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LEGISLAÇÃO APLICADA AO TURISMO AULA 01: Introdução ao Direito Cidadania: - É um vínculo jurídico-político-social que une um indivíduo a um determinado estado, constituindo-se no exercício e gozo dos direitos civis e políticos atribuídos aos nacionais. Direito Público: - Preocupa-se com os interesses gerais da coletividade e com a organização do estado. Cuida da hierarquia entre os órgãos do direito administrativo, judiciário e penal. Direito Privado: - Regula as relações entre os homens com foco no interesse particular dos indivíduos, ou a ordem privada. Organiza as relações humanas que surgem dentro do âmbito familiar, as obrigações entre indivíduos, os direitos sobre as coisas. Pode também ser denominado de direito civil. Definição de Lei: - Regra geral que, emanando de autoridade competente, é imposta, coativamente, à obediência de todos. Vigência da Lei: - Começa a vigorar em todo território nacional 45 dias depois de oficialmente publicada. - A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. Hierarquização das Leis: - As leis são divididas por hierarquia, um dos exemplos da divisão das leis é a constituição. - A constituição é a lei fundamental e suprema de um estado, que contém normas respeitantes a formação dos poderes públicos, forma de governo, distribuição de competências, direitos e deveres cidadãos Magna ou Carta Constitucional: - É a norma que estabelece a estrutura dos elementos estatais, a finalidade do estado. - Norma constitucional tem supremacia sobre outras normas. Emenda Constitucional: - Ato integrante do processo legislativo, promovido por proposta discutida e votada em cada casa do congresso nacional em 2 turnos, considerando-se aprovada se obtiver 315 dos votos. Não pode ser objeto de emenda: forma federativa do estado, sufrágio universal, a separação dos poderes e os direitos e garantias individuais. Alguns conceitos: - Lei Complementar: Destina-se a completar dispositivos da constituição e deve ser aprovada por maioria absoluta na câmara e no senado. - Lei Ordinária: É a Lei propriamente dita; é um ato legislativo típico. - Lei Delegada: É elaborada pelo presidente, por delegação do congresso nacional mediante resolução, na qual se especificará o conteúdo e os termos de seu exercício e da qual poderá constar que o projeto seja apreciado pelo órgão delegante. - Medida Provisória: Ato normativo, com força de lei, editado pelo presidente em caso de relevância e urgência submetido de imediato ao congresso nacional, e cuja eficácia se extingue, desde a edição, se não for convertido em lei no prazo de 30 dias a partir da publicação. - Decreto: Um ato administrativo editado pelo presidente e rendado por ministro do estado, para o fim de regulamentar uma lei ou prover disposição dela emanada. - Portaria: É uma espécie de ato normativo de autoridade pública, geralmente ministro do estado, destinado a reduzir ao mínimo a abstração do decreto a que se prende. Poderes da União: - Legislativo: elabora as leis - Judiciário: aplica as leis - Executivo: administra as leis AULA 02: Direito Constitucional Nacionalidade: - Vínculo sócio-jurídico-político, que une um indivíduo a um Estado, quer por naturalidade, quer por naturalização e que impõe obrigações e concede-lhe direitos. - Ela é originária ou natural quando acontece o nascimento e adquirida quando é mudada após o nascimento. - A nacionalidade brasileira poderá ser de natos e de naturalizados. Símbolos Oficiais das Nações: - Língua portuguesa, bandeira, hino, armas, selos nacionais, etc. Responsabilidade da União: - A União poderá explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão: ➢ A navegação aérea, aeroespacial e a infraestrutura aeroportuária; ➢ Os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais ou que transponham os limites de estado ou território; ➢ Os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros; os portos marítimos, fluviais e lacustres. - As empresas aéreas, marítimas, rodoviárias, ferroviárias são concessões de vários anos e renovadas ou não no seu vencimento. - Transportes explorados pela iniciativa privada. - A União trata da nacionalidade, da cidadania e da naturalização; da emigração e da imigração; da entrada no país; da extradição; expulsão de estrangeiros. - É dever da União proteger documentos, obras e outros bens de valor histórico, cultural, artísticos e naturais para proporcionar a todos acesso a estes tesouros do Turismo. AULA 03: Segurança Pública e Meio Ambiente Segurança pública - Polícia Federal - A Polícia Federal é muito importante para o Turismo, pois fica responsável por muitos trâmites que envolvem a Segurança Pública em uma viagem. - Quando realizamos uma viagem, o nosso primeiro contato é com a Polícia Federal, no momento da emissão do passaporte. A Polícia Federal é responsável também por cuidar dos interesses da União, das funções de Polícia Marítima, Aeroportuária e de Fronteiras, e do embarque e desembarque de passageiros. - Ela é responsável ainda por prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho; exercitando, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União. - Quando viajamos pelas rodovias federais ― as BRs ― vamos nos deparar com a Polícia Rodoviária Federal, que se destina ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais. Segurança pública - Outros Órgãos - Além da Polícia Federal, temos três outros órgãos responsáveis pela segurança pública dentro da sociedade: ➢ Polícia Civil: A polícia civil, dirigidas por delegados de polícia de carreira, ressalvadas a competência da União, cuida das funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares. ➢ Polícia Militar: A polícia militar cuida do policiamento ostensivo e a preservação da ordem pública. ➢ Corpo de Bombeiras: Ao corpo de bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades de defesa civil. Segurança pública - Órgãos especializados em turismo - No Estado do Rio de Janeiro, por ser a cidade e esta" portão de entrada dos turistas internacionais, foram criadas polícias especializadas para o Turismo. Vejamos os exemplos abaixo: ➢ BPTur da polícia militar; ➢ DEAT que é Delegacia Especializada ao Atendimento de Turistas da polícia civil e; ➢ GAT Grupamento de Apoio aos Turistas da Guarda Municipal. - Todos esses órgãos atuam no corredor turístico, desde o Aeroporto Internacional até a Barra da Tijuca, ou seja, onde houver turistas, como no Corcovado e Pão de Açúcar. Segurança pública - Ordem econômica e financeira - No Artigo 180 da CF está escrito que a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios promoverão e incentivarão o Turismo como fator de desenvolvimento social e econômico, portanto, o Turismo está sendo reconhecido como uma das atividades mais importantes para país. - Como exemplo de promoções do Turismo feitas pelo governo temos a Embratur que promoverá o Brasil, as secretarias e as empresas estaduais de Turismo como a Turisrio e a nível municipal a Riotur, que trabalham criando eventos, folhetaria, DVDs, entre outros materiais para divulgação de Turismo. - Como forma de incentivo os governos disponibilizam financiamentos subsidiados para construção de equipamentos turísticos como meios de hospedagem, parques temáticos e aquáticos, centros de convenções através do BNDES e BID. - Além disso, os governos oferecem projetos para implantar o Turismo em novas regiões e como isso gerar empregos e renda para a população local. O Nordeste é um exemplo de sucesso, o Turismo diminui a migração para o Sudeste e melhorou a qualidade de vida nas cidades e ainda novos polos turísticos forma criados como Itacaré, Morro de São Paulo, Porto de Galinhas entre outros. Meio ambiente - Todos têm direito ao meio ambienteecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial a uma qualidade de vida saudável, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e as futuras gerações. - Assistimos diariamente na mídia que o efeito estufa está destruindo o mundo e para assegurar a efetividade desse direito é dever do Poder Público: ➢ Preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas; ➢ Preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do país e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e à manipulação de material genético; ➢ Definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção; ➢ Exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade; ➢ Controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; ➢ Promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente; ➢ Proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoque a extinção de espécies ou submetam os animais à crueldade. Exploração do meio ambiente - Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei. - A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais. Aula 04: Direito comercial e Direito do trabalho Empresário - A doutrina tem procurado substituir o tradicional conceito de comerciante pelo conceito de empresário. - O comerciante é o que pratica atos de comércio com fim de lucro e pelo exercício profissional de qualquer atividade econômica organizada, exceto a atividade intelectual, para a produção ou a circulação de bens ou serviços. - O