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LEGISLAÇÃO APLICADA AO TURISMO

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LEGISLAÇÃO APLICADA AO TURISMO
AULA 01: Introdução ao Direito
Cidadania:
- É um vínculo jurídico-político-social que une um indivíduo a um
determinado estado, constituindo-se no exercício e gozo dos direitos
civis e políticos atribuídos aos nacionais.
Direito Público:
- Preocupa-se com os interesses gerais da coletividade e com a
organização do estado. Cuida da hierarquia entre os órgãos do direito
administrativo, judiciário e penal.
Direito Privado:
- Regula as relações entre os homens com foco no interesse particular
dos indivíduos, ou a ordem privada. Organiza as relações humanas que
surgem dentro do âmbito familiar, as obrigações entre indivíduos, os
direitos sobre as coisas. Pode também ser denominado de direito civil.
Definição de Lei:
- Regra geral que, emanando de autoridade competente, é imposta,
coativamente, à obediência de todos.
Vigência da Lei:
- Começa a vigorar em todo território nacional 45 dias depois de
oficialmente publicada.
- A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare,
quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a
matéria de que tratava a lei anterior.
Hierarquização das Leis:
- As leis são divididas por hierarquia, um dos exemplos da divisão das
leis é a constituição.
- A constituição é a lei fundamental e suprema de um estado, que
contém normas respeitantes a formação dos poderes públicos, forma
de governo, distribuição de competências, direitos e deveres cidadãos
Magna ou Carta Constitucional:
- É a norma que estabelece a estrutura dos elementos estatais, a
finalidade do estado.
- Norma constitucional tem supremacia sobre outras normas.
Emenda Constitucional:
- Ato integrante do processo legislativo, promovido por proposta
discutida e votada em cada casa do congresso nacional em 2 turnos,
considerando-se aprovada se obtiver 315 dos votos. Não pode ser
objeto de emenda: forma federativa do estado, sufrágio universal, a
separação dos poderes e os direitos e garantias individuais.
Alguns conceitos:
- Lei Complementar: Destina-se a completar dispositivos da constituição
e deve ser aprovada por maioria absoluta na câmara e no senado.
- Lei Ordinária: É a Lei propriamente dita; é um ato legislativo típico.
- Lei Delegada: É elaborada pelo presidente, por delegação do congresso
nacional mediante resolução, na qual se especificará o conteúdo e os
termos de seu exercício e da qual poderá constar que o projeto seja
apreciado pelo órgão delegante.
- Medida Provisória: Ato normativo, com força de lei, editado pelo
presidente em caso de relevância e urgência submetido de imediato ao
congresso nacional, e cuja eficácia se extingue, desde a edição, se não
for convertido em lei no prazo de 30 dias a partir da publicação.
- Decreto: Um ato administrativo editado pelo presidente e rendado por
ministro do estado, para o fim de regulamentar uma lei ou prover
disposição dela emanada.
- Portaria: É uma espécie de ato normativo de autoridade pública,
geralmente ministro do estado, destinado a reduzir ao mínimo a
abstração do decreto a que se prende.
Poderes da União:
- Legislativo: elabora as leis
- Judiciário: aplica as leis
- Executivo: administra as leis
AULA 02: Direito Constitucional
Nacionalidade:
- Vínculo sócio-jurídico-político, que une um indivíduo a um Estado, quer
por naturalidade, quer por naturalização e que impõe obrigações e
concede-lhe direitos.
- Ela é originária ou natural quando acontece o nascimento e adquirida
quando é mudada após o nascimento.
- A nacionalidade brasileira poderá ser de natos e de naturalizados.
Símbolos Oficiais das Nações:
- Língua portuguesa, bandeira, hino, armas, selos nacionais, etc.
Responsabilidade da União:
- A União poderá explorar, diretamente ou mediante autorização,
concessão ou permissão:
➢ A navegação aérea, aeroespacial e a infraestrutura
aeroportuária;
➢ Os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos
brasileiros e fronteiras nacionais ou que transponham os limites
de estado ou território;
➢ Os serviços de transporte rodoviário interestadual e
internacional de passageiros; os portos marítimos, fluviais e
lacustres.
- As empresas aéreas, marítimas, rodoviárias, ferroviárias são concessões
de vários anos e renovadas ou não no seu vencimento.
- Transportes explorados pela iniciativa privada.
- A União trata da nacionalidade, da cidadania e da naturalização; da
emigração e da imigração; da entrada no país; da extradição; expulsão
de estrangeiros.
- É dever da União proteger documentos, obras e outros bens de valor
histórico, cultural, artísticos e naturais para proporcionar a todos
acesso a estes tesouros do Turismo.
AULA 03: Segurança Pública e Meio Ambiente
Segurança pública - Polícia Federal
- A Polícia Federal é muito importante para o Turismo, pois fica
responsável por muitos trâmites que envolvem a Segurança Pública em
uma viagem.
- Quando realizamos uma viagem, o nosso primeiro contato é com a
Polícia Federal, no momento da emissão do passaporte. A Polícia
Federal é responsável também por cuidar dos interesses da União, das
funções de Polícia Marítima, Aeroportuária e de Fronteiras, e do
embarque e desembarque de passageiros.
- Ela é responsável ainda por prevenir e reprimir o tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho;
exercitando, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da
União.
- Quando viajamos pelas rodovias federais ― as BRs ― vamos nos deparar
com a Polícia Rodoviária Federal, que se destina ao patrulhamento
ostensivo das rodovias federais.
Segurança pública - Outros Órgãos
- Além da Polícia Federal, temos três outros órgãos responsáveis pela
segurança pública dentro da sociedade:
➢ Polícia Civil: A polícia civil, dirigidas por delegados de polícia de
carreira, ressalvadas a competência da União, cuida das funções
de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as
militares.
➢ Polícia Militar: A polícia militar cuida do policiamento ostensivo e
a preservação da ordem pública.
➢ Corpo de Bombeiras: Ao corpo de bombeiros militares, além das
atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades
de defesa civil.
Segurança pública - Órgãos especializados em turismo
- No Estado do Rio de Janeiro, por ser a cidade e esta" portão de entrada
dos turistas internacionais, foram criadas polícias especializadas para
o Turismo. Vejamos os exemplos abaixo:
➢ BPTur da polícia militar;
➢ DEAT que é Delegacia Especializada ao Atendimento de Turistas
da polícia civil e;
➢ GAT Grupamento de Apoio aos Turistas da Guarda Municipal.
- Todos esses órgãos atuam no corredor turístico, desde o Aeroporto
Internacional até a Barra da Tijuca, ou seja, onde houver turistas, como
no Corcovado e Pão de Açúcar.
Segurança pública - Ordem econômica e financeira
- No Artigo 180 da CF está escrito que a União, os estados, o Distrito
Federal e os municípios promoverão e incentivarão o Turismo como
fator de desenvolvimento social e econômico, portanto, o Turismo está
sendo reconhecido como uma das atividades mais importantes para
país.
- Como exemplo de promoções do Turismo feitas pelo governo temos a
Embratur que promoverá o Brasil, as secretarias e as empresas
estaduais de Turismo como a Turisrio e a nível municipal a Riotur, que
trabalham criando eventos, folhetaria, DVDs, entre outros materiais
para divulgação de Turismo.
- Como forma de incentivo os governos disponibilizam financiamentos
subsidiados para construção de equipamentos turísticos como meios
de hospedagem, parques temáticos e aquáticos, centros de
convenções através do BNDES e BID.
- Além disso, os governos oferecem projetos para implantar o Turismo em
novas regiões e como isso gerar empregos e renda para a população
local. O Nordeste é um exemplo de sucesso, o Turismo diminui a
migração para o Sudeste e melhorou a qualidade de vida nas cidades e
ainda novos polos turísticos forma criados como Itacaré, Morro de São
Paulo, Porto de Galinhas entre outros.
Meio ambiente
- Todos têm direito ao meio ambienteecologicamente equilibrado, bem
de uso comum do povo e essencial a uma qualidade de vida saudável,
impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e
preservá-lo para as presentes e as futuras gerações.
- Assistimos diariamente na mídia que o efeito estufa está destruindo o
mundo e para assegurar a efetividade desse direito é dever do Poder
Público:
➢ Preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover
o manejo ecológico das espécies e ecossistemas;
➢ Preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético
do país e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e à
manipulação de material genético;
➢ Definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais
e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a
alteração e a supressão permitidas somente através de lei,
vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos
atributos que justifiquem sua proteção;
➢ Exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade
potencialmente causadora de significativa degradação do meio
ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará
publicidade;
➢ Controlar a produção, a comercialização e o emprego de
técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a
vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;
➢ Promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a
conscientização pública para a preservação do meio ambiente;
➢ Proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas
que coloquem em risco sua função ecológica, provoque a
extinção de espécies ou submetam os animais à crueldade.
Exploração do meio ambiente
- Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio
ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo
órgão público competente, na forma da lei.
