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Aula 06 - Imunologia Básica - Ativação de linfócitos

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Aula 06 – Imunologia Básica 
Ativação de linfócitos 
 
• Ativação dos linfócitos T: 
Depois do processamento do antígeno e apresentação para os linfócitos T CD4 ou CD8 através 
da célula apresentadora de antígenos, vê-se em seguida quais os sinais necessários para que as 
APCs possam ativar os linfócitos e em seguida, compreender de que maneira a célula se torna a 
chamada célula efetora. 
No primeiro momento se tem o reconhecimento do antígeno via MHC de classe II, em que a célula 
apresentadora de antígenos apresenta o antígeno para o linfócito T CD4 naive ou MHC de classe 
I para linfócito T CD8 naive, possuindo também sinais adicionais, que são as moléculas 
coestimuladoras, em seguida, se tem a expansão clonal em que os linfócitos entram em proliferação 
para que se tenha maior quantidade de linfócitos com o mesmo TCR, ou seja, com a mesma 
especificidade, sendo o último passo a diferenciação em células efetoras. 
• Mecanismos de ativação dos linfócitos T: 1° sinal de ativação 
O primeiro sinal de ativação é mediante a interação do TCR na célula T com o peptídeo ligado à 
molécula de MHC. 
1. Reconhecimento do antígeno 
O TCR que é específico para o peptídeo ligado à molécula de MHC na superfície de uma APC, 
em que a melhor célula para induzir a diferenciação de linfócitos T naive é a célula dendrítica, desta 
forma, a APC que apresenta a expressão do MHC de classe II é a responsável por apresentar o 
peptídeo que induz a diferenciação de linfócitos T CD4 e se a MHC expressa pela APC for de 
classe I, esta ficará responsável por diferenciar o linfócito T CD8 naive. Então o primeiro sinal 
necessário para que o linfócito seja ativado é a interação do TCR presente na superfície do linfócito 
T com o complexo peptídeo-MHC. 
• Mecanismos de ativação dos linfócitos T: 2° sinal de ativação 
Provém das moléculas coestimuladoras, que vão fornecer um sinal adicional para a ativação, não 
bastando apenas o primeiro sinal, sendo estas a molécula B7 na superfície da APC, cujo receptor 
é o CD28, expresso na superfície da célula sendo, sendo o 2° sinal da ativação o que acontece 
mediante a interação de ambos. Salientando que este segundo sinal também acontece na célula T 
naive. 
Essas moléculas coestimuladoras, estão presentes em duas classes nas APCs, sendo a B7.1 e a B7.2, 
sendo estas glicoproteínas de membranas, sendo também chamadas de CD80 e CD86 e que tem 
a sua expressão modulada na superfície da célula apresentadora de antígenos, então quando a 
APC está em repouso, se tem baixa expressão de B7 e quando ativada, se tem o aumento da 
expressão de B7. Essa expressão aumenta de acordo com a interação da célula dendrítica com 
PAMPs ou DAMPs, elevando a expressão do B7 e permitindo que as células dendríticas passem a 
ativar de forma secundárias os linfócitos T, através da ligação de B7 com o CD28. 
Então na presença de citocinas e moléculas solúveis essencialmente inflamatórias, as APCs 
aumentam a expressão do B7, sendo que as células dendríticas são as células que apresentam os 
maiores níveis de moléculas estimuladoras, justificando o porquê de serem consideradas as células 
apresentadoras de antígenos profissionais. 
• Ativação do linfócito T 
No interior da célula quando ela passa a receber o segundo sinal, o primeiro juntamente com este 
último, se tem a ativação de vias intracelulares, capazes de modular a expressão de moléculas 
antiapoptóticas, porque a intenção não é perder a célula por apoptose, fazendo com que a célula 
sobreviva. A IL-2 também é aumentada, tal como o receptor, para que seja realizada tanto a 
produção como a sinalização do tipo autócrina, neste caso, a IL-2 acaba apresentando efeito de 
induzir a expansão clonal, entrando no ciclo celular e consiga se expandir bastante. Além disso, 
diversos outros fatores ou mediadoras são sintetizados para que as células passem a se tornar 
efetoras e células de memória. 
