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Prévia do material em texto

2 
EDUCAÇÃO FÍSICA INCLUSIVA 
DIREÇÃO UNICESUMAR
Reitor Wilson de Matos Silva, Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho, Pró-Reitor de Administração 
Wilson de Matos Silva Filho, Pró-Reitor Executivo de EAD Willian Victor Kendrick de Matos Silva, 
Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi.
NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Diretoria Executiva Chrystiano Mincof, James Prestes, Tiago Stachon Diretoria de Design Educacional 
Débora Leite, Diretoria de Graduação e Pós-graduação Kátia Coelho, Diretoria de Permanência 
Leonardo Spaine, Head de Produção de Conteúdos Celso L. Filho, Gerência de Produção de Conteúdo 
Diogo R. Garcia, Gerência de Projetos Especiais Daniel F. Hey, Supervisão do Núcleo de Produção 
de Materiais Nádila de Almeida Toledo, Supervisão Operacional de Ensino Luiz Arthur Sanglard, 
Coordenador(a) de Conteúdo Coordenador, Projeto Gráico José Jhonny Coelho, Editoração 
Humberto Garcia da Silva, Designer Educacional Amanda Peçanha dos Santos, Revisão Textual 
Ariane Andrade Fabreti, Érica Fernanda Ortega, Ilustração Bruno Pardinho, Fotos Shutterstock.
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a Distância; 
FAVATTO, Naline Cristina.
 Educação Física Inclusiva. Naline Cristina Favatto.
 Maringá - PR.:Unicesumar, 2018. Reimpresso em 2019.
 166 p.
 “Graduação em Educação Física - EaD”.
 1. Deiciência. 2. Acessibilidade. 3. EaD. I. Título.
ISBN: 978-85-459-1232-3 CDD - 22ª Ed. 796
Impresso por: CIP - NBR 12899 - AACR/2
NEAD 
Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 
Jd. Aclimação - Cep 87050-900 Maringá - Paraná
www.unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
Em um mundo global e dinâmico, nós trabalhamos 
com princípios éticos e proissionalismo, não 
somente para oferecer uma educação de qualidade, 
mas, acima de tudo, para gerar uma conversão 
integral das pessoas ao conhecimento. Baseamo-
nos em 4 pilares: intelectual, proissional, emocional 
e espiritual.
Iniciamos a Unicesumar em 1990, com dois cursos de 
graduação e 180 alunos. Hoje, temos mais de 100 mil 
estudantes espalhados em todo o Brasil: nos quatro 
campi presenciais (Maringá, Curitiba, Ponta Grossa 
e Londrina) e em mais de 300 polos EAD no país, 
com dezenas de cursos de graduação e pós-graduação. 
Produzimos e revisamos 500 livros e distribuímos mais 
de 500 mil exemplares por ano. Somos reconhecidos 
pelo MEC como uma instituição de excelência, com 
IGC 4 em 7 anos consecutivos. Estamos entre os 10 
maiores grupos educacionais do Brasil.
A rapidez do mundo moderno exige dos educadores 
soluções inteligentes para as necessidades de todos. 
Para continuar relevante, a instituição de educação 
precisa ter pelo menos três virtudes: inovação, 
coragem e compromisso com a qualidade. Por 
isso, desenvolvemos, para os cursos de Engenharia, 
metodologias ativas, as quais visam reunir o melhor 
do ensino presencial e a distância.
Tudo isso para honrarmos a nossa missão que é 
promover a educação de qualidade nas diferentes áreas 
do conhecimento, formando proissionais cidadãos 
que contribuam para o desenvolvimento de uma 
sociedade justa e solidária.
Vamos juntos!
Wilson Matos da Silva
Reitor da Unicesumar
boas-vindas
Prezado(a) Acadêmico(a), bem-vindo(a) à 
Comunidade do Conhecimento. 
Essa é a característica principal pela qual a Unicesumar 
tem sido conhecida pelos nossos alunos, professores 
e pela nossa sociedade. Porém, é importante 
destacar aqui que não estamos falando mais daquele 
conhecimento estático, repetitivo, local e elitizado, mas 
de um conhecimento dinâmico, renovável em minutos, 
atemporal, global, democratizado, transformado pelas 
tecnologias digitais e virtuais.
De fato, as tecnologias de informação e comunicação 
têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, lugares, 
informações, da educação por meio da conectividade 
via internet, do acesso wireless em diferentes lugares 
e da mobilidade dos celulares. 
As redes sociais, os sites, blogs e os tablets aceleraram 
a informação e a produção do conhecimento, que não 
reconhece mais fuso horário e atravessa oceanos em 
segundos.
A apropriação dessa nova forma de conhecer 
transformou-se hoje em um dos principais fatores de 
agregação de valor, de superação das desigualdades, 
propagação de trabalho qualiicado e de bem-estar. 
Logo, como agente social, convido você a saber cada 
vez mais, a conhecer, entender, selecionar e usar a 
tecnologia que temos e que está disponível. 
Da mesma forma que a imprensa de Gutenberg 
modiicou toda uma cultura e forma de conhecer, 
as tecnologias atuais e suas novas ferramentas, 
equipamentos e aplicações estão mudando a nossa 
cultura e transformando a todos nós. Então, priorizar o 
conhecimento hoje, por meio da Educação a Distância 
(EAD), signiica possibilitar o contato com ambientes 
cativantes, ricos em informações e interatividade. É 
um processo desaiador, que ao mesmo tempo abrirá 
as portas para melhores oportunidades. Como já disse 
Sócrates, “a vida sem desaios não vale a pena ser vivida”. 
É isso que a EAD da Unicesumar se propõe a fazer. 
Willian V. K. de Matos Silva
Pró-Reitor da Unicesumar EaD
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está 
iniciando um processo de transformação, pois quando 
investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou 
proissional, nos transformamos e, consequentemente, 
transformamos também a sociedade na qual estamos 
inseridos. De que forma o fazemos? Criando 
oportunidades e/ou estabelecendo mudanças capazes 
de alcançar um nível de desenvolvimento compatível 
com os desaios que surgem no mundo contemporâneo. 
O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de 
Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo 
este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens 
se educam juntos, na transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem 
dialógica e encontram-se integrados à proposta 
pedagógica, contribuindo no processo educacional, 
complementando sua formação profissional, 
desenvolvendo competências e habilidades, e 
aplicando conceitos teóricos em situação de realidade, 
de maneira a inseri-lo no mercado de trabalho. Ou seja, 
estes materiais têm como principal objetivo “provocar 
uma aproximação entre você e o conteúdo”, desta 
forma possibilita o desenvolvimento da autonomia 
em busca dos conhecimentos necessários para a sua 
formação pessoal e proissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de crescimento 
e construção do conhecimento deve ser apenas 
geográica. Utilize os diversos recursos pedagógicos 
que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita. 
Ou seja, acesse regularmente o Studeo, que é o seu 
Ambiente Virtual de Aprendizagem, interaja nos 
fóruns e enquetes, assista às aulas ao vivo e participe 
das discussões. Além disso, lembre-se que existe 
uma equipe de professores e tutores que se encontra 
disponível para sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em 
seu processo de aprendizagem, possibilitando-lhe 
trilhar com tranquilidade e segurança sua trajetória 
acadêmica.
boas-vindas
Janes Fidélis Tomelin
Diretoria Executiva de Ensino
Kátia Solange Coelho
Diretoria Operacional de Ensino
apresentação do material
EDUCAÇÃO FÍSICA INCLUSIVA
Naline Cristina Favatto
Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) aos estudos sobre a Educação Física Inclusiva! 
Este material é fruto de relexões e pesquisas acerca da inclusão, organizado de 
modo especial para você, a im de contribuir para que as aulas de educação física 
escolar possam avançar cada vez mais no que diz respeito à inserção do aluno 
com deiciência! 
De maneira especial, gostaria de agradecer à APAE da cidade de Santa Fé e ao 
Colégio Estadual Marechal Arthur da Costa e Silva pela oportunidade de poder-
mos realizar diversas atividades inclusivas no campo da educação física, seja na 
rede regular de ensino ou em Instituições Especializadas. A disponibilidade das 
instituiçõesem conceder seu espaço para a aplicação e registro destas atividades 
será de grande relevância para o trabalho com a disciplina de Educação Física 
Inclusiva. Desta forma, venho em nome de toda a equipe, bem como da coorde-
nação do curso de Educação Física, estender os agradecimentos a estas instituições 
referenciadas. Estejam certos que nosso objetivo caminha para que a construção 
de novos conhecimentos e trabalho com habilidades levando em consideração a 
realidade desaiadora pela qual se deparam alunos e corpo docente que são pri-
mados a todo momento. 
Neste livro, apresento-lhes propostas de atuação e intervenção por meio das 
quais você poderá construir um planejamento para as aulas de educação física a 
partir da compreensão da deiciência visual, intelectual e motora e suas diversas 
formas de adaptação. O intuito é levá-lo(a) a um estudo sistematizado acerca do 
universo da Educação Física Inclusiva para que você possa pensar nas ações coti-
dianas, resultantes dos desaios escolares encontrados, a im de auxiliá-los na busca 
por alternativas reais de uma atuação que permita desenvolver as potencialidades 
e autonomia dos alunos com deiciência. 
Na Unidade I propõe-se a discutir as questões históricas e segregacionistas 
que envolveram a pessoa com deiciência, assim como a evolução do conceito da 
pessoa com deiciência ao longo da história. Além disso, apresentarei apontamentos 
históricos relacionados às Políticas Públicas para a Educação Especial e Inclusiva. 
Na Unidade II, trabalharemos o conceito de acessibilidade na educação básica e 
realizaremos um amplo e interessante estudo sobre as principais deiciências que 
ocasionam danos intelectuais, motores, auditivos e visuais. Por meio da Unidade 
III, iremos reletir de maneira especíica sobre a inclusão de alunos com deiciência 
nas aulas de educação física, as características da educação física adaptada, assim 
como apresentarei diversas possibilidades de aplicação pedagógica para alunos 
com deiciência motora leve, moderada e severa. Na Unidade IV, trataremos 
essas mesmas adaptações e aplicações pedagógicas para alunos com deiciência 
intelectual leve, moderada e severa, assim como para a deiciência visual. E por 
im, na Unidade V, com o tema Jogos Paralímpicos, passamos a discutir a origem 
dos jogos, seu estímulo e aplicação no contexto escolar, com enfoque central nas 
características das diversas modalidades esportivas adaptadas que compõem atu-
almente os Jogos Paralímpicos.
Espero que este material colabore na sua formação, e que você avance cada 
vez mais nas suas relexões e ações proissionais acerca desta temática. Lembre-se, 
caro(a) aluno(a), que o material apresentado não esgota todas as possibilidades 
de pensar e reletir sobre a Educação Física Inclusiva, mas propiciará momentos 
importantes para a compreensão sobre o assunto. 
Bons estudos!
INTRODUÇÃO
O
lá, aluno(a), seja bem-vindo(a) à disciplina de Educação Fí-
sica Inclusiva! Iniciaremos nossos estudos com o intuito de 
compreender uma série de elementos que proporcionem um 
entendimento sobre a deiciência. Para tanto, trabalharemos 
a deiciência ao longo da história, o conceito de pessoa com deiciência 
na atualidade e as Políticas para a Educação Especial e Educação Inclusi-
va no Brasil. Dessa forma, gostaria de questioná-lo: quando falamos em 
pessoas com deiciência, o que vem em sua mente? As discussões acerca 
desta temática serão constituídas por três tópicos.
Revisitar alguns fatos importantes e marcantes sobre a pessoa com 
deiciência nos possibilita compreender como essa relação se estabelece 
e entender os traços de luta e preconceito que ainda observamos forte-
mente em nossa sociedade. Historicamente, a luta em defesa dessa classe 
é uma constante e se fez primordial para a inserção de Políticas que aten-
dessem às suas necessidades, tanto no âmbito social quanto educacional. 
Esta unidade torna-se relevante devido a necessidade de se conhecer de 
elementos importantes que estruturaram o que hoje observamos nas es-
colas de todo o país: a inclusão de alunos com deiciência, assim como a 
existência de escolas especiais para o atendimento desses alunos. 
Os assuntos abordados nesta unidade permitirão uma aproximação 
e compreensão dos principais aspectos históricos acerca dessa temática, 
assim como as conquistas da pessoa/aluno com deiciência no âmbito 
educacional e social, a im de que você futuro proissional da Educação 
Física, se familiarize com a prática pedagógica especializada e inclusiva.
Tenham todos uma boa leitura!
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 15
Provavelmente você já deve ter lido ou ouvido falar 
algo sobre a diiculdade e o preconceito com o qual 
as pessoas com determinadas deiciências eram tra-
tadas na Antiguidade. E isso é verdade!
Para traçar um panorama claro sobre a deiciên-
cia ao longo da história, farei uso dos estudiosos da 
área da Educação Especial Kirk e Gallagher (1987), 
Mendes (1995) e Sassaki (1997). Esses autores iden-
tiicam por meio de suas pesquisas quatro fases no 
desenvolvimento do atendimento à pessoa com dei-
ciência por meio de uma perspectiva histórica. Den-
tro desse contexto, na primeira fase, datada na Idade 
Média, muitas pessoas acreditavam que o fato de 
nascer uma criança com deiciência na família esta-
va ligado ao pecado, isto é, que os pais dessa criança 
teriam cometido algo muito grave que desagradava 
a Deus, e, como forma de pagar por seus pecados, 
uma criança com deiciência nascia nessa família. 
Adams, Bell e Griin (2007) destacam que a dei-
ciência era vista como atuação de maus espíritos e 
do demônio, sob o comando das bruxas, e também 
resultado da ira celeste e castigo de Deus. 
Observa-se, nesse momento, que essa criança 
era entendida como castigo, não somente aos olhos 
da família, mas de toda a sociedade. Essa concep-
ção de deiciência fazia com que as famílias escon-
dessem da sociedade essas crianças, pois ao serem 
expostas mostravam-se também os pecados que 
estavam associados a elas. Outro exemplo claro de 
negligência pode ser evidenciado na Grécia, por 
volta de 480 a.C., em que as crianças ao nascerem 
eram examinadas e, quando apresentavam alguma 
deiciência, eram atiradas de um cume de 2400m 
de altitude por não estarem dentro do padrão físico 
adequado (SULLIVAN, 2001). 
O relato de Platão evidenciado nos estudos de 
Silva (1987) retrata a realidade da época:
E no que concerne aos que receberam corpo 
mal organizado, deixa-os morrer [...]. Quanto 
às crianças doentes e as que sofreram qualquer 
deformidade, serão levadas, como convém, a 
paradeiro desconhecido e secreto (PLATÃO 
apud SILVA, 1987, p. 124).
O desprezo para com a criança que apresentava de-
iciência também pode ser observado no discurso de 
Sêneca (4 a.C.- 65 d.C, p. 46):
Não se sente ira contra um membro gangre-
nado que se manda amputar; não o cortamos 
por ressentimento, pois, trata-se de um rigor 
salutar. Matam-se cães quando estão com raiva; 
exterminam-se touros bravios; cortam-se as ca-
beças das ovelhas enfermas para que as demais 
não sejam contaminadas; matamos os fetos e os 
recém-nascidos monstruosos; se nascerem de-
feituosos e monstruosos afogamo-los; não de-
vido ao ódio, mas à razão, para distinguirmos 
as coisas inúteis das saudáveis.
Assustador não é mesmo? O termo monstro e/ou 
monstruosidade utilizado para denominar a pessoa 
com deiciência durante quase toda primeira fase 
nos mostra como eles foram tratados nesse período 
e nos faz reletir os motivos pelos quais o preconcei-
to instaurado nas diversas sociedades ainda se faz 
tão presente em nosso meio. 
A segunda fase dessa análise histórica caracteri-
za-se pela institucionalização de pessoas com deici-
ências. Inicialmente na Alemanha nos séculos XVIII 
se expandiu para o Brasil e permaneceu até meados 
do século XIX. Nesse momento, a deiciência pas-
sa a ser institucionalizada, onde essas pessoas eram 
segregadase protegidas em instituições residenciais. 
Zavareze (2009) relata que essas instituições eram 
consideradas como “depósitos” de pessoas que apre-
sentam deiciências.
16 
EDUCAÇÃO FÍSICA INCLUSIVA 
Dentro dessa temática, entre os séculos XVII, 
XVIII e XIX outra questão relevante sobre a pessoa 
com deiciência se deu por meio de suas apresen-
tações em circos e em praças públicas. Você pode 
perceber que essa realidade não esteve tão distante 
de nós. Quem já foi ao circo e assistiu a apresentação 
de anões, pessoas com gigantismo ou alguma carac-
terística tida como “diferente” para a sociedade? A 
imagem abaixo ilustra exatamente a realidade dos 
circos nesse período; nela, podemos identiicar pes-
soas com nanismo, microcefalia, assim como pesso-
as com outras características, como extremamente 
magras, mulheres com barba, entre outros. Perceba 
que o preconceito não estava somente ligado às pes-
soas que apresentam deiciência, mas também na-
quelas que fugiam do padrão de normalidade insti-
tuído na época. Parece até que estamos falando dos 
dias atuais, não é mesmo?
Nesse período, a exposição dessas pessoas ocorria 
em praças públicas, sendo motivo de estranheza e 
zombaria de toda a sociedade. Muitos pais vendiam 
seus ilhos para o circo, ou até mesmo os colocavam 
em exposição em praças pública, motivados pelo in-
teresse inanceiro.
Figura 1 - Equipe de ilmagem de “Freaks, de Tod Browning”, retratava 
o trabalho de diversas pessoas que apresentavam deiciências em circos
Fonte: Tendimag (2014, on-line)1.
Figura 2 - Myrtle se tornou famosa por ter quatro pernas e começou a se 
apresentar no circo aos treze anos de idade.
Fonte: Wikipedia ([2018], on-line)2.
Você já parou para pensar no sofrimento que 
as pessoas com deiciência passaram e ainda 
passam nos dias atuais? Qual o impacto disso 
nas relações humanas?
REFLITA
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 17
A terceira fase é marcada, já no inal do século XIX e 
meados do século XX, pelo desenvolvimento de es-
colas e turmas especiais em escolas públicas, visando 
a oferecer à pessoa com deiciência uma educação 
à parte. O “Instituto dos Meninos Cegos” foi fun-
dado na cidade do Rio de Janeiro no inal de 1854, 
sendo a primeira escola especializada no Brasil para 
deicientes visuais. Atualmente, o “Instituto dos Me-
ninos Cegos” é chamado de “Instituto Benjamin 
Constant Botelho de Magalhães”. Após esse período, 
diversas outras escolas especializadas para o aten-
dimento de deicientes físicos, visuais e intelectuais 
foram criadas em todo Brasil. Na quarta fase, no inal do século XX, por volta da 
década de 70, observa-se um movimento de inte-
gração social dos indivíduos que apresentavam de-
iciência, cujo objetivo era inseri-los em ambientes 
escolares, o mais próximo possível, daqueles ofere-
cidos às pessoas que não apresentavam deiciências. 
Zavareze (2009) menciona que, nesse período, o in-
tuito passa a ser educar essas pessoas em sua capaci-
dade máxima de aprendizagem. É importante desta-
car que essa é a fase atual em que nos encontramos, 
observe como ainda se faz muito presente a luta pela 
valorização e inclusão de crianças e jovens com dei-
ciência em nosso cotidiano.
Essa distinção em fases é importante para que 
você possa compreender e contextualizar histori-
camente a deiciência, diante disso, falaremos mais 
sobre a terceira e a quarta fase no tópico a seguir, no 
qual abordaremos com maior riqueza de detalhes o 
processo de estruturação das políticas educacionais 
voltadas à pessoa com deiciência.
Figura 3 - Primeira escola especializada no Brasil para deicientes visuais
Fonte: Wikipedia ([2018], on-line)3.
Você sabia que na década de 50 e 60 ainda 
era possível observar pessoas com deiciência 
mantidas trancadas dentro de suas casas? 
Os pais mantinham essas crianças e adultos 
em segurança, em muitos casos, sendo bem 
tratados, contudo, faltava conhecimento e ins-
trução adequada para atender efetivamente 
seus ilhos com deiciência. 
Fonte: a autora.
SAIBA MAIS
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 19
Em 1933, o Decreto n. 5.884, sobre a educação 
em geral, estabeleceu o direito à educação especiali-
zada, para crianças ou adolescentes que dela necessi-
tavam por suas condições peculiares, ministrada nas 
seguintes escolas (SÃO PAULO, 1933):
• Escolas para débeis físicos;
• Escolas para débeis mentais;
• Escolas de segregação para doentes contagiosos;
• Colônias escolares;
• Escolas para cegos;
• Escolas para surdo-mudos;
• Escolas ortofônicas;
• Escolas de educação emendativa dos delin-
quentes.
Por meio desse decreto, podemos veriicar pon-
tos importantes, tais como o atendimento dessas 
pessoas de maneira especializada, o que se desta-
cou como um avanço, mas também a forma ina-
dequada da época de se referir à pessoa com de-
iciência, característica essa que estudaremos no 
tópico seguinte. 
Durante o século XX, a Educação Especial 
foi, aos poucos, se constituindo na Educação 
Brasileira. A Lei de Diretrizes e Bases da Edu-
cação Nacional n. 4.024/61, art. 88, promulgada 
em 1961, destaca que “a educação de excepcio-
nais, deve, no que fôr possível, enquadrar-se no 
sistema geral de educação, a im de integrá-los 
na comunidade” (BRASIL, 1961). Essa lei é com-
preendida como um dos primeiros passos para o 
atendimento da pessoa com deiciência no Brasil 
de forma inclusiva. 
Dez anos depois, em 1971, a Lei Educacional n. 
5.692/71, art. 9º, explana que:
“[...] os alunos que apresentem deiciências 
físicas ou mentais, os que se encontrem em 
atraso considerável quanto à idade regular de 
matrícula e os superdotados deverão receber 
tratamento especial, de acordo com as normas 
ixadas pelos competentes Conselhos de Edu-
cação.” (BRASIL, 1971).
Nesse momento, observam-se algumas especii-
cações das deiciências, assim como de crianças 
superdotadas, sobre a relevância de um atendi-
mento especializado. Todavia, apesar do acesso ao 
ensino regular, não é organizado um atendimento 
especializado que considere as singularidades de 
aprendizagem de estudantes com superdotação 
(MEC/SEESP, 2007).
Em 1973, foi criada pelo Ministério da Edu-
cação o Centro Nacional de Educação Especial — 
CENESP, responsável pela gerência da educação 
especial no Brasil, que, sob o respaldo integra-
cionista, produziu ações educacionais voltadas às 
pessoas com deiciência e superdotação, porém, 
ainda com características assistenciais e iniciati-
vas isoladas do Estado (MEC/SEESP, 2007). Em 
1978, foi publicada a Portaria Interministerial n. 
