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CARACTERISTICAS DAS USINAS HIDRELÉTRICAS, APLICAÇÕES E SEU IMPACTO NA SOCIEDADE
CARACTERISTICAS DAS USINAS HIDRELÉTRICAS, APLICAÇÕES E SEU IMPACTO NA SOCIEDADE
RESUMO
Usinas hidrelétricas são grandes ferramentas para geração de energia, essa tecnologia aproveita da força contida no movimento da água correntes em rios e represas, e melhor exploradas pela humanidade no desenvolvimento de barragens e canais para potencializar o movimento gerado nas turbinas, tornando mais eficaz a produção de energia. A produção de energia em usinas hidrelétricas são até hoje um dos meios mais eficazes quando em foco é a produção de energia e custo baixo, comparado à quantidade de energia produzida, com uma das maiores capacidades de produção. 
O presente artigo objetiva através de estudo cientifico, com base em revistas, artigos e livros acadêmicos, argumentar sobre a tecnologia utilizada nesse tipo de mecanismo para geração de energia, indicando seu funcionamento, seus impactos físicos e sociais no nosso meio, bem como os principais pontos que tornam essa tecnologia ainda mantida como principal fonte em diversos países.
Esse projeto nos foi estabelecido por nosso tutor, com o objetivo de integrar-nos a meios de geração de energia, onde devemos esclarecer questões que serão abordadas na conclusão desse artigo.
PALAVRAS CHAVES:
Usina hidrelétrica, energia renovável, turbina hidrelétrica, geração de energia, turbinas Francis, turbinas Pelton, turbinas Kaplan, barragem hidrelétrica, bacia hidrelétrica, Usina de Itaipu.
ABSTRACT
Hydroelectric plants are great tools for power generation, this technology takes advantage of the force contained in the movement of water currents in rivers and dams, and better exploited by humanity in the development of dams and channels to potentiate the movement generated in turbines, making energy production more effective. The production of energy in hydroelectric plant are until today one of the most effective means when in focus is energy production and low cost, compared to the amount of energy produced, with one of the largest production capacities.
This article aims through scientific study, based on journals, articles and academic books, to argue about the technology used in this type of mechanism for energy generation, indicating its functioning, its physical and social impacts in our environment, as well as the main points that make this technology still maintained as the main source in several countries.
This project was established to us by our tutor, with the objective of integrating us with means of power generation, where we must clarify issues that will be addressed at the conclusion of this article.
KEY WORDS
Hydroelectric power plant, renewable energy, hydroelectric turbine, power generation, Francis turbines, Pelton turbines, Kaplan turbines, hydroelectric dam, hydroelectric basin, Itaipu Power Plant.
INTRODUÇÃO
A usina hidrelétrica é uma obra da engenharia que utiliza a força da água canalizada em turbinas para gerar eletricidade. Também conhecida como central hidrelétrica trata-se de uma grande estrutura composta por represas, barragens, canais de controle e turbinas, que se aproveitam do movimento dos rios para conversão em energia elétrica.
Para que exista uma força capaz de gerar energia de forma eficaz é armazenado um determinado volume de água em uma barragem, esse acumulo de força é entendido como energia potencial. À baixo da represa existem comportas que garantem o controle de fluxo nos motores, ao abrir as comportas o que era força potencial agora é convertida em energia cinética (à medida que escoa entre os dutos causando movimento nos motores)
Figura 1 – modelo de usina hidrelétrica
Fonte: https://www.ecycle.com.br/usina-hidreletrica
As turbinas são localizadas na casa de força, conectadas a um gerador. Esse instrumento permite que o movimento das turbinas faça a conversão da energia cinética do movimento da água em energia elétrica. Existem diversos tipos de turbinas, a turbina mais apropriada para cada hidrelétrica depende da altura de queda e da vazão da represa.
O vertedouro permite a saída de água caso o nível do reservatório ultrapasse os limites pré-estabelecidos. É liberado o fluxo de água no vertedouro quando a produção de energia elétrica é prejudicada devido ao nível da água estar acima do nível ideal, ou em casos de segurança, evitando transbordamento ou enchentes no entorno da usina.
