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Características e Metabolismo dos Lipídios

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Sarah Silva Cordeiro @study.sarahs | 2º período 2021.1 | Metabolismo | MEDICINA – FITS 
 
Lipídios 
Objetivo: 
1) Entender as características gerais dos lipídios 
2) Compreender o metabolismo dos lipídios 
3) Entender os principais exames laboratoriais de 
diagnóstico com a hipótese do problema 
4) Correlacionar a alta ingestão de lipídios com as 
placas de ateroma 
5) Destacar os principais tratamentos 
medicamentoso e não medicamentoso para alta 
níveis de lipídios (dislipidemia). 
 
1) Entender as características gerais dos 
lipídios 
Propriedades Gerais 
Um segundo grupo de compostos orgânicos que 
serve como alimento para o corpo são os lipídios. 
Lipídios são compostos orgânicos de origem biológica 
e, de maneira geral, 
1. São insolúveis em água. 
2. São solúveis em solventes orgânicos como 
éter, acetona e tetracloreto de carbono. 
3. Contêm carbono, hidrogênio e oxigênio; às 
vezes contêm nitrogênio e fósforo. 
4. Na maioria dos casos, quando hidrolisados 
produzem ácidos graxos ou combinam com 
ácidos graxos para formar ésteres. 
5. Fazem parte do metabolismo vegetal e 
animal. 
Ácidos Graxos 
Tanto lipídios simples como compostos produzem 
ácidos graxos através da hidrólise. Ácidos graxos são 
ácidos orgânicos de cadeia linear. Os ácidos graxos 
encontrados em gorduras naturais contêm 
geralmente um número par de carbonos. Ácidos 
graxos podem ser saturados e insaturados. Ácidos 
graxos saturados contêm apenas ligações simples 
entre os átomos da cadeia carbônica, ao passo que 
ácidos graxos insaturados contêm algumas ligações 
duplas entre os átomos de carbono. Ácidos graxos 
poliinsaturados contêm muitas ligações duplas. A 
Tabela 21-1 apresenta alguns ácidos graxos comuns e 
onde eles são encontrados na natureza. Note que 
todos contêm um número par de átomos de carbono. 
Ácidos graxos insaturados têm ponto de fusão menor 
que os ácidos graxos saturados correspondentes, e 
quanto maior o grau de instauração, menor o ponto 
de fusão. O ácido graxo saturado de 18 carbonos, 
ácido esteárico, funde a 70 °C. O ácido graxo de 18 
carbonos com uma insaturação, ácido oleico, funde a 
13 °C. O ácido graxo com duas ligações duplas, ácido 
linoleico, funde a –5 °C; e o ácido graxo de 18 
carbonos com três ligações duplas, ácido linolênico, 
funde a –10 °C 
Ácidos graxos insaturados podem ser divididos nas 
seguintes categorias: 
1. Monoinsaturados, aqueles que contêm 
apenas uma ligação dupla. 
2. Poliinsaturados, aqueles que contêm muitas 
ligações duplas. 
3. Eicosanóides, que incluem as prostaglandinas, 
leucotrienos, prostaciclinas e tromboxanos. 
O ácido linoleico, do ponto de vista nutricional, é 
chamado de ácido graxo essencial; ele é essencial 
para a nutrição completa do corpo humano. Ele não 
pode ser sintetizado no corpo e deve ser fornecido 
através de nossa alimentação. Os ácidos araquidônico 
e linolênico, que eram anteriormente tidos como 
ácidos graxos essenciais, podem ser sintetizados no 
corpo a partir do ácido linoleico. O ácido linoleico é 
encontrado em grandes concentrações no milho, 
sementes de algodão, amendoim e óleo de soja, mas 
não nos óleos de coco e oliva. Uma das funções desse 
ácido graxo essencial está na síntese de 
prostaglandinas. A ausência de um ácido graxo 
essencial na dieta de uma criança causa perda de peso 
e também eczema*. Essas condições podem ser 
curadas pela administração de óleo de milho ou óleo 
de linhaça. Óleo de linhaça comercial fervido jamais 
Sarah Silva Cordeiro @study.sarahs | 2º período 2021.1 | Metabolismo | MEDICINA – FITS 
 
pode ser usado para esse propósito, pois contém 
litargírio, um composto venenoso à base de chumbo. 
As porcentagens de ácidos graxos nos óleos de milho 
e linhaça, na manteiga e no sebo de origem animal 
são mostrados na Tabela 21-2. As porcentagens 
apresentadas são valores médios, já que a 
composição percentual de uma gordura ou óleo pode 
variar de forma considerável dependendo do clima e 
do tipo de alimentação consumida pelo animal, ou de 
ambos. O ácido oleico (C17H33COOH) ocorre na 
natureza com configuração cis (ver página 270), sendo 
o ácido graxo insaturado natural mais abundante. A 
forma trans é chamada de ácido elaídico. 
A necessidade de uma baixa quantidade de gorduras 
saturadas na dieta tem sido fartamente documentada, 
e muitos indivíduos, bem como estabelecimentos 
comerciais, os substituíram por óleos vegetais na 
preparação de alimentos. Gorduras saturadas são 
encontradas na carne e nos produtos lácteos, e em 
óleos como o de dendê. Dietas compostas com 
gorduras saturadas aumentam os níveis sanguíneos 
de lipoproteínas de baixa densidade (LDL), as quais 
auxiliam na formação de depósitos de colesterol das 
paredes arteriais. Óleos vegetais parcialmente 
hidrogenados têm substituído as gorduras saturadas 
como uma das maneiras de baixar os níveis tanto de 
colesterol como de LDL no sangue. Contudo, óleos 
parcialmente hidrogenados, como as gorduras 
vegetais sólidas e margarinas, têm um efeito contrário 
ao desejado. Os óleos vegetais naturais contêm 
principalmente isômeros cis, mas a hidrogenação 
parcial produz uma mistura de isômeros cis e trans. 
São os isômeros trans os causadores de muitos efeitos 
indesejáveis como a redução dos níveis de HDL (bom 
colesterol), o aumento dos níveis de LDL (mau 
colesterol) e o aumento dos níveis de colesterol total. 
Classificação dos Lipídios 
Os lipídios são divididos em três categorias principais: 
simples, complexos e precursores e derivados. 
Lipídios Simples 
Lipídios simples são ésteres de ácidos graxos. A 
hidrólise de um lipídio simples pode ser representada 
da seguinte forma: 
lipídio simples + H2O → ácido(s) graxo(s) + álcool 
(→ hidrolise) 
Se a hidrólise de um lipídio simples produz três ácidos 
graxos e glicerol, o lipídio simples é chamado gordura 
ou óleo. Se a hidrólise de um lipídio simples produz 
um ácido graxo e um álcool monoídrico de alta massa 
molecular, o lipídio simples é chamado cera. 
Lipídios Complexos 
A hidrólise de lipídios complexos resulta em um 
ou mais ácidos graxos, um álcool e algum outro 
tipo de composto. Nessa categoria encontram-
se os fosfolipídios e glicolipídios (também 
chamados de cerebrosídeos, pois são 
encontrados no cérebro). 
Fosfolipídios sofrem hidrólise segundo a 
seguinte reação: 
fosfolipídio + H2O → ácido graxo + álcool + ácido 
fosfórico + um composto nitrogenado 
Os fosfolipídios são também divididos em: 
(1) fosfoglicerídeos, nos quais o álcool é glicerol; e (2) 
fosfoesfingosídeos, nos quais o álcool é esfingosina. 
Glicolipídios (glicoesfingolipídios) sofrem hidrólise da 
seguinte maneira: 
glicolipídio + H2O → ácido graxo + um carboidrato + 
esfingosina (um álcool nitrogenado) 
Outros lipídios complexos incluem os sulfolipídios e os 
aminolipídios, bem como as lipoproteínas. 
 
