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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro AP1 – CÁLCULO IV – 2012-2 Nome: Matŕıcula: Polo: Data: Atenção! • Identifique a Prova, colocando Nome, Matŕıcula, • O desenvolvimento das questões pode ser a lápis. No entanto, Polo e Data; as respostas deverão estar necessariamente à caneta; • É expressamente proibido o uso de calculadoras; • É expressamente proibido o uso de corretivo nas respostas. • Devolver a prova e a folha de respostas ao res- ponsável; Questão 1 [2 pontos] Inverta a ordem de integração e a seguir calcule a integral I = ∫ 1 0 ∫ 1 √ x √ 1 + y3 dy dx. Solução: Temos I = ∫∫ D √ 1 + y3 dx dy, onde a região D é dada por D : 0 ≤ x ≤ 1 , √ x ≤ y ≤ 1. Trata-se de uma região do tipo I. De 0 ≤ x ≤ 1,vemos que D está situada na faixa vertical limitada pelas retas verticais x = 0 e x = 1. De √ x ≤ y ≤ 1, vemos que D está limitada inferiormente pela curva y = √ x e limitada superior- mente pela reta horizontal y = 1. Assim, o esboço de D está na figura que se segue: D x y 0 1 1 x=0 x=y2 y= √ x=⇒x=y2 Enquadrando D como uma região do tipo II, temos D : 0 ≤ y ≤ 1, 0 ≤ x ≤ y2. Então I = ∫ 1 0 ∫ y2 0 √ 1 + y3 dx dy = ∫ 1 0 √ 1 + y3 y2 dy = ∫ 1 0 ( 1 + y3 )1/2 y2 dy. Fazendo u = 1 + y3, temos du = 3y2 dy, donde y2 dy = du 3 . Para y = 0, temos u = 1 e para y = 1, temos u = 2. Logo, Cálculo IV AP1 2 I = ∫ 2 1 u1/2 du 3 = 1 3 ∫ 2 1 u1/2 du = 1 3 · 2 3 [ u3/2 ]2 1 = 2 9 ( 23/2 − 1 ) = 2 9 ( 2 √ 2− 1 ) . Questão 2 [2 pontos] Calcule ∫∫ D ex 2+y2 dx dy, sendo D = {(x, y) ∈ R2 ; 1 ≤ x2 + y2 ≤ 4 , y ≥ 0}. Solução: O esboço de D é dado na figura que segue: D x y 0 1 2−1−2 2 1 Utilizando coordenadas polares, vemos que D é descrito no plano polar por Drθ : 1 ≤ r ≤ 2 , 0 ≤ θ ≤ π. E a função f(x, y) = ex 2+y2 em coordenadas polares, é f(r cos θ, r sen θ) = er 2 . Como dx dy = r dr dθ, então, pela fórmula da integral dupla em coordenadas polares, temos∫∫ D ex 2+y2 dx dy = ∫∫ Drθ er 2 r dr dθ = ∫ 2 1 er 2 r ∫ π 0 dθ dr = π ∫ 2 1 er 2 r dr. Fazendo u = r2, temos du = 2r dr, ou seja, r dr = 1 2 du. Além disso, u = 1 quando r = 1 e u = 4 quando r = 2. Então: Fazendo u = er 2 , temos du = 2rer 2 dr, donde er 2 r dr = du 2 . Para r = 1, temos u = e e para r = 2, temos u = e4. Então∫∫ D ex 2+y2 dx dy = π ∫ e4 e du 2 = π 2 ∫ e4 e du = π 2 [ e4 − e ] . Questão 3 [2 pontos] Use uma integral tripla para calcular o volume do sólido W limitado pelos planos y + z = 1, y = x, z = 0 e x = 0. Solução: Identificação das superf́ıcies: • y + z = 1 =⇒ plano com geratrizes paralelas ao eixo x e diretriz y + z = 1 (reta) no plano yz. • y = x =⇒ plano com geratrizes paralelas ao eixo z e diretriz y = x (reta) no plano xy. • z = 0 =⇒ plano coordenado xy. • x = 0 =⇒ plano coordenado yz. Esboçando os planos y + z = 1 e y = x, vemos que os pontos A = (0, 0, 1) e B = (1, 1, 0) são comuns a esses planos. Portanto, a reta AB é a interseção desses planos. Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Cálculo IV AP1 3 x y z 0 1 1 1 A B Levando em conta que o sólido W é limitado pelos planos z = 0 e x = 0, temos o seu esboço. x y z 0 1 1 1 W x+z=1=⇒z=1−x x y 0 1 D y=x Projetando o sólido W no plano xy, encontramos o triângulo D, dado por D : 0 ≤ x ≤ 1 , x ≤ y ≤ 1. Considerando uma paralela ao eixo z, por um ponto P = (x, y, z) no interior de W , vemos que essa paralela entra no sólido W em z = 0 e sai de W em z = 1− x. Logo, 0 ≤ z ≤ 1− x. Assim, W é dado por: W : 0 ≤ y ≤ 1 , 0 ≤ x ≤ y , 0 ≤ z ≤ 1− x. Temos V (W ) = ∫∫∫ W dx dy dz = ∫∫ D ∫ 1−x 0 dz dx dy = ∫∫ D (1− x) dx dy = ∫ 1 0 ∫ 1 x (1− x) dy dx = ∫ 1 0 (1− x)(1− x) dx = ∫ 1 0 (1− x)2 dx = − [ (1− x)3 3 ]1 0 = −1 3 (0− 1) = 1 3 . Logo, V (W ) = 1 3 u.v. Questão 4 [2 pontos] O valor médio de uma função f(x, y, z) em uma região sólida W ⊂ R3 é a integral m(f,W ) = 1 V (W ) ∫∫∫ W f(x, y, z) dx dy dz. Calcule o valor médio de f(x, y, z) = √ x2 + y2 + z2 na esfera W = x2 + y2 + z2 ≤ 1, lembrando que o volume da esfera de raio r é igual a 4 3 πr3. Solução: O esboço de W é: Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Cálculo IV AP1 4 x y z 1 11 W Como r = 1, temos V (W ) = 4 3 π. Temos m(f,W ) = 1 V (W ) ∫∫∫ W √ x2 + y2 + z2 dx dy dz = 3 4π ∫∫∫ W √ x2 + y2 + z2 dx dy dz. Utilizando coordenadas esféricas, vemos que W é descrito por Wρφθ : 0 ≤ ρ ≤ 1 , 0 ≤ φ ≤ π , 0 ≤ θ ≤ 2π. E a função f(x, y, z) = √ x2 + y2 + z2 em coordenadas esféricas é √ ρ2 = ρ. Como dx dy dz = ρ2 senφ dρ dφ dθ, temos: m(f,W ) = 3 4π ∫∫∫ Wρφθ ρ · ρ2 senφ dρ dφ dθ = 3 4π ∫∫∫ Wρφθ ρ3 senφ dρ dφ dθ = 3 4π ∫ 1 0 ρ3 ∫ π 0 senφ ∫ 2π 0 dθ dφ dρ = 3 2 ∫ 1 0 ρ3 [− cosφ]π0 dρ = 3 2 · 2 [ ρ4 4 ]1 0 = 3 4 . Questão 5 [2 pontos] Seja C um fio delgado com a forma da interseção da esfera x2+y2+z2 = 4 com o semiplano z = √ 3y, com y ≥ 0. (a) Apresente uma parmetrização diferenciável de C. (b) Calcule a massa do fio C, sabendo que a densidade de massa é dada por δ(x, y, z) = z Solução: (a) De x2 + y2 + z2 = 4 e z = √ 3y, y ≥ 0, temos x2 + y2 + 3y2 = 4, y ≥ 0 =⇒ x2 + 4y2 = 4, y ≥ 0 =⇒ x 2 4 + y2 = 1, y ≥ 0. Logo, x = 2 cos t, y = sen t, com 0 ≤ t ≤ π, pois y ≥ 0. Como z = √ 3y, então z = √ 3 sen t. Assim, uma parametrização diferenciável de C é dada por ~r(t) = (2 cos t, sen t, √ 3 sen t), 0 ≤ t ≤ π. (b) Temos M = ∫ C δ(x, y, z) ds = ∫ C z ds, onde ds = ‖~r ′(t)‖ dt. Sendo que ~r ′(t) = (−2 sen t, cos t, √ 3 cos t), temos ‖~r ′(t)‖ = √ 4 sen2 t+ cos2 t+ 3 cos2 t = √ 4 sen2 t+ 4 cos2 t = √ 4 = 2. Logo, ds = ‖~r ′(t)‖ dt = 2 dt. Portanto, Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Cálculo IV AP1 5 M = ∫ π 0 √ 3 sen t · 2 dt = 2 √ 3 ∫ π 0 sen t dt = 2 √ 3 [− cos t]π0 = 2 √ 3 · 2 = 4 √ 3u.m. Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ
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