Tipos de Usina Hidrelétrica
Para evitar prejuízos decorrentes de hidrelétricas convencionais, foi desenvolvida o conceito fio d`água, essa categoria não necessita de um grande reservatório de água, sendo assim mais sustentável. Entretanto a produção de energia é altamente afetada em períodos de seca prolongada, uma vez que seus reservatórios com tamanho reduzido, não permitem funcionamento por longos períodos.
As usinas hidrelétricas com reservatório de acumulação armazenam água e regulam seu funcionamento para atender as demandas de energia. A capacidade de armazenamento é obtida por meio de uma represa situada a montante de usina e dependendo de sua capacidade.
MATERIAIS E MÉTODOS
Gerada nas usinas hidrelétricas, essa energia tem sua origem, de acordo com Queiroz, Grassi, Lazzare, Koppe, Tartas e Kemerich em seu artigo "Geração de energia elétrica através da energia hidráulica e seus impactos ambientais", 2013 proveniente da força do movimento das águas, energia hidráulica, que é canalizado pelas usinas e distribuído para o destino planejado. Antes de abordar diretamente o funcionamento de uma usina hidroelétrica, convém, comentar sobre quais são os mais relevantes fatores quando se trata desse tipo de geração de energia, dentre esses, (Queiroz, et al, 2013) aponta a vazão do rio, a disponibilidade da água a ser utilizada para a geração de energia, sua sazonalidade, portanto sua disponibilidade ao longo do ano, quantidade, a forma geográfica da área, ou seja, os desníveis do relevo, sendo esses naturais como quedas d'água, ou mesmo formados artificialmente. Á princípio, de acordo com (Queiroz, 2013 et al, apud Panzera, Gomes e Moura,2010), as usinas hidrelétricas são compostas, principalmente, pela barragem, casa de força, vertedouro e o sistema de captação e adução de água, todos funcionando colaborativamente são capazes de captar a energia elétrica do gerador, fruto da força que as águas fazem para movimentar as turbinas. 
Dito isso, conforme explica (Queiroz, et al, 2013, apud Bortoleto, 2001), a energia hidrelétrica só é possível, graças a precipitação e evaporação das águas, esses, que por sua vez, são possibilitados pela irradiação solar e também pela gravidade, sendo responsáveis por, respectivamente levar as águas para cima e para baixo, tornando o processo, um processo cíclico. 
Na estrutura de uma usina hidrelétrica, (Queiroz, et al, 2013, apud ANEEL, 2005) explica que podemos encontrar, funcionando de forma conjunta, os sistemas de captação e adução de água, bem como barragem, casa de força e vertedouro. Para começar, a função da barragem, é impedir o fluxo natural das águas, formando um reservatório onde a água poderá ser armazenada, possibilitando assim, uma forma de administração do recurso, pois além de armazenar a água, o reservatório permite ainda que, não só a vazão dos rios seja controlada, seja durante períodos chuvosos com volume ampliado de água, ou mesmo períodos de estiagem, onde o oposto ocorre, mas também que seja proporcionada a altura necessária para a geração de energia hidrelétrica. Contudo, (Queiroz, et al, 2013, apud Oliveira, 2009) lembra que há ainda, usinas hidrelétricas que não possuem reservatórios, ou mesmo que possuem reservatórios, mas em dimensões muito reduzidas, estas são denominadas, "hidrelétricas a fio d'água", pois utilizam da própria velocidade das águas nos rios para gerar energia hidráulica. Nessas usinas, devido à falta de reservatórios, há grande impacto na geração de energia devido a variações no fluxo das águas, sendo que em tempos de estiagem essas usinas tem seu fornecimento drasticamente reduzido,ou mesmo paralisados durante certos períodos. 
Quanto aos processos responsáveis pela adução e captação das águas, (Queiroz, et al, 2013) esclarece que esses, se dão através da utilização de canais, túneis ou mesmo condutos metálicos que tem por objetivo levar a água até a casa de força da usina, onde se encontram as turbinas, que por sua vez, são constituídas por uma série de pás ligadas a um eixo central, que fica conectado ao gerador. (Queiroz, et al, 2013) destaca ainda, a eficiência dessas turbinas, que podem chegar a até 90%, colocando-as assim dentre as formas mais eficientes de conversão de energia primária em energia secundária na atualidade. Por fim, essas turbinas, conforme concluí (Queiroz, et al, 2013) transformam a energia cinética, proveniente do movimento das águas em energia elétrica durante o movimento giratório das turbinas, que conectadas aos geradores, fornecerão energia elétrica, que poderá ser devidamente distribuída e utilizada como planejado. 
