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As diferentes 
estruturas de mercado
Após estudar este capítulo, você deverá estar apto(a) a:
entender e caracterizar as diferentes estruturas de mercado; �
compreender a importância de um modelo teórico para o entendi- �
mento do funcionamento dos modelos existentes na prática;
desenvolver habilidades e competências para identificar o perfil de �
cada uma das empresas, e do mercado em que as mesmas possam 
estar inseridas.
Introdução
O objetivo do presente capítulo é o de caracterizar as diferentes estruturas 
de mercado, pois, muito embora saibamos que mercado é o ponto de 
encontro entre compradores e vendedores que ali comparecem para realizar 
transações, nem todos os mercados comportam-se da mesma maneira. 
Ou seja, temos desde estruturas em que existe um grande número de 
compradores e de vendedores que se guiam pela obediência à Lei de Oferta 
e Demanda, até estruturas em que a oferta de bens e/ou serviços concentra-
-se em mãos de um único produtor.
Selecionamos, para tanto, as quatro principais estruturas de mercado de 
bens e serviços, quais sejam: mercado de concorrência perfeita, monopólio, 
concorrência monopolista e oligopólio. Vamos a eles.
Mercado de concorrência perfeita – caracterização
Podemos defini-la como sendo uma estrutura de mercado na qual exis-
tem muitos compradores e vendedores oferecendo um bem homogêneo 
(sem diferenciação), havendo a livre entrada e a saída de firmas do mercado.
173Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 
mais informações www.iesde.com.br
As diferentes estruturas de mercado
174
Para Mankiw (2005, p. 290):
Um mercado competitivo, por vezes chamado de mercado perfeitamente competitivo, 
tem duas características.
– Há muitos compradores e vendedores no mercado.
– Os bens oferecidos pelos diversos vendedores são em grande escala os mesmos.
Ainda segundo Mankiw (2005, p. 290): “Mercado competitivo: um merca-
do com muitos compradores e vendedores negociando produtos idênticos, 
de modo que cada comprador e cada vendedor é tomador de preço”.
Complementando segundo Mankiw (2005, p. 290):
Além dessas duas condições para a competição, há uma terceira condição às vezes tida 
como característica dos mercados perfeitamente competitivos.
– As empresas podem entrar e sair livremente do mercado.
Já Hall e Lieberman (2003, p. 254), argumentam que “Concorrência perfeita 
é uma estrutura de mercado na qual existem muitos compradores e vende-
dores, o produto é padronizado e os vendedores podem entrar ou sair facil-
mente do mercado”.
Para Passos e Nogami (2003, p. 287): “Concorrência perfeita é uma situação 
de mercado na qual o número de compradores e vendedores é tão grande 
que nenhum deles, agindo individualmente, consegue afetar o preço”.
Pelo que podemos depreender das colocações efetuadas pelos diver-
sos autores, e em uma primeira aproximação, concorrência perfeita é uma 
estrutura de mercado que comporta um grande número de vendedores 
(ofertantes) e compradores (demandantes), oferecendo e demandando um 
“produto homogêneo” (sem diferenciação), sendo que a participação in-
dividual, tanto de ofertantes quanto de demandantes, é tão pequena que 
não consegue afetar as condições de mercado. São ambos, demandantes 
e ofertantes, aceitadores das condições de mercado impostas pela oferta 
e pela demanda (tecnicamente, são tomadores/aceitadores de preço). Ato 
contínuo, pela pequena participação individual, não há como criar barrei-
ras ao ingresso de novos concorrentes no mercado (existe a livre entrada e 
saída de firmas no mercado).
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 
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As diferentes estruturas de mercado
175
Assim:
Concorrência perfeita 
Grande número de vendedores e compradores, 
aceitadores das condições do mercado.
Produto homogêneo.
Livre entrada/saída de firmas do mercado.
A fim de encerrarmos essa primeira aproximação a respeito do mercado 
de concorrência perfeita, vamos colocar o que Hall e Lieberman (2003, p. 254), 
argumentam sobre os três requisitos da concorrência perfeita:
Concorrência perfeita é uma estrutura de mercado com três características importantes:
1. Existe um grande número de compradores e um grande número de vendedores. Cada 
um compra ou vende apenas uma pequena fração da quantidade total do mercado.