Lipídios Precursores e Derivados 
Lipídios precursores são compostos produzidos 
quando lipídios simples e complexos sofrem hidrólise. 
Eles incluem substâncias tais como ácidos graxos, 
glicerol, esfingosina e outros álcoois. Os derivados 
dos lipídios são formados pela transformação 
metabólica dos ácidos graxos. Eles incluem corpos 
cetônicos, esteróides, aldeídos graxos, 
prostaglandinas e vitaminas lipossolúveis. 
 
Sarah Silva Cordeiro @study.sarahs | 2º período 2021.1 | Metabolismo | MEDICINA – FITS 
 
Gorduras e Óleos 
Estrutura 
Gorduras são ésteres formados pela combinação de 
um ácido graxo com um álcool em particular, o 
glicerol. Se uma molécula de glicerol reage com uma 
molécula de ácido esteárico (um ácido graxo), é 
formado gliceril monoestearato. 
 
 
O produto dessa reação pode reagir com uma 
segunda molécula e em seguida com uma terceira 
molécula de ácido esteárico. 
Gliceril triestearato (também chamado de 
triestearina) é formado pela reação de uma molécula 
de glicerol com três moléculasde ácido esteárico. 
Uma vez que o ácido esteárico é um ácido graxo 
saturado, o produto é uma gordura. Na medida em 
que o grau de insaturação de um ácido graxo 
aumenta, seu ponto de fusão diminui. Gorduras com 
ponto de fusão abaixo da temperatura ambiente são 
chamados óleos. 
A molécula de glicerol contém três grupos —OH e 
assim combina-se com três moléculas de ácido graxo. 
Contudo, essas moléculas de ácidos graxos podem 
não ser as mesmas. Gorduras e óleos podem conter 
três moléculas diferentes de ácidos graxos, as quais 
podem ser saturadas, insaturadas, ou mesmo uma 
combinação de ambas. 
Um exemplo de triglicerídeo misto formado pela 
reação entre glicerol e três moléculas de ácidos graxos 
diferentes é mostrado a seguir. Os ácidos graxos são 
oleico, esteárico e linoleico. 
Ácido oleico apresenta uma configuração cis em torno 
da dupla ligação; ácido linoleico tem uma 
configuração cis-cis. A fórmula precedente para um 
triglicerídeo misto pode ser escrita de forma 
condensada como mostra a estrutura indicando a 
configuração L da maioria dos triglicerídeos de 
ocorrência natural; mas para simplificar usaremos a 
estrutura. 
Número de Iodo 
Gorduras e óleos insaturados combinam facilmente 
com iodo, ao passo que para gorduras e óleos 
saturados essa reação não é tão fácil. Quanto mais 
insaturados são as gorduras ou óleos, mais iodo irá 
reagir com eles. O número de iodo de uma gordura ou 
óleo é o número de gramas de iodo que reagirão com 
as ligações duplas presentes em 100 g de gordura 
ou óleo. Quanto maior o número de iodo, maior é 
o grau de insaturação de uma gordura ou óleo. Em 
geral, gorduras animais apresentam um número 
de iodo menor do que óleos vegetais. Isso indica 
que óleos vegetais são mais insaturados. Esse 
aumento de insaturação é acompanhado também 
por uma mudança de estado: gorduras animais são 
sólidas, e óleos vegetais são líquidos. Gorduras têm 
número de iodo menor que 70, óleos acima de 70. 
Óleos vegetais e animais não devem ser confundidos 
com óleos minerais, os quais são uma mistura de 
hidrocarbonetos saturados, ou com óleos essenciais, 
que são líquidos aromáticos voláteis usados como 
aromatizantes e perfumes. 
O Uso de Gorduras no Corpo 
As gorduras servem como combustível no corpo, 
produzindo mais energia por grama do que qualquer 
carboidrato e proteína. O metabolismo de gorduras 
produz 9 kcal/g, ao passo que o metabolismo tanto de 
carboidratos como de proteínas produz 4 kcal/g. As 
gorduras servem também como um suprimento de 
reserva de alimento e energia para o corpo. Se uma 
pessoa de 70 kg armazenasse energia na forma de 
carboidratos e não de gorduras, essa pessoa deveria 
pesar 55 kg adicionais. A gordura é estocada nos 
tecidos adiposos e serve como um elemento de 
proteção dos órgãos vitais; ou seja, as gorduras 
envolvem os órgãos vitais para mantê-los no lugar e 
também atuar como amortecedores de impacto. 
Gorduras nas camadas mais externas do corpo atuam 
como isolantes térmicos, auxiliando a manter o corpo 
aquecido em climas frios. As gorduras atuam como 
isolantes elétricos e permitem a rápida propagação de 
impulsos nervosos. O conteúdo em gordura dos 
tecidos nervosos é particularmente alto. Gorduras são 
constituintes das lipoproteínas, que são encontradas 
nas membranas celulares e nas mitocôndrias, e 
também servem como meio de transporte de lipídios 
na corrente sanguínea. 
Sarah Silva Cordeiro @study.sarahs | 2º período 2021.1 | Metabolismo | MEDICINA – FITS 
 