empresário pode ser uma pessoa física -empresário individual ou comerciante individual - ou uma pessoa jurídica - sociedade comercial. - A empresa, sob o aspecto financeiro, é a atividade econômica organizada de um organismo utilizado para o exercício da atividade mercantil, subordinado ou dirigido por uma pessoa física ou jurídica, que tem o nome de empresário. Ponto comercial - É o lugar no qual o comerciante se estabelece. Constitui um dos elementos incorpóreos do estabelecimento ou fundo de comércio. Para determinadas atividades a situação privilegiada do Ponto Comercial é um patrimônio. - A acessibilidade, a facilidade de deslocamento e a localização são fundamentais para o sucesso do negócio, caso contrário, não terá clientes. Marcas e expressões ou sinais de propaganda - A marca é um sinal distintivo capaz de diferenciar um produto ou um serviço de outro. - Seu requisito básico é a novidade, no sentido de originalidade e não semelhança com marcas anteriores. - Quanto à forma, a marca pode ser nominativa, se composta de palavras, ou figurativa, se composta por símbolos, emblemas ou figuras. Mista é composta por palavras e figuras. - A proteção da marca opera-se pelo registro, válido por 10 anos e pode ser prorrogado indefinidamente por períodos iguais e sucessivos. Para registrar uma marca ou patente deve ser encaminhado, com toda a documentação necessária, ao INPI para o devido registro. Denominação Social - Na Denominação Social não se usam os nomes dos sócios, mas uma expressão qualquer, de fantasia, indicando o ramo de atividade, como por exemplo: TAM e GOL. - Pode-se usar até um nome próprio, sem que isso signifique a existência no quadro social de um sócio com esse nome, podendo ser apenas uma homenagem ao fundador, etc. Exemplo: IRMES TOURS e ABREUTUR - Já a Firma ou Razão Social, deve ser formada por nomes dos sócios, quando omitido um ou mais sócios, deve se acrescentar “Cia.”. Exemplos: Pereira, Gonçalves & Peixoto ou José Pereira & Cia. - O passo para se tornar empresário passa por todos os riscos do negócio quando pratica atos de comércio com finalidade de lucro. - O empresário pode ser uma pessoa física que chamamos de empresa individual, trabalhando sozinho ou com dois empregados a exemplo de representantes comerciais. O mais comum é a pessoa jurídica que é a sociedade comercial com sócio e no país a maioria é chamada de “Ltda.”. - A Sociedade Limitada é restrita pelo seu Capital Social, ou seja, a responsabilidade dos sócios fica limitada ao valor expresso no Contrato Social, como por exemplo, R$ 40.000,00. - Se obtiverem um crédito de R$ 100.000,00 e não conseguirem pagar, sendo comprovado que não houve má-fé ou fraude, a responsabilidade dos sócios não ultrapassará o valor do capital que é de R$ 40.000,00. Contrato de Trabalho - Direito do Trabalho - Empregador e empregado: ➢ Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviço de natureza não eventual a um empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Só será considerado empregado quando houver uma relação de trabalho subordinado e permanente ou por tempo determinado. ➢ O empregador pode ser uma empresa individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços. ➢ Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados. ➢ A carteira de trabalho é obrigatória para o exercício de qualquer emprego, inclusive de natureza rural, ainda que em caráter temporário, e para o exercício por conta própria de atividade profissional remunerada. ➢ O empregador terá 48 horas para anotá-la e devolvê-la ao empregado. ➢ A CTPS será emitida pelas Delegacias Regionais de Trabalho (DRTs) ou mediante convênio com outros órgãos. - Jornada de trabalho: ➢ A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá 8 horas diárias e 44 semanais, facultadas à compensação de horários e à redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho. ➢ Poderá ser acrescida de horas suplementares (extras), sendo remunerada ― no mínimo ― em 50% superior à hora normal. ➢ Determinadas categorias têm jornada inferior a normal ou turnos de revezamento. - Direitos do trabalhador: ➢ Férias: O descanso anual remunerado é consagrado em todas as legislações por razões médicas, familiares e sociais. Após cada período de 12 meses de trabalho, o empregado terá direito a férias de 30 dias corridos, concedidos pelo empregador, nos 11 meses subsequentes do direito adquirido. O empregado receberá seu salário normal acrescido de mais ⅓ do seu salário. ➢ 13° salário: Trata-se da tradicional gratificação de Natal, transformada em lei, devida até o dia 20 de dezembro, independentemente da remuneração a que o empregado fizer jus; correspondente a 1/12 da remuneração devida em dezembro, por mês de serviço. ➢ Adicionais: Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior a do diurno com pelo menos 20% sobre a diurna, desde que seja entre 22h e 5h do dia seguinte. ● Adicional por insalubridade: desde que o trabalho seja exercido nestas condições, assegura ao empregado 40%, 20% e 10% do salário mínimo, segundo se classifiquem nos graus: máximo, médio e mínimo. ● Adicional por periculosidade: assegura ao empregadoum adicional de 30% sobre o salário. ➢ Remuneração: Compreendem-se na remuneração do empregado, o salário devido e pago diretamente pelo empregador, como também as comissões, as gratificações, as percentagens, em fim, todas as vantagens pagas com habitualidade, uniformidade e periodicidade. ➢ Aviso prévio: Nas relações de emprego, quando uma das partes deseja rescindir, sem justa causa, o contrato de trabalho por prazo indeterminado, deverá, antecipadamente, notificar à outra parte, através do aviso prévio. Normalmente, o empregador deverá avisar o empregado com 30 dias de antecedência da ruptura do contrato de trabalho e concederá 2 horas diárias ao empregado para procurar outro emprego. Ocorrendo a rescisão do contrato de trabalho, sem justa causa, por iniciativa do empregador, poderá ele optar pela concessão do aviso prévio trabalhado ou indenizado, da mesma forma, quando o empregado pedir demissão. ➢ FGTS: O fundo de garantia por tempo de serviço foi instituído pela Lei 5.107 de 13.9.1966, agora regido pela Lei 8.306 de 11.05.1990. O empregador recolhe mensalmente o valor de 8% do salário de empregado, depositando em sua conta vinculada, que é corrigido monetariamente pela instituição financeira. Trata-se de uma indenização compensatória. Rescisão de contrato - Na sua maioria, a Rescisão do Contrato de Trabalho se dá sem justa causa, apresentada pelo empregador, que deverá homologá-la no Sindicato da Classe preferencialmente, se o empregado trabalhar mais de um ano na empresa, caso não, poderá ser feita na empresa. - As verbas rescisórias serão: Aviso Prévio, Férias integrais e/ou proporcionais com 1/3, 13º Salário integral e/ou proporcional, salários, 40% de multa sobre o saldo dos depósitos do FGTS e entrega da Guia do FGTS para levantamento do fundo, além da Guia do Seguro Desemprego. - O empregado poderá ser demitido por justa causa, quando faltar demasiadamente sem nenhuma comprovação, estar sempre embriagado, abandonar emprego, praticar atos ilícitos e lesivos. - Neste caso não receberá Aviso Prévio, FGTS, Férias, 13º Salário e nem proporcionais. Sindicato e convenção coletiva - Sindicato: ➢ Sindicato de Empregado é o agrupamento de membros de uma profissão, destinado a assegurar a defesa e a representação da respectiva categoria para melhorar as condições de trabalho. ➢ Sindicato Patronal congrega os empregadores com a finalidade de defender seus interesses econômicos. ➢ São prerrogativas dos sindicatos: representar, perante as autoridades administrativas e judiciárias, os interesses gerais da respectiva categoria; celebrar convenções coletivas; colaborar com o Estado como órgão técnico e consultivo entre outros. - Convenção coletiva: ➢ É o acordo de caráter normativo, pelo qual dois ou mais sindicatos, representativos de categorias econômicas e profissionais, estipulam condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às relações individuais de trabalho. ➢ A grande importância da Convenção Coletiva é que permite ao empregado influir nas condições de trabalho, tornando-as bilaterais; atenua o choque social e reforça a solidariedade do operariado. ➢ É o poder da auto regulamentação dos próprios interesses. Justiça do trabalho - Compete à Justiça de Trabalho conciliar e julgar os dissídios individuais e os coletivos entre os trabalhadores e os empregadores. - São órgãos da Justiça do Trabalho: ➢ Varas de Conciliação e Julgamento; ➢ Tribunais Regionais do Trabalho e; ➢ Tribunal Superior do Trabalho. Aula 05: Direito civil e Direito internacional Contratos - Contrato é o acordo de vontades, estabelecendo um vínculo obrigacional entre partes. - Pelo contrato de compra e venda, um dos contraentes se obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro. - Tudo na vida é contrato, até o casamento é um contrato. - No Turismo não é diferente, quando abrimos uma empresa o primeiro documento será o Contrato Social da constituição da firma. Abrirmos uma conta no banco é contrato. Para que uma agência de viagens obtenha crédito junto às empresas aéreas, aos hotéis, à