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4 1 - INTRODUÇÃO O pré-natal é o período que se estende desde a concepção até o momento do parto, constituindo-se em um momento de intensas mudanças físicas e psicológicas na mulher. É neste contexto que as gestantes são encaminhadas para o acompanhamento fisioterapêutico para o alívio de dores, desconfortos, prevenções de disfunções como as musculoesqueléticas e uroginecológicas, ou com objetivo de realizarem uma atividade física orientada. Por ser uma fase de grandes modificações, a mulher de uma maneira geral, encontra-se receptivas às informações, aprendizado e à adoção de novos hábitos de vida que beneficiem a sua saúde e a do bebê, tornando a gravidez um período propício para a atuação fisioterapêutica. Por estarmos em maior contato com essa gestante através dos atendimentos, realizados em uma freqüência mínima de duas vezes por semana, temos maior facilidade para investigar suas dúvidas e anseios e orientá-las. Devem, pois, ser discutidos assuntos relativos à alimentação, vestuário, viagens, atividades sociais, atividades ocupacionais e atividade física, mesmo que tais assuntos já tenham sido abordados pelo médico pré-natalista. Além das orientações, cabe a nós preparar a gestante fisicamente para que tenha uma gravidez, parto e puerpério bem-sucedidos. O trabalho do fisioterapeuta durante o período pré-natal deve ser desenvolvido no sentido de conscientizar a gestante de sua postura e de desenvolver a potencialidade de seus músculos para que se tornem aptos a conviver com as exigências extra que a gravidez e o parto solicitarão. O nosso campo de atuação é muito amplo, não se restringindo apenas as sessões ambulatoriais. Abrangem também as atividades cotidianas das gestantes que necessitam ser adaptadas às circunstâncias da gestação. Em uma consulta fisioterapêutica no pré-natal, fazemos no primeiro contato uma anamnese, seguida de uma avaliação física. As informações coletadas serão de extrema importância em nossa conduta e no direcionamento do atendimento. 2 - ANAMNESE A anamnese consiste em uma entrevista com o paciente, na qual são coletados dados pessoais e relativos à gravidez. 5 Alguns itens são muito importantes na avaliação inicial por apontarem determinadas características das gestantes que vão direcionar a nossa abordagem: a idade, a profissão, o estado civil, idade gestacional, atividades de vida diária. É fundamental que o fisioterapeuta investigue a queixa principal do paciente. A gestação é um período que segue acompanhado de várias queixas musculoesqueléticas, dentre elas dor lombar e dor pélvica, acometendo principalmente gestantes a partir do sexto mês. É importante investigar a presença de fatores de risco relacionados a essas queixas. 3 - ATIVIDADE FÍSICA PARA GESTANTES As mulheres sedentárias apresentam um considerável declínio do condicionamento físico durante a gravidez. Além disto, a falta de atividade física regular é um dos fatores associados a uma susceptibilidade maior a doenças durante e após a gestação. Há um consenso geral na literatura científica de que a manutenção de exercícios de intensidade moderada durante uma gravidez não-complicada proporciona inúmeros benefícios para a saúde da mulher. Os estudos também mostram que a manutenção da prática regular de exercícios físicos ou esporte apresenta fatores protetores sobre a saúde mental e emocional da mulher durante e depois da gravidez. Além disso, existem dados sugestivos de que a prática de exercício físico durante a gravidez exerce proteção contra a depressão puerperal. Na literatura há alguns estudos envolvendo exercícios para a musculatura pélvica durante a gravidez. Eles são unânimes em afirmar os benefícios deste tipo específico de exercício como forma de prevenção à incontinência urinária associada à gravidez. (LIMA, 2005) Os benefícios que os exercícios fisícos trazem são inúmeros, dentre eles: • Aumenta a tonicidade muscular, a força e a resistência fisica e melhora a respiração. • Exercita as articulações da bacia, previne a formação de varizes e evita dores lombares e naúseas. • Aumenta a energia - O exercício fisico fortalece o sistema cardiovascular , fazendo com que não se canse tão facilmente. • Ajuda-a a dormir melhor • Reduz o stress - Um estudo recente demonstra que a prática de exercício fisico melhora o seu estado de humor e a sua auto-estima. 