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Módulo de Química Técnica

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Prévia do material em texto

Manual de Curso de licenciatura em Ensino de 
Química 
 
 
Química Técnica 
Q0077 
 
 
A Química Transformadora 
 
 
 
Universidade Católica de Moçambique 
Centro de Ensino `a Distância 
 
 
 
 
 
Direitos de autor (copyright) 
Este manual é propriedade da Universidade Católica de Moçambique, Centro de 
Ensino `a Distância (CED) e contêm reservados todos os direitos. É proibida a 
duplicação ou reprodução deste manual, no seu todo ou em partes, sob quaisquer 
formas ou por quaisquer meios (electrónicos, mecânico, gravação, fotocópia ou 
outros), sem permissão expressa de entidade editora (Universidade Católica de 
Moçambique - Centro de Ensino `a Distância). O não cumprimento desta advertência é 
passível a processos judiciais. 
 
 
 
 
Elaborado Por Carlos Alberto Morais 
Licenciado em Ensino de Química pela Universidade 
Pedagógica - Delegação da Beira. 
Responsável Pelo Laboratório de Inspecção do Pescado de Sofala 
Colaborador e Docente do Centro de Ensino à Distância 
Universidade Católica de Moçambique. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Católica de Moçambique 
Centro de Ensino `a Distância-CED 
Rua Correira de Brito No 613-Ponta-Gêa 
 
Moçambique-Beira 
Telefone: 23 32 64 05 
Cel: 82 50 18 44 0 
Fax:23 32 64 06 
E-mail:ced@ucm.ac.mz 
Website: www..ucm.ac.mz 
 
 
Agradecimentos 
 
A Universidade Católica de Moçambique - Centro de Ensino `a Distância e o autor do 
presente manual, dr. Carlos Alberto Morais, agradecem a colaboração dos seguintes 
indivíduos e instituições na elaboração deste manual. 
 
Pela contribuição do conteúdo. dr. Sérgio D. Artur, Coordenador & docente 
de Cursos de Química e Biologia & dr. 
Osvaldo Jorge Brito Rupias, Assistente 
Coordenador do curso de Química. 
 
Ilustração e maquetização 
dr. Carlos Alberto Morais docente de Cursos 
de Química e Biologia do CED-UCM & dr. 
Sérgio D. Artur, Coordenador & docente de 
Cursos de Química e Biologia no CED-UCM 
Pela revisão linguística dr. Carlos Alberto Morais docente de Cursos 
de Química e Biologia do CED-UCM & dr. 
Osvaldo Jorge Brito Rupias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Química Técnica. A Química Transformadora i 
 
Índice 
Visão geral 1 
Bem-vindo a Química Técnica .................................................................................. 1 
A Química Técnica é uma ciência que se ocupa com o processo de 
investigação de Leis, Normas e Princípios que regem a transformação das 
substâncias . ............................................................................................................... 1 
Objectivos da cadeira ................................................................................................. 1 
Quem deveria estudar esta cadeira .......................................................................... 1 
Como está estruturado este módulo ......................................................................... 1 
Ícones de actividade ................................................................................................... 2 
Acerca dos ícones 3 
Habilidades de estudo ................................................................................................ 3 
Precisa de apoio? ....................................................................................................... 3 
Tarefas (avaliação e auto-avaliação)........................................................................ 4 
Avaliação ..................................................................................................................... 4 
Unidade no. 01- Q0072 7 
Tema: INTRODUÇÃO DA CADEIRA ....................................................................... 7 
Introdução 7 
1.1. Conceito ............................................................................................................... 7 
1.2.Objecto de estudo ................................................................................................ 7 
1.3.Importância e tarefas ........................................................................................... 7 
Exercícios .................................................................................................................. 10 
Unidade no 2. Q0072 11 
Tema: TECNOLOGIA QUIMICA ............................................................................. 11 
Introdução 11 
2.1. Conceito ............................................................................................................. 11 
2.1.Conceito .............................................................................................................. 11 
2.2. Origens da Tecnologia ...................................................................................... 12 
Exercícios .................................................................................................................. 15 
Unidade no.3-Q0072 17 
Tema: INDUSTRIA QUÍMICA ................................................................................. 17 
Introdução 17 
3.1. Conceito ............................................................................................................. 17 
3.1. Conceito ............................................................... Error! Bookmark not defined. 
3.1.1. Economia Industrial 19 
3.1.2 Industria Química como Transformadora da Matéria-prima 19 
 Química Técnica. A Química Transformadora ii 
 
3.2. Matéria-prima..................................................................................................... 19 
3.3. Processo Químico Tecnológico ....................................................................... 20 
Exercícios .................................................................................................................. 22 
Unidade no. 4-Q0072 23 
Tema: MEIOS DE COMUNICAÇÃO E TRANSPORTE ........................................... 23 
Introdução .................................................................................................................. 23 
4.1. Conceito de meios de comunicação ............................................................... 23 
4.2. Conceito de transporte ..................................................................................... 24 
4.3. Tipos de transporte ........................................................................................... 24 
4.4. Industria Química e Transporte e Comunicação............................................ 25 
4.5 As cidades e as Fábricas na Revolução Industrial ......................................... 26 
4.6 Os grandes avanços tecnológicos da Revolução Industrial .......................... 27 
Exercícios .................................................................................................................. 29 
Unidade no.5-Q0072 31 
Tema: O TRABALHO ............................................................................................... 31 
Introdução 31 
Ao completar esta unidade você será capaz de: 31 
5.1. Conceito ............................................................................................................. 31 
A 5.1.Conceito............................................................. Error! Bookmark not defined. 
5.2.Divisão do trabalho ............................................................................................ 32 
5.3.Tipos de Trabalho .............................................................................................. 32 
5.4.Métodos de trabalho .......................................................................................... 32 
6.4.1. Método de Trabalho Contínuo 32 
5.4.2. Método de Trabalho Descontínuo 33 
5.5. Princípios de trabalho ....................................................................................... 33 
5.5.1. Princípio de contra corrente 33 
5.5.3. Princípio de turbilhão 34 
5.5.4. Princípio regenerativo 35 
Unidade no. 6 - Q0077 37 
TEMA: REACTORES 37 
Introdução 37 
6.1. Conceito .............................................................................................................37 
6.1.Conceito ................................................................ Error! Bookmark not defined. 
6.2. Classificação dos Reactores ............................................................................ 38 
6.2.1.Reactor descontínuo ou de partida 38 
6.2.2.Reactor Contínuo: 39 
6.2.3.Reactor Tubular 39 
6.2.4. Reactor Semi-contínuo ou Semi-Descontínuo 40 
 Química Técnica. A Química Transformadora iii 
 
6.3. Baterias de Reactores ...................................................................................... 40 
6.3.1. Bactérias de Reactores Contínuos 41 
6.3.2.Principio de Projecto de Reactores 41 
6.3.4. Equações 42 
6.3. 4.1. Equação de balanço massiço material 42 
6.3.4.2. Equação de balanço massiço energético p/ volume 43 
6.3.4.3. Equação Cinética 43 
Exercícios .................................................................................................................. 43 
Unidade no.7-Q0077 44 
Tema: PRINCÍPIOS TECNOLÓGICOS .................................................................... 44 
Introdução 44 
7.1. Conceito ............................................................................................................. 44 
7.1. Conceito ............................................................... Error! Bookmark not defined. 
7.2. Processos/operações físicos – químicos ........................................................ 45 
7.2.1. Fenómenos físicos 45 
7.2.2. Fenómeno químico 45 
7.2.3. Tipos de operações Físicas 46 
7.2.3.1.Filtração 46 
7.2.3.2.Dissolução 46 
7.2.3.3. Moagem 46 
7.2.3.4.Trituração 46 
7.2.3.5. Fusão 46 
7.2.3.6. Britagem 46 
7.2.3.7. Divisão 46 
7.2.3.8. Decantação 47 
7.2.3.9. Lavagem 47 
7.2.3.10. Vaporização 47 
7.2.4. Tipo de operação físico-químico 47 
7.2.4.1. Destilação 47 
7.2.4.2. Extracção 47 
7.2.4.2.1. Descontinua 47 
7.2.4.2.2. Continua 47 
7.2.4.2.3. Electrólise de Solucao Aquosa 48 
7.2.4.3. Adsorção 48 
7.2.4.3.1. Física 48 
7.2.4.3.2. Química 48 
7.2.5. Reacções Químicas com Base nos Processos Químicos-tecnicos Típicos 49 
7.2.5.1. Insecticida Inorgânicos 49 
 Química Técnica. A Química Transformadora iv 
 
7.2.5.2. Aditivo alimentar (Sacarina) 49 
7.2.5.3. Fabricação de Detergente 49 
7.3. Outras operações fundamentais no Tratamento da Matéria-Prima ............. 49 
7.3.1. Técnica de Produção 50 
7.3.2. Métodos de Transmissão de calor no Processo de Produção Industrial 51 
Exercícios .................................................................................................................. 52 
Unidade no.8-Q0072 54 
Tema: CARVÃO........................................................................................................ 54 
Introdução 54 
8.1. Conceito ............................................................................................................. 54 
8.2. Métodos para determinação da composição ................................................. 54 
8.2.1. Análise elementar 54 
8.2.2. Análise aproximada 55 
8.3. Classificação ...................................................................................................... 55 
8.3.1. Carvões artificiais 55 
8.3.1.1. Carvão Vegetal 55 
8.3.1.2. Coque 56 
Processo de produção ............................................................................................. 56 
8.3.1.3. Carvão das retortas 58 
8.3.1.4. Carvão mineral 58 
8.3.1.5.Carvão de açucar 59 
8.3.1.6. Negro – de – fumo 59 
8.3.2. Carvões naturais ou minerais 59 
8.3.2.1. Turfa 59 
8.3.2.2. Lenhite 60 
8.3.2.3. Hulha 60 
8.3.2.4. Antracite 61 
Exercícios .................................................................................................................. 61 
Unidade no.9-Q0077 62 
Tema: GÁS NATURAL ............................................................................................. 62 
Introdução 62 
 Química Técnica. A Química Transformadora v 
 
