacional nos diversos países, com o objetivo de dominar o mundo, o Brasil apoiou a intervenção de potências ocidentais na guerra civil grega.
1946
· O Brasil é o primeiro orador na AGNU.
· José Philadelpho de Barros Azevedo – CIJ
1947
· Oswaldo Aranha é o presidente da AGNU, na ocasião da divisão da Palestina. Resolução 181.
· [TIAR, 1947] – a I Conferência Interamericana cria o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca.
· Rompimento de Relações Diplomáticas com a URSS, sob pretexto do jornalismo soviético.
· Comissão Técnica Brasil-EUA – Missão Abbink – buscava analisar os fatores que tendiam a promover ou a retardar o desenvolvimento econômico brasileiro.
· Sistema de Controle de Importações – consequência do liberalismo e do déficit no Balanço de Pagamentos.
1948
· Carta da OEA pelo Tratado de Bogotá.
· Criação da CEPAL, que desenvolveria a teoria da deterioração dos termos de troca e pregava a Substituição de Importações.
1949
· Reconhecimento de Taiwan em detrimento da RPC.
1950
· Resolução Unidos Pela Paz.
· CMBEU [1950-1953] – Comissão Mista Brasil-Estados Unidos.
· Houve também um pedido de empréstimo de um bilhão de dólares ao FMI, que foi negado. Memorando de frustração (1950)
Getúlio Vargas [1951-1954]
	Ministros
	· João Neves da Fontoura
	· Vicente Rao
Período de confronto entre nacionalistas e entreguistas. Alinhamento político e militar com o Ocidente, mas simbiose nas relações econômicas externas e o desenvolvimento econômico nacional. Vargas adota uma tática de barganha – barganha nacionalista –, mas Eisenhower seguia as mesmas linhas que seu antecessor. 
Na IV Reunião de Consulta dos Ministros das Relações Exteriores das Américas, em 1951, o chanceler brasileiro defendeu a necessidade de promoção do desenvolvimento como melhor forma de impedir o avanço da ideologia comunista na América Latina. Antecipa, assim, princípios da OPA. No período, o Brasil recebia 53% dos investimentos privados destinados à América Latina. Porém, os recursos públicos eram escassos.
· Acordo Militar Brasil-EUA [1952]
· Fim da CMBEU, em 1953, unilateralmente, pelos EUA, com a eleição de Dwight Einsenhower.
· Contribuiu para a criação do BNDE [1952].
· Novo Pacto ABC, proposto por Perón, em 1953. Não foi aceito, pois o argentino não era bem-visto pelos conservadores brasileiros por adotar a terceira via. Medo de uma “República Sindicalista”.
· Criação da Petrobrás, em 1953.
Interregno Café Filho [1954-1955]
	Ministros
	· Raul Fernandes
Café Filho adotou uma postura de abertura econômica e aproximação com os EUA. Liberalismo econômico ortodoxo. A Instrução 113 da SUMOC facilitou o influxo de capital estrangeiro e a remessa de lucros, Conferência de Bandung [1955] – Adolpho Justo Bezerra de Menezes representou o Brasil como observador.
Jucelino Kubitscheck [1956-1961]
	Ministros
	· Macedo Soares
	· Negrão de Lima
	· Horácio Lafer
Período de desenvolvimento associado. Combinação de investimentos públicos e privados. Contexto internacional marcado pela Revolução Cubana e Guerra do Vietnã. Momento de transição entre o americanismo e o universalismo. No governo JK,o Brasil passou a olhar mais para o mundo, o que inclui o Leste Europeu, a Ásia e a África.
· Plano de Metas – energia, transporte, alimentação, indústrias de base e educação. Brasília – Meta síntese
· [OPA, 1958] – Operação Pan-Americana – reativas a barganha nacionalista. Defendia o combate à pobreza e a promoção do desenvolvimento como forma de afastar a proliferação de ideologias exógenas como o comunismo. Possíveis resultados:
· Banco Interamericano de Desenvolvimento [BID].
· Aliança Para o Progresso – boas intenções, mas resultados aquém do esperado.
· Comitê dos 21, na OEA, para negociar com os EUA.
· Acordos de Roboré [1958] junto à Bolívia.
· Missão comercial à URRS.
· Financiamentos com a Europa Ocidental e o Japão.
· Rompimento com o FMI, em 1959.
· Em 1960, o Brasil recebe visita do presidente Eisenhower e o Brasil consegue empréstimo de U$ 50 milhões junto ao FMI.
· O Brasil apoia, na ONU, a independência africana, embora o mesmo não seja verdade para as “posses ultramarinas” de Portugal. O país baseava-se no lusotropicalismo de Gilberto Freyre.
· [ALALC, 1960] – Associação Latino-Americana de Livre Comércio.
· Operação Brasil-Ásia [1959] e missão Hugo Gouthier estabelece relações diplomáticas com vários países asiáticos.
· O Brasil recebe a primeira visita de um Chefe de Estado asiático, em 1959, o presidente da Indonésia, Sukarno.
Jânio Quadros [1961]
	Ministros
	· Afonso Arinos de Melo Franco
Apesar de ser conservador internamente, Jânio era universalista nas relações internacionais. Elaboração da Política Externa Independente [PEI]. Prevê uma maior relação Sul-Sul e Sul-Leste sem abandonar o Norte-Sul.
· Mudança em relação à África.
· Segundo Jânio Quadros, o Brasil seria a ponte entre a África e o Ocidente. Cria-se uma Divisão para a África no Itamaraty e a abertura de diversas embaixadas. Raimundo de Sousa Dantas – primeiro embaixador negro, em Gana. Teve dificuldades para exercer suas funções.
· Missão Dantas à Europa Oriental [desagrada a Alemanha Ocidental, que seguia a Doutrina Hallstein].
· Condecoração de Iuri Gagarin e de Che Guevara com a Grã-Cruz da Ordem do Cruzeiro do Sul.
· Espírito de Uruguaiaana – Encontro de Uruguaiana com Arturo Frondizi. Assinatura de convênio de amizade e consulta entre Jânio e Frondizi.
· Aliança para o Progresso – 20 bilhões para a América Latina. Poucos efeitos práticos.
João Goulart [1961]
	Ministros
	· San Tiago Dantas
	· Afonso Arinos de Melo Franco
	· Hermes Lima
	· Evandro Lins e Silva
	· Araújo Castro
Tensões com os EUA, devido à nacionalização (encampamento) de empresas, vide Brizola no Rio Grande do Sul. Para amenizar tal situação, Jango faz uma visita aos EUA.
· VIII Reunião de Consultas [1961] – reestabelecimento de relações diplomáticas com a Rússia. Acordo comercial com a URSS: oferecimento de commodities em troca de máquinas e equipamentos.
· Abstenção na expulsão de Cuba da OEA, em 1962.
· Acordo comercial com a China comunista [1962];
· COLESTE – Grupo de Coordernação de Comércio com os países socialistas da Europa Oriental.
· Observador na I Conferência de Países Não Alinhados [Araújo Castro];
· Discurso dos 3 Ds. Por Araújo Castro: Desarmamento, Descolonização, Desenvolvimento.
· Golpe de 1964 – um conjunto de articulações da ordem internacional e das forças conservadoras.
· [ESG] – Escola Superior de Guerra.
· [IPES] – Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais.
· [IBAD] – Instituto Brasileiro de Ação Democrática.
· A Operação Brother Sam – com participação do embaixador Lincoln Gordon – visava a assistência dos EUA caso houvesse Guerra Civil.
Castello Branco [1964-1967]
	Ministros
	· Vasco Leitão da Cunha
	· Juraci Magalhães
Castello Branco defendia uma “correção de rumos” da PEB, defendendo a identidade do Brasil como um país ocidental, cristão e capitalista dentro de um contexto Leste-Oeste. “O que é bom para os Estados Unidos, é bom para o Brasil”. Juraci Magalhães.
Castello Branco adota a teoria dos círculos concêntricos – níveis de prioridade geopolítica a serem dadas por um Estado: Brasil > Bacia do Rio da Prata > Continente Americano > Hemisfério Ocidental > Mundo.
O alinhamento automático com a diplomacia norte-americana, nas palavras de Amado Cervo, em História da Política Externa Brasileira, foi “um passo fora da cadência” do governo Castello Branco. Os demais governos militares retomaram os princípios que nortearam a Política Externa Independente, buscando o desenvolvimento nacional de forma autônoma.
Roberto Campos – Ministro do Planejamento
Otávio Bulhões – Ministro da Fazenda
Ambos os ministros buscavam retomar a credibilidade da economia brasileira no cenário internacional.
Recusa em enviar tropas ao Vietnã e recusa de assinar o acordo sobre têxteis no GATT – protecionismo.
· 1964
· Rompimento das relações diplomáticas com Cuba (exportadora de revoluções).
· A Venezuela rompe relações diplomáticas com o Brasil, posto que no período o país “não se relacionava com ditaduras”. Reatou, porém, por iniciativa própria em 1966.
· [UNCTAD, 1964] – Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento. Como resultado, surge o G-77, que reivindica uma Nova Ordem Econômica Internacional e inclui o Ponto IV no GATT, abrindo uma exceção para a cláusula da NMF, em 1968.
· 1965
· O Brasil participa da FIP [Forças Interamericanas de Paz] na República Dominicana, em 1965. Castelo Branco defende uma força interamericana permanente.
· 1966
· Ata das Cataratas [1966] – O Brasil e o Paraguai firmam, em Foz do Iguaçu, a Ata das Cataratas (ou Ata de Iguaçu), relativa às pretensões territoriais recíprocas no Salto das Sete Quedas e ao aproveitamento comum dos recursos hidrelétricos do Rio Paraná. A Ata é o ponto de partida da chamada “diplomacia das cachoeiras” na Bacia do Prata”. Primeiro documento afirmando o desejo do aproveitamento hidrelétrico do Rio Paraná.
· Reconhecimento do regime militar argentino.