6 • Ajuda na preparação para o parto - Se praticar exercício estará em melhor forma física e, assim, mais resistente quando chegar o momento do parto. • Reduz o desconforto - O exercício alonga e fortalece os músculos, o que ajuda o corpo a lidar com as dores e incómodos próprios da gravidez. • Ajuda na recuperação pós-parto. Todas as mulheres que não apresentam contra-indicações devem ser incentivadas a realizar atividades aeróbias, de resistência muscular e alongamento. As mulheres devem escolher atividades que apresentem pouco risco de perda de equilíbrio e de traumas. Segundo Lima (2005), com base em pesquisas na área de exercício e gravidez,o Sports Medicine Austrália elaborou as seguintes recomendações: • Em grávidas já ativas, manter os exercícios aeróbios em intensidade moderada durante a gravidez; • Evitar treinos em freqüência cardíaca acima de 140 bpm. Exercitar-se três a quatro vezes por semana por 20 a 30 minutos. Em atletas é possível exercitar-se em intensidade mais alta com segurança; • Os exercícios resistidos também devem ser moderados. Evitar as contrações isométricas máximas; • Evitar exercícios na posição supina; • Evitar exercícios em ambientes quentes e piscinas muito aquecidas; • Desde que se consuma uma quantidade adequada de calorias, exercício e amamentação são compatíveis; • Interromper imediatamente a prática esportiva se surgirem sintomas como dor abdominal, cólicas, sangramento vaginal, tontura, náusea ou vômito, palpitações e distúrbios visuais; • Não existe nenhum tipo específico de exercício que deva ser recomendado durante a gravidez. A grávida que já se exercita deve manter a prática da mesma atividade física que executava antes da gravidez, desde que os cuidados acima sejam respeitados. Bombassaro (2008) orienta que a atividade física seja composta de exercícios de flexibilidade, aeróbicos e de fortalecimento muscular do abdômen e assoalho pélvico, regiões que sofrem mais com a sobrecarga decorrente do aumento de tamanho e de peso do útero gravídico. Acrescenta ainda a esse grupo a musculatura da região lombar. Os exercícios de 7 flexibilidade visam o relaxamento muscular, principalmente da região pélvica que, associado aos exercícios de fortalecimento, visam não só a saúde muscular da região, como também promover a consciência da contração e relaxamento para o momento do parto. 4 - EXERCÍCIOS MAIS INDICADOS PARA AS GRÁVIDAS 4.1 – Natação Melhora a circulação sanguínea, a resistência física, coloca menos pressão nas articulações, aumenta a força, tonifica os músculos e reforça a musculatura abdominal e dorsal. Tem ainda a vantagem de fazer com que a grávida se sinta menos pesada ao praticar o exercício. 4.2 - Caminhada É considerado um dos melhores que qualquer grávida poderá praticar, pois mantém em forma sem prejudicar os joelhos ou tornozelos. É a atividade mais fácil de se iniciar para quem não praticava exercícios antes de engravidar e pode ser praticada de forma segura durante toda a gravidez. 4.3 - Aeróbica de baixo impacto Os exercícios aeróbicos fortalecem o coração, os pulmões e ajudam na tonificação muscular. Realize somente exercícios de baixo impacto, sempre controlando seu ritmo cardíaco e não esqueça de beber bastante água, antes, durante e depois dos exercícios para não ficar desidratada o que poderá causar cãimbras e contracções prematuras , com risco de aborto espontâneo. 8 4.4 - Exercícios do assoalho pélvico Os exercícios para fortalecimentodos músculos do assoalho pélvico durante as fases de evolução da mulher, sendo importante exercitá-los, sobretudo na fase gestacional e pós- gestacional. Os exercícios poderão ser feitos em decúbito lateral, de córcoras, em pé ou com uso de uma bola suíça. É também desejável que estes exercícios sejam praticados pela manhã, antes de a gestante levantar-se. Alternar as posições e evitar qualquer movimento que aumente a pressão intra-abdominal deve ser enfatizado, pois, além de outros agravantes, pode provocar conseqüências sérias para o organismo materno. 