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PCC BIOQUÍMICA METABÓLICA

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PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR (PCC)
CURSO: LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
4° PERÍODO
DISCIPLINA: BIOQUÍMICA METABÓLICA
ASSUNTO: VITAMINA D
VANESSA GONÇALVES ALMEIDA
RA: 2001226
“Por causa da estrutura da Vitamina D e da sua função, ela pode ser considerada como um hormônio”.
A Vitamina D é uma vitamina lipossolúvel, não fornece caloria, é liberada, absorvida e transportada juntamente com lipídeos da dieta. São do grupo amino, da função orgânica amina e é chamada de amina vital ou vitamina, são chamadas de micronutrientes, pois precisam ser ingeridas em pequenas quantidades.
A Vitamina D é uma exceção, ela é sintetizada através dos raios solares e não de dieta. Não é facilmente eliminada pela urina, e por isso pode se acumular facilmente no fígado e no tecido adiposo, causando assim efeitos danosos.
Para a descrição de uma vitamina é considerado os seguintes itens: fontes, funções, efeitos da deficiência e efeitos do excesso.
As Vitaminas D – ergocalciferol (D2) e colecalciferol (D3) – fazem parte de um grupo de esteróis. A primeira é encontrada em plantas e a segunda é encontrada em tecidos animais. Já no ser humano, a segunda vitamina é obtida pela irradiação ultravioleta do composto 7-desidrocolesterol, intermediário da síntese de colesterol, que é presente na pele e na epiderme. Suas fontes são: óleo de fígado de peixe, peixes, lácteos integrais e margarinas enriquecidas. Suas funções são: manutenção dos níveis normais de cálcio e fosforo sanguíneo, no intestino aumenta a absorção de cálcio e fosfatos e no rim atua na reabsorção tubular do cálcio. Os efeitos da deficiência são: raquitismo, osteomalácia e osteoporose. Os efeitos de excesso são: fraqueza, náuseas, perda de apetite, cefaleia, dores abdominais, câimbras, diarreia, hipercalcemia e calcificação dos ossos.
Ainda que seja denominada vitamina, a vitamina D conceitualmente se trata de um pré-hormônio. Juntamente com o paratormônio (PTH), ambos atuam como importantes reguladores da homeostase do cálcio e do metabolismo ósseo. Estudos demonstram que a vitamina D tem funções regulatórias vitais, ou seja, regula a expressão de mais de 1000 genes participando de forma decisiva do funcionamento de muitos órgãos e sistemas. Assim, muitos cientistas e estudiosos querem que a vitamina D seja considerada como um hormônio.
Conforme (PETERS E MARTINI 2014), de início, vitamina D foi identificada como vitamina tradicional, ou seja, uma substância essencial que o nosso organismo não pode produzir, e que podemos obter somente a partir dos alimentos. Mas, ao contrário de vitaminas essenciais como A, E e C, que os seres humanos têm de obter diretamente dos alimentos, a vitamina D pode ser produzida pelo organismo, por meio de uma reação fotossintética ao expor a pele à luz solar. A Vitamina D é um nome genérico e indica uma molécula composta por 4 anéis (A,B,C e D) com diferentes cadeias laterais. Os anéis são derivados do colesterol, que forma a estrutura básica dos esteroides. Tecnicamente, a vitamina D é classificada como um seco-esteroide, pois apresenta um dos anéis clivados. A vitamina D é um pró-hormônio biologicamente inativo que, para se tornar ativo, deve passar por duas sucessivas hidroxilações: primeiro no fígado, formando a 25-hidroxivitamina D (25-OHD3), denominada calcidiol; depois nos rins, formando seus dois principais metabólitos: a 1α,25-dihidroxivitamina D [1α,25-(OH)2D3], conhecida como calcitriol, e o 24R,25-dihidroxivitamina D3 [24R,25(OH)2D3], também conhecido como 24-hidroxicalcidiol (4,6). Já foram isolados e quimicamente caracterizados 37 diferentes metabólitos da vitamina D3, entretanto suas funções ainda não estão bem esclarecidas.
A substância denominada vitamina D, na verdade, é um hormônio produzido pelo próprio corpo humano. Mas, quando descoberta, acreditava-se que ela só poderia ser adquirida por meio de alimentos. Foi na década de 70 que os cientistas descobriram que a vitamina era um hormônio e não uma vitamina, mas sua nomenclatura já estava consolidada e assim permaneceu.