· 1967
· [OPANAL, 1967] – Organização para a Proscrição de Armas Nucleares na América Latina, estabelecida pelo Tratado de Tlateloco, que não foi ratificado de imediato pelo Brasil.
Costa e Silva [1967-1969]
	Ministros
	· José de Magalhães Pinto
Diplomacia da prosperidade
Retorno da política externa independente (universalismo) e do nacional-desenvolvimentismo. Contexto da détente e da lógica Norte-Sul globais. O Brasil se afirma como país subdesenvolvido e do terceiro mundo global, a procura de prosperidade por meio do desenvolvimento. Início de rivalidade com os EUA.
Hélio Beltrão – Ministro do Planejamento
Delfim Neto – Ministro da Fazenda
Delfim Neto ficou famoso por ter dito que primeiro era necessário fazer o bolo crescer para depois reparti-lo.
· 1967
Tratado de Tlatelolco. Cria-se a OPANAL – Organização para a Proscrição de Armas Nucleares na América Latina e no Caribe.
· 1968
· II UNCTAD [1968] – o Brasil se declara como país de terceiro mundo – denuncia a divisão internacional do trabalho desigual e hierárquica. Abandono da bipolaridade, interdependência, segurança coletiva e ocidentalismo.
· TNP – Tratado de Não Proliferação Nuclerar. O Brasil recusa-se a assiná-lo, reclamando de um “congelamento de poder”. Autonomia pela distância.
· Relações com a Europa Ocidental e o Japão se intensificam.
· CECLA – Comissão Especial de Coordenação Latino-Americana. > Consenso de Viña del Mar. Reivindicações aos EUA.
· Comissão de Coordenação do Comércio com os Países Árabes (Coarabe).
· 1969
· Tratado da Bacia do Prata – Soluções para navegação e transporte. “Argentina, Brasil, Bolívia, Paraguai e Uruguai assinam, em Brasília, o Tratado da Bacia do Prata, destinado a promover a integração física da região platina por meio de programas concretos de cooperação”.
Médici [1968-1974]
	Ministros
	· Gibson Barbosa
Diplomacia do Interesse Nacional
Médici fazia parte da chamada linha-dura dos militares. De forma geral, há continuidade do universalismo, mas com alguns pontos de divergência. Diferentemente de Costa e Silva, Médici tenta promover a imagem do Brasil como a de uma potência em ascensão. Nãohavia áreas prioritárias, mas a defesa dos interesses nacionais (desenvolvimento). Nesse contexto, as relações com os EUA apresentaram perda relativa em sua importância, enquanto que as relações com a América Latina passam por momento de aproximação, mas não de privilégio. Várias questões estratégicas foram tratadas nesse período, especialmente em relação a questões fronteiriças e de aproveitamento energético. “Para onde for o Brasil, irá o resto da América Latina”. Nixon
· Périplo de Gibson à África – visita a 9 países com o objetivo de abrir mercados.
· Geisel estendeu, unilateralmente, o mar territorial brasileiro em 200 milhas marítimas. Não houve protesto dos países da América Latina, mas dos EUA.
· Recusa em assinar o TNP, junto à Índia.
· Votou contra o ingresso da China na ONU, em 1971.
· Tratado de Itaipu [1973] – junto ao Paraguai. Acirra a rivalidade entre Argentina e Brasil, que visava a construção da Usina de Corpus. Como resultado, a Argentina acusou o Brasil na ONU de ter violado o princípio da consulta prévia.
· Operação Condor – apoio aos regimes militares no Cone Sul.
· Malogra em receber tecnologia nuclear com a norte-americana Westinghouse.
· Convenção sobre Igualdade de Direitos e Deveres entre Brasileiros e Portugueses.
· Turning poing na política lusotropicalista [Gilberto Freyre], em especial após o Primeiro Choque do Petróleo, em [1973].
· O Brasil ausentou-se do CSNU para não se comprometer com os não alinhados e com o G-77, apesar de ter participado do ECOSOC. “Autonomia pela distância”.
· Missão Empresarial Horácio Coimbra (1972) à China e de cunho exclusivamente comercial.
Ernesto Geisel
	Ministros
	· Azeredo da Silveira
Pragmatismo Ecumênico e Responsável
Geisel faz parte da denominada linha-dura do exército. Dá continuidade ao universalismo. A diplomacia tem ênfase nos interesses comerciais. Pode-se dizer que o governo Geisel marcou um período de distanciamento em relação aos EUA.
· Permitiu a instalação de um escritório da OLP no Brasil – Organização para a Libertação da Palestina.
· O Brasil reconhece a China continental e rompe relações com Taiwan. Princípio de “Uma Só China”, 1974.
· O Brasil é o primeiro país a reconhecer a independência da Angola, sob o governo socialista do MPLA – Movimento Pela Libertação da Angola.
· Voto antissionismo na ONU. 1975. Além de ser contra o apartheid.
· Aproximação com o Japão.
· Albrás – alumínio
· Prodecer – Programa de Desenvolvimento do Cerrado, participação da EMBRAPA-JICA.
· Acordo Nuclear Brasil-Alemanha [1975]
· Queixas do presidente Jimmy Carter levam à denúncia do Acordo Militar [1952] em 1977.
· O Brasil candidatou-se à presidência da Comissão de Direitos Humanos da Onu – e venceu.
· Visita de Henry Kissinger. O Brasil é um key-country.
· O Brasil e a Argentina fecham suas fronteiras, em 1977.
· [TCA, 1978] – Tratado de Cooperação Amazônica.
Figueiredo
	Ministros
	· Ramiro Guerreiro Saraiva
Diplomacia do Universalismo
Retomada da identidade terceiro-mundista. Seu governo foi marcado por uma crise avassaladora, fortemente relacionada ao Segundo Choque de Petróleo, com fuga de capitais para os EUA e inflação galopante. O aumento dos juros americanos mais a crise do México (1982) contribuem para a crise da dívida.
· Recusa do Brasil da criação da OTAS – Organização do Tratado do Atlântico Sul.
· 1983 – Grupo de Apoio a Contadora. Grupo contra a influência dos EUA na América Latina. Embrião do Grupo do Rio.
· Não aderiu ao embargo à URSS.
· Embate com os EUA. Reagan pressionou o Brasil pela abertura econômica e respeito da propriedade intelectual.
· Questão das Malvinas [1982] – neutralidade imperfeita.
· Visita de Ronald Reagan ao Brasil [1982] – memorando sobre cooperação industrial militar.
· Lei de Informática [1984] – acusação dos EUA de protecionismo.
· Acordo Tripartite Brasil-Argentina-Paraguai [1979] – sobre o aproveitamento hidrelétrico de Itaipu e Corpus.
· Em 1983, Figueiredo realiza a primeira visita de um presidente brasileiro à África.
· Visita oficial de Figueiredo à República oficial da China.
· [ALADI, 1980] – Associação Latino-Americana de Desenvolvimento e Integração.
· Consenso de Cartagena – reunião de países latino-americanos com vistas a renegociar suas dívidas públicas conjuntamente.
Sarney
	Ministros
	· Olavo Setubal
	· Abreu Sodré
Diplomacia para resultados
Embora tenha mudado o regime político, houve continuidade na política externa. Continuidade do universalismo com fim de autonomia pela distância e início da maior participação nos fóruns multilaterais.
Olavo Setubal defendia o ocidentalismo. Abreu Sodré promove o reatamento das relações diplomáticas com Cuba. Segundo o ministro, a democracia dava legitimidade e autoridade moral. Continuidade da PEI.
· American Trade Act – retaliações por patentes farmacêuticas e pela Lei de Informática.
· Em 1987, Sarney decreta a moratória da dívida externa.
· Rodada do Uruguai, o Grupo de Cairns é estabelecido, formado por países exportadores agrícolas. Divergência entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos no GATT.
· Sarney realiza a primeira visita de um presidente brasileiro à URSS.
· [CBERS, 1987] – China-Brazil Earth Resources Satellites.
· O Brasil reconheceu a declaração de independência da Palestina, mas não do Estado.
· O CSNU promove sanção à África do Sul.
· Declaração do Iguaçu [1985] – fins pacíficos da Energia Nuclear.
· [AIBA, 1986] – Ata de Integração Brasileiro-Argentina.
· [PICE, 1986] – Programa de Integração e Cooperação Econômica.
· [TICD, 1988] – Tratado de Integração, Cooperação e Desenvolvimento. Previa a construção de um espaço econômico comum na América do Sul dentro de dez anos. Fundamentos que lançaram as bases do Mercosul.
· Convenção contra a Tortura da ONU [1985] e Convenção Interamericana para prevenir e punir a tortura.
· Discurso de Sarnei na AGNU, em 1985. O presidente promove o embargo cultural à África do Sul – uma medida simbólica.
· [ZOPACAS, 1986] – Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul. Desenvolvimento econômico, cooperação militar e proscrição de armas nucleares.
· 1989 – Primeira Cúpula dos Países de Língua Portuguesa. Dá origem ao IILP – Instituto Internacional da Língua Portuguesa. Precedente do CPLP.
Fernando Collor de Melo
	Ministros
	· Francisco Rezek
	· Celso Lafer
Período conhecido como credibilismo – autonomia pela participação. Tem como base a adoção do Consenso de Washington. Abertura econômica do Brasil. O Brasil buscava se inserir no primeiro mundo sem relegar o terceiro. Hipoteca brasileira – Direitos humanos, meio ambiente e não proliferação. Instabilidade na política externa. Cinco ministros em um curto período de tempo.
· O Plano Brady (1989) e negociado em 1992-1994 visava a renegociação da dívida externa dos países em desenvolvimento.
· Continuidade da Rodada do Uruguai.
· ALCA – Área de Livre Comércio das Américas.
· Ata de Buenos Aires [1990]
· [MERCOSUL, 1991] – estabelecido pelo Tratado de Assunção.
· Acordo do Jardim das Rosas (4+1) junto aos EUA, sobre comércio e investimentos.
· Fim das reservas de mercado para os produtos de informática.
· 1992 – Ano em que o Brasil assina diversos tratados sobre Direitos Humanos.