Propriedades Físicas 
Gorduras e óleos puros são geralmente sólidos e 
líquidos, respectivamente, de cor branca ou amarela. 
Gorduras e óleos puros são inodoros e insípidos. 
Contudo, após certo período as gorduras tornam-se 
rançosas, e desenvolvem um odor e sabor 
desagradáveis. Gorduras e óleos são insolúveis em 
água, mas são solúveis em solventes líquidos 
orgânicos tais como benzeno, acetona e éter. 
Gorduras não difundem através de membranas. São 
mais leves do que a água e apresentam uma sensação 
escorregadia ao tato. Gorduras e óleos formam uma 
emulsão temporária quando agitados com água. A 
emulsão pode tornar-se permanente pela adição de 
um agente emulsificante como o sabão. Gorduras e 
óleos devem ser emulsificados pela bile antes que 
possam ser digeridos. 
Reações Químicas 
Hidrólise. 
Quando as gorduras são tratadas com enzimas, ácidos 
ou bases, elas hidrolisam para formar ácidos graxos e 
glicerol. Quando a tripalmitina (gliceril tri-palmitato) é 
hidrolisada, ela forma ácido palmítico e glicerol, 
requerendo três moléculas de água. Lembre-se que na 
formação de uma gordura, a água é um produto. 
Quando as gorduras são hidrolisadas para formar 
ácidos graxos e glicerol, o glicerol separa-se dos ácidos 
graxos e pode ser retirado e em seguida purificado. 
Glicerol tem usos tanto medicinais como industriais. 
Saponificação. 
Saponificação é uma reação que se processa através 
do aquecimento de uma gordura em presença de uma 
base forte, como o hidróxido de sódio, para produzir 
glicerol e o sal de um ácido graxo. O sal de sódio ou 
potássio de um ácido graxo é chamado de sabão. 
Hidrogenação. 
Gorduras e óleos são compostos similares, exceto 
pelo fato de os óleos serem mais insaturados; ou seja, 
os óleos contêm maior número de ligações duplas. 
Essas ligações duplas podem ser transformadas em 
ligações simples pela adição de hidrogênio. Óleos 
vegetais podem ser convertidos para gorduras pela 
adição de hidrogênio em presença de um catalisador. 
Esse processo é chamado hidrogenação. A 
hidrogenação é usada para produzir as chamadas 
manteigas vegetais de uso doméstico. A margarina é 
preparada através da hidrogenação de certas 
gorduras e óleos, seguida pela adição de agentes 
flavorizantes e colorantes, mais vitaminas A e D. 
Compostos que dão à manteiga seu sabor 
característico são adicionados às vezes. Na prática, os 
óleos vegetais não são totalmente hidrogenados. É 
adicionado hidrogênio suficiente para produzir um 
sólido à temperatura ambiente. Se um óleo for 
completamente hidrogenado, a gordura sólida será 
dura e quebradiça, inadequada para propósitos 
culinários. Como esperado, a hidrogenação reduz o 
número de iodo para um valor na faixa típica das 
gorduras. 
Teste da Acroleína 
O teste da acroleína, para verificar a presença de 
glicerol, é às vezes usado como um teste para 
gorduras e óleos, uma vez que todas as gorduras e 
óleos contêm glicerol. Quando o glicerol é aquecido 
até altas temperaturas, especialmente em presença 
de um agente desidratante tal como bissulfato de 
potássio (KHSO4), desse processo resulta um produto 
chamado acroleína. Essa substância é facilmente 
reconhecida através de seu forte odor pungente. 
Quando gorduras e óleos são aquecidos até altas 
temperaturas ou são queimados, o odor desagradável 
provém da acroleína. 
Rancidez. 
As gorduras desenvolvem odor e sabor desagradáveis 
quando permanecem ao ar em temperatura ambiente 
por um certo período. Ou seja, elas tornam-se 
rançosas. A rancidez ocorre em virtude de dois tipos 
de reação: hidrólise e oxidação. 
O oxigênio presente no ar pode oxidar parcialmente 
algumas insaturações das gorduras e óleos. Se essas 
reações de oxidação produzem ácidos ou aldeídos de 
cadeia curta, a gordura torna-se rançosa, como 
evidenciado pelo odor e sabor desagradáveis. Uma 
vez que a oxidação, bem como a hidrólise, ocorrem 
mais rapidamente a temperaturas mais elevadas, 
gorduras e alimentos que contenham alto percentual 
de gorduras devem ser estocados em local fresco. A 
oxidação de gorduras, especialmente compostos 
vegetais hidrogenados, pode ser inibida pela adição 
de antioxidantes, substâncias que previnem a 
oxidação. Dois antioxidantes de ocorrência natural 
são a vitamina C e a vitamina E. 
Quando a manteiga é deixada ao ar à temperatura 
ambiente, ocorre hidrólise entre as gordurase a água 
presente na manteiga. Os produtos dessa hidrólise 
Sarah Silva Cordeiro @study.sarahs | 2º período 2021.1 | Metabolismo | MEDICINA – FITS 
 
são ácidos graxos e glicerol. Um dos ácidos graxos 
produzidos, o ácido butírico, tem um odor 
desagradável, indicando que a manteiga está rançosa. 
Os catalisadores necessários para a reação de 
hidrólise são produzidos pela ação de 
microorganismos presentes no ar, que agem sobre a 
manteiga. Essa reação ocorre rapidamente à 
temperatura ambiente, de modo que a manteiga 
torna-se rapidamente rançosa. Esse efeito pode ser 
minimizado mantendo-se a manteiga coberta e em 
local refrigerado. 
Sabões 
Sabões são produzidos pela saponificação de 
gorduras. Sabões são sais de ácidos graxos. Quando 
o agente saponificante usado é o hidróxido de 
sódio, um sabão de sódio é produzido. Sabões de 
sódio são sabões duros, que podem ser colocados 
na forma de barra. Quando o agente saponificante 
usado é o hidróxido de potássio, um sabão de 
potássio é produzido. Sabões de potássio são moles 
ou líquidos. 
Sabões podem também ser produzidos pela reação de 
um ácido graxo com uma base inorgânica, embora 
esse método seja demasiadamente custoso para que 
tenha uso comercial. 
Detergentes 
Detergentes são compostos sintéticos usados como 
agentes de limpeza. Eles funcionam como os sabões, 
mas estão livres das suas várias desvantagens. Os 
detergentes funcionam bem em água dura, da mesma 
maneira que em água de baixa dureza. Ou seja, os sais 
de cálcio e magnésio de detergentes são solúveis e 
não precipitam na solução (como fazem os sabões de 
cálcio e magnésio). Lembre-se que os sabões não 
funcionam tão bem em água dura, pois sais insolúveis 
de cálcio e magnésio precipitam na solução. 
Detergentes são geralmente compostos neutros 
quando comparados com sabões, que são substâncias 
alcalinas ou básicas. Portanto, os detergentes podem 
ser usados na lavagem de sedas e lãs, diferentemente 
dos sabões. Os detergentes são usados na lavagem de 
roupas e também como agentes de limpeza em pastas 
de dentes e pós para uso dentário. 
Lipídios Complexos 
Fosfolipídios 
Fosfolipídios são ésteres de fosfatos e podem ser 
divididos em duas categorias – fosfoglicerídeos e 
fosfoesfingosídeos —, dependendo de o álcool ser 
glicerol ou esfingosina. os fosfolipídios também 
contêm um composto nitrogenado. Fosfolipídios são 
encontrados em todos os tecidos do corpo humano, 
particularmente no cérebro, fígado, tecido espinal e 
membranas celulares. Os fosfolipídios ocorrem 
também nas membranas de todas as células. Suas 
propriedades particulares são responsáveis pela 
passagem de várias substâncias entre o interior e o 
exterior das células. 
Considere um fosfoglicerídeo cuja estrutura é 
representada como: 
 
Nos carbonos 1 e 2 do glicerol existem ésteres dos 
ácidos graxos. No carbono 3 existe um grupo fosfato, 
que por sua vez está ligado a um composto 
nitrogenado. Existem muitos fosfoglicerídeos 
diferentes, dependendo dos tipos de ácidos graxos 
ligados ao glicerol e também da identidade do 
composto nitrogenado ligado ao grupo fosfato. A 
maioria dos fosfoglicerídeos possuem um ácido graxo 
saturado ligado ao carbono 1 e um ácido graxo 
insaturado no carbono 2. O grupo fosfato e o 
composto nitrogenado são substâncias polares, 
enquanto as moléculas de ácido graxo são apolares. 
As cadeias do ácido graxo são hidrofóbicas*, apontam 
para fora da água. O outro extremo da molécula, que 
contém o composto nitrogenado e o ácido fosfórico, é 
hidrofílico*, dissolve-se em água. Moléculas desse 
tipo, com um extremo hidrofóbico (apolar) e um 
extremo hidrofílico (polar), são chamados de 
anfipáticas*. Sabões são anfipáticos, assim como os 
fosfolipídios. 
 
