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Legislação Aplicada ao Turismo

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Prévia do material em texto

2012
LegisLação apLicada ao 
Turismo
Profª. Estela Lara Engels
Profª. Sonia Adriana Weege
Copyright © UNIASSELVI 2012
Elaboração:
Profª. Estela Lara Engels
Profª. Sonia Adriana Weege
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
 
338.479107
E575l Engels, Estela Laura
 Legislação aplicada ao turismo / Estela Laura Engels e Sonia
 Adriana Weege. Indaial : Uniasselvi, 2012. 
 326. p.: il
 Inclui bibliografia.
 ISBN 978-85-7830- 546-8
 1. Turismo – legislação.
 I. Centro Universitário Leonardo da Vinci
 II. Núcleo de Ensino a Distância III. Título
 
III
apresenTação
Prezado acadêmico!
A partir da última década do Século XX, uma demanda crescente 
de indivíduos vem buscando atividades turísticas alternativas que incluem 
a visitação de lugares históricos, pontos qualificados como paradisíacos, 
movidos não só pela busca do novo, mas, também, pela necessidade daqueles 
em dispor de uma ligação emocional com o seu passado, ou com o desejo 
de estabelecer um link em seu futuro. Muito deste fenômeno é originário 
dos processos de mundialização, internacionalização ou globalização, 
que possuem entre si similitudes e permeiam esta troca de informações, 
conhecimentos e essências que compõem os destinos turísticos. 
O turismo vem avançando de forma avassaladora, impulsionado 
pelas facilidades de comunicação e transporte. Sendo atividade considerada 
complexa pelo seu vulto, movimentando centenas de pessoas e bilhões de 
dólares a cada ano, por óbvio, o traço legislativo não poderia estar ausente. 
Pelo contrário, a ciência jurídica deve estar presente com o intuito de regular, 
regulamentar e descrever em textos legais os formatos condicionados para a 
“prestação de serviços”, ensejando a garantia de direitos e deveres daqueles 
que oportunizam a instrumentalização do turismo e daqueles que dele 
usufruem, evitando transtornos e litígios. 
A Unidade 1 traz a concepção de conceitos implícitos às relações 
estabelecidas para a concretização das atividades turísticas, enquanto 
agentes passivos e ativos envoltos no significado do turismo de forma ampla 
e multidimensional. Descreve de forma sucinta os pressupostos do Direito do 
Turismo contidos no bojo da Constituição de 1988, em pleno vigor. Termina 
relatando nuances que envolvem a cadeia turística internacional, em um 
formato descritivo das principais garantias estabelecidas para aqueles que 
usufruem de sua prerrogativa da liberdade de ir e vir.
 O território brasileiro dispõe de leis infraconstitucionais que regulam 
as atividades turísticas no país que serão demonstradas na Unidade 2, da 
mesma forma que serão relacionados os órgãos ou institutos responsáveis pela 
ordenação do sistema turístico no Brasil e, por conseguinte, o papel de cada 
qual em obediência à hierarquia existente, assim como faz menção à política 
nacional existente para o tema abordado. Encerra a unidade demonstrando a 
importância do Direito no processo de globalização do turismo que está em 
franca construção.
O Direito do Consumidor permeia as relações estabelecidas 
na concretização das atividades turísticas. Na Unidade 3 esta relação 
consumerista será detalhada, assim como a previsão de sanções será 
estabelecida. 
IV
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto 
para você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
Finalizando o conteúdo desta unidade e do caderno, encontram-se 
dispostas as premissas legais que regulam o turismo rodoviário, aéreo e 
marítimo, inclusa matéria que diz respeito à entrada e saída de turistas nos 
territórios nacionais e internacionais.
 
O Livro de Estudos foi construído com um conteúdo que podemos 
qualificar como “de base” para instigá-lo (a) na busca de novas informações 
e conceitos, pois estamos cientes do status de mutação em que estamos 
envolvidos, e outros relatos precisam ser acrescidos a estes e assimilados 
para que um novo saber seja construído de forma contínua e ininterrupta.
As descrições são iniciais, elas não são, de forma alguma, conclusivas. 
Apenas demos início a um trabalho onde você é o instrumento indissociável 
deste processo. Sejamos parceiros (as), o mundo do conhecimento nos espera.
É um grande prazer tê-lo (a) conosco!
Bons estudos!
Profª. Estela Mara Engels
Profª. Sonia Adriana Weege
NOTA
V
Olá acadêmico! Para melhorar a qualidade dos 
materiais ofertados a você e dinamizar ainda mais 
os seus estudos, a Uniasselvi disponibiliza materiais 
que possuem o código QR Code, que é um código 
que permite que você acesse um conteúdo interativo 
relacionado ao tema que você está estudando. Para 
utilizar essa ferramenta, acesse as lojas de aplicativos 
e baixe um leitor de QR Code. Depois, é só aproveitar 
mais essa facilidade para aprimorar seus estudos!
UNI
VI
VII
UNIDADE 1 – CONSIDERAÇÕES AO TURISMO E A APLICAÇÃO DO DIREITO .............. 1
TÓPICO 1 – EXPOSIÇÕES CONTEXTUAIS SOBRE O TURISMO ............................................. 3
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 3
2 REFLEXÕES SOBRE O TURISMO ................................................................................................... 3
2.1 AS TERMINOLOGIAS .................................................................................................................... 9
3 TURISTAS - QUEM SÃO ELES ......................................................................................................... 12
4 PRESTADORES DE SERVIÇOS ........................................................................................................ 15
5 A FUNÇÃO DO DIREITO NA HISTÓRIA DO TURISMO, DA PRÉ-HISTÓRIA AO 
MUNDO CONTEMPORÂNEO ......................................................................................................... 18
5.1 DO SÉCULO II A XV d.C. – PRÉ-HISTÓRIA .............................................................................. 18
5.2 DO SÉCULO XVI A XVIII d.C. ...................................................................................................... 20
5.3 DO SÉCULO XIX AO XX ................................................................................................................ 20
6 SÉCULO XXI E DIAS ATUAIS ........................................................................................................... 22
6.1 DIREITODO TURISMO ................................................................................................................. 22
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 25
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 26
TÓPICO 2 – PREMISSAS LEGAIS PARA O TURISMO BRASILEIRO ....................................... 29
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 29
2 DIREITO E TURISMO: UMA UNIÃO DESEJÁVEL..................................................................... 29
3 PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO APLICADO AO TURISMO ................... 33
3.1 PRINCÍPIO DA PROMOÇÃO DO TURISMO ............................................................................ 34
3.2 PRINCÍPIO DO INCENTIVO AO TURISMO.............................................................................. 34
3.3 PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO DO TURISMO ............................................................ 35
3.4 PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO AO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL DO 
TURISMO .......................................................................................................................................... 36
3.5 PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE POR DANOS A BENS E DIREITOS DO 
 VALOR TURÍSTICO ........................................................................................................................ 37
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 39
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 40
TÓPICO 3 – O DIREITO COMO GARANTIA DO TURISMO NO ÂMBITO 
INTERNACIONAL .......................................................................................................... 41
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 41
2 ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS DO TURISMO ............................................................. 42
2.1 A ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO TURISMO ......................................................................... 42
2.2 O CÓDIGO MUNDIAL DE ÉTICA DO TURISMO .................................................................... 46
2.2.1 IATA .......................................................................................................................................... 49
2.2.2 WTTC ....................................................................................................................................... 51
2.2.3 Organização Internacional da Aviação Civil ...................................................................... 54
3 O TURISMO E SUAS PREMISSAS NA UNIÃO EUROPEIA ..................................................... 56
3.1 ESTRUTURAS DO TURISMO EUROPEU ................................................................................... 57
LEITURA COMPLEMENTAR 1 ............................................................................................................ 59
sumário
VIII
4 NORMAS DO TURISMO NO MERCOSUL ................................................................................... 60
LEITURA COMPLEMENTAR 2 ............................................................................................................ 63
5 O TURISMO VERSUS DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO E PÚBLICO ....................... 66
LEITURA COMPLEMENTAR 3 ............................................................................................................ 67
5.1 A CONVENÇÃO DE VIENA E AS RELAÇÕES INTERNACIONAIS .................................... 72
5.2 AS RELAÇÕES ENTRE PAÍSES ..................................................................................................... 73
LEITURA COMPLEMENTAR 4 ............................................................................................................ 77
5.3 VISTO PARA OS EUA- COMO FAZER O VISTO PARA OS ESTADOS UNIDOS 
 DA AMÉRICA .................................................................................................................................. 81
LEITURA COMPLEMENTAR 5 ............................................................................................................ 85
5.4 DEPORTAÇÃO, EXPULSÃO E EXTRADIÇÃO......................................................................... 91
6 OS CONFLITOS INTERNACIONAIS E O TURISMO ................................................................ 93
7 A ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO COMÉRCIO E O TURISMO ........................................... 94
LEITURA COMPLEMENTAR 6 ............................................................................................................ 97
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 99
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................100
UNIDADE 2 – O TURISMO NO BRASIL ........................................................................................101
TÓPICO 1 – ORDENAÇÃO DO TURISMO NO TERRITÓRIO BRASILEIRO .......................103
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................103
2 POLÍTICA NACIONAL DO TURISMO ........................................................................................104
2.1 A FUNÇÃO DO GOVERNO NO DESENVOLVIMENTO DO TURISMO NO PAÍS ..........104
2.2 MINISTÉRIO DO TURISMO .......................................................................................................106
3 EMBRATUR .........................................................................................................................................114
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................116
3.1 ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA ......................................................................................120
3.2 CONSELHO NACIONAL DO TURISMO ................................................................................122
3.3 OBJETIVOS SETORIAIS PARA O TURISMO ............................................................................125
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................129
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................130
TÓPICO 2 – APONTAMENTOS SOBRE A INICIATIVA PRIVADA DO TURISMO ............131