186/78, cujo objetivo consistia na ampliação de 
oportunidades de atendimento especializado, de 
natureza médico-psicossocial e educacional para 
excepcionais, com o intuito de promover sua in-
tegração social (BRASIL, 1978). De acordo com 
a referida portaria, o direcionamento de alunos 
para o atendimento especializado deveria ser fei-
to por meio de um diagnóstico, compreendendo 
a avaliação das condições físicas, mentais, psicos-
sociais e educacionais do excepcional (BRASIL, 
1978).
20 
EDUCAÇÃO FÍSICA INCLUSIVA 
Oito anos depois, em 1986, a Portaria n. 69/86, 
publicada pelo CENESP, estabeleceu que a educa-
ção especial deveria proporcionar o desenvolvi-
mento pleno das potencialidades do educando com 
necessidades especiais, como fator de autorrealiza-
ção, qualiicação para o trabalho e integração so-
cial por meio de atendimento educacional espe-
cializado. Esta consistia na utilização de métodos, 
técnicas, recursos e procedimentos didáticos de-
senvolvidos por professores devidamente qualii-
cados (BRASIL, 1986). 
Um marco importante para a Educação Inclu-
siva e a Educação Especializada se deu por meio 
da Constituição Federal de 1988. Em seu art. 206, 
inciso I, estabelece a “igualdade de condições de 
acesso e permanência na escola” (BRASIL, 1988), 
como um dos princípios para o ensino, assim 
como o art. 208, inciso III, garante como dever do 
Estado o atendimentoeducacional especializado, 
preferencialmente, na rede regular de ensino. No-
vamente observamos o amparo da Lei, a qual es-
timula o atendimento desses alunos de maneira a 
incluí-los na rede regular de ensino, e não somente 
em escolas especializadas. 
Em meio às lutas pela garantia à educação, em 
1990, a Unesco estabelece A Declaração Mundial de 
Educação para Todos. Essa declaração teve por obje-
tivo garantir a Satisfação das Necessidades Básicas de 
Aprendizagem para todas as crianças, adolescentes e 
adultos. Os Art. 3 a 7 dessa Declaração contemplam:
Universalizar o acesso à educação e promover a 
equidade; Concentrar a atenção na aprendizagem; 
Ampliar os meios e o raio de ação da educação 
básica; Propiciar um ambiente adequado à apren-
dizagem; Fortalecer alianças (BRASIL, 1990).
De maneira especíica para as pessoas com deiciên-
cia, o art. 3 enfatiza que: 
[...] as necessidades básicas de aprendizagem 
das pessoas portadoras de deiciências reque-
rem atenção especial. É preciso tomar medidas 
que garantam a igualdade de acesso à educação 
aos portadores de todo e qualquer tipo de dei-
ciência, como parte integrante do sistema edu-
cativo, pautado nos cuidados básicos e ativida-
des de desenvolvimento infantil, direcionadas 
especialmente às crianças pobres, desassistidas 
e portadoras de deiciências (BRASIL, 1990). 
Outro momento histórico do processo de estrutu-
ração de políticas educacionais especiais se deu por 
meio da Conferência Mundial sobre Necessidades 
Educativas Especiais, onde participaram 92 países e 
25 organizações internacionais, ocorrida no ano de 
1994 em Salamanca, na Espanha. Tal conferência i-
cou Mundialmente conhecida como Declaração de 
Salamanca sobre Princípios, Políticas e Práticas na 
Área das Necessidades Educativas Especiais, a qual 
estabeleceu que todas as crianças e jovens com ne-
cessidades educativas especiais deveriam ter acesso 
às escolas regulares e, além disso, enfatizou que as 
escolas deveriam se adequar por meio de uma pe-
dagogia centrada na criança, capaz de ir ao encon-
tro destas necessidades. A Declaração de Salamanca 
reconheceu a necessidade e a urgência de garantir a 
educação dessas crianças no quadro do sistema re-
gular de educação (BRASIL, 1994). 
Pautada nessa relexão, a orientação inclusiva, 
por meio da inserção dessas crianças em escolas re-
gulares, constitui-se em uma das ferramentas mais 
eiciente para combater as atitudes discriminatórias, 
criando comunidades abertas e solidárias, cons-
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 21
truindo uma sociedade inclusiva e atingindo a edu-
cação para todos. Nesse contexto, cabe aos governos:
Conceder a maior prioridade, através das me-
didas de política e através das medidas orça-
mentais, ao desenvolvimento dos respectivos 
sistemas educativos, de modo a que possam in-
cluir todas as crianças, independentemente das 
diferenças ou diiculdades individuais. Adotar 
como matéria de lei ou como política o prin-
cípio da educação inclusiva, admitindo todas 
as crianças nas escolas regulares, a não ser que 
haja razões que obriguem a proceder de outro 
modo. Desenvolver projetos demonstrativos e 
encorajar o intercâmbio com países que têm 
experiência de escolas inclusivas, estabelecer 
mecanismos de planeamento, supervisão e ava-
liação educacional para crianças e adultos com 
necessidades educativas especiais, de modo 
descentralizado e participativo. Encorajar e 
facilitar a participação dos pais, comunidades 
e organizações de pessoas com deiciência no 
planejamento e na tomada de decisões sobre 
os serviços na área das necessidades educativas 
especiais. Investir um maior esforço na identii-
cação e nas estratégias de intervenção precoce, 
assim como nos aspectos vocacionais da edu-
cação inclusiva. Garantir que, no contexto de 
uma mudança sistémica, os programas de for-
mação de professores, tanto a nível inicial como 
em serviço, incluam as respostas às necessida-
des educativas especiais nas escolas inclusivas 
(BRASIL, p. 38, 1994).
A Declaração de Salamanca é reconhecida, até os 
dias atuais, como uma das conferências mais impor-
tantes realizadas em benefício da pessoa com dei-
ciência no contexto educacional, incentivando não 
somente a inclusão, mas também o investimento dos 
países para a ampliação do acesso à educação inclu-
siva. Pela primeira vez, também observamos a pre-
ocupação em formar professores capacitados para o 
atendimento dessas crianças e adolescentes, fato que 
ainda não havia sido destacado como prioridade em 
nosso estudos.
Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Edu-
cação Nacional n. 9.394, vigente até os dias atuais, 
apresenta, no art. 59 que “os sistemas de ensino asse-
gurarão aos educandos com deiciência, transtornos 
globais do desenvolvimento e altas habilidades ou 
superdotação”:
I - currículos, métodos, técnicas, recursos edu-
cativos e organização especíicos, para atender 
às suas necessidades; II - terminalidade especíi-
ca para aqueles que não puderem atingir o nível 
exigido para a conclusão do ensino fundamen-
tal, em virtude de suas deiciências, e aceleração 
para concluir em menor tempo o programa 
escolar para os superdotados; III - professores 
com especialização adequada em nível médio ou 
superior, para atendimento especializado, bem 
como professores do ensino regular capacitados 
para a integração desses educandos nas classes 
comuns; IV - educação especial para o trabalho, 
visando a sua efetiva integração na vida em so-
ciedade, inclusive condições adequadas para os 
que não revelarem capacidade de inserção no 
trabalho competitivo, mediante articulação com 
os órgãos oiciais ains, bem como para aqueles 
que apresentam uma habilidade superior nas 
áreas artística, intelectual ou psicomotora; V - 
acesso igualitário aos benefícios dos programas 
sociais suplementares disponíveis para o res-
pectivo nível do ensino regular (BRASIL, 1996).
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 
(1996) conjectura, quando preciso, os serviços de aten-
dimento especializado, na escola regular, para atender 
às necessidades da clientela de educação especial. Es-
peciica, também, que o atendimento educacional 
desses alunos será feito em classes, escolas ou serviços 
especializados, sempre que, em função das suas con-
dições especíicas, não for possível a sua integração 
22 
EDUCAÇÃO FÍSICA INCLUSIVA 
em classes comuns dentro do ensino regular (BRASIL, 
1996). Contudo, Souza e Prieto (2007) alegam que esse 
direito não vem sendo assegurado, pois, nos dias atu-
ais, a presença de um professor auxiliar para o melhor 
acompanhamento dos alunos no ensino regular é ofer-
tado apenas a uma parcela deles.
motoras, mas o requisito para estar nessas escolas de 
maneira especíica se dá pela avaliação intelectual. 
Em 1999, o Decreto n. 3.298/99, que regulamen-
ta a Lei n. 7.853/89, estabelece em seu art. 2o que: 
[...] cabe aos órgãos e às entidades do Poder Públi-
co assegurar à pessoa portadora de deiciência o 
pleno exercício de seus direitos básicos, inclusive 
dos direitos à educação, à saúde, ao trabalho, ao 
desporto, ao turismo, ao lazer, à previdência so-
cial, à assistência social, ao transporte, à ediicação 
pública, à habitação, à cultura, ao amparo à infân-
cia e à maternidade, e de outros que, decorrentes 
da Constituição e das leis, propiciem seu bem-es-
tar pessoal, social e econômico. (BRASIL, 1999).
Sendo assim, a educação especial passa a ser dei-
nida como uma modalidade transversal a todos os 
níveis e modalidades de ensino, enfatizando a atu-
ação complementar da educação especial ao ensino 
regular (BRASIL, 1999).
Caro(a) aluno(a), é importante frisar que os êxi-
tos conquistados no campo educacional para a pes-
soa com deiciência ocorreram paulatinamente. Você 
se lembra,, no ínicio de nossa unidade, quando estas 
pessoas não tinham direito algum de frequentar uma 
escola? Pois bem, essa situação foi se modiicando 
durante todo o século XX. No inaldo século XX e 
início do século XXI, nota-se o aprimoramento de 
Leis que passaram a amparar não somente alunos 
no ensino regular, mas também alunos no ensino 
superior. Em 1996, o Ministério da Educação e Cul-
tura — MEC —, organizou o primeiro documento 
— Aviso Curricular n. 277 — direcionado às pessoas 
com deiciência no Ensino Superior (BRASIL, 1996). 
Santos e Hostins (2015) relatam que este documento 
orientava os reitores de instituições superiores a se 
adequarem ao processo de acesso e inclusão de pes-
soas com necessidades especiais, sobre os processos 
A LDB/1996 destaca o atendimento especiali-
zado “quando preciso”. Entretanto, se o aluno 
já apresenta uma deiciência, presume-se que 
ele necessita desse atendimento!
REFLITA
A inclusão de alunos com deiciência irá ocorrer so-
mente quando suas condições físicas e/ou intelectuais 
possibilitarem a sua integração. Um exemplo claro 
desse contexto são as APAES (Associação de Pais e 
Amigos de Excepcionais). Para o aluno ser matricula-
do nessas escolas, é necessária a comprovação median-
te uma avaliação diagnóstica que indique a deiciência 
e/ou comprometimento intelectual. Esse aluno poderá 
ou não ter outras complicações, sejam elas visuais ou 
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 23
seletivos, bem como a oferta de materiais adaptados. 
O documento também enfatizava a necessidade de 
proissionais preparados, estruturas físicas adaptadas 
e lexibilidade pedagógica, garantindo, assim, o aces-
so e a permanência desse aluno. Dessa maneira, essas 
instituições deveriam se organizar para a garantia da:
[...] utilização de textos ampliados, lupas ou ou-
tros recursos ópticos especiais para as pessoas 
com visão subnormal/reduzida; - utilização de 
recursos e equipamentos especíicos para cegos: 
provas orais e/ou em Braille, sorobã, máquina 
de datilograia comum ou Perkins/Braille, DOS 
VOX adaptado ao computador. - Colocação de 
intérprete no caso de Língua de Sinais no proces-
so de avaliação dos candidatos surdos; - utilização 
de provas orais ou uso de computadores e outros 
equipamentos pelo portador de deiciência física 
com comprometimento dos membros superiores; 
- ampliação do tempo determinado para a execu-
ção das provas de acordo com o grau de compro-
metimento do candidato (BRASIL, 1996, p. 1).
No entanto, apenas em 2002 as Diretrizes Curriculares 
Nacionais para a Formação de Professores da Educa-
ção Básica, por meio da Resolução CNE/CP n. 1/2002, 
estabeleceram que as instituições de ensino superior 
deveriam prever, em sua organização curricular, a for-
mação docente voltada para a atenção à diversidade e 
que contemplasse conhecimentos sobre as especiici-
dades dos alunos com necessidades educacionais es-
peciais. Nesse mesmo ano, a Portaria n. 2.678/02 do 
MEC aprovou diretrizes e normas para o uso, o ensino, 
a produção e a difusão do sistema Braille em todas as 
modalidades de ensino em território nacional. 
Dentro dessa temática, a preocupação com a in-
clusão de alunos respeitando suas especiicidades se 
destaca também com a Lei n. 10.436/2002, que dis-
põe sobre a inclusão da Libras como disciplina curri-
cular dos cursos de formação de professores, visando 
o acesso à escola dos alunos surdos e a formação e 
certiicação de professores, instrutores e intérpretes 
de Libras. Houve, também, a implantação, no ano de 
2005, dos Núcleos de Atividades de Altas Habilida-
des/Superdotação – NAAH/S em todos os estados do 
país, de forma a garantir esse atendimento aos alunos 
da rede pública de ensino (MEC/SEESP, 2007). 
 Essa constante evolução das políticas voltadas 
à pessoa com deiciência também ganha destaque, 
no ano de 2007, na Educação a Distância. Nesse ano 
foi criado o documento Referencial de Qualidade 
para o Ensino Superior a Distância (BRASIL, 2007), 
no qual prevê a inclusão no ensino superior de alu-
nos com deiciência. Sobre essa perspectiva, as insti-
tuições de ensino superior devem:
Dispor de esquemas alternativos para atendi-
mento de estudantes com deiciência; Para a 
instalação de polos, dois outros requisitos ne-
cessitam ser atendidos. O primeiro diz respeito 
às condições de acessibilidade e utilização dos 
equipamentos por pessoas com deiciências, ou 
seja, deve-se atentar para um projeto arquitetô-
nico e pedagógico que “garanta acesso, ingresso 
e permanência dessas pessoas”, acompanhadas 
de ajudantes ou animais que eventualmente lhe 
servem de apoio, em todos os ambientes de uso 
coletivo (BRASIL, 2007, p. 15-16).
Observe o quanto evoluímos até aqui em relação aos 
direitos de acesso e permanência, tanto na educação 
básica, quanto no ensino superior de alunos com de-
iciência! Contudo, será que realmente todas essas 
escolas e instituições apresentam esse suporte para 
auxiliá-los em seu processo de formação? E esses 
professores, realmente estão capacitados para deter-
minado ofício? Esses são questionamentos diários 
que você, como futuro professor, poderá observar 
ao seu redor, na escola onde seu ilho estuda e/ou 
24 
EDUCAÇÃO FÍSICA INCLUSIVA 
nas instituições que conhece! Veja que ainda esta-
mos falando de políticas criadas no ano de 2007, e 
agora, será que muita coisa mudou? É o que vamos 
continuar discutindo ao indar essa unidade.
O documento da Política Nacional de Educação 
Especial na Perspectiva na Educação Inclusiva , do 
ano de 2008, enfatiza que a educação deve se iniciar 
na infância, tendo como objetivo desenvolver as ba-
ses necessárias para a construção do conhecimento e 
desenvolvimento global do aluno. Nessa perspectiva, 
deve-se priorizar o lúdico, o acesso às formas dife-
renciadas de comunicação, a variedade de estímulos 
nos aspectos físicos, cognitivos, emocionais, psico-
motores e sociais e a convivência com as diferenças 
que favorecem as relações interpessoais, o respeito 
e a valorização da criança (BRASIL, 2008). Perceba 
que, a educação inclusiva e especial foi ganhando 
força e suas leis passaram a apresentar maiores espe-
ciicações quanto ao acesso, permanência, recursos 
necessários, necessidades especíicas para determi-
nadas deiciências, adequação dos espaços físicos, 
trato pedagógico, entre outras questões.
Entre os anos de 2009 e 2010, veriicou-se a cria-
ção de salas de recursos multifuncionais. Essas salas 
apresentam características diferenciadas das demais 
salas do ensino regular, sendo uma grande ferra-
menta de ensino para alunos incluídos: 
[...] o Programa disponibiliza às escolas pú-
blicas de ensino regular, conjunto de equipa-
mentos de informática, mobiliários, materiais 
pedagógicos e de acessibilidade para a organi-
zação do espaço de atendimento educacional 
especializado. Cabe ao sistema de ensino, a se-
guinte contrapartida: disponibilização de espa-
ço físico para implantação dos equipamentos, 
mobiliários e materiais didáticos e pedagógicos 
de acessibilidade, bem como, do professor para 
atuar no AEE (MEC, 2010).
As salas de recursos multifuncionais são separa-
das de acordo com a deiciência que o aluno apre-
senta ou superdotação. Os Estados se organizam e 
nomeiam essas salas na educação básica de formas 
diferenciadas, nesse sentido, segue abaixo a organi-
zação das salas de atendimento educacional especia-
lizado do Estado do Paraná:
• Sala de Recursos Multifuncional Tipo I, atendi-
mento educacional especializado, de natureza 
pedagógica que complementa a escolarização 
de alunos que apresentam deiciência Intelec-
tual, deiciência física neuromotora, transtor-
nos globais do desenvolvimento e transtornos 
funcionais especíicos, matriculados na Rede 
Pública de Ensino (PARANÁ, 2011).
• Sala de Recursos Multifuncionais Tipo II e/ou o 
Centro de Atendimento Educacional Especiali-
zado na Área da Deiciência Visual – CAEDV 
destinado para alunos cegos, de baixa visão ou 
outros acometimentos visuais (ambliopia fun-
cional, distúrbios de alta refração e doenças pro-
gressivas), que funcionam em estabelecimentos 
do ensino regularda Educação Básica, das re-
des: estadual, municipal e particular de ensino, 
em contra turno escolar, não sendo substitutivo 
às classes comuns (PARANÁ, 2010).
• O atendimento Educacional Especializado 
para alunos surdos apresentam três momen-
tos: atendimento Educacional Especializado 
em Libras, atendimento Educacional Es-
pecializado para o ensino da Libras e aten-
dimento Educacional Especializado para o 
ensino da Língua Portuguesa. Além disso, o 
aluno conta com um professor intérprete em 
suas aulas, além do professor da turma (NO-
GUEIRA; CARNEIRO; SOARES, 2018).
• O atendimento para alunos com Altas Habilida-
des/Superdotação é um espaço organizado com 
materiais didático-pedagógicos, equipamentos 
e proissionais especializados onde é ofertado o 
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 25
atendimento educacional especializado que visa 
atender às necessidades educacionais dos alu-
nos superdotados na Rede Pública de Ensino.
• Serviço de Atendimento à Rede de Escolari-
zação Hospitalar (Sareh): oferece atendimen-
to educacional aos alunos que estão impos-
sibilitados de frequentar a escola devido à 
internação hospitalar ou tratamento de saúde 
domiciliar. O objetivo é que os alunos pos-
sam continuar o processo de escolarização 
e voltem ao ambiente escolar sem perdas de 
conteúdo das disciplinas.
Dentre essas especiicações, é importante que você 
entenda algumas questões: 
• O aluno com deiciência que se encontra in-
cluído no ensino regular em classes comuns 
sempre que preciso, deverá ter uma professo-
ra auxiliar ao seu lado durante todo o ano le-
tivo, visto que esse aluno necessitará de maior 
atenção durante seu processo formativo. 
• O aluno com deiciência que se encontra in-
cluído no ensino regular tem direito ao aten-
dimento educacional especializado em salas 
de recursos multifuncionais. 
No entanto, quando a deiciência intelectual des-
se aluno se caracterizar como moderada e severa, 
é possível que ele seja matriculado em Centros de 
Atendimento Educacional Especializado. Acredi-
to que em sua cidade ou proximidades exista uma 
escola para o atendimento exclusivo de crianças e 
adolescentes com deiciência. Atualmente, podemos 
veriicar instituições especializadas públicas, priva-
das, fundações, associações, instituições do terceiro 
setor. Dentro dessas escolas, podemos destacar:
• APAEs: Associação de Pais e Amigos de Ex-
cepcionais, destinada a alunos com deiciên-
cia intelectual moderada e severa.
• ANPR: Associação Norte Paranaense de Rea-
bilitação, destinada a alunos com deiciência 
motora severa. (atuante no estado do Paraná)
• Associação Brasileira de Autismo, AMA – 
Associação de Pais e Amigos do Autista, 
que estão presentes em diversas capitais, 
são escolas especiais para alunos que apre-
sentam autismo.
Você sabia que a Associação de Pais e Ami-
gos dos Excepcionais (APAE) nasceu em 
1954, no Rio de Janeiro? A APAE é uma or-
ganização social cujo objetivo é promover 
a atenção integral à pessoa com deiciência 
intelectual e múltipla. A Rede APAE se desta-
ca por seu pioneirismo e capilaridade. Atu-
almente, existem 2.172 APAEs e entidades 
iliadas, coordenadas por 24 Federações 
Estaduais, abrangendo todos os estados 
brasileiros para atender cerca de 250.000 
pessoas com deiciência intelectual e múl-
tipla diariamente. 
Fonte: adaptado de APAE ([2018], on-line)4.
SAIBA MAIS
Dentre essas escolas, associações e institutos es-
pecializados, é importante salientar que alunos 
cegos e surdos sem comprometimento intelectual 
poderão frequentá-las, no entanto, também deve-
rão estar matriculados na rede regular de ensino. 
No decorrer deste material, trataremos com maior 
especiicidade os tipos de deiciência e suas prin-
cipais características, para que você compreenda 
com mais clareza quem são esses alunos e suas re-
ais necessidades frente ao ambiente escolar.
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 27
que poderiam resultar em diiculdades severas , que 
comprometiam a realização plena das tarefas ao lon-
go de suas vidas (SILVA, 2006).
Em relação a essa temática, farei uso da análi-
se de Sassaki (2002) sobre nomenclaturas utilizadas 
ao referenciar as pessoas com deiciência. O autor 
destaca que, o termo “inválido” e/ou “incapacita-
do”, pode ser encontrado em diversas Leis e Decre-
tos nacionais e internacionais até os anos de 1960. 
Entre os anos de 1960 a 1980, o termo “defeituoso” 
foi difundido em diversos países. Uma característica 
deste período se dá pela nomenclatura do centro de 
reabilitação e integração AACD, que, ao ser fundada 
no inal da década de 50, recebeu o nome de “Asso-
ciação de Assistência à Criança Defeituosa”, na qual 
se modiicou anos depois e passou a ser chamada 
de “Associação de Assistência à Criança Deiciente”, 
como é conhecida nos dias atuais. Nesse período, 
também se observou o termo “excepcional”, com o 
surgimento das primeiras unidades da APAE, “As-
sociação de Pais e Amigos dos Excepcionais”. Vale 
destacar que esse termo ainda é utilizado em todo 
país pela existência dessas instituições.