9.1. Conceito ............................................................................................................. 62 
9.2.Composição ........................................................................................................ 63 
9.3. Actores da Cadeia de Gás Natural .................................................................. 63 
9.4. Exploração ......................................................................................................... 63 
9.5. Produção ............................................................................................................ 64 
9.5.1. Acondicionamento 65 
9.5.2. Processamento 65 
9.6. Transporte .......................................................................................................... 66 
Exercícios .................................................................................................................. 66 
Unidade no.10-Q0072 67 
Tema: PETRÓLEO ................................................................................................... 67 
Introdução 67 
10.1. Caracterização ................................................................................................ 67 
10.1. Conceito ............................................................. Error! Bookmark not defined. 
10.2.Origens da indústria petrolífera ...................................................................... 69 
Fig. 22. Instalação petrolífera .................................................................................. 69 
Fig. 23. Depósito petrolífero .................................................................................... 69 
10.3. Geologia ........................................................................................................... 70 
10.4. Constituintes da destilação do petróleo ........................................................ 70 
Exercícios .................................................................................................................. 70 
Unidade no.11-Q0077 71 
Tema: PROCESSO DE PRODUÇÃO DE AÇUCAR .............................................. 71 
Introdução 71 
11.1. Conceito ........................................................................................................... 71 
11. 2. Tipos de açúcar .............................................................................................. 72 
11.2.1. Monossacarídeos: 72 
11.2.2. Dissacarídeos: 72 
11.2.3. Trissacarídeos: 72 
11.2.4. Políssacarídeos: 72 
11. 3. Etapas de produção ....................................................................................... 72 
Exercícios .................................................................................................................. 76 
Unidade no.12-Q0077 77 
Tema: PRODUÇÃO DE FERRO E AÇO ................................................................... 77 
Introdução .................................................................................................................. 77 
12.1. Caracterização ................................................................................................ 77 
12.1. Fornos Primitivos ............................................................................................ 79 
12.2. Desenvolvimento dos altos-fornos ................................................................ 80 
12.3. Matérias-primas da indústria siderúrgica ...................................................... 81 
12.3.1.Minério de ferro 81 
 Química Técnica. A Química Transformadora vi 
 
12.3.1.1. Beneficiamento do minério de ferro 81 
12.3.1.2. Sinterização 81 
12.3.1.3.Pelotização 82 
12.3.2. Carvão 82 
12.3.3. Fundente 82 
12.4. Produção do ferro Gusa: Alto-forno .............................................................. 82 
12.3.1.Operação do alto-forno 84 
12.3.2.Reações químicas 84 
12.3.3. Reações químicas de redução do minério de ferro 86 
12.4. Produtos do alto-forno .................................................................................... 87 
12.5. Fabricaçãodo aço........................................................................................... 88 
12.6. Processos pneumáticos ................................................................................. 89 
12.7. Reacções químicas de oxidação do ferro gusa ........................................... 89 
12.8. Processos eléctricos ....................................................................................... 90 
12.9. Processos de redução directa ....................................................................... 91 
Exercícios .................................................................................................................. 93 
Unidade no.13-Q0072 94 
Tema: PRODUÇÃO DE ALUMÍNIO ........................................................................ 94 
Introdução .................................................................................................................. 94 
13.1. Caracterização ................................................................................................ 94 
13.3. Processo de Refinaria .................................................................................... 96 
A refinaria é ............................................................................................................... 96 
13.4. Redução do alumínio ...................................................................................... 98 
13.5. Laminação ..................................................................................................... 100 
13.5.1. Laminação a quente 101 
13.5.2. Laminação a frio 102 
Exercícios ................................................................................................................ 104 
Unidade no.14-Q0077 105 
Tema: PRODUÇÃO DE CIMENTO ...................................................................... 105 
Introdução ................................................................................................................ 105 
14.1. Conceito ......................................................................................................... 105 
14.1.1. História ........................................................................................................ 105 
14.2.1. Clínquer 106 
14.2.2. Gesso 107 
14.2.3. Escória siderúrgica 107 
14.2.4. Argila pozolânica 107 
14.2.5. Calcário 108 
 Química Técnica. A Química Transformadora vii 
 
14.2. Matéria - Prima ............................................................................................ 109 
14.3. Processo de produção .................................................................................. 109 
14.3.1. Mineração 109 
Clínquer 109 
14.4. Combustíveis ................................................................................................ 113 
14.3.2. Processo de clinquerização 114 
14.4. PRODUÇÃO CIMENTO ............................................................................... 118 
14.4.1.HIDRATAÇÃO DO CIMENTO 118 
14.4.2. REAÇÕES QUÍMICAS 119 
14.4.3. TIPOS DE CIMENTO MAIS COMUNS (Tabela 7) 120 
Exercícios ................................................................................................................ 121 
Unidade no.15-Q0077 122 
Tema: PRODUÇÃO DO ÁCIDO SULFÚRICO .................................................... 122 
Introdução ................................................................................................................ 122 
15.1. Conceito ......................................................................................................... 122 
15.2. História ........................................................................................................... 123 
15.3. Formas do Ácido Sulfúrico ........................................................................... 126 
15.4. Polaridade e condutividade 127 
15.5.Propriedades químicas .................................................................................. 127 
15.5.1.Reação com a água 127 
15.5.2.Outras reações do ácido sulfúrico 128 
 Química Técnica. A Química Transformadora viii 
 
15.6. Produção industrial ....................................................................................... 129 
Exercícios ................................................................................................................ 131 
Unidade no.16-Q0077 132 
Tema: PROCESSO DE PRODUÇÃO DE PAPEL ................................................. 132 
Introdução ................................................................................................................ 132 
16.1. Conceito ......................................................................................................... 132 
16.2. História ........................................................................................................... 132 
16.3. Matéria-prima ................................................................................................ 133 
16.4. Produção ........................................................................................................ 134 
16.4.3.Resumo do processo produtivo ................................................................. 135 
16.6. Tipos de papel ............................................................................................... 136 
Exercícios ................................................................................................................ 137 
Unidade no.17-Q0072 138 
Tema: Processo de produção de Vinho ............................................................... 138 
Introdução ................................................................................................................ 138 
17.1. Conceito ......................................................................................................... 138 
17.2. Maiores produtores ....................................................................................... 139 
17.3. O processo de produção e fermentação ................................................... 139 
17.3.1 A vindima (colheita) 140 
17.3.2. O esmagamento 140 
17.3.3. A fermentação 140 
17.3.4. Fermentação tumultuosa 140 
17.3.5. Fermentação lenta 141 
17.3.6. Filtragem 141 
17.3.7. Envelhecimento 141 
17.4. Classificação dos vinhos .............................................................................. 141 
17.4.1. Quanto à classe 141 
17.4.2. Quanto à cor 142 
17.4.3. Quanto ao teor de açúcar 142 
17.4.4. Quanto à variedade da uva 143 
 Química Técnica. A Química Transformadora ix 
 
Exercícios ................................................................................................................ 143 
Unidade no.18-Q0077 144 
Tema: PRODUÇÃO DE CERVEJA ...................................................................... 144 
Introdução ................................................................................................................ 144 
18.1. Conceito ......................................................................................................... 144 
18.2.História ............................................................................................................ 144 
18.3. Preparação .................................................................................................... 146 
18.4. Tipos de cerveja ............................................................................................ 147 
Exercícios ................................................................................................................ 147 
Unidade no.19-Q0077 148 
Tema: PRODUÇÃO DE VIDRO ............................................................................ 148 
Introdução ................................................................................................................ 148 
19.1. Conceito ......................................................................................................... 148 
19.1. Conceito Error! Bookmarknot defined. 
19.2. História ........................................................................................................... 149 
19.3. Composição ................................................................................................... 150 
19.4. Fabricação ..................................................................................................... 151 
19.6. Principais características .............................................................................. 154 
Exercícios ................................................................................................................ 155 
Unidade no.20-Q0077 157 
Tema: PRODUÇÃO DE TINTAS E VERNIZES................................................... 157 
Introdução ................................................................................................................ 157 
20.1. Conceito ......................................................................................................... 157 
 20.2 Solventes 158 
Exercícios ................................................................................................................ 163 
Unidade no.21-Q0072 164 
Tema: PLÁSTICOS ................................................................................................. 164 
Introdução ................................................................................................................ 164 
21.1. Caracterização .............................................................................................. 164 
Exercícios ................................................................................................................ 168 
Unidade no.22-Q0072 169 
Tema: RECICLAGEM ............................................................................................ 169 
Introdução ................................................................................................................ 169 
22.2. Tipos de reciclagem 172 
 Química Técnica. A Química Transformadora x 
 
Exercícios ................................................................................................................ 173 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 174 
 Química Técnica. A Química Transformadora 1 
Visão geral 
Bem-vindo a Química Técnica 
A Química Técnica é uma ciência que se ocupa com o 
processo de investigação de Leis, Normas e Princípios que 
regem a transformação das substâncias . 
Esta cadeira permitirá que o estudante compreenda a 
interligação da Química como ciência, transformadora de 
substâncias, a indústria e a Química como disciplina escolar. 
Objectivos da cadeira 
Ao terminar a cadeira da Química Técnica, o estudante 
deverá ser capaz de: 
 
 
Objectivos 
 Aplicar os conhecimentos da Química Técnica; 
 Explicar os diversos processos de produção; 
 Reconhecer as diversas aplicações das substâncias; 
 Descrever a matéria-prima fundamental em cada processo 
de produção; 
 Descrever a relação entre a indústria e o meio ambiente; 
 Analisar as equações das reacções químicas presentes 
em cada processo. 
 