5 - QUANDO SUSPENDER A ATIVIDADE FÍSICA? É necessário que durante a prática de qualquer modalidade a grávida esteja atenta aos sinais de perigo que o seu corpo lhe transmite e, nesses casos, deve parar imediatamente e consultar o médico. • Hemorragia vaginal • Visão turva • Naúseas, tonturas e desmaios • Palpitações cardiacas • Inchaços nas mãos, pés ou tornozelos • Dores agudas nas costas e região pélvica • Alterações bruscas de temperatura • Ausência de movimentos fetais 6 - PILATES PARA GESTANTES Para as gestantes o pilates promove vários benéficos, pois, seus movimentos ajudam a: 6.1 - Benefícios para as gestantes: • - Evitar as famosas dores nas costas, melhorando a postura • - Aliviar dores e inchaços nas pernas e a fortalecê-las para que aguentem mais peso e liberem a sobrecarga na coluna 9 • - Trabalhar os braços, importantes para cuidar do bebê, que vai ficar cada vez mais pesadinho • - Evitar a incontinência urinária por meio do trabalho do períneo • - Auxiliar a contração abdominal (o que facilita o trabalho de parto mais tarde) • - Estabilizar as articulações contra possíveis lesões - Trabalhar a respiração, que auxilia no relaxamento do corpo entre uma contração e outra 6.2 - Os benefícios são também para o bebê: • - Recebe endorfina, o hormônio do relaxamento, através da placenta, o que contribui para o bem-estar dele; • - Tem um crescimento adequado dentro do útero, já que a gestante controla melhor seu peso; • - Sente a tranquilidade da mamãe, que deve estar mais disposta e com a autoestima lá em cima! 6.3 - Precauções Não é aconselhável praticar Pilates (ou ioga) sozinha. “Especialmente da metade da gravidez para a frente, a grávida só deve praticar exercícios acompanhada de um profissional”, frisa Alexandre Pupo. “É que, com o crescimento do útero, o centro de gravidade do corpo da mulher se desloca para a frente e seu eixo de equilíbrio fica alterado. Se ela não estiver acompanhada, pode correr mais riscos de cair”, avisa o médico. 6.4 - Exemplos de Exercícios de Pilates Fonte: http://bebe.abril.com.br Exercício 1 - Este exercício melhora a circulação na região pélvica, preparando-a para um possível parto normal. Além disso, auxilia no alívio e na prevenção de dores lombares e na sacro-ilíaca. 10 Fonte: http://bebe.abril.com.br Fonte: http://bebe.abril.com.br Fonte: http://bebe.abril.com.br Exercício 2 - Este exercício fortalece a parte anterior da coxa, alonga a parte posterior (da coxa e da perna), evitando cãimbras e até varizes. Exercício 3 - Esse movimento mobiliza a coluna e aciona a musculatura glútea e da parte posterior da coxas, o que auxilia na prevenção de dores na coluna e fortalece as pernas. Exercício 4 - Este movimento alonga a região do tronco e dos braços, melhora a circulação sanguínea e mobiliza a articulação dos ombros. 11 Fonte: http://bebe.abril.com.br Fonte: http://bebe.abril.com.br Fonte: http://bebe.abril.com.br Exercício 5 - O Pilates usa acessórios como bolas para alguns exercícios. O benefício deste é relaxar a coluna lombar Exercício 6 - Institutos especializados em Pilates usam aparelhos para a execução dos movimentos. Este exercício alonga toda a parte posterior da coluna. Exercício 7 - Com o auxílio da bola, alonga-se toda a coluna e musculatura da pélvis, fortalecendo ainda os glúteos e a parte posterior das coxas. 12 Fonte: http://bebe.abril.com.br Fonte: http://bebe.abril.com.br Fonte: http://bebe.abril.com.br Exercício 8 - O aparelho, encontrado em institutos especializados em Pilates, permite um movimento que fortalece os membros superiores e musculatura do Exercício 9 - A prática fortalece ainda os membros superiores no geral, além dos glúteos e coxas e musculatura do tronco. Exercício 10 Glúteos, coxa e panturrilha também recebem atenção especial nos exercícios de Pilates. Os exercícios devem sempre ser feitos pela gestante acompanhada de um instrutor especializado. 