- A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o
Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e
sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que
assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso
dos recursos naturais.
Aula 04: Direito comercial e Direito do trabalho
Empresário
- A doutrina tem procurado substituir o tradicional conceito de
comerciante pelo conceito de empresário.
- O comerciante é o que pratica atos de comércio com fim de lucro e pelo
exercício profissional de qualquer atividade econômica organizada,
exceto a atividade intelectual, para a produção ou a circulação de bens
ou serviços.
- O empresário pode ser uma pessoa física -empresário individual ou
comerciante individual - ou uma pessoa jurídica - sociedade comercial.
- A empresa, sob o aspecto financeiro, é a atividade econômica
organizada de um organismo utilizado para o exercício da atividade
mercantil, subordinado ou dirigido por uma pessoa física ou jurídica,
que tem o nome de empresário.
Ponto comercial
- É o lugar no qual o comerciante se estabelece. Constitui um dos
elementos incorpóreos do estabelecimento ou fundo de comércio. Para
determinadas atividades a situação privilegiada do Ponto Comercial é
um patrimônio.
- A acessibilidade, a facilidade de deslocamento e a localização são
fundamentais para o sucesso do negócio, caso contrário, não terá
clientes.
Marcas e expressões ou sinais de propaganda
- A marca é um sinal distintivo capaz de diferenciar um produto ou um
serviço de outro.
- Seu requisito básico é a novidade, no sentido de originalidade e não
semelhança com marcas anteriores.
- Quanto à forma, a marca pode ser nominativa, se composta de
palavras, ou figurativa, se composta por símbolos, emblemas ou figuras.
Mista é composta por palavras e figuras.
- A proteção da marca opera-se pelo registro, válido por 10 anos e pode
ser prorrogado indefinidamente por períodos iguais e sucessivos. Para
registrar uma marca ou patente deve ser encaminhado, com toda a
documentação necessária, ao INPI para o devido registro.
Denominação Social
- Na Denominação Social não se usam os nomes dos sócios, mas uma
expressão qualquer, de fantasia, indicando o ramo de atividade, como
por exemplo: TAM e GOL.
- Pode-se usar até um nome próprio, sem que isso signifique a existência
no quadro social de um sócio com esse nome, podendo ser apenas
uma homenagem ao fundador, etc. Exemplo: IRMES TOURS e ABREUTUR
- Já a Firma ou Razão Social, deve ser formada por nomes dos sócios,
quando omitido um ou mais sócios, deve se acrescentar “Cia.”.
Exemplos: Pereira, Gonçalves & Peixoto ou José Pereira & Cia.
- O passo para se tornar empresário passa por todos os riscos do
negócio quando pratica atos de comércio com finalidade de lucro.
- O empresário pode ser uma pessoa física que chamamos de empresa
individual, trabalhando sozinho ou com dois empregados a exemplo de
representantes comerciais. O mais comum é a pessoa jurídica que é a
sociedade comercial com sócio e no país a maioria é chamada de
“Ltda.”.
- A Sociedade Limitada é restrita pelo seu Capital Social, ou seja, a
responsabilidade dos sócios fica limitada ao valor expresso no
Contrato Social, como por exemplo, R$ 40.000,00.
- Se obtiverem um crédito de R$ 100.000,00 e não conseguirem pagar,
sendo comprovado que não houve má-fé ou fraude, a responsabilidade
dos sócios não ultrapassará o valor do capital que é de R$ 40.000,00.
Contrato de Trabalho
- Direito do Trabalho - Empregador e empregado:
➢ Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviço
de natureza não eventual a um empregador, sob a dependência
deste e mediante salário. Só será considerado empregado
quando houver uma relação de trabalho subordinado e
permanente ou por tempo determinado.
➢ O empregador pode ser uma empresa individual ou coletiva, que,
assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e
dirige a prestação pessoal de serviços.
➢ Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da
relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de
beneficência, as associações recreativas ou outras instituições
sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como
empregados.
➢ A carteira de trabalho é obrigatória para o exercício de qualquer
emprego, inclusive de natureza rural, ainda que em caráter
temporário, e para o exercício por conta própria de atividade
profissional remunerada.
➢ O empregador terá 48 horas para anotá-la e devolvê-la ao
empregado.
➢ A CTPS será emitida pelas Delegacias Regionais de Trabalho
(DRTs) ou mediante convênio com outros órgãos.
- Jornada de trabalho:
➢ A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer
atividade privada, não excederá 8 horas diárias e 44 semanais,
facultadas à compensação de horários e à redução da jornada,
mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho.
➢ Poderá ser acrescida de horas suplementares (extras), sendo
remunerada ― no mínimo ― em 50% superior à hora normal.
➢ Determinadas categorias têm jornada inferior a normal ou turnos
de revezamento.
- Direitos do trabalhador:
➢ Férias: O descanso anual remunerado é consagrado em todas as
legislações por razões médicas, familiares e sociais. Após cada
período de 12 meses de trabalho, o empregado terá direito a
férias de 30 dias corridos, concedidos pelo empregador, nos 11
meses subsequentes do direito adquirido. O empregado receberá
seu salário normal acrescido de mais ⅓ do seu salário.
➢ 13° salário: Trata-se da tradicional gratificação de Natal,
transformada em lei, devida até o dia 20 de dezembro,
independentemente da remuneração a que o empregado fizer
jus; correspondente a 1/12 da remuneração devida em dezembro,
por mês de serviço.
➢ Adicionais: Salvo nos casos de revezamento semanal ou
quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior a do
diurno com pelo menos 20% sobre a diurna, desde que seja entre
22h e 5h do dia seguinte.
● Adicional por insalubridade: desde que o trabalho seja
exercido nestas condições, assegura ao empregado 40%,
20% e 10% do salário mínimo, segundo se classifiquem nos
graus: máximo, médio e mínimo.
● Adicional por periculosidade: assegura ao empregadoum
adicional de 30% sobre o salário.
➢ Remuneração: Compreendem-se na remuneração do empregado,
o salário devido e pago diretamente pelo empregador, como
também as comissões, as gratificações, as percentagens, em fim,
todas as vantagens pagas com habitualidade, uniformidade e
periodicidade.
➢ Aviso prévio: Nas relações de emprego, quando uma das partes
deseja rescindir, sem justa causa, o contrato de trabalho por
prazo indeterminado, deverá, antecipadamente, notificar à outra
parte, através do aviso prévio. Normalmente, o empregador
deverá avisar o empregado com 30 dias de antecedência da
ruptura do contrato de trabalho e concederá 2 horas diárias ao
empregado para procurar outro emprego. Ocorrendo a rescisão
do contrato de trabalho, sem justa causa, por iniciativa do
empregador, poderá ele optar pela concessão do aviso prévio
trabalhado ou indenizado, da mesma forma, quando o
empregado pedir demissão.
➢ FGTS: O fundo de garantia por tempo de serviço foi instituído
pela Lei 5.107 de 13.9.1966, agora regido pela Lei 8.306 de 11.05.1990.
O empregador recolhe mensalmente o valor de 8% do salário de
empregado, depositando em sua conta vinculada, que é corrigido
monetariamente pela instituição financeira. Trata-se de uma
indenização compensatória.
Rescisão de contrato
- Na sua maioria, a Rescisão do Contrato de Trabalho se dá sem justa
causa, apresentada pelo empregador, que deverá homologá-la no
Sindicato da Classe preferencialmente, se o empregado trabalhar mais
de um ano na empresa, caso não, poderá ser feita na empresa.
- As verbas rescisórias serão: Aviso Prévio, Férias integrais e/ou
proporcionais com 1/3, 13º Salário integral e/ou proporcional, salários,
40% de multa sobre o saldo dos depósitos do FGTS e entrega da Guia
do FGTS para levantamento do fundo, além da Guia do Seguro
Desemprego.
- O empregado poderá ser demitido por justa causa, quando faltar
demasiadamente sem nenhuma comprovação, estar sempre
embriagado, abandonar emprego, praticar atos ilícitos e lesivos.
- Neste caso não receberá Aviso Prévio, FGTS, Férias, 13º Salário e nem
proporcionais.
Sindicato e convenção coletiva
- Sindicato:
➢ Sindicato de Empregado é o agrupamento de membros de uma
profissão, destinado a assegurar a defesa e a representação da
respectiva categoria para melhorar as condições de trabalho.
➢ Sindicato Patronal congrega os empregadores com a finalidade
de defender seus interesses econômicos.
➢ São prerrogativas dos sindicatos: representar, perante as
autoridades administrativas e judiciárias, os interesses gerais da
respectiva categoria; celebrar convenções coletivas; colaborar
com o Estado como órgão técnico e consultivo entre outros.
- Convenção coletiva:
➢ É o acordo de caráter normativo, pelo qual dois ou mais
sindicatos, representativos de categorias econômicas e
profissionais, estipulam condições de trabalho aplicáveis, no
âmbito das respectivas representações, às relações individuais
de trabalho.