Após esse processo de geração de energia, após passar e movimentar as turbinas, a água é devolvida ao seu leito natural do rio, para onde ela iria naturalmente através do canal de fuga, e ainda de acordo com (Queiroz, et al, 2013 apud, ANEEL 2008), também há os vertedouros, esses que são responsáveis por permitir a saída da água quando o reservatório estiver com seu nível de água acima dos níveis recomendados, possivelmente devido ao excesso de chuvas, o que contribuí para evitar enchentes nas proximidades. Vale mencionar, como lembra (Queiroz, et al, 2013) que vertedouros podem ser definidos como diques, paredes ou aberturas por onde pode escoar a água.
Turbina Francis
Desenvolvida em 1848 pelo engenheiro anglo-americano James B. Francis, é o tipo de turbina mais comum dentre as usinas hidrelétricas. Sendo uma turbina de fluxo centrípeto, onde a água atinge o impulsor por meio de um duto em espiral e as hélices ajustáveis na parte fixa direcionam de forma relativamente precisa o fluxo para as hélices do impulsor, a turbina Francis é empregada em usinas que apresentem diferenças de altura média (sendo considerada média, de 10 a 300/400 metros) e fluxos de água de 2 até 100 metros cúbicos por segundo.
Turbina Pelton
Concebida no ano de 1879 pelo carpinteiro e inventor americano Lester Allan Pelton, essa turbina tem como premissa uma operação que remete à roda clássica dos antigos moinhos, porém modificada para otimizar sua eficiência. Nesse caso, a água é transportada para a tubulação, essa que apresenta em seu final um bico, um gargalo que tem por objetivo aumentar a velocidade da água direcionada, dessa forma, o jato de água que é liberado pelo bico, atinge as pás do impulsor, que por sua vez possuem formato côncavo.
A turbina Pelton é utilizada para casos em que haja grande diferença de altura (com grande, determina-se entre 300 e 1400 metros) e cursos inferiores a 50 metros cúbicos por segundo, para se obter velocidades mais elevadas.
Turbina Kaplan
Projetada no ano de 1913, pelo professor austríaco Viktor Kaplan, essa turbina tem como base, o princípio de operação das hélices de um navio, sendo uma turbina do tipo axial, ou seja, onde o fluxo de água faz com que as hélices girem em direção axial em relação ao eixo de rotação do impulsor. 
Devido a possibilidade de ajuste do ângulo de incidência das hélices, há a vantagem de proporcionar um excelente desempenho diante situações em que há pequenas diferenças de altura, mas grandes variações de vazão (grandes, que sejam superiores a 200 metros cúbicos por segundo).
Transformação de energia potencial em energia elétrica
De acordo com Geraldo Magela Pereira, em seu livro, “projeto de USINAS HIDRELÉTRICAS”, publicado pela oficina de textos podemos compreender uma usina, conceituando a figura 2.
Fig. 2 – esquema típico de uma instalação hidrelétrica
Fonte: Pashkov (1985)
O reservatório criado por uma barragem alimenta a turbina. O rio é o canal de fuga da usina, por meio qual se restituem o fluxo natural das águas. A casa de força que abriga o conjunto formado pela turbina hidráulica e o gerador elétrico, os quais são acoplados por um eixo. A altura total representa a energia potencial por unidade de peso, sendo igual a diferença entre os níveis no reservatório e do canal de fuga.
A água que se encontra no reservatório possui energia potencial em relação o canal de fuga. Essa energia é dada pela equação 1.0.
Eq. 1.0.				 
A energia por unidade de tempo é a potência, P. Como V/T é a vazão Q:
Eq. 1.1.				
Nessas expressões, conforme se utilize o sistema internacional MLT (massa, comprimento, tempo), ou o sistema prático FLT (força, comprimento, tempo) tem-se os dados da tabela 1.0.