locadora e a todos os fornecedores têm que ter um contrato aprovado. Quando uma pessoa participa de uma excursão ela assina um Contrato de Adesão concordando com todos os itens da viagem. Pessoas jurídicas públicas e privadas - Pessoas jurídicas de direito público se dividem em interno que são a União, os estados e os municípios e externos, que são os países estrangeiros, os organismos internacionais tais como: OEA, ONU entre outros. - São pessoas jurídicas de direito privado: ➢ Sociedades civis ou comerciais: Uma agência de viagens, hotel. locadora de automóveis são exemplos de sociedade comercial. ➢ Associações: A ABAV, a ABIH e a ABEOC são exemplos de associações. ➢ Fundações: Uma fundação somente poderá constituir-se para fins religiosos, morais, culturais ou de assistência, sem fins lucrativos a exemplo do IBGE que é público ou da Fundação Bradesco de assistência social. ➢ Sociedades de economia mista: São uma corporação onde teremos recursos públicos e privados para a realização de uma finalidade, sempre de objetivo econômico como a Petrobras, o Banco do Brasil, entre outros. Direito Internacional Privado - Naturalidade, Nacionalidade e Naturalização - Naturalidade: é o vínculo territorial concedido através do nascimento e por esta razão é imutável. Exemplo: natural da Bahia, da Alemanha, de Recife, de Paris etc. - Nacionalidade: é o vínculo sócio-jurídico-político, que une um indivíduo a um Estado, que por naturalidade, que por naturalização e que impõe obrigações e concede-lhe direitos. A Nacionalidade é originária ou natural, quando advinda do nascimento, e adquirida, quando é mudada após o nascimento. - Naturalização: é aquisição de uma nacionalidade posteriormente à originária. É um vínculo político. Nenhum país é obrigado a naturalizar um estrangeiro, isto é facultativo ao Poder Executivo. Direito Internacional Privado - Passaporte e outros documentos de viagem - Passaporte comum: É emitido aos cidadãos brasileiros na cor verde ou azul pela Polícia Federal. - Laissez-Passer: Também chamado de salvo conduto, considerado como equivalente ao passaporte, na cor amarela, emitido pela Polícia Federal aos estrangeiros apátridos e permanentes no Brasil ou aos que não têm representação diplomática no país, para uma única viagem. - Passaporte Especial ou de Serviço: É emitido pelo Itamarati, na cor azul, aos brasileiros que viajam a serviço ou ao interesse do governo brasileiro. - Passaporte Diplomático: É emitido pelo Itamarati, na cor vermelha, aos diplomatas ou às pessoas que viajam ao exterior em representação oficial do governo brasileiro. Direito Institucional Privado - Vistos - Trânsito: Serve apenas de passagem para alcançar outro país. Prazo de dez dias. - Turista: É válido por 90 dias, podendo ser prorrogado por igual período e é fornecido para pessoa em caráter de turismo, sem finalidade imigratória e nem no exercício de atividade remunerada. - Temporário: É emitido ao estrangeiro que pretenda ingressar no Brasil em viagem cultural, estudo, negócio, arte, desporte, ensino, ciência, técnica, sob regime de contrato de trabalho ou a serviço do governo brasileiro. O prazo é de 90 dias a um ano ou pelo tempo de duração do contrato, podendo ser prorrogado por igual período ou até transformado em Permanente, após dois anos de residência ininterrupta no Brasil. - Permanente: Trata-se de visto de imigrante e será concedido com autorização do Ministério do Trabalho, observando a política nacional de imigração, evitando a concorrência à mão-de-obra nacional e suprindo as deficiências trabalhistas. - Oficial: É concedido ao estrangeiro que venha ao Brasil em viagem a serviço de seu governo, e se for superior a 90 dias o titular deverá se registrar junto ao Itamarati. - Diplomático: É o caso dos diplomatas que veem representar oficialmente o seu país com estada superior a 90 dias. O titular deverá registra-se juntoao Itamarati. - Cortesia: É fornecido aos estrangeiros acompanhantes do titular do visto Diplomático ou às pessoas oficialmente convidadas do governo brasileiro. Obs: Como o Brasil tornou-se um pais estável com a economia a pleno vapor, inflação baixa, exportações batendo recordes todos os anos, enquanto os Estados Unidos da América e a Europa atravessam dificuldades econômicas sérias, muitos estrangeiros estão entrando com visto de turista e oferecendo sua força de trabalho com salários muito abaixo do padrão. Esses estrangeiros estão transgredindo a lei já que com visto de turista não é permitido trabalhar e mais ainda, estão tirando os empregos dos brasileiros, portanto estão sujeitos à Deportação. Há pouco tempo está situação era inversa: os brasileiros entravam ilegalmente nos EUA para trabalhar. Estada e Entrada irregular - Sempre que o estrangeiro está com a estada irregular ou entra no território nacional sem observância das formalidades legais, acha-se exposto à Deportação. - Estada Irregular é quando o visto está com prazo vencido. - Entrada Irregular é quando o indivíduo entra sem autorização do Governo. - Os prazos para deixar o território nacional são 8 dias para Estada Irregular e 3 dias para Entrada Irregular. Diferença entre deportação, expulsão e extradição - Deportação: Independe de processo, não constitui pena, sendo somente uma medida saneadora e é de competência do Poder Executivo, representado pela Polícia Federal. Não impede o retorno do Deportado ao território nacional. A Deportação é meramente uma medida saneadora, não é crime. Tanto que não impede o retorno do indivíduo. - Expulsão: É um ato político-administrativo do Estado, através do Poder Executivo, que determina a retirada de um estrangeiro do seu território em virtude da prática de um delito ou por ter se tornado nocivo, perigoso ou inconveniente aos interesses do Brasil. A competência da Expulsão é do presidente da república, através de portaria. Enquanto a Deportação permite o retorno do estrangeiro, na Expulsão ele nunca mais poderá voltar ao Brasil, pois terá a sua ficha na Polícia Federal divulgada em todas as fronteiras. Exemplos de crimes de expulsão: ➢ risco à segurança nacional, ➢ risco à ordem política ou social, ➢ risco à tranquilidade ou à moralidade pública, ➢ risco à economia popular, ➢ fraude a fim de obter a sua entrada no Brasil, ➢ ser condenado por crime de contrabando, moeda falsa, tráfico de drogas entre outros. - Extradição: É o ato pelo qual um Estado entrega um indivíduo acusado de fato delituoso ou já condenado criminalmente à Justiça de outro Estado competente para julgá-lo e puni-lo. São três os elementos da extradição: ➢ Estado Requerente, o que solicita; ➢ Estado Requerido, o que recebe o pedido extradicional; ➢ e o Reclamado, que é o indivíduo culpado ou condenado por um delito e que se encontra no território do Estado Requerido. Obs: Compete ao Estado Requerido, com base na sua legislação interna, decidir se concede ou não a Extradição. Aula 06: Evolução histórica das leis do turismo Decreto Lei nº 55 de 18 de novembro de 1966 - O Decreto lei n° 55 de 18 de novembro de 1966 define a Política Nacional de Turismo, cria o Conselho Nacional de Turismo e a Empresa Brasileira de Turismo. - O Conselho Nacional de Turismo, presidido pelo Ministro de Estado da Indústria e do Comércio, terá a seguinte composição: ● Presidente da Empresa Brasileira de Turismo; ● Delegado do Ministério das Relações Exteriores; ● Delegado do Ministério dos Transportes; ● Delegado do Ministério da Aeronáutica; ● Delegado do Ministério da Fazenda; ● Delegado do Ministério da Agricultura ● Delegado do Ministério do Interior; ● Delegado da Secretaria de Planejamento da Presidência da República; ● Delegado do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional; ● Representante dos Agentes de Viagens; ● Representante dos Transportadores; ● Representante dos Hoteleiros; ● Representante da Confederação Nacional do Comércio. - Como você pode observar, o Governo era maioria no Conselho e as reivindicações na iniciativa privada não eram consideradas e vencidas pelo voto majoritário. As entidades do Turismo solicitaram para que no Conselho houvesse paridade, mas não foi aceito pelo governo, o que provocou a saída das entidades privadas do Turismo e acabou se extinguindo logo depois. - A lei n° 6.505 de 13 de dezembro de 1977 dispõe sobre atividades e serviços turísticos e estabelece condições para seu funcionamento e fiscalização. - Somente poderão explorar serviços turísticos, no país, as entidades registradas na Empresa Brasileira de Turismo - EMBRATUR. - Consideram-se serviços turísticos, para os fins desta Lei, os que, sob condições especiais, definidos pelo Poder Executivo, sejam prestados por: hotéis, albergues, pousadas, hospedarias, motéis, restaurantes de turismo; acampamentos turísticos (campings); agências de turismo; transportadoras turísticas; empresas que prestem serviços aos turistas e aos viajantes, ou a outras atividades turísticas; outras entidades que tenham regularmente atividades reconhecidas pelo Poder Executivo como de interesse para o Turismo. - Como você pode observar quem fez a lei não tinha mínima noção de Turismo, priorizando restaurantes e acampamentos turísticos. Não existe restaurante turístico, quem escolhe é