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02 - Tributário - Definição de Tributo

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Direito Tributário 
DEFINIÇÃO DE TRIBUTO 
Luciano Amaro: “é toda prestação pecuniária, não 
sancionatória de ato ilícito, instituída em lei e devida ao 
Estado ou a entidades não estatais de fins de interesse 
público”. 
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária 
compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa 
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, 
instituída em lei e cobrada mediante atividade 
administrativa plenamente vinculada. 
PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA EM MOEDA OU 
CUJO VALOR NELA SE POSSA EXPRIMIR 
O crédito tributário somente se extingue nas hipóteses 
previstas no CTN – em moeda ou cujo valor nela possa 
se exprimir. 
 Possibilidade de fixação por meio de 
indexadores (UFIR) 
 
 Possibilidade de pagamento através de títulos 
da dívida pública – é na verdade 
compensação tributária, extinguindo até o 
montante que se compensarem, mas depende 
de lei autorizativa para a utilização de títulos 
da dívida pública na extinção do CT – art. 
170, CTN 
 
 Apesar de admitir “cujo valor nela se exprimir”, 
não se admite a instituição de tributos in natura 
ou in labore (em bens ou serviços): 
A LC 104/2001 permite a dação em pagamento de 
bens imóveis como forma de extinção do CT – 
admitindo outras utilidades, desde que previstas no 
CTN. 
STF – inicialmente considerou inconstitucional lei 
do DF que permitia o pagamento de débitos das ME 
e EPP mediante dação de pagamento de materiais 
destinados a programas do governo do DF. 
Teve como fundamento a reserva de Lei 
Complementar para tratar de extinção do CT. 
 
Posteriormente, STF, afirmou ser possível a criação 
de novas hipóteses de extinção do CT em lei 
ordinária local. Fundamentos: 
- pacto federativo – permite ao ente estipular a 
possibilidade de receber algo de seu interesse para 
quitar crédito de que é titular; 
- se o ente pode perdoar – lei concessiva de 
remissão – também poder autorizar a extinção, 
mesmo não prevista no CTN 
 
Posteriormente – reconheceu a 
inconstitucionalidade de lei local que previa a 
extinção do CT mediante dação de bens móveis, em 
virtude de reserva de lei federal para dispor sobre 
regras gerais de licitações (estaria adquirindo um 
bem sem licitação) 
Obs.2 : utilização de títulos da dívida pública para 
a compensação – na medida em que se 
compensarem e necessidade de lei autorizativa 
(federal). 
CTN: 
Art. 156. Extinguem o crédito tributário: 
 
I - o pagamento; 
 
II - a compensação; 
 
III - a transação; 
 
IV - remissão; 
 
V - a prescrição e a decadência; 
 
VI - a conversão de depósito em renda; 
 
VII - o pagamento antecipado e a homologação do 
lançamento nos termos do disposto no artigo 150 e 
seus §§ 1º e 4º; 
 
VIII - a consignação em pagamento, nos termos do 
disposto no § 2º do artigo 164; 
 
IX - a decisão administrativa irreformável, assim 
entendida a definitiva na órbita administrativa, que 
não mais possa ser objeto de ação anulatória; 
 
X - a decisão judicial passada em julgado. 
 
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na 
forma e condições estabelecidas em lei. 
(Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001) (Vide 
Lei nº 13.259, de 2016) 
 
Parágrafo único. A lei disporá quanto aos efeitos da 
extinção total ou parcial do crédito sobre a ulterior 
verificação da irregularidade da sua constituição, 
observado o disposto nos artigos 144 e 149. 
Art. 170. A lei pode, nas condições e sob as 
garantias que estipular, ou cuja estipulação em cada 
caso atribuir à autoridade administrativa, autorizar a 
compensação de créditos tributários com 
créditos líquidos e certos, vencidos ou 
vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda 
pública. 
PRESTAÇÃO COMPULSÓRIA 
É imposta por lei, sendo irrelevante a vontade das 
partes. 
A lei é fonte direta e imediata, independendo de 
vontade ou conhecimento do sujeito passivo. 
Não há exceções à compulsoriedade. 
Direito Tributário 
 