Sistema Internacional MLT e sistema prático FLT
	
	Sistema Internacional
	Sistema Prático
	peso específico da água
	9.810 N/m³ (*)
	1000 kgf/m³ (*)
	 massa específica da água
	1000 kg/m³
	102 kgf 
	 aceleração da gravidade
	9,8 m/s²
	9.8 m/s²
	V volume de água
	m³
	m³
	H queda bruta
	m
	m
	Q vazão
	m³/s
	m³/s
(*) N = newton; kgf = quilograma-força
Com a usina em funcionamento a energia hidráulica é convertida em energia mecânica pela turbina, esta, convertida em energia elétrica pelo gerador. Há que se considerar os rendimentos na turbina, da ordem de , no gerador, da ordem de Igualmente, a queda bruta não é integralmente aproveitada devido as perdas de carga nos circuitos de adução e restituição, que são em geral da ordem de 2% a 5% da queda bruta, dependendo das características do esquema dos aproveitamentos: A potência útil, portanto, vale:
Eq. 1.2.				
No sistema internacional
Eq. 1.3. 		
No sistema prático
Eq. 1.4.			
				
A potência elétrica é normalmente expressa em quilowatts (1kW + 1.000W). Por definição, 1W + 1J/s + 1M * m/s; 1kW = 1000 N * m/s. 1N é a força que acelera a massa de 1 kg a uma aceleração de 1 m/s², segundo a lei de newton:
Eq. 1.5.				 (1N + 1 kg * m/s²)
A Eq. 1.2. pode, portanto, ser escrita:
				
Ou
Eq. 1.6.				
Considerando os valores médios dos rendimentos de turbina e gerador, chega-se à fórmula prática: 
Eq. 1.7.				
Essa fórmula é utilizada frequentemente nas avaliações preliminares da potência disponível em um dado local.
Das Eq. 1.4 e 1.6 obtém-se diretamente a equivalência entre as unidades de potência nos dois sistemas de unidades: 1kW= 02 kgf*m/s.
Como visto anteriormente, a potência de uma hidrelétrica é estimada pela Eq. 1.7: , Q = vazão turbinada (m³/s) e H = carga líquida (m), que é dada pela diferença dos níveis do reservatório e do canal de fuga da usina, menos perdas de carga. Podemos concluir que para produção existe uma relação pressão * volume, onde ambos são indispensáveis para eficiência de uma usina, conforme indicado por Geraldo Magela em seu livro, projetos de usinas hidrelétricas.
IMPACTOS SOCIAIS E AMBIENTAIS DE APROVEITAMENTOS HIDRELÉTRICOS
Os projetos hidrelétricos brasileiros, assumem fator excessivo de importância, pois a hidreletricidade é base do suprimento energético do Brasil, como indicado em Muller, (1995). As obras hidrelétricas assumem grade produção de impacto ambiental que são verificadas ao longo e além do tempo, é comum construções de porte hidrelétrico manter-se por gerações sendo necessário paralização somente para eventuais manutenções. Quanto a seus impactos mais significativos e complexos ocorrem na fase de construção de uma usina, os quais afetam toda a área do projeto, podendo até alterar o caminhar da obra.
Segundo ROSA (1995), a hidreletricidade, para a situação brasileira, é considerada a melhor solução técnica e econômica, em face dos riscos ambientais e dos custos, se comparada com a energia nuclear. Sendo também a melhor alternativa de geração elétrica quando comparada com a termoeletricidade a combustíveis fósseis, pois tem como vantagens o fato de ser renovável e disponível no país a menor custo financeiro e ambiental. Os empreendimentos hidrelétricos objetivam dentro do contexto social a melhor qualidade de vida da população. Nesse quesito está incluso todas as possibilidades que eletricidade podetrazer como benefício, mas também deve ser considerado a preservação ambiental, a final de contas trata-se do nosso meio de vivência. 