· [ABACC, 1991] – Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares.
· Compromisso de Mendoza, entre Argentina, Brasil e Chile renunciando a armas químicas e biológicas.
· [CNUMAD, 1992] – ou Rio-92, ou Eco-92.
Itamar Franco
	Ministros
	· Fernando Henrique Cardoso
· Celso Amorim
· Reaproximação com a África do Sul pós-Apartheid.
· Continuidade do Consenso de Washington
· Conferência Mundial sobre Direitos Humanos em Viena [1993] – universalidade, interdependência, indivisibilidade.
· O ministro Celso Amorim atualiza o discurso dos 3 Ds: “Democracia, Desenvolvimento, Desarmamento”.
· [OPAQ, 1993] – Organização para a Proibição de Armas Químicas.
· Ratificação do Tratado de Tlaetlolco (1994).
· Protocolo de Ouro Preto [1994] – confere personalidade jurídica internacional ao MERCOSUL.
· Sugestão da ALCSA (1993) – Área deLivre Comércio Sul-Americana em 10 anos, como alternativa ao NAFTA. Optou-se, porém, por ampliar o Mercosul.
Fernando Henrique Cardoso
	Ministros
	· Celso Lafer
Diplomacia presidencial
Almejou apresentar ao exterior a imagem de um país economicamente estável. Continuação do Consenso de Washington e do credibilismo.
· Brasil e Índia na OMS, em 2001 – licenciamento compulsivo para certos medicamentos. Ex: coquetel HIV/AIDS.
· CPLP [1996]. Dentre seus objetivos, temos: concentração político-diplomática, cooperação, promoção do português.
	Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Precedentes: IILP – Instituto Internacional de Língua Portuguesa – 1989.
· PNAC – Project for the New American Century – missão de promover a liberdade política em todo o mundo.
· Adesão ao TNP [1998].
· Arbitragem entre Equador e Peru [1998]
· CTBT (1996) – Tratado para a Proibição Completa de Armas Nucleares.
· Cúpula de Brasília [2000] – estabelece a IIRSA – Integração de Infraestrutura Regional Sul-Americana.
· Ataque ao WTC, em 2001 pela Al Qaeda tem como consequência a Guerra ao Terror de Bush e a mudança do sistema internacional. Passa-se a perceber a influência dos indivíduos de agirem no sistema. A Doutrina Bush baseia-se no unilateralismo. Noção de Eixo do Mal e Rogue States. Ataques preventivos. Afeganistão (2001) e Iraque (2003). O TIAR foi acionado na ocasião do 11 de setembro.
Lula
	Ministros
	· Celso Amorim
Houve certa continuidade na política de FHC, isto é, de credibilidade, mas acrescenta-se o universalismo.
· Substituição do multilateralismo utópico pelo multilateralismo da reciprocidade.
· Princípio da reciprocidade de benefícios.
· Período marcado pela solidariedade e universalismo, como corroboram as doações ao PNUD e ao FAO.
· Cooperação Sul-Sul, por meio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) na América Latina, no Caribe e na África (Cotton 4).
· MINUSTAH [2004] – United Nations Mission on Haiti.
· MAC – Mecanismo de Adaptação Competitiva é utilizado com a Argentina, no âmbito do MERCOSUL.
· [FOCEM, 2005] – Fundo de Convergência Estrutural do Mercosul.
· [CASA, 2004] – Comunidade Sul-Americana de Nações.
· [UNASUL, 2008] – União Sul-Americana de Nações.
· [CELAC, 2010] – Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos.
· BASIC – responsabilidades comuns, porém diferenciadas.
· G-4 – (Brasil, Índia, Alemanha e Japão) – defendem a reforma do CSONU, com novos membros permanentes e não permanentes.
· Declaração de Teerã [2010].
· No âmbito da Rodada de Doha, o Brasil apoia a criação do G-20 Comercial.
Dilma Rousseff
	Ministros
	· Antônio Patriota
· O Brasil se abstém na Resolução 1973, no contexto da Primavera Árabe.
· Ciência sem fronteiras.
· Comissão Brasil-EUA para Relações Econômicas e Comerciais, na ocasião da visita do presidente Obama.
· Em 2013, a visita de Dilma aos EUA é cancelada, por ocasião do escândalo de espionagem norte-americana.
· O MERCOSUL continua sendo uma zona aduaneira imperfeita, com perfurações na TEC.
· O BRICS, iniciado em 2006, busca a promoção de setores econômicos e maior influência na ordem econômica.
Michel Temer
	Ministros
	· José Serra
· Aloisio Nunes
Retomada do perfil credibilista como solução para amenizar a crise. Utilização do MERCOSUL como busca de credibilidade. Retorno do paradigma dos anos 1990 com foco no comércio.
· 2017
· O Grupo de Lima formou-se em 2017, após a convocação de uma assembleia constituinte na Venezuela, considerada ilegítima por todos os membros do grupo.
· O Brasil assinou o Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares (TPAN, 2017), tendo sido o primeiro país a fazê-lo.
· Solicitação para entrar na OCDE [2017] – clube dos ricos. [O Brasil fora convidado pela França, no governo Lula, para integrar a OCDE].
· Associação do Brasil à Agência Internacional de Energia (AIE) ligada à OCDE.
· Fim da MINUSTAH e início da Missão das Nações Unidas para o apoio à Justiça no Haiti (MINUJUSTH). A MINUJUSTH não possui componente militar e tem como objetivo apoiar o diálogo político e o fortalecimento da Polícia Nacional do Haiti, as instituições judiciais e penais e a situação de direitos humanos no país.
· Em dezembro, a Venezuela declarou o embaixador brasileiro e o encarregado dos negócios como persona non grata. Brasil e Canadá fazem o mesmo.
· 2018
· Brasil solicita acesso à Agência de Energia Renovável (IRENA, criada em 2009).
· Senado aprova adesão ao Tratado de Comércio de Armas (TCA), assinado em 2013 e em vigor desde 2014.
· O Brasil anuncia sua candidatura a um assento não permanente no CSNU para o biênio 2022-2023 após acordo com Honduras.
· Em março, Brasil e Chile iniciam negociação de acordo de livre comércio. Iniciativa que visa a aproximação dos países do Mercosul com a Aliança do Pacífico. Em novembro, firmou-se o acordo.
· O Brasil reconheceu, pela primeira, a condição de apátrida de duas pessoas.
· 73ª AG da ONU. Reunião dos países do G-4. Fórum de Diálogo IBAS à margem da reunião.
· O Brasil assina o Acordo de Escazú. Busca a Aplicação dos princípios da declaração sobre meio ambiente e desenvolvimento sustentável na América Latina e Caribe.
Jair Bolsonaro
	Ministros
	Ernesto Araújo
· Aproximação de Israel. Promessa, antes de ser eleito, de transferir a embaixada para Jerusalém, o que ainda não ocorreu. Abertura de escritório.
· A primeira visita oficial foi feita ao Chile. A PEB atual visa a reforma do Mercosul para uma pauta comercial, aos moldes da década de 1990. Saída da UNASUL. Constitui-se o Prosul.
· 2019
· Em janeiro, o presidente participa do Fórum Econômico Mundial, em Davos (reconhecido como organização internacional desde 2015).
· Em janeiro, Cesare Batista Preso na Bolívia.
· O Brasil informa à ONU sua retirada do Pacto Global Pela Migração.
Fevereiro
· O Brasil apresenta consulta à Índia no âmbito do OSC da OMC por subsídios ao açúcar.
· Juan Guaidó se encontra com Bolsonaro.
Março
· Bosonaro se reúne no Chile com outros países e anuncia a criação do PROSUL.
Abril
· O Brasil denuncia o tratado constitutivo da UNASUL.
· Abertura de escritório em Jerusalém.
· O Brasil circula na OMC proposta para aprimoramento do órgão de apelação.
Maio
· EUA declara apoio oficial à entrada do Brasil na OCDE.
· Viagem do vice-presidente à China por ocasião da V Sessão do COSBAN.
Junho
· Cúpula do G-20 em Osaka, Japão.
Julho
· O Brasil é aceito como aliado dos EUA extra-OTAN.
· 54ª Cúpula do Mercosul. Tratados sobre roaming e sobre atendimento em embaixada dos países do MERCOSUL.
· O Brasil entrou com painel na OMC contra a Índia.
· 2020
Visita aos Estados Unidos:
· Pleito brasileiro de ingresso à OCDE.
O Brasil anunciou que começará a abrir mão de tratamento especial e diferenciado (TED) nas negociações da OMC. Isso não implica qualquer alteração ou redução da flexibilidade já existente no que respeita a certas regras dos acordos da OMC vigentes. 
· Questão espacial
Base de Alcântara. Posicionada para o lançamento de satélites. Salvaguarda tecnológica.
· OTAN.
A Argentina é um Major non Nato Ally dos EUA. Enquanto que a Colômbia é parceiro global da OTAN. O Brasil almeja se tornar um aliado dos EUA extra-Otan.
· Estabilidade nas fronteiras e diálogo amplo.
· A Cúpula BRICS ocorrerá em novembro, em Curitiba.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS
Antecedentes 
· Carta do Atlântico (1941). EUA e Reino Unido discutiram alguns princípios que apareceriam na ONU.
· Declaração das Nações Unidas (1942). 26 Estados se comprometeram a combater o Eixo.
· Conferência de Moscou (1943). Estados Unidos, Reino Unido, União Soviética e China se comprometeram a criar uma organização para substituir a Liga das Nações.
· Conferência de Dumbarton Oaks (1944). EUA, URSS e China discutiram, entre outros temas, a inclusão do Brasil no Conselho de Segurança.
· Conferência de Yalta (1945). EUA, URSS e Reino Unido discutiram, entre outros temas, o poder de veto no Conselho de Segurança.
· Conferência de São Francisco (1945). Criou a Organização das Nações Unidas (ONU) por meio da Carta de São Francisco.
