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Compreensão e interpretação de textos
A compreensão e interpretação de texto são duas ações que estão relacionadas, uma vez que quando se compreende corretamente um texto e seu propósito comunicativo chegamos a determinadas conclusões (interpretação).
Hoje em dia é essencial saber interpretar corretamente os textos, entender melhor sobre suas tipologias e as funções da linguagem relacionadas a ele.
Resumindo:
· Compreensão de textos: é a decodificação da mensagem, ou seja, análise do que está no explícito no texto.
· Interpretação de textos: é a interpretação que fazemos do conteúdo, ou seja, quais conclusões chegamos por meio da conexão de ideias e, por isso, vai além do texto.
O que é interpretação de textos?
A interpretação de textos envolve a capacidade de chegar a determinadas conclusões após fazer a leitura de algum tipo de texto (visual, auditivo, escrito, oral).
Por isso, a interpretação de texto é algo subjetivo e que pode variar de leitor para leitor. Isso porque cada um possui um repertório interpretativo que foi sendo adquirido ao longo da vida.
Vale lembrar que o repertório interpretativo do leitor advém, em grande parte, da leitura. Portanto, ler é um ato essencial e que auxilia na melhor interpretação dos textos e conexão das ideias.
O que é compreensão de textos?
Compreender um texto é entender a mensagem que ele está transmitindo de maneira objetiva. Assim, a compreensão textual envolve a decodificação da mensagem que é realizada pelo leitor.
Quando ouvimos, por exemplo, um noticiário, compreendemos a mensagem passada e qual sua finalidade (informar o ouvinte de algum acontecimento, por exemplo).
Para compreender os textos escritos não é diferente, porém requer o conhecimento da língua, do vocabulário e das funções relacionadas com linguagem e a comunicação.
Logo, por meio da interpretação das palavras e das frases podemos compreender melhor a mensagem que está sendo transmitida. Por isso, ter um dicionário por perto é sempre uma dica boa, se caso houver algum termo desconhecido.
Exemplos de compreensão e interpretação de textos
Para compreender melhor esses conceitos, confira abaixo dois exemplos de compreensão e interpretação de textos que caíram no Enem.
1. (Enem-2012)
O efeito de sentido da charge é provocado pela combinação de informações visuais e recursos linguísticos. No contexto da ilustração, a frase proferida recorre à
a) polissemia, ou seja, aos múltiplos sentidos da expressão “rede social” para transmitir a ideia que pretende veicular.
b) ironia para conferir um novo significado ao termo “outra coisa”.
c) homonímia para opor, a partir do advérbio de lugar, o espaço da população pobre e o espaço da população rica.
d) personificação para opor o mundo real pobre ao mundo virtual rico.
e) antonímia para comparar a rede mundial de computadores com a rede caseira de descanso da família.
Comentário da questão
Resposta correta: a) polissemia, ou seja, aos múltiplos sentidos da expressão “rede social” para transmitir a ideia que pretende veicular.
A questão acima é um bom exemplo de compreensão e interpretação de texto visual.
O humor gerado pela charge advém da polissemia da palavra "rede", ou seja, dos diferentes significados que ela carrega.
Na cultura indígena, a rede é um objeto utilizado para dormir. Já rede social, termo que surgiu por meio do avanço da internet, representa espaços virtuais de interação entre grupos de pessoas ou de empresas.
Uma interpretação que podemos obter com a observação da charge é sobre a desigualdade social que atinge muitas pessoas as quais não possuem condições financeiras de ter acesso à internet.
2. (Enem-2019)
Qual a diferença entre publicidade e propaganda?
Esses dois termos não são sinônimos, embora sejam usados indistintamente no Brasil. Propaganda é a atividade associada à divulgação de ideias (políticas, religiosas, partidárias etc.) para influenciar um comportamento. Alguns exemplos podem ilustrar, como o famoso Tio Sam, criado para incentivar jovens a se alistar no exército dos EUA; ou imagens criadas para “demonizar” os judeus, espalhadas na Alemanha pelo regime nazista; ou um pôster promovendo o poderio militar da China comunista. No Brasil, um exemplo regular de propaganda são as campanhas políticas em período pré-eleitoral.
Já a publicidade, em sua essência, quer dizer tornar algo público. Com a Revolução Industrial, a publicidade ganhou um sentido mais comercial e passou a ser uma ferramenta de comunicação para convencer o público a consumir um produto, serviço ou marca. Anúncios para venda de carros, bebidas ou roupas são exemplos de publicidade.
VASCONCELOS, Y. Disponível em: https://mundoestranho.abril.com.br. Acesso em: 22 ago. 2017 (adaptado).
A função sociocomunicativa desse texto é
a) ilustrar como uma famosa figura dos EUA foi criada para incentivar jovens a se alistar no exército.
b) explicar como é feita a publicidade na forma de anúncios para venda de carros, bebidas ou roupas.
c) convencer o público sobre a importância do consumo.
d) esclarecer dois conceitos usados no senso comum.
e) divulgar atividades associadas à disseminação de ideias.
Comentário da questão
Resposta correta: d) esclarecer dois conceitos usados no senso comum.
Essa é uma questão de compreensão e interpretação de um texto escrito.
Depois da leitura atenta do texto, fica claro entender qual sua finalidade: esclarecer sobre dois conceitos que são utilizados como sinônimos pelo senso comum.
Assim, trata-se de um tipo de texto explicativo que utiliza alguns exemplos para ilustrar os conceitos de publicidade e propaganda.
Compreensão e interpretação de textos: tudo o que você precisa saber
Tire todas as suas dúvidas sobre compreensão e interpretação de textos: conheça regras, diferenças e dicas para compreender e interpretar textos.
Todas as provas de vestibular, do Enem e de concursos em geral abordam questões de compreensão e interpretação de textos. Dedicar-se a entender melhor esse assunto pode fazer a diferença no futuro, e a boa notícia é que, uma vez que você aprenda a interpretar textos, responder às perguntas dessa área de conhecimento será algo muito mais simples.
Pense um pouco nos tipos de texto que você costuma ler (matérias em sites de notícias, postagens de jornalistas ou escritores, críticas de filmes, livros, bulas de remédio – vale tudo) e perceba como as suas leituras favoritas são fáceis de ler.  Se você se interessa por Economia, ler sobre esse assunto é mais fácil do que ler sobre algo diferente, como Física Quântica.
Com esse exemplo, podemos perceber que o conhecimento prévio sobre determinados assuntos nos ajuda a compreender e interpretar textos que falem sobre eles. Então, antes de qualquer coisa, é preciso que você abra o leque das suas leituras e, inclusive, consuma conteúdos sobre assuntos que não despertam seu interesse de imediato. Ler mais é o que nos ajuda a melhorar em termos de compreensão e interpretação de texto e, consequentemente, até na hora de fazer uma redação, mas esse já é outro assunto.
O que é compreensão de textos?
Compreender um texto significa ser capaz de fazer uma leitura objetiva e entender o que está escrito de forma objetiva, decodificando e analisando as sentenças presentes no corpo textual. A compreensão é o momento no qual você percebe quais são as principais palavras de cada ideia e quais são os dados e as informações possíveis de serem coletadas.
Nas provas, a compreensão do texto costuma ser cobrada em exercícios que começam com “De acordo com o texto”, “Segundo a publicação”, “O texto informa que”, “No texto”, "Tendo em vista o texto”. Ou seja: a resposta, aqui, deverá levar em conta o que está escrito literalmente no texto a ser avaliado.
O que é interpretação de textos?
A interpretação de texto vai um pouco além da compreensão através de uma análise mais subjetiva do que o autor quis dizer com o que escreveu. Trata-se, portanto, do que o autor deixou subentendido, ou seja, do que podemos concluir para além do que está escrito.
Uma boa interpretação de texto está diretamente ligadaà sua bagagem de leitura, por isso é importante ler frequentemente a respeito de diversos assuntos, principalmente História, Geografia, Geopolítica, Atualidades, Meio Ambiente, Economia, Saúde.
Nos enunciados de exercícios de interpretação de texto temos expressões como “Podemos deduzir”, “Ao falar sobre X, o autor quis dizer que”, “Com o apoio do texto, infere-se que”, “Diante do que foi exposto, pode-se concluir que”, “O texto nos permite entender que”, “O texto encaminha o leitor para”.
Qual a diferença entre compreensão e interpretação?
	Item
	Compreensão
	Interpretação
	Definição
	Análise objetiva do conteúdo, compreendendo frases, ideias e dados presentes no texto.
	A conclusão subjetiva do texto. É o que o leitor entende que o texto quis dizer.
	Informação
	As informações necessárias estão dispostas no texto.
	A informação vai além do que está no texto, embora tenha uma relação direta com ele.
	Análise
	Objetiva. Ligada mais aos fatos.
	Subjetiva. Pode estar relacionada a uma opinião.
Dicas para compreender e interpretar textos
A maior dica de todas é, certamente, a leitura, e já explicamos por que isso é fundamental na hora de compreender e interpretar textos – e também quando for preciso escrever algum tipo de redação.
Além disso, existem outras coisas que você pode colocar em prática para se dar bem na hora de interpretar textos em alguma prova. Confira algumas delas a seguir:
· Buscar ao máximo compreender as regras da Língua Portuguesa, seus meandros e sua gramática;
· Compreender figuras de linguagem (hipérbole, ironia, paradoxo, antítese, personificação, metáfora, catacrese, gradação, sinestesia etc.);
· Diferenciar a linguagem literal da linguagem figurada;
· Saber identificar itens de coesão no texto: portanto, porque, dessa maneira, assim sendo, enfim, além disso etc.;
· Compreender a coerência: é quando o texto faz sentido, expressa ideias que se relacionam entre si e consegue fazer com que a lógica do texto flua naturalmente. Por isso, um texto dito incoerente é aquele que “não tem pé nem cabeça” ou não é pontuado devidamente;
· Sempre que puder, leia textos em voz alta ou balbuciando, pois isso ajuda a compreender melhor o que está escrito, uma vez que a língua falada nos permite perceber na prática as pausas e outras nuances do texto;
· Leia o texto mais de uma vez, sempre com calma;
· Sublinhe ou circule palavras-chave ou as ideias que fundamentam o texto;
· Diferencie fatos de opiniões.
Exemplos de exercícios sobre compreensão e interpretação de textos
Com base nas dicas e explicações dadas até agora, que tal tentar resolver algumas questões sobre a temática que estamos trabalhando?
1. (Enem - 2012) “Ele era o inimigo do rei”, nas palavras de seu biógrafo, Lira Neto. Ou, ainda, “um romancista que colecionava desafetos, azucrinava D. Pedro II e acabou inventando o Brasil”. Assim era José de Alencar (1829-1877), o conhecido autor de O guarani e Iracema, tido como o pai do romance no Brasil.
Além de criar clássicos da literatura brasileira com temas nativistas, indianistas e históricos, ele foi também folhetinista, diretor de jornal, autor de peças de teatro, advogado, deputado federal e até ministro da Justiça. Para ajudar na descoberta das múltiplas facetas desse personagem do século XIX, parte de seu acervo inédito será digitalizada.
História Viva, n.° 99, 2011.
Com base no texto, que trata do papel do escritor José de Alencar e da futura digitalização de sua obra, depreende-se que
a) a digitalização dos textos é importante para que os leitores possam compreender seus romances.
b) o conhecido autor de O guarani e Iracema foi importante porque deixou uma vasta obra literária com temática atemporal.
c) a divulgação das obras de José de Alencar, por meio da digitalização, demonstra sua importância para a história do Brasil Imperial.
d) a digitalização dos textos de José de Alencar terá importante papel na preservação da memória linguística e da identidade nacional.
e) o grande romancista José de Alencar é importante porque se destacou por sua temática indianista.
Resposta correta: letra D, pois a digitalização da obra de José de Alencar é, obviamente, uma forma de preservar seu trabalho, sua memória linguística e, por consequência, ter material que nos remete à identidade nacional daquele momento.