2. Os vendedores oferecem um produto padronizado.
3. Os vendedores podem entrar ou sair facilmente do mercado.
Fica claro que a estrutura de mercado identificada como concorrência 
perfeita, até pelo próprio nome, mostra-se muito mais como uma estrutura 
teórica do que efetivamente existente na prática. Porém, se pensarmos, por 
exemplo, na oferta mundial de trigo, a participação individual de um fazen-
deiro produtor de trigo estará contida nessa estrutura de mercado. Um outro 
exemplo: pense em um único feirante com sua barraca de feira, oferecendo 
verduras em feiras livres. Qual a sua participação na oferta total de alface? 
Qual a sua influência sobre o preço da alface? O que acontece se, por exem-
plo, ele não comparecer a um dia de feira livre? Essas situações, caso ocorram, 
não terão influência no mercado total de verduras. São, portanto, situações 
que ilustram a estrutura de concorrência perfeita.
As hipóteses do modelo
Após termos caracterizado a estrutura de mercado de concorrência 
perfeita, vamos nos aprofundar, a partir de suas características, e examinarmos 
as suas principais hipóteses a seguir.
Grande número de compradores e de vendedores
Essa hipótese diz respeito ao fato de que o grande número de compra-
dores e de produtores do mercado faz com que a participação individual dos 
mesmos seja tão pequena em relação ao todo do mercado que os mesmos, 
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As diferentes estruturas de mercado
176
individualmente, não possuam poder para influenciar o preço, que é estabe-
lecido pelas forças do mercado, ou seja, as forças de oferta e de demanda. As 
empresas, nesse caso, e nessa estrutura de mercado, são tomadoras/aceita-
doras de preço.
Uma vez estabelecido o preço, pelas forças de oferta e de demanda, 
somente permanecerão no mercado as empresas que conseguirem oferecer a 
um preço igual ou inferior ao preço de mercado, assim como somente parti-
ciparão do mercado os compradores (consumidores) que tiverem condições 
de pagar um preço igual ou superior ao preço de mercado.
Produtos padronizados (homogêneos)
Os produtos oferecidos em um mercado de concorrência perfeita são per-
feitos substitutos entre si. Tanto faz ao consumidor adquiri-lo da empresa A, 
B ou C, sendo guiado, nesse caso, pelo comportamento racional, qual seja: o 
de buscar pagar pela mercadoria o menor preço possível.
Surge daí uma outra característica do mercado de concorrência perfeita 
que é a existência de uma concorrência via preço, ou seja, busca-se vencer o 
concorrente reduzindo-se o preço.
Inexistência de barreiras ao ingresso 
de novos concorrentes no mercado
Trata-se da hipótese da livre entrada e da livre saída de firmas do mer-
cado. Como o número de empresas operando no mercado é extremamente 
grande, com pequena participação individual não há como as empresas já 
operantes no mercado criarem barreiras ao ingresso de novos competidores 
ao mercado (como acordos entre as empresas existentes, patentes etc.).
Da mesma forma, é uma estrutura de mercado que não exige grandes 
investimentos por parte de novos ingressantes. Exemplo: um feirante, vende-
dor de verduras, não necessita de grandes investimentos para se estabelecer 
no negócio.
Perfeito conhecimento do mercado
Pelo fato de o preço ser estabelecido pelo mercado, por meio das forças 
de oferta e de demanda, tanto compradores quanto produtores conhecem 
perfeitamente o mercado.
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As diferentes estruturas de mercado
177
Conhecem a qualidadedo produto e seu preço de tal sorte que os con-
sumidores não estarão dispostos a pagar um preço superior ao vigente, bem 
como os produtores, por sua vez, não estarão dispostos a vender por um 
preço menor do que o preço de mercado.
Monopólio – caracterização
Trata-se de uma estrutura de mercado que se situa no outro extremo da 
concorrência perfeita, ou seja, enquanto na concorrência perfeita temos 
um grande número de empresas oferecendo um produto homogêneo, que 
obedecem e praticam um preço estabelecido pelo mercados, no monopólio 
existe um único produtor, produzindo e oferecendo um produto para o qual 
não existem substitutos à altura no mercado, tendo, portanto, um importante 
papel na determinação de preço, e tendo condições de estabelecer barreiras 
ao ingresso de novos competidores no mercado.