· Liga das Nações
A Liga das Nações,ou Sociedade das Nações (SDN) foi estabelecida ao término da Primeira Guerra Mundial, pelo Tratado de Versalhes, como uma organização internacional com três objetivos básicos: garantir a segurança coletiva, a cooperação internacional e a execução dos tratados de paz. Com sede em Geneva, foi fundada em um contexto de caráter punitivo. Apesar de o presidente norte-americano, Woodrow Wilson ter sido um entusiasta proponente da SDN, com seus 14 Pontos os Estados Unidos nunca integraram a Liga oficialmente, devido a isolacionistas no Congresso, que consideravam a participação na organização uma invasão à soberania do país.
· Problemas estruturais
Falta de Universalismo: – Apenas 50 Estados-membros, dentre os quais não estavam EUA e URSS. Eurocentrismo exacerbado: – Principais países da América e da Ásia simplesmente não estavam presentes. A Liga das Nações, portanto, não tinha representatividade mundial.
· Contribuições
A SDN resolveu alguns conflitos de modo efetivo. Destaca-se o caso de Letícia, entre Peru e Colômbia, em 1933, contou com a presença de um oficial da Marinha na Comissão da Liga das Nações que administrou a região de Letícia. Os Tratados de Locarno [1925] resolveram o conflito entre França e Alemanha e preparou o terreno para a entrada desta na Liga. A Alemanha deixaria a liga em 1933. O norueguês Fridtjof Nansen teve grande participação na solução de refugiados do período. O passaporte de Nansen ganhou o nome em sua homenagem. O “Nansen Office” continuou como ACNUR, na ONU. Os primeiros planos para uma “Estados Unidos da Europa” foram propostas originalmente por Briand, nos anos 1920.
· Brasil na Liga
Ao contrário do que ocorre na ONU – onde somente os membros permanentes do Conselho de Segurança possuem poder de veto – na Liga das Nações, todos tinham poder de veto, inclusive o Brasil. Se valendo dessa brecha, o Brasil vetou a entrada da Alemanha, um país que estava nitidamente indo para caminhos antidemocráticos. O problema é que mesmo com o veto brasileiro, a Alemanha foi admitida. Isso significa que os demais membros passaram por cima da vontade brasileira, indo contra as regras da própria organização e provocando a legítima ira do Itamaraty. Logo em seguida, ainda em 1926, em protesto, o Brasil saiu da Liga das Nações e nunca mais retornou.
· Extinção
A invasão a Manchúria [1932] resultou com a criação do Estado-satélite Manchuoko. A Liga das Nações não reconheceu o Estado, e o Japão saiu da liga em 1935. A SDN falhou também na anexação da Etiópia pela Itália, da Áustria, pela Alemanha e o rompimento da Segunda Guerra Mundial. A SDN funcionou até 1946, quando foi oficialmente liquidada e substituída pela ONU. O Brasil retirou-se da organização em 1926, após a entrada da Alemanha.
Criação da ONU
Organização das Nações Unidos, instituída pela Carta das Nações Unidas, redigida na Conferência de São Francisco e assinada por 51 Estados, em 1945. Iniciativa do espírito inglês e americano que teve início, em 1941, com a Carta do Atlântico, e a Declaração das Nações Unidas, em 1942. A ONU nasceu da Guerra – ius ad bellum – e será construída para combater a guerra, tendo como seus princípios que a força armada não será usada a não ser no interesse comum. Não fundamentou-se em caráter punitivo. Novidades a sua predecessora: maior universalismo, abrangência de temas e órgãos visando ao desenvolvimento.
Dag Hammarskjöld [Segundo Secretário onusiano] “[A ONU] não foi criada para conduzir a Humanidade ao paraíso mas para evitar que ela tombasse no inferno”.
O Brasil é um dos membros-fundadores da ONU. O número de estados-membros quase quadruplicou desde sua fundação. A maior crítica, ao fundar-se a ONU (em especial por latino-americanos) foi o direito ao veto, não foi possível fazer com que as grandes potências aceitassem, de forma clara e indiscutível, que nos conflitos em que elas eram parte, deveriam abster-se de utilizar o direito de veto. Este foi o ponto crucial que paralisou o Conselho de Segurança por décadas.
· Objetivos [art. 1]. Peace-keeping. Desenvolver relações amistosas entre as nações. Igualdade. Cooperação Internacional.
· Como novos membros são admitidos. Recomendação do Conselho de Segurança da ONU. Decisão da Assembleia Geral. Admissão na ONU na aprovação de ambos.
A Carta da ONU pode ser modificada por emendas, com a condição de serem adotadas pelo voto de 2/3 dos membros da AG, inclusive com a aprovação do P-5. A Indonésia foi o único país a retirar-se da ONU como forma de protesto à entrada da Malásia no CSNU em 1965. Mas já no ano seguinte ela retornou à organização. Microestados podem fazer parte da ONU. Para um novo Estado ser admitido na ONU, faz-se necessária a “recomendação” do CSNU. Durante a Guerra Fria, a Rússia vetou o ingresso de vários Estados.
· ONU hoje
Boutros-Ghali (1992 – 1997) inicia o debate sobre reformas, que culminou na Agenda para a Paz. – Cinco pilares: diplomacia preventiva, peacemaking, peacekeeping, peace enforcement e peacebuilding. Contexto de pós-Guerra Fria – Grande otimismo. – Temas até então secundários, passaram a ganhar destaque (Década das Conferências). – Preocupação com unilateralidade norte-americana.
Kofi Annan (1997 – 2007) continua as tentativas de reforma de Boutros Ghali. Documento “Renovar as Nações Unidas: um programa para a Reforma”. Painel de Alto Nível e Relatório Cardoso. Conselho de Segurança ainda ficou intacto, provocando o descontentamento do Brasil.
Década das conferências
1990 Conferência sobre o Direito das Crianças Nova York, EUA.
1992 Conferência sobre o Meio Ambiente Rio de Janeiro, Brasil.
1993 Conferência sobre Direitos Humanos Viena, Áustria.
1994 Conferência sobre Populações Cairo, Egito.
1995 Conferência sobre Desenvolvimento Copenhague, Dinamarca
1996 Conferência sobre Assentamentos Humanos Istambul, Turquia.
Reflexos dos ataques de 11 de setembro de 2001: – Kofi Annan estabelece um grupo de trabalho sobre terrorismo para examinar como a ONU deveria lidar com o fenômeno
Unidos pela Reforma: As “mudanças radicais” de António Gutierrez (2017 – 2021)
Órgãos
· Assembleia Geral
Cada país tem direito a um voto. Reúne-se uma vez por ano, em setembro, com duração de 2 meses, podendo o CSNU convocar assembleias extraordinárias. Debate e formula resoluções e recomendações sobre cooperação internacional. Elege os 10 membros rotativos do CSNU e os 54 do ECOSOC. Nomeia o Secretário-Geral por recomendação do CSNU e com este os membros do CIJ. Resolução Unidos pela Paz, de 1950, no caso de falta de consenso dos membros do CSNU. Suas decisões são tomadas, em caso ordinário, por maioria simples, em especiais, 2/3. Prerrogativas extremamente amplas escassamente eficiente. Resoluções. Caráter recomendatório, não impositivo.
· Conselho de Segurança
15 membros. P-5 (EUA, Rússia, França, Grã-Bretanha, China), 10 rotativos, eleitos pela AG, por dois anos. Recomendar Secretário-Geral à AG. Regra da unanimidade das grandes potências, conferida ao P-5, o direito ao veto. A abstenção não implica veto. A Guerra Fria “paralisou o CSNU”. Após esse período, as resoluções triplicaram. Os Estados-membros da ONU se obrigam a cumprir as decisões tomadas pelo CSNU [art. 25]. O Conselho aplica tais sanções através de forças armadas colocadas à sua disposição pelos Estados-Membros. Votação. Questões processuais 9/15 (sem veto). Demais questões (9/15 com veto). Categorias de operações de paz da ONU:
· Peace-making (promoção da paz). Fazer acontecer a paz. Ocorre durante o conflito e não há o consentimento das partes. Como visa interferir no conflito, armamentos pesados são necessários. O Brasil é contra essa intervenção.
· Peacekeeping (manutenção). Ocorre após o conflito com o consentimento das partes. Como visa apenas manter a paz já existentes, há apenas armas leves. O Brasil não é contra essa intervenção, mas prefere o peacebuilding.
· Peacebuilding (Construção). Construção da paz. Possui caráter militar e social. Além de militares, há demais profissionais – médicos, cientistas etc. O Brasil apoia com veemência esse tipo deintervenção. 
Reforma do CSNU
· Emenda de 1963: membros do CSNU, de 11 para 15.
O grupo Unidos pelo Consenso, também chamado de coffee-club, criado na década de 1990, opõe-se à expansão do número de membros permanentes do CSNU. Incluem: Argentina, México, Coreia do Sul, Canadá e outros.
Plano Kofi Annan, 2005, 24 membros.
Argumento contra a reforma: o poder do veto de 5 membros já tornam o conselho ineficaz em muitas questões. Um conselho ampliado não agravaria esse quadro?
· Conselho Social e Econômico
Órgão coordenador do trabalho econômico e social da ONU, das Agências Especializadas e das demais instituições integrantes do Sistema das Nações Unidas. 54 membros com mandato de 3 anos. Formula recomendações e inicia atividades relacionadas com o desenvolvimento, comércio internacional, industrialização, recursos naturais, direitos humanos, condição da mulher, população, ciência e tecnologia, prevenção do crime, bem-estar social e muitas outras questões econômicas e sociais. Emenda 1965: ECOSOC, 18 para 27 membros. 1973: Para 54 membros.
· Corte Internacional de Justiça
Somente países – nunca indivíduos – podem recorrer à CIJ. Jurisdição eminentemente facultativa. Superveniente: Estados em litígio acordam em levar a matéria para apreciação da Corte. Antecipação: em tratado ou ato unilateral do Estado. Aos que consentem, a sentença é definitiva e inapelável. A CIJ se compõe de quinze juízes chamados “membros” da Corte. Mandato de 9 anos. É possível reeleição. Não pode haver dois do mesmo Estado.
