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TCC Daniela Ramos completo, corrigido

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UNIVERSIDADE DO NORTE DO PARANÁ
POLO DE GURUPI-TO
CURSO DE ENFERMAGEM
DANIELA RAMOS RODRIGUES
ABUSO SEXUAL: PAPEL DA ENFERMAGEM NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTES VITIMA
Gurupi-TO
2021
DANIELA RAMOS RODRIGUES
ABUSO SEXUAL: PAPEL DA ENFERMAGEM NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTES VITIMA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como pré-requisito para obtenção de média suficiente para aquisição de êxito na disciplina de trabalho de conclusão de curso.
Gurupi-TO
2021
DANIELA RAMOS RODRIGUES
ABUSO SEXUAL: PAPEL DA ENFERMAGEM NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTES VITIMA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como pré-requisito para obtenção de média suficiente para aquisição de êxito na disciplina de trabalho de conclusão de curso, da universidade do norte do paraná, UNOPAR.
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Prof. Dr. 
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Prof. Dr. 
ABUSO SEXUAL: PAPEL DA ENFERMAGEM NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTES VITIMA
RESUMO
Introdução: No Brasil, desde 1960, o quadro de mortalidade geral revela uma mudança com o processo de urbanização. A violência passa a ser um fenômeno relevante em detrimento da mortalidade por doenças infecto-parasitárias. A partir da década de 1980, as mortes por causas violentas passam a ser a segunda causa de morte no obituário geral, abaixo apenas das doenças cardiovasculares. É considerada, também no país, a primeira causa de óbito de pessoas entre 5 e 49 anos de idade Objetivos O objetivo desse estudo é apresentar a importância da atuação da enfermagem frente a vitimas de violência sexual. Metodologia Em relação a métodos, a pesquisa baseou-se no estudo bibliográfico, sendo estruturados por meio de artigos científicos, livros e similares, acerca do tema escolhido, com a finalidade de descrever a importância e dando ênfase no papel dos profissionais de enfermagem perante casos de vitimas de violência sexual .Resultados: A capacidade de reconhecer os múltiplos indicadores de abuso sexual é uma habilidade fundamental para o sucesso na intervenção do abuso. O exame médico de um abuso sexual em menor é de extrema importância e envolve várias e grandes dificuldades. Através do que foi exposto é evidente afirmar que o objetivo do presente trabalho foi alcançado, pois afirma que o profissional tem e terá sempre o importante papel no acolhimento das vitimas de abuso sexual.
Palavras-chave: enfermagem 1. Trabalho de Parto 2. Assistência 3. 
ABSTRACT
Introduction: In Brazil, since 1960, the picture of general mortality reveals a change with the urbanization process. Violence becomes a relevant phenomenon to the detriment of mortality from infectious and parasitic diseases. From the 1980s onwards, deaths from violent causes became the second leading cause of death in the general obituary, second only to cardiovascular disease. It is also considered, in the country, the first cause of death of people between 5 and 49 years of age Objectives The objective of this study is to present the importance of nursing performance in the face of victims of sexual violence. Methodology In relation to methods, the research was based on a bibliographic study, being structured by means of scientific articles, books and the like, about the chosen theme, in order to describe the importance and emphasizing the role of nursing professionals in cases of victims of sexual violence. Results: The ability to recognize multiple indicators of sexual abuse is a key skill for successful abuse intervention. The medical examination of a minor sexual abuse is extremely important and involves several and great difficulties. Through what has been exposed it is evident to state that the objective of the present work has been achieved, as it states that the professional has and will always have an important role in welcoming victims of sexual abuse.
Keywords: nursing 1. Childbirth 2. Assistance 3.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................................06
2 REVISÃO DE LITERATURA..............................................................................................................07
2.1 A ENFERMAGEM............................................................................................................................07
2.2 A SAÚDE DO ADOLESCENTE.......................................................................................................09
2.3 O ABUSO SEXUAL.........................................................................................................................09
2.4 A ENFERMAGEM FRENTE AO ABUSO SEXUAL.........................................................................10
3 METODOLOGIAS..............................................................................................................................13
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES.......................................................................................................14
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................................................18
6 REFERENCIAS..................................................................................................................................19
1 INTRODUÇÃO
A violência sexual contra crianças e adolescentes são caracterizadas como uma prática sexual com indivíduos menores de 14 anos, com consentimento ou não dos mesmos, destacando que eles não são considerados capazes de tomar decisões desta natureza. Ela pode incluir desde carícias, olhares perturbadores, até crimes de extrema violência e morte. 