Quem deveria estudar esta cadeira 
Este manual de Química Técnica foi concebido para todos 
aqueles que estejam a frequentar o curso de Licenciatura 
em Ensino de Química, ministrados no Centro de Ensino à 
Distância – Universidade Católica de Moçambique. 
Como está estruturado este 
módulo 
Todos os manuais das cadeiras dos cursos oferecidos pela 
Universidade Católica de Moçambique - Centro de Ensino `a 
 Química Técnica. A Química Transformadora 2 
 
Distância (UCM-CED) encontram-se estruturados da 
seguinte maneira: 
 
Páginas introdutórias 
 Um índice completo. 
 Uma visão geral detalhada da cadeira, resumindo os 
aspectos-chave que você precisa conhecer para 
completar o estudo. Recomendamos vivamente que leia 
esta secção com atenção antes de começar o seu 
estudo. 
 
Conteúdo da cadeira 
A cadeira está estruturada em unidades de aprendizagem. 
Cada unidade incluirá, o tema, uma introdução, objectivos da 
unidade, conteúdo da unidade incluindo actividades de 
aprendizagem e uma ou mais actividades para auto-avaliação. 
 
Outros recursos 
Para quem esteja interessado em aprender mais, 
apresentamos uma lista de recursos adicionais para você 
explorar. Estes recursos podem incluir livros, artigos ou sites 
na internet. 
Tarefas de avaliação e/ou Auto-avaliação 
Tarefas específicas de avaliação para esta cadeira, 
encontram-se no final de cada unidade e as tarefas gerais 
poderão ser acessadas no fim do módulo. Sempre que 
necessário, dão-se folhas individuais para desenvolver as 
tarefas, assim como instruções para as completar. Estes 
elementos encontram-se no final do manual. 
Comentários e sugestões 
Esta é a sua oportunidade para nos dar sugestões e fazer 
comentários sobre a estrutura e o conteúdo da cadeira. Os 
seus comentários serão úteis para nos ajudar a avaliar e 
melhorar este manual. 
Ícones de actividade 
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas 
margens das folhas. Estes ícones servem para identificar 
diferentes partes do processo de aprendizagem. Podem indicar 
uma parcela específica de texto, uma nova actividade ou tarefa, 
uma mudança de actividade, etc. 
 Química Técnica. A Química Transformadora 3 
 
Acerca dos ícones 
Os ícones usados neste manual são símbolos africanos, 
conhecidos por adrinka. Estes símbolos têm origem no povo 
Ashante de África Ocidental, datam do século 17 e ainda se usam 
hoje em dia. 
Habilidades de estudo 
Caro estudante, procure olhar para você em três dimensões 
nomeadamente: O lado social, profissional e académico, dai ser 
importante planificar muito bem o seu tempo. 
Procure reservar no mínimo 2 (duas) horas de estudo por dia e 
use ao máximo o tempo disponível nos finais de semana. Lembre-
se que é necessário elaborar um plano de estudo individual, que 
inclui, a data, o dia, a hora, o que estudar, como estudar e com 
quem estudar (sozinho, com colegas, outros). 
Evite o estudo baseado em memorização, pois é cansativo e não 
produz bons resultados, use métodos mais activos, procure 
desenvolver suas competências mediante a resolução de 
problemas específicos, estudos de caso, reflexão, etc. 
Os manuais contêm muita informação, algumas chaves, outras 
complementares, dai ser importante saber filtrar e apresentar a 
informação mais relevante. Use estas informações para a 
resolução dos exercícios, problemas e desenvolvimento de 
actividades. A tomada de notas desempenha um papel muito 
importante. 
Um aspecto importante a ter em conta é a elaboração de um 
plano de desenvolvimento pessoal (PDP), onde você reflecte 
sobre os seus pontos fracos e fortes e perspectivas o seu 
desenvolvimento. 
Lembre-se que o teu sucesso depende da sua entrega, você é o 
responsável pela sua própria aprendizagem e cabe a ti planificar, 
organizar, gerir, controlar e avaliar o seu próprio progresso. 
 
 
Precisa de apoio? 
Caro estudante, temos a certeza de que por uma ou por outra 
situação, o material impresso, lhe pode suscitar alguma dúvida 
(falta de clareza, alguns erros de natureza frásica, prováveis erros 
ortográficos, falta de clareza conteudística, etc.). Nestes casos, 
contacte o tutor, via telefone, escreva uma carta participando a 
situação e se estiver próximo do tutor, contacte-o pessoalmente. 
Os tutores têm por obrigação, monitorar a sua aprendizagem, dai 
o estudante ter a oportunidade de interagir objectivamente com o 
tutor, usando para o efeito os mecanismos apresentados acima. 
 Química Técnica. A Química Transformadora 4 
 
Todos os tutores têm por obrigação facilitar a interacção, em caso 
de problemas específicos ele deve ser o primeiro a ser 
contactado, numa fase posterior contacte o coordenador do curso 
e se o problema for da natureza geral, contacte a direcção do 
CED, pelo número 825018440. 
Os contactos só se podem efectuar, nos dias úteis e nas horas 
normais de expediente. 
As sessões presenciais são um momentoem que você caro 
estudante, tem a oportunidade de interagir com todo o staff do 
CED, neste período pode apresentar dúvidas, tratar questões 
administrativas, entre outras. 
O estudo em grupo, com os colegas é uma forma a ter em conta, 
busque apoio com os colegas, discutam juntos, apoiem-me 
mutuamente, reflictam sobre estratégias de superação, mas 
produza de forma independente o seu próprio saber e desenvolva 
suas competências. 
Juntos na Educação `a Distância, vencendo a distância. 
Tarefas (avaliação e auto-
avaliação) 
O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, actividades 
e auto-avaliação), contudo nem todas deverão ser entregues, mas 
é importante que sejam realizadas. As tarefas devem ser 
entregues antes do período presencial. 
Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega, e o não 
cumprimento dos prazos de entrega, implica a não classificação 
do estudante. 
Os trabalhos devem ser entregues ao CED e os mesmos devem 
ser dirigidos ao tutor/docentes. 
Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa, 
contudo os mesmos devem ser devidamente referenciados, 
respeitando os direitos do autor. 
O plagiarísmo deve ser evitado, a transcrição fiel de mais de 8 
(oito) palavras de um autor, sem o citar é considerado plágio. A 
honestidade, humildade científica e o respeito pelos direitos 
autorais devem marcar a realização dos trabalhos. 
Avaliação 
Você será avaliado durante o estudo independente (80% do 
curso) e o período presencial (20%). A avaliação do estudante é 
regulamentada com base no chamado regulamento de avaliação. 
Os trabalhos de campo por ti desenvolvidos, durante o estudo 
individual, concorrem para os 25% do cálculo da média de 
frequência da cadeira. 
 Química Técnica. A Química Transformadora 5 
 
Os testes são realizados durante as sessões presenciais e 
concorrem para os 75% do cálculo da média de frequência da 
cadeira. 
Os exames são realizados no final da cadeira e durante as 
sessões presenciais, eles representam 60%, o que adicionado aos 
40% da média de frequência, determinam a nota final com a qual 
o estudante conclui a cadeira. 
A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da 
cadeira. 
Nesta cadeira o estudante deverá realizar: 2 (dois) trabalhos; 1 
(um) teste e 1 (exame). 
Não estão previstas quaisquer avaliações orais. 
Algumas actividades práticas, relatórios e reflexões serão 
utilizadas como ferramentas de avaliação formativa. 
Durante a realização das avaliações, os estudantes devem ter em 
consideração: a apresentação; a coerência textual; o grau de 
cientificidade; a forma de conclusão dos assuntos, as 
recomendações, a indicação das referências utilizadas, o respeito 
pelos direitos do autor, entre outros. 
Os objectivos e critérios de avaliação estão indicados no manual. 
Consulte-os. 
Alguns “feedbacks” imediatos estão apresentados no manual. 
 
