Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Revisão de Conteúdos: Estrutura Atômica e Ligação Química Departamento de Química Inorgânica Instituto de Química - UFRJ Prof. Antonio Guerra A Evolução do Modelo Atômico 400 a.C. – Demócrito: Toda a matéria é formada por átomos. 1913 d.C. – Bohr: Camadas eletrônicas. 1898 d.C. – Thomson: Massa positiva com elétrons mergulhados. 1803 d.C. – Dalton: Esfera maciça e indivisível. 1911 d.C. – Rutherford: Núcleo com partículas positivas, espaço vazio e elétrons. 2 Modelo científico! O Espectro Eletromagnético http://files.fisicasemmisterios.webnode.com.br/200000091b871ab96bc/espectro_eletromagnetico.jpg 3 http://files.fisicasemmisterios.webnode.com.br/200000091b871ab96bc/espectro_eletromagnetico.jpg Espectro Contínuo x Espectro de Linhas Decomposição da Luz Visível Kotz, J.C. e Treichel, P., Chemistry and Chemical Reactivity, 4ed. New York: Saunders College Publishing, 1999. 1129p. Espectro de Linhas do H2 4 Séries Espectrais Espectro do Hidrogênio Lyman - UV Balmer – Visível Paschen – Infravermelho 5 Novo Ponto de Vista Físico da Matéria A energia do oscilador é quantizada: E = nhν A energia é irradiada em “pulsos” ou quanta Se n = 1 (mudança de estado quantizado) ΔE = Δnhν= hν h= 6,626x10-34J.s (Cte Planck) ν = frequência do oscilador Hipóteses de Planck (Max Plank, 1900) – Corpo Negro 6 Efeito Fotoelétrico Kmax= eV0 K= energia cinética V0= potencial de corte Hipóteses de Einstein Kmax independe da intensidade da luz incidente A luz se comporta como uma partícula Efóton= hc/ Efóton= hν = E0 – Kmax E0= função trabalho da substância 7 O Átomo de Bohr Postulados de Bohr Os elétrons ocupam uma posição definida no átomo, chamada nível de energia no qual não irradia; Quando os elétrons estão localizados nos níveis de energia mais baixos, o átomo está no estado fundamental; Quando o elétron absorve uma quantidade definida de energia (ΔE=hν) é promovido para níveis de energia mais altos (estado excitado); No estado excitado, os elétrons com excesso de energia decaem para níveis de energia mais baixos, emitindo a energia excedente. Funciona bem para o átomo de hidrogênio! 𝑟𝐵𝑜ℎ𝑟 = 𝑛 2𝑎𝐵𝑜ℎ𝑟 𝑟𝐵𝑜ℎ𝑟 = 0,529Å −13,6𝑒𝑉 𝐸𝑛 = − 1 𝑛2 𝑘𝑒2 2𝑎𝐵𝑜ℎ𝑟 Raio e energia quantizados! 8 A Estrutura do Espectro de Linhas Transição Eletrônica 9 A Dualidade Partícula-Onda Difração do elétron Kotz, J.C. e Treichel, P., Chemistry and Chemical Reactivity, 4ed. New York: Saunders College Publishing, 1999. 1129p. Efóton= hc/ 10 E = mc 2 = h/mv p = mv = h/p O Princípio da Incerteza de Heisenberg ħ= 1,054x10-34J.s ħ = ℎ 2𝜋 ∆𝑝 ∙ ∆𝑥 ≥ ħ 2 ∆𝑝 = 𝑚∆𝑣 ∆𝑥 = ħ 2𝑚∆𝑣 ∆𝑥 → 𝑖𝑛𝑐𝑒𝑟𝑡𝑒𝑧𝑎 𝑑𝑎 𝑝𝑜𝑠𝑖çã𝑜 ∆𝑝 → 𝑖𝑛𝑐𝑒𝑟𝑡𝑒𝑧𝑎 𝑑𝑜 𝑚𝑜𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 A Mecânica Quântica Função de Onda Ψ [psi] (Erwin Schrödinger, 1927) HΨ = EΨ Operador Hamiltoniano Energia total do elétron Função de Onda Um operador é uma instrução, ou um conjunto de instruções, que determina o que se deve fazer com a função a qual está relacionado! Considera a dualidade partícula-onda da matéria. Descreve a energia potencial do elétron (V), resultado da atração núcleo-elétron – 8π2m –h2 H = 2 x2 + 2 y2 + 2 z2 4πε0√x 2 + y2 + z2 Ze2 Descreve a energia cinética do elétron (V), resultado do movimento em torno do núcleo 11 A Mecânica Quântica Função de Onda Ψ [psi] (Erwin Schrödinger, 1927) Descreve as propriedades ondulatórias de um elétron, em termos da sua posição (x, y, z), massa (me), energia total (E) e energia potencial (V). 2Ψ x2 + 2Ψ y2 + 2Ψ z2 + 2me h2 (E – V)Ψ = 0 A quantização da energia do elétron é uma consequência da equação de Schrödinger. 