PRESTAÇÃO QUE NÃO CONSTITUI SANÇÃO 
DE ATO ILÍCITO 
 
PRESTAÇÃO INSTITUÍDA EM LEI 
Não há exceção: tributo só pode ser criado por lei 
(complementar ou ordinária) ou ato normativo de 
igual força (MP) 
Princípio democrático – a lei é aprovada pelo povo – 
através de seus representantes –, teoricamente o povo 
só paga os tributos que aceitou pagar “no taxation 
without representation”. 
A alteração de alíquotas (majoração ou redução) é 
exceção: II, IE, IPI, IOF e CIDE Combustíveis são 
alteráveis por ato do Poder Executivo e o ICMS 
monofásico sobre combustíveis podem ser definidas 
mediante convênio. 
ATIVIDADE ADMINISTRATIVA PLENAMENTE 
VINCULADA 
É instituído por lei e configura uma prestação 
compulsória, não havendo discricionariedade na 
cobrança. 
 A cobrança de tributos é atividade 
plenamente vinculada. 
 Quanto à hipótese de incidência os tributos 
podem ser vinculados (o fato gerador é uma atividade 
estatal relativa ao contribuinte, como taxas e 
constituições de melhoria) ou não vinculados (o fato 
gerador independe de qualquer atividade estatal, ex. 
todos os impostos.) 
 Quanto à arrecadação: vinculados (os 
recursos arrecadados só podem ser utilizados para 
despesas determinadas, como empréstimos 
compulsórios e a extinta CPMF) ou não vinculados 
(utilização dos recursos com quaisquer despesas 
previstas no orçamento, como os impostos) 
DESTINAÇÃO LEGAL DO PRODUTO DA 
ARRECADAÇÃO 
O art. 4º estabelece que é irrelevante para a definição 
da natureza jurídica do tributo. 
Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é 
determinada pelo fato gerador da respectiva 
obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la: 
 
I - a denominação e demais características 
formais adotadas pela lei; 
 
II - a destinação legal do produto da sua 
arrecadação. 
 
 
STJ - SÚMULA N. 353 - As disposições do Código 
Tributário Nacional não se aplicam às contribuições 
para o FGTS. 
 
Lei 4.320/64 (Normas Gerais de D. Financeiro) 
 
Art. 9º Tributo é e a receita derivada instituída pelas 
entidades de direito público, compreendendo os 
impostos, as taxas e contribuições nos termos da 
constituição e das leis vigentes em matéria 
financeira, destinando-se o seu produto ao 
custeio de atividades gerais ou especificas 
exercidas por essas entidades 
 
 Exige que o produto da arrecadação seja 
destinado ao custeio de atividades gerais ou 
específicas exercidas pelas pessoas jurídicas de 
direito público.  utilizar esse posicionamento 
apenas em prova discursiva ou de direito financeiro. 
 
O principal efeito seria que, por não serem tributos, 
as contribuições para o FGTS não estariam sujeitas 
ao prazo prescricional de 5 anos estabelecidos no 
CTN, sendo aplicável a prescrição trintenária. 
Ocorre que o STF entendeu, em sede de 
repercussão geral, que as normas que preveem a 
prescrição trintenária são incompatíveis com o art. 
5º, XXIX da CF, que estabelece o prazo prescricional 
de 5 anos, até o limite de 2 anos após a extinção do 
contrato de trabalho. 
 
 
Tributo
•não tem finalidade sancionatória;
•visa arrecadar e intervir na sociedade e economia;
•o dever de pagar surge de hipótese abstratamente 
prevista em lei - Fato Gerador;
•STF - a tributação de resultado econômico 
proveniente de ato ílicito - tráfico de drogas - é 
constitucional e decorre do princípio da isonomia fiscal 
- possibilidade conhecida como pecunia non olet - se o 
FG ocorreu, o tributo é devido;
• também é vedado o efeito de confisco do tributo -
não podendo ter caráter sancionatório
• o art. 5o, XLVI, "b" admite a pena de "perda de bens" -
é uma autorização de confisco, mas tão somente como 
punição;
Multa
•é sanção por ato ilícito;
•visa coibir o ato ilícito, o ideal é que não arrecade.

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