a agência de viagens no seu pacote pela vista panorâmica ou alguma atração turística. - Quanto aos acampamentos são quase inexistentes no país e quando existem são despreparados para receber turistas, se compararmos aos Estados Unidos da América ou a Europa. Nesses países, os acampamentos apresentam infraestrutura de água, luz, restaurante, shopping, segurança e até moradia, além da possibilidade de viajar pelos países em um motorhome ou trailer. Decreto Lei n° 2.294 de 21 de novembro de 1986 O Decreto Lei n° 2.294 de 21 de novembro de 1986 declara que são livres, no país, o exercício e a exploração de atividades e serviços turísticos, assinado pelo Presidente Sarney. Para o Turismo foi uma das piores leis já publicadas, ou seja, qualquer um poderia abrir uma agência de viagens, um meio de hospedagem, operar transporte turístico, realizar eventos, sem nenhuma experiência na atividade. As entidades de Turismo como ABAV, SINDETUR e ABIH enviaram ofícios ao governo solicitando a revogação da lei, que traria enormes prejuízos à atividade e a queda na qualidade de serviços, colocando o consumidor em perigo. Como exemplo, o número de agências de viagens dobrou só no primeiro ano da publicação, inflacionando o mercado e os profissionais eram caçados pelas novas agências oferecendo o dobro de salários, já que não havia mão de obra especializada no mercado, virou um verdadeiro “caos”. A lei n° 8.181 de 28 de março de 1991 criou a Empresa Brasileira de Turismo (Embratur), autarquia especial passa a denominar-se Embratur - Instituto Brasileiro de Turismo, vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Regional da Presidência da República. A Embratur tem sede e foro na cidade de Brasília, Distrito Federal. A EMBRATUR, autarquia vinculada ao Ministério do Esporte e Turismo, tem por finalidade apoiar a formulação e coordenar a implementação da política nacional do Turismo, como fator de desenvolvimento social e econômico. Compete à Embratur: ● Propor ao Governo Federal normas e medidas necessárias à execução da Política Nacional de Turismo e executar as decisões que, para esse fim, lhe sejam recomendadas; ● Estimular as iniciativas públicas e privadas, tendentes a desenvolver o Turismo interno e o do exterior para o Brasil; ● Promover e divulgar o Turismo nacional, no país e no exterior. São transferidos para a Embratur o acervo documental, as atribuições e competências do extinto Conselho Nacional de Turismo (CNTur). O Presidente Collor transferiu a Embratur do Rio de Janeiro para Brasília e mudou a denominação de Empresa Brasileira de Turismo para Instituto Brasileiro de Turismo. A empresa então passou a exercer as funções de normativa e executiva, ou seja,a legislar sobre o Turismo nacional, a promover e a divulgar nacional e internacionalmente o país, além de fiscalizar a atividade. Legislação Aplicada ao Turismo Regulamenta dispositivos da Lei nº 8.181, de 28 de março de 1991, dispõe sobre a Política Nacional de Turismo e dá outras providências. A Política Nacional de Turismo tem por finalidade o desenvolvimento do Turismo e seu equacionamento como fonte de renda nacional, e será formulada, coordenada e executada, nos termos do art. 2º da Lei nº 8.181, de 28 de março de 1991, pela EMBRATUR – Instituto Brasileiro de Turismo. A Política Nacional de Turismo observará as seguintes diretrizes no seu planejamento: ● a prática do Turismo como forma de promover a valorização e a preservação do patrimônio natural e cultural do país e; ● a valorização do homem como o destinatário final do desenvolvimento turístico. A Política Nacional de Turismo tem por objetivo: - Democratizar o acesso ao Turismo Nacional, pela incorporação de diferentes segmentos populacionais, de forma a contribuir para a elevação do bem-estar das classes de menor poder aquisitivo; - Reduzir as disparidades sociais e econômicas de ordem regional, através do crescimento da oferta de emprego e melhor distribuição de renda; - Aumentar os fluxos turísticos, a taxa de permanência e o gasto médio de turistas estrangeiros no país, mediante maior • divulgação do produto brasileiro em mercados com potencial remissivo em nível internacional; - Difundir novos pontos turísticos, com vistas a diversificar os fluxos entre as Unidades de Federação e beneficiar especialmente as regiões de menor nível de desenvolvimento; - Ampliar e diversificar os equipamentos e serviços turísticos, adequando-os às características socioeconômicas regionais e municipais; - Estimular o aproveitamento turístico dos recursos naturais e culturais que integram o patrimônio turístico, com vistas à sua valorização e conservação; - Estimular a criação e a implantação de equipamentos destinados a atividades de expressão cultural, serviços de animação turística e outras atrações com capacidade de retenção e prolongamento da permanência dos turistas. Obs: Este Decreto regulamentou a Lei nº 8.181 de 1991, esclarecendo de uma forma mais abrangente e retirando as dúvidas na sua interpretação. Decreto nº 4.898 de 26 de novembro de 2003 O Decreto n° 4.898 de 26 de novembro de 2003 transfere competências da EMBRATUR – Instituto Brasileiro de Turismo para o Ministério do Turismo, e dá outras providências. Ficam transferidas as competências da EMBRATUR – Instituto Brasileiro de Turismo para o Ministério do Turismo, relativas ao cadastramento de empresas, à classificação de empreendimentos dedicados às atividades turísticas e ao exercício da função fiscalizadora, estabelecidas no art. 3º, inciso X, da Lei nº 8.181, de 28 de março de 1991. Ficam transferidos da EMBRATUR para o Ministério do Turismo os direitos, as obrigações e os acervos técnicos e patrimoniais utilizados no desempenho das atividades referidas no art. 1º deste Decreto. A EMBRATUR prestará apoio logístico necessário à execução das atividades transferidas para o Ministério do Turismo. Com a criação do Ministério de Turismo a Embratur transferiu todas as responsabilidades sejam normativa e executiva, ficando com a promoção e a divulgação do Brasil nacional e internacionalmente para qual foi criada desde o início em 1966. Decreto n° 5.406 de 30 de março de 2005 O Decreto n° 5.406 de 30 de março de 2005 regulamenta o cadastro obrigatório para fins de fiscalização das sociedades empresárias, das sociedades simples e dos empresários individuais que prestem serviços turísticos remunerados. As sociedades empresárias, as sociedades simples e os empresários individuais que prestem serviços turísticos remunerados, doravante denominados, para efeitos deste Decreto, PRESTADORES DE SERVIÇOS TURÍSTICOS, observarão as normas e as diretrizes aqui previstas, relativas ao cadastro obrigatório e à fiscalização e, no que couber, aos demais atos de regulamentação expedidos por órgãos do Poder Executivo. O cadastro de que trata este artigo tem por objetivo a identificação dos prestadores de serviços turísticos, com vista ao reconhecimento de suas atividades, empreendimentos, equipamentos e serviços, bem como do perfil de atuação, qualidade e padrões dos serviços por eles oferecidos. Viviam-se momentos em que o governo ditava as normas sem permitir que os empresários pudessem opinar, foi o que aconteceu na primeira Lei nº 55 de 1966, onde a representação do governo no CNTur era de nove governamentais e quatro entidades privadas, tais como Agências de Viagens, Hoteleiros, Transportadora e CNC. Para não ficar como observadores as entidades privadas pediram que o CNTur tivesse paridade, ou seja, quatro de cada lado para que as votações fossem justas. O que aconteceu? Não aceitaram e a iniciativa privada saiu e nunca mais voltou, tanto que o CNTur acabou. Quem herdou a CNTur foi a EMBRATUR. Criada para propaganda e marketing do Turismo no Brasil e exterior, passando a ser Executiva e Normativa durante muitos anos até a criação do Ministério do Turismo. Mas neste meio tempo, em 1986, o Presidente Sarney publicou o Decreto nº 2.294 com um único Artigo dizendo que a atividade do Turismo era livre no país. Os boatos foram de que um parente do Presidente Sarney, no Maranhão, tentou abrir uma Agência e não conseguiu, pois não preenchia os requisitos exigidos pela Embratur naquele tempo, que era viabilidade de mercado e capacidade técnica do sócio. Todas as entidades representativas de Turismo apresentaram suas reclamações, mas nada adiantou e o mercado de Turismo virou um caos. Foram abertas milhares de agências de viagens pelo Brasil sem nenhuma capacitação e a qualidade dos serviços acabou. Nesta época, a presidência do SINDETUR-Sindicato das Empresas de Turismo do Estado do Rio de Janeiro durante muitos anos transformou a entidade em sala de aula a fim de formar e capacitar para a atividade. Gradativamente o SINDETUR conseguiu mudar este posicionamento quando o governo sentiu a representatividade do setor do Turismo e o impacto na economia do país e na economia mundial. A criação do Mtur – Ministério de Turismo reconheceu definitivamente a importância do SINDETUR como entidade que diminui as desigualdades sociais e regionais, que cria milhões de empregos, renda e entrada de bilhões de dólares em divisas através da vinda de turistas internacionais. Decreto n° 5.406 de 30 de março de 