 
Sarah Silva Cordeiro @study.sarahs | 2º período 2021.1 | Metabolismo | MEDICINA – FITS 
 
Membranas Celulares. 
Servem para duas funções importantes: (1) suporte 
mecânico para separar o conteúdo de uma célula de 
seu meio externo e (2) suporte estrutural para certas 
proteínas que servem ao transporte de íons e 
moléculas polares através da membrana. Algumas 
dessas proteínas atuam como “portas” e “bombas” 
para mover determinados materiais através da 
membrana, excluindo outros. Outras proteínas 
membranares atuam como “sítios receptores”, pelos 
quais as moléculas de fora da célula podem enviar 
mensagens para dentro das células. Um exemplo de 
tal proteína é o hormônio insulina, que regula o 
metabolismo da glicose em certas células, mas não 
atravessa as membranas. No lugar disso, a insulina 
reage com uma proteína receptora específica situada 
na parte externa da membrana, e essa proteína 
receptora, por sua vez, comunica a mensagem 
específica para o interior da célula. 
Membranas celulares são compostas, em média, de 
40% a 50% de lipídios e 50% a 60% de proteína. 
Fosfoglicerídeos 
Uma categoria de fosfolipídio são os fosfoglicerídeos, 
cuja estrutura geral é mostrada a seguir. Os 
fosfoglicerídeos podem por sua vez subdividir-se em 
vários tipos, dependendo do composto nitrogenado 
presente. Entre esses compostos estão as lecitinas e 
as cefalinas. 
Lecitinas. Lecitinas, chamadas de fosfatidilcolinas, são 
compostos que têm importância particular no 
metabolismo de gorduras no fígado. Nas lecitinas, o 
composto nitrogenado é a colina, um álcool. Colina é 
um exemplo de composto de amônio quaternário 
Cefalinas. Cefalinas são similares às lecitinas, exceto 
pelo fato de pos-suírem um outro composto 
nitrogenado, etanolamina, em vez de colina. O novo 
nome desse composto é fosfatidiletanolamina. 
Cefalinas são importantes na coagulação do sangue e 
também são fontes de ácido fosfórico para a 
formação de novos tecidos. Compostos similares, 
fosfatidilserina e fosfatidilinositol, são abundantes nos 
tecidos cerebrais. Nesses compostos, serina e inositol, 
respectivamente, aparecem no lugar da colina e da 
etanolamina das estruturas. 
Plasmalogênios. Plasmalogênios se parecem 
estruturalmente com lecitinas e cefalinas, mas têm 
um éter insaturado no carbono 1 no lugar de um 
éster. O ácido graxo no carbono 2 do glicerol é 
geralmente insaturado. Plasmalogênios cons-tituem 
cerca de 10% dos fosfolipídios encontrados nas 
membranas do cérebro e nas células musculares. 
Fosfoesfingosídeos. Fosfoesfingosídeos, chamados 
também de esfingolipídeos, diferem dos 
fosfoglicerídeos pelo fato de conterem o álcool 
esfingosina no lugar de glicerol. Um tipo particular de 
esfingolipídeo, chamado de esfingomielina, está 
presente em grandes quantidades no cérebro e nos 
tecidos nervosos. A fórmula geral para um 
esfingolipídeo é dada a seguir, e a fórmula estrutural 
para a esfingomielina é a estrutura. 
Na doença de Niemann-Pick, que aparece em crianças 
lactentes, esfingomielinas acumulam-se no cérebro, 
fígado e baço. A acumulação de esfingomielinas causa 
o retardamento mental e a morte prematura. Ela é 
causada pela falta de uma enzima específica, a 
esfingomielinase. 
Glicolipídios 
Glicolipídios são semelhantes às esfingomielinas, 
exceto por conterem um carboidrato, geralmente 
galactose, no lugar da colina e do ácido fosfórico. 
Como nas esfingomielinas, o ácido graxo está ligado a 
um grupo —NH2 da molécula de esfingosina. 
Glicolipídios não produzem ácido fosfórico durante a 
hidrólise pois não contêm esse composto. 
Glicolipídios são também chamados de cerebrosídios, 
pois são encontrados em grandes quantidades nos 
tecidos cerebrais. Entre os glicolipídios estão a 
querasina, cerebron, nervon, oxinervon e os 
gangliosídios. Esses compostos diferem 
principalmente na identidade do ácido graxo ligado à 
esfingosina. Na doença de Gaucher, glicolipídios 
acumulam-se no cérebro e causam severo 
retardamento mental e morte em crianças em torno 
de 3 anos. As formas adultas e juvenis dessa doença 
são caracterizadas pelo inchaço do baço e dos rins,hemorragias, anemia moderada e fragilização dos 
ossos. Essa doença é causada pela falta de uma 
enzima específica, β-glucosidase. 
Sarah Silva Cordeiro @study.sarahs | 2º período 2021.1 | Metabolismo | MEDICINA – FITS 
 
Derivados de Lipídios 
Eicosanóides 
Os eicosanóides são um grupo de compostos com 
atividade biológica derivados do ácido araquidônico. 
Eles são compostos extremamente potentes com uma 
varie-dade de ações, como será discutido nos 
parágrafos seguintes. Entre os eicosanóides estão as 
prostaglandinas, os tromboxanos, prostaciclina e os 
leucotrienos. 
As Prostaglandinas. As prostaglandinas consistem em 
ácidos graxos insaturados de 20 carbonos constituídos 
por um anel de cinco membros e duas cadeias 
laterais. Um cadeia lateral tem sete carbonos e 
termina com um grupo ácido (COOH). A outra cadeia 
contém oito átomos de carbono com um grupo —OH 
no terceiro carbono a partir do anel. A série E das 
prostaglandinas tem, além de quatro átomos de 
carbono quirais, uma configuração trans. 
Prostaglandinas são derivados do ácido araquidônico, 
o qual é formado a partir de um ácido graxo, o ácido 
linoleico, nutricionalmente essencial. 
Prostaglandinas apresentam grande variedade de 
efeitos fisiológicos. Elas parecem estar envolvidas nas 
defesas naturais do corpo contra todas as formas de 
mudança, incluindo as induzidas por estímulos 
químicos, mecânicos, fisiológicos e patológicos. 
Aspirina e outras drogas anti-inflamatórias parecem 
operar parcialmente pela inibição da síntese de 
prostaglandina. Prostaglandinas estão envolvidas, em 
nível celular, na regulação de muitas funções do 
corpo, incluindo secreção de suco gástrico, contração 
e relaxamento de músculos lisos, inflamação e 
permeabilidade vascular, temperatura corporal e 
agregação das plaquetas sanguíneas. Prostaglandinas 
estimulam a produção de esteróides pelas glândulas 
supra-renais e a liberação de insulina do pâncreas. 
Prostaciclina e Tromboxanos. Prostaciclina tem esse 
nome pois contém um segundo anel de cinco 
membros além do anel encontrado nas 
prostaglandinas. Tromboxanos têm um anel 
ciclopentano interrompido por um átomo de oxigênio. 
Prostaciclina é um potente inibidor da agregação de 
plaquetas e um potente vasodilatador. Os 
tromboxanos têm um efeito oposto ao da 
prostaciclina. Eles são aglutinantes potentes das 
plaquetas sanguíneas e apresentam um intenso efeito 
de contração sobre vários músculos lisos. Os 
tromboxanos funcionam em conjunção com 
prostaciclina na manutenção do sistema vascular. 
Ambas as substâncias exercem sua influência 
regulando a produção de cAMP, com os tromboxanos 
atuando como inibidores e a prostaciclina como um 
estimulante da produção de cAMP. 
Leucotrienos. São outro grupo de eicosanóides 
derivados do ácido araquidônico. O tri refere-se aos 
três grupos alternados de ligações duplas na 
molécula. Um desses grupos, leucotrieno C, está 
envolvido nas respostas alérgicas do corpo. Ele causa 
a constrição das vias respiratórias aos brônquios 
durante um ataque de asma. 
Esteróides. Esteróides são compostos tetracíclicos 
(quatro anéis) de alta massa molecular. Aqueles 
contendo um ou mais grupos —OH e nenhum grupo 
C=O são chamados esteróis. O esterol mais comum é 
o colesterol, o qual é encontrado em gorduras animais 
mas não em gorduras vegetais. O colesterol é 
encontrado em todos os tecidos animais, 
particularmente no cérebro e nos tecidos nervosos, na 
corrente sanguínea e nos cálculos biliares. Ele auxilia 
na absorção de ácidos graxos no intestino delgado. A 
maior parte do colesterol do corpo humano é 
derivado ou sintetizado a partir de outras substâncias 
tais como carboidratos e proteínas, bem como de 
gorduras. O restante provém da dieta. 
 