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................131
2 AGÊNCIAS DE TURISMO ..............................................................................................................132
2.1 OBRIGAÇÕES DAS AGÊNCIAS DE TURISMO.......................................................................135
2.1.1 Fiscalização, penalidades e recursos ..................................................................................137
3 TURISMO E SUA ORGANIZAÇÃO NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ................................142
3.1 PROFISSIONAIS DO TURISMO .................................................................................................143
3.2 ORGANIZADORAS DE EVENTOS ............................................................................................150
3.3 MEIOS DE HOSPEDAGEM .........................................................................................................150
3.4OFERTA DE SERVIÇOS TURÍSTICOS ......................................................................................154
3.5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS PARA PROGRAMAS E ROTEIROS DE VIAGENS ...............155
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................157
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................158
TÓPICO 3 – O TURISMO E A LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL NO BRASIL ....159
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................159
2 ORDENAMENTOS LEGAIS ............................................................................................................159
2.1 DECRETO-LEI Nº 406, DE 04/05/1938 .......................................................................................160
2.2 DECRETO – LEI Nº 55/66 ............................................................................................................164
IX
3 LEI Nº 6.505/77: IDENTIFICAÇÃO DOS PRESTADORES DE SERVIÇO ..............................165
4 OS MENORES E O RESPALDO LEGAL PARA A PRÁTICA DO TURISMO .......................166
4.1 PROGRAMA TURISMO SUSTENTÁVEL E INFÂNCIA (TSI) .............................................170
5 LEGISLAÇÃO APLICADA A VIAGENS À POPULAÇÃO COM IDADE SUPERIOR 
 A 60 ANOS............................................................................................................................................171
6 TEXTOS LEGAIS APLICADOS AOS PRESTADORES DE SERVIÇOS TURÍSTICOS .......176
7 A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA VINCULADA AO TURISMO .............................................181
7.1 PRINCÍPIO DA LEGALIDADE ...................................................................................................182
7.2. PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE ........................................................................................182
7.3 PRINCÍPIO DA MORALIDADE ................................................................................................183
7.4 PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE .................................................................................................183
7.5 PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA .....................................................................................................183
8 DIREITO AMBIENTAL E O TURISMO BRASILEIRO ..............................................................184
LEITURA COMPLEMENTAR 1 ..........................................................................................................187
LEITURA COMPLEMENTAR 2 ..........................................................................................................189
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................190
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................191
UNIDADE 3 – CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR APLICADO AO TURISMO .....193
TÓPICO 1 – TURISMO, UMA RELAÇÃO CONSUMERISTA ....................................................195
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................195
2 O TURISMO E A RELAÇÃO DE CONSUMO..............................................................................195
3 DIREITOS DO CONSUMIDOR E DO TURISTA .......................................................................197
3.1 DIREITOS BÁSICOS DO TURISTA.............................................................................................198
3.1.1 Direito à segurança ...............................................................................................................199
3.1.2 Direito à saúde ......................................................................................................................199
3.1.3 Direito a informações ...........................................................................................................200
3.1.4 Movimentação das pessoas .................................................................................................200
3.2 DIREITOS DO CONTRATANTE E DO CONSUMIDOR .........................................................201
3.2.1 Liberdade de escolher e igualdade para contratar ..........................................................201
3.2.2 Proteção contra publicidade enganosa e abusiva e métodos comerciais abusivos .....201
3.2.3 Modificação e revisão de cláusulas desproporcionais ....................................................201
3.2.4 Facilitação de defesa .............................................................................................................202
3.2.5 Inversão do ônus da prova ..................................................................................................202
4 RESPONSABILIDADE CIVIL DOS FORNECEDORES TURÍSTICOS ..................................203
4.1 RESPONSABILIDADE OBJETIVA E SUBJETIVA ....................................................................203
4.2 RESPONSABILIDADE PELO FATO DE OUTREM .................................................................205
4.3 RESPONSABILIDADE PELO FATO DO PRODUTO E DO SERVIÇO .................................206
4.4 RESPONSABILIDADE POR VÍCIO DO PRODUTO E DO SERVIÇO ..................................207
4.5 DEFEITOS E VÍCIOS ESPECÍFICOS ...........................................................................................208
4.6 DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO .................................................................................................208
4.7 DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA ..................................................209
5 PRÁTICAS COMERCIAIS DO MERCADO TURÍSTICO ........................................................210
5.1 REGULAMENTAÇÃO DO FORNECIMENTO .......................................................................210
5.2 DISTRIBUIÇÃO E OFERTA NO TURISMO ..............................................................................211
5.3 PUBLICIDADE E PROMOÇÃO ..................................................................................................212
5.4 PRÁTICA ABUSIVA .....................................................................................................................212
5.5 COBRANÇA DE DÍVIDAS .........................................................................................................214
6 PROBLEMAS USUAIS DOS TURISTAS ......................................................................................215
6.1 PERDA, EXTRAVIO OU AVARIA DA BAGAGEM .................................................................215
X
6.2 ATRASO NO EMBARQUE OU OVERBOOKING ................................................................... 216
6.3 ACIDENTES PESSOAIS ............................................................................................................... 219
RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 221
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 222
TÓPICO 2 – SANÇÕES APLICADAS NO DESCUMPRIMENTO DO DIREITO DO 
TURISTA ........................................................................................................................ 223
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 223
2 PROCESSO ADMINISTRATIVO, PENAL E CÍVEL .................................................................. 224
2.1 PROTEÇÃO ADMINISTRATIVA AO CONSUMIDOR ......................................................... 224
2.2 A FISCALIZAÇÃO .......................................................................................................................227
2.3 SANÇÕES ADMINISTRATIVAS ............................................................................................... 228
2.4 INFRAÇÕES PENAIS DE CONSUMO...................................................................................... 231
2.5 DEFESA JUDICIAL CÍVEL ......................................................................................................... 235
2.6 AÇÕES COLETIVAS ..................................................................................................................... 236
2.7 AÇÕES DE RESPONSABILIDADE DO FORNECEDOR DE BENS E DE SERVIÇOS ....... 237
3 SITUAÇÕES DIVERSAS EM MEIOS DE HOSPEDAGEM ..................................................... 237
RESUMO DO TÓPICO 2..................................................................................................................... 242
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 243
TÓPICO 3 – CONSIDERAÇÕES SOBRE A ORGANIZAÇÃO POLÍTICA E LEGAL 
 DO TURISMO NACIONAL ........................................................................................ 245
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 245
2 TRATAMENTO LEGAL DESTINADO AO TURISMO ............................................................ 245
3 MINISTÉRIO DO TURISMO ......................................................................................................... 248
4 PATRIMÔNIO TURÍSTICO NACIONAL .................................................................................... 251
4.1 IPHAN ............................................................................................................................................ 255
5 FINANCIAMENTOS OFICIAIS ..................................................................................................... 260
RESUMO DO TÓPICO 3..................................................................................................................... 273
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 274
TÓPICO 4 – CONSIDERAÇÕES AO DIREITO AÉREO, MARÍTIMO E RODOVIÁRIO 
 E RECOMENDAÇÕES DE VESTES PARA VIAJAR.............................................. 275
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 275
2 TRANSPORTADORAS TURÍSTICAS .......................................................................................... 275
3 DIREITO AÉREO INTERNACIONAL .......................................................................................... 277
4 BASES DO DIREITO AÉREO BRASILEIRO ............................................................................... 281
4.1 RESOLUÇÕES ANAC PARA O TRANSPORTE AÉREO ....................................................... 284
5 TRANSPORTE MARÍTIMO E TURISMO ................................................................................... 290
6 TRANSPORTE RODOVIÁRIO APLICADO AO TURISMO ................................................... 297
7 VAI VIAJAR? SAIBA ADEQUAR AS SUAS ROUPAS AO LOCAL VISITADO ................ 300
LEITURA COMPLEMENTAR ........................................................................................................... 305
RESUMO DO TÓPICO 4..................................................................................................................... 311
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 312
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................... 313
1
UNIDADE 1
CONSIDERAÇÕES AO TURISMO E A 
APLICAÇÃO DO DIREITO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
 A partir desta unidade você estará apto (a) a:
• reconhecer as tendências, classificações encontradas no turismo e a função 
do Direito na história do turismo, da antiguidade ao momento contempo-
râneo; 
• aferir os princípios constitucionais provisionados para o turismo e conhe-
cer alguns dos órgãos e instituições que auxiliam na regulação das ativi-
dades em turismo;
• compreender as relações estabelecidas para o turismo no contexto mun-
dial, as organizações internacionais vinculadas e os textos legais atribuí-
dos à temática;
• abarcar alguns conceitos e regulamentos que envolvem o direito público e 
privado nas ações que têm por objeto o turismo no âmbito internacional.