A ocorrência de violência sexual infantil durante seis meses, seja ela intra ou extrafamiliar, é considerada pedofilia. Fazendo parte do grupo das parafilias, o transtorno pedofílico é classificado como um transtorno sexual caracterizado por fantasias, comportamentos recorrentes, intensos relacionados com crianças e adolescentes em fase prépubere (até 14 anos de idade). 
Os critérios diagnósticos incluem a prática destas fantasias e dos impulsos sexuais de indivíduos que tem, no mínimo, 16 anos, e é pelo menos cinco anos mais velho do que a criança com quem se relaciona sexualmente. Estudos relatam que a situação de violência sexual na infância está significativamente associada a um comportamento violento mais tarde, caracterizando o processo de transmissão Inter geracional. Apenas nas últimas décadas o abuso sexual passou a ter atenção acadêmica e clínica. 
Particularmente no Brasil, com o surgimento do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) no ano 1990, a população começou a presentar maior consciência o tocante do problema. Sendo Assim o problema do artigo foi: quais as funções e a importância do enfermeiro na assistência a vitimas de abuso sexual? O objetivo desse estudo é apresentar a importância da atuação da enfermagem frente a vitimas de violência sexual, demonstrar o papel do profissional de enfermagem com pacientes vitima de violência sexual, entender como funciona o processo de assistência a adolescentes. 
Em relação a métodos, a pesquisa baseou-se no estudo bibliográfico, sendo estruturados por meio de artigos científicos, livros e similares, acerca do tema escolhido, com a finalidade de descrever a importância e dando ênfase no papel dos profissionais de enfermagem perante casos de vitimas de violência sexual.
2 REVISÃO DE LITERÁTURA
2.1 A ENFERMAGEM
O processo de enfermagem envolve a utilização de uma abordagem organizada para alcançar seu propósito e requer do enfermeiro interesse em conhecer o paciente como indivíduo, utilizando para isto seus conhecimentos e habilidades, além da orientação e treinamento da equipe de enfermagem para a implantação das ações sistematizadas (DANIEL, 1987). No entanto, o profissional de Enfermagem, em vista das características da sua atuação profissional, também se depara constantemente com a realidade da morte.
A Enfermagemé uma dimensão de estudo muito importante nas Ciências da Saúde, uma vez que seus procedimentos, normas e ações destinam-se a prover suporte às medidas terapêuticas e de cura dos pacientes.
Telma Garcia e Maria Miriam Nóbrega apresentam uma definição sobre o papel da profissão:
`Pode-se definir o Processo de Enfermagem como (...) um modelo metodológico que nos possibilita identificar, compreender, descrever, explicar e/ou predizer as necessidades humanas de indivíduos, famílias e coletividades, em face de eventos do ciclo vital ou de problemas de saúde, reais ou potenciais, e determinar que aspectos dessas necessidades exigem uma intervenção profissional de enfermagem (GARCIA; NÓBREGA, 2009, p.189).
	
Ainda que o óbito seja uma realidade difícil de ser encarada por qualquer profissional de saúde, para o enfermeiro esta realidade se impõe de maneira ainda mais ampla: Como ele está na ‘ponta’ da teia de cuidados realizados pela equipe multiprofissional, cabe a este profissional gerar os cuidados e apoios necessários ao paciente nos seus instantes finais, e demonstrar, nas ações contínuas de cuidado ao paciente, uma mensagem de alívio e conforto à família. O processo de enfermagem consiste “em promoção de cuidados e proteção aos trabalhadores, torná-los conscientes dos riscos a que estão expostos e fazer com que participem do seu autocuidado. Com isso pretende-se minimizar os riscos ocupacionais” (BULHÔES, 1986 p. 204).
A atividade da Enfermagem é uma habilitação laboral que tem se consolidado como importante nicho na área das Ciências da Saúde ao longo das últimas décadas. Suas relações com a sociedade, por vezes, são permeadas por concepções equivocadas, estabelecidas ao longo do próprio desenvolvimento da Enfermagem enquanto habilidade técnica.
Mesmo a enfermagem tendo como objeto cuidar da vida, o resultado do seu trabalho, algumas vezes, pode resultar em danos irreversíveis que determinam sequelas graves e/ou óbitos. Cuidar da vida em sofrimento e morte nos permite afirmar que o trabalho da enfermagem é gerador de sofrimento psíquico, sendo identificado como um trabalho penoso e insalubre para toda a equipe envolvida (DUARTE; GLANZNER e PEREIRA, 2018).