Os impactos físicos mais comuns são a diminuição da correnteza do rio alterando a dinâmica do ambiente aquático, com isso o fluxo de sedimentos é alterado favorecendo a deposição deste no ambiente lótico, a temperatura do rio também é modificada, tendendo a dividir o lago da represa em dois ambientes: um onde a temperatura é mais baixa (o fundo do lago) e outro onde a temperatura é mais alta (superfície do lago). Este fato repercute, também, em outros impactos uma vez que com essa disposição há pouca mistura na água do ambiente represado, criando condições anoxias e favorecendo a eutrofização do mesmo e a ocorrência de reações químicas que geram compostos nocivos ao interesse humano, sendo estes os principais impactos químicos observados. 11 Os impactos biológicos relacionam-se à barreira física representada pela barragem para as espécies aquáticas, constituindo um fator de isolamento das populações antes em contato. Além deste fato, a barragem impede ou dificulta a piracema das espécies de peixe. A transformação da dinâmica do rio bem como as alterações na qualidade da água afeta tanto a região a montante quanto a jusante da barragem. Tais impactos, geralmente, afetam a biodiversidade do rio. A instalação de uma usina hidrelétrica, juntamente com o lago formado e todas as alterações mencionadas anteriormente, repercutem nas sociedades organizadas na região do projeto e além dos limites destas também. O aumento na oferta de energia representa uma consequência global de qualquer empreendimento de hidreletricidade. Entretanto, todos os eventos desencadeados por essa forma de energia, tais como diminuição na qualidade de água, desagregação social de comunidades locais e aumento na incidência de doenças seriam consequências imediatas para os habitantes da região do projeto, representando os impactos sociais do empreendimento. Embora sejam mais subjetivos, estes efeitos devem ser considerados e analisados por ocasião de projetos hidrelétricos.
Apesar de se tratar uma fonte de geração de energia relativamente renovável e comumente confundida como sendo uma fonte de energia limpa e não poluidora, a energia proveniente das usinas hidrelétricas, como aponta (Queiroz, et al, 2013), possuí impactos nocivos no meio ambiente bem como na sociedade, para demonstrar como, (Queiroz, et al, 2013) menciona, à princípio, a resolução 01/1986 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que trata impacto ambiental, como sendo qualquer alteração das características, físicas, biológicas ou químicas do meio ambiente proveniente de qualquer ação humana, que venha a causar efeitos nocivos a sociedade ou ao meio ambiente, seja direta ou indiretamente.
Tendo origem na década de 80, o CONAMA estabeleceu, através da Resolução 001/86 os requisitos para a avaliação de impactos, bem como para o licenciamento de obras modificadoras do meio ambiente, incluindo o setor elétrico, dessa forma, foi proposta a obrigatoriedade o EIA (estudo de impacto ambiental), e o RIMA (relatório de impacto ambiental), daí em diante, de acordo com (Queiroz, et al, 2013 apud Santos 2003) diversas discussões legais advindas dos governos federal e estaduais passaram a ser iniciadas com o objetivo de reduzir os danos dos projetos hidrelétricos.
Ainda sobre o CONAMA, (Queiroz, et al, 2013) esclarece que em sua Resolução 001/86, a legislação nacional exige o EIA e o RIMA para todos os aproveitamentos hidrelétricos com potência instalada superior a 10 MW. 
No Brasil, (Queiroz, et al, 2013) indica como sendo um dos principais motivos para o clamor pelo uso das fontes de energia hidráulicas, o seu grande potencial para esse fim, sendo que pode ser até mesmo considerado o país com maior potencial para isso, tendo ao menos 50% do seu potencial ainda a ser explorado, além disso e aliado a isso, estão os altos custos e níveis de poluentes elevados por parte das fontes de energia não renováveis bem como seu esgotamento não tão distante. 
Já em relação aos seus impactos, que em relação aos anteriores são diminutos, ainda há de se notar que, segundo (Queiroz, et al, 2003), o principal fator presente nas usinas hidrelétricas a causar impactos no meio ambiente e na sociedade é a demanda por reservatórios, que causa grandes alterações na região. 
O autor insiste ainda, que existem instalações hidrelétricas que não tem se mostrado sustentáveis, sendo que de acordo com (Queiroz, et al, 2013 apud Oliveira 2009) os principais impactos físicos, químicos, biológicos, sociais e culturais associados à instalações hidrelétricas são:
Segundo Bortoleto (2001), os primeiros impactos das hidrelétricas ocorrem logo na construção do canteiro de obras, que modificam a economia local, pois com o aumento
no uso de materiais e energia, estes sofrem inflação, o que prejudica financeiramente os moradores locais. 