A partir do ano de 1981, a Organização das 
Nações Unidas passou a utilizar o termo “pessoa 
deiciente”. Momento em que, pela primeira vez, 
o substantivo “deiciente” passou a ser utilizado 
como adjetivo, sendo-lhe acrescentado o substan-
tivo “pessoa”. Todavia, o termo “pessoa deiciente” 
foi contestado por líderes, alegando que ele aponta-
va que a pessoa inteira é deiciente, o que, para eles, 
era inconcebível e o termo “pessoas portadoras de 
deiciência” começou a ser utilizado e perdurou até 
os anos de 1993.
Sassaki (2002) retrata que o termo “portar uma 
deiciência” passou a ser um valor agregado à pes-
soa. Nessa perspectiva, compreende-se a deiciência 
como um detalhe da pessoa. O termo foi adotado 
nas Constituições federal e estadual e em todas as 
leis e políticas pertinentes ao campo das deiciên-
cias. Contudo, será que esse termo está correto? Al-
guns críticos questionam o signiicado de portador, 
uma vez que pode-se portar e deixar de portar, por 
exemplo, um objeto, como uma caneta. 
Dando continuidade a essa relexão, o autor 
revela que termos como “pessoas com necessida-
des especiais”, “crianças especiais”, “alunos espe-
ciais”, “pacientes especiais” começaram a ser uti-
lizados a partir de 1990 e são utilizados até hoje. 
Contudo, a literatura evidencia que o termo “pes-
soas com deiciência” é o mais correto a ser utili-
zado atualmente. Esse termo também destacou-se 
nos anos de 1990 e se difundiu com a Declaração 
de Salamanca, se manifestando até os dias atuais. 
Sendo assim, é de fundamental importância que 
você, futuro professor, aprenda e passe a utilizar 
esse termo “pessoa com deiciência” para nossos 
próximos estudos!
28 
considerações inais
N
ossa primeira unidade foi um convite a uma viagem no tempo, que 
nos permitiu compreender a pessoa com deiciência ao longo da his-
tória em diversos aspectos, como sua aceitação social, conceituação e 
o direito ao atendimento educacional de qualidade, tanto em institui-
ções especializadas, quanto na rede regular de ensino.
Vimos que a conquista do direito à educação de pessoas com deiciência foi 
um marco em nosso país, no qual pudemos estabelecer quatro fases na educação 
inclusiva brasileira: a rejeição, a segregação, o atendimento em escolas especia-
lizadas e, por im, a inclusão em escolas regulares. A perspectiva de contar com 
professores especializados proporcionou a essas crianças e jovens a possibilidade 
de estimulação e inserção na sociedade como qualquer outra pessoa. Também 
pudemos aprender como o conceito da deiciência foi se modiicando, a im de 
referenciá-lo de maneira adequada, sem resquícios de preconceito ou inferiori-
dade. Nesse momento, constatamos as diversas nomenclaturas pejorativas que 
foram utilizadas em determinados períodos e como, com o passar dos anos, esses 
termos se modiicaram até os dias atuais, ao referenciá-los apenas como “pessoa 
com deiciência”.Outro ponto crucial dessa unidade foi constatar o quão importante é estudar 
a história, visto que, por meio dela, pudemos notar o quanto e o porquê o pre-
conceito para com as pessoas com deiciência está enraizado em nossa sociedade 
até os dias atuais. Fato esse que nos faz entender que o preconceito é passado de 
geração em geração sem ao menos nos dar conta, pois quem dita os padrões de 
“normalidade” de uma sociedade é a própria sociedade.
Tendo essa compreensão, é possível que se tenha chegado ao inal desta uni-
dade com o entendimento e a relexão sobre essas questões que farão parte de 
seu cotidiano escolar e que tenha assimilado que incluir também faz parte de seu 
trabalho como futuro professor!
 29
atividades de estudo
1. Sabemos que a história da pessoa com deiciên-
cia foi marcada por diversas manifestações de 
preconceito, segregação e desvalorização da igu-
ra humana. Contudo, a partir século XX, podemos 
constatar as primeiras iniciativas para o desenvol-
vimento de escolas e turmas especiais em escolas 
públicas. Sob esse prisma, avalie as airmativas 
abaixo, considerando as fases descritas por Kirk e 
Gallagher (1987); Mendes (1995) e Sassaki (1997):
I - A primeira fase compreende o período 
em que as crianças frequentavam esco-
las especializadas.
II - A segunda fase compreende a institucio-
nalização de pessoas com deiciências.
III - A terceira fase compreende a criação de 
escolas e turmas especiais.
IV - A quarta fase compreende o período de 
inclusão de alunos com deiciência em es-
colas regulares.
V - A terceira fase compreende o período em 
que pessoas com deiciências eram segrega-
das e protegidas em instituições residenciais.
É correto o que se airma em:
a) I e II, apenas.
b) II, III e IV, apenas.
c) I, III e V, apenas.
d) III e IV, apenas.
e) II e III, apenas.
2. Por meio de nossos estudos, aprendemos 
que, por volta dos séculos XVII, XIII e XIX as 
pessoas com deiciência se apresentavam em 
circos e praças públicas. Essa relação se esta-
belece até os dias atuais, pois observamos que 
as características do deiciente ainda chamam 
a atenção da sociedade. Sobre esse tocante, 
avalie as airmativas abaixo e assinale a alter-
nativa correta:
I - As pessoas com deiciência causavam es-
tranheza perante a sociedade.
II - Nesse período, muitos pais de crianças 
com deiciência vendiam seus ilhos para 
os circos.
III - Nesse período, apenas as pessoas com de-
iciência se apresentam em circos.
IV - Muitos pais de crianças com deiciência 
colocavam seus ilhos em exposição em 
praças públicas, motivados pelo interesse 
inanceiro.
É correto o que se airma em:
a) I, e II, apenas.
b) II, III e IV, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I, II e IV, apenas.
e) II e III, apenas.
30 
atividades de estudo
3. Ao longo da história, a forma de conceituar a 
pessoa com deiciência passou por diversas 
mudanças. Inicialmente, em nossas leituras, 
constatamos que eles eram chamados como 
“monstruosidade”; contudo, esses termos fo-
ram se modiicando ao passar dos séculos com 
o objetivo de entendê-los como membros inte-
grante de uma sociedade. Considerando essas 
conceituações, assinale a alternativa que cor-
responde à forma mais adequada e atual de 
conceituá-los:
a) Pessoa com necessidade especial.
b) Portador de necessidade especial.
c) Pessoa portadora de deiciência.
d) Pessoa com deiciência.
e) Criança especial.
4. De acordo com as Políticas Educacionais estuda-
das nesta unidade, leia as airmativas abaixo e 
assinale (V) para Verdadeiro e (F) para Falso.
I - O Centro Nacional de Educação Especial, 
responsável pela gerência da educação 
especial no Brasil, foi criado em 1973 pelo 
Ministério da Educação.
II - A Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional n. 4.024/61, art. 88, promulga-
da em 1961, previa o atendimento de 
qualidade para pessoas com deiciência 
e superdotados por professores espe-
cializados.
III - Desde de 1933, o Decreto n. 5.884 já pre-
via a obrigatoriedade de professores es-
pecializados para o atendimento da crian-
ças e jovens com determinada deiciência.
IV - As Diretrizes Curriculares Nacionais esta-
beleceram, em 2002, que as instituições 
de ensino superior, em sua organização 
curricular, deveriam contemplar as espe-
ciicidades dos alunos com necessidades 
educacionais especiais.
V - A Lei Educacional n. 5.692/71, art. 9º, pre-
via o atendimento de alunos que apresen-
tavam deiciências físicas ou mentais, e o 
atendimento de crianças superdotadas.
As airmações I, II, III, IV e V são, respectivamente:
a) V; F; F; V; V.
b) F; F; F; F; V.
c) V; V; F; V; V.
d) V; F; F; V; F.
e) V; V; V; V; V.
5. A partir da década de 70, observou-se, no Bra-
sil, a estruturação de fato de políticas voltadas 
às crianças e jovens com deiciência. Em meio a 
essa luta, destacou-se “A Declaração Mundial de 
Educação para Todos” e a “Declaração de Sala-
manca”. Nessa perspectiva, disserte sobre a im-
portância e os objetivos de ambas para as políti-
cas de inclusão.
34 
referências
ADAMS, M.; BELL, L. A.; GRIFFIN, P. Teaching 
for diversity and social justice: A Sourcebook. New 
York: Routledge, 2007. 
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bro de 1989, dispõe sobre a Política Nacional para 
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Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/cci-
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educacional especializado em Sala de Recursos Mul-
tifuncional Tipo I, na Educação Básica – área da de-
iciência intelectual, deiciência física neuromotora, 
transtornos globais do desenvolvimento e transtor-
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Acesso em: 17 maio 2018.
INTRODUÇÃO
C
aro(a) aluno(a), nossa segunda unidade tem como objetivo 
discutir o conceito de acessibilidade de crianças e adolescen-
tes com deiciência dentro das instituições de ensino públicas e 
privadas. No entanto, para compreender quais são essas adap-
tações do ambiente, é primordial que você, futuro professor, tenha co-
nhecimento das principais características que cada deiciência apresenta. 
Para tanto, essas questões serão analisadas no decorrer desta unidade, 
constituída de dois tópicos.
Compreender a necessidade das instituições de ensino em se ade-
quar nos diversos âmbitos físico, metodológico, atitudinal, pragmático 
e instrumental para promover a acessibilidade e inclusão de alunos com 
deiciência é fundamental para que a inclusão não esteja presente apenas 
nas Leis que regulamentam o acesso e a permanência na educação, mas 
que, de fato, esteja efetivada nas diversas instituições. O entendimento do 
professor acerca das adaptações necessárias beneiciará as instituições em 
relação à promoção e incentivo à inclusão, além de ser uma ferramenta 
para o planejamento escolar.
Em complemento, essa unidade proporcionará a você uma impor-
tante imersão sobre as principais síndromes e transtornos que ocasionam 
danos intelectuais, comportamentais e motores, assim como as deiciên-
cias que apresentam apenas relação com a capacidade motora e visual, 
sem prejuízos ao intelecto. O entendimento das características das dei-
ciências mais comuns é primordial para que a escola seja acessível e para 
que você, futuro professor, possa desenvolver suas aulas com segurança e 
qualidade, respeitando as potencialidades de cada aluno. Ao vislumbrar 
uma atuação no campo escolar, estas relexões, certamente, propiciarão o 
entendimento acerca da real acessibilidade da pessoa/aluno com deici-
ência na escola e na Educação Física. 
 Vamos aos estudos!
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 43
de um aluno deiciente visual. Da mesma forma que 
a acessibilidade metodológica e pedagógica de alu-
nos com deiciência auditiva será diferente de alunos 
deicientes visuais. Perceba que não é tão simples as-
sim e que apenas rampas e pisos táteis não são sui-
cientes para tornar a escola, de fato, acessível.
De maneira especíica, Dischinger e Machado 
(2006) apresentam dimensões que possibilitam a 
compreensão de acessibilidade. 
• Acessibilidade arquitetônica, sem barreiras am-
bientais físicas em todos os recintos internos e 
externos da escola e nos transportes coletivos. 
• Acessibilidade comunicacional, sem barreiras 
na comunicação interpessoal (face-face, lín-
gua de sinais, linguagem corporal, linguagem 
gestual etc.), na comunicação escrita...e na co-
municação virtual (acessibilidade digital).
• Acessibilidade metodológica, sem barreiras 
nos métodos e técnicas de estudo (adaptações 
curriculares, aulas baseadas nas inteligências 
múltiplas, uso de todos os estilos de aprendi-
zagem, participação de todos, de cada aluno, 
novo conceito de avaliação de aprendizagem, 
novo conceito de educação, novo conceito de 
didática), de ação comunitária (metodologia 
social, cultural, artística etc. baseada em parti-
cipação ativa) e de educação dos ilhos (novos 
métodos e técnicas nas relações familiares etc.). 
• Acessibilidade instrumental, sem barreiras 
nos instrumentos e utensílios de estudo (lá-
pis, caneta, régua, teclado do computador, 
materiais pedagógicos), de atividade da vida 
diária, esporte e recreação (dispositivos que 
atendam às limitações sensoriais, físicas e 
mentais etc.). 
• Acessibilidade programática, sem barreiras 
invisíveis embutidas em políticas públicas, em 
regulamentos e normas de um modo geral.
• Acessibilidade atitudinal, por meio de pro-
gramas e práticas de sensibilização e de cons-
cientização das pessoas em geral e da convi-
vência na diversidade humanaresultando em 
quebra de preconceito, estigmas, estereótipos 
e discriminações (DISCHINGER; MACHA-
DO, 2006, p. 105).
Você sabia? Apenas:
• 28% das escolas de nosso país apresen-
tam dependências acessíveis aos alunos 
com deiciência; 
• 35% delas apresentam sanitários acessíveis;
• 18% apresentam salas para atendimento 
especial. 
Fonte: adaptado de Censo Escolar/INEP (2016, 
on-line)1.
SAIBA MAIS
Dentro desse contexto, é importante nos conscien-
tizarmos de que, as adaptações arquitetônicas que a 
escola deve apresentar são fundamentais, para que os 
alunos com deiciência possam se locomover e reali-
zar suas ações cotidianas de maneira independente. 
O aluno com deiciência visual ou deiciência mo-
tora precisará de adaptações iniciando pela calçada 
da escola, em todo o prédio escolar, salas de aula, bi-
blioteca, refeitório, corredor, pátio, quadra esportiva, 
banheiro, parques, entre outros diversos espaços que 
compõem o ambiente escolar. A identiicação de bar-
reiras como escadas inapropriadas, postes e cadeiras, 
em lugares indevidos, poderão atrapalhar a locomo-
ção desses alunos de maneira independente. Sob essa 
perspectiva, as barreiras são compreendidas como 
qualquer entrave ou obstáculo que limite ou impeça 
o acesso, a liberdade de movimento, a circulação com 
segurança e a possibilidade de pessoas se comunica-
rem ou terem acesso à informação (BRASIL, 2004).
44 
EDUCAÇÃO FÍSICA INCLUSIVA 
ACESSIBILIDADE E DEFICIÊNCIA MOTORA
Alunos com deiciência motora precisam de adap-
tações diversas, no entanto, as mais importantes são 
banheiros adaptados e rampas acessíveis em todos 
os ambientes de acesso da escola, assim como ônibus 
adaptado para seu transporte. É necessário adaptar 
as carteiras, para que a cadeira de roda dos alunos se 
encaixe nelas e, quando possível, adaptar pequenas 
órteses que possibilitem a escrita desses alunos. 
ACESSIBILIDADE E DEFICIÊNCIA VISUAL
Alunos com deiciência visual precisam de adequa-
ções físicas como a existência de piso tátil em toda a 
instituição de ensino.
Figura 1 - Rampa acessível
Figura 2 - Ônibus adaptado
Figura 3 - Piso Tátil
Além das barreiras físicas, podemos encontrar outras 
diiculdades no meio do caminho, como barreiras me-
todológicas. Dessa forma, adaptações nos materiais 
como cadeira, carteira, lápis, computadores, ou seja, 
todo o material pedagógico utilizado pelos alunos. Por 
exemplo, o aluno com deiciência visual poderá fazer 
uso de uma máquina de escrever em braille que faci-
litará seu processo de aprendizagem. Materiais online 
também deverão estar acessíveis a eles, por meio de 
programas especíicos e descrição de toda e qualquer 
imagem que o professor izer uso em suas aulas. Nesse 
sentido, o aprendizado do braile desde a infância e a 
utilização de recursos tecnológicos, como leitores de 
tela, são de fundamental importância para o processo 
de aprendizagem desses alunos. Além disso, o aluno 
deiciente visual ou de baixa visão deverá frequentar 
em contraturno a sala de apoio Multifuncional tipo II. 
(citada na Unidade anterior) 
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 45
Alphabeto Braille
A K U 1
B L V 2
C M W 3
D N X 4
E Q Y 5
F P Z 6
G Q . 7
H R ! 8
I S ? 9
J T , 0
Figura 4 - Alfabeto Braille
O leitor de tela funciona por meio do sintetizador de 
voz, dispositivo que transforma em som os caracteres 
que chegam até ele encaminhado pelo leitor de tela. 
ACESSIBILIDADE E DEFICIÊNCIA AUDITIVA
Os alunos com deiciência auditiva precisam, acima 
de tudo, de um professor intérprete, para que ele te-
nha acesso a todo conteúdo falado, assim como ocor-
re em algumas das aulas ao vivo do nosso curso. Nes-
se sentido, o aprendizado de libras desde a infância e 
a utilização de recursos tecnológicos são importan-
tes para o processo de aprendizagem e comunicação 
desses alunos. O aluno deiciente auditivo deverá fre-
quentar em contraturno a sala de atendimento educa-
cional especializado para surdos. 
Figura 5 - Leitor de Tela
Fonte: AJIDEVI ([2018], on-line)2.
Figura 6 - Máquina de Escrever
Figura 7 - Língua de Sinais
ACESSIBILIDADE E DEFICIÊNCIA INTE-
LECTUAL 
Quando a deiciência envolver a diiculdade de apren-
dizagem, as adaptações metodológicas deverão ser rea-
lizadas rotineiramente, para assegurar, de fato, a acessi-
bilidade à educação, de preferência, no ensino regular. 
O aluno com deiciência intelectual deverá frequentar 
em contraturno a sala de apoio Multifuncional tipo I. 
É garantido por lei que o aluno seja acompanhado por 
um professor auxiliar, sempre que necessário, contudo, 
essa não é a realidade de nosso país.
46 
EDUCAÇÃO FÍSICA INCLUSIVA 
É importante que você, futuro professor, compre-
enda que pessoas com deiciência apresentam com-
prometimento em determinado aspecto, mas tam-
bém grande capacidade de ação e comunicação em 
outros. Por esse fato, é primordial deixar para trás 
alguns comportamentos que vitimizam ou inferiori-
zam o aluno/pessoa. Evite usar palavras/frases como 
“coitado”, “ele não consegue”, “ele não entende”, as-
sim como oriente os demais alunos sobre a melhor 
forma de se dirigir e comunicar-se com eles. Veja 
se queremos incluir nosso aluno dentro da escola, 
precisamos estimular o contato deles com os demais 
alunos, sem diferenciação, pois essa é a forma que o 
deiciente quer ser tratado na escola e na sociedade. 
Estimular a amizade e cooperação entre esses alunos 
fará com que, no futuro, sejam adultos conscientes, 
solícitos e que, acima de tudo, não sejam preconcei-
tuosos.
ACESSIBILIDADE E SUPERDOTAÇÃO
Assim como na deiciência intelectual, o aluno com 
Superdotação deverá ser estimulado na educação re-
gular fazendo uso de salas de recursos multifuncio-
nais e outras metodologias que propiciem ao aluno 
o estímulo de sua aprendizagem. Esses alunos apre-
sentam uma capacidade de retenção de conteúdo e 
informação maior quando comparado aos demais, 
por isso a importância de estimular continuamente 
essa habilidade nata.
Todas essas adequações para a acessibilidade 
arquitetônica e metodológica são apenas algumas 
das diversas especiicações que as escolas públicas 
e privadas devem apresentar para o atendimento 
de qualidade. Além dessas barreiras arquitetôni-
cas e metodológicas, também podemos destacar 
as barreiras atitudinais. Van Munster (2008) res-
salta que essas barreiras se aproveitam da desin-
formação e do desconhecimento e se fortalecem 
com o preconceito. Tais barreiras são projetadas 
a partir da sociedade em direção à pessoa com 
deiciência, ou partem da própria pessoa com de-
iciência em relação a si mesma. Você se lembra 
da importância de deixá-los se sentirem parte in-
tegrante da sala de aula?
O autor especiica alguns comportamentos de 
barreiras atitudinais, como: ridicularizar ou zombar 
do desempenho do outro; sentir pena ou autopie-
dade; não conceder uma chance; sentir receio de 
se aproximar; sentir vergonha de estar por perto; 
desistir antes de tentar; negar ou não aproveitar as 
oportunidades. Percebera que nossa função dentro 
da escola vai além de transmitir conhecimento? Pre-
cisamos ensinar valores, e nada melhor que o exem-
plo para inspirar os alunos! 
Atualmente, as escolas que você conhece são 
de fato acessíveis? Que tipo de barreiras você 
pode identiicar nelas?
REFLITA
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 47
Quadro 1 - A forma de se dirigir e comunicar-se com pessoas com deiciência
Tipo de deiciência Como se dirigir e comunicar-se com a pessoa com deiciência
Deiciência auditiva
• Não fale alto;
• A gesticulação é importante ao se comunicar com o deiciente auditi-
vo, mas não gesticule de maneira exagerada;
• Procure comunicar-se sempre se posicionando de frente com o 
deiciente auditivo, mantendo contato visual.
• Procure não mascar chiclete para não atrapalhar a interpretação do 
deiciente auditivo.
Deiciência visual
• Não fale alto;
• Chame-o sempre pelo nome;
• Evite as expressões“olha aqui”, “veja isso”;
• Observe o nível de independência do aluno e sempre que necessário 
ofereça apoio.
Deiciência intelectual
• Não fale alto;
• Chame-o sempre pelo nome;
• Identiique o nível de deiciência para utilizar a melhor forma de 
comunicação;
• Não se dirija de maneira infantilizada ou vitimizada.
Deiciência motora
• Observe o nível de independência do aluno e sempre que necessário 
ofereça apoio;
• Utilize a mesma forma de comunicação com os demais alunos;
• Não se dirija de maneira infantilizada ou vitimizada.
Fonte: a autora.
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 49
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
A deiciência intelectual é caracterizada pela Asso-
ciação Americana de Deiciência Intelectual e De-
senvolvimento (AAIDD) pela limitação signiica-
tiva tanto no funcionamento intelectual quanto no 
comportamento adaptativo expresso em habilidades 
conceituais, sociais e práticas. A AAIDD conceitua 
a deiciência intelectual em um funcionamento in-
telectual inferior à média Quociente de Inteligência 
(QI), que está associado as limitações em pelo menos 
duas áreas de habilidades, por exemplo: comunica-
ção, autocuidado, vida no lar, adaptação social, saú-
de e segurança, funções acadêmicas, lazer e trabalho. 
Por meio dessas investigações, podemos observar 
que as diiculdades em socializar-se, locomover-se 
e comunicar-se, diiculdades em realizar as ativida-
des de vida diária de maneira independente, exercer 
uma proissão, entre outras questões, poderão estar 
presentes nas pessoas com deiciência intelectual. 
A deiciência intelectual apresenta-se em níveis, 
sendo eles: leve, moderado, severo e profundo. Ke 
e Liu (2015) descrevem quatro níveis de gravidade 
de acordo com a gravidade do atraso no funcio-
namento intelectual, déicits na função adaptativa 
social e de QI. O QI é um indicador derivado de vá-
rios testes que procuram medir habilidades gerais 
ou especíicas, como leitura, aritmética, vocabulá-
rio, memória, conhecimentos gerais, visual, verbal, 
raciocínio abstrato etc. 