➢ A grande importância da Convenção Coletiva é que permite ao
empregado influir nas condições de trabalho, tornando-as
bilaterais; atenua o choque social e reforça a solidariedade do
operariado.
➢ É o poder da auto regulamentação dos próprios interesses.
Justiça do trabalho
- Compete à Justiça de Trabalho conciliar e julgar os dissídios
individuais e os coletivos entre os trabalhadores e os empregadores.
- São órgãos da Justiça do Trabalho:
➢ Varas de Conciliação e Julgamento;
➢ Tribunais Regionais do Trabalho e;
➢ Tribunal Superior do Trabalho.
Aula 05: Direito civil e Direito internacional
Contratos
- Contrato é o acordo de vontades, estabelecendo um vínculo
obrigacional entre partes.
- Pelo contrato de compra e venda, um dos contraentes se obriga a
transferir o domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preço
em dinheiro.
- Tudo na vida é contrato, até o casamento é um contrato.
- No Turismo não é diferente, quando abrimos uma empresa o primeiro
documento será o Contrato Social da constituição da firma. Abrirmos
uma conta no banco é contrato. Para que uma agência de viagens
obtenha crédito junto às empresas aéreas, aos hotéis, à locadora e a
todos os fornecedores têm que ter um contrato aprovado. Quando uma
pessoa participa de uma excursão ela assina um Contrato de Adesão
concordando com todos os itens da viagem.
Pessoas jurídicas públicas e privadas
- Pessoas jurídicas de direito público se dividem em interno que são a
União, os estados e os municípios e externos, que são os países
estrangeiros, os organismos internacionais tais como: OEA, ONU entre
outros.
- São pessoas jurídicas de direito privado:
➢ Sociedades civis ou comerciais: Uma agência de viagens, hotel.
locadora de automóveis são exemplos de sociedade comercial.
➢ Associações: A ABAV, a ABIH e a ABEOC são exemplos de
associações.
➢ Fundações: Uma fundação somente poderá constituir-se para
fins religiosos, morais, culturais ou de assistência, sem fins
lucrativos a exemplo do IBGE que é público ou da Fundação
Bradesco de assistência social.
➢ Sociedades de economia mista: São uma corporação onde
teremos recursos públicos e privados para a realização de uma
finalidade, sempre de objetivo econômico como a Petrobras, o
Banco do Brasil, entre outros.
Direito Internacional Privado - Naturalidade, Nacionalidade e
Naturalização
- Naturalidade: é o vínculo territorial concedido através do nascimento e
por esta razão é imutável. Exemplo: natural da Bahia, da Alemanha, de
Recife, de Paris etc.
- Nacionalidade: é o vínculo sócio-jurídico-político, que une um indivíduo
a um Estado, que por naturalidade, que por naturalização e que impõe
obrigações e concede-lhe direitos. A Nacionalidade é originária ou
natural, quando advinda do nascimento, e adquirida, quando é
mudada após o nascimento.
- Naturalização: é aquisição de uma nacionalidade posteriormente à
originária. É um vínculo político. Nenhum país é obrigado a naturalizar
um estrangeiro, isto é facultativo ao Poder Executivo.
Direito Internacional Privado - Passaporte e outros documentos de
viagem
- Passaporte comum: É emitido aos cidadãos brasileiros na cor verde ou
azul pela Polícia Federal.
- Laissez-Passer: Também chamado de salvo conduto, considerado como
equivalente ao passaporte, na cor amarela, emitido pela Polícia Federal
aos estrangeiros apátridos e permanentes no Brasil ou aos que não
têm representação diplomática no país, para uma única viagem.
- Passaporte Especial ou de Serviço: É emitido pelo Itamarati, na cor azul,
aos brasileiros que viajam a serviço ou ao interesse do governo
brasileiro.
- Passaporte Diplomático: É emitido pelo Itamarati, na cor vermelha, aos
diplomatas ou às pessoas que viajam ao exterior em representação
oficial do governo brasileiro.
Direito Institucional Privado - Vistos
- Trânsito: Serve apenas de passagem para alcançar outro país. Prazo de
dez dias.
- Turista: É válido por 90 dias, podendo ser prorrogado por igual período
e é fornecido para pessoa em caráter de turismo, sem finalidade
imigratória e nem no exercício de atividade remunerada.
- Temporário: É emitido ao estrangeiro que pretenda ingressar no Brasil
em viagem cultural, estudo, negócio, arte, desporte, ensino, ciência,
técnica, sob regime de contrato de trabalho ou a serviço do governo
brasileiro. O prazo é de 90 dias a um ano ou pelo tempo de duração do
contrato, podendo ser prorrogado por igual período ou até
transformado em Permanente, após dois anos de residência
ininterrupta no Brasil.
- Permanente: Trata-se de visto de imigrante e será concedido com
autorização do Ministério do Trabalho, observando a política nacional
de imigração, evitando a concorrência à mão-de-obra nacional e
suprindo as deficiências trabalhistas.
- Oficial: É concedido ao estrangeiro que venha ao Brasil em viagem a
serviço de seu governo, e se for superior a 90 dias o titular deverá se
registrar junto ao Itamarati.
- Diplomático: É o caso dos diplomatas que veem representar
oficialmente o seu país com estada superior a 90 dias. O titular deverá
registra-se juntoao Itamarati.
- Cortesia: É fornecido aos estrangeiros acompanhantes do titular do
visto Diplomático ou às pessoas oficialmente convidadas do governo
brasileiro.
Obs: Como o Brasil tornou-se um pais estável com a economia a pleno vapor,
inflação baixa, exportações batendo recordes todos os anos, enquanto os
Estados Unidos da América e a Europa atravessam dificuldades econômicas
sérias, muitos estrangeiros estão entrando com visto de turista e oferecendo
sua força de trabalho com salários muito abaixo do padrão. Esses
estrangeiros estão transgredindo a lei já que com visto de turista não é
permitido trabalhar e mais ainda, estão tirando os empregos dos brasileiros,
portanto estão sujeitos à Deportação. Há pouco tempo está situação era
inversa: os brasileiros entravam ilegalmente nos EUA para trabalhar.
Estada e Entrada irregular
- Sempre que o estrangeiro está com a estada irregular ou entra no
território nacional sem observância das formalidades legais, acha-se
exposto à Deportação.
- Estada Irregular é quando o visto está com prazo vencido.
- Entrada Irregular é quando o indivíduo entra sem autorização do
Governo.
- Os prazos para deixar o território nacional são 8 dias para Estada
Irregular e 3 dias para Entrada Irregular.
Diferença entre deportação, expulsão e extradição
- Deportação: Independe de processo, não constitui pena, sendo
somente uma medida saneadora e é de competência do Poder
Executivo, representado pela Polícia Federal. Não impede o retorno do
Deportado ao território nacional. A Deportação é meramente uma
medida saneadora, não é crime. Tanto que não impede o retorno do
indivíduo.
- Expulsão: É um ato político-administrativo do Estado, através do Poder
Executivo, que determina a retirada de um estrangeiro do seu território
em virtude da prática de um delito ou por ter se tornado nocivo,
perigoso ou inconveniente aos interesses do Brasil. A competência da
Expulsão é do presidente da república, através de portaria. Enquanto a
Deportação permite o retorno do estrangeiro, na Expulsão ele nunca
mais poderá voltar ao Brasil, pois terá a sua ficha na Polícia Federal
divulgada em todas as fronteiras. Exemplos de crimes de expulsão:
➢ risco à segurança nacional,
➢ risco à ordem política ou social,
➢ risco à tranquilidade ou à moralidade pública,
➢ risco à economia popular,
➢ fraude a fim de obter a sua entrada no Brasil,
➢ ser condenado por crime de contrabando, moeda falsa, tráfico
de drogas entre outros.
- Extradição: É o ato pelo qual um Estado entrega um indivíduo acusado
de fato delituoso ou já condenado criminalmente à Justiça de outro
Estado competente para julgá-lo e puni-lo. São três os elementos da
extradição:
➢ Estado Requerente, o que solicita;
➢ Estado Requerido, o que recebe o pedido extradicional;
➢ e o Reclamado, que é o indivíduo culpado ou condenado por um
delito e que se encontra no território do Estado Requerido.
Obs: Compete ao Estado Requerido, com base na sua legislação interna,
decidir se concede ou não a Extradição.
Aula 06: Evolução histórica das leis do turismo
Decreto Lei nº 55 de 18 de novembro de 1966
- O Decreto lei n° 55 de 18 de novembro de 1966 define a Política Nacional
de Turismo, cria o Conselho Nacional de Turismo e a Empresa Brasileira
de Turismo.