2. (UERJ - 2016/1) “Todo abacate é verde. O incrível Hulk é verde. O incrível Hulk é um abacate.”
Todo argumento pode se tornar um sofisma: um raciocínio errado ou inadequado que nos leva a conclusões falsas ou improcedentes.
O último parágrafo do texto é um exemplo de sofisma, considerando que, da constatação de que todo abacate é verde, não se pode deduzir que só os abacates têm cor verde.
Esse é o tipo de sofisma que adota o seguinte procedimento:
a) enumeração incorreta
b) generalização invertida
c) representação imprecisa
d) exemplificação inconsistente
Resposta correta: letra B, pois, no caso da generalização invertida, chegamos a uma conclusão precipitada com base em uma amostra pequena, de modo que não se pode sustentar a generalização. Dessa forma, o exemplo acima mostra um erro de lógica.
https://www.youtube.com/watch?v=W3XrpIRTgzA
(INTERPRETAÇÃO E COMPREENSÃO DE TEXTOS)
Tipologia textual:
As tipologias textuais são textos orais ou escritos que possuem uma estrutura fixa e objetivos bem definidos: relatar um acontecimento, descrever uma pessoa, defender ou apresentar uma ideia, ensinar a fazer algo. Elas são classificadas em cinco tipos: narração, descrição, dissertação, exposição e injunção.
Já os gêneros textuais são textos orais ou escritos mais específicos determinados pela intenção comunicativa e o contexto em que são utilizados. Considerando as principais características e estrutura das tipologias existentes, eles surgem dos cinco tipos de texto.
· Exemplos de gêneros textuais narrativos: romance, conta e novela.
· Exemplos de gêneros textuais descritivos: biografia, cardápio e notícia.
· Exemplos de gêneros textuais dissertativos: monografia, artigo e resenha.
· Exemplos de gêneros textuais expositivos: seminário, palestra e entrevista.
· Exemplos de gêneros textuais injuntivos: receitas, propagandas e manuais.
Tipologia textual: Saiba como identificar os 4 principais tipos de texto!
O assunto do artigo de hoje é de suma importância para a sua preparação para concursos públicos. A tipologia textual está presente tanto nas provas de língua portuguesa quanto nas redações.
Iremos apresentar as principais características de cada tipologia textual para evitar que você caia em pegadinhas durante a sua prova.
1- Qual é a diferença entre a Tipologia Textual e o Gênero Textual?
Resolvemos iniciar o artigo já trazendo uma das dúvidas mais comuns: a diferença entre tipologia textual e gênero textual.
O Gênero Textual está relacionado a um contexto histórico e cultural e são diversos os exemplos, como uma carta, e-mail, receita culinária, telefonemas, etc.
Por outro lado, a Tipologia Textual se relaciona com a estrutura, o conteúdo e a forma como um texto se apresenta, e os quatro principais tipos que abordaremos são os seguintes:
· Narração;
· Dissertação;
· Descrição; e
· Injunção.
Depois de conhecer melhor a diferença entre tipo e gênero textual, vamos ver as características de cada uma das quatro principais tipologias textuais.
2- Narração
Tipologia Textual – Narração
A narração é uma tipologia textual muito conhecida. Trata-se, de maneira singela, de uma história contada por um narrador, a qual é construída em torno de um ou mais personagens, em um determinado local e em um determinado tempo.
Ao ler uma narrativa, sempre encontraremos uma sequência lógica sendo apresentada para o seu leitor.
Em um primeiro momento, há uma introdução, apresentando os personagens, o lugar em que ocorre a história e em determinado tempo.
Após o momento introdutório, essa tipologia textual apresentará uma situação conflitante, momento em que normalmente há o suspense. E, assim, a narrativa chega a um momento de clímax, o qual costuma prender a atenção do leitor pelo desfecho do enredo.Por fim, há o desfecho da história, encerrando o suspense apresentado no decorrer da narrativa.
3- Dissertação
Dissertação – tipologia textual
A dissertação é extremamente utilizada no dia a dia. Trata-se de uma tipologia textual que objetiva expor, analisar e defender uma tese ou ponto de vista acerca de um determinado assunto.
Além disso, essa é a tipologia mais cobrada em provas de vestibulares e concursos públicos, pelo fato de explorar a fundo o conhecimento do examinando. Numa dissertação, o aluno terá que organizar, em estruturas lógicas, um texto apresentando seu ponto de vista a respeito de um determinado assunto.
Por conta dessas características, a linguagem utilizada nessa tipologia textual costuma ser objetiva e com baixíssimo grau de pessoalidade, uma vez que o objetivo não é o autor, mas sim o assunto que está sendo explorado.
Por isso, é muito comum ouvirmos falar que a dissertação é dividida em três estruturas lógicas: a introdução, o desenvolvimento e uma conclusão.
Vamos entender um pouco cada etapa!
Na introdução, o autor apresenta o tema objeto da dissertação e introduz, de maneira singela, seu ponto de vista.
Já no desenvolvimento, há a exposição dos argumentos, a fim de comprovar a tese introduzida pelo autor no início do texto, fundamentando todo o seu ponto de vista.
Por fim, temos a conclusão, na qual encerra-se o tema, trazendo uma síntese dos fatos expostos no decorrer da dissertação.
4- Descrição
Descrição – tipologia textual
A terceira tipologia textual é a descrição. Nesses tipos de textos, o autor se coloca na posição de mero observador e explica como é determinada coisa. Há a exposição de uma opinião ou sentimentos.
Normalmente, a partir da descrição, é possível que o leitor crie, em sua mente, uma imagem do que está sendo descrito. É muito comum vermos forte presença dos cinco sentidos durante o texto, com marcante descrição de tato, audição, visão, olfato e paladar.
5- Injunção
A última tipologia textual que abordaremos é a injunção. Esses textos apresentam comandos ou instruções ao seu leitor, podendo ser com viés de ordem ou conselho, mas sempre buscando controlar a ação do interlocutor utilizando-se, para tanto, da forma imperativa.
Costumeiramente vemos a presença de uma linguagem muito mais objetiva e direta.
Como exemplos dessa tipologia textual, temos as bulas de remédios, receitas culinárias, e até mesmo os editais de concursos públicos.
Ortografia Oficial 
A ortografia oficial da Língua Portuguesa é a parte da gramática que tem a finalidade de estudar a forma correta de escrever as palavras. Para isso, são observados os padrões, regras e o uso correto dos sinais de pontuação e acentuação.
A palavra grega orthos faz referência a ideia daquilo que é reto, exato e direito. Já a palavra latina graphia significa escrever. Portanto, a prática da ortografia está ligada, além da escrita correta, ao conhecimento das regras que enquadram a escrita nas condições da Língua Portuguesa, observando características etimológicas e fonológicas.
Assim sendo, quando o termo ortografia oficial é utilizado, quer dizer que estamos fazendo referência à ortografia definida como correta no Brasil.
Em concursos públicos e processos seletivos de todas as esferas é comum a cobrança do assunto tanto das provas de Português, quanto nas provas de redação, que costumam ser um grande diferencial na obtenção de boas colocações.
Por isso, preparamos um guia completo com os principais temas de ortografia oficial. Fique por dentro de todas as regras e aumente as chances de alcançar a tão sonhada aprovação.
Acentos
O uso dos acentos é um dos itens de ortografia oficial mais frequentes em concursos públicos. Para acabar com todas as dúvidas de quando usar, ou não, os acentos, fique atento às nossas dicas.
Em síntese, a acentuação tem como finalidade mudar o som de alguma letra, portanto, fazendo com que palavras escritas de forma semelhante sejam lidas de um jeito diferente e tenham significados diferentes.
Na Língua Portuguesa há quatro acentos gráficos, que podem ser definidos da seguinte forma.
Acento agudo (´) – é usado em vogais para indicar que a sílaba em que ela se encontra é tônica, ou seja, possui o som mais forte. O acento agudo faz com que as palavras sejam pronunciadas de forma aberta: célebre, acarajé, filé.
Acento circunflexo (^) – pode ser usado apenas nas vogais, A, E e O, indicando que elas devem ser pronunciadas de forma fechada: ângulo, ônus, ônibus, bônus.
Til (~) – é ele que dá o som anasalado às vogais A e O: propõem, constituição, preposição, ação.
Acento grave (`) – é usado para indicar a ocorrência de crase, assunto que será aprofundado em um tópico seguinte.
X e CH
Na hora de escrever, uma das dúvidas mais recorrentes diz respeito ao uso do X e do CH. Ainda mais porque, além de conhecer as regras, é necessário conhecer também as exceções.
Para fixar o uso correto de cada uma das situações a seguir, o ideal é ter uma boa rotina de leitura para assimilar a grafia correta das palavras. Vamos aos usos?
Uso do X e CH nas palavras provenientes do latim:
CH: quando são traduzidas do latim para o português, as sequências “pl” “fl” e “cl” transformam-se em CH.
Exemplos:
planus – chão
flamma – chama
clamare – chamar
X: palavras originárias do X latino ou quando há palatização do S em grupos ssi ou sce:
Exemplos:
examen – exame
luxu – luxo
laxare – deibar
pisce – peixe
passione – paixão
Casos em que o CH é utilizado:
· Em palavras de origem francesa (chofer (chauffeur), creche (crèche), debochar (débaucher), fetiche (fétiche), guichê (guichet) e champignon (champignon))
Casos em que o X é utilizado:
· Depois de ditongos (peixe, ameixa e caixa)
Algumas exceções são as palavras guache, recauchutar e caucho.
· Em palavras iniciadas pela sílaba “en”: enxada, enxerto e enxurrada;
Neste caso há duas exceções. A primeira diz respeito à palavra enchova, que é um regionalismo da palavra anchova, que tem origem genovesa: anciua.
A segunda exceção são as palavras formadas pela sílaba inicial “en”, seguidas por radical com “ch”. Alguns exemplos são: enchente, enchumaçar e encharcar.
· Em palavras iniciadas pela sílaba: “me” (mexilhão, México e mexer)
Aqui, a exceção é a palavra mecha (referindo-se aos cabelos) cuja origem é francesa, da palavra mèche. Algumas vezes a confusão pode ser ocasionada por conta da palavra mexe (do verbo mexer) que é grafada com x.
· Em palavras de origem tupi (capixaba, caxumba, xaxim, queixada, Pataxó, abacaxi, araxá e Xingu)
Um das exceções é a palavra que nomeia a cidade catarinense de Chapecó, que é uma derivação do tupi Xapeco e quer dizer, da donde se avista o caminho da roça.
· Em palavras de origem africana (afoxé, axé, xingar, xangô, maxixe, orixá, borocoxô, xodó e fuxico)
Algumas exceções são as palavras cachaça, chilique, e cachimbo.
· Em palavras de origem árabe (almoxarifado, elixir, haxixe, xarope, xadrez, xeque e enxaqueca)
As exceções são as palavras alcachofra e chafariz.
S ou Z
Na hora de escrever, outra confusão frequente está relacionada ao uso do S e do Z. Conheça algumas regrinhas que podem auxiliar:
Casos em que o S é utilizado:
· Em palavras que derivam de uma primitiva grafada com s (casa – casinha, casarão, análise – analisar e pesquisa – pesquisar)
Como exceção podemos citar: catequese – catequizar.
· Após ditongo quando houver o som de z (coisa e maisena)
· Nos sufixos “ês”, “esa”, “esia” e “isia”, quando indicarem nacionalidade, título ou origem (burguesia, portuguesa, poetisa e camponês)
A exceção é a palavra juíza, que deriva do masculino, juiz.
· Na conjugação dos verbos pôr e querer (ele pôs, ele quis, e nós quisemos)
· Nos sufixos gregos “ase”, “ese”, “ise” e “ose” (crise, tese, frase e osmose)
As exceções são as palavras deslize e gaze.
· Em palavras terminadas em “oso” e “osa” (gostosa e populoso)
Casos em que o Z é utilizado:
· Palavras terminadas em ez e eza serão escritas com z quando se tratarem de substantivos abstratos provenientes de adjetivos, portanto, indicando uma qualidade (certeza, nobreza, maciez e sensatez)· Utiliza-se o z nas palavras derivadas com os sufixos “zinho” “zito” “zada” “zarrão”, “zorra”, “zudo”, “zeiro”, “zal” e “zona” (cafezal, homenzarrão, papelzinho e açaizeiro)
As exceções ocorrem quando o radical da palavra de origem possui o s: casa – casinha, asa – asinha e Teresa – Teresinha.
· Quando a derivação resultam em verbos terminados com o som de “izar” (economizar e aterrorizar)
Da mesma forma, há exceção quando o radical da palavra de origem possui o s: analisar e improvisar.