 Química Técnica. A Química Transformadora 7 
Unidade no. 01- Q0077 
Tema: INTRODUÇÃO DA 
CADEIRA 
Introdução 
Abordagem da Química Técnica no nosso quotidiano é deveras 
fundamental, pois, permite ter noções fundamentais da aplicação 
da Química como ciência transformadora. 
Nesta unidade, ir-se-á destacar aspectos meramente de conceitos 
fundamentais, dos quais o estudante deve saber e/ou conhecer: 
Seja bem-vindo! 
Ao completar esta unidade você será capaz de: 
 
 
Objectivos 
 Caracterizar a Química técnica. 
 Identificar o objecto de estudo da Química Técnica. 
 Distinguir a importância e tarefas da Química Técnica 
1.1. Conceito 
A Química Técnica é uma ciência que estuda os processos de 
investigação de Leis, Normas e Princípios que regem a 
transformação das substâncias químicas em outras. 
1.2.Objecto de estudo 
 
A Química técnica - estuda os processos químicos-tecnicos de 
transformação de substâncias na produção industrial, seja de 
pequena escala ou de grande escala. 
1.3.Importância e tarefas 
 
A civilização moderna depende da produção dos bens de 
consumo, e muitas das suas fases, envolvem transformações 
químicas que se traduzem em: 
 Química Técnica. A Química Transformadora 8 
 
 
 Fabricação de matérias-primas de natureza mineral; 
 Recolhendo os minérios existentes na crusta terrestre, 
isola os metais para o fabrico de máquinas, automóveis, 
aviões, utensílios da cozinha, etc 
 Extraindo o petróleo e carvão, submete-os a 
transformações para preparar não só combustíveis, mas 
também outros produtos intermédios (borracha sintética, 
plásticos, corantes, etc); 
 Fabricação de produtos de origem vegetal e animal; 
 Produção de roupas, pois, elas são feitas, por exemplo, de 
algodão (origem vegetal) ou de lá (origem animal). Para 
além disto, utiliza-se também as fibras sintéticas, tais como 
nylon e o polyester – produtos sintetizados pelos químicos; 
 Colhendo cereais, nomeadamente cevada, o químico 
prepara a cerveja, cujo aroma e sabor amargo tradicionais 
se devem à presença do lúpulo (planta trepadeira); 
 A dependência que agricultura tem em relação aos 
pesticidas, fertilizantes e adubos; 
 A exigência, imposta pela indústria química, em análises 
químicas para o controlo de qualidade e adição de 
conservantes, aromatizantes e corantes; 
 A modificação da madeira para o uso em várias 
finalidades; 
 Obtendo a madeira das árvores, submete a 
transformações de forma a fabricar papel e outros 
mobiliários; 
 Construção de infra-estruturas, sobretudo, as casas onde 
habitamos não são apenas feitas de madeira e pedra, mas 
também de ferro, aço, cimento, tijolos, vidro, tintas, que 
resultam do trabalho de processos químicos; 
 Produção de medicamentos; 
 Existência de meios de comunicação e transporte; 
 A evolução do telefone, da rádio e da TV deve-se aos 
progressos alcançados nos últimos anos. Actualmente são 
utilizados novas tecnologias, tais como computadores, 
comunicações via satélite, telefones celulares, etc. 
Estas acções expandem-se até aos aviões modernos que constitui 
uma obra – prima do desenvolvimento científico e técnico. 
Outrossim, a viagem à lua tornou-se possível porque o homem 
aprendeu a construir gigantescos foguetões que desenvolvem 
enormes velocidades, entre outros. 
 
 Química Técnica. A Química Transformadora 9 
 
Portanto, a Química Técnica ocupa um lugar muito importante no 
sistema de ciências visto que ela estabelece ligações entre as 
ciências (Química, Física, Matemática técnica e economia). 
 
Investiga também as leis que determinam a economia e a 
produtividade económica, aquisição de produto, gastando, 
contudo, pouca matéria-prima, pouca energia para a produção de 
maiores quantidades de produto desejado. 
 
A Química técnica, como ciência que se dedica aos processos de 
transformação, ela tem, por si, as seguintes tarefas: 
 
 Analisar a composição de alimentos, fármacos e outros 
produtos, bem como fazer o seu controlo de qualidade; 
 Melhorar as condições de vida, sintetizando materiais 
diversificados; 
 Explorar propriedades de certos materiais para aplicar em 
novas tecnologias e na medicina; 
 Aperfeiçoar e melhorar os meios de comunicação; 
 Descobrir as origens do universo e a sua evolução. 
 Investigação sobre os aspectos das substâncias (seu 
estado padrão), por exemplo, o estudo das substâncias em 
diferentes estados, se elas podem se combinar ou não (as 
proporções); 
 Investigação sobre aspectos económicos (optimização); 
 Rendimento de substâncias; 
 Uso racional de energia; 
 Existência de pouco ou nada de produtos secundários 
desnecessários; 
 Categoria das máquinas. 
Notar-se-à nos aspectos evocados nos itens anteriores que, a 
Química é imprescindível para: 
 Melhoria dos padrões de vida do Homem; 
 Controlo e melhoria do meio ambiente; 
 Exploração do mundo material; 
 Desenvolvimento de outras ciências 
 Progresso da sociedade 
Nestes elementos aqui indicados, ressalta uma pergunta muito 
importante: 
o Será que a Química só tem contribuído para melhoraros 
padrões de vida do Homem? 
o Não terá aspectos negativos? 
 Química Técnica. A Química Transformadora 10 
 
Certamente que a resposta a essas perguntas, cabe a todos nós, 
usuários da sabedoria da química, mas é aos cientistas, em 
primeira mão, que cabe a responsabilidade dos riscos criados ao 
fabricarem: 
 Explosivos; 
 Armas químicas e nucleares; 
 
São também responsáveis pela poluição: 
 Dos solos; 
 Dos mares; 
 Do ar. 
 
Exercícios 
 
 
 
 
 
 
 
 
Auto-avaliação 
 
1. O domínio do Homem sobre a natureza está directamente 
ligado ao senso comum e aplicação dos conhecimentos 
científicos na produção de bens materiais, quer 
industrialmente, quer não”. 
a) Como definiria a Química Técnica 
b) Qual é o objecto de estudo da Química Técnica? 
 
2. “ A Química Técnica é a parte da Química ligada aos 
aspectos das substâncias, suas leis e suas 
transformações”.Mencione tarefas fundamentais da 
Química. 
 
3. “ A Química Técnica ocupa um lugar muito importante no 
sistema das ciências naturais, por isso, ela é uma ciência 
de tecnologia que estabelece ligações entre outras 
ciências naturais e economia". Argumente esta afirmação. 
 
4. Mencione a Importância a Química Técnica tem para a 
humanidade. 
 
5. Relacionar aspectos do quotidiano com a Química Técnica. 
 
 Química Técnica. A Química Transformadora 11 
Unidade no 2. Q0077 
Tema: TECNOLOGIA QUIMICA 
Introdução 
Nesta unidade, focalizar-se-á sobre o conceito, caracterização da 
Tecnologia Química e o marco histórico da sua evolução, 
requerendo ao estudante: 
 
Seja Bem-vindo! 
Ao completar esta unidade você será capaz de: 
 
 
Objectivos 
 
 
 Caracterizar a Tecnologia Química; 
 Conhecer a relevância da Tecnologia Química no 
quotidiano; 
 Distinguir as etapas de evolução histórica da Tecnologia 
Química; 
 Diferenciar entre a Química Técnica da Tecnologia 
Química 
 
2.1. Conceito 
2.1.Conceito 
 
Tecnologia Química – é o ramo que se ocupa apenas na 
transformação das substâncias, em determinados tipos de 
produtos. Tem relação com a Química técnica por apresentam 
uma interdependência uma com a outra. 
 
Tecnologia empregar-se na manupulação das substâncias 
aplicando conhecimento científico e equipamentos adequados 
(prática). Pode envolver, por exemplo, formas de produzir novos 
medicamentos, melhores plásticos, carros mais velozes, armas 
 Química Técnica. A Química Transformadora 12 
 
nucleares, heroína mais pura, ração de frangos para a produção 
de ovos com menos colesterol. 
O importante é que Tecnologia, assim como a ciência, são 
actividades humana que decidem sobre o emprego dos 
conhecimentos científicos para gerar boas ou má aplicação 
tecnológica nas indústrias e nos governos, que têm o poder de 
tomar tais decisões. 
2.2. Origens da Tecnologia 
Há já bastante tempo, convivemos com produtos e procedimentos 
desenvolvidos pelas artes práticas que antecederam à Química e 
contribuíram para a Química moderna como uma de suas 
vertentes: 
 Metalurgia, 
 Cerâmica, 
 Vidros, 
 Corantes e pigmentos, 
 Medicamentos, etc 
 
 Para R. Mülhaupt, 1997, tão importantes foram para Humanidade 
tais conhecimentos “químicos” que falamos de uma sucessão de 
Idade da Pedra - Idade do Bronze - Idade do Ferro. Tão 
importantes são os materiais da Química que eles designam eras 
da nossa história comum. 
 
 
O conceito de Tecnologia proposto por Milton Vargas: “aplicação 
de teorias, métodos e processos científicos às técnicas” (Vargas, 
1994), entendendo-se por Técnica, com Ruy Gama e de acordo 
com a definição de A. Birou, “o conjunto dos processos de uma 
ciência, arte ou ofício, para obtenção de um resultado 
determinado com o melhor rendimento possível” (Gama, 1986). 
A primeira Ciência Tecnológica nestes moldes terá sido a Ciência 
da Mineração proposta por Georg Agrícola (1494-1555), um 
cientista típico do Renascimento no que se refere ao seu 
empenho empírico como prioridade (ainda mais inexistindo uma 
autoridade antiga a quem se contrapor, apenas um ligeiro e 
longínquo contacto com Plínio). 
 
Desta Ciência da Mineração (Montanwesen) nasceram 
eventualmente três ciências (Wagenbreth, 1994): 
 Química Técnica. A Química Transformadora 13 
 
 
 Mineralogia, 
 Geologia, 
 Metalurgia. 
 