Para Hall e Lieberman (2003, p. 291): “Uma firma monopolista é a única ven-
dedora de um bem ou serviço que não tem substitutos próximos. O mercado 
no qual a firma do monopólio opera é chamado de mercado monopolista”.
Já Troster e Mochón (1999, p. 156) consideram: “No mercado monopolista 
existe um só ofertante, que tem plena capacidade de determinar o preço”.
Sobre o assunto, Mankiw (2005, p. 314) enfatiza:
Uma empresa é um monopólio se é a única vendedora de seu produto e se seu produto 
não tem substitutos próximos. A causa principal dos monopólios está nas barreiras à 
entrada: um monopólio se mantém como o único vendedor de seu mercado porque as 
outras empresas não podem entrar no mercado e competir com ela.
Assim sendo:
Monopólio 
único produtor/vendedor de um bem ou serviço.
Não existem substitutos à altura no mercado.
Capacidade para determinar preço.
Existência de barreira ao ingresso de novas firmas 
no mercado.
As hipóteses do modelo
Buscamos as hipóteses do monopólio em sua própria conceituação. Veja 
a seguir.
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As diferentes estruturas de mercado
178
Existência de uma única firma ofertante
Essa hipótese diz respeito ao fato de que a oferta de uma indústria, 
entendendo-se indústria como o conjunto de empresas (firmas) produtoras 
de um mesmo bem ou de bens substitutos entre si, concentra-se em uma 
única empresa.
Poder na determinação do preço
Essa hipótese diz respeito ao fato de que, diferentemente da estrutura 
de concorrência perfeita onde temos um grande número de ofertantes que 
aceitam as condições de mercado, o monopolista, por ser o único ofertante 
de um bem para o qual não existem substitutos à altura no mercado, não 
aceita, mas sim dita os preços ao mercado.
Existência de barreiras ao ingresso 
de novos concorrentes no mercado
Essa hipótese diz respeito ao fato de que o monopolista cria, impõe bar-
reiras ao ingresso de novas firmas no mercado.
As possíveis barreiras à entrada de novos concorrentes no mercado podem 
advir de ganhos de escala, controle sobre a fonte de matéria-prima, patentes, 
licença e concessões governamentais. Tais barreiras acabam por se transformar 
nas principais causas dos monopólios que exploraremos a seguir.
Causas do monopólio
As principais causas do monopólio encontram-se consubstanciadas nas 
próprias barreiras impostas ao ingresso de novos concorrentes no mercado. 
Vamos comentar sobre as mesmas.
Ganhos de escala: economias de escala
Provenientes dos pesados investimentos iniciais, acabam por impedir a 
entrada de novos concorrentes no mercado, uma vez que, já estabelecido no 
mercado, o monopolista já diluiu ao longo do tempo o custo desse investi-
mento, podendo operar com custos mais baixos do que os novos possíveis 
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As diferentes estruturas de mercado
179
ingressantes. Esse é o caso típico de monopólio natural em que novos ingres-
santes não veem a possibilidade de competir em custos com o monopolista 
já instalado no mercado. Exemplos: serviços de utilidade pública tais como 
energia elétrica, terminais ferroviários, portuários etc.
Controle sobre a fonte de matéria-prima
A posse ou propriedade de matérias-primas essenciais à produção de um 
determinado bem pode vir a bloquear o ingresso de novos concorrentes no 
mercado. Exemplo: A Alcoa, durante muitos anos, deteve o monopólio de 
alumínio nos EUA em razão de controlar as minas de bauxita, matéria-prima 
essencial para a produção de alumínio.
Patentes, licenças e concessões governamentais
A existência de patentes, licenças ou concessões governamentais criam 
barreiras ao ingresso de novos competidores no mercado.
Patentes fornecem ao seu possuidor o direito exclusivo de produzir um 
determinado bem ou serviço por um dado período de tempo. Trata-se, por 
exemplo, de invenções, de produto patenteado.
Da mesma forma, quando o governo fornece licenças ou concessões 
a uma dada empresa para que ela produza algo com exclusividade, está 
excluindo a possibilidade de outras produzi-lo. Exemplo: concessões de 
rádio, televisão etc.
