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EFICÁCIA, VIGENCIA, VALIDADE E VIGOR

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VALIDADE DA NORMA JURÍDICA
Sob o ponto de vista dogmático, a validade de
uma norma significa:
1. que ela está integrada ao ordenamento
jurídico;
2. ela pertence ao conjunto das normas
jurídicas;
3. essa integração deve ser formal e material;
VALIDADE FORMAL
Verificação da validade formal de uma norma analisa:
1. se a autoridade que a criou possuía poder para criar
normas jurídicas;
2. se o poder de criar normas jurídicas decorre para que
uma lei seja válida, é preciso que o órgão estatal
possua competência legislativa;
3. se escolheu o instrumento adequado para comunicar
a norma criada ao destinatário;
4. se no órgão que criou a norma atentou-se à
Constituição e à hierarquia das normas jurídicas;
1. Caso a norma jurídica seja criada por autoridade competente,
utilizando o instrumento correto e seguindo os procedimentos
estabelecidos em normas jurídicas, preencherá os requisitos
formais de validade.
2. Devemos, então, analisar todas as normas jurídicas de mesma
hierarquia ou superiores publicadas após a norma jurídica cuja
validade se investiga.
3. A razão dessa nova análise é simples: pode ser que alguma outra
norma mais recente tenha expressamente retirado a validade da
norma investigada (a isso chamamos revogação expressa –
atentando-se ao seu critério hierárquico: mesma ordem/
cronológico: nova revoga antiga)
VALIDADE FORMAL
Ainda deverá ser analisado o conteúdo textual da
norma para saber se não é contraditório com o
conteúdo de outras normas jurídicas superiores e/ou
mais recentes.
Caso o conteúdo da norma analisada seja
contraditório com o de outra, poderá haver uma
incompatibilidade entre as normas que impede a
norma investigada de pertencer ao ordenamento
jurídico e ser, pois, válida (a isso chamamos
revogação tácita). Ex.: “revogam-se as disposições
em contrário.”
VALIDADE MATERIAL
❑ Não basta que uma norma seja juridicamente válida para pode ser
utilizada pelos juristas .
❑ Ela deve ser, também, vigente – A vigência de uma norma é a
possibilidade, em tese, de ela produzir efeitos, limitando
comportamentos e sendo utilizada pelos tribunais – “É uma
qualidade da norma que diz respeito ao tempo de validade, ao
período que vai do momento em que ela entra em vigor (passa a ter
força vinculante) até o momento em que é revogada, ou que se
esgota o prazo prescrito para sua duração” (FERRAZ Jr.)
VIGÊNCIA DA NORMA JURÍDICA
• Regra: uma vez que a norma jurídica se torna
válida ela passa a ter vigência (pode produzir
efeitos) a partir da sua publicação ou após o
prazo de vacância.
• No caso das Leis – LC 95/98:
❑Art. 8º. A vigência da lei será indicada de forma
expressa e de modo a contemplar prazo razoável
para que dela se tenha amplo conhecimento,
reservada a cláusula "entra em vigor na data de sua
publicação" para as leis de pequena repercussão.
VIGÊNCIA DA NORMA JURÍDICA
Período de vacância: é o lapso de dias entre a publicação
da lei, quando ela se torna pública, e o início da produção
de seus efeitos:
❑Art. 8º. [...]
❑§ 1 o A contagem do prazo para entrada em vigor das leis
que estabeleçam período de vacância far-se-á com a
inclusão da data da publicação e do último dia do prazo,
entrando em vigor no dia subsequente à sua consumação
integral.
❑ § 2o As leis que estabeleçam período de vacância deverão
utilizar a cláusula ‘esta lei entra em vigor após decorridos
(o número de) dias de sua publicação oficial’
VIGÊNCIA DA NORMA JURÍDICA
Período de Vacância LINDB:
❑ Art. 1º Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o
país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.
❑ § 1o Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira,
quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada
❑ § 3o Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu
texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos
anteriores começará a correr da nova publicação.
❑ § 4o As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.
Pode ocorrer de o legislador se esquecer de cumprir o requisito da Lei
Complementar n. 95/98, deixando de especificar o período de vacância;
então, recorreremos à regra dos 45 dias da LINDB
VIGÊNCIA DA NORMA JURÍDICA
• Uma lei é vigente quando já pode começar a
produzir efeitos;
• Durante o período de vacância, a lei é válida, mas
não pode produzir efeitos – Se a nova lei determina
que outra lei seja revogada (perca a validade), essa
revogação dar-se-á durante o período de vacância
ou após o mesmo?
• R.: Durante o período de vacância, a lei antiga ainda
é válida e vigente; a lei nova, já é válida, mas não é
vigente
VIGÊNCIA DA NORMA JURÍDICA
• Durante a vacatio legis de uma lei, duas pessoas
podem celebrar um contrato sujeitando-o a ela?
