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AULA 02 - ÉTICA PROFISSIONAL_desafio_8_em_7_OAB_PAULO_HENRIQUE

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ÉTICA PROFISSIONAL 
DESAFIO 8 EM 7 
Professor Paulo Henrique Helene 
 
 
 
6. CANCELAMENTO DA INSCRIÇÃO DO ADVOGADO 
 
(EOAB) Art. 11. Cancela-se a inscrição do profissional que: 
I - assim o requerer; 
II - sofrer penalidade de exclusão; 
III - falecer; 
IV - passar a exercer, em caráter definitivo, atividade incompatível com a 
advocacia; 
V - perder qualquer um dos requisitos necessários para inscrição. 
§ 1º Ocorrendo uma das hipóteses dos incisos II, III e IV, o cancelamento deve ser 
promovido, de ofício, pelo conselho competente ou em virtude de comunicação por 
qualquer pessoa. 
§ 2º Na hipótese de novo pedido de inscrição - que não restaura o número de 
inscrição anterior - deve o interessado fazer prova dos requisitos dos incisos I, V, VI e 
VII do art. 8º. 
§ 3º Na hipótese do inciso II deste artigo, o novo pedido de inscrição também 
deve ser acompanhado de provas de reabilitação. 
 
 
7. LICENCIAMENTO DO ADVOGADO 
 
 
(EOAB) Art. 12. Licencia-se o profissional que: 
I - assim o requerer, por motivo justificado; 
II - passar a exercer, em caráter temporário, atividade incompatível com o 
exercício da advocacia; 
III - sofrer doença mental considerada curável. 
 
 
8. MANDATO 
 
(EOAB) Art. 5º O advogado postula, em juízo ou fora dele, fazendo prova do 
mandato. 
 
§ 1º O advogado, afirmando urgência, pode atuar sem procuração, obrigando-se 
a apresentá-la no prazo de quinze dias, prorrogável por igual período. 
§ 2º A procuração para o foro em geral habilita o advogado a praticar todos os 
atos judiciais, em qualquer juízo ou instância, salvo os que exijam poderes especiais. 
 
Atenção aos artigos correlacionados no Código de Processo CIvil! 
(CPC) Art. 104. O advogado não será admitido a postular em juízo sem 
procuração, salvo para evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou para praticar ato 
considerado urgente. 
§ 1º Nas hipóteses previstas no caput, o advogado deverá, independentemente 
de caução, exibir a procuração no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável por igual 
período por despacho do juiz. 
§ 2º O ato não ratificado será considerado ineficaz relativamente àquele em cujo 
nome foi praticado, respondendo o advogado pelas despesas e por perdas e danos. 
 
 
Atenção aos artigos correlacionados no Código de Ética! 
(Código de Ética) Art. 10. As relações entre advogado e cliente baseiam-se na 
confiança recíproca. Sentindo o advogado que essa confiança lhe falta, é 
recomendável que externe ao cliente sua impressão e, não se dissipando as dúvidas 
existentes, promova, em seguida, o substabelecimento do mandato ou a ele renuncie. 
 (Código de Ética) Art. 11. O advogado, no exercício do mandato, atua como 
patrono da parte, cumprindo-lhe, por isso, imprimir à causa orientação que lhe pareça 
mais adequada, sem se subordinar a intenções contrárias do cliente, mas, antes, 
procurando esclarecê- lo quanto à estratégia traçada. 
(Código de Ética) Art. 12. A conclusão ou desistência da causa, tenha havido, ou 
não, extinção do mandato, obriga o advogado a devolver ao cliente bens, valores e 
documentos que lhe hajam sido confiados e ainda estejam em seu poder, bem como 
a prestar-lhe contas, pormenorizadamente, sem prejuízo de esclarecimentos 
complementares que se mostrem pertinentes e necessários. 
Parágrafo único. A parcela dos honorários paga pelos serviços até então 
prestados não se inclui entre os valores a ser devolvidos. 
(Código de Ética) Art. 13. Concluída a causa ou arquivado o processo, presume-
se cumprido e extinto o mandato. 
 
(Código de Ética) Art. 14. O advogado não deve aceitar procuração de quem já 
tenha patrono constituído, sem prévio conhecimento deste, salvo por motivo 
plenamente justificável ou para adoção de medidas judiciais urgentes e inadiáveis. 
(Código de Ética) Art. 15. O advogado não deve deixar ao abandono ou ao 
desamparo as causas sob seu patrocínio, sendo recomendável que, em face de 
dificuldades insuperáveis ou inércia do cliente quanto a providências que lhe tenham 
sido solicitadas, renuncie ao mandato. 
 
8.1. MANDATO – RENÚNCIA 
 
 
(EOAB) Art. 5º § 3º O advogado que renunciar ao mandato continuará, durante 
os dez dias seguintes à notificação da renúncia, a representar o mandante, salvo se 
for substituído antes do término desse prazo. 
 