Aterosclerose, uma forma de arteriosclerose, resulta 
da deposição de excesso de lipídios, principalmente 
triglicerídeos e colesterol, da corrente sanguínea. 
Desses dois, o colesterol oferece um risco maior ao 
bem-estar da pessoa, embora o excesso de 
triglicerídeos também represente um risco 
significativo. Uma maneira de combater doenças do 
coração e aterosclerose é reduzir a concentração de 
lipídios na corrente sanguínea, seja pela redução na 
ingestão de lipídios ou através do uso de drogas anti-
hiperlipidêmicas, que tendem a reduzir os níveis de 
lipídios no sangue. Observou-se que certos óleos 
insaturados de peixe e de vegetais, quando usados em 
substituição às gorduras saturadas, causam a redução 
do nível de colesterol no soro sanguíneo. 
Sarah Silva Cordeiro @study.sarahs | 2º período 2021.1 | Metabolismo | MEDICINA – FITS 
 
O nível de colesterol em seres humanos deve variar 
entre 200 e 220 mg/dL, com níveis ligeiramente 
maiores considerados normais em indivíduos mais 
idosos. Níveis elevados de colesterol devem ser 
controlados, geralmente através de dieta. Em casos 
extremos, drogas redutoras de colesterol como a 
pravastatina ou lovastatina podem ser prescritas. O 
colesterol não ocorre em plantas. Ergosterol é um 
esterol semelhante ao colesterol. Quando ergosterol é 
irra-diado (exposto à radiação) com luz ultravioleta, 
um dos produtos formados é o calciferol (vitamina 
D2). 
Outros esteróides incluem sais biliares, hormônios 
sexuais e os hormônios da glândula supra-renal. 
 