• Impactos sociais como: o aumento inesperado da população, gerado pela vinda de
trabalhadores de fora, gera problemas com o aumento de resíduos, tanto lixo, quanto resíduos sanitários (KOIFMAN, 2001).
• A circulação intensa de veículos pesados danifica as vias públicas e modificam o
trânsito (INATOMI; UDAETA, 2005). 
• Na maioria das vezes, os trabalhadores sofrem com precárias condições de trabalho
(PANZERA, GOMES e MOURA, 2010). 
• Impactos hidrológicos, como a alteração dá vazão, do fluxo da corrente, o aumento
da profundidade, o alargamento do leito, a elevação do nível do lençol freático e a geração
de pântanos (VECCHIA, 2012).
• Impactos climáticos, como a alteração da umidade, temperatura, evaporação, ventos e
precipitação (PANZERA, GOMES e MOURA, 2010).
• Impactos no solo, como o assoreamento que provoca uma diminuição da vida útil do
reservatório; a erosão, causando a perda do solo e das arvores (SEVÁ, 2005).
• Impactos na flora, provocando a perda da biodiversidade, por aumentar a matéria orgânica
e consequentemente diminuir os teores de oxigênio (VECCHIA, 2012).
• Impactos na fauna, como perda da biodiversidade, pois exigem o realojamento de muitas
espécies nativas, causando a morte de muitos animais, alguns deles em extinção (INATOMI; UDAETA, 2005).
• Impactos históricos, como a perda de materiais arqueológicos, que estariam localizados
nas áreas alagadas (PANZERA, GOMES e MOURA, 2010).
• Impactos sociais, pois causa a realocação de famílias, muitas vezes ocorre a inundação de cidades inteiras, perdendo parte da sua cultura, das origens. Estas famílias normalmente são indenizadas e transferidas para outros locais, sofrendo também com a readaptação a uma nova vida (KOIFMAN, 2001).
• O rompimento de barragens é um problema pouco frequente, mas possível, que causaria
grandes inundações (PANZERA, GOMES e MOURA, 2010). - Queiroz, et al, 2013. Pág. 8 
Por fim, (Queiroz, et al, 2013), concluí que os impactos causados por essas usinas, merecem ainda mais atenção quando reparamos que quando colocadas em funcionamento, essas usinas geram benefícios energéticos que são distribuídas para todo o país, entretanto, os impactos sociais, e ambientais são absorvidos apenas pela região em questão, bem como por todas as regiões impactadas pelos rios utilizados, dessa forma, esses impactos, podem se mostrar, por vezes, grandes demais.
ORÇAMENTO PARA PRODUÇÃO DE HIDRELÉTRICAS NO BRASIL
No Brasil a participação em projetos hidrelétricos, para construção e transmissão é de caráter Nacional, sendo a empresa interessada obrigada a participar de leilões e aprovações disponibilizados pela Anel. No decorrer do processo, as diversas empresas interessadas, disponibilizam orçamentos com metodologia independente, passivo de aprovação, tornando, conforme citado por Geraldo Magela em seu livro Projetos de usinas hidrelétricas, “a estrutura do orçamento é antiga, confusa e já deveria ter sido revisada”.
No livro citado anteriormente é proposto um padrão, no intuito de tornar os orçamentos padronizados, claros e objetivos, conforme mostrado a seguir:
Segue a descriçãoresumida:
• conta 1:	terrenos, relocações e outras ações socioambientais. É a conta dos custos ambientais. Em um contrato EPC, o risco dessa conta é muito elevado; 
• conta 2:	estruturas e outras benfeitorias. Engloba a casa de força e a vila dos operadores; 
• conta 3:	barragens e adutoras. Engloba o desvio do rio, as barragens de terra e de concreto,	o vertedouro, o circuito de adução (tomada de água, conduto forçado ou túnel adutor, chaminé de equilíbrio e canal/túnel de fuga), bem como construções especiais (eclusa, por exemplo); 
• conta 4:	turbinas e geradores;
• conta 5:	equipamentos elétricos acessórios; • conta 15: diversos equipamentos da usina; 
• conta 6:	estradas de rodagem, de ferro e pontes – inclui aeroporto; 
• conta 7:	custos indiretos. Engloba o canteiro e acampamento, engenharia e administração do proprietário
Para melhor ilustração, podemos exemplificar com a usina de Itaipu, sendo ela a maior usina de hidrelétrica da américa latina, teve desde seu inicio mais de U$127 bilhões injetados, sendo U$27 bilhões em construção e rolagens financeiras e U$100 bilhões em Capital Social. Essas informações podem ser confirmadas diretamente no site da usina de Itaipu.