- O Conselho Nacional de Turismo, presidido pelo Ministro de Estado da
Indústria e do Comércio, terá a seguinte composição:
● Presidente da Empresa Brasileira de Turismo;
● Delegado do Ministério das Relações Exteriores;
● Delegado do Ministério dos Transportes;
● Delegado do Ministério da Aeronáutica;
● Delegado do Ministério da Fazenda;
● Delegado do Ministério da Agricultura
● Delegado do Ministério do Interior;
● Delegado da Secretaria de Planejamento da Presidência da
República;
● Delegado do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional;
● Representante dos Agentes de Viagens;
● Representante dos Transportadores;
● Representante dos Hoteleiros;
● Representante da Confederação Nacional do Comércio.
- Como você pode observar, o Governo era maioria no Conselho e as
reivindicações na iniciativa privada não eram consideradas e vencidas
pelo voto majoritário. As entidades do Turismo solicitaram para que no
Conselho houvesse paridade, mas não foi aceito pelo governo, o que
provocou a saída das entidades privadas do Turismo e acabou se
extinguindo logo depois.
- A lei n° 6.505 de 13 de dezembro de 1977 dispõe sobre atividades e
serviços turísticos e estabelece condições para seu funcionamento e
fiscalização.
- Somente poderão explorar serviços turísticos, no país, as entidades
registradas na Empresa Brasileira de Turismo - EMBRATUR.
- Consideram-se serviços turísticos, para os fins desta Lei, os que, sob
condições especiais, definidos pelo Poder Executivo, sejam prestados
por: hotéis, albergues, pousadas, hospedarias, motéis, restaurantes de
turismo; acampamentos turísticos (campings); agências de turismo;
transportadoras turísticas; empresas que prestem serviços aos turistas
e aos viajantes, ou a outras atividades turísticas; outras entidades que
tenham regularmente atividades reconhecidas pelo Poder Executivo
como de interesse para o Turismo.
- Como você pode observar quem fez a lei não tinha mínima noção de
Turismo, priorizando restaurantes e acampamentos turísticos. Não
existe restaurante turístico, quem escolhe é a agência de viagens no
seu pacote pela vista panorâmica ou alguma atração turística.
- Quanto aos acampamentos são quase inexistentes no país e quando
existem são despreparados para receber turistas, se compararmos aos
Estados Unidos da América ou a Europa. Nesses países, os
acampamentos apresentam infraestrutura de água, luz, restaurante,
shopping, segurança e até moradia, além da possibilidade de viajar
pelos países em um motorhome ou trailer.
Decreto Lei n° 2.294 de 21 de novembro de 1986
O Decreto Lei n° 2.294 de 21 de novembro de 1986 declara que são livres, no
país, o exercício e a exploração de atividades e serviços turísticos, assinado
pelo Presidente Sarney.
Para o Turismo foi uma das piores leis já publicadas, ou seja, qualquer um
poderia abrir uma agência de viagens, um meio de hospedagem, operar
transporte turístico, realizar eventos, sem nenhuma experiência na atividade.
As entidades de Turismo como ABAV, SINDETUR e ABIH enviaram ofícios ao
governo solicitando a revogação da lei, que traria enormes prejuízos à
atividade e a queda na qualidade de serviços, colocando o consumidor em
perigo.
Como exemplo, o número de agências de viagens dobrou só no primeiro ano
da publicação, inflacionando o mercado e os profissionais eram caçados
pelas novas agências oferecendo o dobro de salários, já que não havia mão
de obra especializada no mercado, virou um verdadeiro “caos”.
A lei n° 8.181 de 28 de março de 1991 criou a Empresa Brasileira de Turismo
(Embratur), autarquia especial passa a denominar-se Embratur - Instituto
Brasileiro de Turismo, vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Regional da
Presidência da República.
A Embratur tem sede e foro na cidade de Brasília, Distrito Federal. A
EMBRATUR, autarquia vinculada ao Ministério do Esporte e Turismo, tem por
finalidade apoiar a formulação e coordenar a implementação da política
nacional do Turismo, como fator de desenvolvimento social e econômico.
Compete à Embratur:
● Propor ao Governo Federal normas e medidas necessárias à
execução da Política Nacional de Turismo e executar as decisões
que, para esse fim, lhe sejam recomendadas;
● Estimular as iniciativas públicas e privadas, tendentes a
desenvolver o Turismo interno e o do exterior para o Brasil;
● Promover e divulgar o Turismo nacional, no país e no exterior.
São transferidos para a Embratur o acervo documental, as atribuições e
competências do extinto Conselho Nacional de Turismo (CNTur).
O Presidente Collor transferiu a Embratur do Rio de Janeiro para Brasília e
mudou a denominação de Empresa Brasileira de Turismo para Instituto
Brasileiro de Turismo.
A empresa então passou a exercer as funções de normativa e executiva, ou
seja,a legislar sobre o Turismo nacional, a promover e a divulgar nacional e
internacionalmente o país, além de fiscalizar a atividade.
Legislação Aplicada ao Turismo
Regulamenta dispositivos da Lei nº 8.181, de 28 de março de 1991, dispõe sobre
a Política Nacional de Turismo e dá outras providências.
A Política Nacional de Turismo tem por finalidade o desenvolvimento do
Turismo e seu equacionamento como fonte de renda nacional, e será
formulada, coordenada e executada, nos termos do art. 2º da Lei nº 8.181, de
28 de março de 1991, pela EMBRATUR – Instituto Brasileiro de Turismo.
A Política Nacional de Turismo observará as seguintes diretrizes no seu
planejamento:
● a prática do Turismo como forma de promover a valorização e a
preservação do patrimônio natural e cultural do país e;
● a valorização do homem como o destinatário final do
desenvolvimento turístico.
A Política Nacional de Turismo tem por objetivo:
- Democratizar o acesso ao Turismo Nacional, pela incorporação
de diferentes segmentos populacionais, de forma a contribuir
para a elevação do bem-estar das classes de menor poder
aquisitivo;
- Reduzir as disparidades sociais e econômicas de ordem regional,
através do crescimento da oferta de emprego e melhor
distribuição de renda;
- Aumentar os fluxos turísticos, a taxa de permanência e o gasto
médio de turistas estrangeiros no país, mediante maior •
divulgação do produto brasileiro em mercados com potencial
remissivo em nível internacional;
- Difundir novos pontos turísticos, com vistas a diversificar os
fluxos entre as Unidades de Federação e beneficiar
especialmente as regiões de menor nível de desenvolvimento;
- Ampliar e diversificar os equipamentos e serviços turísticos,
adequando-os às características socioeconômicas regionais e
municipais;
- Estimular o aproveitamento turístico dos recursos naturais e
culturais que integram o patrimônio turístico, com vistas à sua
valorização e conservação;
- Estimular a criação e a implantação de equipamentos
destinados a atividades de expressão cultural, serviços de
animação turística e outras atrações com capacidade de
retenção e prolongamento da permanência dos turistas.
Obs: Este Decreto regulamentou a Lei nº 8.181 de 1991, esclarecendo de uma
forma mais abrangente e retirando as dúvidas na sua interpretação.
Decreto nº 4.898 de 26 de novembro de 2003
O Decreto n° 4.898 de 26 de novembro de 2003 transfere competências da
EMBRATUR – Instituto Brasileiro de Turismo para o Ministério do Turismo, e dá
outras providências.
Ficam transferidas as competências da EMBRATUR – Instituto Brasileiro de
Turismo para o Ministério do Turismo, relativas ao cadastramento de
empresas, à classificação de empreendimentos dedicados às atividades
turísticas e ao exercício da função fiscalizadora, estabelecidas no art. 3º,
inciso X, da Lei nº 8.181, de 28 de março de 1991.
Ficam transferidos da EMBRATUR para o Ministério do Turismo os direitos, as
obrigações e os acervos técnicos e patrimoniais utilizados no desempenho
das atividades referidas no art. 1º deste Decreto.
A EMBRATUR prestará apoio logístico necessário à execução das atividades
transferidas para o Ministério do Turismo. Com a criação do Ministério de
Turismo a Embratur transferiu todas as responsabilidades sejam normativa e
executiva, ficando com a promoção e a divulgação do Brasil nacional e
internacionalmente para qual foi criada desde o início em 1966.
Decreto n° 5.406 de 30 de março de 2005
O Decreto n° 5.406 de 30 de março de 2005 regulamenta o cadastro
obrigatório para fins de fiscalização das sociedades empresárias, das
sociedades simples e dos empresários individuais que prestem serviços
turísticos remunerados.
As sociedades empresárias, as sociedades simples e os empresários
individuais que prestem serviços turísticos remunerados, doravante
denominados, para efeitos deste Decreto, PRESTADORES DE SERVIÇOS
TURÍSTICOS, observarão as normas e as diretrizes aqui previstas, relativas ao
cadastro obrigatório e à fiscalização e, no que couber, aos demais atos de
regulamentação expedidos por órgãos do Poder Executivo.
O cadastro de que trata este artigo tem por objetivo a identificação dos
prestadores de serviços turísticos, com vista ao reconhecimento de suas
atividades, empreendimentos, equipamentos e serviços, bem como do perfil
de atuação, qualidade e padrões dos serviços por eles oferecidos.