Esta unidade está organizada em três tópicos e em cada um deles você 
encontrará atividades que facilitarão a compreensão e apropriação dos 
conteúdos.
TÓPICO 1 - EXPOSIÇÕES CONTEXTUAIS SOBRE O TURISMO
TÓPICO 2 - PREMISSAS LEGAIS PARA O TURISMO BRASILEIRO
TÓPICO 3 - O DIREITO COMO GARANTIA DO TURISMO NO ÂMBITO 
INTERNACIONAL
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
EXPOSIÇÕES CONTEXTUAIS SOBRE O 
TURISMO
1 INTRODUÇÃO
Será que podemos acreditar que o turismo nasceu quando o homem 
percebeu que tinha para si um imenso espaço e que nele poderia movimentar-se? 
Viajar tornou-se então inerente ao ser humano, fazendo dele um nômade. 
Mas o significado de turismo não é o mesmo de migração, mas foi a migração que 
pode ter desencadeado o turismo. 
A seguir veremos que turismo é, segundo Oscar de La Torre Padilla, 
(1992, p. 21), um “[...] fenômeno social que consiste no deslocamento voluntário 
e temporário de indivíduos ou grupos de pessoas que, fundamentalmente por 
motivos de recreação, descanso, cultura ou saúde, saem de seu local de residência 
habitual para outro [...]”. 
Neste contexto abordaremos conceitos, tipos, terminologias, classificações 
de turismo e, para fechamento, abordaremos a importância e função do direito na 
história do turismo, da pré-história ao mundo contemporâneo. 
Prezado(a) acadêmico(a), queremos lhe fazer um convite! Venha fazer 
parte deste universo de conhecimento e informações. Embarque aqui! Neste 
momento!
2 REFLEXÕES SOBRE O TURISMO
No Brasil e outros países há a confirmação, por parte da Organização 
Mundial de Turismo (OMT), de que a tendência do turismo é muito positiva. 
UNIDADE 1 | CONSIDERAÇÕES AO TURISMO E A APLICAÇÃO DO DIREITO
4
UNI
Veja no site da Organização Mundial do Turismo – WTO o que a entidade diz a 
este respeito. Encontram-se disponíveis os dados sobre o rendimento e despesas por turistas 
internacionais em 2011, que estão em linha com a tendência positiva das chegadas.
 Entre os dez principais destinos turísticos, a receita cresceu 
significativamente: 
 Estados Unidos (+12%). 
 Espanha (9%).
 Hong Kong (China) (+25%).
 Reino Unido (7%). 
Na cabeça dos dez países com a maior despesa do turismo ficou fonte 
de mercados emergentes: 
 China (+38%). 
 Rússia (+21%). 
 Brasil (+32%). 
 Índia (+32%) - seguido por mercados tradicionais, embora o aumento nos 
gastos de turistas da: 
 Alemanha (4%). 
 EUA (5%) superou os níveis de anos anteriores.
O Turismo Internacional no caminho certo para chegar a um bilhão 
de turistas em 2012 
A OMT espera que o turismo internacional continue crescendo em 2012, 
embora a um ritmo mais lento. Os recém-chegados vão aumentar entre 3% e 
4%, atingindo o marco de um bilhão até o final do ano. Economias emergentes 
irão recuperar a liderança, com mais forte crescimento na Ásia-Pacífico e África 
(de 4% para 6%), seguida pelas Américas e Europa (de 2% a 4%). Oriente Médio 
(de 0% a 5%) pode começar a recuperar algumas das suas perdas a partir de 
2011.
TÓPICO 1 | EXPOSIÇÕES CONTEXTUAIS SOBRE O TURISMO
5
As perspectivas são confirmadas pelo índice de confiança da OMT. O 
grupo de peritos da OMT, composto por 400 especialistas de todo o mundo, 
afiança que o setor do turismo deverá ter resultados positivos em 2012, embora 
ligeiramenteinferior ao do ano passado.
Governos alertados a tornar a viagem mais fácil:
Enquanto o destino do mundo está à procura de formas para estimular 
a demanda para viajar em condições econômicas, a OMT alerta os governos a 
considerarem a possibilidade de promover a facilitação da viagem, uma área em 
que, apesar do grande progresso já registrado, ainda há muito a ser feito. A OMT 
aconselha os países a utilizarem tecnologias de informação e comunicação para 
melhorar a aplicação e processamento de vistos, agilizar o tempo de emissão e 
explorar o impacto potencial de facilitação de viagens de suas áreas turísticas. 
 
 A facilitação de viagens está intimamente relacionada ao desenvolvimento 
do turismo e pode ser a chave para a condução da demanda. A questão é 
particularmente importante num momento em que os governos procuram 
formas de incentivar o crescimento econômico, mas têm pouco espaço para a 
utilização de incentivos fiscais ou investimentos públicos. 
FONTE: <http://media.unwto.org/es/press-release/2012-01-16/el-turismo-internacional-
alcanzara-la-cifra-de-los-mil-millones-en-2012>. Acesso em: 22 jan. 2012. 
Ainda para a OMT: de acordo com a previsão de longo prazo 
recentemente publicada pela OMT, as chegadas de turistas internacionais 
alcançarão 1,8 bilhão em 2030. O relatório apresentado na XIX Reunião da 
Assembleia Geral da OMT confima que o turismo internacional continuará a 
crescer continuamente nas próximas duas décadas [...] 
FONTE: <http://media.unwto.org/es/press-release/2011-10-11/los-turistas-internacionales-
llegaran-1800-millones-en-2030>. Acesso em: 22 jan. 2012.
A partir deste momento, para um melhor entendimento ou apenas para 
relembrar, abordaremos rapidamente alguns conceitos que autores, universidades, 
associações definem como turismo. 
De acordo com Schattenhofen (1911, p. 76), a Universidade de Berlim 
iniciou os estudos em 1911 na área da economia, e define que turismo é: 
[...] o conceito que compreende todos os processos, especialmente 
os econômicos, que se manifestam na chegada, na permanência e na 
saída do turista de um determinado município, estado ou país.
UNIDADE 1 | CONSIDERAÇÕES AO TURISMO E A APLICAÇÃO DO DIREITO
6
Em meados de 1940, na Suíça, Walter Hunziker e Kurt Krapf (1942 p. 16) 
lançaram o conceito que até os dias atuais é bastante considerado, inclusive pela 
Associação Internacional de Especialistas na Ciência do Turismo: é o conjunto 
das relações e dos fenômenos produzidos pelo deslocamento e permanência 
de pessoas fora do seu local de domicílio, sempre que os ditos deslocamentos e 
permanências não estejam motivados por uma atividade lucrativa. 
O turismo é um fenômeno social, cultural e econômico que implica o 
movimento de pessoas para países ou lugares fora do seu ambiente habitual 
para fins pessoais ou de negócios/profissional. 
FONTE: <http://www.unwto.org/pdf/Understanding_Tourism-BasicGlossary_EN.pdf>. 
Acesso em: 21 jan. 2012. 
Por fim, não podemos deixar de citar a definição de Oscar de La Torre 
Padilla (1992, p. 43), que define turismo como um:
[...] fenômeno social que consiste no deslocamento voluntário e 
temporário de indivíduos ou grupos de pessoas que, fundamentalmente 
por motivos de recreação, descanso, cultura ou saúde, saem de seu 
local de residência habitual para outro, no qual não exercem nenhuma 
atividade lucrativa nem remunerada, gerando múltiplas inter-relações 
de importância social, cultural e econômica.
Cabe ressaltar que durante muito tempo a atividade turística ficou 
relegada às agências, hotéis e companhias de transporte, mas que atualmente 
nem todos os empreendimentos estão ligados ao turismo especificamente, visto 
que, com o passar dos anos, o hotel, por exemplo, não necessariamente precisa 
estar ligado ao turismo para consolidar sua existência. O mesmo acontece com as 
companhias de transporte turísticas e com as agências. 
Então, para que uma pessoa possa viajar, independentemente dela querer 
utilizar um pacote turístico ou não, haverá necessidade de uma preparação, um 
planejamento de recepção e de prestação de serviços, vias de acesso, saneamento 
básico, alojamento, alimentação e recreação. Para tanto, há a necessidade de uma 
estrutura de atendimento no local de origem do turista, composta das agências ou 
operadoras, guias ou programas digitais que preparam a partida deste usuário 
do sistema, companhias de transporte que viabilizarão o deslocamento e, por 
último, o equipamento receptor no local do destino, serviços que serão prestados 
ao turista juntamente das relações com os residentes no sítio turístico. 
A partir dos anos 1960, após a Segunda Guerra Mundial, muitos países 
viram o turismo como um potencial econômico a ser consolidado, oportunizando a 
compensação dos anos de crise vividos durante a guerra. Assim, em 1970 os turistas 
eram vistos como devoradores de paisagens, por causa do desenvolvimento 
desenfreado do setor. Já em 1990 iniciou-se o reconhecimento do turismo não 
TÓPICO 1 | EXPOSIÇÕES CONTEXTUAIS SOBRE O TURISMO
7
planejado e suas consequências, o que poderia ser evitado se houvesse estudos 
das implicações psicológicas, sociológicas e jurídicas do turismo. Hoje, muitos 
estados têm implementado uma política para o turismo, dando uma dimensão 
a seus objetivos, tendo como apoio a OMT – Organização Mundial do Turismo. 
