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RECONHECIMENTO MATERNO FETAL

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Período em que o concepto sinaliza a sua 
presença para a mãe. Este processo ocorre 
em vários momentos durante a gestação, e o 
embrião intervém para que haja a manutenção 
do corpo lúteo (CL), por meio da atenuação 
da secreção luteolítica de prostaglandina F2 
alfa (PGF2α) 
O “período crítico” do reconhecimento 
fetal ocorre nas primeiras 24-48h da gestação, 
pois o corpo reage ao embrião presente dentro do 
útero. 
Após a fecundação, se os embriões não 
se mantiverem viáveis dentro do útero entre o 
13° e 16° dia a contar do 1° dia do estro, 
haverá a regressão do CL e iniciará um novo 
ciclo estral. Mas, se os embriões se mantiverem 
nesse período, o CL persiste por 5 a 6 dias além 
do seu período de vida normal. 
Relembrando o CL e sua função... 
O CL é uma glândula 
temporária formada a partir 
da ovulação do folículo. É 
responsável pela produção de 
PROGESTERONA, o 
hormônio responsável pelo 
estabelecimento e manutenção da gestação. Ela 
induz a diferenciação do estroma uterino, 
estimula a secreção das glândulas endometriais, 
o acúmulo de vacúolos basais no epitélio 
glandular e modifica o padrão de secreção de 
proteínas pelas células endometriais, tornando 
o ambiente uterino apropriado para o 
desenvolvimento inicial do embrião. 
 A manutenção do CL resulta das 
seguintes situações: 
I. Prevenção da produção de PGF 2α; 
II. Alteração da distribuição da PGF 2α pelo 
concepto, de modo que esta não atinja o 
CL; 
III. Secreção de substâncias antiluteolítica 
pelo concepto que irão competir com os 
efeitos da PGF 2α no CL. 
 Em ruminantes, as 
células do trofoblasto 
auxiliam no processo de 
reconhecimento materno-
fetal e manutenção do CL 
através da secreção do interferon-tau 
(INFҭ), uma proteína com ação 
antiluteolítica que atua diretamente no 
endométrio inibindo a produção de PGF 
2α. Também é liberado em grandes 
quantidades pelas células do 
trofoectoderma. 
 
 A ação antiluteolítica do INFҭ pode se 
dar das seguintes formas: 
I. Estabilizar ou regular positivamente os 
receptores para a progesterona no 
endométrio; 
II. Inibir diretamente os receptores 
endometriais para ocitocina; 
III. Iniciar mecanismos pós-receptores que 
previnem a liberação de prostaglandinas; 
IV. Induzir o endométrio à síntese de 
inibidores de enzimas necessárias à 
síntese de PGF 2α. 
Em suínos, a produção de 
estrógeno inibe a formação 
da PGF 2α e a sua direção 
de liberação. No entanto, 
para que haja a 
sensibilização adequada e o 
reconhecimento materno-fetal, é necessário 
no mínimo 4 embriões produzindo 
estrógenos. 
Em equinos, a produção 
de estrógeno também 
inibe a formação da PGF 
2α e sua direção de 
liberação. Porém, a 
movimentação do 
embrião nos cornos uterinos entre o 13 
a 16 dia de gestação prove a interação 
deste com o endométrio e a sua fixação, 
pois inibe a produção de PGF 
endometrial. Além disso, 
luteotropinas, produzidas pelas células 
trofobláticas fetais, induzem os cálices 
endometriais a produzirem ecG (35-
150 dias) com função de FSH e LH que 
formam corpos lúteos acessórios e 
aumentam a produção de 
progesterona.

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