• Ativação do linfócito T CD8+ 
O segundo sinal de ativação pode ser diferente em alguns contextos, quando se tem alguns 
estímulos que não induzem resposta imune inata forte, impedindo que a célula dendrítica expresse 
o B7, precisando de um segundo sinal mais forte que induz a ativação do linfócito T CD8 de 
maneira completa e eficaz. Como exemplo de estímulos que não induzem uma resposta imune 
inata forte, se tem as infecções virais latentes, tumores (células cancerígenas que não possuem 
tantos antígenos tumorais). 
Este pode ser classificado pela vida direta de estimulação ou indireta, sendo fornecido pela célula T 
CD4 auxiliar, que já sofreu o processo de diferenciação, ou seja, a também chamada célula T 
helper pode atuar estimulando a ativação do linfócito T CD8 através de uma via direta ou indireta. 
 Via direta: A APC com pouco B7 que interage com o CD28, tal como a interação peptídeo 
do complexo MHC-peptídeo com o TCR, e então a célula helper secreta citocinas que interagem 
com o linfócito T CD8, estimulando a diferenciação destes em citotóxicos. 
 Via indireta: Haveria o contato da célula dendrítica com uma célula T CD4 efetora ou 
helper, e a partir desse contato, via CD40 e CD40L – ligante, presente na superfície da célula T 
Helper, em que o braço de comunicação fornece maior estímulo e ativação para a célula dendrítica, 
conferindo uma maior capacidade de produzir citocinas que vão em direção da célula T CD8, para 
estimulá-la e induzir sua ativação, ou seja, as citocinas produzidas pela APC que agora está mais 
potencializada, se direcionam para cima do linfócito T CD8. No caso do HIV, o paciente tem uma 
massiva queda nas células T CD4, então essas vias de ativação do linfócito T CD8 são 
comprometidas, então não se tem a ativação completa da T CD8 e a diferenciação para linfócitos 
T citotóxicos. 
• Bloqueio da coestimulação de B7: CTLA-4 
Como a molécula de CTLA-4 consiste em uma molécula de superfície dos linfócitos T e que 
possui função inibitória, quando esta se encontra expressa, ela acaba induzindo a inibição da ativação, 
regulando-a. Então normalmente, o linfócito T expressa o CD28 que se liga ao B7 – segundo sinal 
de ativação – e quando ela já está ativada, ela passa a aumentar o CTLA-4, e como o B7 da 
superfície das APCs também pode se ligar o CTLA-4. Contudo, quando o B7 se liga ao CD28, o 
linfócito é ativado e ao interagir com o CTLA-4, o linfócito passa a ser inibido, vale destacar que 
B7 possui maior afinidade com CTLA-4, sendo esta de 20 a 50 vezes maior do que a afinidade 
de B7 pelo CD28. Então quando B7 se encontra expresso em menores quantidades na APC – 
como quando ela se encontra em repouso devido à ausência de interação com PAMPs ou DAMPs, 
a tendência é que se ligue a ela o CTLA-4, que induz a sua inibição, em contrapartida, se na 
superfície da APC se tem altos níveis de B7, a CD28 consegue se ligar, ativando o linfócito. 
É válido destacar a importância desse mecanismo que relaciona a CTLA-4 e do B7, capaz de inibir 
a ativação de linfócitos, constituindo então, a forma ideal do organismo, em que se tem a ausência 
de agentes lesivos ao organismo. A molécula de CTLA-4 é importante na imunoterapia em casos 
de uma elevada ativação de linfócitos T, como em doenças autoimunes e rejeição de enxertos, 
então pode-se associar a molécula de CTLA-4 em um anticorpo, como se o CTLA-4 estivesse 
solúvel, então este vai se ligar ao B7, impedindo a ativação do linfócito T, porque o B7 não se 
encontra livre para interagir com o CD28 e assim, ao invés de fornecer o segundo sinal de ativação, 
o B7 passa a interagir com o CTLA-4, induzindo a parada na ativação. 
 CTLA-4 no câncer: a descoberta de um anticorpo anti-CTLA-4, porque no câncer os 
linfócitos T passam a ficar bloqueados devido a interação CTLA-4 com B7, então através da 
administração de anticorpo-anti-CTLA-4, se tem o impedimento da ligação CTLA-4 com B7, e 
então, este passa a se ligar ao CD28, ativando o linfócito, que atua contra o tumor. O CTLA-4 é o 
regulador de checkpoint,que é o regulador negativo, porque oferece sinais de inibição, em que o 
mais usado é o Ipilimumab, que causa maior ocorrência de potente necrose tumoral, contribuindo 
com cerca de 3,6 meses como prazo de sobrevivência. 