Atualmente se discute os reais custos e benefícios do turismo para a sociedade, 
para a política, o meio ambiente, a cultura, e não somente para a economia, 
assim permite uma mudança de atitude em relação ao setor. A OMT deseja cada 
vez mais a implantação do Código Mundial de Ética do Turismo e as diversas 
diretivas da União Europeia. 
A Organização Mundial do Turismo (OMT) é uma agência especializada das 
Nações Unidas e a principal organização internacional no domínio do turismo. É um fórum 
global para questões de política de turismo e uma fonte prática de conhecimentos neste 
campo. Sua sede é em Madri, na Espanha. A OMT (WTO) conta com 155 países, sete territórios. 
Convido você, caro acadêmico, a acessar o site a seguir para conhecer um pouco mais 
da origem e outras peculiaridades. Disponível em:<http://unwto.org/es/content/acerca-de-
la-omt>.
ATENCAO
Sabe-se que no cenário atual existem vantagens e inconvenientes que 
resultam em um desenvolvimento favorável ou desfavorável a uma comunidade. 
Dessa forma, o turismo sadio pode ser contemplado por meio de algumas 
condutas que ajudam neste processo. Algumas situações favoráveis podem ser 
apreciadas a seguir: 
 Benefício da população autóctone.
 Não alteração da paisagem, de modo a não descaracterizá-la.
 Elaboração de projetos de médio e longo prazo, de preferência a soluções 
paliativas, de curto prazo, para conflitos oriundos do turismo.
 Garantia do desenvolvimento da comunidade autóctone.
 Não especulação sobre a terra.
 Garantia da autodeterminação e proibição do confisco estrangeiro, ou seja, 
direito da população local de ser consultada sobre novos projetos turísticos 
e de participar do planejamento e da realização destes. 
FONTE: <books.google.com.br/books?isbn=8573593075>. Acesso em: 4 fev. 2012.
UNIDADE 1 | CONSIDERAÇÕES AO TURISMO E A APLICAÇÃO DO DIREITO
8
Estas condutas formam gradualmente diretrizes que hão de colaborar 
para um desenvolvimento eficaz e harmonioso dentro do setor. 
O fenômeno turístico é complexo e diversificado, no que tange à parte 
social, política, cultural e econômica. A tipologia adotada neste caderno será de 
turismo geral, ou seja, tanto social, político, cultural e econômico, assim também 
será abordado no direito. 
O turismo possui a característica emissiva e receptiva e pode ser 
classificado como nacional e estrangeiro. Relembrando que turismo emissivo é 
aquele que envia turistas para fora de sua região, e o receptivo o que recebe os 
turistas advindos de outras regiões. 
Conforme Padilla (1992, p. 54), “o turismo nacional é desenvolvido por 
turistas do próprio país e que o praticamdentro das fronteiras do mesmo”. 
Para Fuster (1999, p. 28), “o estrangeiro é composto pelo contingente de pessoas 
estrangeiras que entram em um determinado país”. 
Em termos de volume, o turismo é classificado como o de minorias ou de 
massas. O autor Acerenza (1999, p. 82) cita que “o turismo de minorias ou seletivo 
envolve destinos turísticos que por si só possuem baixa procura em termos de 
volume. No turismo de massa, os destinos turísticos são bastante procurados 
pelas pessoas”. 
No que tange à autonomia, o turismo pode ser livre ou dirigido. No livre, 
o turista escolhe a temporada e o destino. O dirigido se difere, visto que o turista 
precisa respeitar um calendário anual. 
Quanto à duração, o turismo pode ser de excursionista, de fim de semana, 
de férias ou de tempo indeterminado, ou seja, sem uma data predefinida de 
retorno. No entanto, é necessário atentar-se que o período que caracteriza a 
atividade turística é menor que um ano. 
Em relação à frequência, pode ser esporádico ou regular, e em relação ao 
alojamento pode ser hoteleiro ou extra-hoteleiro. 
Quanto ao objetivo ou motivação, o turismo pode receber algumas 
classificações, podendo ser visado pelo descanso, lazer, cura, desporte, 
gastronomia, cultivo de religião, cultural ou finalidade profissional. 
Na questão do modo de viajar, pode ser coletivo ou particular. 
Quanto ao transporte utilizado, pode ser rodoviário, aéreo, ferroviário, 
aquático ou combinações, conforme a necessidade. 
Pela permanência, pode ser estável quando o turista se fixa no destino, ou 
itinerante, quando passa viajando mais tempo do que estando no destino. 
TÓPICO 1 | EXPOSIÇÕES CONTEXTUAIS SOBRE O TURISMO
9
Em relação à geografia, pode ser de litoral, rural, de montanha, urbano, 
ou fazer uma combinação entre os citados.
Já por faixa etária, pode ser infantojuvenil, adulto, de terceira idade ou 
familiar. 
Quanto ao ponto de vista do financiamento, pode ser autofinanciado, social 
ou gratuito. No turismo autofinanciado, o próprio turista arca com as despesas. 
No social, existe a subvenção do Estado. E no gratuito, pode ser realizado por 
meio de algum prêmio recebido através de empresas. 
Normalmente, o turismo externo é caracterizado pela utilização da 
classe média, que geralmente opta pelo turismo de massa, de férias e aproveita 
oportunidades profissionais para incluir atividades turísticas em congressos e 
outros eventos. Estes normalmente utilizam transporte coletivo de todos os tipos, 
e pode ser autofinanciado, social ou até mesmo gratuito. 
A classe baixa só opta por turismo de massa e pratica o turismo religioso. 
Viaja de forma coletiva, geralmente por excursão ou turismo de fim de semana, 
necessitando muito de subvenções por meio do turismo gratuito. 
2.1 AS TERMINOLOGIAS
Dando sequência ao conteúdo, não poderíamos deixar de abordar as 
terminologias relacionadas ao turismo. Neste momento, traremos a elaboração 
conforme Boullón, contemplada no final da década de 1980 e bastante utilizada 
atualmente: 
	Área turística: é dito que uma área deve contemplar um centro 
turístico, no mínimo dez atrativos turísticos e infraestrutura de 
transporte e comunicação. A área corresponde a cada uma das partes 
de uma zona, sendo subdivididas em subsistemas.
	Atrativos turísticos: é o que atrai a visita do turista.
	Centro Turístico: deve estabelecer um raio de influência em duas 
horas de distância-tempo. Deve ter alojamentos, alimentação, lazer, 
agências de viagens com serviço receptivo, informação turística 
local, comércio de artigos de turismo, serviços públicos essenciais 
e sistema de transporte conectado com outros centros urbanos em 
âmbito nacional ou internacional. Cabe ressaltar que os centros 
turísticos de distribuição podem ser divididos em quatro tipos: 
 De distribuição: servem como base para a saída de excursões diurnas 
que retornam para dormir. 
 De estadia: os turistas permanecem por longas temporadas, 
retornando todos os anos. 
 De excursão: recebem turistas que vêm do centro de distribuição por 
um período inferior a 24 horas.
 De escala: serve para conexões de transportes entre mercado receptor 
e emissor.
	Complexos turísticos: em geral, compreendem o porte de dois ou 
três centros turísticos, mas menores que uma zona ou área. São 
UNIDADE 1 | CONSIDERAÇÕES AO TURISMO E A APLICAÇÃO DO DIREITO
10
centros de distribuição que atingem um nível superior de hierarquia, 
que na média permanecem três dias ou mais.
	Conjunto turístico: este passa a ter serviços essenciais, como 
estacionamento, informação, guias, sanitários e outros. Relaciona-se 
com o restante do território.
	Corredor turístico: são vias de conexão entre zonas, áreas, complexos, 
centros, conjuntos, atrativos, portões de entrada e núcleos emissores.
	Núcleos turísticos: neste encontramos de dois a nove atrativos 
turísticos, isolados entre si e sem comunicação eficaz. Desenvolvem um 
turismo rudimentar.
	Polo turístico: é um núcleo que emite turistas.
	Unidade turística: é menor que um centro de estada, por possuir 
apenas um atrativo específico e um turista específico. (BOULLÓN, 
1987, p. 19).
O autor Badaró (2003, p. 41), bem como Boullón, (2002, p. 278), trazem 
em suas bibliografias que a “União Europeia também possui terminologias, 
relativas ao recolhimento de informações estatísticas no setor do turismo, tendo 
padronizado os diversos termos utilizados pelos países membros no campo do 
turismo”. 
Trata-se dos seguintes termos: 
• Alojamento turístico: estabelecimento que forneça regularmente ou 
ocasionalmente pernoite a turistas. 
Os tipos de alojamentos turísticos são: 
- alojamento turístico coletivo;
- estabelecimentos hoteleiros e similares; 
- somente hoteleiros; 
- somente similares; 
- outros estabelecimentos de alojamento coletivo e especializado; 
- residências turísticas; 
- parques de campismo; 
- marinas. 
