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Caso Clínico Puerpério - Obstetrícia

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Caso Clínico Puerpério 
 
CBC, 27 anos, retornou à maternidade com 29 dias de puerpério com dor na 
mama esquerda. Tinha tido filho de parto normal e recebera alta hospitalar sem 
complicação. 
Foi assinalado à época, em prontuário, a presença de mamilo invertido em mama 
esquerda, mas com a pega do récem-nato boa. Foi constatado ao exame a 
presença de vermelhidão no QSE da mama esquerda, acompanhado de 
endurecimento de 3cm de diâmetro com área de flutuação central. 
TA=39,0 ºC, PA=100x60mmHg, FC=112bpm. Abdome inocente. Panturrilha 
direita dolorosa, maior que a esquerda e sinal de Homans positivo. 
 
 
# discutir quais os diagnósticos prováveis e suas complicações. 
 Provavelmente o diagnóstico é de mastite com formação de abscesso, 
devido aos sinais de infecção como taquicardia, febre, hipotensão, dor, 
vermelhidão; a paciente não se encontra no período de apojadura e há presença 
da área endurecida com flutuação central sugestiva de abscesso. 
 Além disso, a paciente apresenta panturrilha direita dolorosa, evidenciada 
pelo sinal de Homans positivo, que são sinais sugestivos de TVP. No puerpério há 
risco de TVP devido a intensa ativação da cascata de coagulação no parto. 
 
# que exames devem ser solicitados? 
 
 USG da mama esquerda – O diagnóstico de mastite puerperal é clínico, 
não havendo necessidade de exames de imagem. Porém, quando a suspeição de 
formação de abscesso é importante a realização de USG para guiar o processo 
de drenagem do mesmo. 
Mastite: espessamento da pele, áreas de diminuição da ecogenicidade do 
parênquima, aumento de vascularização no Doppler colorido, assim como 
linfoadenomegalia axilar. 
 
Abscesso: formação hipoecoica, de forma variada, com vascularização periférica 
e reforço acústico posterior, podendo apresentar pontilhado ecogênico central, 
que corresponde a tecidos degenerados ou mortos. Porém, não há nenhuma 
vascularização dentro da coleção. 
 
 
 
 Exames laboratoriais - hemograma, PCR, VHS. 
 US venosa de MID com doppler - procura de incompressibilidade venosa 
que é característica na TVP e o doppler com ausência de fluxo. 
 
# abordagem terapêutica, cirúrgica ou clínica? 
 
Abordagem cirúrgica – drenagem do abscesso guiada por USG ou drenagem 
cirúrgica com remoção de áreas necróticas. 
 
Abordagem clínica– hidratação oral, esvaziamento da mama afetada (ordenha 
manual, mecânica ou elétrica), posicionamento adequado das mamas, 
analgésicos, anti-inflamatórios e antibiótico. Como a mastite tem como agente 
principal o S. aureus, pode ser feito Cefalexina ou Clindamicina. 
No abcesso mamário o tratamento é semelhante, porém é importante guiar o 
tratamento com cultura e TSA. Já para a TVP será usada a enoxaparina. 
Cuidados com a mama - elevação da mama, sutiã próprio, não higienizar a mama 
após amamentação (o próprio colostro exerce fator protetivo contra infecções), 
esvaziamento da mama no aleitamento.

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