• Resposta das células T após ativação 
A célula T modula a expressão e produção de várias moléculas, sendo algumas produzidas mais 
precocemente e outras mais tardias, em intervalos dos sinais de ativação, em que a primeira a ser 
sintetizada e liberada é a IL-2, capaz de fazer com que o linfócito T entre em expansão clonal, 
então o linfócito aumenta tanto a produção de IL-2 como a expressão de seu receptor, o IL-2R 
(porque a sinalização é realizada de forma autócrina). Essa produção de IL-2 é utilizada na produção 
de imunossupressores que á ciclosporina e o tacrolimus, capazes de bloquear a síntese da IL-2, 
porque se impede a proliferação da célula devido à inibição da expansão clonal. 
Outra molécula expressa na superfície do linfócito T recém ativado, é a CD69, sendo importante 
para a retenção das células no órgão linfoide secundário (que é justamente onde se tem a ativação 
desses linfócitos), isto porque a célula T precisa ficar um tempo em contato com a APC, para que 
a sua ativação seja finalizada. Esta interage também com a molécula de saída do linfócito T, que é 
a S1P que se liga ao S1PR do linfócito. 
Outras moléculas como a CD40L, que são produzidas tardiamente, em que se tem a expressão 
do CD40L, que demora cerca de 24 a 48 horas, que possui função na potencialização da função 
de APC, macrófagos e célula B que interagem com o linfócito T CD4. 
Além disso, tem-se necessária a modulação das moléculas de adesão e receptores de quimiocinas, 
porque após serem ativados, eles precisam migrar para o local de infecção, sendo a chamada 
marginação, então elas precisam interagir de maneira correta com a CCR7, VLA-4, LFA-1 e ligantes 
selectinas, permitindo que os linfócitos possam chegar até o local de inflamação. 
Por último, se tem também tardiamente, o linfócito T começa a expressar o CTLA-4, que é 
responsável por finalizar sua ativação e iniciar sua resposta como sua diferenciação como célula 
efetora. 
• Expansão clonal de células T 
Essa etapa é precoce, logo após a ativação, em que se tem a proliferação dos linfócitos com o 
TCR específico para determinado epítopo, com receptores idênticos e especificidade também, em 
que antes entre 1 milhão de linfócitos T, apenas 1 possuirá o receptor para determinado epítopo e 
após essa ativação, cerca de 1 em 3 a 1 em 10 passam a expressar o mesmo receptor no caso das 
células T CD8 e de 1 a 100 a 1 em 1000 para células T CD4. 
Essa expansão clonal é dependente da sinalização TCR que é o primeiro sinal, da coestimulação e 
da interação com citocinas como a IL-2, e então, se tem o aumento do número de células T 
virgens específicas. 
• Molécula CD69 
Capaz de se ligar ao receptor de S1P e internaliza o receptor de S1P (S1PR), o mantendo dentro da 
célula, então é como se a célula não expressasse o receptor, e então, ela tende a ficar retida no 
órgão linfoide secundário, o que permite maior interação com células dendríticas, se ativando e se 
tornando de maneira mais eficaz, a célula efetora. Depois disso, o CD69 para de ser sintetizado e 
o receptor de S1P volta a ser expresso e a célula pode sair à favor de um gradiente de 
concentração. 
• Coestimulação – CD40L 
Que interage com o CD40 da superfície das APCs, como células B, macrófagos e célula dendríticas, 
sendo importante na potencialização dessas células e a apresentação de antígenos pela células 
dendríticas, porque aumenta a expressão de B7 e produção de citocinas. Essa molécula se encontra 
na superfície das células T CD4 já caracterizadas como efetoras, sendo a auxiliar ou helper. 
• Diferenciação em células T efetoras 
Depois que a célula já se encontra diferenciada é que as células migram para a periferia, até então, 
todos os mecanismos citados acima acontecem nos órgãos linfoides secundários, e após a 
diferenciação, essas células T passam a atuar como helper (secretando citocinas) ou como 
citotóxicas, que atua através da citotoxicidade. 