Leve: o desenvolvimento durante o início da vida é 
mais lento do que em crianças normais e os marcos 
de desenvolvimento estão atrasados. São capazes de 
se comunicar e aprender habilidades básicas. Sua 
capacidade de usar conceitos abstratos, analisar e 
sintetizar é prejudicada, mas podem adquirir habi-
lidades de leitura e informática. Eles podem realizar 
trabalho doméstico, cuidar de si e fazer trabalho não 
qualiicado ou semiqualiicado. Eles geralmente re-
querem algum apoio. QI entre 50 e 69 e são respon-
sáveis por cerca de 80% de todos os casos.
Moderado: sua capacidade de aprender e pensar lo-
gicamente é prejudicada, mas são capazes de se co-
municar e cuidar de si mesmos com algum apoio. 
Com supervisão, eles podem realizar trabalhos não 
qualiicados ou semiqualiicados. QI entre 35 e 49, 
representando cerca de 12% de todos os casos.
Severo: seu desenvolvimento nos primeiros anos 
é distintamente atrasado. Apresentam diiculda-
de em pronunciar palavras e têm um vocabulário 
muito limitado. Por meio de considerável prática 
e tempo, eles podem ganhar habilidades básicas 
de autoajuda, mas ainda precisam de apoio na es-
cola, em casa e na comunidade. QI entre 20 e 34; 
deiciência mental grave responde por 3% a 4% de 
todos os casos. 
Profundo: esses indivíduos não podem cuidar de 
si mesmos e não têm linguagem. Sua capacidade 
de expressar emoções é limitada e pouco compre-
endida (ADAMS; OLIVER, 2011). Convulsões, de-
iciências físicas e expectativa de vida reduzida são 
comuns. QI inferior a 20; deiciência intelectual 
profunda responde por 1% a 2% de todos os casos. 
Para entender de forma mais clara como se dão as 
distinções em relação ao QI, Davis Wechsler (1997) 
estabeleceu uma classiicação:
50 
EDUCAÇÃO FÍSICA INCLUSIVA 
Quadro 2 - QI - Quociente de inteligência
QI acima de 127: Superdotação.
QI entre 121 - 127: Inteligência superior.
QI entre 111 - 120: Inteligência acima da média.
QI entre 91 - 110: Inteligência média.
QI entre 81 - 90: Embotamento ligeiro.
QI entre 66 - 80: Limítrofe.
QI entre 51 - 65: Debilidade ligeira (realiza ativi-
dades simples e repetitivas).
QI entre 36 - 50: Debilidade moderada (realiza 
tarefas simples).
QI entre 20 - 35:
Debilidade severa (realiza 
tarefas simples, mas requer 
supervisão).
QI abaixo de 20: Debilidade profunda (pouco 
desempenho nas tarefas).
Fonte: classiicação do QI Davis Wechsler (1997).
Contudo, é importante sabermos que o termo QI 
(quociente de inteligência) não é mais utilizado, 
substituído pelo termo “Avaliações das diferentes 
inteligências e habilidades”. Atualmente, se aplicam 
testes mais especíicos, levando-se em conta não 
apenas suas habilidades intelectuais, mas também 
o histórico de cada um, suas preferências, habilida-
des, competências entre outras características (KE; 
LIU, 2015). De Acordo com a AAIDD e com Lu-
ckasson (2002), a avaliação da deiciência intelec-
tual deve considerar as seguintes dimensões:
• Habilidades intelectuais: essa dimensão passa 
a não ser mais única na avaliação da deici-
ência intelectual. E faz uso de diversos testes 
para sua análise.
• Comportamento adaptativo: está relaciona-
do aos aspectos acadêmicos, conceituais e de 
comunicação necessários para autonomia e 
competência social do sujeito. Limitações 
nessa área podem diicultar o convívio no 
dia a dia.
• Participação, interações e papéis sociais: 
referem-se às interações sociais que o su-
jeito estabelece, bem como sua participa-
ção na sociedade. 
• Saúde: identiicação das síndromes e patolo-
gias, assim como sua etiologia, a im de rece-
ber o tratamento necessário.
• Contexto: a dimensão está relacionada às 
condições em que o indivíduo vive, sua qua-
lidade de vida e as relações estabelecidas com 
os ambientes dos quais ele participa. 
Sobre essa temática, diversas síndromes levam a 
prejuízos intelectuais; dentre tantas, abordaremos 
com maior especiicidade a síndrome de Down, a 
síndrome de Rett e a síndrome de West, por se tra-
tarem das síndromes mais comuns identiicadas 
nas escolas de educação especial e na rede regu-
lar de ensino. Além delas, também estudaremos a 
epilepsia, a microcefalia, a hidrocefalia, o autismo 
e a paralisia cerebral, deiciências nas quais vale 
destacar que o prejuízo intelectual pode ou não 
ocorrer.
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 51
SÍNDROME DE DOWN 
Dia Mundial da Síndrome de Down
1 2 3 4 5
6 7 8 9 10 11 12
13 14 15 16 17 18
19 20 21 22 23
As características físicas de pessoas com síndro-
me de down são olhos puxados, marcas nas mãos 
e separação grande entre os dedos do pé. Além 
do atraso no desenvolvimento, outros problemas 
de saúde podem ocorrer na pessoa com síndrome 
de Down, como por exemplo: hipotonia (100%); 
problemas de audição (50 a 70%); problemas de 
visão (15 a 50%); cardiopatia congênita (40%); dis-
túrbios da tireoide (15%); problemas neurológicos 
(5 a 10%); alterações na coluna cervical (1 a 10%); 
obesidade e envelhecimento precoce (COOLEY; 
GRAHAM, 1991).
Etiologia 
Fatores pré-natais/congênitos: pesquisas relatam que 
a idade materna avançada é um dos fatores que acar-
retam tal desordem genética.
A síndrome de Down foi identiicada por John 
Langdon Down. O pesquisador foi o primeiro a 
descobrir as características genéticas geradoras 
da síndrome. Como relata Pueschel (1993), a sín-
drome de Down é causada pela presença de três 
cromossomos 21 em todas ou na maior parte das 
células de um indivíduo. Isso ocorre na hora da 
concepção de uma criança. As pessoas com sín-
drome de Down, ou trissomia do cromossomo 21, 
têm 47 cromossomos em suas células em vez de 46, 
como a maior parte da população. 
52 
EDUCAÇÃO FÍSICA INCLUSIVA 
AUTISMO
mesmas, gritar, entre outros comportamentos repe-
titivos ou agressivos, em que se faz necessária inter-
venção imediata do professor. 
Contudo, também identiica-se o autismo 
chamado de Síndrome de Asperger,sem deici-
ência intelectual, sem atraso signiicativo na lin-
guagem, com interação social peculiar e sem mo-
vimentos repetitivos tão evidentes. Essas pessoas 
apresentam capacidade intelectual normal ou aci-
ma da média e maior capacidade de interação com 
outras pessoas.
Etiologia 
A origem do autismo ainda é muito questionada. 
Com o decorrer dos anos e o avanço das pesquisas, 
vários fatores foram elencados, como:
Fatores pré-natais/congênitos: condições gené-
ticas (MECCA et al., 2011), alterações neuronais 
(KOOTEN et al., 2008; WANG et al., 2009), translo-
cações cromossômicas (TARELHO; ASSUMPÇÃO, 
2007) e anormalidades cerebrais (BOLTON; GRIF-
FITHS; PICKLES, 2002). 
Fatores pós-natais/adquiridos: perturbações 
profundas na relação da criança com o meio em que 
se encontra inserida (HALL; NICHOLSON; ADI-
LOF, 2006; VOLK et al., 2013) e causas psicoafetivas 
(RABELLO, 2004; CAMPANÁRIO; PINTO, 2011). 
A pesquisa mais recente, datada do ano de 
2018, discorda que a prevalência do autismo es-
teja associada às relações que a criança estabelece 
com a mãe e com o meio. Ao utilizar os chamados 
“mini-cérebros”, pesquisadores airmam que sua 
origem está ligada ao DNA da criança. Contudo, 
apesar dos diversos estudos realizados, a etiologia 
do autismo ainda é indeinida.
A Associação Americana de Psiquiatria (2013) de-
ine o autismo como uma condição caracterizada 
pelo desenvolvimento acentuadamente anormal e 
prejudicado nas interações sociais, nas modalidades 
de comunicação e comportamento. A Associação de 
Amigos do Autista relata que o autismo é caracte-
rizado por déicits na comunicação e na interação 
social, além de comportamentos repetitivos e áreas 
restritas de interesse. Essas características começam 
a ser identiicadas nas crianças antes dos três anos 
de idade e atingem 0,6% da população, sendo quatro 
vezes mais comuns em meninos do que em meninas. 
As características do autismo variam de acordo 
com o desenvolvimento cognitivo. Podemos ob-
servar o autismo associado à deiciência intelectual 
grave, sem o desenvolvimento da linguagem, com 
padrões repetitivos de comportamento e déicit im-
portante na interação social. Nesses casos, nota-se 
que as crianças realizam diversas ações de maneira 
contínua e repetitiva, como tomar banho, vestir-se, 
despir-se e, até mesmo, mutilar-se. Muitas delas, ao 
serem contrariadas, irão se morder, dar tapas em si 
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 53
SÍNDROME DE RETT
A síndrome de Rett foi descrita pela primeira vez 
pelo pediatra Andreas Rett em 1966, que fez um 
estudo com 31 meninas que desenvolveram um 
quadro de regressão mental caracterizado por de-
terioração neuromotora, características peculiares 
e hiperamonemia (PAZETO et al., 2013). A crian-
ça nasce aparentemente sem nenhum problema, 
no entanto, a partir do primeiro e segundo ano 
de vida, passa-se a observar regressões em habi-
lidades que já haviam se desenvolvido. Perda de 
habilidades manuais voluntárias e do envolvimen-
to social, desenvolvimento das linguagens expres-
siva ou receptiva severamente prejudicada, insta-
bilidade respiratória, ranger de dentes, padrões 
anormais de sono, espasmos, rigidez e distonias 
(Diagnóstico Critérios para a síndrome de Rett. 
Ann Neurol. v. 23, 1988).
Com o passar dos anos, essa regressão gera 
uma grande debilitação, tornando a criança ou jo-
vem totalmente dependente em todas as atividades 
de vida diária.
Etiologia:
Pré-natais/congênita: disfunção genética.
SÍNDROME DE WEST
Esta síndrome foi descrita pela primeira vez em 
1841 por William James West em seu próprio i-
lho, sendo caracterizada por crises epilépticas as-
sociadas a retardo mental (KAMIYAMA; YOSHI-
NAGA; TONHOLO-SILVA, 1993). Um dos sinais 
da Síndrome de West é a epilepsia, ocorrendo, 
geralmente, entre o terceiro e oitavo mês de vida 
da criança. 
Quanto antes os pais ou responsáveis pela criança 
notarem esse quadro, melhor será o desenvolvimento 
da criança, que, além de medicada, poderá ser estimu-
lada por um quadro de especialistas, como isioterapia, 
fonoaudiologia, terapia ocupacional, entre outros. 
Etiologia 
Fatores pré-natais, perinatais e pós-natais: disfun-
ções orgânicas do cérebro (SANVITO, 1997; PE-
REIRA FILHO et al., 2004).
HIDROCEFALIA
Como menciona Nettina (2003), a hidrocefalia é ca-
racterizada pela alteração da produção, do luxo ou 
da absorção do líquido cefalorraquidiano, o que gera 
um volume anormal desse material dentro da cavi-
dade intracraniana. O termo hidrocefalia deriva do 
grego “água na cabeça” e compreende o excesso de 
líquido cefalorraquidiano.
Hidrocefalia
Hidrocefalia
Cérebro Saudável
Cérebro
Cerebelo
Medula espinhal
Medula espinhal
T
ro
n
co
 c
e
re
b
ra
l
Mesencéfalo
Ponte de Varólio
Medula
Cérebro
Cerebelo
T
ro
n
co
 c
e
re
b
ra
l
Mesencéfalo
Ponte de Varólio
Medula
54 
EDUCAÇÃO FÍSICA INCLUSIVA 
Etiologia:
Fatores pré-natais/congênitos: exposição à radia-
ção, má-nutrição materna, cistos benignos, tumores 
congênitos, anomalias vasculares, anomalias esque-
léticas e infecção uterina (toxoplasmose, citomega-
lovírus, estailococo, síilis, varíola, caxumba, vari-
cela, poliomielite, hepatite infecciosa, vírus da gripe, 
encefalite e adenovírus).
Fatores pós-natais/adquiridos: meningite, trau-
matismo e hemorragia subaracnóidea.
MICROCEFALIA
A Organização Mundial da Saúde destaca que a 
microcefalia caracteriza-se pelo crescimento insu-
iciente do cérebro. A microcefalia é identiicada 
quando, por vezes, observamos bebês e crianças 
com a cabeça menor em relação ao restante da es-
trutura corporal. No Brasil, em 2016, descobriu-se 
que o número elevado de crianças que nasceram 
com microcefalia estava associado ao zika vírus. 
Essas mães foram picadas pelo mosquito durante a 
gestação, ocasionando danos irreversíveis ao bebês. 
Crianças com microcefalia precisam ser estimuladas 
desde o nascimento por isioterapeutas, fonoaudi-
ólogas, terapeutas ocupacionais, entre outros, pois 
podem desenvolver convulsões e sofrer problemas 
físicos ou de aprendizagem à medida que crescem.
Etiologia:
Fatores pré-natais/congênitos: má formação, infec-
ções uterinas: toxoplasmose, rubéola, herpes, síilis 
e citomegalovírus. Exposição da mãe a metais quí-
micos, como: o arsenico e o mercúrio, álcool, radia-
ção e fumo de tabaco. Má nutrição da mãe durante a 
gestação e o zika vírus.
DEFICIÊNCIA MOTORA 
A deiciência motora compromete as possibilidades 
de movimentação corporal ou manutenção da coor-
denação motora e do equilíbrio para realização de 
tarefas diárias (ISRAEL; BERTOLDI, 2012). Segun-
do Mauerberg de Castro (2005), a deiciência mo-
tora é compreendida como toda alteração física no 
corpo humano, resultante de algum problema orto-
pédico, neurológico ou de má formação congênita.
O Decreto n. 3.298, de 20 de dezembro de 1999, 
em seu art 4º, considera a deiciência física como:
I - deiciência física - alteração completa ou 
parcial de um ou mais segmentos do corpo 
humano, acarretando o comprometimento da 
função física, apresentando-se sob a forma de 
paraplegia, paraparesia, monoplegia, mono-
paresia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, tri-
paresia, hemiplegia, hemiparesia, amputação 
ou ausência de membro, paralisia cerebral, 
membros com deformidade congênita ou ad-
quirida, exceto as deformidades estéticas e as 
que não produzam diiculdades para o desem-
penho de funções.
Essas lesões são caracterizadas por Mattos (2008) 
como:
Monoplegia: comprometimento de um único seg-
mento corporal.
Microcefalia Tamanho da cabeça normal
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 55
Paraplegia: comprometimento dos membros inferiores.
Hemiplegia: comprometimento de um dos lados do 
corpo (membros superior e inferior). 
Tetraplegia: comprometimento dos membros inferio-
res e tronco. 
Quadriplegia: comprometimento total, envolvendo pa-
ralisia da face, tronco e os quatro membros.
Conforme Machadoe Haertel (2014), a medula 
espinal é uma massa cilíndrica de tecido nervoso. As 
vértebras são unidas por vários ligamentos e entre 
uma e outra existe um disco cartilaginoso semelhan-
te a um anel cuja função é reduzir o impacto. Para 
que você possa compreender o nível da lesão e, con-
sequentemente, o comprometimento motor ocasio-
nado, observe a igura a seguir:
Figura 9 - Coluna Vertebral
vértebras cervicais
Coluna Vertebral
vértebras torácicas
vértebras lombares
vértebra sacral
vértebra coccigea
56 
EDUCAÇÃO FÍSICA INCLUSIVA 
A coluna vertebral é composta por 33 vértebras. 
Quanto mais alto o nível da lesão, maior a área corpo-
ral comprometida. 
Sete vértebras cervicais (C1, C2, C3, C4, C5, C6, 
C7): comprometimento dos membros superiores, 
tronco e membros inferiores. Com possibilidade de 
movimentação restrita de braços, caso a lesão tenha 
ocorrido nas últimas vértebras cervicais. 
Doze vértebras torácicas ( T1, T2, T3, T4, T5, 
T6, T7, T8, T9, T10, T11 ou T12): comprometimen-
to do tronco e membros inferiores. 
Cinco vértebras lombares (L1, L2, L3, L4, L5): 
comprometimento dos membros inferiores. 
Cinco vértebras sacrais soldadas formando o 
osso sacro: comprometimento leve dos membros 
inferiores. 
Quatro vértebras coccígeas que, soldadas, for-
mando o cóccix.
A deiciência motora é maior em pessoas do 
sexo masculino e pode ocorrer por lesão traumá-
tica e não traumática. A lesão traumática é obser-
vada pela amputação, lesão medular e traumatismo 
craniano. As lesões não traumáticas são de ori-
gem tumoral, infecciosa, vascular e degenerativa 
(LIANZA, 2001). Como consequência, o indivíduo 
com Deiciência Motora (DM) apresenta compro-
metimentos em seu desenvolvimento, bem como 
limitações para a realização de tarefas motoras 
(BENTO, 2004).
Etiologia
Fatores pós-natais/Lesões traumáticas: relacionados 
a 80% das causas, provocadas por acidentes automo-
bilísticos, acidentes de trabalho, armas de fogo, mer-
gulho em águas rasas, quedas. 
Fatores pré-natais, perinatais e pós-natais/Lesões 
não traumáticas: relacionado a somente 20% das cau-
sas, estão relacionadas a problemas antes e durante o 
nascimento, acidente vascular cerebral, entre outros 
(LIANZA, 2001). 
PARALISIA CEREBRAL
A paralisia cerebral (PC), também conhecida como 
encefalopatia crônica não progressiva, é compreen-
dida como uma lesão ou anomalia no desenvolvi-
mento durante a vida fetal ou nos primeiros anos 
de vida (ISRAEL; BERTOLDI, 2012). Caracteriza-se 
pelo comprometimento do sistema locomotor por 
causas não traumáticas. A criança com paralisia ce-
rebral pode apresentar também problemas cogniti-
vos, visuais e auditivos. Todavia, é importante que 
você compreenda que muitas pessoas com paralisia 
cerebral poderão apresentar o cognitivo preservado, 
ou seja, não apresentam diiculdades de aprendiza-
gem. De maneira geral, as pessoas com paralisia ce-
rebral apresentam baixo tônus muscular, o que leva 
a diiculdades em manter o controle postural, déicit 
da coordenação motora e baixo relexo. 
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 57
Etiologia 
Fatores pré-natais/congênitos: infecções maternas 
durante o primeiro e o segundo trimestre da gra-
videz como rubéola, citomegalovírus e toxoplas-
mose (REDDIHOUGH; COLLINS, 2003). Medi-
cações especíicas, má formação, fatores genéticos, 
abuso de álcool e drogas ilícitas e traumatismos 
abdominais severos (WONG; SEOW; YEO, 2004). 
Assim como as gestações múltiplas (SANKAR; 
MUNDKU, 2005). 
Fatores perinatais: falta de oxigenação durante 
o parto e prematuridade. Nascimentos prematuros 
são um fator de risco para paralisia cerebral e re-
presentam atualmente 25% de todos os casos de PC 
(HAGBERG et al., 2001; ANCEL et al., 2006). 
Pós-natais: quedas, afogamento, febre alta, me-
ningite, entre outros (ISRAEL; BERTOLDI, 2012). 
A idade avançada da mãe e reprodução assisti-
da também são fatores que contribuem para danos 
cerebrais (NELSON; CHANG, 2008; HVIDTJORN 
et al., 2006). A melhoria na saúde materna, no cui-
dado perinatal e na prevenção de acidentes durante 
a gravidez são fatores que poderão prevenir a para-
lisia cerebral (WESTBOM; HAGGLUND; NORD-
MARK, 2007).
EPILEPSIA
A epilepsia é caracterizada por crises convulsivas 
(crises epilépticas), em que ocorre a repetição de 
duas ou mais crises não provocadas. A convul-
são é a descarga anormal, excessiva, sincrônica 
de neurônios que se situam no córtex cerebral. 
Esta atividade é intermitente e geralmente au-
tolimitada, na qual pode durar de segundos a 
poucos minutos. De acordo com Bate e Gardner 
(1999), quando essas crises ocorrem de maneira 
recorrente ou prolongada, caracterizam-se como 
estado epilético. Isso quer dizer que, para serem 
caracterizadas como epilepsia, essas crises ocor-
rerão de maneira frequente, o que faz necessário 
o uso contínuo de medicação. 
 O controle dessas crises por meio de medi-
camento é extremamente necessário, pois quanto 
mais tempo ela durar, maiores poderão ser os danos 
neurológicos. O termo “não provocada” indica que 
a crise não foi causada por traumatismo crânio-en-
cefálico, febre ou doença concomitante (JAGTAP; 
MAUSKAR; NAIK, 2013). Dentro dessa perspecti-
va, as crises convulsivas provocadas são aquelas que 
acontecem na presença de estímulo deinido, recor-
rendo apenas se a causa aguda permanece, não ca-
racterizando epilepsia. 
Etiologia
Fatores pré-natais e perinatais: ocasionados, por 
traumas. 
Fatores pós-natais/adquiridos: infecções, neurocis-
ticercose, uso excessivo de álcool e drogas e trauma-
tismo craniano.
De acordo com os dados do censo escolar 
no ano de 2016, o Brasil contabilizou 174.886 
alunos matriculados na Educação Especial.
Fonte: Censo Escolar/INEP (2016, on-line)1. 
SAIBA MAIS
58 
EDUCAÇÃO FÍSICA INCLUSIVA 
DEFICIÊNCIA VISUAL E BAIXA VISÃO
A deiciência visual pode ser classiicada em dois ní-
veis, designados de cegueira e baixa visão. De acordo 
com Baumel e Castro (2003), a cegueira é a perda 
total ou perda residual da visão. O indivíduo cego, 
apesar de captar luzes em alguns casos, não é capaz 
de utilizá-la para realizar movimentos e se orientar 
pela visão. Por outro lado, a baixa visão ou visão 
subnormal se caracteriza pela existência de resíduo 
visual, que permite o indivíduo ler impressos a tinta, 
desde que utilize equipamentos especiais. Apresenta 
diiculdade em realizar tarefas visuais, mesmo com 
a prescrição de lentes corretivas.