· Conselho de Tutela
Supervisão da administração dos territórios sob regime de tutela internacional. Suspendeu suas atividades em 1994, com a independência do Palau. Existem discussões sobre o que fazer com o Conselho de Tutela, desativado desde 1994 com a independência de Palau, um pequeno território na Oceania – a última área tutelada pela ONU.
· Secretariado
O Secretariado presta serviço a outros órgãos das Nações Unidas e administra os programas e políticas que elaboram. Seu chefe é o Secretário-Geral, que é nomeado pela AG, seguindo recomendação do CSNU. “Poderá chamar a atenção do CSNU para qualquer assunto que em sua opinião possa ameaçar a manutenção da paz e da segurança internacionais”.
Orçamento
As contribuições dos Estados constituem a principal fonte de recursos do orçamento e são revisadas a cada três anos. Fundos e programas da ONU, como por exemplo, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) possuem orçamentos próprios e grande parte de seus recursos são provenientes de doações voluntárias dos governos e também de indivíduos, como é o caso do UNICEF. 
OIGS ou agências especializadas
São organizações a parte, autônomas, vinculadas à ONU mediante acordos especiais. Trabalham com a ONU e entre si através do mecanismo coordenador que é o (ECOSOC). Seus secretariados, integrados por pessoal internacional, trabalham sob a direção dos chefes-executivos desses organismos.
Nomenclatura onusiana: O termo Terceiro Mundo ou mesmo país subdesenvolvido torna-se impróprio. Países desenvolvidos e países em desenvolvimento (PED), dentre os quais, países de menor desenvolvimento relativo (LDC).
UNCTAD – 1964 e o regime de preferências, exceptuando a cláusula de nação mais favorecida. Reuniões a cada quatro anos.
PNUD – foi criado em 1965. O PNUD não executa seus programas de assistência técnica. Ele simplesmente financia, coordena e avalia os projetos que são executados por terceiros. Portanto, o PNUD aplica a chamada doutrina da institucionalização programática e da terceirização. Durante as décadas de 1960-70 buscou-se fazer com que os países industrializados disponibilizassem anualmente 1% de seu PNB para a ajuda ao desenvolvimento.
Missões de paz
	Histórico
	Na SDN, a França propusera forças permanentes para a realização de missões de paz, que foram atenuadas pelo Congresso norte-americano, que considerava a proposta original (art. 10) uma invasão a soberania. Carta alterada e menos ambiciosa. Membros não poderiam declarar guerra se um membro aceitara uma solução pacífica. Nas negociações da ONU, FDR recusou forças militares permanentes.
	Fundamento
	Não estavam previstas na Carta da ONU. Base jurídica construída de forma consuetudinária com cada caso. O CSNU pode convidar as partes a negociarem e pode impor a paz. Capítulo VI – soluções pacíficas. Capítulo VII – missões de paz. Dag Hammarskjöld teria respondido que a base fundamental está no Capítulo VI e meio.
	Evolução dos princípios
	· O consentimento das partes em conflito
· O não uso da força
· O não uso da força nas missões de observação
· O não uso da força nas forças de paz
· A imparcialidade
	Demais características
	As considerações financeiras são elementos importantes no processo de tomada de decisões quanto ao lançamento de PKO. Os resultados das intervenções da ONU refletiram, mormente, o nível de engajamento das grandes potências nos diferentes cenários e a vontade das partes de alcançarem uma solução para os conflitos: bem-sucedidas e questionáveis. Os encargos mais pesados do planejamento e execução das operações de manutenção da paz recaem sobre o Secretário-Geral da Organização, que dispõe de um Secretariado e de pessoal qualificado nos países anfitriões para o ajudar na administração das diferentes tarefas atribuídas às missões de paz. Com efeito, o CSNU, ao criar uma nova operação, determina as incumbências do Secretário-Geral. ACNUR E PNUD tem grande papel, assim como as ONGs, com destaque para a Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Anistia Internacional e Human Rights Watch.
	Guerra Fria
	Durante a guerra fria houve poucas operações de paz. O poder de veto congelava o CSNU.
Resultado unidos pela Paz
· [UNEF I, 1957-1967] – Força de Emergência das Nações Unidas. No Sinai e na Faixa de Gaza. O Brasil participou com o Batalhão de Suez. 
· UNEF II, 1973
· UNAVEM III, Angola, 1991
	Interregno pós-guerra fria
	Aumento das operações de paz: Nos anos 1990 houve o “descongelamento” do CSNU, com o término da Guerra Fria. O afloramento de antagonismos étnicos e religiosos; e a crescente universalização dos valores da democracia e do respeito aos direitos humanos. A ONU estabeleceu seis operações de manutenção da paz e três forças multinacionais desde 1992 nos Balcãs.
	11 de setembro
	Os ataques às Torres Gêmeas, em 2001, e seus desdobramentos não interromperam as PKOs, mas as enfraqueceram.
	Participação brasileira
	O Brasil participa de operações de paz desde os anos 30 e, no âmbito da ONU, desde 1957. Envolvimento do País em duas missões de paz realizadas fora do âmbito das Nações Unidas — na República Dominicana em 1965-66, no âmbito da OEA. [FAIBRÁS] e na fronteira entre o Equador e o Peru em 1995-99 – MOMEP Missão de Observadores Militares na Cordilheira do Condor. Com um Tratado Global e Definitivo em 1998.
O Brasil seguiu, durante a Guerra Fria, tendências americanistas e globalistas. Ausentou-se do CSNU durante 20 anos [1968-1987], desconfiança dos órgãos multilaterais. “Autonomia pela distância”. Retorna em 1988. “Autonomia pela participação”. Na década de 1990, retorna seu pleito por um assento permanente no CSNU. O Brasil participou da missão no Timor Leste, em 1999, uma ruptura em sua política não coercitiva. Uma das características do Brasil é sua predominância em missões na América Latina e nos PALOPs.
O Governo brasileiro opõe-se às propostas de criação de uma força permanente ou semipermanente que ficaria sob o controle operacional e político das Nações Unidas, como foi proposto, em linhas gerais, pelo então Secretário-Geral Boutros-Ghali, em 1991, no relatório “Uma Agenda para a Paz”. O secretário não foi reconduzido ao posto. Mais importante documento da ONU referentes as PKOs..
· MINUSTAH [2004-2017]
Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti. Teve debate contra no processo devido aos custos envolvidos. Como argumento, utilizou-se a solidariedade. Na realidade, tem-seque foi um ato para mostrar a capacidade do país como possível membro do CSNU.
Força Interina das Nações Unidas no Líbano – UNIFIL. O Brasil lidera a força Naval desde 2011.
MONUSCO. Missão das Nações Unidas na República Democrática do Congo.
Não Proliferação
O regime internacional de não proliferação nuclear teve início com o temor de sua utilização para fins militares. Os EUA foram os primeiros a desenvolverem a bomba atômica, com o Projeto Manhattan, testado em 1945, no Novo México, arma posteriormente utilizada em Hiroshima e Nagasaki “Little Boy”. Em 1949, a União Soviética testa sua primeira bomba atômica. Iniciou-se uma corrida armamentista que gerou um novo temor internacional, a MAD – Mutual Assured Destruction. A situação se complicou com a criação da bomba de hidrogênio.
· Início do Regime
Surge o longo debate sobre não proliferação, em especial com a criação da UNAEC – United Nations Atomic Energy Comission, em 1946, pela AGNU. Presidente: Bernard Baruch propõe o Plano Baruch para a criação de organismos que permitissem apenas o uso pacífico da energia nuclear [consagração da hegemonia dos EUA]. O plano não foi aceito e a UNAEC foi suspensa. 
· Programa Atoms for Peace e a criação da AIEA
Dwight Eisenhower [1953-1961] lançou o Programa Átomos para a Paz, em 1953, que, além de propor a criação da AIEA, previa a transferência e desenvolvimento de tecnologia nuclear civil aos países que colaborassem com a fiscalização por meio de salvaguardas. A colaboração da URSS tornou-se possível com a morte de Stálin. A AIEA entrou em funcionamento em 1957.
· O Tratado de Não-Proliferação Nuclear
Na década de 1960, cinco países detinham armas nucleares, URSS, EUA, UK, França e China. A agência não era suficiente para impedir a proliferação, por não possuir obrigações específicas. O TNP, assinado em 1968, consistia em uma proibição de transferência de armas nucleares de NWS – Nuclear Weapon States – Estados que possuíam armas atômicas – para NNWS – Non-nocuear Weapon States. A criação do TNP conferiu à AIEA a função de fiscalizar seu cumprimento. Todo e qualquer programa nuclear deve ser submetido ao escrutínio da agência, sendo permitido o desenvolvimento de energia nuclear para fins pacíficos. Considera-se que a agência não possuía ferramentas para fiscalizar possíveis programas secretos.
Com o choque de petróleo, muitos Estados se interessaram pelo desenvolvimento de energia nuclear. A Índia e o Paquistão, não signatários, realizam testes nucleares nessa década. O governo norte-americano de Jimmy Carter [1977-1981] atuou na AIEA, defendendo que a agência mudasse de foco, deixando de lado a transferência de tecnologia e fiscalizando mais.
A conferência de revisão do TNP ocorria a cada cinco anos. A desintegração da URSS gerou preocupações, uma vez que surgiram quinze Estados detendo armamento nuclear. Firmou-se acordo para que os Estados transferissem todo o material nuclear para a Rússia, em troca de assistência norte-americana.
· ONU e o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP)
Países que não se aderiram: Índia, Paquistão e Israel.
2003: Retirada da Coreia do Norte
CTBT – Esses pequenos Estados conseguiram levantar esse debate na ONU e barrar – ou pelo menos diminuir significativamente – a realização desses testes.
· Repensando
Um debate iniciou-se, quando, nos anos 1990, descobriu-se que o Iraque, signatário, mantinha programa clandestino. Ressaltou-se ainda mais a dificuldade de fiscalização da AIEA. Em 1992, iniciou-se estudo do Programa 93+2, ou Protocolo Adicional [1997], passou a dar mais poder de fiscalização a AIEA, sobre instalações não declaradas.