A Tecnologia Química formaliza-se e institucionaliza-se no século 
XVIII, e sua institucionalização é inclusive um dos aspectos que 
caracterizam o século XVIII como o “grande século” na evolução 
da Química. 
 
A Tecnologia Química desenvolveu-se como um campo específico 
da Química (química aplicada) em resposta às necessidades da 
Revolução Industrial emergente, que requeria conhecimentos 
químicos e técnicos sistematizados e organizados. No decorrer de 
sua evolução, esta Tecnologia Química apresenta algumas 
facetas que merecem ser comentadas em função de sua 
importância na inserção da Histórica da Química num contexto 
social mais amplo (Maar, et al). 
 
Importa referir que: 
1 - A Tecnologia Química coloca em uso prático reacções e 
propriedades das espécies químicas, tornando-as úteis para o 
nosso quotidiano, e valendo-se mesmo das propriedades para 
obter novas espécies. Quando aumenta a demanda por um 
produto, como a soda, mais usada na indústria de vidros e 
sabões, cabe à Química descobrir métodos alternativos de 
produção dessa matéria-prima a partir de outros materiais naturais 
baratos e acessíveis (no caso o sal comum), e caberá à 
Tecnologia Química converter os métodos de laboratório em 
procedimentos industriais técnica e economicamente viáveis. 
Décadas mais tarde surgiu novo desdobramento com o 
nascimento da Engenharia Química, uma Físico-Química 
aplicada, dedicada ao planeamento e construção dos 
equipamentos em que tais procedimentos se efectuam. 
Implicitamente foi sempre um dos objectivos do estudo das 
espécies químicas o seu uso prático, desde as actividades dos 
artesãos da Antiguidade e dos alquimistas da Idade Média. 
 
2 - A Tecnologia Química não cumpre sozinhas as suas funções. 
Mineração e metalurgia necessitam de máquinas, e portanto de 
Mecânica e de Física. Operações como extracção e destilação, 
além de também necessitarem de equipamentos apropriados, 
fazem uso de princípios físicos. Extrair princípios activos (como 
 Química Técnica. A Química Transformadora 14 
 
medicamentos ou corantes) de plantas significa conhecer e 
classificar essas plantas, saber onde buscá-las. Vista desta forma 
e aceitando a ideia de interdisciplinaridade. 
 
3.- a Tecnologia Química constitui um dos mais antigos exemplos 
de interdisciplinaridade, um exemplo ainda pouco explorado: 
 
3.1. A Tecnologia Química é um elo de ligação da Química com 
outras actividades científicas e técnicas, e com outras actividades 
que o engenho humano desenvolve. 
 
3.2. É através da Tecnologia Química que a Química exerce sua 
influência sobre a economia, o poder, e por que não, sobre a 
História Universal. 
Portanto, muito mais do que uma Ciência aplicada ou uma 
aplicação da Ciência, a Tecnologia Química é autónoma, com 
seus próprios métodos, objectivos e filosofia. 
Através da Tecnologia Química, a Química estabelece seus 
relacionamentos com outras Ciências, Tecnologias e Técnicas, e, 
o que é de muito maior alcance social e histórico, com o Poder 
económico e político, com a própria História Universal. 
 
Nesse processo de transformação de substâncias, há 
particularidades a ter em conta: 
 Ocorrência do Processo – condiciona-se a essa questão o 
tipo de aparelho a usar, energia, substâncias auxiliares e 
outros; 
 Elevada cientificidade no processo de produção - 
relaciona-se com pouco gasto da matéria-prima e de força 
humana; 
 Alta pureza dos produtos – assenta-se com a qualidade de 
produto que deva ser aceitável; 
 Alta produtividade – relaciona-se com maior quantidade de 
produto a adquirir em menos tempo; 
 Alta exigência das obrigações – a conduta do produto deva 
ter em conta com asregras nacionais e internacionais. 
 Química Técnica. A Química Transformadora 15 
Exercícios 
 
Auto-avaliação 
1. Diferencie os conceitos Química Técnica e Tecnologia 
Química. 
2. Refira-se da sua interdependência 
 
 
 
 
 
 
 Química Técnica. A Química Transformadora 17 
Unidade no.3-Q0077 
Tema: INDUSTRIA QUÍMICA 
Introdução 
A Nesta unidade, o centro da unidade transformadora da 
matéria/substâncias, são propostos conteúdos do seu dia-a-dia 
como, economia industrial, matéria-prima e os componentes do 
processo químico – técnico. 
Outrossim, irá constatar um conceito novo, numa perspectiva de 
termo, pois, “Quimizaçao” acaba sendo o equilíbrio entre a 
indústria e o meio ambiente. 
Seja bem-vindo! 
 
Ao completar esta unidade você será capaz de: 
 
 
Objectivos 
 
 Caracterizar o conceito da indústria química; 
 Definir o papel da Industria Química, como transformadora 
da matéria-prima; 
 Descrever a caracterização da matéria-prima e sua 
relevância num processo produtivo; 
 Identificar os processos químicos – tecnológicos; 
 Descrever a caracterização da economia industrial em dois 
contextos: mundial e nacional 
3.1. Conceito 
A indústria química é uma indústria destinada na 
transformação de uma matéria-prima em novos produtos 
usando substâncias químicas e processos químicos. Incluem 
as indústrias que têm a ver com a produção de 
petroquímicos, agro-químicos, produtos farmacêuticos, 
polímeros, tintas, etc. 
São utilizados processos químicos como reacções químicas, 
para formar novas substâncias, separações baseadas em 
propriedades químicas tais como grau de solubilidade ou a 
 Química Técnica. A Química Transformadora 18 
 
carga iónica e destilações das substâncias, além de 
transformações por aquecimento ou por outros métodos 
físicos. 
As indústrias químicas envolvem o processamento ou 
alteração de matérias-primas obtidas por mineração e 
agricultura, entre outras fontes de abastecimento, formando 
matérias e substâncias com utilidade imediata ou que são 
necessários para outras indústrias. As indústrias de 
processamento de alimentos não são, em geral, incluídas no 
termo "indústria química". 
Com a demanda actual, implica maior expansão da rede industrial 
e respectiva automatização assim como aumento da exploração 
da matéria-prima, criando condições de desgaste ambiental na 
medida em que se lançam quantidades consideráveis de dióxido 
de enxofre, de gases nitrosos e de substâncias nocivas para o 
meio ambiente, revelando um contraste entre o desenvolvimento e 
a destruição ambiental, surgindo daí o conceito de Químização. 
 
Quimização 
É o processo de industrialização e protecção do meio ambiente, 
baseado na produção e comercialização dos produtos, de acordo 
com os seguintes critérios: 
 Ordenar as substâncias nocivas, e a forma de diminuir a 
produção quantitativa; 
 Formação de produtos que neutralizam os nocivos; 
 Diálogo entre a indústria química com a sociedade (opinião 
pública); 
 Implementação do processo de reciclagem. 
 
 Química Técnica. A Química Transformadora 19 
 
3.1.1. Economia Industrial 
 
Esquema 3.1 
 
3.1.2 Industria Química como Transformadora da 
Matéria-prima
 
Esquema 3.2 
 
3.2. Matéria-prima 
A matéria-prima consiste num conjunto de produtos necessários 
em diversos processos de produção, que são extraídos ou obtidos 
directamente da Natureza (explorações florestais, agrícolas ou 
minerais). Estas matérias constituem a primeira fase da cadeia de 
Economia
Economia Energética Economia Industrial
Produção Mecânica
Produção de Maquinas
Produção de Ferramentas
Produtos Químicos
RAMOS DA INDUSTRIA
Industria Química
Industria de Construção
i
Economia Agro-pecuária e 
florestal
Substancias iniciais 
Matéria-prima
Processos Físicos
Processos Físico-
químicos
Processos Químicos
Processos físico-
químicos
Produto Principal
Produto Secundário
Ex: Resíduo e Escoria
 Química Técnica. A Química Transformadora 20 
 
transformações imprescindíveis para a obtenção do produto final. 
Dado que o estado em que se encontram as matérias-primas não 
possibilita a sua utilização directa pela maior parte das indústrias, 
estas usam produtos semi-elaborados obtidos a partir das 
matérias-primas, as denominadas substâncias básicas. 
 
Provêm do subsolo, do solo, do mar, da atmosfera usados ao 
serviço do homem, para servirem as indústrias. De acordo com a 
proveniência a matéria classificam-se em: 
 
1. Produtos Minerais – englobam o petróleo, o gás natural, 
carvão mineral, sais, pedras, etc; 
2. Produtos Agrícolas – são as plantas e árvores cultiváveis, 
assim como vegetais; 
3. Produtos Pecuários e Pesqueiros – animais domésticos 
selvagens e peixe; 
4. Produtos secundários – sucatas, papel velho, garrafas, 
vidro, plásticos furados, ossos, etc; 
5. Produtos Pré-fabricados – plásticos PVC, linha, etc. 
6. Produtos Atmosféricos – Ar; 
7. Produtos Hídricos – água. 
 
São normalmente substâncias auxiliares: a água, o ar, os 
solventes orgânicos e inorgânicos, catalisadores e a energia. 
 Ar – serve para o aquecimento para combustão, como 
corrente nos altos-fornos, serve também para arrefecer, 
dissolvente no processo de Linder; 
 Água – serve como solvente, aquecimento e 
arrefecimento, sedimentação, limpeza, meio de flotação, 
para filtração, etc. 
 