• Outros tipos de alojamento turístico não especificado: pousadas da 
juventude, dormitórios turísticos, alojamento de grupos, residências de 
férias para idosos, alojamento de férias e pousada para trabalhadores, lares 
para estudantes e dormitórios escolares ou outras instalações similares 
geridas por uma gestão comum, com interesse social, e que são subsidiadas 
geralmente por: 
TÓPICO 1 | EXPOSIÇÕES CONTEXTUAIS SOBRE O TURISMO
11
- estabelecimentos de saúde; 
- campos de férias e de trabalho; 
- transportes públicos de passageiros;
- centros de conferências; alojamento privados (casa de férias, alojamento 
fornecido gratuitamente por familiares e amigos, alojamento privado não 
especificado – tendas ou locais sem estrutura organizada); 
- alojamento arrendado;
- habitações arrendadas. 
• País de residência: quando uma pessoa é considerada residente num local/
país.
• Turismo: conceitos e suas formas, como turismo interno; receptor; emissor. 
E ainda três categorias, como: 
- turismo interior (turismo interno e receptor);
- turismo nacional (turismo interno e turismo emissor); e
- ainda o turismo internacional (turismo receptor e emissor). 
• Viajante: indivíduo que se desloca entre dois ou mais países distintos ou 
entre dois ou mais lugares no interior de seu país de residência habitual, 
independentemente do motivo.
• Visitante: turistas, excursionistas. O que os difere:
- Ambiente habitual.
- Motivo da viagem.
- Local e/ou país de origem.
- Número de estadias de turismo.
- Duração da estadia.
- Organização da estadia.
- Viagens organizadas.
• Classificação dos meios de transporte: aéreo, marítimo, terrestre, veículos 
privados e alugados e outros tipos. 
• Despesas para turismo: trata-se do total gasto por um visitante e/ou por 
alguém em seu benefício durante sua viagem ou estadia no lugar de destino.
• Viagens, férias e viagens organizadas: incluem hospedagem, transporte, 
seguros, taxas, programas recreativos e outros. 
UNIDADE 1 | CONSIDERAÇÕES AO TURISMO E A APLICAÇÃO DO DIREITO
12
UNI
Caro acadêmico:
Visite o site do jornal oficial da UniãoEuropeia:
<http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=OJ:L:2011:192:0017:0032:PT:PDF>, e 
ainda acesse o site: <http://eurlex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=CONSLEG:1995L
0057:20041221:pt:pdfref>, para conhecer um documento que constitui um instrumento de 
documentação. O documento se refere à Diretiva nº 95/57/CE, que trata do recolhimento das 
informações estatísticas no turismo. Informe-se, é esclarecedor!
3 TURISTAS - QUEM SÃO ELES
Para um melhor entendimento e reflexão, vamos verificar a seguir a 
definição de turista.
Um visitante (receptor interno ou transmissor) é classificado como turista 
(ou visitante durante a noite) se a sua viagem inclui pernoite (WTO, 2012).
NOTA
WTO A Organização Mundial do Turismo (The WTO World Tourism Organization).
Segundo a OMT (2012), um visitante é uma pessoa que viaja para um 
destino diferente do seu ambiente habitual, não por mais de um ano, com 
finalidade de lazer, negócios ou outros motivos pessoais, além de ser contratado 
por uma entidade residente no país ou local visitado. Um visitante (receptor 
interno ou transmissor) é classificado como um turista (ou visitante durante 
a noite), se a sua viagem inclui um pernoite, ou como um visitante do dia (ou 
andarilho) de outra forma. E visitante de negócios se caracteriza pelo visitante/
profissional ser de alguma empresa.
 
 A classificação dos tipos de turistas, segundo Murphy (2000, p. 153), por 
meio do sistema cognitivo-normativo pode ser: 
TÓPICO 1 | EXPOSIÇÕES CONTEXTUAIS SOBRE O TURISMO
13
• Turistas alocêntricos: são exploradores e aventureiros; em busca de lugares 
novos e convivência com a população autóctone. 
• Turistas mesocêntricos: de forma individual, viajam para os sítios turísticos já 
conhecidos e sua relação com a população local é comercial. 
• Turistas psicocêntricos: viajam em grupos e frequentam somente sítios 
turísticos que lhes sejam familiares, que representem o seu próprio local de 
origem. 
Na maioria das vezes, o turista é tratado de maneira grosseira pela 
sociedade. Os turistas chegam a ser comparados com nuvens de gafanhotos, que 
surgem rapidamente, devoram tudo por onde passam e desaparecem. Muitas 
vezes, são alvo de chacota. O autor Krippendorf (2001, p. 67) diz que não importa 
o que os turistas façam, muitas vezes são tipificados como:
• Turista ridículo: notado pela aparência, visto como identificação universal, 
pois leva com ele uma câmera fotográfica pendurada no pescoço e veste roupas 
engraçadas. 
• Turista ingênuo: nunca viajou, não fala nenhuma língua estrangeira, faz 
perguntas idiotas e se deixa enganar com facilidade.
• Turista em grupo: é dependente do grupo e guia. Sem eles estaria perdido.
• Turista detestável: acha que o mundo inteiro lhe pertence e pratica tudo o que 
não faria em seu local de origem.
• Turista inculto: não tem interesse pelo sítio turístico e população local. 
• Turista rico: é exibicionista, quer mostrar que pode e quer comprar tudo.
• Turista explorador: tira proveito das pessoas do local que está visitando.
• Turista poluidor: desconfigura a paisagem, poluindo de várias formas o local 
que está visitando. 
• Turista alternativo: prefere explorar recantos não visitados e prepara a via para 
o turismo de massa. 
Diante do apresentado, muitos turistas falam outros idiomas, têm 
experiências de outras viagens, e mesmo assim acham que seu comportamento 
equivocado é um caso isolado e que não prejudicará em nada o processo no sistema 
turístico. Mesmo estando em um grupo. No entanto, este tipo de comportamento 
UNIDADE 1 | CONSIDERAÇÕES AO TURISMO E A APLICAÇÃO DO DIREITO
14
acarreta um desconforto grande, visto que seu caso não é fato isolado e é preciso 
ressaltar que a soma de todos os atos individuais resulta em um todo. Este perfil 
acaba inibindo o desenvolvimento sustentável, expansão econômica e menos 
ainda pela proteção à paisagem. É egocêntrico, não tem consciência de seus atos 
e de sua responsabilidade em relação ao turismo. 
Por outro lado, não podemos deixar de destacar o turista responsável, que 
revela uma atitude crítica, que vai desde a escolha do seu destino até o momento 
de desfrutar da vida cotidiana. Se atenta muito a detalhes e características do 
sítio turístico, valorizando todo e qualquer detalhe, respeitando as populações 
e culturas locais que visita. Procura permanecer mais tempo no local para que 
consiga aprender algo com a população autóctone. Neste caso, Krippendorf 
(2001, p. 67) afirma que: 
[...] o turista responsável se rebela contra o mercantilismo irrefletido e 
o nivelamento praticado pela maioria dos métodos de turismo. A essa 
enorme maquinaria montada ele opõe a própria atitude, visando não 
a exploração, mas a ação responsável.
Com este comportamento comprometido, enquanto turista, vale destacar 
deveres e responsabilidades que podem despertar o interesse e a reflexão no 
processo de participar como autor direto. Ron O’Grady (1980, p. 60) destaca 
formas de conduta e desenvolvimento sadio e harmonioso do turismo. De forma 
traduzida: 
• Compreender em vez de apossar-se.
• Olhar em vez de pegar.
• Alcançar em vez de conquistar.
• Respeitar em vez de desprezar.
• Ir ao encontro de algo em vez de ir contra algo.
• Provar em vez de reprovar.
• Rir em vez de recriminar alguém.
• Escutar em vez de ouvir.
• Perguntar em vez de responder.
• Procurar em vez de achar.
Diante do exposto, podemos apreciar um perfil de turista que se 
sensibilizará e ao mesmo tempo será crítico e responsável. 
TÓPICO 1 | EXPOSIÇÕES CONTEXTUAIS SOBRE O TURISMO
15
4 PRESTADORES DE SERVIÇOS
O fortalecimento da cultura da qualidade na prestação de serviços no 
turismo visa ampliar o acesso às normas brasileiras publicadas pela Associação 
Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. Assegura a participação brasileira nos 
fóruns de debates internacionais. 
FONTE: <http://www.abnt.org.br/m3.asp?cod_pagina=931http://www.abnt.org.br/m3.asp?cod_
pagina=1001>. Acesso em: 23 jan. 2012. 
FIGURA 1 – ABNT
FONTE: ABNT. <http://www.google. com.br/
imgres?q=abnt&um=1&hl=pt- BR&client=firefoxa&sa=N&rls=org.
mozilla:ptBR:official&channel=s&biw=1440&bih=736&tbm=isch&tbnid=5hA0QzHcm
Yd7CM:&imgrefurl=http://www.dm2.ind.br/dados.html&docid=odAHOrySQcpasM&imgurl=
http://www.dm2.ind.br/images/LOGO-ABNT>. Acesso em: 15 fev 2012.