Concorrência monopolista – caracterização
Verificamos, até então, as duas estruturas de mercado que representam 
as situações extremas, de um lado a concorrência perfeita representada por 
uma estrutura onde existe um grande número de empresas, tomadoras de 
preço, oferecendo um produto homogêneo, com perfeito conhecimento de 
mercado e com livre entrada e saída de firmas desse mercado.
De outro, o monopólio, uma estrutura caracterizada pela existência de um 
único produtor oferecendo um produto para o qual não existem substitutos 
à altura no mercado, e com grandes barreiras que muitas vezes impedem o 
estabelecimento de novos concorrentes no mercado. 
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As diferentes estruturas de mercado
180
Pois bem, a concorrência monopolista é um misto de concorrência perfeita 
e de monopólio, ou seja, possui elementos da concorrência perfeita e do 
monopólio.
Podemos considerá-la como sendo uma estrutura de mercado onde existe 
um grande número de vendedores e compradores, oferecendo um produto 
diferenciado, sendo que não existem barreiras ao ingresso de novos compe-
tidores no mercado. Exemplo: restaurantes, supermercados, papelarias, lojas 
varejistas.
São exemplos de concorrência monopolista, pois existem muitos no mer-
cado, é fácil entrar ou sair do mesmo, sendo que diferentemente da concor-
rência perfeita cada um deles produz algo, de certa forma, diferente do que 
é produzido pelos seus concorrentes (por exemplo, o restaurante, no tipo de 
comida e a sua qualidade).
Para reforçar nossa posição, convém mencionar o que Hall e Lieberman 
(2003, p. 327) consideram sobre o assunto:
Um mercado em que haja concorrência monopolista tem três características fundamentais:
1. Muitos compradores e vendedores.
2. Nenhuma barreira significativa à entrada ou saída.
3. Produtos diferenciados.
Dando sequência ao assunto, os mesmos autores ponderam: “Concorrên-
cia monopolista: uma estrutura de mercado na qual existem muitas firmas 
que vendem produtos diferenciados, embora ainda sejam substitutos próxi-
mos e na qual existe livre entrada e saída”.
As hipóteses do modelo
São hipóteses do modelo de concorrência monopolista:
Existência de muitas firmas produzindo 
um determinado bem ou serviço
Uma estrutura de mercado em que o número de vendedores e de com-
pradores é grande.
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As diferentes estruturas de mercado
181
Existência de um produto diferenciado
O produto de uma determinada empresa é de certa forma diferente do 
produto de seus concorrentes.
Essa diferenciação ocorre em razão, por exemplo, de embalagem, aten-
dimento de pós-venda, propaganda, características físicas do produto etc., 
o que acaba conferindo às empresas que operam nessa estrutura de merca-
do certo poder sobre os preços (diferentemente da concorrênciaperfeita, as 
empresas que operam nessa estrutura de mercado não são tomadoras/acei-
tadoras de preço). Exemplo: mercado de cosméticos. A empresa produtora 
pode ter um grande aliado: a preferência do consumidor, e com isso ter certa 
liberdade na fixação de preços.
Existência de barreiras ao ingresso 
de novas concorrentes no mercado
Existe, como no modelo de concorrência perfeita, a livre entrada e saída 
das firmas no mercado.
Oligopólio – caracterização
Assim como a estrutura de concorrência monopolista, o oligopólio é uma 
estrutura de mercado normalmente encontrada em nosso cotidiano. Trata-se 
de uma estrutura de mercado situada entre a concorrência monopolista e o 
monopólio.
É uma situação em que existe um pequeno número de empresas que 
dominam um determinado mercado, ou, em outras palavras, a oferta de uma 
determinada indústria encontra-se concentrada nas mãos de um número 
reduzido de empresas de grande porte, entendendo-se indústria como o 
conjunto de empresas produtoras de bens semelhantes, ou substitutos entre 
si. Exemplos: indústria automobilística, indústria de pneumáticos etc.