3.3. Processo Químico Tecnológico 
É o processo que envolve desde a entrada da matéria-prima, 
montagem dos equipamentos, transformação das substâncias `a 
novas substâncias, comercialização ate ao último consumidor. O 
centro da tecnologia química designa - se por Processo Químico 
Tecnológico (PQT). 
É o trabalho em indústrias químicas em geral, como as de 
produtos agrícolas, alimentícias, de plásticos, tratamento de 
couros e fabricação de tintas e vernizes, de cimento e de vidro, 
 Química Técnica. A Química Transformadora 21 
entre outras. Na linha de produção, opera equipamentos e 
controla processos industriais. 
Em laboratórios, faz análises de qualidade da matéria-prima e de 
produtos finais. Controla resíduos da produção, de modo a não 
prejudicar o meio ambiente com poluentes. 
Em órgãos públicos, participação na elaboração do plano de 
municípios, no que diz respeito ao tratamento de águas e serviços 
de armazenamento e transporte de produtos químicos. É comum 
trabalhar em parceria com engenheiros químicos e sanitaristas 
O Processo Químico Tecnológico designa-se por processo de 
produção que se diferem através da sua orientação tecnológica-
cientifica, que engloba a parte sócio económica e material técnica. 
 
3.3.1 Processo Químico de Produção 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
•é deter através de relações de produção (RP)
Parte socio-
económico
•é o conjunto de relações que se verifica entre 
trabalhadores de uma indústria.
Relação de 
Produção (RP)
•é deter através de forcas produtivas (FP),
campos FP, homem, meios de produção,
ciência, planificação, direcção e organização
Parte material-
técnico
 Química Técnica. A Química Transformadora 22 
3.3.2 Esquema de Componentes do Processo Químico-
Técnico 
 
Exercícios 
 
 
 
 
 
Auto-avaliação 
 
1. No processo de produção industrial, as substâncias são 
classificadas em matéria-prima, substâncias auxiliares e produto 
final. Mencione dois processos para cada alínea, em que: 
 a) A matéria-prima e o outro são substância auxiliar 
 b) O metal ferro é matéria-prima e o outro é produto final. 
2. Relacione o processo de extracção de ouro na Província de 
Manica com aspectos de Quimização. 
3. Fale da relação existente entre o papel das fontes da energia e 
o desenvolvimento da produção industrial duma determinada 
região. 
 
 
 
Componentes do Processo Químico-
tecnico
Matéria-prima pré-fabricada/bruta
Processo Tecnológico 
Químico 
Aparelhagem (Instalação)
Processo tecnológicos fundamentais:
Operações básicas
Reacções básicas
Fenómenos científicos naturais, etc.
Princípio de TrabalhoExperiência de Trabalho
Produto Final (principal e/ou 
secundário)
 Química Técnica. A Química Transformadora 23 
Unidade no. 4-Q0077 
Tema: MEIOS DE 
COMUNICAÇÃO E TRANSPORTE 
Introdução 
A unidade em apreço é deveras importante nas relações de 
produção até ao processo de comercialização, valendo os itens 
nela abordados, sobretudo, os conceitos e tipos de meios de 
comunicação e transporte; as vantagens e deméritos que os 
mesmos oferecem. Por fim, a relação entre a Industria Química e 
transportes e comunicações. 
Seja bem-vindo! 
Ao completar esta unidade você será capaz de: 
 
 
Objectivos 
 
 Caracterizar o conceito de meios de comunicação; 
 Identificar os tipos de meios de comunicação; 
 Caracterizar o conceito de Transporte; 
 Fazer relações entre a Industria Química e Transportes e 
Comunicações. 
4.1. Conceito de meios de comunicação 
O termo meio de comunicação refere-se ao instrumento ou 
à forma de conteúdo utilizados para a realização do 
processo comunicacional. Quando referido a comunicação 
de massa, pode ser considerado sinónimo de mídia. 
Entretanto, outros meios de comunicação, como o 
telefone, não são massivos e sim individuais (ou 
interpessoais). 
Tipo de meios de comunicação 
 Sonoro: telefone, rádio, Podcast. 
 Escrita: jornais, diários e revistas. 
 Audiovisual: televisão, cinema. 
 Multimedia: diversos meios simultaneamente. 
 Química Técnica. A Química Transformadora 24 
 
 Hipermídia: CD-ROM, TV digital e internet, que aplica a 
multimédia (diversos meios simultaneamente, como escrita e 
audiovisual) em conjunto com a hipertextualidade (caminhos 
não-lineares de leitura do texto). 
4.2. Conceito de transporte 
Transporte é o movimento de pessoas e mercadorias entre 
localidades, ou deslocações de pessoais e bens materiais de um 
local para outro independentemente da distância. 
A expressão rede de transportes designa o conjunto de todas 
as vias de transporte de pessoas e de mercadorias que se 
interligam com uma determinada densidade numa determinada 
região e inclui as estradas, os caminhos-de-ferro, as vias 
fluviais navegáveis, os oleodutos, os gasodutos, entre outros. 
A densidade e qualidade das redes de transportes são muitas 
vezes utilizadas como um indicador do grau de 
desenvolvimento económico da região em que se localizam. 
4.3. Tipos de transporte 
 
Tabela 1. Natureza e vantagens do tipo de transportes 
Tipo de 
transporte 
Natureza de 
transporte 
Vantagens Desvantagens 
 
 
 
Terrestre 
Rodoviário - Grande acessibilidade; 
- Fácil capacidade de circulação; 
- Extensa rede viária. 
- Poluição do ambiente; 
- Trânsito caótico; 
- Grande nº de acidentes. 
Ferroviário - Pouco poluente; 
- Custos baixos; 
- Baixo consumo de recursos; 
- Grande segurança. 
- Itinerário fixo. 
Gasodutos Conduta tubular que transporta gás natural por Terra. 
Oleodutos Conduta tubular que transporta gás petróleo por Terra. 
 
Aquáticos 
 
 
Marítimos Transporte de mercadorias muito 
volumosas e pesadas; 
- Percurso de longas distâncias (inter 
continentais) 
- Poluição (morte de peixes, 
aves, moluscos, etc) 
Fluviais (rios) 
Aéreos - Grande rapidez; 
- Grande segurança. 
- Poluição; 
- Custos elevados. 
 Química Técnica. A Química Transformadora 25 
 
 
4.4. Industria Química e Transporte e 
Comunicação 
O primeiro país a realizar a Revolução Industrial foi a 
Inglaterra, a partir de meados do século XVIII, seguida, no 
século XIX, por outras nações europeias: Alemanha, Itália, 
Bélgica, Luxemburgo, Holanda, Suíça, Suécia, Áustria, e 
Rússia. 
Fora do continente europeu, apenas Estados Unidos e 
Japão realizaram sua Revolução Industrial ao mesmo tempo 
que os países da Europa. Na grande maioria dos países 
subdesenvolvidos o processo de industrialização chegou 
cerca de duzentos anos atrasado em relação a Inglaterra. É 
ocaso da Revolução Industrial no Brasil, Argentina, México, 
África do Sul, Índia... 
O espaço geográfico dos países altamente industrializados 
da Europa Ocidental caracteriza-se pelo menos por três 
aspectos: intensa industrialização, forte urbanização e 
grande aproveitamento do aspecto físico por uma 
agricultura e pecuária em bases modernas. 
A Revolução Industrial dos Países da Europa ocidental 
apoiou-se em vários factores, que resumidamente são: 
 Acumulação de capitais em decorrência da intensa 
exploração da actividade comercial no mundo e 
particularmente nas colónias americanas, nas feitorias e 
nas colónias asiáticas e africanas. 
 Existência de abundantes reservas de carvão mineral, 
minério de ferro e outras matérias-primas industriais em 
muitos países europeus. 
 Grande desenvolvimento das técnicas de produção 
mediante a aplicação de dinheiro em pesquisas científicas. 
 Disponibilidade de mão-de-obra e intensa exploração da 
força de trabalho do operário ou trabalhador mediante o 
pagamento de baixos salários. 
 Expansão de empresas multinacionais ou transnacionais 
nos países subdesenvolvidos. 
Surgiram então, no séc. XIX, as estradas de ferro, que 
facilitaram muito o transporte dos produtos manufacturados, 
 Química Técnica. A Química Transformadora 26 
 
tomando-os mais baratos e colaborando para a Revolução 
Industrial. A invenção dos altos-fornos desenvolveu muito as 
indústrias de ferro e aço. A população das cidades 
aumentou demais: um número cada vez maior de pessoas 
deixava o campo para trabalhar nas fábricas. O povo sofreu 
bastante com os vários problemas ligados a salários e 
condições de trabalho, tendo a Grã-Bretanha que importar 
cada vez mais géneros alimentícios para suprir sua 
população sempre crescente. 
 
4.5 As cidades e as Fábricas na Revolução 
Industrial 
Antes da invenção da máquina a vapor, as fábricas 
situavam-se em zonas rurais próximas às margens dos rios, 
dos quais aproveitavam a energia hidráulica. Ao lado delas, 
surgiam oficinas, casas, hospeda rias, capela, açude, etc. a 
mão-de-obra podia ser recrutada nas casas de correcção e 
nos asilos. Para fixarem-se, os operários obtinham longos 
contratos de trabalho e moradia. 
 