2.2 A SAÚDE DO ADOLESCENTE
A Organização Mundial de Saúde (OMS, 1985) entende por adolescência a faixa etária entre 10 e 20 anos (exclusive), um período da vida caracterizado por intenso crescimento e desenvolvimento e por transformações anatômicas, fisiológicas, psicológicas e sociais. Esse período é o utilizado na Caderneta do Adolescente. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em vigor desde 1990, define a adolescência como a faixa etária compreendida entre 12 e 18 anos. O conceito da OMS é o mais usado no campo da saúde pública e o do ECA no campo jurídico.
Segundo Formigli; Costa & Porto (2000), na organização de programas voltados à saúde do adolescente, a consideração das dimensões social e coletiva, devem ser abordadas de forma multiprossional e interdisciplinar, envolvendo os diferentes aspectos que interagem no cotidiano dos adolescentes e no contexto em que estão inseridos, adaptando os conteúdos desses programas às diferentes modalidades de demandas individuais e coletivas.
A consulta do adolescente deve ser realizada em três tempos: no primeiro, atende-se o adolescente junto com o familiar, adequado para a investigação do motivo da consulta e outros dados da anamnese; no segundo, o adolescente fica sozinho com o profissional de saúde complementando os dados e informando outros e, dependendo das circunstâncias, realiza-se o exame físico, elabora-se a hipótese diagnóstica e fazem-se algumas orientações; no terceiro momento, volta-se ao acompanhante, juntamente com o adolescente, para que sejam discutidas as condutas e esclarecidas as dúvidas ainda existentes (GRILLO et al., 2012). 
Os aspectos gerais como: vida familiar escolar, afetiva e social, história vacinal, trabalho e aspectos da sexualidade, inclusive educação e vida sexual, se pertinente, devem ser abordados durante a anamnese, mas com cuidado para não dar à consulta um caráter investigativo policial (FERREIRA et al., 2005).
O exame físico é um momento apropriado para se avaliar o estado de saúde, o autocuidado e para fornecer informações e orientações sobre as transformações físicas e psicossociais que ocorrem na adolescência (BRASIL, 2005).
A entrevista do adolescente desacompanhado oferece a oportunidade de estimulá-lo a falar das suas dúvidas e anseios, e de uma forma progressiva, torná-lo responsável por sua saúde e pela condução da sua vida. Entrevistar a família permite o entendimento da dinâmica e da estrutura familiar e o esclarecimento de outros dados sobre a saúde do adolescente (GROSSMAN; RUZANY & TAQUETTE, 2008)
2.3 O ABUSO SEXUAL
A violência acontece desde o início da existência humana, sob as mais diversas formas, sendo atualmente a principal causa de morte de pessoas entre 15 e 44 anos de idade. São gastos bilhões de dólares para cuidados com a saúde devido à violência, ou seja, podendo ser considerado um problema de saúde pública (KRUG e DANTAS, 2914). 
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apresentados no Relatório Mundial sobre Violência e Saúde, estima-se que, no ano 2000, morreram 1,6 milhões de pessoas no mundo inteiro devido aos diversos tipos de violência (autoinfligida, interpessoal ou coletiva), o que corresponde a 28,8 mortes violentas por 100 mil habitantes, sendo que a maior parte dessas mortes ocorreu em países de renda baixa(WHO e OMS, 2001).
No Brasil, desde 1960, o quadro de mortalidade geral revela uma mudança com o processo de urbanização. A violência passa a ser um fenômeno relevante em detrimento da mortalidade por doenças infecto-parasitárias. A partir da década de 1980, as mortes por causas violentas passam a ser a segunda causa de morte no obituário geral, abaixo apenas das doenças cardiovasculares. É considerada, também no país, a primeira causa de óbito de pessoas entre 5 e 49 anos de idade, mortes essas que são prematuras, evitáveis e onerosas se pensarmos nos anos perdidos de vida (MINAYO, 2012).
Os dados sobre os casos de morbidade por violência em nosso país são insuficientes, pois deve-se considerar também a mutilação de pessoas, custos financeiros e a demanda do setor saúde, e não somente os dados de mortalidade (DESALANDES, 1999) Tradicionalmente esses eventos foram tratados como objeto exclusivo da segurança pública e somente a partir da década de 90 as organizações internacionais da área de saúde passaram a recomendar aos países membros, a inclusão da violência e dos agravos dela decorrentes, como temas para sua agenda de intervenção (OMS 2011). 