Atenção aos artigos correlacionados no Código de Processo CIvil! 
 (CPC) Art. 112. O advogado poderá renunciar ao mandato a qualquer tempo, 
provando, na forma prevista neste Código, que comunicou a renúncia ao mandante, 
a fim de que este nomeie sucessor. 
§ 1º Durante os 10 (dez) dias seguintes, o advogado continuará a representar o 
mandante, desde que necessário para lhe evitar prejuízo 
§ 2º Dispensa-se a comunicação referida no caput quando a procuração tiver sido 
outorgada a vários advogados e a parte continuar representada por outro, apesar da 
renúncia. 
 
Atenção aos artigos correlacionados no Código de Ética! 
(Código de Ética) Art. 16. A renúncia ao patrocínio deve ser feita sem menção 
do motivo que a determinou, fazendo cessar a responsabilidade profissional pelo 
acompanhamento da causa, uma vez decorrido o prazo previsto em lei (EAOAB, art. 
5º, § 3º). 
§ 1º A renúncia ao mandato não exclui responsabilidade por danos 
eventualmente causados ao cliente ou a terceiros. 
§ 2º O advogado não será responsabilizado por omissão do cliente quanto a 
documento ou informação que lhe devesse fornecer para a prática oportuna de ato 
processual do seu interesse. 
 
 
8.2. MANDATO – REVOGAÇÃO 
 
Atenção aos artigos correlacionados no Código de Processo CIvil! 
 
 (CPC) Art. 111. A parte que revogar o mandato outorgado a seu advogado 
constituirá, no mesmo ato, outro que assuma o patrocínio da causa. 
Parágrafo único. Não sendo constituído novo procurador no prazo de 15 (quinze) 
dias, observar-se-á o disposto no art. 76. 
 
Atenção aos artigos correlacionados no Código de Ética! 
(Código de Ética) Art. 17. A revogação do mandato judicial por vontade do 
cliente não o desobriga do pagamento das verbas honorárias contratadas, assim 
como não retira o direito do advogado de receber o quanto lhe seja devido em 
eventual verba honorária de sucumbência, calculada proporcionalmente em face do 
serviço efetivamente prestado. 
 
 
8.3. MANDATO – SUBSTABELECIMENTO COM / SEM RESERVA DE PODERES 
 
(Código de Ética) Art. 26. O substabelecimento do mandato, com reserva de 
poderes, é ato pessoal do advogado da causa. 
§ 1º O substabelecimento do mandato sem reserva de poderes exige o prévio e 
inequívoco conhecimento do cliente. 
§ 2º O substabelecido com reserva de poderes deve ajustar antecipadamente seus 
honorários com o substabelecente. 
 
 
 
9. SOCIEDADE DE ADVOGADOS 
 
(EOAB) Art. 15. Os advogados podem reunir-se em sociedade simples de 
prestação de serviços de advocacia ou constituir sociedade unipessoal de advocacia, 
na forma disciplinada nesta Lei e no regulamento geral. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art76
 
§ 1o A sociedade de advogados e a sociedade unipessoal de advocacia adquirem 
personalidade jurídica com o registro aprovado dos seus atos constitutivos no 
Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tiver sede. 
§ 2o Aplica-se à sociedade de advogados e à sociedade unipessoal de advocacia 
o Código de Ética e Disciplina, no que couber. 
§ 3º As procurações devem ser outorgadas individualmente aos advogados e 
indicar a sociedade de que façam parte. 
§ 4o Nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade de advogados, 
constituir mais de uma sociedade unipessoal de advocacia, ou integrar, 
simultaneamente, uma sociedade de advogados e uma sociedade unipessoal de 
advocacia, com sede ou filial na mesma área territorial do respectivo Conselho 
Seccional. 
§ 5o O ato de constituição de filial deve ser averbado no registro da sociedade e 
arquivado no Conselho Seccional onde se instalar, ficando os sócios, inclusive o titular 
da sociedadeunipessoal de advocacia, obrigados à inscrição suplementar. 
§ 6º Os advogados sócios de uma mesma sociedade profissional não podem 
representar em juízo clientes de interesses opostos. 
§ 7o A sociedade unipessoal de advocacia pode resultar da concentração por um 
advogado das quotas de uma sociedade de advogados, independentemente das 
razões que motivaram tal concentração. 
 
(EOAB) Art. 16. Não são admitidas a registro nem podem funcionar todas as 
espécies de sociedades de advogados que apresentem forma ou características de 
sociedade empresária, que adotem denominação de fantasia, que realizem atividades 
estranhas à advocacia, que incluam como sócio ou titular de sociedade unipessoal de 
advocacia pessoa não inscrita como advogado ou totalmente proibida de advogar. 
§ 1º A razão social deve ter, obrigatoriamente, o nome de, pelo menos, um 
advogado responsável pela sociedade, podendo permanecer o de sócio falecido, 
desde que prevista tal possibilidade no ato constitutivo. 
§ 2º O licenciamento do sócio para exercer atividade incompatível com a 
advocacia em caráter temporário deve ser averbado no registro da sociedade, não 
alterando sua constituição. 
 