2) Compreender o metabolismo dos lipídios 
Níveis Plasmáticos de Lipídios 
Durante a digestão, gorduras e fosfolipídios são 
emulsificados e então hidrolisados em ácidos graxos e 
glicerol. Os produtos são sintetizados para gerar 
triglicerídeos na mucosa intestinal e fluir para o 
interior do duto torácico e então para a corrente 
sanguínea. Contudo, tais substâncias são insolúveis 
tanto na água como no sangue. Para serem 
transportados pelo sangue, gorduras e fosfolipídios 
formam um complexo com proteínas plasmáticas 
(hidrossolúveis). Tais complexos são chamados 
lipoproteínas. Anormalidades no metabolismo de 
lipídios conduzem a vários tipos de 
hipolipoproteinemia ou hiperlipoproteinemia. A 
anormaliadade mais comum é o diabetes, em que a 
deficiência de insulina leva à hipertriacilglicerolemia. 
Absorção de Gordura 
A digestão de gorduras ocorre principalmente no 
intestino delgado, com a hidrólise produzindo ácidos 
graxos e glicerol. Antes de serem digeridas, as 
gorduras devem ser emulsificadas pelos sais 
biliares. 
Os produtos da digestão de gorduras passam 
através dos lácteos* das vilosidades intestinais* 
para o interior dos vasos linfáticos*, onde 
aparecem na forma de gorduras ressintetizadas. 
Após passar pelos vasos linfáticos, as gorduras 
fluem através do duto torácico para a corrente 
sanguínea e então para o fígado. Após as refeições o 
teor de gorduras no sangue aumenta e permanece 
em um nível elevado por várias horas; então 
decresce gradualmente até o nível de jejum. 
No fígado, algumas das gorduras são transformadas 
em fosfolipídios; assim, o sangue que deixa o fígado 
contém gorduras e fosfolipídios. Esses fosfolipídios, 
tais como a esfingomielina e lecitina, são necessários 
para a formação de nervos e tecidos cerebrais. As 
lecitinas (fosfatidil colinas) estão também envolvidas 
no transporte de gorduras para os tecidos. A cefalina, 
um outro fosfolipídio, está envolvida na coagulação 
normal do sangue. Depois de passar pelo fígado, uma 
parte das gorduras vai para as células, onde são 
oxidadas para fornecer calor e energia. O excesso de 
gordura, acima daquele necessário para as células, é 
armazenado na forma de tecido adiposo. 
A lipólise, a hidrólise de triacilgliceróis (triglicerídeos) 
para ácidos graxos e glicerol é controlada 
principalmente pela quantidade de cAMP presente 
nos tecidos. Hormônios que estimulam a produção de 
cAMP e assim aumentam a lipólise incluem a 
epinefrina, a norepinefrina, o glucagon, o hormônio 
adrenocorticotrópico (ACTH), os hormônios α e β 
melanócito-estimuladores (MSH), o hormôniotireóide-estimulador (TSH), o hormônio de 
crescimento (GH) e a vasopressina. Contudo, a 
insulina e as prostaglandinas deprimem os níveis de 
cAMP e deste modo diminuem a taxa de lipólise. A 
enzima que degrada cAMP é inibida por metil xantinas 
tais como a cafeína e a teofilina. Um efeito não usual 
dessa inibição é a presença de uma elevação definida 
e prolongada dos níveis de ácidos graxos livres no 
corpo daqueles que bebem grandes quantidades de 
café (que contém cafeína). 
Oxidação de Gorduras 
A oxidação de gorduras (triglicerídeos) envolve na 
verdade a oxidação de dois produtos de hidrólise: 
glicerol e ácidos graxos. 
Essa sequência é bloqueada pela insulina ou por altos 
níveis de glicose. 
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Oxidação do Glicerol 
Esse composto pode ser convertido em glicogênio no 
fígado e tecidos musculares ou em ácido pirúvico, o 
qual entra no ciclo de Krebs. Assim, a porção glicerol 
de uma gordura é metabolizada através da sequência 
de carboidratos. 
Oxidação de Ácidos Graxos 
Existem várias teorias sobre a oxidação de ácidos 
graxos. A primeira delas, proposta por Knoop em 1905 
e ainda hoje a preferida, é chamada de teoria da β-
oxidação. Essa teoria envolve a oxidação do segundo 
átomo de carbono a partir do extremo ácido da 
molécula de ácido graxo: o átomo de carbono β. 
Nesse processo a β -oxidação remove dois átomos de 
carbono de uma única vez da cadeia do ácido graxo. 
Ou seja, um ácido graxo de 18 carbonos é oxidado 
para um ácido graxo de 16 carbonos, então para um 
ácido graxo de 14 carbonos, e assim por diante, até 
que o processo de oxidação se complete. 
Os ácidos graxos insaturados são metabolizados 
lentamente. Eles devem ser primeiro reduzidos por 
uma das desidrogenases encontradas nas células. Eles 
podem então seguir o ciclo de oxidação dos ácidos 
graxos. 
Energia Produzida pela Oxidação de Ácidos Graxos 
A oxidação de 1 g de gordura produz mais que o 
dobro de energia que a oxidação de 1 g de 
carboidrato. 
Corpos Cetônicos (Acetona) 
Em um paciente diabético, ou em outra situação na 
qual o metabolismo de carboidratos vê-se restringido, 
nosso corpo usa oxaloacetato para produzir glicose 
para o cérebro e os músculos. Isso reduz a quantidade 
de oxaloacetato disponível para o ciclo de Krebs, e a 
acetil CoA não pode ser metabolizada 
apropriadamente. Quando isso ocorre, a acetil CoA é 
transformada para acetoacetil CoA, a qual é 
convertida para ácido acetoacético no fígado pela 
enzima deacilase. 
Essas três substâncias: ácido acetoacético, ácido-β-
hidroxibutírico e acetona, são comumente conhecidas 
como corpos cetônicos. Eles são transportados pelo 
sangue para os músculos e tecidos, onde são 
convertidos novamente para aceto-cetil CoA e então 
oxidados normalmente. 
Contudo, em pacientes com diabetes a produção 
desses corpos cetônicos pelo fígado ultrapassa a 
capacidade dos músculos e tecidos de promover sua 
oxidação, e eles se acumulam no sangue. 
Cetose 
O acúmulo em excesso de corpos cetônicos no sangue 
é chamado de cetonemia. O acúmulo em excesso de 
corpos cetônicos na urina é chamado de cetonúria. A 
acumulação total de corpos cetônicos no sangue e 
urina é chamada de cetose. Durante a cetose, a 
acetona pode ser detectada na respiração do 
paciente, pois é um composto volátil, que tende a 
evaporar rapidamente e é facilmente excretado pelos 
pulmões. A cetose pode ocorrer em casos de diabetes 
melito, inanição e danos severos ao fígado, ou dietas 
ricas em gorduras e baixas em carboidratos. No 
diabetes melito nosso corpo é incapaz de oxidar 
carboidratos ou, ainda, de oxidar gorduras, o que 
conduz ao acúmulo de corpos cetônicos no sangue e 
na urina. Esses corpos cetônicos têm caráter ácido e 
tendem a diminuir o pH do sangue. A redução do pH 
do sangue é chamada de acidose e pode levar a um 
estado de coma fatal. Durante a acidose, um aumento 
na ingestão de água se faz necessário para eliminar os 
produtos do metabolismo. A menos que a quantidade 
de água ingerida seja aumentada para um paciente 
diabético, pode ocorrer desidratação. A desidratação 
em pacientes com diabetes pode ser causada também 
pela poliúria, em virtude do aumento da quantidade 
de glicose na urina. 
Do mesmo modo, durante a inanição prolongada ou 
no caso de uma dieta rica em gorduras e baixa em 
carboidratos, o corpo tende a queimar gorduras no 
lugar de carboidratos, o que conduz à cetose e 
acidose. 
No caso de danos graves ao fígado, este não pode 
armazenar glicogênio nas quantidades necessárias. A 
diminuição resultante da quantidade de carboidratos 
necessária para oxidação normal de gorduras leva à 
cetose. 
Doenças Metabólicas Causadas Pela Deficiência na 
Oxidação de Ácidos Graxos 
1. Doença jamaicana vomitiva é causada por 
ingestão de frutos verdes de algumas árvores 
tropicais da América Central, da família das 
Saporáceas. Os frutos verdes dessas árvores 
contêm hipoglicina, substância que inativa 
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acil-CoA-desidrogenase, inibindo assim a ␤-
oxidação e causando hipoglicemia. 
2. Doença de Refsum, uma rara doença genética, 
é causada pelo acúmulo de ácido fitânico. O 
ácido fitânico, por sua vez, bloqueia a β-
oxidação. 
3. Deficiência hepática de carnitina 
palmitoiltransferase produz hipoglicemia e 
baixo nível plasmático de corpos cetônicos. 
4. Deficiência muscular de carnitina 
palmitoiltransferase conduz à oxidação 
deficiente de ácidos graxos, causando 
fraqueza muscular. 
Armazenamento de Gordura 
Gordura em excesso à requerida para o processo 
oxidativo normal do nosso corpo é armazenada na 
forma de tecidos adiposos sob a pele e ao redor dos 
órgãos internos. Essa gordura armazenada serve para 
propósitos importantes: 
1. Suprimento de reserva alimentar. 
2. Suporte para os órgãos internos. 
3. Absorção de choques para os órgãos internos. 
4. Isolamento do interior do corpo contra 
mudanças externas bruscas de temperatura. 
A gordura armazenada em nosso corpo está em 
equilíbrio com aquela presente na corrente 
sanguínea; ou seja, as gorduras armazenadas nos 
tecidos adiposos não permanecem ali simplesmente 
como compostos inertes até que sejam necessários. 
Elas são continuamente utilizadas e repostas, e existe 
sempre uma transferência dinâmica entre corrente 
sanguínea e tecidos adiposos. A obesidade (20% ou 
mais acima do peso normal) é uma condição na qual o 
excesso de gordura é depositado no tecido adiposo. 
Uma pessoa ingere mais alimento que seu corpo pode 
queimar, e o excesso é convertido em gordura e 
armazenado como tecido adiposo. Para cada 9 kcal de 
alimento ingerido em excesso aos requisitos 
corporais, 1 g de gordura é depositado. 
A maioria das pessoas apresentam tendência ao 
excesso de peso à medida que envelhecem, pois 
necessitam menor quantidade de alimento para 
manter-se e exercitam-se menos que as pessoas mais 
jovens. Em geral, a obesidade leva a uma menor 
expectativa de vida. 
Uma pessoa com excesso de peso corre riscos acima 
do normal de desenvolver doenças cardiovasculares, 
diabetes ou doenças hepáticas. Um peso 10% acima 
do considerado normal para uma pessoa de certa 
idade e estatura pode causar problemas médicos. A 
resposta para a obesidade está na dieta adequada, 
efetuada sob supervisão médica, pois o metabolismo 
do corpo é um mecanismo altamente intrincado e que 
pode ser facilmente perturbado. A acumulação 
excessiva de triglicerídeos no fígado conduz à cirrose e 
à função hepática deficiente. Tal acúmulo pode ser 
causado tanto por níveis plasmáticos elevados de 
ácidos graxos livres como pelo bloqueio da produção 
de lipoproteínas plasmáticas a partir dos ácidos graxos 
livres. O alcoolismo crônico também leva à 
hiperlipidemia e eventualmenteà cirrose. 
Lipogênese 
Lipogênese, a conversão de glicose em gorduras, 
ocorre no fígado e nos tecidos adiposos, sendo estes 
últimos o lugar predominante. A insulina é necessária 
para a lipogênese tanto no fígado como nos tecidos 
adiposos. O principal fator no controle da taxa de 
lipogênese é o estado nutricional do organismo. Se 
uma pessoa consome uma dieta rica em carboidratos, 
a taxa de lipogênese aumenta. Se uma pessoa está 
sob uma dieta restrita em calorias ou rica em 
gorduras, ou quando existe uma deficiência de 
insulina, como no caso de diabetes melito, a taxa de 
lipogênese diminui. Ocorre também um aumento da 
concentração plasmática de ácidos graxos livres 
associado com o decréscimo da taxa de lipogênese. 
A síntese de ácidos graxos ocorre na mitocôndria e no 
citoplasma celular, especialmente neste último. O 
processo na mitocôndria envolve o aumento no 
comprimento da cadeia dos ácidos graxos de 
comprimento moderado, enquanto o processo 
citoplasmático envolve a síntese dos ácidos graxos a 
partir da acetil CoA. 
Síntese de Fosfolipídios 
Os fosfolipídios são muito importantes, pois formam 
(ao lado das proteínas) a base estrutural do sistema 
de membranas celulares. 
Colesterol 
O colesterol é encontrado em todas as células do 
corpo, mas particularmente no cérebro e nos tecidos 
nervosos. O colesterol está presente em gorduras de 
origem animal, mas não é encontrado em gorduras 
vegetais. Um adulto ingere normalmente 500 mg 
diários de colesterol presentes em alimentos como a 
gema de ovo, gorduras da carne, fígado e óleos de 
Sarah Silva Cordeiro @study.sarahs | 2º período 2021.1 | Metabolismo | MEDICINA – FITS 
 