A resolução da 49ª Assembleia Mundial da Saúde (World Health Assembly) de 1996 declara a violência como um dos principais problemas de saúde pública, no mundo (FORTY-NINTH, 1996). Segundo a Organização Mundial de Saúde: Violência é o uso intencional da força física ou do poder, real ou por ameaça, contra a própria pessoa, contra outra pessoa, ou contra um grupo ou comunidade que pode resultar, ou tem alta probabilidade de resultar, em morte, lesão, dano psicológico, problemas de desenvolvimento ou de privação (OMS e MINAYO, 2011) 
Essa definição contém dois conceitos centrais, a intencionalidade e o efeito ou dano do evento violento em suas vítimas, sendo esses os pilares nos quais o setor saúde tem se apoiado para sustentar a necessidade de investigar e propor intervenções preventivas desse flagelo social e de saúde.11
2.4 A ENFERMAGEM FRENTE AO ABUSO SEXUAL
O enfermeiro no processo de gerenciar o cuidado em enfermagem é o grande responsável pelo sucesso e qualidade da assistência prestada. Cabe a ele avaliar e estabelecer metas de qualidade ao cuidado prestado através do gerenciamento da sua equipe. Diante disso, o cuidar para o enfermeiro é o seu objeto de trabalho e o foco principal da assistência. Segundo Waldon (2007), o cuidar na enfermagem pode ser analisado como comportamentose atitudes demonstrados nas ações que lhe são pertinentes, e desenvolvidas com competência no sentido de favorecer as potencialidades das pessoas para manter ou melhorar a condição humana no processo de viver e morrer.
O cuidar é elemento primordial para a existência humana, a sua compreensão tem como referencial teórico as reflexões de autoras e teóricas de enfermagem (MORAIS; MONTEIRO; ROCHA, 2010). Nesse momento de relacionamento interpessoal, o cuidar de enfermagem emerge através dos atos humanos no processo de assistir a pessoa baseado no sentimento de ajuda, confiança, empatia mútua, nos valores humanísticos e também no conhecimento cientifico, assim, o cuidado é entendido como elemento primordial para a existência humana.
 A enfermagem busca o cuidado por meio do cultivo de sensibilidade, da autoconfiança, da promoção e aceitação dos sentimentos positivos e negativos no processo do cuidado em enfermagem, visando aliviar o sofrimento humano (WALDOW, 2006). A atenção básica de saúde pode vir a ser uma eficaz porta de entrada para a mulher que está vivendo relações violentas de gênero, em especial de violência sexual. 
Alguns estudos apontam que os serviços de saúde têm sido escolhidos pelas mulheres para relatar a situação de violência sexual em que vivem. Neste caso, adota-se o acolhimento que é uma postura de escuta, compromisso de dar uma resposta às necessidades de saúde trazidas pelo usuário e um novo modo de organizar o processo de trabalho (OLIVEIRA; FONSECA, 2006).
Dessa forma, entendemos que o cuidar de enfermagem a mulher vítima de violência sexual exige mais do que habilidade técnica, requer uma atenção individual que ultrapasse o sentido de cuidar e tratar. Portanto, desde o momento em que a mulher em situação de violência sexual para o serviço de saúde especializada o profissional de enfermagem tem a oportunidade de acolher a vítima e mostrar a verdadeira essência da sua profissão, o cuidar/cuidado. Acerca desta questão, o cuidar de enfermagem como ação de acolhimento poderá se concretizar, no momento em que se adota uma atitude de escuta e de silêncio.
Na busca de apresentar o cuidar na dimensão apoia-se na compreensão das habilidades técnica do profissional de enfermagem em saber-fazer os cuidados de mulher vítima de violência sexual em conformidade com a Norma Técnica (NT) do Ministério da Saúde (MS), sendo medidas preventivas que a mulher dispõe para evitar uma gravidez indesejada e o aparecimento das doenças sexualmente transmissíveis. 
Compreende-se que nessa ação do cuidar realizada pela enfermagem em conformidades com a NT/MS, é dirigida por um saber técnico, em que suas ações estão voltadas para o tratamento das lesões, prevenções das doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e da hepatite B, e no auxilio da prevenção da gravidez indesejada. Assim, a assistência da equipe de enfermagem a mulher vítima de violência sexual antecede a uma prescrição médica, para que seja feita a administração de medicamentos no sentido de diminuir os riscos de adquirir as doenças sexualmente transmissíveis (FAUNDES, et. al, 2006).