Vitaminas são substâncias necessárias para o desenvolvimento do organismo obtidas através da alimentação, pois o organismo não consegue produzir em quantidades suficientes. Por esta definição o nome Vitamina D não está correto, pois estima-se que 80% da vitamina D circulante no ser humano seja produzida na pele, a partir da luz do Sol. Segundo o artigo publicado na revista Nature, a Vitamina D é um pró-hormônio, ela não é um hormônio, pois não funciona sozinha, ainda é necessário sofrer ação de uma enzima chamada 25 (OH)D-1-OHase a se converter em 1-25-dihydroxivitamina D –esta, sim, um potente hormônio esteroide, também conhecido como calcitriol.
Em 1931, o químico alemão Adolf Windaus, da Universidade de Göttingen, constatou que essa substância tinha a mesma estrutura de hormônios esteroides, como os hormônios sexuais. Nos anos 90 com a descoberta de que todo o organismo possui receptores para a vitamina D, difundiu-se que ela seria uma classe em si mesma devido à ausência de um órgão alvo específico, como acontece com os hormônios.
Portanto, a nomenclatura vitamina D deveria ser alterada para pré-hormônio, pois essa substância é produzida pelo próprio corpo e ativada com os raios solares e não obtida através de uma dieta. Além de ser sintetizada na pele e ter como principais órgãos- alvos os rins, o intestino delgado e os ossos. A estrutura molecular da vitamina D apresenta características de hormônios e não de vitaminas, além de vitamina se comer e hormônio não, assim, a vitamina D não é mais considerada uma vitamina verdadeira e sim um pró-hormônio e deveria ser nomeada como tal. Denominar tal substância como vitamina e não hormônio confunde os estudantes, devido vitaminas terem estruturas e funções diferentes de hormônios.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
PETERS, Barbara Santarosa Emo; MARTINI, Lígia Araújo. Funções Plenamente Reconhecidas De Nutrientes Vitamina D. ILSI International Life Sciences Institute Brasil. São Paulo - SP – Brasil, Volume 2, 2ª edição revisada, Páginas: 24. Maio 2014.
VIETH, Reinhold. Why “Vitamin D” is not a hormone, and not a synonym for 1,25-dihydroxy-vitamin D, its analogs or deltanoids. Journal of Steroid Biochemistry & Molecular Biology, p. 89–90, 2004.
MAEDA, S. S. et al. Recomendações da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) para o diagnóstico e tratamento da hipovitaminose D. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, São Paulo, v. 58, n. 5, p. 411-433, jul. 2014. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302014000500411. Acesso em: 04 de fev. de 2021.
ESCOBAR, Ana. A vitamina D é mesmo uma vitamina ou um hormônio?. G1 Globo, 2018. Disponível em: https://g1.globo.com/bemestar/blog/ana-escobar/post/2018/06/04/a-vitamina-d-e-mesmo-uma-vitamina-ou-um-hormonio.ghtml. Acesso em: 04 de fev. de 2021.
A importância da vitamina D. Hospital Sírio-Libanês, 2017. Disponível em: https://www.hospitalsiriolibanes.org.br/imprensa/noticias/Paginas/A-import%C3%A2ncia-da-vitamina-D.aspx. Acesso em: 04 de fev. de 2021.
GIORELLI, Guilherme. Porque a vitamina D não é uma vitamina e qual sua importância para a saúde. Viva Bem, 2018. Disponível em: https://guilhermegiorelli.blogosfera.uol.com.br/2018/01/19/por-que-a-vitamina-d-nao-e-uma-vitamina-e-qual-sua-importancia-para-a-saude/. Acesso em: 04 de fev. de 2021.
CUNHA, Daniel. Tudo sobre a misteriosa vitamina D. Superinteressante, 2015. Disponível em: https://super.abril.com.br/historia/a-origem-da-vitamina-d/. Acesso em: 04 de fev. de 2021.
MANTZOURANIS, Luciana; GUERREIRO, Juliano Rodrigo. Bioquímica Metabólica. Material Didático – Unip Interativa – EAD. São Paulo: Editora Sol, 2020.

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