No intuito de atender às ações do macroprograma de Certificação do 
Turismo, o Ministério do Turismo firmou contrato com a ABNT, reconhecido como 
foro nacional de normalização para a disponibilização das normas publicadas e 
as que vierem a ser desenvolvidas. 
Busca um setor de turismo plenamente informado sobre o processo de 
normalização no turismo em âmbito nacional e internacional.
O público pode ter acesso às normas pelo site:< www.abnt.org.br>. No entanto, 
é necessário um cadastro prévio que demanda, dentre outras informações, cadastro de 
pessoa física, área de atuação, endereço eletrônico etc. Cabe ainda observar que as normas 
não poderão ser salvas, mas tão somente visualizadas e impressas. Convido você, caro(a) 
acadêmico(a), a acessar o site citado para aprofundar seus conhecimentos.
Acesse: <http://www.abnt.org.br/m3.asp?cod_pagina=936>.
ATENCAO
UNIDADE 1 | CONSIDERAÇÕES AO TURISMO E A APLICAÇÃO DO DIREITO
16
Nesta questão da qualidade certificada que abordamos há pouco, 
podemos vislumbrar a prestação de serviços turísticos. Na bibliografia de 
Badaró (2003, p. 41): 
serviços turísticos são prestados exclusivamente para o turista e para 
quem vive do turismo. Hotelaria, agenciamento e transporte também 
são considerados serviços turísticos. Também são serviços turísticos 
os oferecidos no interior de um equipamento turístico, tais como os de 
hotelaria, agenciamento e transporte. 
DICAS
Caro (a) acadêmico (a), agregando valor às informações recebidas, acesse a 
íntegra da Lei nº 6.505, de 13 de dezembro de 1977, que trata das atividades e dos serviços 
turísticos e estabelece condições para seu funcionamento e fiscalização.Altera a redação 
do artigo 18 do Decreto-Lei nº 1.439, de 30 de dezembro de 1975, e dá outras providências. 
 Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1970-1979/L6505.htm>.
O turismo é um complexo de serviços e produtos que são fornecidos 
para satisfazer a procura dos consumidores, das empresas e do setor público, 
referenciando viagens dentro e fora do país. 
Para Badaró, (2002, p. 154): 
A atividade está amplamente descentralizada e interligada com a 
economia devido à mobilidade e à variedade das necessidades dos 
turistas, bem como ao fato de os produtos e serviços relacionados a ele 
serem comprados antes, durante e até após a viagem. No turismo, toda 
uma estrutura precisa estar a postos visando um bom atendimento, 
uma boa prestação de serviços [...].
Antes de 2003, o Instituto Brasileiro de Turismo – Embratur criou diretrizes 
para a prática do turismo, que tinham por finalidade propor, executar e fazer 
executar a Política Nacional do Turismo. Porém, Badaró (2003, p. 172) diz que a 
Lei nº 10.683/03, de 2003, do Ministério do Turismo, criou competências as quais 
podemos citar: 
a) política nacional de desenvolvimento do turismo;
b) promoção e divulgação do turismo nacional, no país e no exterior;
c) estímulo às iniciativas públicas e privadas de incentivo às atividades 
turísticas;
d) planejamento, coordenação, supervisão e avaliação dos planos e 
programas de incentivo ao turismo;
e) gestão do Fundo Geral de Turismo;
f) desenvolvimento do Sistema Brasileiro de Certificação e Classificação 
das atividades, empreendimentos e equipamentos dos prestadores de 
serviços turísticos.
TÓPICO 1 | EXPOSIÇÕES CONTEXTUAIS SOBRE O TURISMO
17
O Plano Nacional do Turismo de 2003, ao definir a estrutura do 
Ministério do Turismo, aponta que em 2003 a Embratur passa a ser uma 
autarquia que tem como área de competência a promoção, a divulgação e o 
apoio à comercialização dos produtos, serviços e destinos.
FONTE: <http://www.turismo.gov.br/turismo/o_ministerio/embratur/>. 
Acesso em: 23 jan. 2012.
É importante ressaltar que a Política Nacional do Turismo tem uma linha 
reguladora à prática do turismo, como forma de promover a valorização e a 
preservação do patrimônio natural e cultural do país. Além da valorização do 
homem como destinatário final do desenvolvimento turístico, tem por finalidade 
o desenvolvimento do turismo e o seu equacionamento como fonte de renda 
nacional.
Na Política Nacional do Turismo existem objetivos setoriais, e no que 
tange à prestação de serviços pode-se citar:
 Baseia-se na Lei nº 11.771. 
Criar ambiente para a geração de empregos, a redução das 
desigualdades regionais e a inclusão social dos excluídos. 
Garantir direitos e qualidade na prestação de serviços turísticos ao 
consumidor.
Promover a utilização sustentável do patrimônio histórico, artístico, 
etnográfico e ambiental do Brasil, privilegiando os critérios universais 
de conservação e ensejando empreendimentos geradores de emprego 
e renda. (BRASIL, 2012).
Para Badaró (2004, p. 248): 
o direito das relações de consumo precisa ser pensado como legislação 
voltada para a elevação da qualidade das relações de fornecimento e 
consumo, preservando a relação jurídica e não a pessoa do consumidor.
Para alcançar metas externas e internas, a Política Nacional do Turismo 
continuará galgando o aprofundamento da municipalização do turismo, pela 
capacitação da força de trabalho, focando principalmente na melhoria da qualidade 
de serviços, bem como investindo em infraestrutura básica e modernização das 
leis em relação ao setor. 
UNIDADE 1 | CONSIDERAÇÕES AO TURISMO E A APLICAÇÃO DO DIREITO
18
5 A FUNÇÃO DO DIREITO NA HISTÓRIA DO TURISMO,
 DA PRÉ-HISTÓRIA AO MUNDO CONTEMPORÂNEO
Diante de todo o conteúdo abordado até o momento, adentraremos em 
uma parte da história bastante interessante e vislumbraremos os acontecimentos 
que marcaram desde a pré-história até os dias atuais.
“No início de toda a história sabemos que o homem primitivo migrava 
de um lugar para outro na busca de sua subsistência” (BADARÓ, 2003, p. 59). 
Neste caso, percebemos que ele saía de um lugar sem a intenção do retorno. 
Diante disso, o nomadismo não é considerado turismo. 
5.1 DO SÉCULO II A XV d.C. – PRÉ-HISTÓRIA
“Na Grécia Antiga pode ter surgido entre os fenícios da Roma Antiga a pré-
história do turismo, ou até mesmo antes da escrita milhões de anos” (BADARÓ, 
2003, p. 59).
Badaró (2003, p. 60) cita que autores como “La Torre, MacIntire e Lévy 
mencionam que o surgimento do turismo na Grécia no séc. VIII a.C. foi em virtude 
das pessoas viajarem quilômetros e quilômetros com o intuito de verem os jogos 
olímpicos a cada quatro anos”.
Já McIntosh (1999, p. 27) e Leakey (1999, p. 138) acreditam que os fenícios 
foram os autores, “por terem inventado a moeda, assim estimulando o comércio 
e a expansão marítima comercial”.
Muitas são as possibilidades do surgimento do turismo, seja por meio dos 
romanos, fenícios, gregos. O que se ressalta é que seja em processo migratório 
– viagem definitiva, ou por processo de retorno – viagem temporária. Pode-se 
encontrar muitas possibilidades de turismo em outras culturas e povos além das 
civilizações já citadas. 
“Os serviços prestados naquela época eram realizados por escravos e, 
assim, não caracterizava o turismo; com isso não havia uma relação capitalista, a 
exemplo da sociedade industrial”. (BADARÓ, 2003, p. 60).
Entre os séculos II a.C e II d.C., após 456 d.C., muitas estradas foram 
construídas pelo Império Romano, possibilitando as viagens com 
maior frequência. Os romanos foram os primeiros considerados 
a viajar por prazer, pois por meio de materiais e pesquisas pode-se 
constatar que o romano buscava divertimento e relaxamento (MAIOR, 
1990, p. 138). 
Houve também a peregrinação até Jerusalém e ao Santo Sepulcro, entre os 
séculos II e III. Foi então que, nos séculos VII a XI, as viagens expandiram-se de 
TÓPICO 1 | EXPOSIÇÕES CONTEXTUAIS SOBRE O TURISMO
19
forma expressiva, devido a comemorações festivas da primavera, colheita, entre 
outros eventos (MAIOR, 1990, p. 140).
Outro acontecimento que marcou o turismo na época foi a descoberta 
da tumba de Santiago de Compostela, originando-se as primeiras 
excursões pagas. Havia equipes que conheciam o caminho e os 
pontos. Diante disso, organizavam e estipulavam as regras do horário, 
alimentação e orações (DUCHET, 1999, p. 32).
“No início do século XI, Jerusalém fora dominada pelos turcos, assim os 
peregrinos passaram a visitar Santiago de Compostela, na Espanha. Durante este 
tempo, do século XI ao XIII, muitas expedições militares religiosas, conhecidas 
como Cruzadas, foram organizadas para libertar o Santo Sepulcro do domínio 
turco” (DUCHET, 1999, p. 35).