Viviam-se momentos em que o governo ditava as normas sem permitir que os
empresários pudessem opinar, foi o que aconteceu na primeira Lei nº 55 de
1966, onde a representação do governo no CNTur era de nove governamentais
e quatro entidades privadas, tais como Agências de Viagens, Hoteleiros,
Transportadora e CNC.
Para não ficar como observadores as entidades privadas pediram que o
CNTur tivesse paridade, ou seja, quatro de cada lado para que as votações
fossem justas. O que aconteceu? Não aceitaram e a iniciativa privada saiu e
nunca mais voltou, tanto que o CNTur acabou.
Quem herdou a CNTur foi a EMBRATUR. Criada para propaganda e marketing
do Turismo no Brasil e exterior, passando a ser Executiva e Normativa durante
muitos anos até a criação do Ministério do Turismo.
Mas neste meio tempo, em 1986, o Presidente Sarney publicou o Decreto nº
2.294 com um único Artigo dizendo que a atividade do Turismo era livre no
país. Os boatos foram de que um parente do Presidente Sarney, no
Maranhão, tentou abrir uma Agência e não conseguiu, pois não preenchia os
requisitos exigidos pela Embratur naquele tempo, que era viabilidade de
mercado e capacidade técnica do sócio.
Todas as entidades representativas de Turismo apresentaram suas
reclamações, mas nada adiantou e o mercado de Turismo virou um caos.
Foram abertas milhares de agências de viagens pelo Brasil sem nenhuma
capacitação e a qualidade dos serviços acabou.
Nesta época, a presidência do SINDETUR-Sindicato das Empresas de Turismo
do Estado do Rio de Janeiro durante muitos anos transformou a entidade em
sala de aula a fim de formar e capacitar para a atividade.
Gradativamente o SINDETUR conseguiu mudar este posicionamento quando
o governo sentiu a representatividade do setor do Turismo e o impacto na
economia do país e na economia mundial.
A criação do Mtur – Ministério de Turismo reconheceu definitivamente a
importância do SINDETUR como entidade que diminui as desigualdades
sociais e regionais, que cria milhões de empregos, renda e entrada de bilhões
de dólares em divisas através da vinda de turistas internacionais.
Decreto n° 5.406 de 30 de março de 2005 – Cadastramento do
Ministério do Turismo
- Estão sujeitos ao cadastramento no Ministério do Turismo os seguintes
prestadores de serviços turísticos, definidos em legislações específicas:
➢ Meios de hospedagem de turismo;
➢ Agências de turismo;
➢ Transportadoras turísticas;
➢ Prestadores de serviços de organização de congressos,
convenções e eventos congêneres;
➢ Prestadores de serviço de organização de feiras, exposições e
eventos congêneres;
➢ Parques temáticos e,
➢ Outros prestadores de serviços que exerçam atividades
reconhecidas pelo ministério do turismo como de interesse para
o turismo.
Aula 07: Lei geral do Turismo
Lei n° 11.771, de 17 de setembro de 2008
- Dispõe sobre a Política Nacional do Turismo, define as atribuições do
Governo Federal no planejamento, desenvolvimento e estímulo ao setor
turístico; revoga a Lei n° 6.505, de 13 de dezembro de 1977, o Decreto-Lei
n° 2.294, de 21 de novembro de 1986, e dispositivos da Lei n°8.181, de 28
de março de 1991; e dá outras providências.
- As viagens e estadas de que trata o caput deste artigo devem gerar
movimentação econômica, trabalho, emprego, renda e receitas
públicas, constituindo-se instrumento de desenvolvimento econômico e
social, promoção e diversidade cultural e preservação da
biodiversidade. Caberá ao Ministério do Turismo estabelecer a Política
Nacional de Turismo, planejar, fomentar, regulamentar, coordenar e
fiscalizar a atividade turística, bem como promover e divulgar
institucionalmente o turismo em âmbitonacional e internacional.
- O poder público atuará, mediante apoio técnico, logístico e financeiro,
na consolidação do turismo como importante fator de desenvolvimento
sustentável, de distribuição de renda, de geração de emprego e da
conservação do patrimônio natural, cultural e turístico brasileiro.
Política Nacional do Turismo – Princípios
- A Política Nacional de Turismo é regida por um conjunto de leis e
normas, voltadas ao planejamento e ordenamento do setor, e por
diretrizes, metas e programas definidos no Plano Nacional do Turismo -
PNT - estabelecido pelo Governo Federal.
- A Política Nacional de Turismo obedecerá aos princípios constitucionais
da livre iniciativa, da descentralização, da regionalização e do
desenvolvimento econômico-social justo e sustentável.
Política Nacional do Turismo – Objetivos
- Quando se tratar de unidades de conservação, o Turismo será
desenvolvido em consonância com seus objetivos de criação e com o
disposto no plano de manejo da unidade.
- Veja quais são os objetivos da Política Nacional de Turismo:
1) democratizar e propiciar o acesso ao Turismo no país a todos os segmentos
populacionais, contribuindo para a elevação do bem-estar geral;
2) Reduzir as disparidades sociais e econômicas de ordem regional,
promovendo a inclusão social pelo crescimento da oferta de trabalho e
melhor distribuição de renda;
3) Ampliar os fluxos turísticos, a permanência e o gasto médio dos turistas
nacionais e estrangeiros no país, mediante a promoção e o apoio ao
desenvolvimento do produto turístico brasileiro;
4) Estimular a criação, a consolidação e a difusão dos produtos e destinos
turísticos brasileiros, com vistas em atrair turistas nacionais e estrangeiros,
diversificando os fluxos entre as unidades da Federação e buscando
beneficiar, especialmente, as regiões de menor nível de desenvolvimento
econômico e social;
5) Propiciar o suporte a programas estratégicos de captação e apoio à
realização de feiras e exposições de negócios, viagens de incentivo,
congressos e eventos nacionais e internacionais;
6) Promover, descentralizar e regionalizar o Turismo, estimulando estados,
Distrito Federal e municípios a Planejar, em seus territórios, as atividades
turísticas de forma sustentável e segura, inclusive entre si, com o envolvimento
e a efetiva participação das comunidades receptoras nos benefícios advindos
da atividade econômica;
7) Criar e implantar empreendimentos destinados às atividades de expressão
cultural, de animação turística, entretenimento e lazer e de outros atrativos
com capacidade de retenção e prolongamento do tempo de permanência dos
turistas nas localidades;
8) Propiciar a prática de Turismo sustentável nas áreas naturais, promovendo
a atividade como veículo de educação e interpretação ambiental e
incentivando a adoção de condutas e práticas de mínimo impacto
compatíveis com a conservação do meio ambiente natural;
9) Preservar a identidade cultural das comunidades e populações
tradicionais eventualmente afetadas pela atividade turística;
10) Prevenir e combater as atividades turísticas relacionadas aos abusos de
natureza sexual e outras que afetem a dignidade humana, respeitadas as
competências dos diversos órgãos governamentais envolvidos;
11) Desenvolver, ordenar e promover os diversos segmentos turísticos;
12) Implementar o inventário do patrimônio turístico nacional, atualizando-o
regularmente;
13) Propiciar os recursos necessários para investimentos e aproveitamento do
espaço turístico nacional de forma a permitir a ampliação, a diversificação, a
modernização e a segurança dos equipamentos e serviços turísticos,
adequando-os às preferências da demanda, e, também, às características
ambientais e socioeconômicas regionais existentes;
14) Aumentar e diversificar linhas de financiamentos para empreendimentos
turísticos e para o desenvolvimento das pequenas e microempresas do setor
pelos bancos e agências de desenvolvimento oficiais;
15) Contribuir para o alcance de política tributária justa e equânime, nas
esferas federal, estadual, distrital e municipal, para as diversas entidades
componentes da cadeia produtiva do Turismo;
16) Promover a integração do setor privado como agente complementar de
financiamento em infra-estrutura e serviços públicos necessários ao
desenvolvimento turístico;
17) Propiciar a competitividade do setor por meio da melhoria da qualidade,
eficiência e segurança na prestação dos serviços, da busca da originalidade
e do aumento da produtividade dos agentes públicos e empreendedores
turísticos privados;
18) Estabelecer padrões e normas de qualidade, eficiência e segurança na
prestação de serviços por parte dos operadores, empreendimentos e
equipamentos turísticos;
Plano Nacional do Turismo – PNT
- O Plano Nacional de Turismo - PNT será elaborado pelo Ministério do
Turismo, ouvidos os segmentos públicos e privados interessados,
inclusive o Conselho Nacional de Turismo, e aprovado pelo presidente
da república.
- O PNT terá suas metas e programas revistos a cada 4 (quatro) anos, em
consonância com o plano plurianual, ou quando necessário, observado
o interesse público, tendo por objetivo ordenar as ações do setor
público, orientando o esforço do Estado e a utilização dos recursos
públicos para o desenvolvimento do Turismo.