DEFICIÊNCIA AUDITIVA
A surdez é caracterizada pela perda da percepção 
normal ao estímulo sonoro. Existem vários tipos 
de deiciência auditiva, classiicados de acordo 
com o grau de perda da audição. Para Marche-
si (1996), esta perda é avaliada pela intensidade 
do som, medida em decibéis. Com base na clas-
siicação da Portaria Interministerial n. 186, de 
10/03/78 (MEC/SEESP, 1995), considera-se “par-
cialmente surdo” e “surdo” os indivíduos que 
apresentam, respectivamente, surdez leve ou mo-
derada e surdez severa ou profunda. 
Parcialmente surdo/surdez leve: a perda auditiva é 
de até 40 decibéis. Essa perda não impede a aquisi-
ção normal da linguagem, embora esta possa ser a 
causa de algum problema articulatório ou diiculda-
de na leitura e/ou escrita. 
Parcialmente surdo/Surdez moderada: a perda au-
ditiva está entre 40 e 70 decibéis. Esses limites se 
encontram no nível da percepção da palavra; é fre-
quente o atraso de linguagem e as alterações articu-
latórias, havendo, em alguns casos, problemas lin-
guísticos mais graves. 
Surdo/surdez severa: a perda auditiva está entre 70 
e 90 decibéis. Este tipo de perda permite que o in-
divíduo apenas perceba sons fortes e conhecidos, 
podendo ele atingir a idade de quatro ou cinco anos 
sem aprender a falar.
Surdo/surdez profunda: a perda auditiva é superior 
a 90 decibéis. Essa perda impede que o indivíduo 
perceba e identiique a voz humana, impossibilitan-
do-o de adquirir alinguagem oral.
Etiologia 
Para Van Munster e Almeida (2008), as principais 
causas da cegueira podem ser:
Fatores pré-natais/congênitos: albinismo, retino-
blastoma, retinose pigmentar. 
Fatores pós-natais/adquiridos: catarata, descola-
mento de retina, toxoplasmose, diabetes, rubéola e 
traumatismo ocular, retinopatia da prematuridade.
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 59
Conforme Almeida (2008), a deiciência auditiva 
pode ser classiicada, ainda, conforme o período 
de desenvolvimento em que se manifestou no in-
divíduo. Dentro desse contexto, encontram-se as 
pessoas que nasceram surdas e as que, por algum 
motivo, icaram surdas com o decorrer dos anos. 
Surdez pré-linguística: refere-se a indivíduos que 
nasceram surdos ou que perderam a audição antes 
de terem desenvolvido a fala e a linguagem. Surdez 
pós-linguística: refere-se a indivíduos que perde-
ram a audição após o período de desenvolvimento 
da fala e da linguagem.
Etiologia 
As principais causas da surdez são de ordem:
Pré-natais: genética ou congênita.
Pós-natais/adquirida: infecciosa, ocupacional, tóxi-
ca, traumática, envelhecimento e temporária.
TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO 
E HIPERATIVIDADE
O transtorno de déicit de atenção e hiperatividade 
vem sendo analisado com maior especiicidade no 
que diz respeito principalmente aos seus processos 
de aprendizagem, uma vez que, a cada dia, torna-se 
mais frequente essa discussão no ambiente escolar. 
O Manual de Diagnóstico e Estatística de Doenças 
Mentais da Sociedade Americana de Psiquiatria, co-
nhecido como DSM-IV, o Transtorno do Déicit de 
Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um distúrbio 
neurobiológico, que aparece na infância e acompa-
nha o indivíduo por toda a sua vida. Transtorno este 
também conhecido como DDAH (Distúrbio do Dé-
icit de Atenção e Hiperatividade), caracterizado por 
sintomas de inquietude, desatenção e impulsividade.
A Organização Mundial da Saúde estima que 
5 – 7% da população mundial tenha TDAH, apre-
sentando comprometimento na aprendizagem e, 
por consequência, problema na inclusão social. O 
TDAH gera impactos comportamentais, intelec-
tuais, sociais e emocionais, pois promove diicul-
dades, como controle de impulsos, concentração, 
memória, organização, planejamento e autonomia. 
Ressalta Benczick (2000) que a criança com TDAH 
sempre se comportará sem destreza motora, porque 
não concentra suiciente atenção no controle de seus 
movimentos.
O termo surdo-mudo é uma forma inade-
quada de compreender o deiciente auditivo. 
Muitas pessoas acreditam que uma pessoa 
surda também é muda, mas isso não é ver-
dade. O que ocorre é que as pessoas surdas 
não falam justamente porque não apren-
deram a falar diante da impossibilidade de 
captar sons, mas elas poderão emitir sons 
normalmente. 
Fonte: a autora.
SAIBA MAIS
Quando você ouve a palavra preconceito, o 
que vem em sua mente? Você já se perce-
beu cometendo atos de preconceito contra 
qualquer padrão de beleza ou normalidade?
REFLITA
60 
EDUCAÇÃO FÍSICA INCLUSIVA 
ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO
A superdotação é compreendida com uma inteligên-
cia acima da média. A Política Nacional de Educa-
ção Especial (1994) deine como superdotados ou 
altas habilidades as pessoas que apresentam notável 
desempenho e elevada potencialidade em qualquer 
dos seguintes aspectos: capacidade intelectual geral; 
aptidão acadêmica especíica; pensamento criativo 
ou produtivo; capacidade de liderança; talento espe-
cial para artes e capacidade psicomotora, tanto de 
maneira isolada quanto combinada. 
Dos aspectos mencionados, destacam-se: 
Tipo Intelectual: apresenta lexibilidade e luência 
de pensamento, compreensão e memória elevada, 
capacidade de pensamento abstrato para fazer asso-
ciações, produção ideativa, rapidez do pensamento, 
capacidade de resolver e lidar com problemas. 
Tipo Acadêmico: aptidão acadêmica especíica, 
atenção, concentração; rapidez de aprendizagem, 
boa memória, gosto e motivação pelas disciplinas 
acadêmicas de seu interesse, habilidade para avaliar, 
sintetizar e organizar o conhecimento.
Tipo Criativo: relaciona-se às seguintes caracterís-
ticas: originalidade, imaginação, capacidade para 
resolver problemas de forma diferente e inovadora, 
sensibilidade para as situações ambientais, senti-
mento de desaio diante da desordem de fatos, facili-
dade de autoexpressão, luência e lexibilidade.
Tipo Social: revela capacidade de liderança e carac-
teriza-se por demonstrar sensibilidade interpessoal, 
atitude cooperativa, sociabilidade expressiva, capa-
cidade para resolver situações sociais complexas, ha-
bilidade de trato com pessoas diversas e grupos para 
estabelecer relações sociais, alto poder de persuasão 
e de inluência no grupo.
Tipo Talento Especial: pode-se destacar tanto na 
área das artes plásticas, musicais, como dramáticas, 
literárias ou cênicas, evidenciando habilidades espe-
ciais para essas atividades.
Tipo Psicomotor: destaca-se por apresentar habili-
dade e interesse pelas atividades psicomotoras, evi-
denciando grande desempenho em velocidade, agi-
lidade de movimentos, força, resistência, controle e 
coordenação motora.
Você conseguiu observar como a superdotação não 
está ligada somente à capacidade de realizar cálcu-
los difíceis e reter grande quantidade de informação 
sobre diversos assuntos? As grandes habilidades re-
lacionadas à arte, à música, à destreza de movimen-
tos e à interação social também são compreendidas 
atualmente como superdotação.
 61
considerações inais
N
ossa segunda unidade nos possibilitou realizar uma imersão no cam-
po da educação inclusiva e compreender o conceito de acessibilidade 
para que o acesso e a permanência de alunos com diferentes tipos de 
deiciências seja, de fato, real na rede regular de ensino, a im de eli-
minar quaisquer tipos de barreiras que possam prejudicar seu processo de apren-
dizagem. Aprendemos que a acessibilidade não se trata apenas de adequações 
arquitetônicas para o atendimento e acolhimento desses alunos, mas que tam-
bém, adaptações metodológicas, instrumentais, programáticas e atitudinais são 
fundamentais para a permanência desses alunos com a qualidade necessária para 
sua aprendizagem.
Além disso, pudemos estudar as características das diversas síndromes e 
transtornos que você, futuro professor, irá se deparar tanto no ensino regular 
quanto na educação especializada. A partir da análise das deiciências mais co-
muns em nossa sociedade, tivemos a possibilidade de distinguir as diversas de-
iciências que causam prejuízos intelectuais, motores e comportamentais, assim 
como, compreender suas principais características e etiologias. O entendimento 
dessas deiciências é essencial para a atuação docente, uma vez que, faz-se neces-
sário aprender suas principais características para a aplicação de aulas que com-
preendam e respeitam as especiicidades de alunos com deiciência, seja ela qual 
for. Além disso, o conhecimento acerca deste assunto será de grande importância 
para a atuação proissional, dado que também é função do professor, visando a 
combater o preconceito e diminuir as barreiras presentes na escola.
Espero que essa unidade tenha contribuído para o maior entendimento das 
diversas deiciências e que você tenha reletido sobre as “barreiras” presentes no 
processo de inclusão de alunos com deiciências.
62 
atividades de estudo
1. Em nossa segunda unidade, discutimos o con-
ceito de acessibilidade partindo do pressuposto 
que não basta apenas o aluno com deiciência 
frequentar o ensino regular ou a escola especiali-
zada, mas é fundamental que esse aluno se sinta 
incluído no meio escolar. Para isso, é importante 
que a escola realize as adaptações necessárias 
para sua acessibilidade.
Considerando as dimensões de acessibilidade des-
critas por Dischinger e Machado (2006), analise as 
airmativas abaixo:
I - A acessibilidade atitudinal diz respeito aos 
programas e práticasde conscientização 
das pessoas em geral, resultando em que-
bra de preconceito, estigmas, estereóti-
pos e discriminações.
II - A acessibilidade arquitetônica refere-se à 
adequação do ambiente escolar físico em 
todos os recintos internos e externos e 
nos transportes coletivos.
III - A acessibilidade metodológica refere-se à 
extinção de barreiras nos métodos e técni-
cas de estudo, adaptações curriculares, novo 
conceito de avaliação de aprendizagem, de 
educação e de didática, entre outros.
IV - A acessibilidade instrumental refere-se à 
extinção de barreiras na comunicação in-
terpessoal (face-face, língua de sinais, lin-
guagem corporal, linguagem gestual etc.).
V - Acessibilidade comunicacional refere-se 
à eliminação de barreiras nos materiais 
de estudo (lápis, caneta, régua, teclado do 
computador, materiais pedagógicos), de ati-
vidade da vida diária, esporte e recreação.
 É correto o que se airma em:
a) I, II, apenas.
b) I, II, III, apenas.
c) II, III, IV, apenas.
d) III, IV, apenas.
e) II, III, apenas.
2. Por meio de nossos estudos, observamos que cada 
deiciência necessita de adaptações diferenciadas 
para que cada aluno seja atendido e acolhido da 
melhor maneira possível em sua rotina escolar. So-
bre essa questão, analise as airmativas abaixo:
I - As adaptações metodológicas para dei-
cientes visuais são as mesmas adaptações 
para deicientes auditivos.
II - As adaptações arquitetônicas para deicien-
tes físicos são diferentes das adaptações 
arquitetônicas para deicientes visuais.
III - As adaptações instrumentais para deicien-
tes auditivos são diferentes das adaptações 
instrumentais para deicientes físicos.
IV - As adaptações arquitetônicas para dei-
cientes físicos são as mesmas adaptações 
arquitetônicas para deicientes auditivos.
É correto o que se airma em:
a) I, II, apenas.
b) II, III, IV apenas.
c) III, IV, apenas.
d) I, II, IV, apenas.
e) II, III, apenas.
3. Ao longo dos nossos estudos sobre as principais 
síndromes e deiciências, pudemos identiicar 
que cada uma delas apresenta causas e carac-
terísticas muitas vezes distintas. Contudo, ainda 
existem deiciências que não tiveram suas cau-
sas comprovadas cientiicamente. Sobre essa 
temática, assinale a alternativa que corresponda 
à deiciência que apresenta algumas hipóteses 
para sua prevalência, mas que ainda não teve 
sua etiologia comprovada cientiicamente:
a) Síndrome de Down.
b) Síndrome de West.
c) Autismo.
d) Hidrocefalia.
e) Paralisia Cerebral.
 63
atividades de estudo
4. De acordo com as síndromes, deiciências, trans-
tornos e demais problemas mais comuns estu-
dados nesta unidade, avalie as airmações a se-
guir com V para verdadeiras e F para falsas:
I - A síndrome de Down é identiicada a 
partir do primeiro e segundo ano de 
vida da criança, caracterizada por re-
gressões em habilidades que já haviam 
se desenvolvido.
II - A síndrome de West é caracterizada pela 
alteração no cromossomo 21. Na maioria 
dos casos, sua prevalência se dá pela ida-
de materna avançada.
III - O autismo é a condição caracterizada pelo 
desenvolvimento acentuadamente anor-
mal e prejudicado nas interações sociais, 
nas modalidades de comunicação e no 
comportamento.
IV - A epilepsia caracteriza-se pela ocorrên-
cia de crises convulsivas de maneira re-
corrente ou prolongada. Esta atividade é 
intermitente e pode durar de segundos a 
poucos minutos.
V - A microcefalia é caracterizada pela alte-
ração da produção, do luxo ou da absor-
ção do líquido cefalorraquidiano, ocasio-
nando um volume anormal da cavidade 
intracraniana.
As airmações I, II, III, IV e V são, respectivamente:
a) F; F; V; V; F.
b) F; F; F; V; V.
c) V; F; V; F; F.
d) F; F; V; F; V.
e) V; V; V; V; F.
5. A deiciência intelectual é compreendida pelo 
funcionamento intelectual inferior à média (QI). 
Por muitos anos, os pesquisadores avaliavam 
o nível de capacidade intelectual considerando 
apenas o QI (quociente de inteligência). Por meio 
do QI, estabeleceram-se níveis para categoriza-
ção da deiciência intelectual. Sendo eles: leve, 
moderado, severo e profundo, que são compre-
endidos de acordo com a gravidade do atraso no 
funcionamento intelectual, em déicits na função 
adaptativa social e de QI. Diante desses níveis, 
avalie as airmações a seguir como V para verda-
deiras e F para falsas:
I - Os indivíduos com deiciência intelectual 
moderada não podem cuidar de si mes-
mos e não possuem linguagem.
II - Os indivíduos com deiciência intelectual 
leve são capazes de se comunicar e apren-
der habilidades básicas. Podem cuidar de 
si e realizar trabalhos domésticos.
III - Os indivíduos com deiciência intelectual 
moderada são capazes de se comunicar 
e aprender habilidades básicas. Podem 
cuidar de si de maneira independente.
IV - Os indivíduos com deiciência intelectu-
al profunda apresentam limitação para 
expressar emoções. Apresentam convul-
sões e sua expectativa de vida é reduzida.
As airmações I, II, III e IV são, respectivamente:
a) F; F; F; V.
b) V; F; V; F.
c) F; F; V; F.
d) V; V; V; V.
e) F; V; F; V.
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INTRODUÇÃO
C
aro(a) aluno(a), após ter compreendido o percurso histórico da 
educação para o aluno com deiciência e as características das 
diversas deiciências que ocasionam prejuízos motores intelec-
tuais e visuais, nossa terceira unidade tem como objetivo discu-
tir a inclusão e efetiva participação de alunos com deiciência nas aulas de 
Educação Física. De maneira especíica, trataremos sobre as adaptações 
para alunos com deiciência motora, que você, futuro professor, poderá 
realizar em suas aulas, a im de proporcionar ao seu aluno maior socia-
lização e inclusão escolar. Lembrando que não basta apenas incluí-lo em 
uma sala de aula regular, mas sim, fazê-lo se sentir parte integrante da-
quele grupo. Essas questões serão analisadas no decorrer desta unidade, 
constituída de três tópicos.
A inclusão de alunos com deiciência nas aulas de Educação Física 
é um dever do professor. Nossa disciplina é uma ferramenta muito rica 
para a interação e socialização dos alunos quando comparada às demais 
disciplinas. Sabe por quê? Porquetrabalhamos com o corpo em movi-
mento, que promove a sensação de liberdade, pois ofertamos aos nossos 
alunos a possibilidade de se expressarem sem carteiras e cadeiras. Dessa 
forma, qual o motivo de privar nossos alunos com deiciência dessa sen-
sação? Nenhum!
O professor de Educação Física tem em suas mãos a oportunidade 
diária de tornar suas aulas mais prazerosas e acessíveis para alunos com 
deiciência, apesar de suas limitações. Diante disso, conhecer as diversas 
possibilidades de aplicação pedagógica por meio da adaptação para alu-
nos com deiciência motora é extremamente relevante para estruturação 
de suas aulas, pois, a adequação delas será uma constante em seu traba-
lho, uma vez que cada turma apresentará características diferentes. Os 
assuntos abordados nesta unidade permitirão a você maior domínio e 
segurança para o desenvolvimento de um trabalho inclusivo no ambiente 
escolar. Tenha uma boa leitura!
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 79
Em nossa primeira unidade, discutimos os di-
reitos conquistados pelos alunos com deiciência 
em estudarem nas escolas regulares, receberem o 
apoio de professores especializados e estar inse-
ridos em um ambiente acessível e adaptado para 
suas necessidades diárias. Agora iremos tratar 
com maior especiicidade a inclusão desses alunos 
nas aulas de Educação Física. Dessa maneira, gos-
taria de questioná-lo: o que, de fato, é incluir alu-
nos com diferentes deiciências em uma turma de 
ensino regular? E, além disso, como ofertar aulas 
de Educação Física de qualidade para alunos em 
escolas especializadas?
Na verdade, essa não é uma ação fácil, pois 
exige de você, futuro professor, estudo e relexão 
sobre como construir sua aula de maneira que ne-
nhum aluno seja excluído. Contudo, é preciso to-
mar alguns cuidados, pois, ao desenvolver aulas 
totalmente voltadas para a adaptação, poderá levar 
à exclusão dos demais alunos que não apresentam 
deiciência. Ou seja, precisamos de um equilíbrio 
em nosso planejamento escolar! 
Nossa disciplina apresenta um potencial imenso 
de inclusão e socialização, e nós, professores, temos o 
dever de tornar essas aulas um meio de conexão en-
tre os alunos, de aceitação às diferenças e de conce-
ber essa ação inclusiva como algo normal nas aulas de 
Educação Física. Venturini et al. (2010) destacam que 
a Educação Física contribui para o desenvolvimento 
afetivo, social e intelectual de alunos com deiciência, 
uma vez que o incentivo à inclusão torna a autoestima 
e a autoconiança mais evidentes e, consequentemen-
te, diminui as desigualdades. A inclusão nas aulas de 
Educação Física propicia um ambiente favorável para 
a estimulação e motivação dos alunos. Oferece opor-
tunidades para que os alunos com deiciência desen-
volvam habilidades sociais e lúdicas adequadas à faixa 
etária, possibilitando as relações de amizade entre alu-
nos que apresentam ou não deiciência (WINNICK, 
2004). Sassaki (1997) deine a inclusão como um pro-
cesso pelo qual a sociedade se adapta para poder in-
cluir, em seus sistemas sociais, pessoas com necessida-
des educacionais especiais e, simultaneamente, estas 
se preparam para assumir seus papéis na sociedade.
Figura 1 - Princípios da inclusão
Fonte: Sassaki (1997).
Os princípios da inclusão, baseados pelo autor, são: 
80 
EDUCAÇÃO FÍSICA INCLUSIVA 
No decorrer de nossas unidades, conversamos so-
bre esses princípios de inclusão, baseados na aceita-
ção e convivência com as diferenças, valorização do 
indivíduo e a importância de uma trabalho coope-
rativo. No entanto, parece que, atualmente, muitas 
escolas ainda não se adaptaram com a presença de 
alunos que não andam, não ouvem ou não falam. 
Se a visão de inclusão já é considerada difícil para 
as demais disciplinas, o que diria a Educação Físi-
ca que tem, por essência, o movimento? A inclusão 
nas aulas de Educação Física é compreendida por 
Seabra Junior (2006) como a participação de todos 
com respeito às suas limitações, sendo o professor 
capaz de promover autonomia e ênfase no poten-
cial de cada aluno. Entendam que a inclusão não 
se trata apenas de adaptações, mas do acesso ao 
conhecimento que a disciplina de Educação Física 
oferta a todos os alunos.
Para que possamos incluir nossos alunos com 
deiciência, precisamos pensar nas possibilidades de 
adaptar as atividades e, para isso, não é preciso des-
caracterizá-las! E você, futuro professor, deverá se 
questionar: para aplicar essa atividade, basta adap-
tar algumas regras? Além das regras, também pre-
cisarei alterar os materiais utilizados? Ao modiicar 
ambas, a atividade perderá sua originalidade? Nesse 
momento, muitas dúvidas emergem, mas o que deve 
icar claro é que as aulas de Educação Física não de-
vem ser a reprodução de um treinamento esportivo. 
Certamente você apresentará aos seus alunos regras, 
características, fundamentos, entre outras questões 
de determinado esporte, todavia, elas poderão ser 
trabalhadas de diferentes formas! 
Durante a caminhada proissional, você, profes-
sor, irá se deparar com alunos com deiciência in-
seguros em participar das aulas de Educação Física 
e, por muitas vezes, desinteressados com a prática. 
É necessário levar em consideração alguns pontos, 
como a frustração com as aulas de Educação Física 
em anos anteriores, a superproteção dos pais em 
entender que as aulas práticas poderão agravar o 
estado de saúde de seus ilhos e o próprio senti-
mento de inferioridade que esses alunos apresen-
tam. Tais pontos são evidentes quando lembramos 
que em nossas aulas de Educação Física enquanto 
alunos, notamos, por diversas vezes, a preferência 
dos professores por alunos com maior aptidão físi-
ca, não é mesmo?
Pois bem, precisamos desconstruir essa ima-
gem de professor, que não incentiva a participação 
de alunos com deiciência em suas aulas de Edu-
cação Física, e que deixam esses alunos “sentados” 
enquanto toda a turma se diverte e aprende. Toda 
essa relexão é a prova de que você, futuro profes-
sor, tem o poder de transformar a realidade desses 
alunos por meio de suas aulas.
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 81
82 
EDUCAÇÃO FÍSICA INCLUSIVA 
A Educação Física Adaptada tem por objetivo pos-
sibilitar a participação de alunos com deiciência 
nas aulas de Educação Física nas diversas atividades 
promovidas pelo professor.
Dentro dessa perspectiva, Cidade e Freitas 
(2002, p. 27) enfatizam que: 
A Educação Física Adaptada é uma área da 
educação física que tem como objeto de estudo 
a motricidade humana para as pessoas com ne-
cessidades educacionais especiais, adequando 
metodologias de ensino para o atendimento às 
características de cada aluno com deiciência, 
respeitando suas diferenças individuais.