Entre os séculos XI e XIII, as Cruzadas foram vistas como oportunidade 
para as cidades italianas. Sendo assim, a Cruzada mais conhecida como “dos 
Reis” se deu quando Ricardo Coração de Leão, rei da Inglaterra, firmou um 
tratado com Saladino, sultão do Egito, onde ficou reconhecido pelos cristãos 
que havia domínio de uma estreita faixa de terra na Síria e o livre acesso dos 
peregrinos a Jerusalém. Vale ressaltar que este tratado durou até o final do século 
XIII (DUCHET, 1999).
Segundo Duchet (1999, p. 41): 
este acontecimento propiciou o reaquecimento do mercado de 
transporte marítimo e guias de peregrinação. Esta ampla abertura 
levou à transformação de égides da caridade a virarem pousadas. 
Com este evento, surgiu a associação dos proprietários de pousadas. 
Estes influenciaram o sistema de hospedagem italiano, criando-se 
uma padronização e classificação destas pousadas. 
“Na Idade Média (séculos XIII e XIV), as feiras foram muito significativas, 
pois pareciam representar uma espécie de comércio internacional. Com o contato 
realizado entre europeus e o Oriente, os hábitos e indumentárias se destacavam, 
dando margem a esta troca de culturas” (BOYER, 2001, p. 9).
De acordo com Duchet (1999, p. 10), “houve entãoa Liga Hanseática, grande 
união de comerciantes do norte europeu que estabeleceu um código de comércio, 
seguido por mais de 90 cidades. Esta Liga organizava viagens com o intuito de 
mostrar a sua organização e diversidade de mercadorias”. “Estes visitantes eram 
tratados de forma diferenciada por meio de pousadas selecionadas, massagens, 
vinhos e peculiaridades da região”. (DUCHET, 1999, p. 41).
“Em 1492, na Alemanha, na região de Baden-Baden, nobres do sul da 
Europa viajavam para participar de orgias que aconteciam nos banhos. Os nobres 
do norte desfrutavam do verão no Mediterrâneo” (BOYER, 2001, p. 9).
UNIDADE 1 | CONSIDERAÇÕES AO TURISMO E A APLICAÇÃO DO DIREITO
20
Por fim, ainda no século XV, com a expansão marítima e comercial, 
juntamente com o uso da bússola, as viagens mercantilistas passaram a ter 
grande importância em toda a Europa. (LOZATO; GIOTAR, 2000).
5.2 DO SÉCULO XVI A XVIII d.C.
“Entre metade do século XV e todo o século XVI, as viagens particulares 
foram o destaque. Visavam suprir a falta de comunicação, levando em consideração 
que os livros ainda não tinham circulação maciça, bem como o acúmulo de 
conhecimento, cultura, línguas e aventuras” (LOZATO; GIOTAR, 2000, p. 89).
Conforme Lozato; Giotar (2000, p. 12), “no período renascentista, a Itália 
foi considerada o grande destino cultural”. 
Nesta época aconteceram muitas viagens realizadas por jovens 
(homens) acompanhados de seus professores, pois eles acompanhavam 
o aluno nos locais visitados, passando todo o conhecimento e 
informações. Esta viagem tinha duração aproximada de três anos e era 
estabelecida por meio de um contrato com o pai. O professor ou tutor 
estabelecia metas nesta viagem, também determinada na época como 
Tours - viagens de ida e volta, empreendidas pela nobreza e pelo clero 
(BOULANGER, 2001, p. 178).
“Neste mesmo período, no Egito, surgiu o primeiro hotel do mundo, 
para atender mercadores. Também foi registrado o surgimento de 12 spas. No 
século XVII houve uma melhora nos transportes terrestres. O primeiro pedágio 
foi instalado na Inglaterra em 1663” (BOYER, 2001, p. 9).
Para o autor Badaró (2003, p. 69), “no século XVIII houve a “révolution 
thérmale” – estudo das propriedades da água no tratamento de doentes e utilização 
como meio lúdico para lazer e recreação. Este evento acabou por se expandir ao 
final deste século, e sua finalidade era propiciar o acesso aos prazeres mundanos”. 
5.3 DO SÉCULO XIX AO XX
A sociedade, a política e a economia foram marcadas por diversas e intensas 
mudanças no século XIX. Estabeleceu-se o conceito de turista, que foi selado pelo 
autor Stendhal em 1838, livros foram lançados, clubes foram formados. Estados 
Unidos e América do Sul começaram a ser focados. 
Com a Revolução Industrial advindo da criação da máquina a vapor, 
houve o êxodo rural, havendo o aumento da população nas cidades, 
aumento também na produção fabril e na produção alimentícia, com 
isso desencadeou o capitalismo industrial. A Europa se viu necessitada 
de melhorar suas estradas (BADARÓ, 2003, p. 70).
De acordo com Boyer (2001, p. 13):
TÓPICO 1 | EXPOSIÇÕES CONTEXTUAIS SOBRE O TURISMO
21
Pierre Mérimé, jurista e escritor, em 1835, preconizou a criação 
de normas que viessem a proteger, conservar e restaurar todo o 
patrimônio francês que tivesse importância histórica ou turística. 
[...] Thomas Cook, em 1841, organizou a primeira excursão coletiva 
(filantrópica) na Inglaterra. Iniciou como operador e depois somente 
como agente de viagens, com o pacote único de viagens. 
“Em 1867, Cook criou o voucher hoteleiro. Ao longo do século, europeus 
passaram a visitar África e os Estados Unidos, representando uma leve 
massificação do turismo” (BADARÓ, 2003, p. 72).
Os trens representavam rapidez e facilidade na atividade turística. Navios 
eram o centro da atração para a população. A classe média passou a ganhar 
melhor, possibilitando frequentar jogos de futebol, corridas de cavalo. Iniciou-se 
também o turismo para a América, contemplada pelo sol tropical (BOYER, 2001). 
Então veio a Primeira Guerra Mundial, em 1914, onde o turismo foi 
seriamente prejudicado. Em 1909, a França criou a primeira lei orgânica do 
turismo no mundo, e um ano mais tarde instituiu a Office National du Tourisme 
que, anos mais tarde, em 1940, passou por uma reformulação, objetivando o 
progresso da sociedade e o desenvolvimento e a divulgação do turismo francês 
(BADARÓ, 2003). 
Em 1917, a França criou a primeira Câmara de Hotelaria, com o objetivo 
de solucionar controvérsias surgidas entre empresas hoteleiras 
francesas. [...]. Logo após, em 1925, o governo italiano incorporou o 
“dopolavoro”, que foi um programa de lazer e turismo, viabilizando 
férias pagas aos trabalhadores, incentivando assim as atividades no 
esqui, passeios de bicicleta e balneários (BADARÓ, 2003, p. 73). 
Em 1933, Hitler visava incutir nos trabalhadores alemães a ideia de que 
sem lazer e diversão o trabalho não seria dignificado. Colônias de férias foram 
criadas, onde os trabalhadores receberam um convite direto a não deixar seu 
país. Então a maioria dos alemães preferiu ficar na Alemanha (BOYER, 2001).
Após este período de mudanças e, porque não dizer, de conquistas, 
surgiu a Segunda Guerra Mundial, que causou novamente a estagnação no setor. 
O Plano Marshall e outros, segundo Badaró (2003, p. 75), “visaram à reconstrução 
da Europa, tendo como investidores o Ocidente através dos Estados Unidos”. 
Entre tantas ações, esta foi uma delas que ajudou a Europa a se reerguer, inclusive 
com o incremento no turismo (HARVEY, 1989). 
Em 1945 foi aprovada a Carta das Nações Unidas, ligada à ONU, sendo 
visto como intercâmbio cultural. Estava a cargo da Unesco o estudo 
deste campo e mais tarde transferida para a OMT, que foi criada em 1975 
(BADARÓ, 2003, p. 76). 
“O primeiro congresso internacional do turismo social foi realizado em 
1956” (PY, 2000, p. 39). Em 1960 surgiram as primeiras operadoras turísticas. Já em 
1970 iniciou-se uma preocupação com o meio ambiente, ressaltando o cuidado e a 
UNIDADE 1 | CONSIDERAÇÕES AO TURISMO E A APLICAÇÃO DO DIREITO
22
preservação dos recursos naturais e, ao mesmo tempo, sendo discutida a poluição 
causada pelo turismo (THOMPSON, 1978).
Em 1980 foi editada a revista de jurisprudência sobre turismo, bem 
como diversas obras jurídicas sobre o assunto, escritas na França. 
[...]. Ao final do ano de 1990, o turismo estava representando 8% das 
exportações mundiais e 180 milhões de empregos (BADARÓ, 2003, p. 
77-78).
6 SÉCULO XXI E DIAS ATUAIS
Temos um número expressivo de 52 setores diferentes da economia que 
o turismo movimenta. No ano de 2002, a ONU declarou o Ano do Ecoturismo, 
almejando auxiliar na busca pela preservação do meio ambiente e da paz mundial 
(BADARÓ, 2003).
 Em 2001, na 22ª edição do Dia Mundial do Turismo, o tema foi: “Turismo: 
um instrumento a serviço da paz e do diálogo entre as civilizações”. Inclusive 
houve o pronunciamento de sua Santidade, o Papa João Paulo II. 