Com o vapor, as fábricas passaram a localizar-se nos 
arredores das cidades, onde contratavam trabalhadores. 
Elas surgiam "tenebrosas e satânicas", em grandes edifícios 
lembrando quartéis, com chaminés, apitos e grande número 
de operários. O ambiente interno era inadequado e 
insalubre. 
Até o século XVIII, cidade grande na Inglaterra era uma 
localidade com cerca de 5 000 habitantes. Em decorrência 
da industrialização, a população urbana cresceu e as 
cidades modificaram-se. Os operários, com seus parcos 
 Química Técnica. A Química Transformadora 27 
 
salários, amontoavam-se em quartos e porões 
desconfortáveis, em subúrbios sem condições sanitárias. 
 
4.6 Os grandes avanços tecnológicos da 
Revolução Industrial 
 
Na primeira metade do século os sistemas de transporte e 
de comunicação desencadearam as primeiras inovações 
com os primeiros barcos ao vapor (Robert Fulton/1807) e 
locomotiva (Stephenson/1814), revestimentos de pedras nas 
estradas McAdam (1819), telégrafos (Morse/1836). As 
primeiras iniciativas no campo da electricidade como a 
descoberta da lei da corrente eléctrica (Ohm/1827) e do 
electromagnetismo (Faraday/1831). Dá para imaginar a 
quantidade de mudanças que estes sectores promoveram 
ou mesmo promoveriam num futuro próximo. As distâncias 
entre as pessoas, entre os países, entre os mercados se 
encurtariam. Os contactos mais regulares e frequentes 
facilitaram a Revolução Industrial, permitiriam uma maior 
aproximação de mundos tão distintos como o europeu e o 
asiático. 
No sector têxtil a concorrência entre ingleses e franceses 
permitiu o aperfeiçoamento de teares (Jacquard e 
Heilmann). O aço tornou-se uma das mais valorizadas 
matérias-primas. Em 1856 os fornos de Siemens-Martin, o 
processo Bessemer de transformação de ferro em aço. A 
indústria bélica também se revolucionou (como os Krupp na 
Alemanha) acompanhando a própriatecnologia metalúrgica. 
 
 Química Técnica. A Química Transformadora 28 
 
A explosão tecnológica conheceu um ritmo ainda mais 
frenético para a Revolução Industrial com a energia eléctrica 
e os motores a combustão interna. A energia eléctrica 
aplicada aos motores, a partir do desenvolvimento do 
dínamo, deu um novo impulso industrial. Movimentar 
máquinas, iluminar ruas e residências, impulsionar bondes. 
Os meios de transporte se sofisticam com navios mais 
velozes. Hidroeléctricas aumentavam, o telefone dava novos 
contornos à comunicação (Bell/1876), o rádio (Curie e 
Sklodowska/1898), o telégrafo sem fio (Marconi/1895), o 
primeiro cinematógrafo (irmãos Lumière/1894) eram sinais 
evidentes da nova era industrial consolidada. 
 
E, não podemos deixar de lado um importante avanço na 
Revolução Industrial, a invenção do automóvel movido à 
gasolina (Daimler e Benz/1885) que geraria tantas 
mudanças no modo de vida das grandes cidades. O motor à 
diesel (Diesel/1897) e os dirigíveis aéreos revolucionavam 
os limites da imaginação criativa e a tecnologia avançava a 
passos largos. 
A indústria química também tornou-se um importante sector 
de ponta no campo fabril. A obtenção de matérias-primas 
sintéticas a partir dos subprodutos do carvão - nitrogénio e 
fosfatos. Corantes, fertilizantes, plásticos, explosivos, etc. 
Entrava-se no século XX com a visão de universo totalmente 
transformada pelas possibilidades que se apresentavam na 
Revolução Industrial proporcionada pelo avanço tecnológico. 
 
Na transformação das substâncias em produtos, é necessário a 
garantia de energia, isto é, deve-se garantir fontes energéticas. 
Entre estas fontes energéticas, as mais importantes são: carvão 
mineral, lenhite, coque, hidrocarbonetos, termos eléctricos e 
hidroeléctricas (também as centrais nucleares). 
A energia eléctrica toma um lugar especial nas fontes energéticas 
porque ela é cómoda em qualquer força de trabalho e é 
transformável para qualquer zona . 
 
O ar e a água, como substâncias auxiliares podem ser utilizados 
também como fonte de energia. 
 Química Técnica. A Química Transformadora 29 
Em relação aos transportes e comunicação são facilitadores de 
todo o processo de trabalho desde o transporte da matéria-prima 
e o produto acabado até a sua comercialização. 
 
Exercícios 
 
Auto-avaliação 
 
1. Defina o que entendes por transporte e por comunicação? 
E Que impactos tem estes no estudo desta disciplina? 
2. Que consequências globais provoca da falta dos 
transportes e comunicação? 
3. Mencione 3 (três) problemas derivados da falta de 
transporte e comunicação que afectam a sua zona de 
origem. 
 
 
 
 Química Técnica. A Química Transformadora 31 
Unidade no.5-Q0077 
Tema: O TRABALHO 
Introdução 
Para além dos conceitos Trabalho, numa perspectiva Física, 
abordam-se nesta unidade os tipos de trabalho, métodos e os 
respectivos princípios. O estudante, no fim desta unidade, deve 
saber/conhecer: 
Seja bem-vindo! 
Ao completar esta unidade você será capaz de: 
 
 
Objectivos 
 
 
 Caracterizar o conceito de trabalho; 
 Identificar os tipos de trabalho; 
 Enumerar os métodos de trabalho; 
 Descrever os princípios de trabalho. 
5.1. Conceito 
Em física, trabalho (normalmente representado por W, do 
inglês work, ou pela letra grega tau) é uma medida da 
energia transferida pela aplicação de uma força ao longo de 
um deslocamento. 
O trabalho de uma força F aplicada ao longo de um caminho 
C pode ser calculado de forma geral através da seguinte 
integral de linha: 
 
Onde: 
F é o vector força. 
r é o vector deslocamento. 
O trabalho é um número real, que pode ser positivo ou 
negativo. Quando a força actua no sentido do deslocamento, 
o trabalho é positivo, isto é, existe energia sendo 
 Química Técnica. A Química Transformadora 32 
 
acrescentada ao corpo ou sistema. O contrário também é 
verdadeiro, uma força no sentido oposto ao deslocamento 
retira energia do corpo ou sistema. Qual tipo de energia, se 
energia cinética ou energia potencial, depende do sistema 
em consideração. 
5.2.Divisão do trabalho 
Dá-se o nome de divisão do trabalho à especialização do 
trabalho cooperativo em tarefas e papéis específicos e 
delimitados, com o objectivo de aumentar a eficiência da 
produção. 
A divisão do trabalho é uma característica fundamental das 
sociedades humanas, devida ao fato de que os seres humanos 
diferem uns dos outros quanto a suas habilidades inatas ou 
adquiridas. Em um certo estágio do desenvolvimento de suas 
comunidades, os indivíduos percebem que podem satisfazer 
melhor as suas necessidades ao se especializar, ao se associar e 
ao trocar, em vez de produzir, cada um de maneira autárquica, 
aquilo que precisa consumir. 
5.3. Tipos de Trabalho 
 Trabalho nulo, quando trabalho é igual a zero; 
 Trabalho motor, quando a força e o deslocamento estão no 
mesmo sentido; 
 Trabalho resistente, quando a força e deslocamento 
possuem sentidos contrários (geralmente representado por 
T= -F.d). 
5.4.Métodos de trabalho 
6.4.1. Método de Trabalho Contínuo 
É um modo de trabalho no processo químico-técnico em que a 
substância inicial é introduzida no aparelho de reacção (reactor), a 
mistura e as reacções químicas, assim como as condições das 
reacções não são interrompidas até a formação do produto 
durante um determinado tempo. 
O aparelho fica em constante funcionamento porque a massa dos 
reagentes e a mistura são constantes, isto implica que a 
temperatura, pressão, e a concentração são também constantes, 
durante o processo de produção. 
Exemplo: Produção de Carbeto de Cálcio, Amoníaco e Acido 
Sulfúrico. 
 Química Técnica. A Química Transformadora 33 
 
5.4.2. Método de Trabalho Descontínuo 
É um modo de trabalho em que se realiza o enchimento da 
matéria-prima num reactor, processando-se reacções químicas 
até ao fim e retira-se o mesmo produto e introduz-se noutro 
reactor para a formação do novo produto. Este processo realiza-
se de uma forma contínua, usando repetidos ritmos de trabalho. 
Exemplo. Produção de aço. 
5.5. Princípios de trabalho 
Segundo WITTLING, princípios de trabalho são sistematizados em 
função do objecto de trabalho e métodos de trabalho como meios 
para alcançar os objectivos. 
 