- O Ministério do Turismo, em parceria com outros órgãos e entidades
integrantes da administração pública, publicará, anualmente,
relatórios, estatísticas e balanços, consolidando e divulgando dados e
informações sobre: movimento turístico receptivo e emissivo; atividades
turísticas e seus efeitos sobre o balanço de pagamentos; e efeitos
econômicos e sociais advindos da atividade turística.
Plano Nacional do Turismo – PNT – Objetivos
● a política de crédito para o setor, nela incluídos agentes
financeiros, linhas de financiamento e custo financeiro;
● a boa imagem do produto turístico brasileiro no mercado nacional
e internacional;
● a vinda de turistas estrangeiros e a movimentação de turistas no
mercado interno;
● maior aporte de divisas ao balanço de pagamentos;
● a incorporação de segmentos especiais de demanda ao mercado
interno, em especial os idosos, os jovens e as pessoas portadoras
de deficiência ou com mobilidade reduzida, pelo incentivo a
programas de descontos e facilitação de deslocamentos,
hospedagem e fruição dos produtos turísticos em geral e
campanhas institucionais de promoção;
● a proteção do meio ambiente, da biodiversidade e do patrimônio
cultural de interesse turístico;
● a atenuação de passivos socioambientais eventualmente
provocados pela atividade turística;
● o estímulo ao Turismo responsável praticado em áreas naturais
protegidas ou não;
● a orientação às ações do setor privado, fornecendo aos agentes
econômicos subsídios para planejar e executar suas atividades;
● a informação da sociedade e do cidadão sobre a importância
econômica e social do Turismo.
Sistema Nacional de Turismo - Organização e Composição
- O Sistema Nacional de Turismo é composto pelos seguintes órgãos e
entidades...
● Ministério do Turismo; EMBRATUR - Instituto Brasileiro de Turismo;
● Conselho Nacional de Turismo;
● Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo.
- Poderão ainda integrar o Sistema...
● Os fóruns e os conselhos estaduais de turismo;
● Os órgãos estaduais de turismo;
● As instâncias de governança macrorregionais, regionais e
municipais.
- O Ministério do Turismo, Órgão Central do Sistema Nacional de
Turismo, no âmbito de sua atuação, coordena os programas de
desenvolvimento do Turismo, em interação com os demais integrantes.
Sistema Nacional de Turismo – Objetivos
- O Sistema Nacional de Turismo tem por objetivo promover o
desenvolvimento das atividades turísticas, de forma sustentável, pela
coordenação e integração das iniciativas oficiais com as do setor
produtivo, de modo a...
● Atingir as metas do PNT;
● Estimular a integração dos diversos segmentos do setor, atuando
em regime de cooperação com os órgãos públicos, entidades de
classe e associaçõesrepresentativas voltadas à atividade turística;
● Promover a regionalização do Turismo, mediante o incentivo à
criação de organismos autônomos e de leis facilitadoras do
desenvolvimento do setor, descentralizando a sua gestão;
● Promover a melhoria da qualidade dos serviços turísticos
prestados no país.
Sistema Nacional de Turismo – Competências
- Os órgãos e as entidades que compõem o Sistema Nacional de Turismo,
observadas as respectivas áreas de competência, deverão orientar-se,
ainda, no sentido de...
● Definir os critérios que permitam caracterizar as atividades
turísticas e dar homogeneidade à terminologia específica do setor;
● Promover os levantamentos necessários ao inventário da oferta
turística nacional e ao estudo de demanda turística, nacional e
internacional, com vistas em estabelecer parâmetros que orientem
a elaboração e a execução do PNT;
● Proceder a estudos e diligências voltados à quantificação,
caracterização e regulamentação das ocupações e atividades, no
âmbito gerencial e operacional, do setor turístico e à demanda e
oferta de pessoal qualificado para o Turismo;
● Articular, perante os órgãos competentes, a promoção, o
planejamento e a execução de obras de infraestrutura, tendo em
vista o seu aproveitamento para finalidades turísticas;
● promover o intercâmbio com entidades nacionais e internacionais
vinculadas direta ou indiretamente ao Turismo;
● Promover o intercâmbio com entidades nacionais e internacionais
vinculadas direta ou indiretamente ao Turismo;
● Propor o tombamento e a desapropriação por interesse social de
bens móveis e imóveis, monumentos naturais, sítios ou paisagens
cuja conservação seja de interesse público, dado seu valor cultural
e de potencial turístico;
● Propor aos órgãos ambientais competentes a criação de unidades
de conservação, considerando áreas de grande beleza cênica e
interesse turístico;
● Implantar sinalização turística de caráter informativo, educativo e,
quando necessário, restritivo, utilizando linguagem visual
padronizada nacionalmente, observados os indicadores de
sinalização turística utilizados pela Organização Mundial de
Turismo.
Decreto n° 7.381 de 02 de dezembro de 2010
- O Decreto n° 7.381 de 02 de dezembro de 2010 regulamenta a Lei no
11.771, de 17 de setembro de 2008, que dispõe sobre a Política Nacional
de Turismo, define as atribuições do Governo Federal no planejamento,
desenvolvimento e estímulo ao setor turístico, e dá outras providências.
Considerações do Decreto nº 7.381 de 02 de dezembro de 2010 - Política
Nacional de Turismo
● Conjunto de leis e normas voltadas para o planejamento e o
ordenamento do setor, bem como das diretrizes, metas e
programas definidos no PNT;
● Plano Nacional de Turismo - PNT
● Conjunto de diretrizes, metas e programas que orientam a atuação
do Ministério do Turismo, em parceria com outros setores da
gestão pública nas três esferas de governo e com as
representações da sociedade civil, iniciativa privada e terceiro
setor, relacionadas ao Turismo, nos termos do art. 6º da Lei nº
11.771, de 2008;
● Sistema Nacional de Turismo
● Sistema formado por entidades e órgãos públicos ligados ao setor
turístico, com o objetivo de promover o desenvolvimento das
atividades turísticas de forma sustentável, integrando as
iniciativas oficiais com as do setor privado, conforme preconizado
no PNT;
Comitê Interministerial de Facilitação Turística
- Colegiado intersetorial integrado por órgãos públicos do governo
federal, cuja área de atuação apresenta interfaces com o Turismo,
criado com a finalidade de buscar a convergência e a compatibilização
na execução da Política Nacional de Turismo com as demais políticas
setoriais federais, nos termos do art. 11 da Lei nº 11.771, de 2008;
Fundo Geral de Turismo – FUNGETUR
- Fundo especial de financiamento, vinculado ao Ministério do Turismo,
com orçamento específico, dispondo de patrimônio próprio e
autonomia financeira e orçamentária, tendo como finalidade o fomento
e a provisão de recursos para o financiamento de empreendimentos
turísticos considerados de interesse para o desenvolvimento do
Turismo nacional;
Prestadores de Serviços Turísticos
- Sociedades empresariais, sociedades simples, empresários individuais e
serviços sociais autônomos prestadores de serviços turísticos
remunerados, que exerçam atividades econômicas relacionadas à
cadeia produtiva do Turismo, nos termos do art. 21 da Lei nº 11.771, de
2008.
Lei Geral do Turismo
- O decreto n° 7.381 de 02 de dezembro de 2010 foi produzido pelo governo
e inciativa privada reunida no Conselho Nacional de Turismo, ou seja,
foi elaborada por aqueles que têm conhecimento técnico e jurídico da
atividade, portanto podemos considerar que o esforço para atingir as
necessidades de todos os segmentos foi atingido.
- O governo entendeu que a sua parte é no planejamento,
desenvolvimento e estímulo ao setor turístico e disciplinar os
prestadores de serviços turísticos através do cadastro e a fiscalização
dos mesmos.
- Listaram de forma clara que o Turismo gera movimentação econômica,
trabalho, emprego, renda e que é um instrumento poderoso para o
desenvolvimento do país e seu povo, diminuindo as desigualdades
regionais e sociais.
Preservação do Turismo
- Temos que preservar o patrimônio natural, cultural, histórico e turístico
brasileiro pois são a matéria-prima do turismo. Assistimos hoje que o
Turismo não é mais para ricos e abastados, mas para todas as classes
sociais ABCDEF, pelo aumento de renda da população, pela
acessibilidade às tarifas reduzidas de transportes e hospedagens,
somadas as facilidades de pagamento.
- Incentivar a regionalização e interiorização do fluxo turístico com vistas
de beneficiar localidades com potencial turístico, com envolvimento e a
participação das comunidades receptoras, criando infraestrutura
necessária para seu desenvolvimento sustentável. Não podemos
esquecer de que não adianta equipamentos turísticos sem a mão de
obra qualificada, portanto a formação, capacitação e reciclagem de
recursos humanos se faz necessária.
