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GÊNEROS DISCURSIVOS

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GÊNEROS DISCURSIVOS
Bakhtin é um estudioso russo proponente desse viés filosófico sobre a linguagem, o qual postula que, no momento da interação, oral ou escrita, os sujeitos recorrem a determinados gêneros discursivos. Essas escolhas estão intrinsecamente associadas às necessidades dos falantes/escritores. Isso significa que os gêneros discursivos são determinados pela esfera discursiva e estão presentes em toda atividade comunicativa humana.
Bakhtin classifica os gêneros discursivos como primários e secundários. Os primários são os mais simples, relacionados, sobretudo, com o campo da oralidade, como o diálogo, o qual é considerado a forma mais clássica de comunicação, conferindo importância singular às ideologias cotidianas. Já os secundários são os mais complexos, como o romance, o conto, a crônica, o artigo de opinião, os manuais de instrução, os textos científicos, oficiais, publicitários, a Redação escolar, entre outros.
Como não são uma forma fixa de manifestação da língua, os gêneros discursivos são definidos por Bakhtin, em sua obra “Estética da Criação Verbal” (1997), como tipos relativamente estáveis de enunciados, compostos por conteúdo temático, estilo e construção composicional. Essa relativa estabilidade de que fala o estudioso significa que não existe um modelo imutável de texto, uma estrutura predeterminada e canônica; pelo contrário, os gêneros discursivos são tipos relativamente estáveis de enunciados justamente porque eles constantemente evoluem para atender às necessidades imediatas dos sujeitos em qualquer situação comunicativa, como é o caso da carta e do e-mail.
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O preconceito linguístico no Brasil se sustenta por dois fatores. O primeiro de caráter regional e o segundo de caráter socioeconômico.
A diversidade regional ao longo da História do Brasil ocasionou áreas mais ricas e industrializadas, e outras em retrocesso econômico. Em razão disso, existe a estigmatização das variantes faladas pelas pessoas das regiões mais empobrecidas, como a região Nordeste e a região Norte. Com seus diversos sotaques, palavras, gírias e costumes linguísticos, é, sem sombra de dúvida, a região mais afetada pelo preconceito linguístico. O jeito de expressar-se e até a maneira de falar tornam-se motivos para discriminação por parte de outras regiões do território nacional. Estes preconceitos, atos xenofóbicos, que têm com função ridicularizar os nordestinos, trazem uma diminuição do seu povo, fazendo com que outras regiões agreguem as diferenças à falta de conhecimento, inteligência e incapacidade. Muitas vezes os nordestinos têm a sua capacidade questionada, e isso reflete de maneira negativa em suas vidas.

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