C, Ç, S e SS
Outra parte, ainda mais confusa, são as possibilidades de uso do c, ç, s e ss. Entretanto, as regrinhas são muito simples e fáceis de serem entendidas.
· O C tem valor de S com as vogais E e I. Antes de A, O ou U, utiliza-se o Ç (ocioso, acetato, açúcar e aço)
· Depois de consoante, utiliza-se S. Entre vogais, o correto é usar SS (concurso e pessoa)
· O S é utilizado em palavras que derivam de verbos terminados em “correr” “pelir” e “ergir” (compelir – compulsório, discorrer – discurso e imergir – imersão)
· Os verbos terminados em “dar” “der” “dir” “ter” “tir” e “mir” recebem o S quando perdem as letras D, T e M em suas derivações (redimir – remissão – remisso, expandir – expansão – expansível e iludir – ilusão – ilusório)
· Verbos não terminados em “dar” “der” “dir”, “ter” “tir” e “mir” recebem Ç quando mudam o radical (excetuar – exceção e proteger – proteção)
· Verbos que mantêm o radical recebem Ç em suas derivações (fundir – fundição e reter – retenção)
· Utiliza-se C ou Ç após o ditongo quando houver som de S (traição e coice)
· Utiliza-se C ou Ç nos sufixos “aça”, “aço”, “ação”, “çar”, “ecer’, “iça”, “iço”, “nça”, “uça”, “uço” (esperar – esperança, dente – dentuço, rico – ricaço e merece – merecer)
· Em palavras de origem árabe (açude, alface, alvoroço, celeste, cetim, açoite, açafrão)
Algumas exceções são arsenal, safra, salada e carmesim.
· Em palavras de origem tupi (camaçari, açaí, cacique, piaçava, paçoca, Iguaçu e cupuaçu)
· Em palavras de origem africana (caçula, cachaça, miçanga, lambança, cangaço e jagunço)
G e J
Em relação ao uso do G e J é seguida a mesma tendência. Além de ter várias regras, há, ainda, diversas exceções. Confira quais são as principais e nunca mais erre a grafia dessas palavras.
· Nas palavras originárias do latim e do grego, normalmente, o G da Língua Portuguesa é equivalente.
Latim
gestu – gesto
gelu – gelo
agitare – agitar
Grego
gymnastics – ginástica
hégemonikós – hegemônico
Em relação ao J, ele não existe nem no latim e nem no grego clássico. Portanto, ele ocorre quando há consonantização do I semiconsoante latino ou palatalização do S + I, ou do grupo DI + Vogal.
Casos em que o G é utilizado:
· Quando a palavra é derivada de outras palavra grifada com G (faringite – faringe e selvageria – selvagem)
Algumas exceções são coragem – corajoso e viagem – viajar.
· Quando as palavras terminam nos sufixos “ágio”, “égio”, “ígio”, “ógio” e “úgio” (refúgio, prestígio e sacrilégio)
· Utiliza-se G quando os substantivos são terminados em “gem” (sondagem, viagem e passagem)
Exemplos de exceção são as palavras pajem e lambujem.
· Quando os verbos são terminados em “ger” e “gir” (eleger e rugir)
· Depois de R (divergir e submergir)
Casos em que o J é utilizado:
· Nas palavras derivadas de outras que são grafadas com J (lojista – loja, gorjeta – gorja).
· Nos verbos terminados em “jar” (arranjar, encorajar, enferrujar)
· Palavras de origem árabe (azulejo, berinjela, jaleco, jarra, laranja)
Algumas exceções são giz, girafa e álgebra.
· Em palavras de origem tupi (jururu, maracujá, jerimum, marajó, jibóia)
Sergipe é uma exceção.
· Palavras que possuem origem africana (jabá, Iemanjá, acarajé, jiló, Jurema)
Mal e mau
É uma das dúvidas mais frequentes, que as duas palavras são muito parecidas. E aí, na hora de escrever, o correto é mau ou mal? Vamos aos esclarecimentos?
Neste caso é um dica que é praticamente infalível. Na hora da dúvida, basta colocá-la em prática.
A palavra mal é oposto de bem, enquanto a palavra mau é oposto de bom. Basta fazer a substituição para perceber se o uso é correto, ou não.
Vale lembrar, ainda, que quando estiver acompanhado de artigo ou pronome, mal será um substantivo.
· Exemplo: Sofro desse mal desde os dez anos de idade.
Porém, quando modificar um verbo ou adjetivo, mal será um advérbio.
· Exemplo: Chegou em casa e mal olhou para o marido.
Na direção contrária, a palavra mau sempre é usada como um adjetivo.
· Exemplo: Os maus exemplos não devem ser seguidos.
Uso dos porquês
Essa questão tira o sono de muitos concurseiros, e não é para menos. Há quatro categorias distintas e cada uma delas com um uso. Entretanto, depois de entender com elas funcionam, o uso dos porquês se tornará muito mais simples.
Porque (junto e sem acento) – é usado basicamente em respostas e explicações, indicando a causa ou explicação de algo. Pode ser substituído por: pois, uma vez que, dado que, visto que, etc.
· Exemplo: Não vou ao shopping porque estou me sentindo mal.
Por que (separado e sem acento) – é usado para fazer perguntas ou para fazer relação com um termo anterior da oração. Confira algumas formas de substituí-lo: por qual razão e por qual motivo.
· Exemplo: Por que você não cumpriu o acordo de venda?
Por quê (separado e com acento) – é usado no final de frases interrogativas, podendo ser seguido tanto por ponto de interrogação, quanto por ponto final.
· Exemplos: Minha irmã foi embora sem que eu soubesse o por quê.
               Você deixou o caderno em casa por quê?
Porquê (junto e com acento) – é usado para indicar o motivo, razão ou causa de alguma coisa. Sempre aparece acompanhado de artigos definidos ou indefinidos, mas pode aparecer, ainda, acompanhado de numeral ou pronome.
· Exemplo: Gostaria de saber os porquês de eu não ter sido convidada para a festa do condomínio.
Resumindo:
Porque – Usado em respostas.
Por que – Usado no início de uma questão.
Por quê – Usado no fim de perguntas.
Porquê – Usado como substantivo.
Crase
Em Língua Portuguesa poucas coisas são tão temidas, e erradas, quanto a crase. Isso porque seu uso é normatizado por uma série de regras, que facilmente podem causar confusão nos concurseiros.
Além de tudo, é um assunto extremamente cobrado em provas. Sendo assim, é muito importante estar com todas as normas na ponta da língua. Vamos lá?
· Nas situações a seguir, NÃO há uso de crase:
Antes de substantivos masculinos: Prefiro andar a pé.
Antes de verbos: O engenheiro está começando a planejar meu banheiro.
Antes de grande parte dos pronomes: Desejamos a todos boas festas.
Entretanto, há algumas exceções, como na frase: Esta é a notícia à qual me referi.
Em expressões com palavras repetidas, ainda que elas sejam femininas: Fiquei face a face com meu ex-marido.
Antes de palavras femininas no plural e antecedidas pela preposição a: As bolsas de estudo foram dadas a alunas goianas.
Entretanto, se os substantivos femininos forem especificados por meio do uso do artigo definido “as”, há uso de crase em função da contração do artigo com a preposição a , portanto a + a = às: As bolsas de estudos foram concedidas às alunas goianas.
Antes de numeral, com exceção das horas: O shopping fica a três quilômetros daqui.
· Há uso de crase nas condições a seguir:
Antes de palavras femininas, em construções de frases com substantivos e adjetivos que pedem a preposição a, e ainda, com verbos cuja regência é feita com a preposição a, indicando a quem algo se refere. Alguns exemplos são pedir a e agradecer a: Minha irmã nunca está atenta à aula.
Em várias expressões adverbiais, locuções conjuntivas e prepositivas: à noite, à exceção de, à semelhança de, à deriva, às avessas, às vezes, à toa, à parte, etc.
Pode ocorrer crase antes de um substantivo masculino se houver uma palavra feminina subentendida na frase. Um bom exemplo são as locuções à moda de e à maneira de.
Antes da indicação exata e determinada de horas: Preciso acordar todos os dias às cinco da manhã.
Vale lembrar que em caso de uso das preposições para, entre, desde e após, não ocorre o usoda crase: O salão só abre após as duas da tarde.
Em várias expressões de modo ou circunstância, como fator de transmissão de clareza na leitura: Estudei a distância – Estudei à distância.
Nos casos a seguir, o uso da crase é facultativo.
· Antes de pronomes possessivos;
· Antes de nomes próprios femininos;
· Antes da preposição até antecedendo substantivos femininos.
Casos específicos:
· Antes de nomes de localidades;
· Antes da palavra terra;
· Antes da palavra casa;
Palavras homônimas e parônimas
Essas palavras são importantes em concursos públicos pelo fato de aparecerem muito em questões que são “pegadinhas”. Sendo assim, fique atento a elas e evite perder pontos em perguntas simples. Confira as definições.
Palavras homônimas – são aquelas palavras que possuem exatamente a mesma pronúncia mas que têm significados e escritas diferentes.
cerrar (fechar) – serrar (cortar)
laço (nó) – lasso (gasto, cansado)
cheque (ordem de pagamento) – xeque (jogada de xadrez)
Palavras parônimas – tanto a pronúncia, quanto a escrita são parecidos. Contudo, o significado é diferente.
comprimento (extensão) – cumprimento (saudação)
emergir (vir à tona) – imergir (mergulhar)
tráfego (trânsito) – tráfico (comércio ilícito)
Novo acordo ortográfico
Apesar de datar de 1990, somente a partir de 2016 é que o tema começou a tirar o sono dos concurseiros. O novo acordo ortográfico está em vigor desde 2009, porém, foi em 2016 que o uso das novas regras tornou-se obrigatório. Confira quais foram as principais alterações.
· Mudança no alfabeto
Acréscimo das letras K, W e Y. Agora, oficialmente, o alfabeto brasileiro conta com 26 letras. Na prática, essas letras são usadas em nomes próprios e nas abreviaturas de símbolos internacionais, tais como km (quilômetro) e kg (quilograma).
· Trema
Uma das principais mudanças do novo acordo ortográfico foi a queda do uso do trema. Agora, seu uso ocorre apenas em nomes próprios estrangeiros e derivados, a exemplo de Müler.
· Acentuação
– Fim da acentuação dos ditongos abertos “ei” e “oi” das palavras paroxítonas, ou seja, aquelas que possuem acento tônico na penúltima sílaba.
Exemplos: jóia – joia, idéia – ideia e assembléia – assembleia.
– Fim da acentuação para os ditongos oo e ee nas palavras paroxítonas.
Exemplos: veêm – veem, voô – voo e enjoô – enjoo.
– Abolição do acento agudo nas vogais i e u quando aparecem depois de ditongo.
Exemplo: feiúra – feiura.
– O acento diferencial foi abolido de diversas palavras, que agora devem ser analisadas dentro do contexto da oração.
Exemplos: pára – para, pêlo – pelo e pêra – pera.
O acento diferencial foi mantido em alguns casos, como por exemplo tem/têm e pode/pôde.
· Hífen
As regras de hifenização sofreram diversas alterações por conta do novo acordo ortográfico. Conheça os principais casos.
Não há uso de hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com as letras r ou s, que neste caso, serão duplicadas.
Exemplo: auto-retrato – autorretrato.
Vale lembrar que o hífen será mantido na ligação dos prefixos hiper, super e inter com elementos iniciados por r.
Exemplos: inter-regional e super-resistente.
O hífen é usado quando o prefixo termina com a mesma vogal que começa o segundo elemento.
Exemplo: antiinflamatório – anti-inflamatório.
Ao contrário, não se usa hífen quando quando o prefixo termina em vogal diferente da que começa o segundo elemento.
Exemplo: auto-estima – autoestima.
Ainda que o segundo elemento se inicie com a vogal “o”, não se usa hífen em palavras prefixadas por co.
Exemplo: cooperar.
Não há uso de hífen em palavras composta que, através do uso, formam uma unidade.
Exemplo: manda-chuva – mandachuva.
EXERCÍCIOS
https://www.todamateria.com.br/ortografia-regras-ortograficas-exercicios/
Acentuação
Por Vânia Maria do Nascimento Duarte
A acentuação gráfica apresenta casos específicos de acordo com a tonicidade das palavras e com a nova reforma ortográfica.
A acentuação gráfica apresenta algumas regras gerais e algumas mudanças com a reforma ortográfica.
A acentuação é um tema inerente aos postulados gramaticais que, indiscutivelmente, concebe-se como um fator relevante, em se tratando da linguagem escrita. Trata-se do fenômeno relacionado com a intensidade em que as sílabas se apresentam quando pronunciadas, podendo ser em maior ou menor grau. Quando proferidas com mais intensidade, classificam-se como tônicas, e quando soadas de maneira mais sutil, como átonas.
Ainda enfatizando acerca da importância do assunto em pauta, há outro detalhe pertinente: o fato de ter havido algumas mudanças em decorrência da implantação da Nova Reforma Ortográfica. Cabendo ressaltar, portanto, que os referidos postulados, abaixo descritos, encontram-se condizentes a esta. Para tanto, analisemos cada caso a seguir.
 