2005 – Cadastramento do Ministério do Turismo - Estão sujeitos ao cadastramento no Ministério do Turismo os seguintes prestadores de serviços turísticos, definidos em legislações específicas: ➢ Meios de hospedagem de turismo; ➢ Agências de turismo; ➢ Transportadoras turísticas; ➢ Prestadores de serviços de organização de congressos, convenções e eventos congêneres; ➢ Prestadores de serviço de organização de feiras, exposições e eventos congêneres; ➢ Parques temáticos e, ➢ Outros prestadores de serviços que exerçam atividades reconhecidas pelo ministério do turismo como de interesse para o turismo. Aula 07: Lei geral do Turismo Lei n° 11.771, de 17 de setembro de 2008 - Dispõe sobre a Política Nacional do Turismo, define as atribuições do Governo Federal no planejamento, desenvolvimento e estímulo ao setor turístico; revoga a Lei n° 6.505, de 13 de dezembro de 1977, o Decreto-Lei n° 2.294, de 21 de novembro de 1986, e dispositivos da Lei n°8.181, de 28 de março de 1991; e dá outras providências. - As viagens e estadas de que trata o caput deste artigo devem gerar movimentação econômica, trabalho, emprego, renda e receitas públicas, constituindo-se instrumento de desenvolvimento econômico e social, promoção e diversidade cultural e preservação da biodiversidade. Caberá ao Ministério do Turismo estabelecer a Política Nacional de Turismo, planejar, fomentar, regulamentar, coordenar e fiscalizar a atividade turística, bem como promover e divulgar institucionalmente o turismo em âmbitonacional e internacional. - O poder público atuará, mediante apoio técnico, logístico e financeiro, na consolidação do turismo como importante fator de desenvolvimento sustentável, de distribuição de renda, de geração de emprego e da conservação do patrimônio natural, cultural e turístico brasileiro. Política Nacional do Turismo – Princípios - A Política Nacional de Turismo é regida por um conjunto de leis e normas, voltadas ao planejamento e ordenamento do setor, e por diretrizes, metas e programas definidos no Plano Nacional do Turismo - PNT - estabelecido pelo Governo Federal. - A Política Nacional de Turismo obedecerá aos princípios constitucionais da livre iniciativa, da descentralização, da regionalização e do desenvolvimento econômico-social justo e sustentável. Política Nacional do Turismo – Objetivos - Quando se tratar de unidades de conservação, o Turismo será desenvolvido em consonância com seus objetivos de criação e com o disposto no plano de manejo da unidade. - Veja quais são os objetivos da Política Nacional de Turismo: 1) democratizar e propiciar o acesso ao Turismo no país a todos os segmentos populacionais, contribuindo para a elevação do bem-estar geral; 2) Reduzir as disparidades sociais e econômicas de ordem regional, promovendo a inclusão social pelo crescimento da oferta de trabalho e melhor distribuição de renda; 3) Ampliar os fluxos turísticos, a permanência e o gasto médio dos turistas nacionais e estrangeiros no país, mediante a promoção e o apoio ao desenvolvimento do produto turístico brasileiro; 4) Estimular a criação, a consolidação e a difusão dos produtos e destinos turísticos brasileiros, com vistas em atrair turistas nacionais e estrangeiros, diversificando os fluxos entre as unidades da Federação e buscando beneficiar, especialmente, as regiões de menor nível de desenvolvimento econômico e social; 5) Propiciar o suporte a programas estratégicos de captação e apoio à realização de feiras e exposições de negócios, viagens de incentivo, congressos e eventos nacionais e internacionais; 6) Promover, descentralizar e regionalizar o Turismo, estimulando estados, Distrito Federal e municípios a Planejar, em seus territórios, as atividades turísticas de forma sustentável e segura, inclusive entre si, com o envolvimento e a efetiva participação das comunidades receptoras nos benefícios advindos da atividade econômica; 7) Criar e implantar empreendimentos destinados às atividades de expressão cultural, de animação turística, entretenimento e lazer e de outros atrativos com capacidade de retenção e prolongamento do tempo de permanência dos turistas nas localidades; 8) Propiciar a prática de Turismo sustentável nas áreas naturais, promovendo a atividade como veículo de educação e interpretação ambiental e incentivando a adoção de condutas e práticas de mínimo impacto compatíveis com a conservação do meio ambiente natural; 9) Preservar a identidade cultural das comunidades e populações tradicionais eventualmente afetadas pela atividade turística; 10) Prevenir e combater as atividades turísticas relacionadas aos abusos de natureza sexual e outras que afetem a dignidade humana, respeitadas as competências dos diversos órgãos governamentais envolvidos; 11) Desenvolver, ordenar e promover os diversos segmentos turísticos; 12) Implementar o inventário do patrimônio turístico nacional, atualizando-o regularmente; 13) Propiciar os recursos necessários para investimentos e aproveitamento do espaço turístico nacional de forma a permitir a ampliação, a diversificação, a modernização e a segurança dos equipamentos e serviços turísticos, adequando-os às preferências da demanda, e, também, às características ambientais e socioeconômicas regionais existentes; 14) Aumentar e diversificar linhas de financiamentos para empreendimentos turísticos e para o desenvolvimento das pequenas e microempresas do setor pelos bancos e agências de desenvolvimento oficiais; 15) Contribuir para o alcance de política tributária justa e equânime, nas esferas federal, estadual, distrital e municipal, para as diversas entidades componentes da cadeia produtiva do Turismo; 16) Promover a integração do setor privado como agente complementar de financiamento em infra-estrutura e serviços públicos necessários ao desenvolvimento turístico; 17) Propiciar a competitividade do setor por meio da melhoria da qualidade, eficiência e segurança na prestação dos serviços, da busca da originalidade e do aumento da produtividade dos agentes públicos e empreendedores turísticos privados; 18) Estabelecer padrões e normas de qualidade, eficiência e segurança na prestação de serviços por parte dos operadores, empreendimentos e equipamentos turísticos; Plano Nacional do Turismo – PNT - O Plano Nacional de Turismo - PNT será elaborado pelo Ministério do Turismo, ouvidos os segmentos públicos e privados interessados, inclusive o Conselho Nacional de Turismo, e aprovado pelo presidente da república. - O PNT terá suas metas e programas revistos a cada 4 (quatro) anos, em consonância com o plano plurianual, ou quando necessário, observado o interesse público, tendo por objetivo ordenar as ações do setor público, orientando o esforço do Estado e a utilização dos recursos públicos para o desenvolvimento do Turismo. - O Ministério do Turismo, em parceria com outros órgãos e entidades integrantes da administração pública, publicará, anualmente, relatórios, estatísticas e balanços, consolidando e divulgando dados e informações sobre: movimento turístico receptivo e emissivo; atividades turísticas e seus efeitos sobre o balanço de pagamentos; e efeitos econômicos e sociais advindos da atividade turística. Plano Nacional do Turismo – PNT – Objetivos ● a política de crédito para o setor, nela incluídos agentes financeiros, linhas de financiamento e custo financeiro; ● a boa imagem do produto turístico brasileiro no mercado nacional e internacional; ● a vinda de turistas estrangeiros e a movimentação de turistas no mercado interno; ● maior aporte de divisas ao balanço de pagamentos; ● a incorporação de segmentos especiais de demanda ao mercado interno, em especial os idosos, os jovens e as pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, pelo incentivo a programas de descontos e facilitação de deslocamentos, hospedagem e fruição dos produtos turísticos em geral e campanhas institucionais de promoção; ● a proteção do meio ambiente, da biodiversidade e do patrimônio cultural de interesse turístico; ● a atenuação de passivos socioambientais eventualmente provocados pela atividade turística; ● o estímulo ao Turismo responsável praticado em áreas naturais protegidas ou não; ● a orientação às ações do setor privado, fornecendo aos agentes econômicos subsídios para planejar e executar suas atividades; ● a informação da sociedade e do cidadão sobre a importância econômica e social do Turismo. Sistema Nacional de Turismo - Organização e Composição - O Sistema Nacional de Turismo é composto pelos seguintes órgãos e entidades... ● Ministério do Turismo; EMBRATUR - Instituto Brasileiro de Turismo; ● Conselho Nacional de Turismo; ● Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo. - Poderão ainda integrar o Sistema... ● Os fóruns e os conselhos estaduais de turismo; ● Os órgãos estaduais de turismo; ● As instâncias de governança macrorregionais, regionais e municipais. - O Ministério do Turismo, Órgão Central do Sistema Nacional de Turismo, no âmbito de sua atuação, coordena os programas de desenvolvimento do Turismo, em interação com os demais integrantes. Sistema Nacional de Turismo – Objetivos - O Sistema Nacional de Turismo tem por objetivo promover o desenvolvimento das atividades turísticas, de