Tratado sobre o Comércio de Armas em 2013. O Brasil assinou. EUA denunciou em 2019.
· Tratado de Proibição de Armas Nucleares. [TPAN]. Foi assinado pelo Brasil em 2017. Visa a proibição total de armamento nuclear.
PEB e Defesa Nacional
Diplomacia e segurança são temas diretamente ligados. Barão de Rio Branco (1902 – 1912) dizia que “Não é possível ser pacífico sem ser forte” e que “não é possível afirmar que a cooperação sempre prevalecerá sobre o conflito”. Assim, a força não serve para atacar, mas para dissuadir uma agressão.
Política Nacional de Defesa – contra ameaças externas, é o documento condicionante de mais alto nível do planejamento de defesa.
Estratégia Nacional de Defesa – diretrizes para a adequada preparação e capacitação das Forças Armadas.
Livro Branco de Defesa Nacional – visa esclarecer a sociedade brasileira e a comunidade
internacional sobre as políticas e ações que norteiam os procedimentos de segurança e proteção à soberania brasileira.
Política Nacional de Inteligência (PNI).
Migração
2017. Novembro. Entra em vigor a Nova Lei de Migração, que substitui o Estatuto do Estrangeiro.
2018. Cerca de 34 mil pessoas solicitam o reconhecimento de refugiado no Brasil. Mais da metade da Venezuela. Depois cubanos, hatinianos, angolanos.
Julho. Estados da ONU firmam o Pacto Global por uma Migração Ordenada, Regular e Segura.
Setembro. Declaração de Quito sobre Mobilidade Humana dos Cidadãos Venezuelano na Região.
Outubro. Reconhecimento de apátrida pela primeira vez, graças a Lei da Migração.
2019. Janeiro. Governo informa oficialmente à ONU sua retirada do Pacto Global para migrações.
Março. Brasil despensa visto de visita para Austrália, Canadá, EUA e Japão.
Junho. 70 milhões de pessoas.
Word Population Prospects. O Brasil é ultrapassado pelo Paquistão, tornando-se o sexto país mais populoso do mundo.
Terrorismo e Narcotráfico
Os conflitos armados envolvendo entes não estatais tendem, hodiernamente, a ocorrer com elevada frequência, em detrimento das guerras tradicionais. Estas mínguam, dentre outras razões, por haver poucas disputas de fronteiras e em função da possibilidade de escalada nuclear. 
· 11 se setembro
Os atentados de 11 de setembro aumentaram a relevância do terrorismo na pauta internacional, além de acabar com a perspectiva otimista do “Fim da História” e de levar a crença de um mundo hobbesiano. Assim, temas como economia e desenvolvimento são postos à margem em benefício da segurança. Verificam-se ações contrárias ao DIP em “nome da segurança”. É lícito dizer que se forma uma institucionalização do tema em regime internacional. O caráter transnacional do terrorismo demanda políticas públicas de âmbito mundial contra o fenômeno. Compartilha-se a premissa básica de que é necessário combater o terrorismo, mas há discordância a respeito de aspectos centrais da tarefa.
· Características gerais do regime internacional antiterrorista
Em 1972, incluiu-se a temática do terrorismo internacional, pela primeira vez, na agenda da AGNU. Passou-se de uma visão jurídico-política [condescendente] ao repúdio inequívoco ao terrorismo.
Com o avanço tecnológico, o Estado tem perdido o monopólio da violência em favor dos indivíduos, que encontram facilidade em adquirir e manusear as armas. Assim, o terrorismo mata mais que guerra. A globalização também alterou a forma como o terrorismo funciona. Antigamente, altamente hierarquizado e com grupos militares, no meio informacional funciona em pequenas e inúmeras células descentralizadas, o que torna a detecção e infiltração praticamente impossível. O sensacionalismo da mídia amplifica os efeitos imateriais do ato, conferindo-lhe mais atentado. A crescente participação do CSNU contra o terrorismo é perceptível desde a década de 1990, sob o Capítulo VII. O acontecimento imediato pós-2001 foi a invasão ao Afeganistão, unilateralmente. Os EUA alegaram autodefesa, o que depois foi confirmado pelo CSNU, apesar de haver controvérsias jurídicas. Resoluções posteriores classificam o terrorismo como uma ameaça à paz e à segurança.
A Resolução 1373 de 2001 estabelece um conjunto de deveres aos Estados, de modo que não cooperem de modo ativo ou passivo com o terrorismo, além de instigarem a criação de leis antiterroristas. Criou também o CAT – Comitê antiterrorismo, que fiscaliza o cumprimento da Resolução, As obrigações do Estado dividem-se em preventivas e repressivas, sendo,certamente o state-sponsored terrorism banido.
· O cumprimento das normas estabelecidas
De acordo com Nye, a segurança interna tem ascendência internacional. As relações internacionais do Brasil tem como princípio repúdio ao terrorismo (art. 4º, VIII). Há várias normas internas, que, no conjunto, são consideradas apropriadas. O governo brasileiro tem-se esforçado para que o País vincule-se a todos os tratados internacionais sobre terrorismo e os internalize. No âmbito hemisférico, o Brasil é signatário das três convenções da (OEA) relacionadas ao terrorismo. O Brasil é signatário da Convenção de Palermo. A ABIN e a PF detém papel fundamental entre as instituições brasileiros. A cooperação internacional antiterrorista gira em torno de três aspectos principais: (a) a geração e a disseminação de informações; (b) a aplicação de medidas de controle e supervisão dos fluxos financeiros e de pessoas; e (c) a cooperação judicial.
Regionalmente, até mesmo o Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM). O Mercosul tem sido particularmente instrumental em questões de segurança.
Temor de ADM – Armas de Destruição em Massa. O Brasil tem importantes instrumentos de controle. Convenção sobre a Proibição de Armas Químicas (CPAQ) e da Convenção sobre a Proibição de Armas Biológicas (CPAB). O País tem advogado, conforme sua tradição diplomática e na contramão do discurso das grandes potências, que o desarmamento é mais importante que a não proliferação como forma de evitar o terrorismo maciço.
É evidente a cooperação antiterrorista entre os países da Tríplice Fronteira. A região cresceu exponencialmente desde a construção de Itaipu. Em decorrência de ataques terroristas à Argentina, na década de 1990, certa atenção voltou-se à região, fato atenuado pela presença de comunidade árabe. O Brasil tem sido pressionado sobre negligência. Em sua defesa, alega não haver comprovação de atividades terroristas na região. Mecanismo 3+1 entre os três países e os EUA.
· O regime em construção
Salvo a França, os demais membros do P-5 defendem a flexibilização dos direitos humanos em sua luta contra o terrorismo.
· EUA
Patriot Act, reduzir as liberdades civis, com intrusão na intimidade, prisões arbitrárias e ameaças, sobretudo contra estrangeiros. Externamente: atos unilaterais. “Guerra Mundial ao Terror”. Justificativa: a guerra não era mais contra exércitos poderosos, mas com terroristas e Estados Bandidos – Rogue states – que poderiam usar ADMs. Tal doutrina tem um caráter messiânico e reforça a contenção de combate ao armamento nuclear, justificativa utilizada para a invasão ao Iraque em 2003.
Faceta econômica: países cooperativos como Turquia e Paquistão passaram a ter preferência em OIGs como FMI e Clube de Paris. Maior aproximação com a América Latina é abandonada.
· Reino Unido
O país considera a Al-Qaeda a maior ameaça para sua paz. Em 2005, o país foi alvo de atentados. Aliança especial com os EUA. Apoio total à guerra ao terror. A percepção de abusos no antiterrorismo reforçou-se quando, em julho de 2005, a polícia britânica executou o brasileiro Jean Charles Menezes, como resultado da doutrina de “atirar para matar” terroristas.
· França
A França sofreu atentatos no período de descolonização. Apoiou os EUA na guerra ao terror, mas rechaça os ataques preventivos.
· China
A China apresenta problemas internos de separatismo violento que a inclinam a apoiar o regime internacional antiterrorista. Xinjiang, Desde o 11 de Setembro, o governo chinês insiste em equiparar os separatistas uigur aos terroristas islâmicos que estão no foco da “guerra ao terrorismo”. Entretanto, os EUA têm rejeitado as tentativas de igualar os uigur aos talibãs.
· Rússia
Com o fim do socialismo real, a Rússia entrou em grave crise, contexto em que Putin assume, em 1999. O país defende o combate ao terrorismo, usando o fenômeno para combater movimentos separatistas na Chechenia. Os russos temem que a guerra ao terror dos EUA prejudique suas relações com o “eixo do mal”.
· Posições brasileiras
O terrorismo é considerado tema de baixa prioridade na agenda externa – o país não sofre ameaças terroristas nem casos notórios de atentados, devido, em parte, a sua política de não intervenção. De maior risco para a segurança nacional do país são possíveis conexões entre o crime organizado brasileiro e grupos guerrilheiros em países vizinhos, como as FARC, na Colômbia. A proteção da Amazônia é considerada a maior prioridade em termos de defesa.
O Brasil foca sua atenção, também, ao combate ao crime organizado, o que enxerga como meio de combate ao terrorismo. Em âmbito externo, a prioridade absoluta do país é o desenvolvimento social e econômico, agenda que vê como fundamental para o combate ao terrorismo.
Os EUA adotam a visão de Estado fracassado [failed states] como possível causa do terrorismo. Surge noção de intervenção militar e econômica para amenizar a situação.
TIAR – Resolução “Ameaça Terrorista nas Américas” em 2001.
· Colômbia
Considera-se um risco o transbordamento de conflitos transfronteira na Amazônia. Os EUA iniciaram o Plano Colômbia em 1999. O governo da Colômbia, no contexto da guerra ao terror, convenceu a relação dos narcotraficantes com o terrorismo, uma vez que aquele financiaria este. Assim, em 2002, as FARC passaram a constar na lista norte-americana e europeia de grupos terroristas. Os recursos do Plano Colômbia foram reorientados para o combate terrorista. A presença militar no país vizinho tem sido um motivo de preocupação para o governo brasileiro. O Brasil tem participado por meio de intercâmbio de inteligência do SIVAM.