A Estrutura Normativa do Direito (Parte 1) – O Direito Primário
- O Plano Nacional de Turismo, elaborado pelo Ministério de Turismo,
com efetiva participação dos segmentos públicos e privados
disponibiliza créditos e financiamentos para o setor investir.
- O produto turístico brasileiro tem que ter qualidade para competir
internacionalmente e se afirmar em definitivo como um destino
procurado por todo o mundo.
- Outro ponto importante no PNT é a revisão das metas e programas a
cada 4 (quatro) anos, mantendo-os sempre atuais; mas também a
publicação anual dos resultados, tanto do receptivo como a do
emissivo, na balança de pagamento; enfim, os efeitos econômicos da
atividade turística.
- Outro ponto importante no PNT é a revisão das metas e programas a
cada 4 (quatro) anos, mantendo-os sempre atuais; mas também a
publicação anual dos resultados, tanto do receptivo como a do
emissivo, na balança de pagamento; enfim, os efeitos econômicos da
atividade turística.
- Todos têm direito ao Turismo, inclusive pessoas idosas e aquelas
portadoras de deficiência ou mobilidade reduzida, tanto que meios de
hospedagens, transportes e infraestrutura urbana vêm se adaptando
para a facilitação de deslocamentos.
O Turismo e o Brasil
- As informações trazidas por todos os cantos do Brasil e suas
diversidades darão um novo perfil ao país, aumentando e distribuindo
pelo território nacional os visitantes nacionais e internacionais para
atingir as metas do PNT e descentralizando o fluxo turístico.
- Aprendemos na primeira aula que Decreto regulamenta Lei e foi o que
aconteceu com a LGT, regulamentada pelo Decreto nº 7.381 de 02
dezembro de 2010, esclarecendo todas as dúvidas que eventualmente
sobraram quanto a sua interpretação, inclusive quanto ao Cadastro
dos Prestadores de Serviços que têm validade de 2 anos.
Aula 08
Prestadores de serviços turísticos
- Lei 11.771: Consideram-se prestadores de serviços turísticos, para os
fins desta Lei, as sociedadesempresárias, as sociedades simples, os
empresários individuais e os serviços sociais autônomos que prestem
serviços turísticos remunerados e que exerçam as seguintes atividades
econômicas relacionadas à cadeia :
● produtiva do turismo:
● meios de hospedagem;
● agências de turismo;
● transportadoras turísticas;
● organizadoras de eventos;
● parques temáticos;
● acampamentos turísticos.
Poderão ser cadastradas no Ministério do Turismo, atendidas as condições
próprias, as sociedades empresariais que prestem os seguintes serviços:
● restaurantes, cafeterias, bares e similares;
● centros ou locais destinados a convenções e/ou a feiras e a
exposições e similares;
● parques temáticos aquáticos e empreendimentos dotados de
equipamentos de entretenimento e lazer;
● marinas e empreendimentos de apoio ao turismo náutico ou à
pesca desportiva;
● casas de espetáculos e equipamentos de animação turística;
● organizadores, promotores e prestadores de serviços de
infraestrutura, locação de equipamentos e montadoras de feiras
de negócios, exposições e eventos;
● locadoras de veículos para turistas; e prestadores de serviços
especializados na realização e promoção das diversas
modalidades dos segmentos turísticos, inclusive atrações
turísticas e empresas de planejamento, bem como a prática de
suas atividades.
Os prestadores de serviços turísticos estão obrigados ao cadastro no
Ministério do Turismo, na forma e nas condições fixadas nesta Lei e na sua
regulamentação.
As filiais são igualmente sujeitas ao cadastro no Ministério do Turismo, exceto
no caso de estande de serviço de agências de turismo instalado em local
destinado a abrigar evento de caráter temporário e cujo funcionamento se
restrinja ao período de sua realização.
O Ministério do Turismo expedirá certificado para cada cadastro deferido,
inclusive de filiais, correspondente ao objeto das atividades turísticas a serem
exercidas.
Somente poderão prestar serviços de turismo a terceiros, ou intermediá-los,
os prestadores de serviços turísticos referidos neste artigo quando
devidamente cadastrados no Ministério do Turismo. O cadastro terá validade
de 2 anos, contados da data de emissão do certificado. O disposto neste
artigo não se aplica aos serviços de transporte aéreo.
Meios de Hospedagem
- “Consideram-se meios de hospedagem os empreendimentos ou
estabelecimentos, independentemente de sua forma de constituição,
destinados a prestar serviços de alojamento temporário, ofertados em
unidades de frequência individual e de uso exclusivo do hóspede, bem
como outros serviços necessários aos usuários, denominados de
serviços de hospedagem, mediante adoção de instrumento contratual,
tácito ou expresso, e cobrança de diária."
- Os meios de hospedagem podem dividir-se em categorias. Porém essa
nomenclatura muda, para melhor entendimento do consumidor, nov
uso feito pelas agências de viagem.
- Veja quais são as nomenclaturas e como elas são utilizadas pelas
agências:
➢ Luxo - Agência: Luxo
➢ Superior - Agência: Primeira
➢ Turístico - Agência: Turista Superior
➢ Econômico - Agência: Turista
➢ Simples - Agência
- A classificação de meios de hospedagem no Brasil é uma polêmica,
tanto que no tempo da Embratur vários hotéis sustentavam cinco
estrelas, quando eram no máximo quatro estrelas. Isto gerou
descontentamento entre os hoteleiros e a Embratur repassou para
ABIH a obrigação de se auto classificarem, o que também não
funcionou.
- Atualmente, o MTur está tentando fazer uma Matriz de Classificação
junto com a ABIH.
- Foi definido na Lei que a diária é de 24 horas, mas não é verdadeiro, já
que o check in é às 14:00 e o check out é às 12:00 horas ou conforme
política de cada meio de hospedagem.
- Os Meios de Hospedagem são obrigados a apresentar ao MTur a FNRH
— Ficha Nacional de Registro de Hóspedes —, que são preenchidos
pelos clientes na hora da entrada, informando nome, endereço,
nacionalidade, tempo de permanência entre outros dados, que serão
utilizados para estatística.
Agência de Turismo
- “Compreende-se por agência de turismo a pessoa jurídica que exerce a
atividade econômica de intermediação remunerada entre fornecedores
e consumidores de serviços turísticos ou os fornece diretamente. São
considerados serviços de operação de viagens: as excursões e os
passeios turísticos; a organização, a contratação e a execução de
programas, roteiros, itinerários, bem como a recepção, a transferência e
a assistência ao turista.”
Agências de Turismo: Consumidor x Fornecedores
- As agências de turismo prestam serviços turísticos de intermediação
remunerada entre consumidores e fornecedores.
- Quem são os fornecedores? Toda cadeia produtiva do turismo, ou seja,
empresas aéreas, marítimas, ferroviárias, rodoviárias, meios de
hospedagem, restaurantes e similares, locadoras de veículos, parques
temáticos e aquáticos, em tudo aquilo que os turistas desejarem na sua
viagem. Os serviços privativos das agências de turismo são operação
de viagens, excursões, passeios, contratação e execução de programas
e todo tipo de assistência ao turista. Não haveria turismo organizado
se não existissem as agências de viagens.
.
Transportadoras Turísticas
- “Consideram-se transportadoras turísticas as empresas que tenham
por objeto social a prestação de serviços de transporte turístico de
superfície, caracterizado pelo deslocamento de pessoas em veículos e
embarcações por vias terrestres e aquáticas”.
- Existem três tipos de transportadoras turísticas de superfície:
➢ Exclusivas: dedicam-se apenas ao turismo.
➢ Mistas: Executam serviços de transportes turísticos mas
também têm linhas regulares concedidas.
➢ Eventuais: Transportadoras de linhas regulares e
excepcionalmente são chamadas para serviços turísticos como
acontece em grandes eventos Revéillon, Carnaval, já que não
há disponibilidade das transportadoras turísticas
- Compreendem-se por organizadoras de eventos as empresas que têm
por objeto social a prestação de serviços de gestão, planejamento,
organização, promoção, coordenação, operacionalização, produção e
assessoria de eventos.
- As empresas organizadoras de eventos distinguem-se em 2 categorias:
as organizadoras de congressos, convenções e congêneres de caráter
comercial, técnico-científico, esportivo, cultural, promocional e social,
de interesse profissional, associativo e institucional, e as organizadoras
de feiras de negócios, exposições e congêneres.
- O preço do serviço das empresas organizadoras de eventos é o valor
cobrado pelos serviços de organização, a comissão recebida pela
intermediação na captação de recursos financeiros para a realização
do evento e a taxa de administração referente à contratação de
serviços de terceiros.
Categorias dos organizadores de eventos
- A LGT entende que organizadora de eventos se divide em duas
categorias: as organizadoras de congressos, convenções e congêneres
e as organizadoras de feiras e exposições. A nosso ver não existe na
prática esta divisão, elas atuam nas duas pontas.