forma sustentável, pela coordenação e integração das iniciativas oficiais com as do setor produtivo, de modo a... ● Atingir as metas do PNT; ● Estimular a integração dos diversos segmentos do setor, atuando em regime de cooperação com os órgãos públicos, entidades de classe e associaçõesrepresentativas voltadas à atividade turística; ● Promover a regionalização do Turismo, mediante o incentivo à criação de organismos autônomos e de leis facilitadoras do desenvolvimento do setor, descentralizando a sua gestão; ● Promover a melhoria da qualidade dos serviços turísticos prestados no país. Sistema Nacional de Turismo – Competências - Os órgãos e as entidades que compõem o Sistema Nacional de Turismo, observadas as respectivas áreas de competência, deverão orientar-se, ainda, no sentido de... ● Definir os critérios que permitam caracterizar as atividades turísticas e dar homogeneidade à terminologia específica do setor; ● Promover os levantamentos necessários ao inventário da oferta turística nacional e ao estudo de demanda turística, nacional e internacional, com vistas em estabelecer parâmetros que orientem a elaboração e a execução do PNT; ● Proceder a estudos e diligências voltados à quantificação, caracterização e regulamentação das ocupações e atividades, no âmbito gerencial e operacional, do setor turístico e à demanda e oferta de pessoal qualificado para o Turismo; ● Articular, perante os órgãos competentes, a promoção, o planejamento e a execução de obras de infraestrutura, tendo em vista o seu aproveitamento para finalidades turísticas; ● promover o intercâmbio com entidades nacionais e internacionais vinculadas direta ou indiretamente ao Turismo; ● Promover o intercâmbio com entidades nacionais e internacionais vinculadas direta ou indiretamente ao Turismo; ● Propor o tombamento e a desapropriação por interesse social de bens móveis e imóveis, monumentos naturais, sítios ou paisagens cuja conservação seja de interesse público, dado seu valor cultural e de potencial turístico; ● Propor aos órgãos ambientais competentes a criação de unidades de conservação, considerando áreas de grande beleza cênica e interesse turístico; ● Implantar sinalização turística de caráter informativo, educativo e, quando necessário, restritivo, utilizando linguagem visual padronizada nacionalmente, observados os indicadores de sinalização turística utilizados pela Organização Mundial de Turismo. Decreto n° 7.381 de 02 de dezembro de 2010 - O Decreto n° 7.381 de 02 de dezembro de 2010 regulamenta a Lei no 11.771, de 17 de setembro de 2008, que dispõe sobre a Política Nacional de Turismo, define as atribuições do Governo Federal no planejamento, desenvolvimento e estímulo ao setor turístico, e dá outras providências. Considerações do Decreto nº 7.381 de 02 de dezembro de 2010 - Política Nacional de Turismo ● Conjunto de leis e normas voltadas para o planejamento e o ordenamento do setor, bem como das diretrizes, metas e programas definidos no PNT; ● Plano Nacional de Turismo - PNT ● Conjunto de diretrizes, metas e programas que orientam a atuação do Ministério do Turismo, em parceria com outros setores da gestão pública nas três esferas de governo e com as representações da sociedade civil, iniciativa privada e terceiro setor, relacionadas ao Turismo, nos termos do art. 6º da Lei nº 11.771, de 2008; ● Sistema Nacional de Turismo ● Sistema formado por entidades e órgãos públicos ligados ao setor turístico, com o objetivo de promover o desenvolvimento das atividades turísticas de forma sustentável, integrando as iniciativas oficiais com as do setor privado, conforme preconizado no PNT; Comitê Interministerial de Facilitação Turística - Colegiado intersetorial integrado por órgãos públicos do governo federal, cuja área de atuação apresenta interfaces com o Turismo, criado com a finalidade de buscar a convergência e a compatibilização na execução da Política Nacional de Turismo com as demais políticas setoriais federais, nos termos do art. 11 da Lei nº 11.771, de 2008; Fundo Geral de Turismo – FUNGETUR - Fundo especial de financiamento, vinculado ao Ministério do Turismo, com orçamento específico, dispondo de patrimônio próprio e autonomia financeira e orçamentária, tendo como finalidade o fomento e a provisão de recursos para o financiamento de empreendimentos turísticos considerados de interesse para o desenvolvimento do Turismo nacional; Prestadores de Serviços Turísticos - Sociedades empresariais, sociedades simples, empresários individuais e serviços sociais autônomos prestadores de serviços turísticos remunerados, que exerçam atividades econômicas relacionadas à cadeia produtiva do Turismo, nos termos do art. 21 da Lei nº 11.771, de 2008. Lei Geral do Turismo - O decreto n° 7.381 de 02 de dezembro de 2010 foi produzido pelo governo e inciativa privada reunida no Conselho Nacional de Turismo, ou seja, foi elaborada por aqueles que têm conhecimento técnico e jurídico da atividade, portanto podemos considerar que o esforço para atingir as necessidades de todos os segmentos foi atingido. - O governo entendeu que a sua parte é no planejamento, desenvolvimento e estímulo ao setor turístico e disciplinar os prestadores de serviços turísticos através do cadastro e a fiscalização dos mesmos. - Listaram de forma clara que o Turismo gera movimentação econômica, trabalho, emprego, renda e que é um instrumento poderoso para o desenvolvimento do país e seu povo, diminuindo as desigualdades regionais e sociais. Preservação do Turismo - Temos que preservar o patrimônio natural, cultural, histórico e turístico brasileiro pois são a matéria-prima do turismo. Assistimos hoje que o Turismo não é mais para ricos e abastados, mas para todas as classes sociais ABCDEF, pelo aumento de renda da população, pela acessibilidade às tarifas reduzidas de transportes e hospedagens, somadas as facilidades de pagamento. - Incentivar a regionalização e interiorização do fluxo turístico com vistas de beneficiar localidades com potencial turístico, com envolvimento e a participação das comunidades receptoras, criando infraestrutura necessária para seu desenvolvimento sustentável. Não podemos esquecer de que não adianta equipamentos turísticos sem a mão de obra qualificada, portanto a formação, capacitação e reciclagem de recursos humanos se faz necessária. A Estrutura Normativa do Direito (Parte 1) – O Direito Primário - O Plano Nacional de Turismo, elaborado pelo Ministério de Turismo, com efetiva participação dos segmentos públicos e privados disponibiliza créditos e financiamentos para o setor investir. - O produto turístico brasileiro tem que ter qualidade para competir internacionalmente e se afirmar em definitivo como um destino procurado por todo o mundo. - Outro ponto importante no PNT é a revisão das metas e programas a cada 4 (quatro) anos, mantendo-os sempre atuais; mas também a publicação anual dos resultados, tanto do receptivo como a do emissivo, na balança de pagamento; enfim, os efeitos econômicos da atividade turística. - Outro ponto importante no PNT é a revisão das metas e programas a cada 4 (quatro) anos, mantendo-os sempre atuais; mas também a publicação anual dos resultados, tanto do receptivo como a do emissivo, na balança de pagamento; enfim, os efeitos econômicos da atividade turística. - Todos têm direito ao Turismo, inclusive pessoas idosas e aquelas portadoras de deficiência ou mobilidade reduzida, tanto que meios de hospedagens, transportes e infraestrutura urbana vêm se adaptando para a facilitação de deslocamentos. O Turismo e o Brasil - As informações trazidas por todos os cantos do Brasil e suas diversidades darão um novo perfil ao país, aumentando e distribuindo pelo território nacional os visitantes nacionais e internacionais para atingir as metas do PNT e descentralizando o fluxo turístico. - Aprendemos na primeira aula que Decreto regulamenta Lei e foi o que aconteceu com a LGT, regulamentada pelo Decreto nº 7.381 de 02 dezembro de 2010, esclarecendo todas as dúvidas que eventualmente sobraram quanto a sua interpretação, inclusive quanto ao Cadastro dos Prestadores de Serviços que têm validade de 2 anos. Aula 08 Prestadores de serviços turísticos - Lei 11.771: Consideram-se prestadores de serviços turísticos, para os fins desta Lei, as sociedadesempresárias, as sociedades simples, os empresários individuais e os serviços sociais autônomos que prestem serviços turísticos remunerados e que exerçam as seguintes atividades econômicas relacionadas à cadeia : ● produtiva do turismo: ● meios de hospedagem; ● agências de turismo; ● transportadoras turísticas; ● organizadoras de eventos; ● parques temáticos; ● acampamentos turísticos. Poderão ser cadastradas no Ministério do Turismo, atendidas as condições próprias, as sociedades empresariais que prestem os seguintes serviços: ● restaurantes, cafeterias, bares e similares; ● centros ou locais destinados a convenções e/ou a feiras e a exposições e similares; ● parques temáticos aquáticos e empreendimentos dotados de equipamentos de entretenimento e lazer; ● marinas e empreendimentos de apoio ao turismo náutico ou à pesca desportiva; ● casas de espetáculos e equipamentos de animação turística; ● organizadores, promotores