fígado. Além disso, o corpo produz 500 mg de 
colesterol diariamente. 
Do colesterol produzido no corpo, 50% é produzido 
pelo fígado, 15% pelo intestino, e a pele produz o 
restante para que o balanço seja completado. 
Contudo, quase todos os tecidos contendo células 
nucleadas são capazes de sintetizar colesterol. 
O colesterol normalmente é eliminado na bílis. 
Entretanto, às vezes ele se deposita na vesícula na 
forma de cálculos biliares. Se o colesterol é 
depositado nas paredes das artérias maiores, essa 
condição é conhecida como aterosclerose, um tipo 
de endurecimento das artérias. Quando isso ocorre, o 
diâmetro útil dos vasos sanguíneos é reduzido. A 
elasticidade das paredes arteriais diminui. Ocorre uma 
interferência sobre a taxa de fluxo sanguíneo, pela 
maior fricção causada pelo revestimento irregular dos 
vasos sanguíneos. Esse revestimento irregular pode 
causar também a formação de coágulos, à medida 
que o sangue flui sobre esse tipo de superfície, 
conduzindo ao infarto de miocárdio. O colesterol é 
importante como um precursor de muitos esteróides 
importantes, tais como a vitamina D, os hormônios 
sexuais e os hormônios adrenocorticais (os 
hormônios do córtex das glândulas supra-renais). 
Síntese do colesterol 
O colesterol é sintetizado principalmente no fígado, 
mas o córtex supra-renal, a pele, os testículos, a aorta 
e os intestinos também são capazes de sintetiza-lo. 
Essa síntese ocorre nas partes microssômica e 
citossômica da célula. Acetil CoA é o material de 
partida e é também a fonte de todos os átomos de 
carbono do colesterol 
 
3) Entender os principais exames laboratoriais 
de diagnóstico com a hipótese do problema 
Diagnóstico: 
O diagnóstico de dislipidemia baseia-se na dosagem 
dos lipídios séricos: colesterol total, HDL-C e 
triglicerídeos. A dosagem direta do LDL-C não é 
necessária, podendo o cálculo ser feito por meio da 
fórmula de Friedewald [LDL-C = (CT - HDL-C) - (TG/5)], 
quando o valor dos triglicerídeos for inferior a 400 
mg/dL. Para os casos em que o nível dos triglicerídeos 
for superior a 400 mg/dL, utiliza-se como critério o 
colesterol não HDL [não HDL-C = CT – HDL-C], cujo 
alvo é 30 mg/dL acima do alvo de LDL-C (isto é, para 
pacientes cujo LDL-C alvo for 100 mg/dL, o alvo de 
não HDL-C será 130 mg/dL). 
Para o diagnóstico e a detecção dos pacientes sob 
risco de desenvolvimento de eventos 
cardiovasculares, o primeiro passo é a identificação 
dos que já apresentam manifestação prévia da 
doença. Estes pacientes têm elevado risco de novos 
eventos. Para os sem manifestação prévia da doença, 
o Escore de Risco de Framingham. 
O diagnóstico de hipercolesterolemia familiar deve ser 
considerado se houver níveis muito elevados de 
colesterol (acima do percentil 90), presença de 
xantomas tendinosos, arco córneo em paciente com 
menos de 45 anos, xantomas tuberosos ou 
xantelasma em pacientes com menos de 25 anos e 
familiar de primeiro grau com as manifestações 
anteriores. Os critérios diagnósticos de 
hipercolesterolemia familiar definidos pela 
Organização Mundial da Saúde estão descritos no 
Quadro 1. 
O diagnóstico da dislipidemia é feito, 
laboratorialmente, medindo-se os níveis plasmáticos 
de colesterol total e suas frações (LDL-colesterol ou 
“colesterol ruim” e o HDL-colesterol ou “colesterol 
bom”) e triglicérides. 
 
4) Correlacionar a alta ingestão de lipídios com 
as placas de ateroma 
Doenças Associadas ao Armazenamento de Lipídios 
Glicolipídios são constituintes dos nervos e do tecido 
cerebral. Se esses compostos acumulam-se em 
virtude da decomposição do sistema enzimático, 
ocorrem anormalidades genéticas como a doença de 
Tay-Sachs, a doença de Niemann-Pick e a doença de 
Gaucher. 
Se o colesterol é depositado nas paredes das artérias 
maiores, essa condição é conhecida como 
aterosclerose, um tipo de endurecimento das 
artérias. Quando isso ocorre, o diâmetro útil dos 
vasos sanguíneos é reduzido. A elasticidade das 
paredes arteriais diminui. Ocorre uma interferência 
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sobre a taxa de fluxo sanguíneo, pela maior fricção 
causada pelo revestimento irregular dos vasos 
sanguíneos. Esse revestimento irregular pode causar 
também a formação de coágulos, à medida que o 
sangue flui sobre esse tipo de superfície, conduzindo 
ao infarto de miocárdio. O colesterol é importante 
como um precursor de muitos esteróides 
importantes, tais como a vitamina D, os hormônios 
sexuais e os hormônios adrenocorticais (os hormônios 
do córtex das glândulas supra-renais). 
 