Após a ativação, se tem a diferenciação, a célula T CD4 passa a secretar citocinas capazes de 
amplificar a resposta de outras células, já a célula T CD8 passa a secretar grânulos de granzima e 
perforina, receptores de morte, que vão eliminar células infectadas por microrganismos 
intracelulares ou tumorais, não tendo efeito sobre organismos livres. 
A célula CD4 passa a ser efetora quando se tem a expressão de moléculas de superfície que 
quando ela era naive, que não eram expressas como o CD40L, além disso, ela passa a secretar 
citocinas capazes de induzir a ativação de outras células. Quando ela se diferencia em efetora, pode 
seguir alguns caminhos que diferenciam as células T helper em diversos tipos, é o chamado 
processo de polarização, que geram a TH1, TH2 ou TH17, existindo também as células T helper 
foliculares ou TH reguladoras. O que faz essa diferenciação são algumas citocinas, fazendo com 
que as funções dessas células T helper sejam diferenciadas para atuar de formas distintas, 
secretando citocinas variadas contra determinados patógenos ou doenças. 
• Polarização 
Durante a ativação, a célula T pode entrar em contato com citocinas da própria APC como de 
citocinas do microambiente, essas citocinas presentes durante a diferenciação do linfócito são 
chamadas citocinas indutoras. 
Se o linfócito tiver em contato com a IL-12, ele passa a se diferenciar em TH1, sendo a IL-12 a 
principal. Tal como o que acontece quando os linfócitos estão em contato com a TGF-beta, 
que faz com que os linfócitos se diferenciem em TH17. Quando essas células entram em 
contato com essas citocinas, alguns fatores de transcrição são ativados, que migram para o 
núcleo da célula e induzem a síntese e secreção de algumas outras citocinas. Então se tem a 
diferença entre a citocina indutora, que é a que induz a produção de citocinas específicas e 
como resposta, se tem a produção de citocina efetora. 
A secreção de citocinas diferentes indica que eles participam de processos infeciosos diferentes. 
o Especialização da resposta imune celular 
Células TH1: Microrganismos que resistem ao processo de fagocitose vão estimular resposta de 
TH1, porque a função de TH1 via interferon gama, é justamente potencializar a atividade de 
macrófagos, então o microrganismo estimula a ativação da imunidade inata, que por sua vez, tem 
a IL-12 como a principal ativadora da diferenciação do linfócito T em TH1, que passa a secretar mais 
interferon gama, ativando o macrófago, induzindo a eliminação de forma eficiente. Vale salientar 
que juntamente com a IL-12, se tem o interferon-gama, em que a IL-12 induz um fator de transcrição 
chamada T-bet, capaz de gerar a síntese de interferon-gama (inibindo a TH2 e TH17, gerando a 
TH1). Como resposta, as células T efetoras TH1 induzem a ativação de macrófagos, auxiliando 
também na produção de imunoglobulinas pela célula B, que é capaz de sintetizar e expressar a IgG 
apenas mediante o contato e estimulação pelo interferon-gama, na ausência de interação das 
células B com as células T helper 1, se tem a produção da IgM. 
Células TH2: Já os helmintos ou alérgenos (antígenos que causam alergia também polarizam para 
TH2), em que as células da imunidade inata como macrófagos, dendríticas, mastócitos, começam a 
produzir a IL-4, ativando resposta padrão de TH2, que ativam eosinófilos, capazes de digerir o 
tegumento do helminto, estes estimulam as células da imunidade inata a produzirem IL-4, esta por 
sua vez faz a polarização do linfócito T naive ativado em TH2, que ativa eosinófilos. Mediante o 
contato da célula T helper com a citocina indutora IL-4, se tem a alteração com um fator de 
transcrição GATA-3, induzindo a síntese de IL-4 (o que inibe TH1 e TH17), a síntese de IL-5 e IL-
13, que tem papel importante nas infecções porhelmintos e alérgenos, que tendem a fazer uma 
estimulação crônica do sistema imune, gerando pouca inflamação, não possibilitando a diferenciação 
para TH1 e TH17, sustentada pela hipótese da higiene, que indivíduos muito expostos a helmintos e 
alérgenos, se tem a maior da estimulação para TH2, fazendo com que se tenha maior risco de 
alergias. 