13 7 - ORIENTAÇÕES SOBRE ATIVIDADE DE VIDA DIÁRIA • Postura de pé: evitar nesta postura por tempo prolongado, pois pode levar o dolorimento nos pés, estase venosa, edema, trombose nos membros inferiores, desmaios, veias varicosas e fadiga muscular. Para prevenir tais complicações, devemos orientações a gestante a fazer exercícios que favoreçam o retorno venoso, como flexão plantar ou caminhada. A gestante quando de pé, deve também está atenta à sua postura para evitar sobrecarga nos calcanhares e dores. Deslocar o peso do corpo para o 1° e o 5° metatarsos e fixar um ponto nos calcanhares, apoiando-se sobre o polígono de sustentação. • Postura sentada: é essencial evitar a permanência por tempo prolongado nessa posição, para a prevenção e diminuição de dores e desconfortos musculoesqueléticos e distúrbios circulatórios. Nesta posição procurar distribuir o peso do tronco sobre os túberes isquiáticos. A conscientização de sentar-se sobre os ísquios pode ser feita com bolinha de tênis. • Dormir: A posição decúbito lateral esquerdo é a mais indicada por diminuir a compressão aorto-cava e favorecer a circulação sanguínea. Usar um travesseiro preenchendo o espaço entre a cabeça e o ombro e outro embaixo da perna supralateral, que deverá ficar flertida à frente. • Levantar: para levantar, a gestante não deve fletir o tronco partindo da posição de decúbito dorsal, pois isso sobrecarrega a coluna, além de favorecer um afastamento dos músculos reto abdominal. Deve-se, antes, virar de lado, apoiar o peso do tronco sobre o cotovelo e colocar as pernas para fora da cama. Para deitar, executar o processo inverso. • Atividades domésticas: agachar para arrumar a cama, aproveitando essa posição para tonificar o períneo. Durante as atividades que exigem tempo prolongado na posição de pé, como lavar e passar roupas, lavar louças, colocar um apoio no chão. Posicionar um dos pés sobre o apoio, alternando freqüentemente com o outro lado para diminuir a sobrecarga da coluna. 14 • Guardar objetos no alto: subir em uma escada para pegar e colocar objetos em lugares altos. • Calçar sapatos: a gestante deve se sentar e cruzar uma perna sobre outra. • Viagens: durante a gravidez, os cintos devem ser abotoados sobre o quadril, mais abaixo do abdome para prevenir possíveis lesões sobre o feto em caso de acidentes. Evitar a extensão de braços e pernas, mantendo-os semiflexionado. Quanto as viagens aéreas, recomenda-se viajar até 36 semanas, desde que não haja complicações médicas ou obstétricas, e que deve utilizar o cinto de segurança durante todo o vôo para evitar riscos de traumas decorrentes de turbulência. 8 - FISIOTERAPIA PÓS-PARTO O período de puerpério segue o parto da placenta e termina cerca de 6 a 8 semanas depois, embora algumas referências surgiram que o período pós-parto termine com a retomada do ciclo menstrual.Em mães que amamentam, o puerpério não é tão definido porque a lactação retarda a ovulação por semanas ou meses. Muitas alterações dramáticas ocorrem durante esse tempo, quando o útero encolhe, o canal de parto e períneo se reparam e o sistema endócrino se reequilibra. Antes de iniciar o atendimento pós-parto, o fisioterapeuta precisa averiguar o horário de procedimento do parto. Devemos respeitar o repouso das 6 primeira horas após o parto via vaginal e 8 primeiras horas após o parto cesariana, devido ao estresse físico e emocional causado pelo parto, além da instabilidade hemodinâmica que se estabelece no organismo materno nesse período. Iniciamos o atendimento coletando, no prontuário, dados pessoais e historia pregressa e atual da paciente, incluindo os dados relativos ao parto. Antes de realizarmos o exame físico, devemos conversar com o paciente e investigar os possíveis desconfortos e dores que possam estar presentes, pois a conduta é específica para cada caso. É fundamental perguntar se a paciente apresenta incontinência urinária e/ou fecal e se apresentou episódios de perda involuntária de urina e/ou fezes durante a gestação. Durante este primeiro contato é importante que observemos também a postura da paciente e o seu posicionamento no leito para que possamos orientá-la na vigência de 15 inadequações. Além disso, observamos o estado emocional da paciente e a sua receptividade as orientações. Após a conversa inicial, é feito o exame físico mais detalhado, não esquecendo dos pontos a seguir: • Sinais vitais; • Avaliação respiratória; • Avaliação do abdome; • Avaliação dos membros inferiores; • Avaliação das mamas. A intervenção fisioterapêutica no puerpério imediato inicia-se com a reeducação da função respiratória com intuito de prevenir complicações