12 A Mecânica Quântica Densidade de Probabilidade Ψ2 A probabilidade de se encontrar o elétron em uma dada posição é proporcional a Ψ2, naquele ponto. Maior probabilidade de encontrar o elétron onde Ψ2 é grande! Probabilidade zero de encontrar elétron onde Ψ2 é igual a zero (nó)! ∫Ψ2 dτ = 1 Densidade de probabilidade Elemento de volume infinitesimal (dτ = dxdydz) Função de onda normalizada todo espaço 13 Orbitais Atômicos Expressões matemáticas - Ψ(r,,) pode ser expressa em termos das Coordenadas Cartesianas (x, y, z) ou coordenadas polares esféricas (r, , ). Função Radial (R) descreve a densidade eletrônica para diferentes distâncias do núcleo (r). Funções Angulares ( e ) descrevem a forma e a orientação espacial dos orbitais. r x y z x = r sencos y = r sensen z = r cos = 0 a = 0 a 2 Ψ(r,,) = R(r)()() = R(r)(,) 14 Funções de Onda Radiais (R) e Angulares () Raio de Bohr, a0 = 40h 2/mee 2 = 52,9 pm Orbitais Atômicos 15 Funções Angulares (,) Forma 2D () Forma 3D (,) Orbitais Atômicos 16 Orbitais Atômicos Superfície limite – orbitais s, p e d Plano Nodal 17 Orbitais Atômicos Superfície limite – orbital f 18 Números Quânticos Número Quântico Principal (n) n 1 2 3 4 5 ... K L M N O ... l 0 1 2 3 4 5 ... s p d f g h ... Número Quântico Momento Angular ou Azimutal (l) Sharp (s) Principal (p) Diffuse (d) Fundamental (f) l =0 a (n – 1) Número Quântico Magnético (ml) ml = -l a +l Número Quântico de Spin (ms) ml = +½ ou -½ 19 Diagrama de Níveis de Energia Atkins, P. e Jones, L., Princípios de Química. Questionando a Vida Moderna e o Meio Ambiente. Trad. Ignez Caracelli, et. al. Porto Alegre: Bookman, 2001. 914p. 20 Distribuição Eletrônica Princípio da Exclusão de Pauli: Dois elétrons nunca terão o mesmo conjunto de quatro números quânticos Regra de Hund: Os elétrons são distribuídos isoladamente e com o mesmo spin; Os elétrons são emparelhados com spins contrários. 21 Modelos de Ligação Química Ligação Iônica – (metal + não-metal) Formação e interação de íons de carga oposta (cátions e ânions) Segue a Regra do Octeto Ligação Metálica – (metal + metal) Formação de bandas de condução e transição de elétrons Ligação Covalente – (não-metal + não-metal) Compartilhamento de elétrons Segue a Regra do Octeto Repulsão dos Pares de Elétrons da Camada de Valência (RPECV) Determina a geometria molecular Teoria da Ligação de Valência (TLV) Sobreposição de orbitais atômicos Elétrons localizados entre os átomos ligados Formação de orbitais híbridos 22 Modelos de Ligação Química Teoria do Orbital Molecular (TOM) Combinação Linear dos Orbitais Atômicos (CLOA) Formação do Orbital Molecular (OM) Ligante e antiligante Teoria do Campo Cristalino (TCC) Ligação química de Compostos de Coordenação Formada por interações puramente eletrostáticas (iônica) Energia de Estabilização do Campo Cristalino (EECC) Determina a cor dos compostos Teoria do Campo Ligante (TCL) Introduz um caráter covalente à ligação metal-ligante Combina TCC com TOM Explica a força dos ligantes neutros pela retrodoação 23 Teoria do Orbital Molecular (TOM): Explica o comportamento magnético do O2. Explica o composto deficiente de elétrons B2H6. Explica as estruturas e propriedades dos metais e semicondutores. Explica os espectros eletrônicos das moléculas. TLV focada na ligação entre pares de átomos. TOM focada na densidade eletrônica da molécula. Limitações dos Modelos de Ligação Limitações da Regra do Octeto e TLV: Comportamento do O2 Molécula diamagnética pela descrição de Lewis e TLV! Experimentalmente é paramagnética. Comportamento do B2H6 12 elétrons de valência (23e B e 6 1e H). 14 elétrons de valência por Lewis! 24
Compartilhar