Células TH17: Fungos e bactérias extracelulares induzem polarização para TH17, porque quando as 
células da imunidade inata entram em contato com esses agentes extracelulares, produzem muita 
IL-6 e TGF-beta (vindo de outras fontes e em pouca concentração, porque é uma citocina anti-
inflamatória), que fazem a polarização para TH17 devido a ativação do fator de transcrição ROR-
gamaT e STAT3, que potencializa a ação de neutrófilos, através da secreção de IL-17 e síntese 
de IL-22. Então a resposta imune começa com uma resposta imune inata, em seguida, se tem a 
ativação de célula da imunidade adaptativa que por sua vez, potencializam as células da primeira 
imunidade. 
• Diferenciação de células T em células T efetoras 
Ela se diferencia em célula T citotóxica, passando a expressar conteúdo dos grânulos, que são a 
perforina e granzima, que atuam em cima de outra célula, além disso, a célula T também passa a 
expressar receptores de morte, o chamado receptor FAZ, também sendo capaz de secretar 
citocinas, como o interferon-gama. Então após a diferenciação de células T em T helper ou 
citotóxicas que acontecem nos órgãos linfoides secundários, elas podem sair desse órgão através 
da diminuição do CCR7 (receptor de quimiocina que perde a célula na zona de célula T), precisa 
aumentar a expressão de S1PR (para ela conseguir sair via sangue ou linfa) e precisam expressar 
selectinas, integrinas e receptores de quimiocinas (para viabilizar a migração, no processo de rolar, 
aderir e transmigrar) 
• Células T efetoras e sítio de infecção 
É interessante o fato de que ao chegarem no sítio de infecção, elas precisam interagir mais uma 
vez com o epítopo no qual estimulou a sua diferenciação, então as células que podem apresentar 
os antígenos para os linfócitos T helper TH1, TH2 e TH17 são as APCs, como a célula dendrítica, 
os macrófagos e os linfócitos B, porque eles conseguem apresentar através das células de MHC 
de classe II. Contudo, nesse momento não é necessária a coestimulação, que envolve o B7 e o 
CD28. 
No caso das células T citotóxicas, é lógico a necessidade dessa apresentação novamente, então as 
APCs mostram o antígeno através de uma MHC de classe I, sendo essas, qualquer célula nucleada 
do organismo, para que ela compreenda qual a célula afetada. 
• Respostas das células T helper polarizadas 
A função dessas células é mediada pela secreção de citocinas e de moléculas de superfície, em 
que essas últimas são as responsáveis para a função efetora, então essas duas juntas é que vão 
ativar outras células da imunidade inata e o linfócito B, auxiliando na produção de determinados 
isotipos, com maiores especificidades ou afinidades. 
• Células TH1: 
São as célula caracterizadas pela produção do interferon-gama e pela expressão na sua superfície 
do CD40L, que interagem com o CD40 na superfície de outras células, que podem interagir com 
macrófagos os ativando e fazendo com que haja maior ingestão e destruição do microrganismo – 
amplificando a fagocitose e destruindo os microrganismos resistentes ao processo de fagocitose, 
como por exemplo o Mycobacterium tuberculosis a Leishmania major. 
Essa interação acontece mediante a secreção de interferon-gama e CD40L da seguinte forma: 
como o macrófago atua como APC, ele expressa o peptídeo que ativa pela segunda vez o linfócito 
T CD4 de tipo TH1, através da ligação do seu CD40 (do macrófago) com o CD40ligante do linfócito, 
fazendo com que o interferon-gama seja secretado e interaja com o receptor de interferon-gama 
do macrófago, aumentando sua atividade microbicida. 
Essa atividade é aumentada porque se tem o aumento da ingestão, produção de maiores 
quantidade de espécies reativas de oxigênio e de oxido nítrico, tal como a produção de moléculas 
pró-inflamatórias e o aumento de moléculas necessárias para a apresentação de antígenos (MHC 
de classe II e de B7, quando necessária a coestimulação) para ativar mais linfócitos naive ou outros 
linfócitos já considerados efetores. 
Contudo, quando o macrófago fica muito ativado, se tem um lado negativo, porque se sustenta o 
processo inflamatório, tal como o aumento de espécies reativas oxigênio, então o macrófago pode 
começar a exocitar essas espécies e algumas enzimas lisossomais, fazendo com que células 
próximas sofram o efeito deletério. 