Os autores acrescentam que a Educação Física Adap-
tada para alunos com deiciência não se diferencia 
em seus conteúdos, mas concebe técnicas, métodos 
e formas de organização que podem ser emprega-
dos. Dentro desse contexto, não existe uma receita 
pronta para aplicar nas aulas, mas sim, um grande 
processo de estudo e planejamento por parte do pro-
fessor. Para Sherrill (1998), o processo de adaptação 
deve ser contínuo, dinâmico e bidirecional, quer di-
zer, recíproco, sofrendo inluência das variáveis: am-
biente temporal e físico; equipamentos e materiais; 
ambiente psicossocial; de aprendizagem; instrução e 
informação e, por im, as tarefas a serem realizadas. 
A Educação Física Escolar Adaptada
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 83
O professor pode seguir alguns princípios propostos por Lieberman (2002): 
Assegurar a participação do aluno com 
deiciência nas atividades, mesmo que 
seja necessária assistência física. A di-
minuição desse apoio pode ocorrer, se 
possível, na medida em que o aluno vai 
se adaptando com a atividade.
Estimular o aluno com deiciência a 
participar das decisões relativas às vari-
áveis de adaptação. Dentro desse con-
texto, é preciso considerar a aceitação 
ou não dasatividades e modiicações 
por parte do interessado. 
Permitir que o aluno com deiciência 
selecione o tipo de equipamento, as 
modiicações de regras ou alterações 
no ambiente mais adequados às suas 
necessidades. 
Evitar a aplicação de atividades adapta-
das que acentuam a aparência ou per-
cepção das diferenças em suas aulas. 
Oferecer a mesma variedade de jogos, 
esportes e atividades recreativas às 
crianças que apresentam ou não dei-
ciência.
Proporcionar opções de escolha entre 
as variáveis de adaptação para os alu-
nos com deiciência. 
Incentivar a prática de atividades coleti-
vas e comunitárias sempre que possível.
1
2
3
4
5
6
7
84 
EDUCAÇÃO FÍSICA INCLUSIVA 
O uso de algumas abordagens para a melhor compreensão da tarefa a ser realiza-
da pelo aluno com deiciência poderá garantir maior autonomia. Em determina-
das situações, pode-se combinar mais de uma técnica de instrução ou utilizá-la 
de forma individual (LIEBERMAN, 2002), sendo elas: 
Orientação verbal:
explicar de forma clara e objetiva verbalmente o que se espera que o
aluno desenvolva em relação à atividade proposta. 
Demonstração:
expor de maneira exemplificada, por meio de ações
demonstrativas ou utilização de modelos, o que se espera
que o aluno desenvolva em relação à atividade proposta.
Assistência física:
oferecer auxílio físico ou guiar o movimento do aluno,
para que ele apreenda o movimento.
Brailling:
orientar o aluno por meio do tato a perceber a execução
de um movimento ou habilidade realizados pelo professor
ou por um colega.
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 85
Sendo assim, convido você para uma imersão nas 
atividades adaptadas e uma extensa relexão sobre 
as diversas possibilidades de aplicação pedagógica 
para alunos com deiciência motora em seus varia-
dos níveis de comprometimento físico, em centros 
de reabilitação, escolas especializadas, assim como 
na rede regular de ensino.
Figura 2 - Auxílio do professor
Fonte: acervo Unicesumar.
É fundamental que você, professor, se infor-
me sobre o quadro clínico desse aluno; como 
já estudamos em nossa segunda unidade as 
características de cada deiciência, icará fácil 
compreender as necessidades e potenciali-
dades desse aluno. É importante questionar 
aos pais ou responsáveis quais tipos de exer-
cícios especíicos o aluno não poderá realizar, 
por exemplo, temos alunos que não podem 
correr o risco de cair e bater com a cabeça, 
alunos que não podem realizar atividades 
que envolvam resistência física, entre outras 
diversas questões que exigirão de você um 
cuidado maior. Após identiicar essas diicul-
dades, você poderá dar continuidade ao seu 
planejamento! 
Fonte: a autora.
SAIBA MAIS
86 
EDUCAÇÃO FÍSICA INCLUSIVA 
Podemos compreender a deiciência motora em ní-
veis de comprometimento motor; nela destacamos 
a deiciência motora leve, moderada e severa. Essa 
distinção se faz importante para que você possa de-
senvolver atividades com diferentes graus de com-
plexidade em suas aulas de Educação Física. 
Sobre essa temática, podemos identiicar os 
alunos que apresentam deiciência motora decor-
rente de uma paralisia cerebral, nesse caso, o seu 
comprometimento, na maioria das vezes, será tan-
to dos membros superiores quanto inferiores. Por 
outro lado, alunos amputados, ou que passaram a 
fazer uso da cadeira de rodas ou muletas, apresen-
tam, em sua grande parte, maior habilidade com 
os membros superiores quando comparados aos 
alunos com paralisia cerebral. No entanto, tudo vai 
depender do nível da lesão medular ou do trauma-
tismo que o aluno sofreu. Nesse momento, trata-
remos das atividades para alunos com maior com-
prometimento motor.
A Educação Física e a
Deiciência Motora
 101
considerações inais
C
aro(a) aluno(a), nossa terceira unidade nos fez reletir sobre a Educa-
ção Física inclusiva e adaptada com o objetivo central de inserir os alu-
nos com deiciência nas práticas corporais que a disciplina promove. 
Espero que o entendimento sobre o conceito de adaptação e inclusão 
de alunos com deiciência nas aulas de Educação Física tenha propiciado maior 
conscientização em sua prática pedagógica.
De maneira especíica, aprendemos diversas possibilidades de adaptação para 
o aluno que apresenta deiciência motora considerando os níveis de comprome-
timento. Sendo esse um fator importante em sua prática pedagógica, uma vez 
que é preciso respeitar as limitações desses alunos e valorizar suas potencialida-
des. Outro ponto relevante destacado nessa unidade é a necessidade do professor 
compreender a melhor atividade a ser aplicada, a im de evitar a frustração do 
aluno, assim como respeitar o tempo que ele leva para executar essas atividades. 
Os tópicos abordados permitiram uma aproximação com o contexto da Educa-
ção Física adaptada, de forma a possibilitar uma visualização abrangente desta 
área de conhecimento, no sentido de que esses elementos sirvam como base para 
que você, futuro(a) professor(a), possa dissipar para seus alunos.
Por meio dos temas desenvolvidos, você poderá organizar atividades que le-
vem seus alunos a conhecer o contexto das atividades adaptadas, para que com-
preendam como é importante incentivar a interação de alunos que apresentam 
ou não deiciência. E como é estimulante que você, sempre que necessário, eleja 
um aluno para auxiliar o colega com deiciência durante as aulas. Desejo que os 
assuntos abordados nesta unidade tenham permitido a você maior domínio e 
segurança para o desenvolvimento de um trabalho inclusivo no ambiente escolar 
e que tenha compreendido que a inclusão de alunos com deiciência nas aulas de 
Educação Física é possível!
102 
atividades de estudo
1. Nesta unidade, aprendemos sobre o conceito 
de inclusão e adaptação nas aulas de Educação 
Física, assim como discutimos os benefícios que 
a inserção de alunos com deiciência propiciam. 
Sabendo disso, analise as airmativas abaixo con-
siderando os benefícios que a inclusão de alunos 
com deiciência proporcionam aos alunos. 
I - Promove a socialização, autonomia e acei-
tação das diferenças.
II - Contribui para o desenvolvimento afetivo, 
social e intelectual de alunos.
III - Desenvolve habilidades sociais e lúdicas.
IV - Propicia relações de amizade entre alu-
nos que apresentam ou não deiciência.
É correto o que se airma em: 
a) I, II, apenas.
b) I, II, III e IV.
c) I, IV, apenas.
d) II, III, IV, apenas.
e) II, III, apenas.
2. Cidade e Freitas (2002) enfatizam que a Educa-
ção Física adaptada para alunos com deiciência 
não se diferencia em seus conteúdos, mas con-
cebe técnicas, métodos e formas de organização 
que podem ser empregados nas aulas. Diante 
desse contexto, disserte sobre a importância e 
os objetivos da Educação Física adaptada.
3. Sabemos que não existe uma receita pronta 
para a inclusão de alunos com deiciência nas 
aulas de Educação Física. Essa ação requer es-
tudo e relexão sobre as diversas possibilidades 
de aplicação pedagógica. No entanto, Lieber-
man (2002) nos propõe alguns princípios a se-
rem seguidos. Sobre esses princípios, analise as 
airmativas abaixo:
I - Estimular o aluno com deiciência a parti-
cipar das decisões relativas às variáveis de 
adaptação.
II - Evitar a aplicação de atividades adaptadas 
que acentuam a aparência ou percepção 
das diferenças em suas aulas.
III - Assegurar a participação do aluno com 
deiciência nas atividades, mesmo que 
seja necessária assistência física.
IV - Incentivar a prática de atividades coleti-
vas e comunitárias sempre que possível.
V - Oferecer a mesma variedade de jogos, es-
portes e atividades recreativas às crianças 
que apresentam ou não deiciência. 
 É correto o que se airma em:
a) I, II apenas.
b) II, III, IV apenas.
c) III, IV apenas.
d) I, II, IV apenas.
e) I, II, III, IV e V.
 103
atividades de estudo
4. O uso de algumas abordagens para a melhor 
compreensão da tarefa a ser realizada pelo aluno 
com deiciência poderá garantir maior autono-mia. Em determinadas situações, pode-se combi-
nar mais de uma técnica de instrução ou utilizá-la 
de forma individual (LIEBERMAN, 2002). Conside-
rando essas técnicas, avalie as airmações a se-
guir como V para verdadeiras e F para falsas:
I - Orientação verbal: explicar de forma cla-
ra e objetiva verbalmente o que se espera 
que o aluno desenvolva em relação à ativi-
dade proposta.
II - Demonstração: orientar o aluno por meio 
do tato a perceber a execução de um 
movimento ou habilidade realizados pelo 
professor ou por um colega.
III - Assistência física: oferecer auxílio físico ou 
guiar o movimento do aluno para que ele 
apreenda o movimento cinestesicamente.
IV - Brailling: expor de maneira exempliica-
da, por meio de ações demonstrativas 
ou utilização de modelos, o que se es-
pera que o aluno desenvolva em rela-
ção à atividade proposta.
As airmações I, II, III e IV são, respectivamente:
a) F; V; F; F.
b) V; F; F; F.
c) V; F; V; F.
d) F; F; V; V.
e) F; V; V; V.
5. A deiciência motora é compreendida em níveis 
de comprometimento motor; nela destacamos 
a deiciência motora leve, moderada e severa. 
Mesmo diante da deiciência, o professor de Edu-
cação Física apresenta uma gama de possibilida-
des de aplicação pedagógica. Considerando as 
diversas adaptações trabalhadas nessa unidade, 
analise as airmativas abaixo: 
I - É importante aplicar o conteúdo com to-
das as suas características, fundamentos 
e regras.
II - A modiicação das regras dos conteúdos 
podera ser proposta tanto pelo professor 
quanto pelos alunos.
III - Não é interessante propor a modiicação 
das regras dos conteúdos, pois os alunos 
serão prejudicados em sua aprendizagem. 
É correto o que se airma em:
a) I, II, apenas.
b) II, III, apenas.
c) III, apenas.
d) I apenas.
e) I, II, III apenas.
108 
material complementar
Neste vídeo, você poderá acompanhar o curta animado “Cordas”: narra a amizade entre Maria e Nicolás, 
colega de classe que sofre de paralisia cerebral. Acesse o conteúdo disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=g4W7CKPdSGk>. 
Neste vídeo, você poderá acompanhar uma entrevista sobre a Educação Física inclusiva com professores 
de Educação Física. Acesse o conteúdo disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=gvH-2qklta4&t=97s>.
Neste vídeo, você poderá acompanhar uma entrevista com alunos e professores sobre a inclusão de 
alunos com deiciência nas aulas de Educação Física. Acesse o conteúdo disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=V1HGefaul8M>.
Neste vídeo, você poderá acompanhar o palestrante Nick Vujicic, que não apresenta membros superio-
res e inferiores. Acesse o conteúdo disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=lxb1xG9LRYY>.
Indicação para Acessar
 109
referências
gabarito
CIDADE, R. E.; FREITAS, P. S. Educação Física e In-
clusão: considerações para a prática pedagógica na 
escola. Revista Integração, Brasília, a. 14, ed. esp., p. 
26-30, 2002. 
LIEBERMAN, L. J. Strategies for Inclusion: a han-
dbook for Physical Educators. Champaign: Human 
Kinetics, 2002. 
SASSAKI, R. K. Inclusão: Construindo uma socie-
dade para todos. Rio de Janeiro: WVA, 1997.
SEABRA JUNIOR, L. Inclusão, necessidades es-
peciais e educação física: considerações sobre a 
ação pedagógica no ambiente escolar. 2006. 119f. 
Dissertação (Mestrado em Educação Física) - Fa-
culdade de Educação Física, Unicamp, Campinas, 
2006. 
SHERRILL, C. Adapted physical activity, recreation 
and sport: crossdisciplinary and lifespan. 5. ed. Bos-
ton: McGraw-Hill, 1998. 
VENTURINI, O. R. G.; RODRIGUES, M. B.; MA-
TOS, G. D.; ZANELA, L. A.; JÚNIOR, P. L. R.; 
PAULA, R. R. G.; CUNHA, S. A.; FILHO, M. L. M. 
A importância da inclusão nas aulas de Educação 
Física escolar. Revista Digital, Buenos Aires, a. 15, 
n. 147, 2010.
WINNICK, J. (org.). Educação física e esportes 
adaptados. Barueri: Manole, 2004.
Referências on-line:
1 Em: <http://www.sbgg-sp.com.br/pub/atividades-da-vida-diaria-o-que-sao/>. 
Acesso em: 22 maio 2018.
2 Em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aee_df.pdf>. Acesso em: 22 
maio 2018.
1. B.
2. A Educação Física Adaptada é uma área da Educação Física que tem como 
objeto de estudo a motricidade humana para as pessoas com necessida-
des educacionais especiais, adequando metodologias de ensino para o 
atendimento às características de cada aluno com deiciência, respeitan-
do suas diferenças individuais.
3. E.
4. C.
5. A.
INTRODUÇÃO
C
aro(a) aluno(a), chegamos à nossa quarta unidade, mas ainda 
precisamos estabelecer algumas relações entre a Educação Físi-
ca Adaptada e as deiciências intelectuais e visuais. Você se lem-
bra que já estudamos sobre o peril de nosso aluno na Educação 
Especializada? Para que o aluno esteja matriculado nessa modalidade é 
preciso que ele apresente a deiciência intelectual, dessa forma, trabalha-
remos atividades desenvolvidas para esse público em seus diversos níveis 
de comprometimento.
Além da deiciência intelectual, tratarei nesta unidade também so-
bre as diversas possibilidades de aplicação e adaptação pedagógica para 
alunos com deiciência visual. Em nosso percurso proissional, encontra-
remos alunos com diferentes deiciências, entre elas, a deiciência visual 
com e sem comprometimento intelectual. Sendo assim, ao nos propor-
mos a planejar aulas para alunos deicientes visuais na rede regular de 
ensino, é preciso lembramos que sua capacidade de aprender é igual aos 
demais alunos. O que se faz importante é saber como abordá-los, a im 
de, incluí-los e orientá-los para a participação nas diversas atividades re-
alizadas nas aulas. 
Nesse momento, você ainda pode estar se perguntando “como vou 
conseguir estimular e ensinar esses alunos em minha turma?” A resposta 
é simples, somente por meio do estudo e dedicação sobre as possibilida-
des de inclusão e adaptação das atividades! Não existe receita mágica! Em 
vários momentos, você irá se frustrar e irá perceber que “aquela” ativida-
de aplicada não surtiu o efeito esperado, mas esse é o caminho em busca 
do êxito em suas aulas de Educação Física! 
Tendo esse enfoque, preparei esta unidade para ajudá-lo(a) a pensar 
na estrutura e organização para as aulas de Educação Física desde a Edu-
cação Infantil até o Ensino Médio com foco principal nas deiciências 
intelectual e visual.
114 
 
Em nossos estudos, constatamos que a deiciência 
visual não é caracterizada somente pela ausência 
total da visão, mas também, pela baixa capacidade 
em enxergar. Em nosso percurso proissional, en-
contraremos tanto alunos cegos que participaram 
pouquíssimas vezes das aulas de Educação Física, 
como alunos que fazem uso de óculos e que apresen-
tam resistência em realizar as aulas por medo de se 
machucarem. Possivelmente você deve ter estudado 
com alguém que apresentava diiculdade em enxer-
gar e, pelo alto grau de seus óculos, não participava 
das aulas e quando participava, apresentava grande 
receio de ter seu rosto atingido por alguma bola, ou 
material similar, não é mesmo?
Desde o nascimento, a criança que enxerga passa 
a estabelecer uma comunicação visual com o mun-
do exterior. Durante os primeiros anos de vida, ela é 
estimulada a olhar para tudo o que está à sua volta, 
A Educação Física e a 
Deiciência Visual
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 115
sendo possível acompanhar o movimento das pes-
soas e dos objetos sem sair do lugar. Percebeu como 
a visão se sobressai sobre os demais sentidos? A vi-
são ocupa uma posição primordial no que se refere 
à percepção e integração de formas, contornos, ta-
manhos, cores e imagens, que estruturam a compo-
sição de uma paisagem ou de um ambiente. Nesse 
tocante, a cegueira caracteriza-se pela alteração gra-
ve ou total de uma ou mais das funções elementa-
res da visão, que afeta a capacidade de perceber cor, 
tamanho, distância, forma, posição ou movimento. 
Por sua vez, a baixa visão é deinida como a redu-
ção do rol de informações que o indivíduorecebe 
do ambiente, restringindo a grande quantidade de 
dados que este oferece e que são importantes para 
a construção do conhecimento sobre o mundo ex-
terior. A aprendizagem visual depende, não apenas 
do olho, mas também, da capacidade do cérebro de 
realizar as suas funções, de capturar, codiicar, sele-
cionar e organizar imagens fotografadas pelos olhos 
(SÁ; CAMPOS; SILVA, 2007).
Falamos o tempo todo: “olha isso”, “nossa, você 
viu?”, pois estamos acostumados a trabalhar ape-
nas com alunos que enxergam. Por isso, é pri-
mordial falar e orientar de forma clara o aluno, 
como discutimos nas unidades anteriores e, além 
disso, valorizar seus outros sentidos. O Ministério 
da Educação, ao elaborar os documentos sobre o 
atendimento de alunos com deiciência visual na 
rede regular de ensino, esclarece que as informa-
ções tátil, auditiva, sinestésica e olfativa são mais 
desenvolvidas pelas pessoas cegas porquê, elas re-
correm a esses sentidos com mais frequência para 
decodiicar e guardar na memória as informações. 
O desenvolvimento aguçado da audição, do tato, 
do olfato e do paladar é resultante da ativação con-
tínua desses sentidos diante da necessidade, pois, 
os sentidos remanescentes funcionam de forma 
complementar e não isolada (SÁ; CAMPOS; SIL-
VA, 2007). 
Sendo assim, nessa unidade, nossos estudos 
abordarão não apenas a adaptação para deiciên-
cia visual, mas também iremos proporcionar mo-
mentos de conscientização e vivência voltados à 
deiciência visual, uma vez que é primordial que 
você, futuro professor, trabalhe com as diiculda-
des, mesmo que, não venha ter nenhum aluno dei-
ciente em sua turma. Já conversamos sobre isso em 
nossa terceira unidade!
Estamos acostumados a falar para quem 
enxerga e não nos atentamos aos detalhes 
rotineiros. 
REFLITA
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 121
122 
 
Na segunda unidade deste material, conversamos 
sobre a deiciência intelectual, suas características e 
possíveis etiologias. Após o entendimento dessa dei-
ciência, o próximo passo será identiicar quais as ca-
rências relacionadas à aprendizagem que esses alunos 
necessitam e, por consequência, qual o nosso papel 
ao encontrá-las durante o nosso percurso proissio-
nal. Por isso, a identiicação do nível de comprome-
timento intelectual desse aluno é fundamental antes 
de iniciar seu planejamento. Nessa perspectiva, é re-
levante destacar que encontraremos alunos com di-
versos níveis de comprometimento intelectual e que, 
quanto maior for esse nível, maior será a possibili-
dade desse aluno estar em uma escola especializada. 
Da mesma maneira, podemos encontrar, com maior 
frequência, alunos com menor comprometimento in-
telectual cada vez mais inseridos na rede regular de 
ensino. Contudo, isso não é uma regra. 
A Educação Física e a 
Deiciência Intelectual
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 123
Sobre as características do aluno com deiciên-
cia intelectual, Gimenez (2013) destaca que, eles po-
dem apresentar problemas de atenção e apatia para 
aprender, problemas de comunicação e de lingua-
gem, e problemas generalizados de compreensão de 
conceitos:
• Problemas de atenção e apatia para aprender: 
estão relacionados à diiculdade de manter a 
atenção ao realizar tarefas solicitadas. Em re-
lação à apatia para aprender, evidencia-se que 
deicientes intelectuais são menos ousados e 
acabam explorando menos o ambiente quan-
do comparados aos demais.
• Problemas de comunicação e de linguagem: 
podem apresentar vocabulário restrito e dii-
culdade em se comunicar. 
• Problemas generalizados de compreensão de 
conceitos: a pessoa com deiciência intelec-
tual apresenta diiculdade em compreender 
conceitos e estabelecer relações entre fatos e 
eventos, entre outras questões.
De acordo com o autor, esses problemas poderão 
gerar alguns comportamentos negativos no aluno 
com deiciência intelectual, como a agressividade e 
o afastamento do grupo, pois o medo do fracasso e a 
expectativa de sucesso são pontos muito evidentes e 
que precisamos sempre estar atentos. Diante dessas 
possibilidades, é importante que o professor de Edu-
cação Física elogie o aluno, com o objetivo de esti-
mular sua autoconiança e diminuir sua ansiedade. 
Perceba como temos que estar atentos o tempo 
todo em nossa ação pedagógica para não privilegiar 
determinados alunos, assim como, não cobrar deles 
o que não é possível ser realizado?
O aluno deiciente intelectual é caracterizado 
por sua lentidão de movimentos, pela escolha de 
estratégias motoras inadequadas e pelo atraso em 
seu desenvolvimento. Por isso, faz-se importan-
te promover atividades que estimulem o tempo de 
reação, o ritmo, a agilidade, o controle de força e o 
equilíbrio (GIMENEZ, 2013). Crianças com deici-
ência intelectual apresentam diiculdade em relação 
à consciência corporal, sendo assim, ofereça ativi-
dades que estimulem os diversos elementos psico-
motores, como: Esquema Corporal, Noção Espacial 
e Temporal, Coordenação Fina e Dinâmica Geral, 
Equilíbrio e Lateralidade.
132 
considerações inais
P
rezado(a) aluno(a), pudemos perceber que as possibilidades de aplica-
ção pedagógica do professor de Educação Física são vastas. Esta ação 
requer, necessariamente, relexão e estudo acerca da aplicabilidade pe-
dagógica das diversas atividades, assim como, uma conscientização da 
importância da inserção de alunos com deiciências na Educação Física, a im de 
contribuir para o desenvolvimento afetivo, social e intelectual de alunos.