respiratórias e melhorar a capacidade funcional geral das puérperas. A respiração diafragmática e a deambulação podem ser empregadas com esses objetivos. A respiração diafragmática deve preferencialmente ao estímulo verbal e ao estimulo proprioceptivo, colocando-se a mão no reto abdominal, logo abaixo da margem costal inferior. Na presença de sinais de obstrução das vias aéreas, podem ser aplicadas técnicas específicas para a mobilização e eliminação de secreção. É prudente orientar o uso de travesseiro para suporte da incisão durante a tosse em puérperas submetidas a cesariana para a diminuição da dor e desconforto. A inspiração lenta e profunda característica da respiração diafragmática, pode ser associada, na expiração, à contração dos músculos abdominais. A contração abdominal leve pode melhorar a circulação na incisão da cesariana, favorecendo a cicatrização e aumentar o peristaltismo intestinal. Não é permitido, no puerpério imediato , realizar exercícios abdominais concêntricos, ou seja, associados a flexão anterior do tronco pois isso pode aumentar a diástase abdominal. A permanência da paciente no leito por um período prolongado na posição de decúbito dorsal dificulta a eliminação dos flatos. Ela devera, então, ser orientada a se posicionar em decúbito lateral. No puerpério imediato, devemos estimular o aparelho circulatório com objetivo de prevenir edema, varizes e tromboses, que acometem preferencialmente os membros inferiores. Isso é feito por meio de exercício para as extremidades que favoreçam o retorno venoso, a deambulação freqüente e o posicionamento dos membros em elevação no leito. É muito importante que as mulheres iniciem no pós parto imediato, exercícios do assoalho pélvico. 16 9 - AMAMENTAÇÃO Durante o período de amamentação, desde que a ingesta calórica e hídrica da mãe se mantenha normal, os exercícios leves a moderados não afetam a quantidade ou a composição do leite, e por isso não exercem qualquer impacto sobre o crescimento do lactente. Exercícios passivos de flexão e extensão dos pés, pernas e coxas, assim como massagens nessas regiões devem ser realizadas imediatamente após o parto, com a finalidade de ativar a circulação sanguínea. Nos partos em que foi aplicada somente a anestesia local a mulher pode levantar da cama assim que se sentir disposta. Quando foi empregada analgesia (raqui ou peridural) deve-se aguardar que termine o seu efeito, o que ocorre após algumas horas. Antes de levantar-se pela primeira vez, é prudente elevar ao máximo a cabeceira da cama e assim permanecer por alguns minutos. A seguir, permanecer sentada na beirada da cama com as pernas para fora, por alguns minutos, até poder levantar e caminhar, sempre auxiliada por outra pessoa, pois podem ocorrer tonturas. É importante manter uma postura correta, principalmente na hora de amamentar para evitar que ocorram dores nas costas. 17 10 - CONSIDERAÇÕES FINAIS É indubitável que a atuação do fisioterapeuta é imprescindível, seja com orientações a gestantes quanto a posturas, exercícios ou a adequações para a realização de atividades de vida diária, ou após o parto para tratar complicações que por ventura a puérpera venha a ter durante a gravidez, ou ainda recondicioná-la a realização de atividades que por hora são difíceis de serem realizadas. Exercício físico bem orientado é benéfico a todo ser humano, na gestante e puérpera não é diferente. 18 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARACHO, Elza. Fisioterapia aplicada a obstetrícia, uroginecologia e aspecto de mastologia. 4. Ed. ver.e ampliada. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. STEPHENSON, Rebecca G, Fisioterapia aplicada a ginecologia e obstetrícia, Barueri, SP, Manole, 2004. LIMA, Fernanda R. Gravidez e exercício, rev bras reumatol, v. 45, n. 3, p. 188-90, mai./jun., 2005 http://www.efdeportes.com/efd117/fortalecimento-muscular-do-assoalho-pelvico- feminino.htm Acessado em 18 outubro de 2011. http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/variedades/gestacional_gabrie la.htm Acessado em 18 outubro de 2011. http://bebe.abril.com.br/gravidez/saude/exercicios-pilates-gravidez.php?pagina=3 Acessado em 18 outubro de 2011.
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