3 METODOLOGIAS
A pesquisa baseou-se e se desenvolveu por meio de uma pesquisa bibliográfica qualitativa, com busca em bases de dados tais como Scielo, Science Direct, Web Sciencee PubMed, além de bancos de dados de universidades, livros e manuais técnicos que tratam do tema, abrangendo publicações feitas de 1997 a 2021, disponíveis na íntegra em português. Foram considerados como descritores: abuso sexual, Enfermagem, assistência.
Foram estabelecidos como critérios de inclusão: artigos com textos completos, que tenham como foco o tema da pesquisa e que aborde o conceito a ser analisado, no idioma português e tenham sido publicados na literatura nacional e internacional. Os critérios de exclusão deste estudo foram: a escolha de teses, monografias e dissertações, além de textos que fugissem da temática proposta.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
No decorrer do percurso do artigo, ficou bastante claro que a enfermagem e seu papel no ato de cuidar são de bastante importância para vitimas de abuso sexual, e a sua readaptação ao acolhimento familiar.
Os quadros a seguir mostram algumas palavras chaves que será complementada com algumas falas de autores que enaltecem o trabalho e a importância do profissional de enfermagem e seu papel no acompanhamento a vitimas de abuso sexual.
 (Quadros com palavras-chaves)
No quadro verde o (o abuso sexual no Brasil), trás falas e citações de autores renomados, com a ênfase em definir a historia e fatos importantes do abuso sexual em nosso país.
Os autores Ferriani e Silva (2009) nos trás que: Pode-se dizer que a questão da violência sexual existe desde a antiguidade e para entender o percurso e os significados deste assunto, faz-se necessário resgatar as relações de poder que envolveram historicamente a mulher e a criança. Comentar-se-á leitura sobre as diversas condições sociais que envolveram a mulher, questões que podem estar direta ou indiretamente ligadas à construção do modo como se encara a violência sexual e, também, a própria concepção adotada pelos responsáveis ao direcionamento dos fatos.
Os autores ainda dizem que: A violência não é um problema novo na história da humanidade. Relatos mostram a ocorrência de atos violentos desde os primórdios das civilizações. O abandono, a negligência, o sacrifício, a exploração no trabalho, a exploração sexual, a violência intrafamiliar e interpessoal, a violência urbana e os homicídio sempre estiveram presentes na história.
Além disso, o autor Keer (2009), explana que: acredita na evolução da atenção que as mulheres e crianças têm conquistado na sociedade. Afirma ainda que antigamente os adultos não davam o carinho e afeto devido, não por ser errado, mas sim por não fazer parte dos costumes a prática de tal ato. Para tanto, observa-se a ausência das crianças nas pinturas medievais.
Portanto o autor Bass e Thornton (1985), Complementa dizendo: Na atualidade, as pessoas estão cada vez mais alarmadas, com a extensão do abuso de crianças, em geral, e com o uso delas para fins sexuais. Todavia, o tabu de falar-se sobre esta agressão está caindo,
No quadro amarelo o (diagnóstico do abuso sexual), trás falas e citações de autores renomados, com a ênfase em demonstrar os fatos que se relacionam como o diagnóstico: 
O autor Brasil (2006), nos trás que: A violência psicológica é definida como qualquer conduta que cause dano emocional ou que vise controlar as ações, comportamentos ou decisões da vítima, mediante ameaça, constrangimento, humilhações, manipulações, perseguições, insultos, chantagens, ridicularizarão e privação do direito de ir e vir. Como consequência, os danos psicológicos muitas vezes são piores que os físicos, aumentando o risco de desenvolvimento de problemas mentais como fobias, estresse pós-traumático, risco de suicídio e aumento do uso de álcool e drogas. Acredita-se que a violência psicológica possa estar presente em todos os tipos de violência.
Por diversas vezes, mulheres em situação de violência, são referidas como polissintomáticas e hipocondríacas. É de grande importância que os serviços de saúde detectem o problema, devendo estar preparados para reconhecer e acolher a vítima sem julgamentos, oferecendo uma assistência planejada e com o objetivo de evitar novos episódios e a ocorrência de incidentes mais graves.
Sendo assim o autor Netto (2014), completa dizendo: A maioria das sintomatologias apresentadas pelos autores pesquisados torna-se comuns para todos os tipos de violência, não sendo necessário separá-las. Acredita-se que a violência psicológica possa estar presente nos demais tipos de violência e que contribua para a maioria das sintomatologias apresentadas. Apesar de nem sempre apresentar lesões visíveis, a violência traz diversas consequências negativas mesmo após seu término.