· Classificação das palavras quanto à posição da sílaba tônica
De acordo com a posição da sílaba tônica, as palavras classificam-se em:
Oxítonas – aquelas em que a sílaba tônica se encontra demarcada na última sílaba.
Exemplos: café, cipó, coração, armazém...
Paroxítonas – a sílaba tônica é  penúltima sílaba.
Exemplos: caderno – problema – útil – automóvel...
Proparoxítonas – a sílaba tônica é a antepenúltima sílaba.
Exemplos: lâmpada – ônibus – cárcere – cônego...
 
· Monossílabos átonos e tônicos
Os vocábulos que possuem apenas uma sílaba – ora caracterizados como monossílabos – também são proferidos de modo mais e/ou menos intenso. De modo a compreendermos como se efetiva tal ocorrência, analisemos:
                                Que lembrança darei ao país que me deu
                                tudo o que lembro e sei, tudo quanto senti?
                                         (Carlos Drummond de Andrade)
Atendo-nos a uma análise, percebemos que os monossílabos “que”, “ao”, “me”, “o”, “e” são átonos, visto que são pronunciados tão fracamente que se apoiam na palavra subsequente. Já os monossílabos representados por “deu” e “sei” demonstram ser dotados de autonomia fonética, caracterizando-se, portanto, como tônicos.
Regras fundamentais:
· Monossílabos tônicos
Graficamente, acentuam-se os monossílabos terminados em:
-a(s): chá, pá...
-e(s): pé, ré,...
-o(s): dó, nó...
Entretanto, os monossílabos tu, noz, vez, par, quis, etc., não são acentuados.
Observações:
Os monossílabos tônicos formados por ditongos abertos -éis, -éu, -ói recebem o acento. 
Exemplos: réis, véu, dói.
No caso dos verbos monossilábicos terminados em-ê, a terceira pessoa do plural termina em eem. Essa regra se aplica à nova ortografia. Perceba:
Ele vê - Eles veem
Ele crê – Eles creem
Ele lê – Eles leem
Forma verbal que antes era acentuada agora é grafada sem o sinal gráfico.
Diferentemente ocorre com os verbos monossilábicos terminados em “-em”, haja vista que a terceira pessoa termina em “-êm”, embora acentuada. Perceba:
Ele tem – Eles têm
Ela vem – Elas vêm
 