O processo descrito acima é muito comum no caso da tuberculose, em que se tem a associação 
de macrófagos, formando as células gigantes e se tem a evidência de granuloma, com a presença 
de células Th1, que tentam ativar as macrófagos de maneira a tentar conter a proliferação e 
dispersão das mycobactérias. O granuloma indica o controle da doença, impedindo que o 
mycobactérias possa afetar outros órgãos, no caso de pessoas com HIV, como se tem a elevada 
redução de células CD4 do tipo TH1, não se tem a formação de do granuloma com a presença 
de TH1 que estimula a atividade de macrófagos que o retem e o destroem. 
As células TH1 podem atuar auxiliando as células B na troca de classes ou isotipos de imunoglobulinas, 
fazendo com que haja a produção de anticorpos. Essa ajuda acontece através da secreção de 
interferon gama e a expressão do CD40L com o CD40 da superfície da célula B, que atua como 
APC apresentando uma porção do antígeno, e então a célula T helper 1 secreta o interferon-gama 
e se tem a interação CD40Ligante com CD40 e então a célula B passa a produzir um tipo de 
anticorpo diferente do IgM, que á o anticorpo IgG, com maior afinidade e com funções mais 
diversificadas. 
Elas também aumentam a diferenciação de mais células TH1 porque como elas secretam o 
interferon-gama, participante da indução como citocina indutora da diferenciação, gerando a 
amplificação da resposta de TH1. As células T helper do tipo TH1 também são capazes de 
potencializar a apresentação de antígenos pelas APCs, então a TH1 que interage com as APCs e 
potencializa a apresentação (MHC-II, proteínas de processamento e moléculas coestimuladoras) 
• Células TH2 
Como principais funções se tem o fato de que uma das citocinas produzidas pelo linfócito T CD4 
do tipo TH2, sendo esta a IL-4, atuam e apresentam resposta contra helmintos e alérgenos, 
auxiliando células B interagindo e auxiliando na troca de classe para imunoglobulina do tipo IgE, que 
é um isotipo de anticorpo importante no combate a helmintos e em respostas alérgicas. Essa troca 
é mediada pela secreção de citocinas pela TH2, que é a IL-4 e a IL-13, em conjunto com a ligação 
CD40L com o CD40 da célula B, fazendo com que a IgE seja produzida. Além disso, a IL-4 amplifica 
a resposta por TH2, porque a citocina indutora da produção e diferenciação de linfócitos T naive 
CD4 em TH2. 
Essas citocinas produzidas, a IL-4 e a IL-13, que recrutam eosinófilos, essenciais na digestão do 
tegumento dos helmintos, visto que, o nosso organismo não é capaz de fagocitá-los. Além disso, a 
IL4 juntamente com a IL-13, também são capazes de induzir o peristaltismo no trato gastrointestinal 
e a última citocina citada é capaz de secretar muco, compondo uma porção da imunidade inata 
que induz a eliminação do patógeno e o bloqueio na entrada através de barreira. 
Essa associação de citocinas também consegue ativar alternativamente macrófagos do tipo M2, 
que tem como função promover o reparo tecidual, isto porque helmintos e alérgenos tendem a 
fazer estimulação crônica com muito dano tecidual, como os grânulos do eosinófilo que digerem o 
tegumento do helminto e acabam afetando as células próximas, necessitando de reparo. 
Além da IL-4 e IL-13, as células TH2 sintetizam a IL-5, capaz de estimular o crescimentoe 
diferenciação de eosinófilos, ativação dos eosinófilos maduros para que ele consiga matar o helminto 
e a desgranulação, que é a liberação de substâncias tóxicas, como a proteína básica principal que 
atua na digestão do tegumento, tal como citocinas e mediadores inflamatórios. No caso da IgE, esta 
opsoniza o helminto, e então, como o eosinófilo possui receptores para a IgE, se tem a 
apresentação do antígeno e a ativação/liberação dos grânulos do eosinófilo. 