e prestadores de serviços de infraestrutura, locação de equipamentos e montadoras de feiras de negócios, exposições e eventos; ● locadoras de veículos para turistas; e prestadores de serviços especializados na realização e promoção das diversas modalidades dos segmentos turísticos, inclusive atrações turísticas e empresas de planejamento, bem como a prática de suas atividades. Os prestadores de serviços turísticos estão obrigados ao cadastro no Ministério do Turismo, na forma e nas condições fixadas nesta Lei e na sua regulamentação. As filiais são igualmente sujeitas ao cadastro no Ministério do Turismo, exceto no caso de estande de serviço de agências de turismo instalado em local destinado a abrigar evento de caráter temporário e cujo funcionamento se restrinja ao período de sua realização. O Ministério do Turismo expedirá certificado para cada cadastro deferido, inclusive de filiais, correspondente ao objeto das atividades turísticas a serem exercidas. Somente poderão prestar serviços de turismo a terceiros, ou intermediá-los, os prestadores de serviços turísticos referidos neste artigo quando devidamente cadastrados no Ministério do Turismo. O cadastro terá validade de 2 anos, contados da data de emissão do certificado. O disposto neste artigo não se aplica aos serviços de transporte aéreo. Meios de Hospedagem - “Consideram-se meios de hospedagem os empreendimentos ou estabelecimentos, independentemente de sua forma de constituição, destinados a prestar serviços de alojamento temporário, ofertados em unidades de frequência individual e de uso exclusivo do hóspede, bem como outros serviços necessários aos usuários, denominados de serviços de hospedagem, mediante adoção de instrumento contratual, tácito ou expresso, e cobrança de diária." - Os meios de hospedagem podem dividir-se em categorias. Porém essa nomenclatura muda, para melhor entendimento do consumidor, nov uso feito pelas agências de viagem. - Veja quais são as nomenclaturas e como elas são utilizadas pelas agências: ➢ Luxo - Agência: Luxo ➢ Superior - Agência: Primeira ➢ Turístico - Agência: Turista Superior ➢ Econômico - Agência: Turista ➢ Simples - Agência - A classificação de meios de hospedagem no Brasil é uma polêmica, tanto que no tempo da Embratur vários hotéis sustentavam cinco estrelas, quando eram no máximo quatro estrelas. Isto gerou descontentamento entre os hoteleiros e a Embratur repassou para ABIH a obrigação de se auto classificarem, o que também não funcionou. - Atualmente, o MTur está tentando fazer uma Matriz de Classificação junto com a ABIH. - Foi definido na Lei que a diária é de 24 horas, mas não é verdadeiro, já que o check in é às 14:00 e o check out é às 12:00 horas ou conforme política de cada meio de hospedagem. - Os Meios de Hospedagem são obrigados a apresentar ao MTur a FNRH — Ficha Nacional de Registro de Hóspedes —, que são preenchidos pelos clientes na hora da entrada, informando nome, endereço, nacionalidade, tempo de permanência entre outros dados, que serão utilizados para estatística. Agência de Turismo - “Compreende-se por agência de turismo a pessoa jurídica que exerce a atividade econômica de intermediação remunerada entre fornecedores e consumidores de serviços turísticos ou os fornece diretamente. São considerados serviços de operação de viagens: as excursões e os passeios turísticos; a organização, a contratação e a execução de programas, roteiros, itinerários, bem como a recepção, a transferência e a assistência ao turista.” Agências de Turismo: Consumidor x Fornecedores - As agências de turismo prestam serviços turísticos de intermediação remunerada entre consumidores e fornecedores. - Quem são os fornecedores? Toda cadeia produtiva do turismo, ou seja, empresas aéreas, marítimas, ferroviárias, rodoviárias, meios de hospedagem, restaurantes e similares, locadoras de veículos, parques temáticos e aquáticos, em tudo aquilo que os turistas desejarem na sua viagem. Os serviços privativos das agências de turismo são operação de viagens, excursões, passeios, contratação e execução de programas e todo tipo de assistência ao turista. Não haveria turismo organizado se não existissem as agências de viagens. . Transportadoras Turísticas - “Consideram-se transportadoras turísticas as empresas que tenham por objeto social a prestação de serviços de transporte turístico de superfície, caracterizado pelo deslocamento de pessoas em veículos e embarcações por vias terrestres e aquáticas”. - Existem três tipos de transportadoras turísticas de superfície: ➢ Exclusivas: dedicam-se apenas ao turismo. ➢ Mistas: Executam serviços de transportes turísticos mas também têm linhas regulares concedidas. ➢ Eventuais: Transportadoras de linhas regulares e excepcionalmente são chamadas para serviços turísticos como acontece em grandes eventos Revéillon, Carnaval, já que não há disponibilidade das transportadoras turísticas - Compreendem-se por organizadoras de eventos as empresas que têm por objeto social a prestação de serviços de gestão, planejamento, organização, promoção, coordenação, operacionalização, produção e assessoria de eventos. - As empresas organizadoras de eventos distinguem-se em 2 categorias: as organizadoras de congressos, convenções e congêneres de caráter comercial, técnico-científico, esportivo, cultural, promocional e social, de interesse profissional, associativo e institucional, e as organizadoras de feiras de negócios, exposições e congêneres. - O preço do serviço das empresas organizadoras de eventos é o valor cobrado pelos serviços de organização, a comissão recebida pela intermediação na captação de recursos financeiros para a realização do evento e a taxa de administração referente à contratação de serviços de terceiros. Categorias dos organizadores de eventos - A LGT entende que organizadora de eventos se divide em duas categorias: as organizadoras de congressos, convenções e congêneres e as organizadoras de feiras e exposições. A nosso ver não existe na prática esta divisão, elas atuam nas duas pontas. - Eventos em geral são muito disputados pelas cidades e países, pois trazem milhares de visitantes e deixam milhões de reais, além de gerar emprego e renda. O que era Barretos no estado de São Paulo antes da Festa do Boiadeiro, absolutamente nada e pobre, ao contrário de hoje. - Imaginem a Copa do Mundo de Football em 2014 pelo Brasil e Olímpiadas em 2016 no Rio de Janeiro, se nos prepararmos em todos os sentidos para estes grandes eventos e obtivermos sucesso, o Brasil vai dobrar ou triplicar a entrada de turistas internacionais. Parques temáticos - Consideram-se parques temáticos os empreendimentos ou os estabelecimentos que tenham por objeto social a prestação de serviços e atividades, implantados em local fixo e de forma permanente, ambientados tematicamente, considerados de interesse turístico pelo Ministério do Turismo. Fonte: Lei 11771 - A novidade da LGT foi a inclusão justa dos parques temáticos, que devem ser fixos e permanentes, ambientados tematicamente. considerados de interesse turístico, como Hopi Hari, BetoCarrero World entre outros. São equipamentos turísticos que promovem localidades sem nenhum interesse para Turismo, mas quando instalados trazem desenvolvimento e riqueza. Servem como destinos turísticos ou aumentam a estada do turista na localidade pelos seus atrativos como o fantástico caso da Disneyworld, na Flórida. Acampamentos turísticos - "Consideram-se acampamentos turísticos as áreas especialmente preparadas para a montagem de barracas e o estacionamento de reboques habitáveis, ou equipamento similar dispondo, ainda, de instalações. equipamentos e serviços específicos para facilitar a permanência dos usuários ao ar livre. O Poder Executivo discriminará, mediante regulamentação. os equipamentos mínimos necessários para o enquadramento do prestador de serviço na atividade de que trata o caput deste artigo. " Fonte: Lei 11771 - O Governo Brasileiro insiste em Acampamentos Turísticos com prestador de serviços, quando a realidade do país é outra, ou seja, não temos acampamentos turísticos que mereceriam todo este destaque. Viajar pelo nosso país e permanecer em acampamentos é quase impossível. já que a maioria tem infraestrutura precária. Se falarmos dos EUA e seus parques nacionais e acampamentos pelo todo território americano, os trailers e os motor-homes maravilhosos, que são verdadeiras casas e a permanência dos turistas poderá durar meses. Aula 09: Regulamento para transporte aéreo de passageiros - doméstico Portaria 676/GC5 de 13 de novembro de 2000 - A Lei Portaria 676/CG5 de 13 de novembro de 2011 aborda assuntos extremamente importantes sobre o regulamento de transportes aéreos, tais como: ● Contrato de Transporte Aéreo; ● Bilhete de Passagem; ● Endosso; ● Reembolso; ● Confirmação e Cancelamento de reserva; ● Extravio; ● Apresentação do Passageiro; ● Alterações do Contrato de Transporte; ● Bagagem; ● Transporte de animais vivos; ● Transporte de artigos perigosos; ● Tarifas de passagens aéreas; ● Deveres do Passageiro; ● Disciplina a bordo. Passagens aéreas - A passagem aérea emitida em nome do comprador já é um Contrato de Transporte, portanto, a empresa terá que cumprir