· Oxítonas:
Acentuam-se todas as oxítonas terminadas em a, e, o, seguidas ou não de “s”.
Pará, café, carijó, armazém, parabéns
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· Paroxítonas:
Acentuam-se todos os vocábulos terminados em:
-l: amável, fácil, útil.
-r: caráter, câncer.
-n: hífen, próton.
Observação: Quando grafadas no plural, essas palavras não recebem acento.
Exemplos: polens, hifens.
-x: látex, tórax.
-ps: fórceps, bíceps.
-ã(s): ímã, órfãs.
-ão(s): órgão, bênçãos.
-um(s): fórum, álbum.
-on(s): elétron, nêutron.
-i(s): táxi, júri.
-u(s): Vênus, ônus.
-ei(s): pônei, jóquei.
-ditongo oral (crescente ou decrescente), seguido ou não de “s”: história, série, água, mágoa.
Observações importantes:
a) De acordo com a nova ortografia, os ditongos terminados em –ei e –oi não são mais acentuados. Perceba como eram antes e como agora são grafados:
	Antes
	Depois
	Coréia
	Coreia
	plebéia
	plebeia
	idéia
	ideia
	Odisséia
	Odisseia
	jibóia
	jiboia
	asteróide
	asteroide
	paranóia
	paranoia
	heróico
	heroico
Entretanto, o acento ainda permanece nas oxítonas terminadas em –éu, -ói e éis:
chapéu – herói - fiéis...
b) Não serão mais acentuadoso “i” e “u” tônicos quando, depois de ditongo, formarem hiato. 
Note:
	Antes
	Depois
	Sauípe
	Sauipe
	bocaiúva
	bocaiuva
	feiúra
	feiura
	boiúna
	boiuna
No entanto, o acento permanece se a palavra for oxítona e o “i” ou “u” estiverem seguidos de “s” ou no final da palavra. Confira:
Piauí – tuiuiú(s) – sauí(s).
O mesmo acontece com o “i” e o “u” tônicos dos hiatos, não antecedidos de ditongos:
saída – saúde – juíza – saúva – ruído.
· As formas verbais que possuem o acento na raiz com o “u” tônico precedido das letras “q” e “g” e seguido de “e” ou “i” não serão mais acentuadas. Veja:
	Antes
	           Depois                
	apazigúe (verbo apaziguar)
	apazigue
	argúi (verbo arguir)
	argui
Atenção:
- Quando o verbo admitir duas pronúncias diferentes, usando “a” ou “i” tônicos, essas vogais serão acentuadas:
Exemplos:
eu águo, eles águam, eles enxáguam (a tônico); eu delínquo, eles delínquem (í tônico).
tu apazíguas, que eles apazíguem.
- Se a tônica, na pronúncia, cair sobre o u, ele não será acentuado:
Exemplos:
Eu averiguo, eu aguo.
 