De maneira especíica, tratamos as diferentes possibilidades de adaptação de 
atividades para os alunos que apresentam deiciências intelectuais e visuais, sem-
pre respeitando os níveis de comprometimento. Por isso, estudamos as atividades 
respeitando a capacidade e a especiicidade de cada deiciência, bem como, pro-
movemos momentos de relexão pautados na socialização e aprendizagem desses 
alunos, sendo esse um fator importante em sua prática pedagógica, uma vez que, 
é preciso respeitar as limitações de nossos alunos.
Entendemos que as crianças ou jovens que apresentam essas deiciências 
precisam estar inseridos nas aulas de Educação Física, uma vez que, essa ação 
contribuirá não somente para o desenvolvimento e aprendizagem do aluno, mas 
também, para conseguir se integrar com os colegas de forma dinâmica. Para tan-
to, mais uma vez, destacamos a importância do professor de Educação Física na 
promoção de momentos ricos de inclusão e aprendizagem.
Encerramos esta unidade tendo a perspectiva de que você tenha compreendi-
do que as aulas de Educação Física escolar são uma ferramenta de inclusão social 
e de respeito às diferenças. Espero que os assuntos abordados nesta unidade per-
mitam a você maior domínio e segurança no desenvolvimento de um trabalho 
inclusivo no ambiente escolar e que você tenha compreendido que a inclusão de 
alunos com deiciência nas aulas de Educação Física é seu dever.
 133
considerações inais
1. A capacidade visual ocupa uma posição primor-
dial no que se refere à percepção e integração de 
formas, tamanhos, cores e imagens. Consideran-
do os diversos pontos destacados em nosso ma-
terial de estudo sobre deiciência visual, analise 
as airmativas abaixo: 
I - As informações tátil, auditiva, sinestésica e 
olfativa são mais desenvolvidas pelas pes-
soas cegas.
II - A cegueira é caracterizada pela alteração 
grave ou total de uma ou mais das fun-
ções elementares da visão.
III - A baixa visão é compreendida pela redu-
ção do rol de informações visuais que o 
indivíduo recebe do ambiente de forma 
restrita.
É correto o que se airma em:
a) I, II, apenas.
b) I, apenas.
c) I, III, apenas.
d) II, III, apenas.
e) I, II, III, apenas.
2. Nesta unidade, ixamos nossos estudos de ma-
neira especíica nas deiciências intelectual e 
visual. Desenvolvemos diversas atividades pe-
dagógicas que atenderam às especiicidades de 
ambas as deiciências. Considerando os assuntosabordados nesta unidade, avalie as airmações a 
seguir com V para verdadeiras e F para falsas: 
I - Atividades que estimulam o tempo de re-
ação, o ritmo e a agilidade são fundamen-
tais nas aulas de Educação Física para o 
estímulo do aluno deiciente intelectual.
II - Atividades que estimulam a percepção 
espacial são fundamentais nas aulas de 
Educação Física para o estímulo do aluno 
deiciente visual.
III - Atividades que estimulam o controle de 
força e o equilíbrio são fundamentais nas 
aulas de Educação Física para o estímulo 
do aluno deiciente intelectual.
As airmações I, II e III são, respectivamente: 
a) F; V; F.
b) V; F; F.
c) F; V; V.
d) V; V; V.
e) V; V; F.
3. Gimenez (2013) aponta que o aluno com deici-
ência intelectual poderá apresentar problemas de 
atenção e apatia para aprender, problemas de co-
municação e de linguagem e problemas generali-
zados de compreensão de conceitos. Sobre os res-
pectivos problemas, analise as airmativas abaixo:
I - Problemas de atenção são evidenciados 
em alunos com deiciência intelectual, os 
quais são ousados e acabam explorando 
mais o ambiente quando comparados aos 
demais alunos.
considerações inais
134 
atividades de estudo
II - Problemas de comunicação e de lingua-
gem: podem apresentar vocabulário res-
trito e diiculdade em se comunicar.
III - Problemas generalizados de compreen-
são de conceitos: a pessoa com deiciên-
cia intelectual apresenta diiculdade em 
compreender conceitos e estabelecer re-
lações entre fatos e eventos, entre outras 
questões.
IV - Problemas de apatia são evidenciados 
em alunos com deiciência intelectual, os 
quais são menos ousados e acabam ex-
plorando menos o ambiente quando com-
parados aos demais alunos.
É correto o que se airma em:
a) I, II, apenas.
b) I, III, IV, apenas.
c) III, IV, apenas.
d) II, III, IV, apenas.
e) I, II, III, IV. 
4. Em nosso material didático, estudamos sobre 
as salas de recursos multifuncionais que pres-
tam atendimento educacional especializado 
para diferentes deiciências. Dentre elas, a Sala 
de Recurso Multifuncional Tipo II destina-se ao 
atendimento de pessoas cegas e com baixa vi-
são. Sobre as características dessa sala, avalie as 
airmações a seguir com V para verdadeiras e F 
para falsas: 
I - Poderão frequentar essas salas alunos 
cegos, de baixa visão ou outros acometi-
mentos visuais, a partir de seis anos, regu-
larmente matriculados na Educação Bási-
ca e/ou outras modalidades.
II - As Salas de Recursos Multifuncionais Tipo 
II poderão se estabelecer em escola da 
rede pública, instituições comunitárias ou 
ilantrópicas sem ins lucrativos, convenia-
das com a Secretaria de Educação.
III - Para atuar nas salas de Recursos Mul-
tifuncionais Tipo II, basta o proissional 
apresentar formação em qualquer curso 
de graduação, seja na licenciatura ou em 
demais áreas do conhecimento. 
As airmações I, II e III são, respectivamente: 
a) F; V; F.
b) V; F; F.
c) V; V; F.
d) F; F; V.
e) F; V; V.
5. Em alguns momentos, a agressividade e o afasta-
mento do grupo serão características de alunos 
com deiciência intelectual da rede regular de en-
sino. Essas reações ocorrem porque o aluno sente 
medo de fracassar e, ao mesmo tempo, apresenta 
grande expectativa de sucesso nas ações solicita-
das pelo professor. Diante disso, descreva como 
deve ser a postura do professor de Educação Física.
 139
referências
gabarito
GIMENEZ, R. Atividade Física e Deiciência Intelectual. In: GREGUOL, M.; 
COSTA, R. F. Atividade Física Adaptada: Qualidade de Vida para Pessoas com 
Necessidades Especiais. 3. ed. Editora Manole Ltda, 2013.
RAFAEL LOPES, M. C.; VASCONCELOS MIRANDA, M. G. Desenvolvimento 
Psicomotor na Infância. Maringá: UniCesumar, 2018. 152 p.
SÁ, E. D.; CAMPOS, I. M. C.; SILVA, M. B. C. SEESP, SEED, MEC. Atendimento 
Educacional Especializado: Deiciência visual. Formação continuada a distân-
cia. Brasília, 2007. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/
aee_dv.pdf>. Acesso em: 23 maio 2018.
Referência on-line:
1 Em: <http://www.paratleta.com.br/deicientes-intelectuais>. Acesso: 23 maio 
2018.
1. E.
2. D.
3. D.
4. C.
5. É importante que o professor de Educação Física elogie o aluno, com o obje-
tivo de estimular sua autoconiança e diminuir sua ansiedade, não privilegie 
nenhum aluno, assim como não aplique atividades que não são possíveis de 
serem realizadas por todos.
INTRODUÇÃO
A
o longo da história, o esporte adaptado percorreu caminhos 
importantes para se estruturar no que hoje conhecemos como 
Jogos Paralímpicos. Nossa quinta unidade tem como objetivo 
estudar a origem dos jogos paralímpicos e sua fundamental 
relevância para as pessoas com diversos tipos de deiciência. Isso porque, 
no decorrer de nossos estudos, observaremos que os jogos paralímpicos 
apresentam diversas modalidades para diferentes deiciências, como: in-
telectual, motora e visual. Diante disso, iremos conhecer as características 
das 22 modalidades adaptadas que atualmente estão presentes nas para-
limpíadas, assim como, suas categorias e classiicações. Sobre essa temá-
tica, também estudaremos como se dá a implantação dessas modalidades 
dentro das escolas. 
Entender como ocorre a inserção de pessoas com variadas deici-
ências no esporte adaptado é extremamente relevante, pois, além de 
ser uma forma de reabilitação para os atletas, proporciona um grande 
sentimento de superação e inclusão no esporte de alto rendimento. A 
partir desse conhecimento, você, poderá reletir sobre as possibilidades 
de adaptação em suas aulas, a im de incentivar a prática de esportes 
para todos os alunos, respeitando suas limitações e instigando suas po-
tencialidades.
Os assuntos abordados nesta unidade proporcionarão a você, futu-
ro professor de Educação Física, maior compreensão do conteúdo e, por 
consequência, maior aplicabilidade dos esportes adaptados em sua esco-
la, com o intuito de incluir os alunos com deiciência em pequenas com-
petições esportivas. Além disso, você também conhecerá os principais 
objetivos e características das paralimpíadas escolares e compreenderá 
sua organização em âmbito municipal, estadual e federal. 
 Vamos ao trabalho!
146 
EDUCAÇÃO FÍSICA INCLUSIVA 
O esporte adaptado chegou no Brasil no inal da dé-
cada de 50, por meio de Robson de Almeida e Sérgio 
Del Grande, quando retornaram dos Estados Unidos 
após vivenciarem o esporte adaptado. Em 1958, em 
São Paulo, Sérgio Del Grande fundou o Clube dos 
Paraplégicos e, no mesmo ano, Robson de Almeida 
fundou, no Rio de Janeiro, o Clube do Otimismo. A 
primeira participação internacional brasileira foi na 
modalidade de basquetebol sobre rodas nos 2º Jogos 
Pan Americanos da Argentina, em 1969. A primeira 
participação de atletas brasileiros nos Jogos Paralímpi-
cos foi em 1972, na IV Paralimpíada da Alemanha, na 
modalidade de bocha (GORGATTI; COSTA, 2008).
O esporte adaptado atribui sentido à vida de 
vários atletas, além disso, desempenha a função 
de incluir a percepção de competência e identi-
dade pessoal como atleta e não como deiciente 
físico. Atualmente, o esporte para esta população 
caminha para o alto rendimento e o nível técnico 
dos atletas impressiona cada vez mais o público e 
os estudiosos da área de Educação Física (GOR-
GATTI; COSTA, 2008). Sendo assim, convido 
você a, partir de agora, a conhecer os esportes 
adaptados mais conhecidos no âmbito interna-
cional!
Caracterização dos Esportes 
Paralímpicos Adaptados
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 147
MODALIDADES 
Atualmente, os Jogos Paralímpicos apresentam 22 
modalidades com diversas categorias para a parti-
cipação de pessoas com variadas deiciências, como 
visual, física e intelectual. Entre elas estão pessoas 
com sequelas de poliomielite, de traumatismo crâ-
nio-encefálico, de acidentes vasculares cerebrais, 
doenças congênitas, pessoas com baixa visão ou ce-
gueira total e diversas outras deiciências compreen-
didas desde onascimento ou desenvolvidas ao longo 
do tempo. 
Atletismo
O atletismo paralímpico, assim como o olímpico, 
apresenta modalidades de pista, rua e campo, com 
provas de corrida, saltos, lançamentos e arremessos. 
Atualmente, é o esporte com maior número de cate-
gorias e participantes nos Jogos Paralímpicos. 
Sua classiicação funcional ocorre da seguinte 
forma: para provas de pista, utiliza-se a letra T, e 
para as provas de campo, utiliza-se a letra F, confor-
me a Tabela 1, logo abaixo.
CLASSES ATLETAS
F11 a F13/T11 a T13 Deiciência visual.
T11
Deiciência visual. O atleta corre ao lado do atleta-guia e usa o cordão de ligação. No 
salto em distância, é auxiliado por um apoio.
T12 Deiciência visual. O atleta necessita de um atleta-guia e apoio no salto é opcional.
T13 Deiciência visual. Caracteriza-se pela ausência de atleta-guia e de apoio no salto.
F20 / T20 Deiciência intelectual.
F31 a F38 / T31 a T38 Deiciência motora. Paralisados cerebrais cadeirantes e andantes.
F40 a F41 Deiciência motora. Para atletas anões.
F42 a F46/T42 a T46 
Deiciência motora. Destinadas a amputados ou deiciência nos membros superiores 
ou inferiores. 
F51 a F57/T51 a T54 
Deiciência motora. Compreendidas pelas competições em cadeiras de rodas (seque-
las de lesão medular, poliomielite, amputações).
Tabela 1 - Classiicação Funcional 1
Fonte: a autora.
148 
EDUCAÇÃO FÍSICA INCLUSIVA 
O atletismo apresenta provas para atletas com dei-
ciência física, visual e intelectual, composta por pro-
vas destinadas ao gênero feminino e masculino.
provas destinadas ao gênero feminino e mascu-
lino (COMITÊ PARALÍMPICO BRASILEIRO, 
[2018], on-line)4.
O Brasil já conquistou 142 medalhas no Atle-
tismo em Jogos Paralímpicos: 40 de ouro, 61 
de prata e 41 de bronze, sendo a modalidade 
que apresenta maior número de medalhas. A 
natação é a segunda modalidade com maior 
número de medalhas, com 102 medalhas em 
Jogos Paralímpicos, sendo 32 de ouro, 34 de 
prata e 36 de bronze.
Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro ([2018], on-line)3.
SAIBA MAIS
Basquete em Cadeira de Rodas
Como pudemos observar no início desta unidade, 
o basquete em cadeira de rodas foi um dos pri-
meiros esportes adaptados a ser praticado e dis-
putado por pessoas com deiciência física. Gran-
de parte das regras do basquete olímpico foram 
preservadas, sendo praticado por usuários de ca-
deiras de rodas. Sua categoria é única. O basquete 
em cadeira de rodas é designado exclusivamente 
para atletas com deiciência física, composta por 
Bocha
A bocha convencional é um esporte praticado há 
muitos anos, principalmente por idosos, em clu-
bes e associações. As regras da bocha convencional 
também não se distanciam da bocha adaptada. As 
principais diferenças se dão pelo posicionamento 
dos jogadores e o auxílio ou não de instrumentos 
que possibilitam a execução dos movimentos neces-
sários. A bocha olímpica apresenta quatro catego-
rias , conforme a Tabela 2 (COMITÊ PARALÍMPI-
CO BRASILEIRO, ([2018], on-line)5.
CLASSES ATLETAS
BC1 Deiciência motora. Opção de auxílio de ajudantes.
BC2 Deiciência motora: não recebem auxílio.
BC3 
Deiciência motora. Utilizam instrumento 
auxiliar e/ou ajuda de outra pessoa (para 
deiciência severa).
BC4 Deiciência motora. Não recebem auxílio (para deiciência severa).
Tabela 2 - Classiicação Funcional 2
Fonte: a autora.
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 149
A bocha é designada exclusivamente para pessoas 
com deiciência física, composta por provas destina-
das ao gênero feminino e masculino. 
Esgrima em Cadeira de Rodas
A esgrima paralímpica também apresenta a maior 
parte das regras da esgrima olímpica; a diferença mais 
relevante é o posicionamento dos atletas, destinado 
apenas para usuários de cadeiras de rodas. A esgrima 
exibe três categorias, Classe A, B e C (Tabela 5).
CLASSE ATLETA
Classe A 
Deiciência motora. Para atletas com mobi-
lidade no tronco (amputados ou limitação 
nos movimentos). 
Classe B Deiciência motora. Para atletas com me-nor mobilidade no tronco e equilíbrio.
Classe C 
Deiciência motora. Para atletas com tetra-
plegia com comprometimento de mãos, 
braços e tronco.
Tabela 5 - Classiicação Funcional 5
Fonte: a autora.
Canoagem 
A canoagem é designada exclusivamente para pessoas 
com deiciência física, composta por provas destinadas 
ao gênero feminino e masculino. Conforme destaca o 
Comitê Paralímpico Brasileiro, a canoagem é dividida 
em três categorias KL1, KL2 e KL3 (Tabela 3)
CLASSES ATLETAS
KL1 
Deiciência motora. Classe em que 
o atleta usa somente os braços na 
remada.
KL2 Deiciência motora. Classe em que o atleta usa tronco e braços na remada.
KL3 Deiciência motora. O atleta usa tronco, braços e pernas.
Tabela 3 - Classiicação Funcional 3
Fonte: a autora.
Ciclismo
O ciclismo apresenta provas para atletas com deici-
ência física, visual e paralisia cerebral. Ele é composto 
por provas destinadas ao gênero feminino e masculi-
no (COMITÊ PARALÍMPICO BRASILEIRO, [2018], 
on-line)6. O ciclismo é dividido em quatro categorias, 
conforme consta na Tabela 4.
CLASSE ATLETA
H1 a H5 Deiciência motora. O atleta impulsiona a bi-cicleta adaptada com os braços (handbike).
T1 e T2 Deiciência motora. Para atletas paralisa-dos cerebrais (utilizam um triciclo).
C1 a C5
Deiciência motora. Para atletas com dei-
ciência físico-motora e amputados (atletas 
competem em bicicletas convencionais).
Tandem Deiciência visual. Para atletas deicientes visuais (bicicleta apresenta dois lugares).
Tabela 4 - Classiicação Funcional 4
Fonte: a autora.
150 
EDUCAÇÃO FÍSICA INCLUSIVA 
Perceba que, apesar de contar apenas com usu-
ários de cadeiras de rodas, é levado em consi-
deração a mobilidade e comprometimento dos 
membros superiores (COMITÊ PARALÍMPICO 
BRASILEIRO, [2018], on-line)7. A modalidade é 
designada exclusivamente para pessoas com dei-
ciência física, composta por provas destinadas ao 
gênero feminino e masculino.
Futebol de Sete
O futebol de sete apresenta apenas uma catego-
ria, contudo, cada time deverá ter em sua equipe, 
no máximo, um atleta menos comprometido e, no 
mínimo, um atleta mais comprometido, sendo, no 
total, sete atletas em campo. O futebol de sete é des-
tinado somente para atletas com paralisia cerebral 
do gênero masculino com sequelas de traumatismo 
crânio-encefálico ou de acidentes vasculares cere-
brais (COMITÊ PARALÍMPICO BRASILEIRO, 
[2018], on-line)9.
Nos Jogos Paralímpicos, existem duas modalidades 
de futebol, uma destinada somente para atletas com 
deiciência visual e outra apenas para atletas com 
paralisia cerebral. Vamos conhecê-las? 
Futebol de Cinco
Esporte exclusivamente para atletas cegos ou com 
baixa visão. O futebol de cinco apresenta três cate-
gorias, B1, B2 e B3, no entanto, nos Jogos Paralím-
picos, participa apenas a categoria B1, composta por 
atletas cegos totais ou com percepção de luz, sendo, 
no total, cinco atletas em campo. Todos os atletas 
precisam usar uma venda para os olhos, durante a 
partida, visto que nenhuma faixa de luz poderá ser 
identiicada. O futebol de cinco é destinado exclusi-
vamente para pessoas com deiciência visual do gê-
nero masculino (COMITÊ PARALÍMPICO BRASI-
LEIRO, [2018], on-line)8. 
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 151
Goalball
O Goalball é um esporte que se destaca nos Jogos Pa-
ralímpicos, mas você sabe o porquê? De acordo com 
o Comitê Paralímpico Brasileiro, o Goalball foi criado 
exclusivamente para atletas cegos ou com baixa visão. 
Como você pode notar, essa é a primeira modalida-
de adaptada que trabalhamos que não se originou de 
uma modalidade já existente, ou seja, ela foi criada es-
pecialmente para esse público. Esse esporte apresenta 
três categorias, B1, B2 e B3 (Tabela 6)
CLASSE ATLETA
B1 
Deiciência visual. Para atletas cegos 
totais ou com percepção de luz.
B2 
Deiciência visual. Para atletas com per-
cepção de vultos.
B3
Deiciência visual. Para atletas que con-
seguem deinir imagens.
Tabela 6 - ClassiicaçãoFuncional 6
Fonte: a autora.
O Goalball é exclusivamente para atletas com dei-
ciência visual, composta por provas destinadas ao 
gênero feminino e masculino.
Halteroilismo
De acordo com o Comitê Paralímpico Brasileiro, 
o halteroilismo é caracterizado pelo movimento 
chamado supino, deitado em um banco. Durante a 
disputa, as tentativas de levantamento de peso rea-
lizada pelos atletas são avaliadas por três árbitros. 
Dentro desse contexto, a bandeira branca valida o 
movimento e a vermelha caracteriza o movimento 
como inválido. Cada atleta possui três tentativas de 
movimento. Para que esses movimentos sejam con-
siderados, o atleta precisa ter, pelo menos, duas ban-
deiras brancas, as quais se considera o maior peso 
levantado entre as três tentativas.
Os atletas competem em categorias de acordo 
com o peso corporal, assim como na versão olímpi-
ca. A modalidade é designada para atletas com de-
iciência física (deiciência nos membros inferiores, 
amputados, lesionados medulares) e paralisados ce-
rebrais, composta por provas destinadas ao gênero 
feminino e masculino.
152 
EDUCAÇÃO FÍSICA INCLUSIVA 
Hipismo
Os atletas (cavaleiros) são subdivididos em categoria 
de acordo com a sua deiciência e avaliados pela sua 
capacidade ou habilidade com o cavalo. O hipismo 
apresenta cinco classes: Grau IA, Grau IB, Grau II, 
Grau III, Grau IV. O grau de deiciência varia de IA, 
mais severa, ao IV, menos severa. O hipismo é desig-
nado para atletas com deiciência física, visual e in-
telectual, composto por provas destinadas ao gênero 
feminino e masculino.
Judô
O judô também se assemelha com a regras uti-
lizadas pelo judô olímpico, apresentando apenas 
pequenas modiicações. A principal diferença 
é que, no judô paralímpico, os atletas iniciam a 
luta já em contato com o quimono do oponente. 
Vale destacar que sempre que os atletas perde-
rem o contato, a luta é interrompida. Os atletas 
são divididos em categorias de acordo com o peso 
corporal e gênero (COMITÊ PARALÍMPICO 
BRASILEIRO, [2018], on-line)10. A modalidade 
apresenta as mesmas três categorias para deicien-
tes visuais do futebol de cinco e do Goalball. O 
judô é designado exclusivamente para atletas com 
deiciência visual, composto por provas destina-
das ao gênero feminino e masculino.
Natação
O Comitê Paralímpico brasileiro ressalta que a nata-
ção, assim como o atletismo paralímpico, é um dos 
esportes que o Brasil mais se destaca nas competições. 
A modalidade se diferencia também por apresentar 
categorias para diversas deiciências, sendo elas: 
CLASSE ATLETA
1 a 10 Deiciência motora.