DICAS
Caro(a) acadêmico(a), agregando valor às informações recebidas, acesse o 
site: <http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/messages/tourism/documents/hf_jp-
ii_mes_20010619_giornata-mondiale-turismo_po.html> para ver na íntegra a Carta do Papa 
João Paulo II manifestando os sentimentos a respeito deste evento. 
Diante dessa nova realidade mundial, emerge a necessidade de se 
assegurar o devido cumprimento das relações advindas do turismo. Para tanto, o 
direito precisa se evidenciar, organizando as legislações. 
6.1 DIREITO DO TURISMO
Baseia-se no exercício da liberdade e não pode se desenvolver sem 
ela. O direito de ir e vir no turismo parte do pressuposto de que esta liberdade 
poderá ser bem aproveitada e exercida por meio de comportamento que remeta 
responsabilidade, conforme relatamos em textos anteriores. Porém, o Estado, 
exercendo sua soberania, pode limitar as possibilidades de acesso a certas áreas de 
seu território, inibindo ou freando o desenvolvimentodo turismo nas regiões. 
TÓPICO 1 | EXPOSIÇÕES CONTEXTUAIS SOBRE O TURISMO
23
O desenvolvimento do turismo se relaciona a outras liberdades, 
como a de associação, comércio e indústria. A exclusão do turismo do campo 
do intervencionismo deve ser analisada empiricamente, pois é objeto de 
preocupação singular por parte do Estado, por meio dos poderes públicos e 
órgãos especializados na atividade turística. 
Pode-se destacar que na França, desde o início do século XX, os poderes 
públicos têm desempenhado importante papel, ora com medidas de contenção, 
ora deixando fluir toda a energia no setor. A exemplo da França, se pode dizer que 
o período administrativo reflete pela intervenção crescente dos poderes públicos 
e pela proliferação de regras jurídicas exercidas sobre o turismo (BADARÓ, 2003).
O Estado, os poderes públicos e, consequentemente, o direito exercem 
dois papéis fundamentais em relação ao turismo: 
• Proteção contra conflitos e abusos que podem originar-se no âmbito do turismo.
• De outro, o desenvolvimento do turismo.
A atividade pode representar uma ameaça à ordem pública, por isso o 
direito se esforça para remediar, contornar, evitar qualquer tipo de desordem. 
E neste caso, o turismo possui uma abertura de fácil acesso no que 
tange a aspectos de segurança, da tranquilidade e da salubridade 
públicas que entram na área da polícia administrativa geral, onde 
se tem por objetivo ditar as regras gerais e as medidas individuais 
necessárias a esta manutenção. [...] É necessário lembrarmos que o 
turismo é uma atividade consumidora de espaços raros e frágeis. Cabe 
a todos os atores sociais, como comunidade, iniciativa privada e os 
próprios turistas. zelar por esses espaços, bem como a administração 
pública impor limites por intermédio de leis, segurança e outras 
formas de frear a utilização inadequada. Sendo que o homem-turista 
dificilmente é consciente de sua responsabilidade no processo, bem 
como salvaguardando e estabelecendo garantias para ele próprio, a 
coletividade, ou seja, a sociedade (BADARÓ, 2003, p. 86-87).
É preciso evitar a proliferação de falsos profissionais na área. É importante 
lembrar também das questões trabalhistas e empresariais que podem estar 
ameaçadas por profissionais de má índole e que não têm a menor preocupação 
com a honestidade, competência e absolvência dos prestadores de serviços e 
empresas. 
Os poderes públicos franceses foram os primeiros a regulamentar a 
profissão de agente de viagens, em 1937. Os franceses se esforçaram 
nesta questão, pois viram no turismo uma fonte de riqueza e de bem-
estar social, reconhecendo ali uma fonte de divisas. A França então 
teve posição de destaque naquele momento, visionando uma posição 
favorável na competição turística nascente (BADARÓ, 2003, p. 88).
UNIDADE 1 | CONSIDERAÇÕES AO TURISMO E A APLICAÇÃO DO DIREITO
24
UNI
SIGNIFICADO DE AGENTES DE VIAGENS: são responsáveis pela realização de 
todas as atividades da agência de viagens e de turismo, planejando, organizando e difundindo 
os produtos turísticos, tanto em território nacional, quanto no exterior.
“A França criou em 1909, por intermédio de A. Millerand, a primeira lei 
orgânica do turismo no mundo, instituindo, em seguida, o Office National du 
Tourisme por meio da lei de 8 de abril de 1910” (BADARÓ, 2003, p. 73).
Após a Segunda Guerra Mundial foram fundados institutos jurídicos 
destinados a favorecer o desenvolvimento do turismo social. Esses institutos 
tratavam de conciliar pessoas e bancos, fornecendo crédito àqueles que 
desejavam viajar. 
FONTE: <www.turismo.gov.br/.../turismo/.../TURISMO_ANOTAxES_JURxDI>. 
Acesso em: 7 fev. 2012.
De acordo com Badaró (2003, p. 90), “estas práticas necessitaram dar 
origem ao direito do turismo. A autonomia dos ramos do direito é imprecisa, 
e repousa principalmente sobre um corpo de regras próprias e uma jurisdição 
especializada”. 
Deste modo foi elaborada uma definição pelo autor Py (2000, p. 42) para 
o direito do turismo: 
O conjunto de instituições e regras jurídicas para as quais o móvel 
turístico é determinante, seja porque trata de desenvolver a atividade 
turística, seja porque essas regras têm por objetivo a proteção 
específica do consumidor turístico ou a profissão turística, seja porque 
elas tenham por finalidade conciliar turismo e ordem pública.·.
O direito do turismo deve ser visto como um ramo transcendental do 
direito, uma vez que se estende por diversos ramos do direito sem se ligar a 
nenhum deles em particular, demonstrando a heterogeneidade por meio de suas 
peculiaridades. 
25
Neste tópico você:
• Conheceu alguns conceitos de turismo, bem como órgãos, instituições que 
ajudam no desenvolvimento do setor.
• Conheceu algumas terminologias abordadas no turismo.
• Reconheceu os fatores positivos e negativos que o turismo pode trazer e fazer 
a uma localidade.
• Compreendeu a história do turismo e sua evolução no mundo. 
• Identificou as classificações de turismo, como o de Interior, Nacional e 
Internacional.
• Relacionou a prática do direito junto ao turismo, bem como leis e 
regulamentações.
RESUMO DO TÓPICO 1
26
Prezado acadêmico, convido você a exercitar e aprofundar os 
conhecimentos adquiridos neste tópico. Responda as questões a seguir. 
1 Em relação às tendências do turismo, falamos um pouco a respeito de 
conceitos e relembramos um pouco de como iniciou o estudo no turismo. 
Diante disso, responda: De acordo com a OMT, qual a expectativa para 2030? 
2 De acordo com o autor Schattenhofen (1911), quando e qual a universidade 
que iniciou os estudos no turismo e qual foi o conceito definido por ela? 
3 Avançando mais um pouco nos estudos, percebemos que uma pessoa, para 
viajar, pode utilizar um pacote turístico ou não, que necessitará de um 
planejamento. Que ela irá usufruir de uma estrutura de atendimento no 
destino. Este destino poderá ter vantagens e inconvenientes. Diante disto, 
pode desencadear um turismo favorável e desfavorável. Será beneficiado de 
algumas formas. Desta forma, o turismo sadio pode ser contemplado com 
situações favoráveis. Cite quais são estas situações favoráveis. 
4 Complete as lacunas das sentenças a seguir.
a. Quanto à característica do turismo, temos o emissivo e o ________.
b. Quanto à classificação, o turismo pode ser nacional e ___________.
c. Em termos de volume, o turismo pode ser de minorias ou de ________.
d. Em relação à autonomia, o turismo pode ser livre ou _________.
e. Quanto à duração, o turismo pode ser excursionista, de fim de semana ou 
____________.
f. Em relação à frequência, o turismo pode ser esporádico ou __________.
g. Em relação ao alojamento, o turismo pode ser hoteleiro ou ____________.
h. Quanto ao objetivo ou motivação, o turismo pode receber algumas 
classificações, podendo ser visado pelo descanso, lazer, cura, desporte, 
gastronomia, cultivo de religião, cultural ou ______________.
i. No modo de viajar, o turismo pode ser coletivo ou _____________.
AUTOATIVIDADE
27
j. Quanto ao transporte utilizado, o turismo pode ser rodoviário, aéreo, 
ferroviário, aquático, ou _________________________________________. 
k. Pela permanência, pode ser estável, quando o turista se fixa no destino, ou 
____________________________________________________.
l. Em relação à geografia, pode ser de litoral, rural, de montanha, urbano ou 
___________________________________________________.
m. E por faixa etária, o turismo pode ser infantojuvenil, de terceira idade ou 
________.
5 Quanto às terminologias, verifique as opções e associe os itens, utilizando os 
códigos a seguir:
I- Centro turístico.
( ) É dito que uma área deve contemplar um centro 
turístico, no mínimo dez atrativos turísticos e 
infraestrutura de transporte e comunicação. A área 
corresponde a cada uma das partes de uma zona, 
sendo subdivididas em subsistemas.
II- Atrativos turísticos.
( ) Este passa a ter serviços essenciais, como 
estacionamento, informação, guias, sanitários e 
outros. Relaciona-se

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