· Não será mais usado o acento agudo para diferenciar determinados vocábulos, tais como:
	Antes
	     Depois        
	para = preposição/ pára = verbo parar
	para
	pela = preposição/ péla = verbo pelar
	pela
	pólo = substantivo/ polo = combinação antiga e popular de "por" e "lo"
	polo
	pêlo = substantivo/ pelo = combinação da preposição com o artigo
	pelo
	pêra = substantivo/ pera = preposição referente ao português arcaico
	pera
Contudo, o acento permanece para diferenciar algumas palavras, representadas por:
pôde = 3ª pessoa do pretérito perfeito do indicativo (verbo poder)
pode = 3ª pessoa do presente do indicativo (verbo poder)
pôr = verbo
por = preposição
Classes de Palavras: 13 dicas para ir do zero ao topo!
· 
Livros
Classes de Palavras deve ser o primeiro conteúdo a ser estudado pelos alunos que querem aprender Português para concursos. Na aula de Classes de Palavras, são apresentados os conceitos básicos de morfologia – estudo do emprego das classes gramaticais – que serão utilizados até o final da preparação para concursos, quando o aluno estiver estudando análise sintática – que costuma representar a maior dificuldade em provas de concurso. 
Esse artigo faz parte da série de webinários da Semana Especial Aprenda Português do Zero em 7 dias, transmitidos no canal do YouTube do Estratégia Concursos.
A Professora Adriana Figueiredo, no webinário Classes de Palavras, vem apresentar as Classes de Palavras, começando dos conceitos básicos e chegando até o nível avançado, de forma que o aluno entenda como esses temas são cobrados em provas de concurso. Além disso, a professora dará 13 dicas importantíssimas para que o aluno vá do zero ao topo em relação aos conhecimentos sobre Classes de Palavras. 
Classes de palavras: morfologia 
A morfologia é o estudo do emprego das Classes de Palavras.
Existem as classes: 
· Variáveis: admitem flexão, ou seja, podem variar em gênero, número e grau. Ex.: substantivo, artigo, adjetivo, pronome, numeral e verbo. 
· Invariáveis: NÃO admitem flexão, ou seja, não variam em gênero, número ou grau. Ex.: palavra denotativa, preposição, conjunção, interjeição.  
Artigo 
Vocábulo que se antepõe aos substantivos para designar seres determinados ou indeterminados.  
A) Sempre se refere a um substantivo; 
B) É variável;  
C) Semanticamente – no que se refere ao sentido – os artigos podem ser: 
· Definidos: indicam conhecimento prévio por partes dos interlocutores, do ser ou do objeto mencionado (o, a, os, as). Ex.: comprei o livro. 
· Indefinidos: denotam desconhecimento, por parte de um dos interlocutores, do ser ou do objeto (um, uma, uns, umas). Ex.: Comprei um livro.  
DICA 1: ATENÇÃO ÀS CONTRAÇÕES! 
Quando uma questão pedir para identificar os artigos em uma frase, é necessário estar atento aos artigos que fazem parte de contrações. 
Exemplos:  
Preciso do livro. DO = de (preposição) + o (artigo)  
Foi à feira. À = a (preposição) + a (artigo) 
DICA 2: NÃO CONFUNDA OS ARTIGOS (“O” e “A”) COM O PRONOME OBLÍQUO! 
Em provas de concurso, é comum a banca misturar artigos e pronomes oblíquos. Enquanto o artigo define o substantivo, o pronome oblíquo substitui um substantivo. Para identificar um pronome, tente substituí-lo por outro pronome. 
Exemplos: 
Comprei o livro. O define o substantivo livro (artigo definido) 
Comprei-o. O pode ser substituído por ELE (pronome pessoal oblíquo) 
DICA 3: NÃO CONFUNDA O ARTIGO “A” COM A PREPOSIÇÃO “A”! 
Em provas de concurso, é comum a banca misturar o artigo A e a preposição A. Enquanto o artigo define o substantivo, a preposição liga termos ou orações. Para identificar uma preposição, tente substitui-la por outra preposição. 
Exemplos: 
Comprei a blusa. A define o substantivo blusa (artigo definido) 
Fui a Portugal. A pode ser substituído por PARA (preposição) 
DICA 4: OS VOCÁBULOS “O”, “OS”, “A” e “AS”, ANTES DE “QUE” e “DE”, EM GERAL, SERÃO PRONOMES DEMONSTRATIVOS! 
Em provas de concurso, quando DE ou QUE vierem seguidos de “O”, “OS”, “A” ou “AS”, normalmente esses vocábulos serão pronomes demonstrativos. Enquanto o artigo define o substantivo, o pronome demonstrativo se refere a uma ideia já expressa anteriormente. Para identificar um pronome demonstrativo, tente substituí-la por outro pronome demonstrativo. 
Exemplo: 
Quero o que você comprou. O pode ser substituído por AQUILO (pronome demonstrativo) 
Prefiro a de tampa azul. A pode ser substituído por AQUELA (pronome demonstrativo) 
Substantivo 
É o nome de tudo o que existe (ser animado) ou que imaginamos (ser inanimado). 
A) Sempre pode vir antecedido de artigo (na dúvida, insira um artigo antes da palavra); 
B) É variável. 
Adjetivo 
Palavra modificadora do substantivo que denota qualidade, defeito, estado, condição, característica etc. Ex.: homem bom, grande homem, criança alegre, livro verde etc. 
A) Sempre se refere a substantivo; 
B) É variável, em regra. 
Para diferenciar um SUBSTANTIVO de um ADJETIVO, normalmente, a seguinte regra funciona: 
Substantivo é o que você TEM; 
Adjetivo é o que você É. 
Exemplos: 
Ele tem competência.  
Ele é competente.  
Locução Adjetiva  
Locução é sempre uma expressão, ou seja, ela é formada por mais de uma palavra. A locução adjetiva é forma composta, constituída geralmente de preposição + substantivo, que modifica o substantivo: Ex.: amor de pai, casa de campo, negócio da china, rosto de anjo etc. 
DICA 5: TANTO O ADJETIVO QUANTO O PRONOME INDEFINIDO REFEREM-SE A SUBSTANTIVOS. A DIFERENÇA ENTRE ELES É A SEMÂNTICA (SENTIDO). 
Em provas de concurso, é comum a banca misturar adjetivos e pronomes indefinidos. Ambos se referem a substantivos, mas enquanto o adjetivo qualifica/caracteriza o substantivo, o pronome indefinido traz ideia vaga, ideia de quantidade indefinida.  
Atente-se às palavras BASTANTE, DIVERSO e VÁRIOS. Normalmente, quando elas vêm antes do substantivo, são pronomes indefinidos, quando vem depois do substantivo, são adjetivos. 
Exemplo: 
Bastantes amigos chegaram. BASTANTES aqui significa MUITOS (pronome indefinido) 
Amigos bastantes chegaram. BASTANTES aqui significa SUFICIENTE (adjetivo) 
DICA 6:  
I) A TROCA DE POSIÇÃO ENTRE O SUBSTANTIVO E O ADJETIVO PODE GERAR MUDANÇAS DE CLASSES GRAMATICAIS.  
Em provas de concurso, é comum a banca perguntar se a troca de posição entre substantivo e adjetivo gera mudança de classe. 
Exemplos:  
· Mudando a classe: 
Trabalhador nordestino. Trabalhador é substantivo e nordestino é adjetivo. 
Nordestino trabalhador. Nordestino é substantivo e trabalhador é adjetivo. 
· Permanecendo na mesma classe: 
Blusa branca. Blusa é substantivo e branca é adjetivo. 
Branca blusa. Blusa é substantivo e branca é adjetivo. 
II) A MUDANÇA DE CLASSES GRAMATICAIS SEMPRE GERA MUDANÇA DE SENTIDO. 
Se, com a mudança de posição, alteraram-se as classes gramaticais, necessariamente, o sentido das frases foi alterado. 
Exemplos: 
Trabalhador nordestino. Trabalhador é substantivo e nordestino é adjetivo. Aqui o foco é o trabalhador e uma característicadele é ser nordestino.  
Nordestino trabalhador. Nordestino é substantivo e trabalhador é adjetivo. Aqui o foco é o nordestino e uma característica dele é ser trabalhador. 
DICA 7: NEM SEMPRE A EXPRESSÃO FORMADA POR PREPOSIÇÃO MAIS SUBSTANTIVO, JUNTO A OUTRO SUBSTANTIVO, SERÁ LOCUÇÃO ADJETIVA. 
Para saber se se trata de ou não de uma locução adjetiva, é preciso estar atento ao sentido das frases.  
Se a expressão tiver valor ATIVO ou de POSSE, trata-se de um adjunto adnominal = LOCUÇÃO ADJETIVA; 
Se a expressão tiver valor PASSIVO, trata-se de um complemento nominal (PREPOSIÇÃO + SUBSTANTIVO). 
Exemplos: 
A construção do arquiteto é linda. DO ARQUITETO tem valor de posse (locução adjetiva)  
A construção da casa foi derrubada. DA CASA tem valor passivo (complemento nominal) 
A preparação do Estratégia é a melhor. DO ESTRATÉGIA tem valor ativo (locução adjetiva) 
A preparação dos nossos alunos é a meta. DOS NOSSOS ALUNOS tem valor passivo (complemento nominal) 
Numeral 
Exprime quantidade exata, ordem, múltiplos ou frações dos números. São quatro os tipos de numeral: 
● cardinais: um, dois, mil, milhão etc. 
● ordinais: primeiro, segundo, milésimo, milionésimo etc. 
● fracionários: três quartos, meio etc.  
• multiplicativos: dobro, triplo etc. 
Em provas de concurso, o numeral aparece em contraposição com artigos indefinidos e pronomes indefinidos. 
DICA 8: O “UM” SÓ VAI SER NUMERAL SE HOUVER NA FRASE ALGUMA IDEIA DE QUANTIFICAÇÃO 
É o contexto que vai dizer ser UM é ou não um numeral. Para ser numeral, deve haver uma ideia de que se está contando/quantificando. 
Exemplo: 
Comprei um sorvete. UM pode ser substituído por O. Ele não está contando, então é artigo indefinido. 
Comprei somente um sorvete porque eu estou de dieta. UM dá ideia de quantificação, então é numeral. 
DICA 9: O “UM” SÓ SERÁ PRONOME INDEFINIDO SE ESTIVER NA FRASE EM PARALELISMO COM OUTRO PRONOME INDEFINIDO 
UM pode ser pronome indefinido. Nesse caso, ele necessariamente estará em paralelo com outro pronome indefinido. 
Exemplo: 
Uns choram outros riem. 
Uns ficam na lama, outros vão para o topo.  
Em ambos os casos, UNS só é pronome indefinido porque OUTROS também exerce essa função. 
Advérbio 
Palavra invariável que fundamentalmente modifica o verbo, indicando uma circunstância. Pode ainda modificar o adjetivo ou outro advérbio. Ex.: chegou logo / falou calmamente / livro muito bom / fala muito bem / ficou tão elegante 
A) Refere-se a verbo, adjetivo ou advérbio; 
B) É invariável; 
C) Semanticamente, indica circunstância de tempo, modo, lugar, causa, etc. 
Locução Adverbial 
Forma composta constituída geralmente de preposição + substantivo ou adjetivo. Ex.: às vezes, às claras, de propósito, de repente, de vez em quando… 
Advérbios interrogativos 
· De causa: Por que faltaste? (direta) / Não sei por que faltaste (indireta).  
· De lugar: Onde estás? (direta) / Não sei onde estás (indireta). 
· De modo: Como vais de saúde? (direta) / Diga-me como vais de saúde (indireta). 
· De tempo: Quando voltas? (direta) / Diga-me quando voltas (indireta). 
DICA 10: NÃO SE ESQUEÇA DE RELACIONAR OS TERMOS NA FRASE. A LOCUÇÃO ADJETIVA REFERE-SE AO SUBSTANTIVO. A LOCUÇÃO ADVERBIAL REFERE-SE AO VERBO. 
Quando há mudança no relacionamento dos termos, há mudança de classificação. 
Exemplo: 
A mulher à toa trabalhava. À TOA relaciona-se com MULHER (substantivo), portanto, é locução adjetiva. 
A mulher trabalhava à toa. À TOA relaciona-se com TRABALHAVA (verbo), portanto, é locução adverbial. 
DICA 11: O ARTIGO TEM O PODER DE SUBSTANTIVAR PALAVRAS! 
É muito comum que a banca traga uma palavra que comumente não é substantivo, e torne-a substantivo. Isso é feito por meio da introdução de um artigo. 
Exemplo: 
Recebi um não de resposta. NÃO, que normalmente é advérbio, nesse caso é substantivo, por causa do artigo UM.  
DICA 12: NÃO CONFUNDA O ADJETIVO ADVERBIALIZADO (QUE VIROU ADVÉRBIO) COM O ADJETIVO OU COM O ADVÉRBIO. 
É muito comum que a banca traga uma palavra que comumente é adjetivo, e torne-a adjetivo adverbializado.  
Exemplos: 
A cerveja que desce redondo. REDONDO, que normalmente é adjetivo, nesse caso, é advérbio, pois está qualificando DESCE (verbo) 
A bola é redonda. REDONDA está qualificando bola (substantivo), então é um adjetivo 
A mulher chegou ontem. ONTEM qualifica chegou, então é um advérbio 
Preposição 
Liga palavra ou orações (a, ante, até, após, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trás). Ex.: pão com manteiga (união de palavras) / chegou para resolver (união de orações).  
Locução prepositiva 
Conjunto de palavras que termina em preposição. Ex.: abaixo de, de acordo com, apesar de, junto a etc. 
Interjeição 
Vocábulo que indica nossos estados de emoção. Ex.:oba!, puxa!, nossa!, tomara!, pelo amor de Deus!. 
Pronome 
Palavra que substitui ou acompanha o substantivo, indicando a pessoa do discurso. Ex.: Ela veio, mas não a vi. Sua blusa é aquela. 
Pronome indefinido  
Aquele pronome que traz uma ideia vaga/indefinida. Ex.: algum, nenhum, muito, bastante, mais etc. 
DICA 13: ATENÇÃO A PALAVRAS COMO “MUITO”, “BASTANTE”, “TODO”, “MAIS” E “POUCO”. 
Dependendo do contexto, essas palavras podem modificar o sentido e ser classificadas de forma diferente. 
Exemplos: 
Fala muito. MUITO qualifica FALA (verbo), então é advérbio 
Tem muito orgulho. MUITO se refere a ORGULHO (substantivo) e dá ideia vaga de quantidade, então é pronome indefinido 
Fala bastante. BASTANTE se refere a FALA (verbo), então é advérbio 
Tem bastante orgulho. BASTANTE se refere a ORGULHO (substantivo) e dá ideia vaga de quantidade = MUITO, então é pronome indefinido 
Tem orgulho bastante. BASTANTE se refere a ORGULHO (substantivo) = SUFICIENTE, então é adjetivo.
Ele chegou todo feliz. TODO se refere a FELIZ (adjetivo), então é advérbio 
Todo aluno é especial. TODO se refere a aluno (substantivo) e dá ideia vaga de quantidade = QUALQUER, então é pronome indefinido. 
Classes de palavras
Por Diogo Berquó
Ao todo, são dez as classes de palavras:
· substantivo (nomeiam);
· adjetivos (caracterizam);
· artigos (acompanham os substantivos, indefinindo ou definindo-os);
· numerais (quantificam e posicionam);
· pronomes (substituem ou acompanham termos);
· verbos (materializam ações, estados, fenômenos);
· advérbios (circunstanciam);
· interjeições (expressam sensações humanas);
· conjunções (unem palavras e orações, coordenando ou subordinando-as);
· preposições (conectam termos).
As seis primeiras categorias modificam as suas formas, conforme o contexto de uso, mas as demais se mantêm intactas, independentemente da situação na qual elas estejam.
As classes de palavras são categorias gramaticais que visam organizar o vocabulário de acordo com as funções e estrutura das palavras.
Tipos de classes de palavras
→ Palavras variáveis
Os substantivos, adjetivos, artigos, numerais, pronomes e verbos são palavras variáveis, pois têm a constituição modificada para marcar alguns elementos gramaticais, como o
· gênero (masculino/feminino);
· número (singular/plural);
· pessoa (primeira, segunda e terceira);
· tempo (pretéritos, presente, futuros);
· modo (indicativo, subjuntivo, imperativo).
→ Palavras invariáveis
Os advérbios, as preposições, as conjunções e as interjeições são palavras invariáveis, já que não comportam transformações em suas formas.
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Substantivo
Substantivo é uma classe gramatical cuja função é nomear os seres em geral. Apesar de essa conceituação estar presente em vários locais, há que se destacar a sua incompletude, já que o substantivo pode também ser responsável por denominar:
· ações (abraço, chute);
· postulados físicos (inércia);
· aspectos emocionais e psicológicos (covardia, esquizofrenia, ansiedade, amor, ódio);
· elementos socioculturais (pobreza, inteligência), entre outros.
→ Classificações dos substantivos
· Comum: é responsável por nomear a generalidade dos seres da mesma espécie, dos elementos abstratos, dos objetos e dos fenômenos da natureza.
Exemplos: casa, ódio,neve.
· Próprio: faz referência a um ser específico.
Exemplos: Maria, Panela de Barro Restaurante (no caso, panela de barro identifica um restaurante determinado).
· Primitivo: termos que não se originaram de outros existentes na mesma língua.
Exemplos: maçã, porta, livro.
· Derivado: palavras que provêm de outras.
Exemplos: macieira (árvore) – maçã (fruta), portaria – porta, livreiro – livro.
· Simples: são constituídos por apenas um radical (parte da palavra que carrega o sentido principal dela).
Exemplos: garrafa, tênis, feijão.
· Compostos: têm mais de um radical em sua estrutura.
Exemplos: beija-flor, passatempo (verbo passar + substantivo tempo).
· Concreto: nomeiam seres de existência própria, isto é, figuras independentes que fazem parte de um universo real ou imaginário.
Exemplos: caneta, vampiro (entidade), São Paulo (cidade), Ministério da Saúde (instituição).
· Abstrato: designam qualidades, ações, sentimentos, estados, sensações.
Exemplos: soberba, riso, solidão, juventude, conforto.
Veja também: Substantivos coletivos – substantivos que correspondem a um agrupamento de elementos semelhantes
Artigo
O artigo é a palavra que precede os substantivos a fim de determiná-los, tanto de maneira particular, por meio do uso de o, a, os, as, quanto de modo vago, ao utilizar um, uma, uns, umas.
→ Classificações dos artigos
· Definido: individualiza o substantivo, ou seja, leva o interlocutor a saber do que se trata especificamente.
Exemplos:
- O amor de Antônia era forte (não é qualquer amor, sabe-se que é um específico).
- A história revelará a verdade (refere-se à história da humanidade).
- Os bandidos atacaram novamente (sabe-se que são as mesmas pessoas que cometeram os crimes).
- As rosas do jardim estão secas (o sujeito que fez tal afirmação fez menção a determinadas flores).
· Indefinido: generaliza o substantivo.
Exemplos:
- Falta um cantor para completar o espetáculo (pode ser o João, o José, o Miguel, qualquer um que cante).
- Gostaria de saber se há uma lanchonete na região (no caso, a pessoa não especificou qual a lanchonete, podendo ser a do João, a da Maria, entre outras)
- Em cima da mesa, estão uns biscoitos (a informação impossibilita saber a marca, o tipo das bolachas).
- Seria ótimo conhecer umas atrizes famosas (não se sabe quais atrizes são).
Adjetivo
O adjetivo é uma palavra ou locução (iniciada por preposições: de, em, com, sem) que confere características, estados, qualidades aos seres. Também pode instituir relações de tempo, de espaço, de finalidade, de procedência com o substantivo.
Exemplos:
- Banca de revistas (locução adjetiva)
- Avaliação semanal (tempo)
- Cidade estrangeira (espaço)
- Vinho chileno (procedência)
- Emergência ortopédica (finalidade)
→ Classificações dos adjetivos
· Primitivos: não advêm de outro termo existente na língua e possuem apenas um radical. Ressalta-se que existem poucos adjetivos primitivos.
Exemplos: azul, roxo, verde, branco, grande, escuro, liso, feliz, triste.
A maior parte dos adjetivos primitivos são cores.
· Derivados: são originados de outras palavras. Assim, são acrescentados afixos (partes das palavras que carregam um sentido complementar ao principal, por exemplo, infeliz, em que o in significa não) ao radical.
Exemplos:
- desfavorável - favor
- esverdeado - verde
- europeia - Europa
· Simples: tem apenas um radical.
Exemplos: azul, desfavorável, escuro.
· Compostos: possuem mais de um radical.
Exemplos: amarelo-canário, sociopolítico.
Veja também: Adjetivo ou advérbio?
Numeral
O numeral é responsável por quantificar, de forma exata, os seres (pessoas, objetos, entre outros). Além disso, também tem a função de identificar a posição ocupada por um ser em um contexto específico.
→ Classificações dos numerais
· Cardinais: apresentam o número preciso de algo. Destaca-se o fato de que, mesmo que os numerais sejam considerados palavras variáveis, nesta categoria, apenas o termo um, o dois e os referentes às centenas a partir de duzentos são modificados.
Exemplos:
- Encontrei apenas um lápis no estojo.
- Na sala de cirurgia, havia uma enfermeira e quatro médicos.
- Recebi duzentas moedas.
· Ordinais: conforme a própria palavra já anuncia, diz respeito à ordem, assim sempre se estabelecerá uma relação entre vários seres.
Exemplos:
- O segundo a alcançar a linha de chegada é goiano.
- É a milésima vez que digo isso.
Pronome
O pronome, além de estabelecer quais são os seres que fazem parte diretamente da interlocução (1ª e 2ª pessoas), ainda são empregados para indicar os demais presentes no discurso (3ª pessoa), ou seja, essa classe gramatical faz referência a quem fala, com quem se fala e a de quem ou do que se fala. Diante dessa característica, normalmente substituem os substantivos.
Exemplo:
Luíza (substantivo) comprou um carro. Agora, ela (pronome) chega mais rapidamente aos lugares.
→ Classificações dos pronomes
· Pronomes pessoais: representam as pessoas gramaticais.
	 