	As FARC foram estabelecidas em 1964 e atuaram até a conclusão do acordo de paz com o governo colombiano em 2016, como uma guerrilha paramilitar. Ainda em 2016, houve o estabelecimento de uma mesa de negociações entre o governo colombiano e o Exército de Libertação Nacional (ELN). Contudo, após muitos reveses nas negociações, não houve acordo concreto. Recentemente, em janeiro de 2019, o Presidente colombiano, Iván Duque, deu as negociações por encerradas, após um atentado. Uma das cláusulas do acordo de paz com as FARC prevê cadeiras obrigatórias para o partido das FARC no Parlamento, como forma de integração gradual dos ex-guerrilheiros à população.
O Brasil não cedeu e seguiu firme em sua política de não elaborar lista de grupos terroristas. Com efeito, o Brasil – a exemplo das Nações Unidas – tem-se afirmado contrário à elaboração de listas de terroristas.
· Conclusão
Muitos visualizam o unilateralismo do EUA um dos fatores para a corrida para a reforma do CSNU e, inclusive, do FMI. O país defende o fortalecimento do multilateralismo e a defesa dos direitos humanos, privilegiando o diálogo antes da beligerância. Há discussão sobre o que é terrorismo – dependendo do ponto de vista, é confundido com heroísmo – e sobre a inclusão nessa categoria de grupos de libertação e forças estatais.
Convenção das Nações Unidas Contra o Tráfico de Narcóticos e Substâncias Psicotrópicas (1988) e pela Convenção das Nações Unidas Contra o Crime Organizado Transnacional (Convenção de Palermo, 2000).
Direitos Humanos
Carta da ONU [1945] – milestone para os direitos humanos.
	International Bill of Human Rights
	
	
	DUDH – 1948
	· Declaração Universal dos Direitos Humanos.
	TDCP – 1966
	· Tratado de Direitos Civis e Políticos.
	TDESC – 1966
	· Tratado de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais.
O Regime Militar [1964-1985] foi marcado pelo conservadorismo sobre o tema, enquanto que a década de 1990 foi considerada a “Década das conferências sociais”. Em 1992, o Brasil assina o Pacto de São José da Costa Rica [1969] e os Acordos de [1966].
Conferência de Teerã (1968) – Prevalência do relativismo cultural e do soberanismo.
Conferência de Viena [1993] sobre Direitos Humanos institui os seguintes princípios. Além disso, criou o Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos. O universalismo se sobresai no debate universalismo x multiculturalismo.
– É reconhecido o caráter universal e indivisível dos direitos humanos,que não serão relativizados e
configuram-se como tema global, não cabendo questões de soberania para sua violação.
· Universalismo.
· Indivisibilidade.
· Interdependência.
1977: entrada do Brasil na Comissão de Direitos Humanos. Atuação tímida, apenas como meio de se proteger.
Em 2002, o Brasil ratificou a Convenção para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra a Mulher [CEDAW, 1979].
· 2006: a Comissão dá lugar ao Conselho de Direitos Humanos Passa de 53 membros para 47 membros. O Conselho reporta se à AGNU, não ao ECOSOC. Os membros do mesmo são escolhidos pelo plenário da AG, por meio do quórum de maioria simples, não com base no critério geográfico.
· Todos os estados-membros das Nações Unidas são periodicamente submetidos a Revisão Periódia Universal (RPU) do CDH. 
Experiência brasileira com os Palops, no Timor Leste e no Haiti. Minustah [2004].
Hoje, diversos países repudiam as ações unilaterais dos EUA no contexto da GWT.
Na OEA, em 2013: Convenção Interamericana Contra o Racismo, a Descriminação Racial e Formas Correlatas de Intolerância. Primeira convenção sobre o tema firmada no âmbito da OEA.
· 2015 – Agenda 2030. ODS. Compreende 17 objetivos e 169 metas.
· 2017
· O Burundi torna-se o primeiro Estado-membro a abandonar o TPI.
· TPI adota resolução que permite que crime de agressão possa ser julgado pelo tribunal.
· Setembro. CDH da ONU. Resolução Pleno exercício dos direitos humanos por todas as mulheres e meninas na trasverdalização sistêmica da perspectiva de gênero na implementação da Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável. Texto de iniciativa do Brasil com países da CPLP.
· 2018.
· CIJ. Bolívia entra contra o Chile para reivindicar territórios perdidos na Guerra do Pacífico.
· A CIDH emitiu parecer que determina o reconhecimento de plenos direitos aos casais do mesmo sexo.
· Fevereiro. A Procuradoria do TPI deu início a análises preliminares de denúncias de crimes contra a humanidade na Venezuela e nas Filipinas.
· Os EUA anunciam saída do CDH da ONU, sob o argumento de que o órgão seria enviesado contra Israel.
· Agosto. Michelle Bachelet é aprovada pela AGNU como próxima Alta Comissária da ONU para Direitos Humanos.
· Outubro de 2018. Pela primeira vez, o Brasil reconhece a condição de apátrida. Tal reconhecimento passou a existir no Brasil com a nova Lei de Migração.
· 2019. Alta Comissária DH. Relatório sobre Venezuela. Denuncia o uso generalizado de força excessiva e torturas.
· EUA e Israel deixam a UNESCO oficialmente
Meio Ambiente
1949 – Conferência de Lake Success. Durante a UNSCCUR (1949), foram feitos apenas debates acadêmicos sobre meio ambiente; discussões que envolviam apenas cientistas e poucos atores relevantes. Nada de concreto foi decidido.
1968 – Conferência de Paris. Na Conferência da Biosfera (1968) ficou entendido que o homem era indissociável do meio ambiente; e, por conta disso, foram criadas as Reservas da Biosfera determinadas por cada país.
1971 – Conferência de Ramsar. Em Ramsar, no Irã, os Estados compreenderam a importância das áreas úmidas.
1985 – Convenção de Viena. Na Convenção de Viena (1985), discutiu-se medidas para a proteção da camada de ozônio, mas não houve resultados práticos.
1987 – Protocolo de Montreal. Influenciados pela Conferência de Viena, os Estados assinaram o Protocolo de Montreal (1987), um acordo concreto para a redução dos gases que prejudicam a camada de ozônio.
CNUMAH, 1972
· [CNUMAH, 1972] – Conferência de Estocolmo.
Os anos 1960 marcaram extrema insatisfação com o status quo. Várias publicações ambientalistas abordam o tema. O Clube de Roma lança, em 1972, Limites para o crescimento criticando os países em desenvolvimento, especial o Brasil. Neomalthusianismo.
O CNUMAH foi um turning point. Início de debates polarizados em nível internacional entre o Sul Subdesenvolvido e o Norte Desenvolvido. Crescimento zero versus desenvolvimento limitou os avanços de Estocolmo. Internacionalização da Amazônia em discussão. Comportamento defensivo do Brasil. Princípio da soberania nacional.
· Conquistas
Inserção da temática ambiental no âmbito internacional. Maior participação da sociedade civil. No Brasil, a criação da Sema [1974] – Secretaria Especial do Meio Ambiente.
· A partir do governo Sarney, o Brasil adota paulatinamente posição conciliatória e negociadora. Na AGNU, em 1989, Sarney defende as “Responsabilidades comuns, porém diferenciadas”.
· Relatório Brundtland [1987] – “Nosso Futuro Comum” traz o conceito de desenvolvimento sustentável.
· Convenção de Basileia [1989-1992] – sobre resíduos perigosos.
· [CNUMAD, 1992]
Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. ECO-92. Rio-92. Governança global ambiental. O Brasil adota uma postura proativa.
· Agenda 21
· Declaração de princípios sobre florestas. Convenção sobre diversidade biológica. Comissão para o desenvolvimento sustentável.
· Declaração de princípios sobre meio ambiente e desenvolvimento. 27 princípios. Declaração do Rio de Janeiro. Desenvolvimento Econômico. Desenvolvimento Social. Proteção Ambiental.
· Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática.
· Conferência de Joanesburgo [2002]. Rio +10. Postura propositiva do Brasil. Sem avanços notáveis.
· 2008 Fundo Amazônia. Captação de recursos para projetos em ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento do bioma.
· [CNUDS, 2012]
Rio +20. “O Futuro que Queremos”. Fórum intergovernamental de alto nível. O Brasil evita a criação de uma OIG para o meio ambiente, defende o fortalecimento do PNUMA.
2018.
· Convenção Internacional da Baleia. Declaração de Florianópolis.
· Brasil assina o Acordo de Escazú às margens da AGNU.
· Japão anuncia sua retirada da Comissão Internacional da Baleia, para retomar a caça a esses animais a partir de julho de 2019, juntando-se à Islândia e Noruega.
· Itamaraty comunica a retirada da candidatura brasileira para sediar a COP 2015 de 2019.
2019.
· Entra em vigor a Emenda Kigali ao Protocolo de Montreal. Compromisso de redução do consumo e da produção de HFCs para todos os países.
Mudanças Climáticas
· Painel Intergovernamental sobre Mudança de Clima, vinculado a ONU.
Sob a Convenção-Quadro sobre Mudanças Climáticas, celebrou-se o Protocolo de Kyoto [1997]. Passou a vigorar em 2005 e expirou em 2012. Visava a redução de emissões em pelo menos 5,2% aos níveis de 1990.
· MDL – Mecanismo de Desenvolvimento Limpo. Proposta brasileira.
· Países do Anexo 1.
· Por ocasião do COP-15, o Brasil anunciou redução voluntária.
COP 13 (2007) – Bali. Substituição do Protocolo de Quioto. – Qual será o teor do documento? – Qual será o alcance do documento?
COP 15 (2009) – Copenhague. Impasse: – Nasce o BASIC – Fundo verde – Mecanismo de Adaptação. Os países do BASIC defendiam que em caso de novo acordo, a responsabilidade deveria recair sobre os países desenvolvidos
COP 17 (2011) – Durban – Plataforma de Durban – Prorrogação do Protocolo de Quioto até 2017/2020 – Prazo limite até 2014 para a consolidação das metas – Metas, com força de lei, para todos os signatários – Brasil e BASIC aceitam pela primeira vez.