Sendo assim podemos concluir que para demais usina, seria necessário analisar toda estrutura e condições para o projeto, não sendo possível estipular um valor fixo.
CONCLUSÃO
Como proposto por nosso instrutor, decorrente do conteúdo deste artigo, responderemos 6 perguntas:
1. Qual tem mais impacto na produtividade da geração elétrica: Volume ou pressão?
2. Qual tipo de turbina e mais eficiente?
3. Quais são os impactos ambientais?
4. Quais são os impactos sociais?
5. Qual é o custo da hidroelétrica?
6. Quais as vantagens?
A construção de uma usina hidrelétrica, embora muito difundida na engenharia, ainda se torna um monumento único, pois para cada localidade, situação, condições, existirão necessitardes específicas. Conforme indicado no decorrer do artigo, até mesmo as turbinas devem serem selecionadas de acordo com características específicas de seu projeto, inviabilizando mencionar a melhor, apenas mencionar que a turbina Francis é a mais comummente utilizada, devido a possibilidade de utilização em altura h média.
Quanto a força mais impactante sobre a produção de energia. A Eq. 1.7 conclui que para produção de energia existe uma relação pressão * volume, onde ambos são indispensáveis para eficiência de uma usina, conforme indicado por Geraldo Magela em seu livro, projetos de usinas hidrelétricas.
Nos projetos hidrelétricos, a sociedade deve ser encarada em dois níveis: difuso e pontual. No primeiro, a visão é macro onde prioriza-se o desenvolvimento econômico propiciado pelo suprimento da energia gerada. A sociedade aqui é difusa. No nível regional, o enfoque recai sobre os impactos acarretados pelo empreendimento gerador de energia na área da obra, do reservatório e suas adjacências. Estes dois pontos-de-vista permitem considerar o conflito potencial entre os interesses nacionais e os locais (MÜLLER, 1995)
Os impactos ambientais são claros, no inicio de cada projeto ocorrem mudanças significativas geograficamente, e após a usina em operação existe contaminação e alteração no fluxo natural do rio, limitando a produção de vida em geral, podendo trazer dificuldades nas imediações da estrutura. Porém possibilita desenvolvimento para sociedade “difusa”. No Brasil, por nossa condição geográfica ela se faz a melhor opção social e ambiental.
O custo para hidrelétricas é algo variável, devido suas condições econômicas e geográficas, como vimos nesse artigo, adotando como base a hidrelétrica de Itaipu podemos estabelecer um custo de U$857,00 por kW instalado.
Considerando todos os dados, estado ambiental e custos financeiros, a utilização de usinas hidrelétricas ainda é a melhor opção para o Brasil, nessa posição geográfica nos consideramos altamente favoráveis para produção hidráulica, somente a hidrelétrica de Itaipu produz 10,8% de todo consumo brasileiro e 88.5% do consumo paraguaio. Também existe baixa influencia no meio ambiente, não correndo riscos com poluição atmosférica ou nuclear.
Bibliografia
MAGELA, Geraldo – PROJETOS DE USINAS HIDRELÉTRICAS.
QUEIROZ, Rosemar; GASSI, Patricia; LAZZARE Karine, KOPPE, Ezequiel, TARTAS, Bruna, KEMERICH, Pedro. GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA ATRAVÉS DE ENERGIA HIDRÁULICA E SEUS IMPACTOS AMBIENTAIS.
MÜLLER, Arnaldo. HIDRELÉTRICAS, MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO.
Itaipu.Gov 2021 – disponível em: https://www.itaipu.gov.br/sala-de-imprensa/perguntas-frequentes
Enel Green Power S.p.A. VAT 15844561009 2021– disponível em: https://www.enelgreenpower.com/pt/learning-hub/energias-renoveveis/energia-hidraulica/turbina-hidreletrica
Ecycle – disponível em:
https://www.ecycle.com.br/usina-hidreletrica
FAM – São 2021

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