	Caso reto
(função de sujeito)
	Caso oblíquo
(função de complemento)
	 
	 
	Átonos
(sem preposição)
	Tônicos
(com preposição)
	Singular
	eu
	me
	mim
	Singular
	tu
	te
	ti
	Singular
	ele/ela
	se, o, a, lhe
	si, ele/ela
	Plural
	nós
	nos
	nós
	Plural
	vós
	vos
	vós
	Plural
	eles/elas
	Se, os, as, lhes
	si, eles/elas
Exemplos:
- Eu fui ao shopping hoje.
- Os professores nos auxiliaram a entender a matéria.
- A informação não foi enviada a eles.
· Pronomes possessivos: determinam uma relação de posse, de algo pertencente às pessoas do discurso.
	 
	Um possuidor
	Vários possuidores
	 
	Um objeto
	Vários objetos
	Um objeto
	Vários objetos
	1ª pessoa
	Meu/minha
	Meus/minhas
	Nosso/nossa
	Nossos/nossas
	2ª pessoa
	Teu/tua
	Teus/tuas
	Vosso/vossa
	Vossos/vossas
	3ª pessoa
	Seu/sua
	Seus/suas
	Seu/sua
	Seus/suas
Exemplos:
- Nossas férias foram especiais.
- João, onde está a sua tarefa?
· Pronomes demonstrativos: são utilizados para determinar as distâncias tanto físicas quanto cronológicas de algo em relação às pessoas do discurso.
	Variáveis
	Invariáveis
	este, esta, estes, estas
	isto
	esse, essa, esses, essas
	isso
	aquele, aquela, aqueles, aquelas
	aquilo
Exemplos:
- Este joelho só serve para doer. (proximidade de quem fala)
Para se referir ao celular, o homem deve utilizar o pronome “este”.
- Finalmente chegou esta hora. (atualidade)
- O grande acontecimento de hoje foi este: ir ao supermercado. (introduz uma ideia)
- Nossa, essa pulseira é linda. (proximidade de quem ouve)
- Nesse intervalo, eu fiz muitas coisas. (tempo que está imediatamente antes do presente)
- Comprei um celular, mas esse não funciona muito bem. (retoma uma informação)
- Você conhece aquela cachoeira? (distância tanto de quem fala quanto de quem ouve)
- Consegui construir um celeiro e um lago. Este ficou bem feito, entretanto aquele não. (elemento referido anteriormente a outro)
- Naquela década, as mulheres não podiam votar. (tempo distante)
Obs: contração da preposição em + pronome aquela = naquela.
· Pronomes indefinidos: fazem referência, de maneira vaga, à 3ª pessoa gramatical.
Exemplos:
- Algum membro da plateia gostaria de falar?
- Todas as flores estão belíssimas durante a primavera.
- Certas pessoas não praticam os exercícios certos.
Pronome (antes do substantivo) adjetivo (depois do substantivo)
· Pronomes relativos: iniciam novas orações ao substituírem um substantivo ou mesmo um pronome antecedente.
Exemplos:
- Visitamos a cidade onde minha avó mora.
- Fui eu quem escolheu a decoração.
- Caíram as ações cuja liquidez era tida como certa.
· Pronomes interrogativos: são observados em frases ou orações interrogativas, sejam elas diretas, ou seja, cuja conclusão se dá por meio do uso de ponto de interrogação e o início mediante a colocação do pronome, sejam elas indiretas, isto é, terminadas por ponto-final e entremeadas pelos termos de teor questionador.
Exemplos:
- Quanto custa esta dúzia de bananas?
- Eu gostaria de saber quem teve a brilhante ideia de pintar a parede.
- Qual é o dia da Proclamação da República?
Veja também: Quando usar crase antes de pronomes?
VerboOs verbos são palavras que expressam uma ação, um estado, um fenômeno, os quais se encontram situados cronologicamente. Essa classe de palavras é uma das que mais flexiona, pois se adapta à pessoa, ao número, ao tempo, ao modo, além de conter as formas nominais.
→ Formas nominais
· Infinitivo: expressa o fato verbal em si, portanto não há pistas do início ou término da ação, estado ou fenômeno. Assim, adquire valor de substantivo.
Exemplo: Nadar é um ótimo esporte.
· Gerúndio: determina o processo, ou seja, algo que está acontecendo no momento do discurso.
Exemplo: Victor está caminhando.
· Particípio: marca a conclusão de um fato. Muitas vezes adquire valor de adjetivo.
O concurso não aceita os gabaritos preenchidos a lápis.
caracteriza gabaritos
→ Conjugações
· 1ª conjugação: verbos terminados em -ar. Exemplos: cantar, beijar, mascarar.
· 2ª conjugação: verbos terminados em -er. Exemplos: beber, comer, fazer.
· 3ª conjugação: verbos terminados em -ir. Exemplos: partir, dividir, rir.
→ Modos
· Indicativo: exprime certeza.
Exemplo: Eu paguei a conta da internet.
· Subjuntivo: apresenta hipóteses, dúvidas.
Exemplo: Se eu quisesse, estudaria muito mais.
· Imperativo: manifesta ordem, pedido, sugestão.
Exemplo: Faça a sua tarefa, Rodrigo.
→ Tempos
Presente: o instante no qual ocorre a ação verbal coincide com o do discurso.
Exemplo: Eu amo você.
Passado: o momento em que acontece a ação verbal é anterior ao do discurso.
- Pretérito perfeito: o fato exposto tem final bem delimitado e concluído antes de ser exteriorizado, por meio do uso da língua.
Exemplo: Eu corri durante a manhã de hoje.
- Pretérito imperfeito: o episódio exteriorizado pelo verbo não foi finalizado quando um novo aconteceu.
Exemplo: No momento em que começamos a ler, havia o barulho da reforma.
Além disso, também apresenta fatos passados que eram habituais.
Exemplo: Andrea cuidava de seus animais diariamente.
- Pretérito mais-que-perfeito: a ocorrência contida no verbo é anterior à outra que também é situada no passado.
Degustei a sobremesa feita pela Fernanda, mas, antes disso, eu comera um macarrão.
- Futuro do presente: indica episódios cujas ocorrências serão concretizadas depois da fala ou da escrita.
Exemplo: Amanhã viajarei para a praia.
- Futuro do pretérito: expressa um fato futuro, mas conectado a um segundo que está situado no passado.
Exemplo: A cabeleireira confirmou que viria agora.
→ Classificações dos verbos
· Regulares: independentemente da conjugação, o verbo segue o paradigma, ou seja, mantém o seu radical, e as desinências (final da palavra) seguem um padrão.
Exemplos:
- Eu amo, tu amas, ele ama, nós amamos, vós amais, eles amam.
- Eu abraço, tu abraças, ele abraça, nós abraçamos, vós abraçais, eles abraçam.
Perceba que o radical am- e abraç- permanecem os mesmos, e as desinências coincidem entre os dois verbos.
· Irregulares: não estão de acordo com o paradigma, assim podem sofrer modificação tanto o radical quanto as desinências.
Exemplo:
- Eu faço, tu fazes, ele faz, nós fazemos, vós fazeis, eles fazem.
Observe que o radical faz foi modificado na conjugação da 1ª pessoa do singular: faço.
· Anômalos: apresentam substanciais irregularidades em seus radicais.
Exemplo:
verbo ir – eu vou (presente do indicativo), eu ia (pretérito imperfeito do indicativo), eu fui (pretérito perfeito do indicativo), quando eu for (futuro do subjuntivo).
· Defectivos: são verbos cuja conjugação não existe em determinadas pessoas do discurso.
Exemplo: eu chovo (inexistente).
· Abundantes: apresentam mais de uma forma para uma flexão específica.
Exemplo: particípio de matar — matado e morto.
Acesse também: O que são verbos dicendi?
Advérbio
São palavras que se conectam aos verbos a fim de apresentar uma circunstância relativa à ação, estado, fenômeno verbal. Além disso, podem associar-se aos adjetivos, conferindo uma determinação das qualidades expressas por eles. Por fim, são capazes de se juntar a outros advérbios, o que desencadeia uma intensificação dos sentidos ali presentes.
→ Principais classificações dos advérbios
· Modo: advérbios que acrescentam ao verbo, adjetivo ou a outro advérbio a maneira como aconteceu o que eles expressam.
Exemplos: bem, mal, assim, depressa, devagar, tranquilamente, facilmente.
- Rosana pegou rapidamente a vassoura.
· Intensidade: constituem uma maximização ou minimização da ideia manifestada pelo termo a que se ligou.
Exemplos: muito, pouco, meio, bastante, ainda, bem, mal, quase, apenas.
- Jônatas gritou bastante no show.
· Afirmação: confirmam a mensagem transmitida.
Exemplos: certamente, realmente, seguramente, sim, efetivamente.
- A classe desistiu realmente de fazer a atividade.
· Negação: trazem uma ideia contrária à existente no verbo, adjetivo ou advérbio.
Exemplos: jamais, não, absolutamente.
- Não quero comer sanduíche.
· Dúvida: transmitem uma incerteza relativa ao que está previsto na oração.
Exemplos: acaso, provavelmente, eventualmente, quiçá, talvez, porventura.
- O evento, provavelmente, será cancelado.
· Tempo: situam a ação, a qualidade ou a circunstância no tempo.
Exemplos: amanhã, sempre, cedo, tarde, hoje, nunca, antes, depois, outrora, então, aí.
- Farei isso depois.
· Lugar: marcam o local no qual ocorreu um episódio, ou onde se percebeu uma qualidade, ou circunstância.
Exemplos: lá, ali, aqui, aí, longe, onde, perto, abaixo, acima.
- Nossa, como você está longe de casa.
Leia também: Quais as diferenças entre adjetivo e advérbio?
Conjunção
Conjunção é um elemento gráfico, sonoro e semântico que estabelece uma união entre orações ou entre palavras, desde que estas exerçam idênticas funções sintáticas e estejam na mesma oração. Essa classe de palavras pode ser dividida em:
· subordinativas: conecta duas orações, sendo uma delas fundamental para a construção do sentido completo da outra;
· coordenativas: que liga elementos independentes, ou seja, une orações ou termos de idêntica função gramatical detentores de sentido completo.
→ Tipos de conjunções coordenativas
· Aditiva: expressa soma.
Exemplo: Fui ao cinema e comi pipoca.
· Adversativa: estabelece uma oposição entre as orações.
Exemplo: As crianças gostam do Natal, mas as famílias estão cada vez mais descrentes.
· Alternativa: constrói uma alternância de ideias, mas também exclui uma para que a outra vigore.
Exemplo: Independência ou morte! (D. Pedro)
· Conclusiva: introduz uma consequência e um fechamento do raciocínio desenvolvido na oração anterior.
Exemplo: Os cachorros brincaram na lama, portanto eles se sujaram.
· Explicativa: apresenta uma justificativa.
Exemplo: Não assisto mais aos DVDs, pois vejo filmes on-line.
→ Tipos de conjunções subordinativas
· Causais: insere a causa de um acontecimento presente na outra oração.
Exemplo: Reescreva este trecho da redação porque está confuso.
· Condicionais: estabelece um requisito para a concretização de algo.
Exemplo: Se eu fizer exercícios físicos, emagrecerei.
· Conformativa: expressa uma concordância.
Exemplo: Segundo a notícia do jornal, a pandemia gerou muitos mortos.
· Concessiva: manifesta uma ideia que contrapõe a existente na oração anterior, mas não tem a força de anulá-la.
Exemplo: Só beberei água quando chegar em casa, embora esteja com sede.
· Comparativa: faz um paralelo.
Exemplo: Tomás levanta da cama como um urso sai de sua toca no inverno.
· Consecutiva: apresenta um desdobramento.
Exemplo: A opulência era tamanha que os olhos dela brilharam.
· Proporcionais: constrói uma relação de igualdade entre os fatos contidos em cada uma das orações.
Exemplo: À medida que as pessoas desmatavam a floresta, crescia o buraco na camada de ozônio.
· Temporais: expressa uma circunstância de tempo.
Exemplo: Quando o relógio apontar dez horas, tomarei o meu café.
· Finais: expõe o objetivo de algo presente na outra oração.
Exemplo: Estude bastante para que você tenha sucesso.
Veja também: Que: conjunção integrante ou pronome relativo?
Preposição
A preposição é o termo que conecta duas outras palavras, construindo relações de sentido e dependência entre elas.
→ Classificaçãodas preposições
· Essenciais: exercem apenas a função de preposição.
Exemplos: a, ante, contra, de, entre, sob, sobre.
- A agenda está sobre a mesa.
- A filha de Antenor se retirou do recinto.
· Acidentais: palavras de classes diversas que, às vezes, desempenham a função prepositiva.
Exemplos: como, conforme, mediante, segundo, senão, visto.
- Isabela vai à casa do namorado todos os dias, fora segunda-feira.
Interjeição
São as palavras ou um grupo delas que marcam, de maneira forte e abrupta, as reações, os sentimentos, as emoções.
Exemplos:
- Puxa!
- Cuidado!
- Ufa!
- Nossa!
- Tomara!
- Credo!
A surpresa encontra na interjeição a sua forma verbal.
Exercícios resolvidos
Questão 1- (UFES - adaptada)
O fragmento onde a palavra que é pronome relativo é:
A) (...) a tuberculose está mais próxima do que imaginamos (...) (linha 2)
B) A estimativa de órgãos oficiais é de que hoje em dia cerca de um terço da população mundial (...) (linha 11)
C) (...) a pessoa que tem o bacilo, mas não desenvolveu a doença (...) (linhas 12-13)
D) (...) a expectativa é de que a chance de desenvolvimento da doença seja apenas 10% (...) (linha 14)
E) (...) sendo que, ao final de 10 anos, a grande maioria (...) (linha 17)
Resolução
Alternativa C. Nesse trecho, "que" é pronome relativo porque retoma o termo imediatamente anterior, "pessoa", sendo sujeito do verbo "tem"; além disso, introduz uma oração.
Questão 2 (UPE – 2015 - adaptada) Acerca de algumas relações semânticas presentes nas frases e orações a seguir, assinale a alternativa correta.
A) Ao afirmar: “Gosto de trabalhar com o português, embora inglês seja a que eu mais leio.”, o entrevistado faz uma afirmação e, em seguida, apresenta uma causa para o que foi afirmado.
B) Com o trecho: “Shakespeare fez muita besteira, mas tem três ou quatro obras perfeitas”, o locutor faz uma declaração e, em seguida, introduz a explicação do conteúdo declarado.
C) No trecho: “Aprendi desde cedo a ter o cuidado de não rimar ao escrever uma frase.”, o segmento destacado tem valor temporal.
D) O trecho: “Se todo mundo erra na crase é a regra da crase que está errada, como aliás está.” é introduzido por um segmento que tem valor concessivo.
E) No trecho: “insistiram que o certo é ‘veado’ quando o Brasil inteiro pronuncia ‘viado’”, os segmentos estão interligados por uma relação de causa e consequência.
Resolução
Alternativa C. No trecho, o segmento destacado tem valor semântico temporal, ou seja, seu sentido indica uma circunstância de tempo na qual se situa uma ação, no caso, o cuidado que o autor revela ter "ao escrever uma frase”. 
Língua Portuguesa
Emprego do Sinal indicativo de Crase
CRASE: é uma palavra de origem grega e significa "mistura", "fusão". Nos estudos de Língua Portuguesa, é o nome dado à fusão ou contração de duas letras "a" em uma só. A crase é indicada pelo acento grave (`) sobre o "a". Crase, portanto, NÃO é o nome do acento, mas do fenômeno (junção a + a) representado através do acento grave.
A crase pode ser a fusão da preposição a com:
1) o artigo feminino definido a (ou as): Fomos à cidade e assistimos às festas.
2) o pronome demonstrativo a (ou as): Irei à (loja) do centro.
3) os pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo: Refiro-me àquele fato.
4) o a dos pronomes relativos a qual e as quais: Há cidades brasileiras às quais não é possível enviar correspondência.
Observe que a ocorrência da crase depende da verificação da existência de duas vogais "a" (preposição + artigo ou preposição + pronome) no contexto sintático.
REGRAS PRÁTICAS
1 - Substitua a palavra feminina por uma masculina, de mesma natureza. Se aparecer a combinação ao, é certo que OCORRERÁ crase antes do termo feminino:
Amanhã iremos ao colégio / à escola.
Prefiro o futebol ao voleibol / à natação.
Resolvi o problema / a questão.
Vou ao campo / à praia.
Eles foram ao parque / à praça.
2 - Substitua o termo regente da preposição a por outro que exija uma preposição diferente (de, em, por). Se essas preposições não se contraírem com o artigo, ou seja, se não surgirem as formas da(s), na(s) ou pela(s), não haverá crase:
Refiro-me a você. (sem crase) - Gosto de você / Penso em você / Apaixonei-me por você.
Refiro-me à menina. (com crase) - Gosto da menina / Penso na menina / Apaixonei-me pela menina.
Começou a gritar. (sem crase) - Gosta de gritar / Insiste em gritar / Optou por gritar.
3 - Substitua verbos que transmitem a idéia de movimento (ir, voltar, vir, chegar etc.) pelo verbo voltar. Ocorrendo a preposição "de", NÃO haverá crase. E se ocorrer a preposição "da", HAVERÁ crase:
Vou a Roma. / Voltei de Roma.
Vou à Roma dos Césares. / Voltei da Roma dos Césares.
Voltarei a Paris e à Suiça. / Voltarei de Paris e da Suiça.
Ocorrendo a preposição "de", NÃO haverá crase. E se ocorrer a preposição "da", HAVERÁ crase:
Vou a Roma. / Voltei de Roma.
Vou à Roma dos Césares. / Voltei da Roma dos Césares.
Voltarei a Paris e à Suiça. / Voltarei de Paris e da Suiça.
4 - A crase deve ser usada no caso de locuções, ou seja, reunião de palavras que equivalem a uma só idéia. Se a locução começar por preposição e se o núcleo da locução for palavra feminina, então haverá crase:
Gente à toa.
Vire à direita.
Tudo às claras.
Hoje à noite.
Navio à deriva.
Tudo às avessas.
No caso da locução "à moda de", a expressão "moda de" pode vir subentendida, deixando apenas o "à" expresso, como nos exemplos que seguem:
Sapatos à Luiz XV.
Relógios à Santos Dummont.
Filé à milanesa.
Churrasco à gaúcha.
No caso de locuções relativas a horários, somente no caso de horas definidas e especificadas ocorrerá a crase:
À meia-noite.
À uma hora.
À duas horas.
Às três e quarenta.
CRASE
A crase não é um acento é a contração de duas letras “a” em uma só utilizando o acento grave (`) no “a”.
Para usar a crase é necessário ter uma preposição “a” e o artigo “a” de palavras femininas.
 