· Acordo de Paris.
Na 21ª COP. Para entrar em vigor, países responsáveis por 55% dos gases deveriam assinar. Foi assinado em 2015, entrou em vigor em 2016. Manter o aumento da temperatura abaixo dos 2º C comparado ao período pré-industrial.j
Em 2017, o presidente Donald Trump decidiu sair do acordo. EUA segundo maior emissor.
O Brasil compromete-se a reduzir suas emissões em 37% até 2025 aos níveis de 2005 e em 43% em 2030. Zerar o desmatamento ilegal até 2030 e reflorestamento de 12 milhões de hectares até 2030.
Sistema Financeiro Internacional
1870-1914. Padrão libra-ouro. Do crescimento do Reino Unido como potência até o início da Primeira Guerra Mundial.
1914-1944. Não havia padrão-ouro. Da Primeira Guerra Mundial até o Sistema de Bretton Woods.
1944-1971. Padrão dólar-ouro. Do sistema de Bretton Woods até o fim decretado por Richard Nixon.
1971-atualmente. Não há padrão-ouro. Após 1971, o padrão-ouro nunca mais foi adotado.· Principais resultados do Acordo de Bretton Woods.
· Criação do Fundo Monetário Internacional (FMI).
· Funções do FMI. Monitoramento do sistema monetário internacional. Empréstimos aos países-membros. Capacitação.
· Criação do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) que integra o Grupo Banco Mundial.
· Política monetária: economia indexada ao dólar e dólar indexado ao ouro
1973: Choque do Petróleo. A OPEP impõe embargo aos aliados de Israel. Isso gera aumento dos preços de petróleo e inflação. Turbulências e mudanças importantes na economia mundial: Países centrais em crise. Crescimento dos terceiro-mundistas: Em meio à crise, Estados Unidos relativizam Bretton Woods e abandonam o padrão-ouro. Há explosão de liquidez internacional e transferência de riqueza para os países subdesenvolvidos. Com isso, a classificação das cinco etapas e das seis fases passou a não dar conta da realidade.
Os países desenvolvidos responderam às dificuldades por meio do G-8. Já os subdesenvolvidos, se agruparam no G-24 e propuseram uma Nova Ordem Econômica Internacional (NOEI) como alternativa à Bretton Woods..
Em meio à crise do petróleo, o que fazer? Países desenvolvidos propõem o G4 (atual G8) – para discutir soluções para a crise e contornar a falta de acesso ao petróleo. Países subdesenvolvidos propõem o G24 e o Blue Books, visando reformar a ordem econômica internacional e garantir maior simetria. Baseada na reforma profunda de Bretton Woods, especialmente do FMI e do Banco Mundial.
1945: decidiu-se que o comércio seria tratado posteriormente. 1946: surgiram as primeiras propostas estruturadas para o tema. 1947: Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT). Genebra (1947): criação do GATT. Havana (1948): aprovada a Carta da OIC. Mas os EUA não aderem.
Nos anos 1970, enquanto os países desenvolvidos estavam em crise, os subdesenvolvidos estavam crescendo. Nos anos 1980, os desenvolvidos voltaram a crescer e os subdesenvolvidos entraram em crise.
Visando a reformar Bretton Woods, os países subdesenvolvidos pediam mais regulação do sistema financeiro. Reagan e Thatcher, no entanto, acreditavam que para reduzir a pobreza, o sistema financeiro deveria ter menos regulação.
Blue Book – a reforma do FMI – especialmente do sistema de cotas; a maior participação dos países em desenvolvimento no sistema financeiro internacional; e, maior regulamentação do mesmo. Nova Ordem Econômica Internacional (NOEI).
Os anos 1990 presenciam o avanço do neoliberalismo e a desregulamentação do sistema financeiro – medidas que não somente refletiram nas finanças, mas na política internacional em geral.
Em 1998, o G-7 expandiu para incluir a Rússia, que nesse momento já estava se recuperando das graves crises econômicas após a falência da União Soviética.
A crise financeira de 2008, ocorreu uma situação semelhante à dos anos 1970: países desenvolvidos sendo mais afetados do que os emergentes. Nessa esteira, ressurge o debate acerca da reforma do sistema financeiro internacional.
Direito do Comércio Internacional
· Histórico
As Grandes Navegações deram início à globalização, no século XVI, “costurando as bordas da Pangeia”. Período marcado pelo mercantilismo, com destaque para o Tratado de Methuen [1703] entre Portugal e UK.
O comércio internacional moderno surge com a Nova Lex Mercatoria, ao final da Segunda Guerra Mundial. Destacam-se a OMC e as Cortes Internacionais de Arbitragem.
GATT-1947
Em 1944, a Conferência de Bretton Woods deu origem ao BIRD e ao FMI. A Organização Internacional do Comércio (OIC), prevista na Carta de Havana (1948), nunca entrou em vigor, porquanto os EUA não a ratificaram. Findou-se a adoção de um acordo temporário, o General Agreement on Tariffs and Trade (GATT), que apesar de não ser uma OIG de jure, pode assim ser considerada de facto. Embasada na cláusula da nação mais favorecida, no artigo 1 (apenas sobre bens, exclui-se os serviços).
O GATT-1947 funcionava com um sistema de rodadas para tomadas de decisões. Ao todo, ocorreram oito.
	Denominação
	Período
	Tema
	1ª Rodada: Genebra
	1947 
23 países
	– Tarifas
	2ª Rodada: Annecy
	1949
13 países
	– Tarifas
	3ª Rodada: Torquay
	1950-1951
38 países
	– Tarifas
	4ª Rodada: Genebra
	1955-1956
26 países
	– Tarifas
	5ª Rodada: Dillon
	1960-1961
26 países
	– Tarifas
	6ª Rodada: Kennedy
	1964-1967
62 países
	– Tarifas
– Dumping
	7ª Rodada: Tóquio
	1973-1979
102 países
	– Tarifas
– Cláusulas de habilitação
	8ª Rodada: Uruguai
	1986-1994
123 países
	– Tarifas
– Agricultura
– Serviços
– Propriedade intelectual
– Medidas de investimento
– OMC
Com efeito, as rodadas no GATT-47 foram tornando-se mais complexas e com mais membros. Havia particular insatisfação dos países do chamado “Terceiro Mundo” pelas barreiras impostas às suas indústrias agrícola e têxtil. Essa insatisfação revela-se no UNCTAD [1964] com a formação do G-77 e a introdução da Parte IV ao GATT, que coloca como objetivo a redução das barreiras pelos PDs sem esperar reciprocidade dos PEDs. Na segunda UNCTAD [1968], adotou-se o SGP – Sistema Geral de Preferência – primeira medida concreta de flexibilização da NMF, em favor dos PEDs.
· Observação sobre as rodadas
As negociações se davam por listas de produtos, com pedidos e ofertas de cada país. As rodadas concentravam as negociações entre os maiores ofertantes.
Rodada Uruguai [1986-1994].
· Pleito dos EUA sobre serviços e propriedade intelectual.
· Fortalecimento dos blocos comerciais.
· Meio ambiente e propriedade intelectual.
· Fim do panorama bipolar.
· Expansão do liberalismo.
· Grupo de Cairns. [chega ao Acordo de Blair House, 1993]. Serviria de base para o resultado das negociações agrícolas.
A Rodada do Uruguai. Deu origem à OMC (Conferência de Marrakesh – Marrocos), entrando em vigor em 1 de janeiro de 1995. O GATT continuou a existir como tratado na OMC, chamado Gatt-1994. Outra novidade: medidas de salvaguarda, que são basicamente medidas compensatórias para países que se sentem prejudicados
· O acordo alcançado na Rodada compreende três elementos:
· GATS – Acordo Geral sobre Comércio e Serviços.
· TRIPS – Acordo sobre propriedade intelectual relacionada ao comércio.
· TPRM – Mecanismo de Exame de Políticas Comerciais.
Objetivos, princípios e estrutura
Acordo Constitutivo da OMC estipula os seguintes princípios.
· Single undertaking. – Para entrar na OMC, os Estados-parte adotam os Anexos 1, 2 e 3, obrigatoriamente. Acordos multilaterais.
· Anexos 1A, 1B, 1C – comércio de bens, comércio de serviços, propriedade intelectual [Trips].
· Anexo 2 – Sistema de Soluções Comerciais.
· Anexo 3 – Revisão de políticas comerciais periódicas.
· O Anexo 4 versa sobre acordos plurilaterais. Adesão facultativa. Acordos firmados: Acordos sobre compras governamentais; Acordo sobre comércio de aeronaves civis. O Brasil faz parte do Pacto Comercial sobre Carne Bovina – único acordo comercial de que faz parte.
· Não discriminação. Estabelece a cláusula da nação mais favorecida (NMF).
· Princípio da Excepcionalidade.
Ocasiões em que se permitem barreiras comerciais. A mais significativa exceção ao princípio da nação mais favorecida é a que possibilita o estabelecimento de áreas de livre-comércio ou uniões aduaneiras, desde que elas abranjam “substancialmente todo o comércio”, o que tem sido interpretado como pelo menos 85% dos bens.
· Proteção da moralidade pública.
· Proteção da vida e da saúde das pessoas e dos animais e a preservação dos animais.
· Exportação e importação de ouro e prata.
· Regulamentos que dizem respeito a aplicação de medidas alfandegárias, manutenção dos monopólios administrativos, proteção das patentes, marcas de fábricas e direitos de autoria e de reprodução, e medidas próprias a impedir as práticas de natureza a induzir em erro.
· Artigos fabricados nas prisões.
· Proteção de tesouros nacionais de valor artístico, histórico e arqueológico.
· Conservação dos recursos naturais esgotáveis.
· Impliquem em restrições à exportação de matérias-primas produzidas no interior do país e necessárias para assegurar

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