R.: Nada impede que dois contratantes
incorporem, por vontade mútua, usando os
respectivos poderes contratuais, seu teor ao
contrato que celebram, desde que esse contrato
não viole qualquer outra lei existente
VIGÊNCIA DA NORMA JURÍDICA
• O legislador pode criar uma lei que terá
períodos de vacância diferentes para distintas
localidades do território brasileiro? – Se
analisarmos o trecho inicial do artigo 1º da
LINDIB, concluiremos que essa hipótese é
possível: “Salvo disposição contrária, a lei começa
a vigorar em todo o país…”. – Tal interpretação
pode ser reforçada pelo fundamento do período
de vacância: “prazo razoável para que dela se
tenha amplo conhecimento”
VIGÊNCIA DA NORMA JURÍDICA
“É uma qualidade da norma que se refere à
possibilidade de produção concreta de efeitos,
porque estão presentes as condições fáticas
exigíveis para sua observância, espontânea ou
imposta, ou para satisfação dos objetivos
visados (efetividade ou eficácia social), ou
porque estão presentes as condições técnico
normativas exigíveis para sua aplicação (eficácia
técnica)” (FERRAZ Jr.)
EFICÁCIA DA NORMA JURÍDICA
• Três sentidos:
1. Uma norma possui eficácia técnica se todos os requisitos estatais
para sua produção concreta de efeitos forem preenchidos.
❑ Ex.: uma lei que dependa da criação de órgãos ou da prática de atos
estatais para se tornar eficaz;
2. A eficácia fática refere-se a requisitos sociais para a produção de
efeitos da norma jurídica.
❑ Ex.: Sociedade ainda não está preparada para os efeitos da norma
(tecnologia) ou não possua mais o objeto da norma (espécie extinta)
3. Uma norma possui eficácia social quando for respeitada pelas
pessoas e/ou for acatada pelas autoridades estatais – a norma
será socialmente ineficaz quando for desrespeitada e os infratores
não forem punidos;
EFICÁCIA DA NORMA JURÍDICA
Quatro situações:
1. A norma pode ser respeitada espontaneamente pelas
pessoas – o comportamento é um costume ou as
pessoas conhecem a norma, concordam com ela e a
respeitam conscientemente;
2. A norma pode ser respeitada pelo medo da punição –
é conhecida pelas pessoas > não concordam com ela;
3. A norma pode ser violada e a violação ser punida – é
conhecida pelas pessoas > mas preferem sofrer a
sanção;
4. A norma pode ser violada e a violação não ser punida
– a norma se transforma em “letra morta” ou cai em
“desuso” – será socialmente ineficaz.
EFICÁCIA DA NORMA JURÍDICA
• Uma norma jurídica possui vigor quando pode
obrigar as pessoas e as autoridades, impondo
comportamentos – Quando a norma válida se
torna vigente, ela ganha vigor ou força para
obrigar.
• Todavia, em algumas situações, mesmo que a
norma perca sua vigência e sua validade, ela
ainda pode continuar a ter vigor.
VIGOR DA NORMA JURÍDICA
Quando uma norma possui vigor sem ser vigente, dizemos
que ocorre o fenômeno da ultratividade: a norma produz
efeitos antes de iniciada ou depois de terminada sua vigência:
– Retroatividade: a norma produz efeitos para o passado,
atingindo situações anteriores ao início de sua vigência;
▪ Se o crime deixasse de existir na nova lei, você seria libertado,
ainda que sua sentença já tivesse transitado em julgado.
– Irretroatividade: a norma produz efeitos apenas a partir do
início de sua vigência, atingindofatos presentes e futuros.
▪ Outro exemplo: homicídio é apenado com uma pena máxima de
20 anos. Você mata alguém hoje. Amanhã o Congresso aprova
uma lei aumentando a pena máxima para 40 anos. Depois de
amanhã começa seu julgamento. Você será julgado com base na
lei antiga, ou seja, você será condenado a, no máximo, 20 anos.
A lei, novamente, não retroagirá para prejudicá-lo.
VIGOR DA NORMA JURÍDICA
As normas jurídicas não podem retroagir atingindo o direito
adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada (inc. XXXVI do
art. 5º da CF).
Direito adquirido: como o nome sugere, é o que já se
incorporou definitivamente ao patrimônio e/ou à personalidade
do sujeito de direito.
Ato Jurídico Perfeito: é o ato praticado em certo momento
histórico, em consonância com as normas jurídicas vigentes
naquela ocasião.
Coisa Julgada: ou caso julgado é a qualidade atribuída aos
efeitos da decisão judicial definitiva, considerada esta a decisão
de que já não cabe recurso.
EFICÁCIA DA NORMA JURÍDICA
Uma norma pode não ser válida ou vigente e ter
vigor?
R.: Algumas situações são regidas por normas que
não são vigentes – Contrato celebrado no passado
conforme lei que foi revogada – Juiz julga conflito
ocorrido no passado conforme a lei que o regia
naquele momento.
EFICÁCIA DA NORMA JURÍDICA

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