§ 3º É proibido o registro, nos cartórios de registro civil de pessoas jurídicas e nas 
juntas comerciais, de sociedade que inclua, entre outras finalidades, a atividade de 
advocacia. 
§ 4o A denominação da sociedade unipessoal de advocacia deve ser 
obrigatoriamente formada pelo nome do seu titular, completo ou parcial, com a 
expressão ‘Sociedade Individual de Advocacia’. 
 
(EOAB) Art. 17. Além da sociedade, o sócio e o titular da sociedade individual de 
advocacia respondem subsidiária e ilimitadamente pelos danos causados aos clientes 
por ação ou omissão no exercício da advocacia, sem prejuízo da responsabilidade 
disciplinar em que possam incorrer. 
 
Atenção aos artigos correlacionados no Regulamento Geral da OAB! 
(RG-OAB) Art. 37 Os advogados podem constituir sociedade simples, unipessoal 
ou pluripessoal, de prestação de serviços de advocacia, a qual deve ser regularmente 
registrada no Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tiver sede. 
 
§ 1º As atividades profissionais privativas dos advogados são exercidas 
individualmente, ainda que revertam à sociedade os honorários respectivos. § 2º As 
sociedades unipessoais e as pluripessoais de advocacia são reguladas em Provimento 
do Conselho Federal. 
(RG-OAB) Art. 38. O nome completo ou abreviado de, no mínimo, um advogado 
responsável pela sociedade consta obrigatoriamente da razão social, podendo 
permanecer o nome de sócio falecido se, no ato constitutivo ou na alteração 
contratual em vigor, essa possibilidade tiver sido prevista. 
(RG-OAB) Art. 39. A sociedade de advogados pode associar-se com advogados, 
sem vínculo de emprego, para participação nos resultados. 
Parágrafo único. Os contratos referidos neste artigo são averbados no registro da 
sociedade de advogados. 
 
(RG-OAB) Art. 40. Os advogados sócios e os associados respondem subsidiária 
e ilimitadamente pelos danos causados diretamente ao cliente, nas hipóteses de dolo 
ou culpa e por ação ou omissão, no exercício dos atos privativos da advocacia, sem 
prejuízo da responsabilidade disciplinar em que possam incorrer. 
(RG-OAB) Art. 41. As sociedades de advogados podem adotar qualquer forma 
de administração social, permitida a existência de sócios gerentes, com indicação dos 
poderes atribuídos. 
(RG-OAB) Art. 42. Podem ser praticados pela sociedade de advogados, com uso 
da razão social, os atos indispensáveis às suas finalidades, que não sejam privativos 
de advogado. 
(RG-OAB) Art. 43. O registro da sociedade de advogados observa os requisitos e 
procedimentos previstos em Provimento do Conselho Federal. 
 
 
10. ADVOGADO EMPREGADO 
 
(EOAB) Art. 18. A relação de emprego, na qualidade de advogado, não retira a 
isenção técnica nem reduz a independência profissional inerentes à advocacia. 
Parágrafo único. O advogado empregado não está obrigado à prestação de 
serviços profissionais de interesse pessoal dos empregadores, fora da relação de 
emprego. 
Art. 19. O salário mínimo profissional do advogado será fixado em sentença 
normativa, salvo se ajustado em acordo ou convenção coletiva de trabalho. 
Art. 20. A jornada de trabalho do advogado empregado, no exercício da profissão, 
não poderá exceder a duração diária de quatro horas contínuas e a de vinte horas 
semanais, salvo acordo ou convenção coletiva ou em caso de dedicação exclusiva. 
§ 1º Para efeitos deste artigo, considera-se como período de trabalho o tempo 
em que o advogado estiver à disposição do empregador, aguardando ou executando 
ordens, no seu escritório ou em atividades externas, sendo-lhe reembolsadas as 
despesas feitas com transporte, hospedagem e alimentação. 
 
§ 2º As horas trabalhadas que excederem a jornada normal são remuneradas por 
um adicional não inferior a cem por cento sobre o valor da hora normal, mesmo 
havendo contrato escrito. 
§ 3º As horas trabalhadas no período das vinte horas de um dia até as cinco horas 
do dia seguinte são remuneradas como noturnas, acrescidas do adicional de vinte e 
cinco por cento. 
 
Art. 21. Nas causas em que for parte o empregador, ou pessoa por este 
representada, os honorários de sucumbência são devidos aos advogados 
empregados. 
Parágrafo único. Os honorários de sucumbência, percebidos por advogado 
empregado de sociedade de advogados são partilhados entre ele e a empregadora, 
na forma estabelecida em acordo.

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