11 a 13 Deiciência visual.
14 Deiciência Intelectual.
Tabela 7 - Classiicação Funcional 7
Fonte: a autora.
A natação é designada para atletas com deiciência 
visual, física e intelectual, composta por provas des-
tinadas ao gênero feminino e masculino.
O atleta paralímpico de natação é submeti-
do a uma análise criteriosa em relação aos 
resíduos musculares por meio de testes de 
força muscular, mobilidade articular e testes 
motores (realizados dentro da água). Vale 
a regra de que, quanto maior a deiciência, 
menor o número da classe.
Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro ([2018], on-line)11.
SAIBA MAIS
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 153
Remo
O remo paralímpico apresenta as principais regras do 
remo olímpico, no entanto, aplica-se uma caracterís-
tica diferente das demais trabalhadas até o momen-
to. Você imagina o que pode ser? O remo é uma das 
poucas modalidades paralímpicas que, além das tra-
dicionais categorias feminina e masculina, apresenta 
a categoria mista, ou seja, homens e mulheres podem 
competir juntos na mesma equipe!
Assim como todas as outras modalidades, os atletas 
são divididos em classes conforme sua capacidade mo-
tora. veja a Tabela 8) O remo é destinado exclusivamente 
para pessoas com deiciência física (COMITÊ PARA-
LÍMPICO BRASILEIRO, [2018], on-line)12.
CLASSE ATLETA
AS Deiciência motora.
TA Deiciência motora.
LTA Deiciência motora.
Tabela 8 - Classiicação Funcional 8
Fonte: a autora.
Rugby em Cadeira de Rodas
De acordo com o Comitê Paralímpico Brasileiro, o 
rugby em cadeira de rodas é similar ao rugby olím-
pico, nesse caso, o atleta precisa passar a linha do gol 
com as duas rodas da cadeira com a bola nas mãos, 
sendo composta por quatro jogadores por equipe. O 
rugby é designado exclusivamente para atletas com 
deiciência física, composto por partidas destinadas 
ao gênero feminino e masculino.
Tênis de Mesa
Assim como a maioria dos esportes já existentes e 
que tiveram suas formas adaptadas, o tênis de mesa 
se apropria dessas regras, na maioria das vezes, so-
frendo poucas alterações. O Comitê salienta que o 
esporte consiste em partidas em uma melhor de cin-
co sets, sendo cada um deles disputado até que um 
dos jogadores atinja onze pontos. O tênis de mesa 
apresenta categorias, sendo elas: 
CLASSE ATLETA
1, 2, 3, 4 e 5 Deiciência motora. Cadeirantes.
6, 7, 8, 9 e 10 Deiciência motora. Andantes.
11
Deiciência motora. Andantes com 
deiciência intelectual.
Tabela 8 - Classiicação Funcional 8
Fonte: a autora.
O tênis de mesa é designado para atletas com deici-
ência física e paralisia cerebral, composto por provas 
destinadas ao gênero feminino e masculino. 
154 
EDUCAÇÃO FÍSICA INCLUSIVA 
Tênis de Cadeira de Rodas
As regras do tênis convencional são muito seme-
lhantes com o tênis de cadeira de rodas, contudo, a 
principal diferença é que a bola pode quicar duas ve-
zes no chão antes de ser rebatida. Segundo o Comitê 
Paralímpico, o tênis de cadeira de rodas apresenta 
duas classes, conforme a Tabela 10, abaixo.
CLASSE ATLETA
Open ou Aberta 
Deiciência motora. Para atletas 
com alguma deiciência nos mem-
bros inferiores.
Quad ou Tetra
Deiciência motora. Para atletas 
com deiciência em três ou mais 
extremidades no corpo.
Tabela 10 - Classiicação Funcional 10
Fonte: a autora.
O tênis de cadeira de rodas é exclusivamente prati-
cado por atletas com deiciência física e paralisia ce-
rebral, composto por partidas destinadas ao gênero 
feminino e masculino.
Tiro com Arco
No tiro com arco, os atletas são divididos em três 
classes (Tabela 11), que se diferenciam pelas capa-
cidades do atleta de icar em pé e/ou de locomoção 
nos braços e tronco. O tiro com arco é exclusiva-
mente praticado por atletas com deiciência física e 
paralisia cerebral, composto por provas destinadas 
ao gênero feminino e masculino (COMITÊ PARA-
LÍMPICO BRASILEIRO, [2018], on-line)13.
CLASSE ATLETA
Standing 
ARST 
Deiciência motora. Para atletas sem 
deiciência nos braços, mas com deici-
ência nas pernas.
ARW1 Deiciência motora. Para atletas com deiciência nos braços e nas pernas.
ARW2 Deiciência motora. Para atletas com pa-raplegia que utilizam cadeira de rodas.
Tabela 11 - Classiicação Funcional 11
Fonte: a autora.
Tiro Esportivo
O tiro esportivo exige concentração e técnica do atle-
ta. O comitê ressalta que carabinas e pistolas de ar são 
utilizadas em provas de dez metros de distância. Para 
as provas de 25 metros, é utilizada uma pistola de 
perfuração (pólvora). E nas provas de 50 metros, são 
utilizadas carabinas de perfuração e pistolas. O tiro 
esportivo é exclusivamente praticado por atletas com 
deiciência física e paralisia cerebral do gênero mas-
culino. O tiro esportivo apresenta duas categorias: 
CLASSE ATLETA
SH1 Deiciência motora. Para atletas que con-seguem segurar suas armas.
SH2 Deiciência motora. Para atletas que não con-seguem segurá-las e necessitam de suporte.
Tabela 12 - Classiicação Funcional 12
Fonte: a autora.
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 155
Triatlo
De acordo com o Comitê Paralímpico Brasileiro, o 
triatlo é composto por 750 m de natação, 20 km de ci-
clismo e 5 km de corrida. Suas categorias são subdivi-
didas de acordo com a capacidade motora dos atletas. 
(Tabela 13)
CLASSE ATLETA
PTHC Deiciência motora. Para triatletas usuários de cadeiras de rodas.
PTS2, PTS3, 
PTS4e PTS5 
Deiciência intelectual. Para triatletas 
com deiciências físico-motoras e 
paralisia cerebral andantes.
 PTVI Deiciência visual. Para triatletas cegos.
Tabela 13 - Classiicação Funcional 13
Fonte: a autora.
O triatlo é designado para atletas com deiciência físi-
ca, deiciência visual e paralisia cerebral, composto por 
provas destinadas para o gênero feminino e masculino.
cia física e é composta por provas mistas, feminina e 
masculina (COMITÊ PARALÍMPICO BRASILEIRO, 
[2018], on-line)14.
CLASSE ATLETA
2.4mR Deiciência motora.
SKUD18 Deiciência motora.
SONAR Deiciência motora.
Tabela 14 - Classiicação Funcional 14
Fonte: a autora.
Voleibol Sentado
Inspirado no voleibol convencional, o voleibol senta-
do apresenta uma única categoria, em que todos os 
jogadores icam sentados na quadra. A quadra e a rede 
possuem tamanhos menores. O Comitê Paralímpico 
Brasileiro aponta que os jogadores são classiicados de 
acordo com o grau de limitação física. Na classe A9, es-
tão os atletas amputados e com problemas locomotores 
mais acentuados. A classe A2, por sua vez, é compos-
ta por atletas com deiciências quase imperceptíveis, 
como problemas de articulações leves ou pequenas 
amputações nos membros. Cada equipe só pode con-
tar com dois jogadores da classe A2 no time. E os dois 
não podem estar em quadra ao mesmo tempo.
Vela
A modalidade exige domínio sobre correntes aquá-
ticas, habilidade e estratégia, acima de tudo, de mu-
danças de vento. A vela é disputada em três categorias 
(Tabela 14), todas sem divisão por gênero, ou seja, ho-
mens e mulheres velejam sempre juntos, todos dividi-
dos de acordo com o comprometimento motor. A vela 
é destinada exclusivamente para pessoas com deiciên-
156 
EDUCAÇÃO FÍSICA INCLUSIVA 
O voleibol sentado é destinado exclusivamente para 
pessoas com deiciência física, composto por provas 
destinadas para o gênero masculino e feminino. 
Mas não para por aí! Nos Jogos Paralímpicos de 
Tóquio, em 2020, mais modalidades serão inseridas 
e farão parte oicialmente da competição, sendo elas: 
o Parabadminton e o Parataekwondo e os esportes 
de inverno: Esqui cross-country, Snowboard, Esqui 
alpino, Biatlo, Hóquei no gelo e Curling em cadeira 
de rodas!
sonoras, como a larga no atletismo e na natação, a 
arbitragem do futebol, dentre tantas outras moda-
lidades. Por esse motivo, desde o ano de 1924, na 
França, ocorreu a primeira olimpíada destinada ex-
clusivamente a atletas surdos, nomeada como, “Jo-
gos Internacionais Silenciosos”. Atualmente conhe-
cida como Surdolimpíadas, que ocorre a cada quatro 
anos, assim como as Paralimpíadas (CONFEDERA-
ÇÃO BRASILEIRA DE DESPORTO DE SURDOS, 
[2018], on-line)16.
Sarmento (2013) menciona que o esporte surdo 
é um artefato cultural de grande importância para 
as pessoas com deiciência auditiva. As práticas de 
esportes por pessoas surdas datam de desde o sécu-
lo XIX com o primeiro clube de futebol surdo do 
mundo, o Glasgow DF no Reino Unido, a associação 
Sports Club for the Deaf de 1888, em Berlim, e o 
primeiro clube desportivo para surdos na França, o 
Club Cycliste des Sourds-Muets, de 1899. 
No Brasil, de acordo com Monteiro (2006), as 
associações desportivas tiveram sua origem no Grê-
mio Esportivo, fundado em 1930, no Instituto Na-
cional de Educação de Surdos (INES). Após esse 
período, é possível observar o surgimento de outras 
associações e que se perduram até os dias atuais. 
A Confederação Brasileira de Desporto de Surdos 
participou pela primeira vez das Surdolimpíadas em 
1993, em Soia, Bulgária. Já em 2013, houve a maior 
participação da Delegação Surdolímpica Brasileira, 
em que participaram 19 surdoatletas. Nesta edição, 
o Brasil conquistou quatro medalhas, sendo três na 
natação, pelo surdoatleta santista Guilherme Maia, 
e uma medalha de bronze no karatê, conquistada 
pelo surdoatleta Heron Rodrigues. No entanto, atu-
almente, o maior entrave para que os Jogos para sur-
dos se amplie é a falta de apoio inanceiro. 
Os cinco atletas brasileiros com maior número 
de medalhas em Jogos Paralímpicos são: Da-
niel Dias (Natação, vinte e quatro medalhas); 
André Brasil (Natação, quatorze medalhas); 
Clodoaldo Silva (Natação, quatorze medalhas); 
Ádria Rocha Santos (Atletismo, treze meda-
lhas) e Luiz Cláudio Pereira (Atletismo, nove 
medalhas).
Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro([2018], on-line)15.
SAIBA MAIS
Neste momento, você deve estar se perguntando: 
“por que os deicientes auditivos não participam das 
Paralimpíadas?” O atleta surdo não é compreendido 
como um indivíduo que apresente grandes diicul-
dades em praticar qualquer desporto quando com-
parado às demais deiciências. Sabendo que o atleta 
surdo não apresenta nenhuma limitação motora, 
intelectual ou visual, sua participação nas Paralim-
píadas não é permitida. 
 Além disso, seria preciso organizar uma nova 
forma de aplicação dos esportes que não fosse so-
nora. Dentro desse contexto, todas as informações e 
notiicações seriam estritamente visuais, e não mais 
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 157
158 
considerações inais
A
s lutas históricas para a melhoria da qualidade de vida do deiciente 
proporcionram a possibilidade de reabilitá-los de maneira prazerosa, 
por meio do esporte. Nesta unidade, conhecemos a origem do esporte 
paralímpico e, por consequência, os Jogos Paralímpicos. Esse conheci-
mento é fundamental para que você, futuro professor, possa estimular a inserção 
de seus alunos com deiciência nas aulas de Educação Física e possibilitar a práti-
ca do esporte adaptado dentro de sua escola. 
Pudemos estudar e compreender quais são as modalidades que compõem os 
Jogos Paralímpicos e suas principais características enquanto categorias relativas 
aos tipos de deiciências e gêneros. Certamente a maioria de vocês não sabiam a 
estreita relação entre os Jogos Paralímpicos e a Segunda Guerra Mundial, trágico 
acontecimento histórico que deu origem à primeira modalidade adaptada, o bas-
quetebol em cadeira de rodas.
Algumas curiosidades sobre as modalidades que permitem equipe mistas, as-
sim como, a modalidade do goalball — que foi criada exclusivamente para aten-
der aos paratletas cegos e com baixa visão — também foram destaques nessa uni-
dade. Portanto, nestas relexões, deve icar claro o potencial transformador que 
o esporte adaptado possui. Para muitos, ele pode ser considerado uma área de 
menor relevância quando comparado ao esporte olímpico. Contudo, não é isso o 
que percebemos quando nos aprofundamos em nossos estudos. Atualmente, os 
Jogos Paralímpicos são o segundo maior evento esportivo do mundo, com um 
toque especial de emoção e superação!
Tendo essa compreensão, espero que essa unidade tenha contribuído para o 
maior entendimento sobre a origem dos Jogos Paralímpicos e das modalidades 
adaptadas e inspirado você, futuro professor, a apresentar esse conteúdo a todos 
os seus alunos, respeitando suas limitações e estimulando suas potencialidades! 
 159
atividades de estudo
1. A origem dos Jogos Paralímpicos nos chama 
atenção até os dias atuais por apresentar uma 
estreita relação com a Segunda Guerra Mundial. 
Sobre as principais características do surgimen-
to dos Jogos Paralímpicos, avalie as airmativas 
a seguir:
I - Os primeiros paratletas a participar dos 
Jogos Paralímpicos foram os soldados 
combatentes da Primeira Guerra Mundial.
II - Ludwig Guttman organizou os primei-
ros jogos internos com o intuito de tor-
nar a recuperação dos soldados mais 
prazerosa.
III - Soldados sobreviventes da Segunda Guer-
ra Mundial com lesões em membros su-
periores e inferiores foram os primeiros 
a praticar esportes adaptados como pro-
cesso de reabilitação.
IV - Ludwig Guttman adaptou o basquete de 
cadeira de rodas e o voleibol sentado para 
a reabilitação dos sobreviventes da Se-
gunda Guerra Mundial. 
É correto o que se airma em:
a) I, II, apenas.
b) II, III, IV, apenas.
c) III, IV, apenas.
d)II, III, apenas.
e) I, II, III e IV.
2. Ao longo de nossa quinta e última unidade, pu-
demos perceber que, com o passar dos anos, os 
Jogos Paralímpicos foram ganhando força. Além 
dos esportes já existentes que foram adaptados, 
também identiicamos esportes que foram cria-
dos especiicamente para as pessoas com deici-
ência competirem. Diante do exposto e de posse 
dos conhecimentos adquiridos, avalie as airmati-
vas a seguir:
I - As regras do basquetebol em cadeira de 
rodas são completamente diferentes das 
regras do basquetebol olímpico.
II - O Goalball foi criado exclusivamente para 
atletas cegos ou com baixa visão.
III - As regras do basquetebol e rugby em ca-
deira de rodas são muito similares às re-
gras olímpicas.
É correto o que se airma em:
a) I e II apenas.
b) II e III apenas.
c) III apenas.
d) I e III apenas.
e) I, II e III, apenas.
3. Os Jogos Paralímpicos apresentam atualmente, 
22 modalidades com categorias para a partici-
pação de pessoas com variadas deiciências de 
origem visual, física e intelectual. Diversas dessas 
deiciências são compreendidas desde o nasci-
160 
atividades de estudo
mento e outras foram desenvolvidas ao longo 
do tempo. Sobre as modalidades paralímpicas 
e suas respectivas provas e categorias, avalie as 
airmações a seguir como V para verdadeiras e F 
para falsas:
I - As modalidades de natação e atletismo 
apresentam categorias distintas para 
pessoas com deiciência intelectual, visu-
al e motora.
II - As modalidades de judô e goalball são 
praticados exclusivamente por paratletas 
com deiciência visual.
III - As modalidades de basquetebol em cadei-
ras de rodas e voleibol sentado apresen-
tam categorias distintas para pessoas com 
deiciência intelectual e motora.
IV - As modalidades de esgrima em cadeira de 
rodas e hipismo apresentam categorias 
distintas para pessoas com deiciência in-
telectual, visual e motora.
As airmações I, II, III e IV são, respectivamente:
a) F; F; F; V.
b) V; F; V; F.
c) F; F; V; F.
d) V; V; F; F.
e) F; V; F; F.
4. Além das inúmeras modalidades e classes dis-
tintas que o esporte paralímpico apresenta, 
também pudemos observar uma singularidade 
quando comparado ao esporte olímpico, sendo 
ela a possibilidade de competir em equipes es-
tritamente femininas, masculinas e mistas. Sobre 
essa temática, avalie as airmações a seguir como 
V para verdadeiras e F para falsas:
I - O tiro esportivo é praticado exclusivamen-
te por paratletas do gênero feminino.
II - As modalidades de remo e vela apresen-
tam categorias distintas para os gêneros 
feminino, masculino e misto.
III - O futebol de cinco e de sete são pratica-
dos exclusivamente por paratletas do gê-
nero masculino.
IV - As modalidades de hipismo e halteroilis-
mo apresentam categorias distintas para 
os gêneros feminino e masculino.
As airmações I, II, III e IV são, respectivamente:
a) F; V; V; V.
b) F; F; F; V.
c) V; F; V; F.
d) F; F; V; F.
e) V; V; V; V.
5. As Paralimpíadas Escolares são jogos voltados a 
alunos com deiciência física, visual e intelectual. 
Por meio das atividades desportivas, crianças e 
jovens constroem seus valores, seus conceitos, 
socializam-se e, principalmente, vivem as realida-
des. Diante dessa perspectiva, destaque os obje-
tivos e benefícios da aplicação de jogos escolares 
paralímpicos.
164 
referências
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portador de deiciência física no esporte adaptado 
de rendimento: Uma revisão da literatura. Motriz, 
v. 7, n. 2, p. 115-123, jul./dez. 2001. Disponível: em: 
<http://www.rc.unesp.br/ib/efisica/motriz/07n2/
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GORGATTI, M. G.; COSTA, R. F. Atividade Física 
Adaptada: qualidade de vida para pessoas com ne-
cessidades especiais. 2. ed. Barueri: Manole, 2008. 
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24 maio 2018.
2 Em: <http://wellingtonlucena.blogspot.com.
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4 Em: <http://www.cpb.org.br/modalidades-visua-
lizacao/-/asset_publisher/4O6JOgZOhDhG/con-
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6 Em: <http://www.cpb.org.br/modalidades/ciclis-
mo>. Acesso em: 24 maio 2018. 
7 Em: <http://www.cpb.org.br/modalidades-visua-
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8 Em: <http://www.cpb.org.br/modalidades/fute-
bol-de-5>. Acesso em: 24 maio 2018. 
9 Em: <http://www.cpb.org.br/modalidades/fute-
bol-de-7>. Acesso em: 24 maio 2018. 
10 Em: <http://www.cpb.org.br/modalidades/judo>. 
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11 Em:<http://www.cpb.org.br/modalidadesvisua-
lizacao//asset_publisher/4O6JOgZOhDhG/con-
tent/id/22765>. Acesso em: 24 maio 2018. 
12 Em: <http://www.cpb.org.br/modalidades-visua-
lizacao/-/asset_publisher/4O6JOgZOhDhG/con-
tent/id/22783>. Acesso em: 24 maio 2018.
13 Em: <http://www.cpb.org.br/modalidades-visua-
lizacao/-/asset_publisher/4O6JOgZOhDhG/con-
tent/id/22819>. Acesso em: 24 maio 2018. 
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15 Em: <http://www.cpb.org.br/web/guest/medalhis-
tas>. Acesso em: 24 maio 2018.
16 Em: <http://cbds.org.br>. Acesso em: 24 maio 
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17 Em: <http://www.cpb.org.br/documents/20181/53765/
Regulamento+Paralimpiadas+Escolares+2017+-+O-
FICIAL.pdf/e8e14c6a-0b15-41b6-8bae-c93a457c-
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MONTEIRO, M. S. História dos movimentos dos 
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SARMENTO, F. Os surdos no desporto. In: CO-
ELHO, O.; KLEIN, M. (coords.). Cartograias da 
surdez: comunidades, línguas, práticas e pedagogia. 
Porto: Livpsic, 2013.
 165
gabarito
1. D.
2. B.
3. D.
4. A.
5. Por meio das atividades desportivas, crianças e jovens constroem seus 
valores, seus conceitos, socializam-se e, principalmente, vivem as reali-
dades. As Paralimpíadas Escolares têm por objetivo estimular a partici-
pação dos estudantes com deiciência em atividades esportivas de todas 
as escolas do território nacional, promovendo ampla mobilização em 
torno do esporte. 
conclusão geral
Chegamos ao inal de mais uma etapa da sua jorna-
da, espero que você possa ter compreendido o papel 
relevante que a Educação Física ocupa na inclusão 
de alunos com deiciência. Meu desejo é que as re-
lexões propostas neste material tenham contribuído 
para seu enriquecimento pessoal e proissional e ins-
tigado a continuar suas leituras sobre essa temática. 
Além disso, vimos a importância do comprometi-
mento e dedicação do professor para a ação docente, 
assim como a relevância de como este deverá se por-
tar para acolher o aluno da melhor forma possível 
em suas aulas.
O melhor lugar para promover a inclusão de 
crianças e jovens com deiciência é na escola, pois 
a partir do exemplo dos professores de Educação 
Física e de todo o corpo docente é que as demais 
crianças passarão a entender que conviver com 
a deiciência é algo normal e proporcionar-lhes a 
sensação de ser parte integrante da escola é funda-
mental. Como você pode perceber, o planejamento 
das aulas de educação física deverá levar sempre 
em consideração qual o tipo de deiciência que seu 
aluno apresenta, assim como suas potencialidades 
e limitações para que suas aulas proporcione uma 
educação física de qualidade, que atenda às singu-
laridades dos alunos.
Caro(a) aluno(a), as diversas atividades apre-
sentadas neste material poderão ser aplicadas em 
suas aulas, no entanto, o assunto não se esgota. An-
seio que você seja persistente em suas aulas e que a 
cada diiculdade proissionalencontrada tenha pos-
sibilidade de reinventar e retomar os seus estudos, a 
im de possibilitar a participação de alunos com de-
iciência nas aulas de Educação Física diariamente. 
Ainal de contas, estamos trabalhando com alunos 
que anseiam ser tratados como qualquer outro que 
não apresenta deiciência. Isso é o mais importante 
no seu papel como professor(a) e é um direito do 
aluno. Persista!
Abraços, Professora Me. Naline
.

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