Já que a matéria e as fontes de energia são escassas e limitadas, 
a força de trabalho do homem é ilimitada, e o nível de 
produtividade do trabalho deve ser aplicado, isto é, o processo 
Químico Técnico, deve ser reforçado da seguinte maneira: 
 Máxima aplicação de princípios de continuidade de processo; 
 Aumento de rendimento das substâncias e boa acção de uso 
de energia; 
 Aplicação mínima da técnica; 
 Transformação das substâncias com muita intensidade; 
 Produção de produtos com boa qualidade; 
 Domínio dos processos Químicos técnicos; 
 Óptima capacidade de direcção. 
5.5.1. Princípio de Contra Corrente 
É um princípio químico-técnico em que diferentes substâncias 
entram num reactor, uma em continuação da outra e em sentidos 
contrários, introduzindo-se uma corrente de ar do outro lado do 
reactor, permitindo que as substâncias troquem as suas energias 
continuamente. 
O alto-forno é um reactor metalúrgico de contra corrente. O 
alto-forno baseia-se no fato de que o silício indesejável e 
outras impurezas, são mais leves do que o ferro fundido, seu 
produto principal, designado por ferro gusa. O forno é 
construído na forma semelhante a uma chaminé, numa 
estrutura alta feita com tijolos refractários. Coque, pedra 
calcária e minério de ferro (óxido de ferro) são inseridos no 
topo. O ar chega pela base. Este fornecimento de ar permite 
a combustão do combustível no seu interior. Isto reduz o 
Exemplo 
 Química Técnica. A Química Transformadora 34 
óxido a metal que, sendo mais denso, se concentra na parte 
inferior do forno. A natureza exacta da reacção é: 
Fe2O3 + 3 CO → 2 Fe + 3CO2 
. 
 
 Fig.1.Unidade de produção de ácido sulfúrico (www.belcotech.com).5.5.2. Princípio de corrente circular 
É um processo em que uma parte da matéria-prima que não 
completou a reacção é introduzida no aparelho até completar a 
formação do produto. 
 Produção do Amoníaco (NH3). 
 
5.5.3. Princípio de turbilhão 
É um processo químico técnico em que uma substância gasosa, é 
introduzida em jacto no aparelho através de buracos e depois da 
ocorrência da reacção é mantida em Suspensão. 
Produção do dióxido de enxofre a partir da pirite e a gaseificação 
de Carbono. 
Exemplo 
 Química Técnica. A Química Transformadora 35 
5.5.4. Princípio regenerativo 
Acontece depois de expulsar os gases quentes do aparelho, onde 
estes são introduzidos nos regeneradores e depois conservados e 
que posteriormente são usados no pré-aquecimento dos 
reagentes ou outros gases. O objectivo deste princípio é o uso 
racional de Energia 
 Produção de cimento. 
 
Exercícios 
 
 
 
 
Auto-avaliação 
 
1. Segundo WITTLING, princípios de trabalho são 
sistematizados em função do objecto de trabalho e métodos de 
trabalho como meios para alcançar os objectivos. Mencione 
duas diferenças para cada alínea: 
 a) Método de trabalho contínuo e método de trabalho 
descontínuo. 
 b) Método de trabalho e princípio de trabalho. 
2. Descreva o processo de regeneração do ácido sulfúrico. 
3. Fale da relação existente entre o papel das fontes da energia 
e o desenvolvimento da produção industrial duma determinada 
região. 
Exemplo 
 Química Técnica. A Química Transformadora 37 
Unidade no. 6 - Q0077 
TEMA: REACTORES 
 
Introdução 
Caro estudante, seja bem-vindo a esta importante discussão 
Nesta unidade, que debruçará sobre Reactores, sobretudo, o 
conceito, classificação; abordagem sobre baterias e as equações 
envolvidas nessas operações. 
Ao completar esta unidade você será capaz de: 
 
 
Objectivos 
 
 Caracterizar o conceito de reactores; 
 Classificar os reactores; 
 Definir Bateria de reactores; 
 Distinguir diversas equações. 
6.1. Conceito 
 
Em engenharia química, reactores químicos são equipamentos 
projectados para conter reacções químicas de interesse e escala 
industrial. 
O projecto de um reactor químico trata com múltiplos aspectos de 
engenharia química, sobre os quais os engenheiros químicos 
trabalham para obter a maximização dos valores obtíveis para a 
reacção dada. Neles as reacções se processa com maior 
eficiência para o produto de saída desejado, produzindo o mais 
alto rendimento do produto, mas gerando o mínimo de custos para 
serem comprados e operarem. 
As despesas normais de operação incluem uma fonte de energia, 
remoção (dissipação) de energia, custos de matérias-primas, 
trabalho humano, etc. Transferências de energia podem vir na 
forma de aquecimento ou resfriamento, bombeamento para 
aumentar a pressão, a perda de pressão pelo atrito (como a 
queda de pressão através de um cotovelo de 90° na tubulação ou 
uma placa de orifício, agitação, etc. 
 Química Técnica. A Química Transformadora 38 
 
Tomando em consideração os constrangimentos do mercado, os 
custos de capital, condições de segurança, condições de 
operação e manutenção, a possibilidade de controlo automático, 
as características do produto e controlo de produção, levantam-se 
as principais questões que se colocam ao engenheiro químico dos 
projectos de reactores que são: 
 A configuração; 
 Modo de operação dos reactores que originam produtos 
com maior lucro possível. 
6.2. Classificação dos Reactores 
Existem vários tipos de reactores químicos e várias 
maneiras de classificá-los. Quanto ao vaso (o formato mais 
básico do espaço físico onde se dão as reacções), existem 
dois tipos principais básicos: 
 Reactores em tanques 
 Reactores em tubos 
Ambos os tipos podem ser usados como reactores contínuos 
ou de bateladas. Mais comumente, reactores operam em 
estado estacionário, mas podem também ser operados em 
um estado transigente. Quando é primeiramente trazido à 
operação novamente (após uma manutenção ou inoperação) 
seria considerado em um estado transitório, onde as 
variáveis-chave do processo mudam com o tempo. Ambos 
os tipos de reactores também podem acomodar um ou mais 
sólidos (reagentes, catalisador ou material inerte), mas os 
reagentes e os produtos são normalmente líquidos e gases. 
De acordo com o modo de produção, podemos classificar os 
reactores em: 
6.2.1.Reactor descontínuo ou de partida 
É simples, flexível e barato que o reactor continuo. É constituído 
por um vaso onde é colocada a mistura de reagentes e por um 
agitador com a finalidade de homogeneizar melhor possível a 
mistura de uma forma racional. 
 
 
 Química Técnica. A Química Transformadora 39 
 
------------
Entrada Saida de substancia
Centrifugacao
 
Fig.6. Reactor descontínuo 
6.2.2.Reactor Contínuo: 
A transformação das substâncias é feita continuamente sem 
parar. É ainda constituído por um agitador e mais tanques ligados 
em operação contínua. 
A sua construção é de controlos automáticos, é ideal para o 
processamento industrial quando as velocidades de reacção e de 
produção são bastante elevadas. 
------------ CA1 CA2 CAF
CA
 
Fig7: Reactor contínuo 
6.2.3.Reactor Tubular 
É um reactor operando continuamente sem agitação e de 
configuração de um tubo. O escoamento da massa de reagente 
tira-se numa direcção especial que não exige a constância de 
concentração e as perdas das cargas são desprezíveis. 
Usa-se geralmente em reacções de fases gasosas e em 
operações adiabáticas, onde a velocidade é constante e variação 
da pressão. 
- - - - - - - - - - - -
C S T R
R . T u b u la r
 
Fig8: reactor tubular 
 
 Química Técnica. A Química Transformadora 40 
 
6.2.4. Reactor Semi-contínuo ou Semi-Descontínuo 
Processa-se a operação com características intermediárias, entre 
as descritas anteriormente. Há variação da concentração, da 
massa dos reagentes num tempo, e simultaneamente há adição 
de um reagente inerte ou há fuga de uma ou mais substâncias de 
modo contínuo ou descontínuo. 
 
Tabela 2: Tipos de reactores e suas vantagens 
Reactor Aplicação Vantagens Desvantagens 
 
 
Descontinuo 
Produção em pequena 
escala; 
Para produtos 
intermediários. 
Elevada conversão por 
unidade de volume; 
Flexibilidade de operação. 
Fácil limpeza 
Elevados custos de 
operação; 
Qualidade de produto 
mais variável que na 
operação contínua. 
 
 
 
Tubular 
Produção em grande 
escala, 
Uso de reacções de fase 
gasosa e liquida 
Elevada conversão por 
unidade de volume. 
Baixo custo de operação; 
Operação continua 
Existência de gradientes 
térmicos e concentração 
de radicais 
Baixo control de 
temperatura 
Paragens e limpeza muito 
honorosas. 
 
 
 
Continuo com 
agitação CSTR 
Produção em grande 
escala; 
Uso de reacção em fase 
liquida, gás-liquido, Sólido-
liquido 
Fácil control da temperatura; 
adaptação fácil a reacção 
com duas fases; 
Simplicidade de construção 
Baixo custo de operação; 
Fácil limpeza e operação 
continua 
Baixa conversão por 
unidade de volume 
Possibilidade de curto-
circuito no caso de má 
agitação. 
 
Semi-continuo ou 
Semi-descontinuo 
Produção em pequena 
escala 
Uso de reacções 
competitivas e gás-liquido. 
Elevada conversão por 
unidade de volume; 
Boa selectividade, 
minimização de reacções 
secundária 
Flexibilidade de operação 
Elevado custo de 
operação(mão-de-obra) 
Qualidade do produto 
mais variável que na 
operação continua. 
6.3. Baterias de Reactores 
Um exemplo de bactérias de reactores semi-contínuo existe na 
disposição em série de n reactores idênticos em que um dos 
reagentes é continuamente removido. 
Ex: No processo de esterificação e sulfonação. 
 Química Técnica. A Química Transformadora 41 
 
Fig.9. Bacterias de reactores 
------------- ----- -----
VR
CAT
CB1
CA(N-1)
CB(N-1)
VR VR VR
CAN
CBN
QN
Bacterias de reactores semi-continuo
 
 
A alimentação do 1º reactor é constituído por uma mistura de 
reagentes A e B

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