Existem muitas regras para se usar a crase que acabam confundindo o estudante, então tentarei simplificar para facilitar o aprendizado, mas no final coloquei as regras para caso você queira aprofundar sobre o assunto.
 
DICA 1
Como a crase é só com palavras femininas é só substituir a palavra por uma masculina equivalente e se o a (s) se transformar em ao (s) é porque deve-se usar a crase.
 
Exemplos 1
Aquela aluna nunca presta atenção a aula.
Substituir por ensinamentos
Aquela aluna nunca presta atenção ao ensinamento. (não ficou estranho, então leva crase)
Correto: Aquela aluna nunca presta atenção à aula.
 
Exemplo 2
Estou mandando a revista a ela
Substituir por ele
Estou mandando a revista ao ele. (ficou estranho, então não leva crase)
Correto: Estou mandando a revista a ela
 
Exemplo 3
Estou indo a academia
Substituir por clube
Estou indo ao clube. (não ficou estranho, então leva crase)
Correto: Estou indo à academia
 
DICA 2
Substituir o “a” por “para a”, “da”, “na” e “pela”, se não ficar estranho deve usar a crase.
 
Exemplo 1
Estou indo a academia
Substituir por “para a”
Estou indo para a academia (não ficou estranho, então usa crase)
Correto: Estou indo à academia
Obs.: Esta substituição de “para a” é muito utilizada quando envolve nomes de lugares
 
Exemplo 2
Fui a Inglaterra
Substituir por “para a”
Fui para a Inglaterra (não ficou estranho, então usa crase)
Correto: Fui à Inglaterra
 
Exemplo 3
Fui a Curitiba
Substituir por “para a”
Fui para a Curitiba (ficou estranho, não usa crase)
Correto: Fui a Curitiba.
 
DICA 3
Substituir “vou a” por “volto da” (da (preposição de + a))
 
Exemplo 1
Vou a São Paulo
Substituir por “volto da”
Volto da São Paulo (ficou estranho não usa crase)
Correto: Vou a São Paulo
 
Exemplo 2
Vou a Bahia
Substituir por “volto da”
Volto da Bahia (não ficou estranho, então usa crase)
Correto: Vou à Bahia
 
Estas dicas te ajudarão em grande parte das situações, mas não em todas, então infelizmente existem regras que devem ser utilizadas para acertar todas as questões.
 
ATENÇÃO: Uma das melhores maneiras de fixar conteúdos é fazendo questões de concursos: Emprego do sinal indicativo de crase – Questões de concursos
 
Quando usar

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