pelo que foi pago. É muito importante observar que o bilhete é pessoal e intransferível, ou seja, não pode ser utilizado por outra pessoa. Sua validade é de 1 ano, e não será atingido pelos reajustes tarifários que ocorrerem nesse período. - Informações importantes: Hoje em dia, os bilhetes são eletrônicos, chamados E-tkt, cujos dados devem ser observados pelo passageiro, tais como: nome correto, caso contrário não embarcará; data da viagem; destino; horário; número do voo e empresa aérea. Se perder o bilhete não há problema já que tudo é eletrônico, é um código XXXYYY. Basta informar o nome, o dia da viagem e o horário para que, automaticamente, a reserva esteja na tela. - Tarifas: As empresas aéreas colocam à venda uma diversidade de tarifas para um mesmo destino, mesmo dia e mesmo horário. Você encontrará pessoas que pagaram menos e outras muito mais, embora estando na mesma classe e assentos semelhantes. Isto é simples de entender: no momento da compra a disponibilidade permitia uma tarifa mais barata, mas, para quem comprar em cima da hora e em um voo quase lotado, pagará muito mais. Os menores de 2 anos pagam 10% do valor de um adulto e não têm direito ao assento, viajam no colo; enquanto os menores acima de 2 e até 12 anos incompletos pagam 50% ou mais da passagem do adulto com direito ao assento. - Horário do voo e trocas: Indica-se que o passageiro compareça com 60 minutos de antecedência do voo ao aeroporto no caso de voos nacionais, já no caso de voos internacionais a antecedência deve ser de 120 minutos mais ainda na Alta Temporada. É aconselhável chegar antes para não ficar no “chão", ou seja, não embarcar. Caso o passageiro solicite alteração na viagem pagará multa e até diferença tarifária se não houver disponibilidade na tarifa que pagou. mas quando a empresa aérea cancelar o voo, ou atrasar por mais de 4 horas. o passageiro tem direito a solicitar endosso para viajar em outra empresa aérea ou pedir o reembolso integral, desde que tenha pago à vista; se o pagamento foi feito com cartão de crédito. é preciso esperar 30 dias; a empresas aérea será obrigada a fornecer transporte, hospedagem, refeições e uso de telefone. - Bagagem: O assunto bagagem é muito interessante porque as pessoas e, principalmente, as mulheres gostariam de levar todo o armário, mas no voo doméstico a permissão atual são de 23 kg em classe econômica e 30kg em primeira classe, e em aviões pequenos apenas 10kg por passageiro. Nos voos internacionais temos o Piece Concept, ou seja, 2 malas com 32 kg cada uma. Quanto à bagagem de mão são 5 kg em 115 cm, embora, nos voos domésticos, as pessoas não obedecem. Contudo, nos voos internacionais o rigor no cumprimento desta limitação é extremo. Em caso de extravio de bagagem a empresa aérea será responsabilizada e fará tudo para encontrá-la e entregar no endereço fornecido pelo passageiro, mas se em 30 dias não for entregue, o passageiro receberá indenização. Essa indenização será feita com base no volume da bagagem e não seu conteúdo. Após o 11 de setembro de 2001, por conta dos atos terroristas em Nova York, as empresas aéreas aumentaram drasticamente a segurança em suas aeronaves e passaram a ser proibidos o transporte até de isqueiro, canivete suíço, fósforo, água mineral, e perfumes só em pequenos frascos nas bagagens de mão. Como transportar animais de estimação em aviões? - Animais vivos poderão ser transportados na cabine de passageiros (cães e gatos pequenos) em embalagem apropriada, na quantidade de 1 ou 2 animais, dependendo da empresa aérea. Os outros serão transportados em compartimento de carga. Todos têm que portar atestado de sanidade animal, fornecido por um veterinário. Aula 10: Código de defesa do consumidor Consumidor - “Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. “ Artigo 6° do Código de Defesa do Consumidor – Exemplo - No Artigo 6º (http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/anotada/2342184/art-6-do-codig o-de-defesa-do-consumidor-lei-8078-90) do CDC estão elencados os Direitos Básicos do Consumidor que são: proteção da vida, saúde, segurança, publicidade enganosa, cláusulas abusivas entre outros. - Para exemplificar do que trata a Responsabilidade pelo Fato e Serviço, informando que o serviço é defeituoso quando não fornece segurança ao Consumidor pelo modo do fornecimento, os riscos e época que foi fornecido, imagine que uma agência de viagens venda uma excursão http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/anotada/2342184/art-6-do-codigo-de-defesa-do-consumidor-lei-8078-90 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/anotada/2342184/art-6-do-codigo-de-defesa-do-consumidor-lei-8078-90 para Turquia ao cliente sabendo que dois dias antes houve um terremoto de 8.5° em Istambul. - Tal ação estaria violando a Lei prevista no Artigo 6/ do CDC já que colocaria assim a segurança do consumidor em risco. - O fornecedor não será responsabilizado quando provar que o defeito é inexistente ou é culpa exclusiva do consumidor. Exemplo - Em uma viagem, o reservado foi o Hotel Sheraton, mas por problemas técnicos o cliente ficou no Hotel Intercontinental, de mesma categoria e localização, portanto, não houve falha no atendimento ao cliente. Responsabilidade por vícios do serviço - Segundo o professor Rizatto Nunes: "O vício é uma característica inerente , intrínseca do produto ou serviço em si . O defeito é um vício acrescido de um problema extra , alguma coisa extrínseca, que causa um dano maior que simplesmente o mau funcionamento, o não funcionamento, a quantidade errada, a perda do valor pago" . - Tornou se muito comum pela utilização de compras via internet, principalmente de meios de hospedagem, os consumidores se decepcionarem ao deparar-se com o produto adquirido, que na foto são lindos, mas quando se chega ao local é decepcionante. Nestes casos, o consumidor terá direito, alternativamentee à sua escolha à reexecução dos serviços, à restituição imediata ou ao abatimento no preço. - Consta no código de defesa do consumidor o direito de reclamação por parte daquele que adquiriu o produto em, no máximo, 30 dias. - Em caso de serviços como este (compra de diária de pousada, hotel, etc.) inicia-se esta contagem a partir do retorno de viagem). - Aqueles que adoram comprar tudo pela internet, inclusive serviços turísticos, devem observar o Artigo 49 do CDC, que permite ao consumidor se arrepender no prazo de 7 dias a contar do dia que apertou o botão de “concordo”. Fornecedores - Os fornecedores têm atualmente muita atenção na hora de apresentar uma oferta ou publicidade dos seus serviços, informando de forma clara e de fácil entendimento para não induzir o consumidor ao erro de interpretação, mas quando acontecer e o fornecedor recusar o cumprimento, o consumidor poderá, alternativamente e à sua livre escolha, exigir o cumprimento, aceitar outro serviço equivalente e rescindir o contrato se pagou algum valor. - Como exemplo: Um erro material por parte do jornal ou do site que ao invés de informar o valor de R$ 2.000,00 publicou R$ 200,00. Caso apareça um cliente solicitando esse serviço, a empresa terá que honrar o valor anunciado. Contrato de viagem - Antes de comprar qualquer produto turístico leia o Contrato de Viagem com atenção, mesmo sendo difícil encontrar cláusulas abusivas em na atividade de turismo, o que é mais comum em contratos de seguro de saúde. - Todas essas cláusulas são consideradas nulas de pleno direito pelo judiciário e no CDC. Artigo 52 do código de defesa do consumidor - É muito utilizado no Turismo que envolve créditos e financiamentos, além de moedas estrangeiras, principalmente dólares e euros. Exemplo: Vamos fazer um cruzeiro marítimo que é publicado em dólares e pago ao câmbio turismo do dia do pagamento, para obtermos os valores em reais, e tudo isso em 10 vezes sem juros, desde que seja utilizado cartão de crédito. Como não tenho cartão de crédito e desejo pagar em cheques pré-datados, o serviço será acrescido de juros. - Por isso, as informações ao consumidor devem conter o valor dos serviços em moeda estrangeira, o câmbio utilizado, o valor em reais, o número de prestações e o valor final com juros. - O Artigo 54 do CDC trata dos Contratos de Adesão, ou como é chamado no Turismo, trata das Condições Gerais. - São aquelas cujas cláusulas são aprovadas pela autoridade competente ou estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de serviços, sem que o consumidor possa discutir ou modificar substancialmente seu conteúdo. - São os casos das excursões onde o operador apresenta em seu folheto todas as informações como: - Disneyworld Fantástica, saída dia 12 de janeiro de 2012 e retorno em 15 de janeiro de 2012, voando pela TAM, em classe econômica promocional “W”, hospedagem no Hotel Holiday Inn International Drive, sem café. Atrações incluídas: 4 ingressos Disney, 2 ingressos Universal Studios, Seaworld e Busch Gardens com transportes em ônibus de luxo. Guia acompanhante brasileiro. - O consumidor aceita viajar ou não, já que não poderá modificar nada que foi oferecido no pacote de viagem, ou seja, faz a sua adesão concordando com tudo e assina o contrato.
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