Além disso, podemos considerá-la como uma estrutura de mercado em 
que existe um pequeno número de grandes empresas capazes de influen-
ciar o mercado, ou seja, as decisões tomadas por uma delas acabam por 
influenciar decisivamente no comportamento das demais empresas inte-
grantes do mercado gerando uma resposta das demais. Exemplo: no caso da 
indústria automobilística, suponha o que aconteceria se a General Motors do 
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As diferentes estruturas de mercado
182
Brasil parasse de produzir veículos automotores. Provocaria ou não mudan-
ças no mercado de veículos automotores? Haveria ou não reações por parte 
das demais montadoras? Claro que sim. Tal fato demonstra a existência de 
interdependência entre os oligopolistas, bem como a capacidade que cada 
um tem de influenciar o funcionamento do mercado.
Todavia, muito embora tenhamos identificado o oligopólio como uma 
estrutura em que existe um pequeno número de grandes empresas capazes 
de influenciar o mercado, podemos também encontrá-lo em estruturas onde 
existam muitas empresas, porém com poucas dominando o mercado. Exem-
plo: indústria de alimentos, indústria de bebidas etc.
É o que nos conduz a dois importantes conceitos, quais sejam:
Oligopólio concentrado � – pequeno número de empresas de grande 
porte dominando o mercado. Exemplo: indústria de pneumáticos, in-
dústria automobilística etc.
Oligopólio competitivo � – pequeno número de empresas de grande 
porte dominando um mercado com muitas empresas. Exemplo: indús-
tria de bebidas, indústria de alimentos etc.
As hipóteses do modelo
São as seguintes as hipóteses do modelo de oligopólio:
Existência de um número reduzido de empresas de grande 
porte, interdependentes, e que influenciam o mercado
Como vimos, uma das características do oligopólio é ser uma estrutura de 
mercado onde existe um número reduzido de empresas de grande porte, ou 
mesmo a existência de um mercado em que existam muitas empresas, mas 
que poucas dominem.
São interdependentes, ou seja, as decisões tomadas por uma delas indivi-
dualmente afetam e provocam reações nas demais, e individualmente pos-
suem condições de influenciar o mercado.
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As diferentes estruturas de mercado
183
Quanto ao produto
Diferentemente da concorrência perfeita em que o produto é homogê-
neo, e da concorrência monopolista em que o produto é diferenciado, o oli-
gopólio pode apresentar um produto homogêneo ou diferenciado.
É o que nos fornece a caracterização do oligopólio puro, com produtos 
homogêneos, como o alumínio e o cimento, e do oligopólio diferenciado, 
quando tratarmos de produtos que de certa forma são diferentes, como os 
automóveis.
Existência de barreiras ao ingresso 
de novos concorrentes no mercado
Assim como no monopólio, existem barreiras ao ingresso de novos con-
correntes no mercado consubstanciados em patentes, ganhos de escala, bar-
reiras legais, posse ou propriedade de fontes de matérias-primas essenciais.
Existe também a possibilidade de acordo entre as empresas já existentes 
no mercado com a finalidade de dificultar a entrada de novos competidores.
A concorrência extra-preço e os preços administrados
Uma outra característica importante do oligopólio é o tipo predominante 
de concorrência praticada pelos seus participantes, qual seja, a concorrência 
extra-preço.
Nesse tipo de concorrência, faz-se de tudo para vencer o oponente, menos 
baixar preço. Esse tipo de concorrência baseia-se:
na diferenciação � – tornar o seu produto de forma que o mesmo seja 
diferente dos produtos dos concorrentes. Exemplo: através da cor, sa-
bor, embalagem etc.
por meio da propaganda/publicidade � – exaltar características que 
o seu produto tem e que os produtos dos seus concorrentes não têm. 
Exemplo: Só Omo® dá o branco total radiante.
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As diferentes estruturas de mercado
184
Relativamente aos preços, pelo fato de se tratar de uma estrutura de mer-
cado em que existe um pequeno número de grandes empresas, capazes de 
influenciá-lo, o oligopolista não aceita o preço estabelecido pelo mesmo, ou 
seja, diferentemente da empresa que opera no mercado de concorrência per-
feita que é tomadora de preços, a empresa oligopolista é ditadora de preços, 
ou seja, tem condições de estabelecer preços dentro de certos limites, prati-
cando o que tecnicamente identificamos como preços administrados: preços 
sobre os quais o oligopolista já calcula os retornos que deseja obter.
Para finalizar, como mencionamos anteriormente, o oligopólio propicia a 
possibilidade da realização de acordos entre as empresas, dos quais o mais 
incisivo é o cartel, que é um acordo formal entre empresas cujo objetivo é 
limitar e, por vezes, até eliminar a competitividade de um dado mercado.