Dislipidemia, também chamada de hiperlipidemia, 
refere-se ao aumento dos lipídios (gordura) no 
sangue, principalmente do colesterol e dos 
triglicerídeos. 
Como o colesterol é insolúvel na água, utiliza-se para 
seu transporte de uma molécula de gordura e 
proteína = lipoproteína. Uma, a LDL colesterol (do 
inglês low density lipoprotein), ou seja, lipoproteína 
de baixa densidade também conhecida como mau 
colesterol ou colesterol ruim transporta o colesterol 
do fígado para o sangue e para os tecidos. A outra, 
HDL colesterol (do inglês High density lipoprotein), ou 
seja, lipoproteína de alta densidade o devolve ao 
fígado. O HDL é conhecido como o bom colesterol 
porque remove o excesso de colesterol e traz de volta 
ao fígado onde será eliminado. 
As dislipidemias podem ser primárias devidas a 
causas genéticas e por influência ambiental devido à 
dieta inadequada e/ou sedentarismo e secundárias a 
algumas doenças/fatores de risco e medicamentos 
como: 
Doenças/fatores de risco: Hipotireoidismo (eleva 
níveis de LDL pela diminuição do número de 
receptores hepáticos para LDL), Insuficiência renal 
crônica (aumento dos triglicerídeos), Obesidade 
(aumento dos triglicerídeos e redução de HDL), Fumo 
(reduz HDL e oxida o LDL), Alcoolismo (aumento dos 
triglicerídeos), Diabetes mellitus (aumenta 
triglicerídeos e diminui HDL) 
Nos dias atuais, em que predominam o sedentarismo, 
alimentação abundante em gordura e açúcar, 
obesidade, estresse e tabagismo, os estudos têm 
mostrado que as placas de gordura nas artérias 
começam muito cedo. A estimativa é a de que, aos20 
anos, cerca de 20% das pessoas estarão afetadas de 
alguma forma. Assim, os eventos finais deste 
processo, infarto e derrame, são as maiores causas de 
morte. 
Quando o LDL está em excesso no sangue lesa os 
vasos e ainda se deposita na parede formando as 
placas de ateroma (gordura). Esse processo é 
chamado de aterosclerose. O excesso de colesterol no 
sangue é um dos principais fatores de risco da 
aterosclerose. Ele está relacionado às doenças 
cardiovasculares (angina, infarto) e cerebrovasculares 
(derrame). O risco de doença aterosclerótica 
coronariana aumenta, significativamente, em pessoas 
com níveis de colesterol total e LDL acima dos 
patamares da normalidade. Para colesterol HDL, a 
relação é inversa: quanto mais elevado seu valor, 
menor o risco. 
Os ácidos graxos saturados de origem animal (carnes 
vermelhas gordas, ovos, manteiga, queijos amarelos 
etc.), e as gorduras trans (presente nas margarinas 
vegetais, biscoitos, bolos e outros doces) elevam os 
níveis de colesterol ruim no sangue e podem também 
diminuir o colesterol bom. 
Os triglicerídeos são um dos componentes gordurosos 
do sangue e sua elevação está relacionada, também 
com as doenças cardiovasculares, cerebrovasculares e 
doenças digestivas (pancreatite). 
 
5) Destacar os principais tratamentos 
medicamentoso e não medicamentoso para 
alta níveis de lipídios (dislipidemia). 
Reduzindo o Colesterol Sérico 
Se uma dieta baixa em colesterol não levar à redução 
dos níveis de colesterol aos seus valores adequados, o 
uso de certos hipolipidêmicos pode ser indicado. 
Entre essas drogas encontram-se as estatinas 
(lovastatina, pravastatina, sinvastatina e fluvastatina), 
que inibem a síntese de colesterol na primeira etapa 
da cadeia; o sitosterol (Cytellin), que bloqueia a 
absorção de colesterol a partir do trato 
gastrointestinal; a colestiramina (Questran), que atua 
impedindo a reabsorção dos sais biliares; o 
genfibrozol (Lopid), que aumenta a oxidação dos 
ácidos graxos e diminui a secreção de triacilgliceróis; o 
probucol (Lorelco), que aumenta o catabolimo dos 
LDL; e o ácido nicotínico, que inibe a produção de 
VLDL no fígado. 
 
Sarah Silva Cordeiro @study.sarahs | 2º período 2021.1 | Metabolismo | MEDICINA – FITS 
 
 
Medicamentos: diuréticos tiazídicos (podem 
aumentar os triglicerídeos), betabloqueadores 
(podem aumentar os triglicerídeos e reduzem HDL), 
corticóides (podem aumentar os triglicerídeos), 
estrógenos (podem aumentar os triglicerídeos) 
Prevenção 
A realização de exercícios físicos é fundamental para 
reduzir colesterol total, LDL, trigliceridios e aumentar 
o HDL. 
A maior parte do HDL é determinado geneticamente, 
mas a realização de exercícios físicos regulares, a 
suspensão do fumo em fumantes e a redução de peso 
em obesos pode aumentá-lo. 
Portanto, mesmo que você se veja enquadrado em 
algum dos casos acima, nada melhor do que começar 
hoje uma mudança de seus hábitos para práticas mais 
saudáveis e passar a visitar seu médico ou unidades 
básicas de saúde para consultas e exames periódicos. 
 
Estatinas 
O grupo das estatinas foi o primeiro a apresentar 
evidência de benefício no tratamento da dislipidemia. 
Tempo de tratamento – critérios de interrupção 
O tratamento deve ser feito de modo contínuo. 
Efeitos adversos (como mialgias durante o uso dos 
medicamentos e elevação de creatinofosfoquinase 
(CPK) 10 vezes acima do valor normal, ou AST-
TGO/ALTTGP 3 vezes acima do valor normal) ou 
surgimento de contraindicações determinarão sua 
suspensão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências 
Química e bioquímica para ciências biomédicas – 
Lehman 
http://www.riocomsaude.rj.gov.br/site/Conteudo/Fic
ha.aspx?C=1210#:~:text=Quando%20o%20LDL%20est
%C3%A1%20em,fatores%20de%20risco%20da%20ate
rosclerose. 
https://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2014
/abril/02/pcdt-dislipidemia-livro-2013.pdf 
http://www.riocomsaude.rj.gov.br/site/Conteudo/Ficha.aspx?C=1210#:~:text=Quando%20o%20LDL%20est%C3%A1%20em,fatores%20de%20risco%20da%20aterosclerose
http://www.riocomsaude.rj.gov.br/site/Conteudo/Ficha.aspx?C=1210#:~:text=Quando%20o%20LDL%20est%C3%A1%20em,fatores%20de%20risco%20da%20aterosclerose
http://www.riocomsaude.rj.gov.br/site/Conteudo/Ficha.aspx?C=1210#:~:text=Quando%20o%20LDL%20est%C3%A1%20em,fatores%20de%20risco%20da%20aterosclerose
http://www.riocomsaude.rj.gov.br/site/Conteudo/Ficha.aspx?C=1210#:~:text=Quando%20o%20LDL%20est%C3%A1%20em,fatores%20de%20risco%20da%20aterosclerose
https://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2014/abril/02/pcdt-dislipidemia-livro-2013.pdf
https://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2014/abril/02/pcdt-dislipidemia-livro-2013.pdf
Sarah Silva Cordeiro @study.sarahs | 2º período 2021.1 | Metabolismo | MEDICINA – FITS

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