Além disso, os autores Aguiar (2013) e Batista (2015) explanam que: O cuidado através do PE permiteque o profissional identifique os problemas, planeje de forma direcionada suas ações e crie intervenções resolutivas, de acordo com a necessidade de cada pessoa. Possibilita uma assistência mais humanizada, qualificada e segura, otimizando o tempo e reduzindo custos, resultando em um cuidado mais satisfatório para profissionais e clientes.
No quadro laranja o (a enfermagem frente ao abuso sexual), trás falas e citações de autores renomados, com a ênfase em relacionar a profissão de enfermagem. 
A função da enfermagem é conservar, promover, recuperar e reabilitar o estado de saúde do paciente, bem como apoiá-lo a integrar-se em uma vida útil. Esse cuidado é dado em uma ação psicodinâmica que se desenvolve em etapas interdependentes e termina quando o usuário atinge a independência total. O profissional de enfermagem participa do cuidado das necessidades. 
Os autores Guimarães e Villela, (2011), nos trás que: é obrigatório por meio da Lei Federal, Portaria nº 1968/2001 MS os profissionais de saúde emitir a notificação de casos de abuso sexual. Essa lei orienta também que a notificação seja encaminhada para a vigilância epidemiológica, para auxiliar no planejamento de políticas públicas. O enfermeiro deve também compartilhar com outros profissionais de saúde as informações sobre o caso da criança, visando o seu melhor atendimento e proteção.
Sendo assim as crianças vítimas de abuso sexual são encaminhadas ao serviço de emergência hospitalar mais próximo, a criança deve ser mantida em uma unidade de internação e após a alta uma equipe multiprofissional irá atendê-la para que sejam realizados todos os procedimentos necessários
Além disso, o autor Souza (2005), explana que: Estes cuidados são de caráter integral, porque as necessidades humanas representam o psicológico e cultural, onde cada necessidade não atendida afetará o ser humano como um todo, como por exemplo, a falta de conhecimento ou ignorância sobre eventos em seu estado de saúde cria uma incerteza, insegurança e ansiedade no paciente. Portanto, o profissional deve possuir habilidades que permitam que o paciente verbalize suas preocupações e fortaleça sua personalidade, através de um relacionamento que gere confiança e empatia, permitindo que o enfermeiro conheça o paciente a quem irá fornecer cuidados e que o paciente aceite receber esses cuidados.
Portanto o autor Saraiva (2012), complementa dizendo: Os cuidados de enfermagem relacionados ao abuso sexual infantil incluem diferentes áreas, tanto na prevenção e detecção precoce como na atenção. Uma vez que o abuso ocorreu, o cuidado será direcionado para a restauração das necessidades psicoativas e emocionais da criança. O objetivo principal do cuidado de enfermagem será garantir a atenção integral da criança.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
As consequências do abuso sexual mostram múltiplos efeitos em crianças e adolescentes, as quais foram evidenciadas neste estudo. É necessário conhece-las a fim de orientar diretrizes e objetivas de programas terapêuticos que enfatizem minorar os danos psicológicos que provoca não só na infância, mas na idade adulta. Atualmente, a sociedade está mais consciente desse problema, bem como os profissionais que trabalham com o grupo infantil, tomando os devidos cuidados em cada uma das diferentes situações que um menor pode viver.
 Os profissionais que trabalham com a infância todos os dias tem em mãos um problema que envolve uma grande complexidade e carrega um forte componente emocional. Deve assumir a responsabilidade pela tomada de decisões que afetarão a segurança atual e futura e o bem-estar da vitima. A complexidade do trabalho do profissional de enfermagem com crianças e suas famílias em situações de abuso e é de grande importância e causa impactos nas decisões que são tomadas nesta área. Isso requer que os profissionais de enfermagem tenham amplos conhecimentos e habilidades. A capacidade de reconhecer os múltiplos indicadores de abuso sexual é uma habilidade fundamental para o sucesso na intervenção do abuso. O exame médico de um abuso sexual em menor é de extrema importância e envolve várias e grandes dificuldades.
Através do que foi exposto é evidente afirmar que o objetivo do presente trabalho foi alcançado, pois afirma que o profissional tem e terá sempre o importante papel no acolhimento das vitimas de abuso sexual.
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O ABUSO SEXUAL NO BRASIL
DIAGNOSTICO DO ABUSO SEXUAL
A ENFERMAGEM FRENTE AO ABUSO SEXUAL

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