Esse acordo diz respeito à prática de preços e à divisão do mercado.
Ampliando seus conhecimentos
O monopólio da DeBeers sobre os diamantes
(MANKIW, 2005)
Um exemplo clássico de monopólio que resultou da propriedade de um 
recurso-chave é o da DeBeers, a empresa de diamantes da África do Sul. A 
DeBeers controla cerca de 80% da produção mundial de diamantes. Embora a 
participação da empresa no mercado não seja de 100%, é grande o bastante 
para exercer influência considerável sobre o preço mundial dos diamantes.
Quanto poder de mercado a DeBeers tem? A resposta depende, em parte, 
da existência de substitutos próximos para seu produto. Se as pessoas enxer-
garem esmeraldas, rubis e safiras como bons substitutos para os diamantes, 
então a DeBeers terá poder de mercado relativamente pequeno. Nesse caso, 
qualquer tentativa por parte da empresa de aumentar o preço dos diamantes 
faria com que as pessoas trocassem os diamantes por outras pedras preciosas. 
Mas se as pessoas considerarem que essas outras pedras são muito diferentes 
dos diamantes, então a DeBeers poderá exercer uma influência considerável 
sobre o preço de seu produto.
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 
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As diferentes estruturas de mercado
185
A DeBeers paga por um grande volume de publicidade. À primeira vista, 
essa decisão pode parecer surpreendente. Se um monopolista é o único ven-
dedor de seu produto, então por que precisa anunciar? Um objetivo dos anún-
cios da DeBeers é diferenciar os diamantes das demais pedras na mente dos 
consumidores. Quando o slogan da empresa afirma que “diamantes são para 
sempre”, quer que pensemos que o mesmo não se aplica às esmeraldas, rubis 
e safiras (e observe que o slogan se aplica a todos os diamantes, não só os da 
DeBeers – um sinal da posição monopolista da empresa). Se osanúncios forem 
bem-sucedidos, os consumidores vão enxergar os diamantes como únicos, e 
não apenas como uma entre diversas pedras preciosas, e essa percepção dará 
à DeBeers maior poder de mercado.
Atividades de aplicação
1. São características do mercado de concorrência perfeita:
a) poucos compradores e poucos vendedores.
b) existência de um grande número de empresas e de consumidores, 
sendo que as empresas oferecem um produto homogêneo.
c) existência de um único produtor oferecendo um produto para o 
qual não existem substitutos à altura no mercado.
d) são as empresas que ditam os preços ao mercado.
2. Relativamente ao monopólio, é verdadeiro afirmar que
a) não existem barreiras ao ingresso de novos concorrentes no 
mercado.
b) as principais causas do monopólio são: economia de escala, patentes, 
licenças e concessões governamentais e controle sobre as fontes 
de matéria-prima.
c) o produto oferecido pelas empresas participantes do monopólio é 
homogêneo.
d) o monopolista aceita o preço que é estabelecido pelo mercado, 
por meio das forças de oferta e de demanda.
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As diferentes estruturas de mercado
186
3. Uma estrutura de mercado na qual existem muitas firmas oferecendo 
produtos diferenciados, sem barreiras significativas à entrada ou saída, 
caracteriza:
a) a concorrência monopolista.
b) o oligopólio.
c) a concorrência perfeita.
d) o monopólio.
4. Uma estrutura de mercado na qual a oferta de uma determinada 
indústria encontra-se concentrada nas “mãos” de um reduzido número 
de empresas de grande porte, que oferecem um produto que pode ser 
homogêneo ou diferenciado, retrata uma situação de:
a) concorrência perfeita.
b) monopólio.
c) oligopólio.
d) concorrência monopolista.
5. Relacionar as colunas.
( ) um único produtor.
( ) muitos ofertantes e produto 
homogêneo.
( ) preços administrados.
( ) produtos diferenciados, sem 
barreiras significativas ao in-
gresso de novos concorrentes.
a) concorrência perfeita.
b) monopólio.
c) concorrência monopolista.
d) oligopólio.
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As diferentes estruturas de mercado
187
Gabarito
1. B
2. B
3. A
4. C
5. B – A – D – C
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