Essas também estão envolvidas nas alergias, porque para que se tenha um quadro alérgico, os 
mastócitos (células da imunidade inata), que tem na sua superfície um receptor chamado de 
receptor de porção FC do anticorpo, de IgE, então para fazer a IgE, A TH2 precisa interagir com 
a célula B. Então quando se tem a célula dendrítica ou APCs, esta apresenta para linfócito T CD4 
via MHC-classe II, estimulando a imunidade inata a produzir IL-4, esta é a responsável por diferenciar 
os linfócitos em TH2, esta interage com as células B, estimulando a produção de IgE e então a IgE 
que é específica para esse alérgeno, e então os mastócitos que tem receptores para uma parte 
da IgE e que são de alta afinidade, portanto, toda IgE produzida vai se ligar à superfície dos 
mastócitos, a IgE ligada atua como um receptor do mastócito. Quando o indivíduo entra em contato 
com o alérgeno, este se liga às IgEs, ativando o mastócitos e induzindo a liberação de grânulos que 
contém a histamina, que causa vasodilatação e aumento de permeabilidade, evidenciando os 
sintomas da alergia de acordo com o local onde se tem a desgranulação. 
• Células TH17 
Estas atuam recrutando leucócitos, em que a principal citocina produzida é a IL-17, sendo importante 
em infecções por bactérias extracelulares e fungos, através do recrutamento de neutrófilos. A IL-
17 atua não diretamente nos neutrófilos, mas sobre outras células como as células endoteliais, 
epiteliais e estromais, que produzem fatores de crescimento de granulócitos, IL-1B, IL-6 e TNF que 
são citocinas pró-inflamatórias, capazes de gerar o aumento de neutrófilos na medula devido ao 
fator de crescimento e o recrutamento pelas citocinas. 
Outra citocina produzida é a IL-22, que tem a função de estimular a imunidade inata de barreira, 
fazendo com que as células epiteliais produzam o peptídeos microbicidas, como as catelicidinas, 
defensinas, então ela aumenta a imunidade inata de barreira. 
 Essas células têm sido relacionadas com o desenvolvimento de doenças autoimunes, como 
a doença de Crohn, esclerose múltipla e artrite reumatoide. 
• Células T reguladoras (Treg) 
Essas participam dos mecanismos de tolerância central, sendo desenvolvidas no timo, podendo ser 
chamadas de Treg naturais, mas existem as células Treg induzidas que são formadas na periferia, 
em que a célula T naive que está sendo estimulada pela APC e se encontra mergulhada em 
microambiente com muitas citocinas anti-inflamatórias. Como principais características, essas 
também são efetoras, secretando muita IL-10 e TGF-B, que atuam inibindo a apresentação de 
antígenos pelas APCs, fazendo com que haja a redução da polarização e a ativação de células T 
citotóxicas, regulando a ativação de células do sistema imune. Então problemas na geração e função 
destas, podem causar doenças autoimunes ou doenças inflamatórias crônicas. 
• Células T citotóxicas 
Tem como função a morte da célula alvo, ou seja, células infectadas por microrganismos 
intracelulares ou transformadas, que apresentam o antígeno mais uma vez via MHC-classe I, 
realizando a morte através da secreção de grânulos contendo granzimas e perforinas e quando 
essa célula é ativada, se tem uma morte extremamente direcionada, onde se tem a sinapse 
imunológica mediante o contato com essas duas células e por isso, as células vizinhas não sofrem 
a ação da célula CD8. 
O contato da sinapse é muito próximo porque envolve moléculas de adesão como as integrinas, 
além do reconhecimento, induzindo a liberação de grânulos na região de encontro das duas células, 
sendo tão direcionada ao ponto de se chamar tiro letal, e então a célula alvo morre de 2 a 6 horas. 
As granzimas e perforinas atuam com a exocitose destas e então a célula alvo endocita esses 
grânulos e no endossomo, a perforina faz poros e permite a saída da granzima, que no citoplasma 
da célula alvo ativa as diferentes vias de apoptose e em alguns casos, a resposta de CD8 se tem 
dano tecidual, como algumas hepatites virais, onde o vírus não mataria a célula mas a célula citotóxica 
acaba induzindo a morte dessas células, então quem mata o hepatócito não é o vírus em si, mas 
sim as células T CD8. 
Além desse mecanismo, outro mecanismo utilizado se dá através dos receptores de morte, em 
que se tem o FAS ligante na superfície das células T citotóxica (que após sua ativação, é expresso 
em quantidades mais elevadas) e então ele interage com o FAS da superfície da célula alvo, 
gerando a ativação das caspases e a apoptose da célula.

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