- Eventos em geral são muito disputados pelas cidades e países, pois
trazem milhares de visitantes e deixam milhões de reais, além de gerar
emprego e renda. O que era Barretos no estado de São Paulo antes da
Festa do Boiadeiro, absolutamente nada e pobre, ao contrário de hoje.
- Imaginem a Copa do Mundo de Football em 2014 pelo Brasil e
Olímpiadas em 2016 no Rio de Janeiro, se nos prepararmos em todos os
sentidos para estes grandes eventos e obtivermos sucesso, o Brasil vai
dobrar ou triplicar a entrada de turistas internacionais.
Parques temáticos
- Consideram-se parques temáticos os empreendimentos ou os
estabelecimentos que tenham por objeto social a prestação de serviços
e atividades, implantados em local fixo e de forma permanente,
ambientados tematicamente, considerados de interesse turístico pelo
Ministério do Turismo. Fonte: Lei 11771
- A novidade da LGT foi a inclusão justa dos parques temáticos, que
devem ser fixos e permanentes, ambientados tematicamente.
considerados de interesse turístico, como Hopi Hari, BetoCarrero World
entre outros. São equipamentos turísticos que promovem localidades
sem nenhum interesse para Turismo, mas quando instalados trazem
desenvolvimento e riqueza. Servem como destinos turísticos ou
aumentam a estada do turista na localidade pelos seus atrativos como
o fantástico caso da Disneyworld, na Flórida.
Acampamentos turísticos
- "Consideram-se acampamentos turísticos as áreas especialmente
preparadas para a montagem de barracas e o estacionamento de
reboques habitáveis, ou equipamento similar dispondo, ainda, de
instalações. equipamentos e serviços específicos para facilitar a
permanência dos usuários ao ar livre. O Poder Executivo discriminará,
mediante regulamentação. os equipamentos mínimos necessários para
o enquadramento do prestador de serviço na atividade de que trata o
caput deste artigo. " Fonte: Lei 11771
- O Governo Brasileiro insiste em Acampamentos Turísticos com
prestador de serviços, quando a realidade do país é outra, ou seja, não
temos acampamentos turísticos que mereceriam todo este destaque.
Viajar pelo nosso país e permanecer em acampamentos é quase
impossível. já que a maioria tem infraestrutura precária. Se falarmos
dos EUA e seus parques nacionais e acampamentos pelo todo território
americano, os trailers e os motor-homes maravilhosos, que são
verdadeiras casas e a permanência dos turistas poderá durar meses.
Aula 09: Regulamento para transporte aéreo de
passageiros - doméstico
Portaria 676/GC5 de 13 de novembro de 2000
- A Lei Portaria 676/CG5 de 13 de novembro de 2011 aborda assuntos
extremamente importantes sobre o regulamento de transportes aéreos,
tais como:
● Contrato de Transporte Aéreo;
● Bilhete de Passagem;
● Endosso;
● Reembolso;
● Confirmação e Cancelamento de reserva;
● Extravio;
● Apresentação do Passageiro;
● Alterações do Contrato de Transporte;
● Bagagem;
● Transporte de animais vivos;
● Transporte de artigos perigosos;
● Tarifas de passagens aéreas;
● Deveres do Passageiro;
● Disciplina a bordo.
Passagens aéreas
- A passagem aérea emitida em nome do comprador já é um Contrato de
Transporte, portanto, a empresa terá que cumprir pelo que foi pago. É
muito importante observar que o bilhete é pessoal e intransferível, ou
seja, não pode ser utilizado por outra pessoa. Sua validade é de 1 ano, e
não será atingido pelos reajustes tarifários que ocorrerem nesse
período.
- Informações importantes: Hoje em dia, os bilhetes são eletrônicos,
chamados E-tkt, cujos dados devem ser observados pelo passageiro,
tais como: nome correto, caso contrário não embarcará; data da
viagem; destino; horário; número do voo e empresa aérea. Se perder o
bilhete não há problema já que tudo é eletrônico, é um código XXXYYY.
Basta informar o nome, o dia da viagem e o horário para que,
automaticamente, a reserva esteja na tela.
- Tarifas: As empresas aéreas colocam à venda uma diversidade de
tarifas para um mesmo destino, mesmo dia e mesmo horário. Você
encontrará pessoas que pagaram menos e outras muito mais, embora
estando na mesma classe e assentos semelhantes. Isto é simples de
entender: no momento da compra a disponibilidade permitia uma tarifa
mais barata, mas, para quem comprar em cima da hora e em um voo
quase lotado, pagará muito mais. Os menores de 2 anos pagam 10% do
valor de um adulto e não têm direito ao assento, viajam no colo;
enquanto os menores acima de 2 e até 12 anos incompletos pagam 50%
ou mais da passagem do adulto com direito ao assento.
- Horário do voo e trocas: Indica-se que o passageiro compareça com 60
minutos de antecedência do voo ao aeroporto no caso de voos
nacionais, já no caso de voos internacionais a antecedência deve ser
de 120 minutos mais ainda na Alta Temporada. É aconselhável chegar
antes para não ficar no “chão", ou seja, não embarcar. Caso o
passageiro solicite alteração na viagem pagará multa e até diferença
tarifária se não houver disponibilidade na tarifa que pagou. mas
quando a empresa aérea cancelar o voo, ou atrasar por mais de 4
horas. o passageiro tem direito a solicitar endosso para viajar em outra
empresa aérea ou pedir o reembolso integral, desde que tenha pago à
vista; se o pagamento foi feito com cartão de crédito. é preciso esperar
30 dias; a empresas aérea será obrigada a fornecer transporte,
hospedagem, refeições e uso de telefone.
- Bagagem: O assunto bagagem é muito interessante porque as pessoas
e, principalmente, as mulheres gostariam de levar todo o armário, mas
no voo doméstico a permissão atual são de 23 kg em classe econômica
e 30kg em primeira classe, e em aviões pequenos apenas 10kg por
passageiro. Nos voos internacionais temos o Piece Concept, ou seja, 2
malas com 32 kg cada uma. Quanto à bagagem de mão são 5 kg em 115
cm, embora, nos voos domésticos, as pessoas não obedecem. Contudo,
nos voos internacionais o rigor no cumprimento desta limitação é
extremo. Em caso de extravio de bagagem a empresa aérea será
responsabilizada e fará tudo para encontrá-la e entregar no endereço
fornecido pelo passageiro, mas se em 30 dias não for entregue, o
passageiro receberá indenização. Essa indenização será feita com base
no volume da bagagem e não seu conteúdo. Após o 11 de setembro de
2001, por conta dos atos terroristas em Nova York, as empresas aéreas
aumentaram drasticamente a segurança em suas aeronaves e
passaram a ser proibidos o transporte até de isqueiro, canivete suíço,
fósforo, água mineral, e perfumes só em pequenos frascos nas
bagagens de mão.
Como transportar animais de estimação em aviões?
- Animais vivos poderão ser transportados na cabine de passageiros
(cães e gatos pequenos) em embalagem apropriada, na quantidade de
1 ou 2 animais, dependendo da empresa aérea. Os outros serão
transportados em compartimento de carga. Todos têm que portar
atestado de sanidade animal, fornecido por um veterinário.
Aula 10: Código de defesa do consumidor
Consumidor
- “Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza
produto ou serviço como destinatário final. “
Artigo 6° do Código de Defesa do Consumidor – Exemplo
- No Artigo 6º
(http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/anotada/2342184/art-6-do-codig
o-de-defesa-do-consumidor-lei-8078-90) do CDC estão elencados os
Direitos Básicos do Consumidor que são: proteção da vida, saúde,
segurança, publicidade enganosa, cláusulas abusivas entre outros.
- Para exemplificar do que trata a Responsabilidade pelo Fato e Serviço,
informando que o serviço é defeituoso quando não fornece segurança
ao Consumidor pelo modo do fornecimento, os riscos e época que foi
fornecido, imagine que uma agência de viagens venda uma excursão
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/anotada/2342184/art-6-do-codigo-de-defesa-do-consumidor-lei-8078-90
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/anotada/2342184/art-6-do-codigo-de-defesa-do-consumidor-lei-8078-90
para Turquia ao cliente sabendo que dois dias antes houve um
terremoto de 8.5° em Istambul.
- Tal ação estaria violando a Lei prevista no Artigo 6/ do CDC já que
colocaria assim a segurança do consumidor em risco.
- O fornecedor não será responsabilizado quando provar que o defeito é
inexistente ou é culpa exclusiva do consumidor.
Exemplo
- Em uma viagem, o reservado foi o Hotel Sheraton, mas por problemas
técnicos o cliente ficou no Hotel Intercontinental, de mesma categoria e
localização, portanto, não houve falha no atendimento ao cliente.
Responsabilidade por vícios do serviço
- Segundo o professor Rizatto Nunes: "O vício é uma característica
inerente , intrínseca do produto ou serviço em si . O defeito é um vício
acrescido de um problema extra , alguma coisa extrínseca, que causa
um dano maior que simplesmente o mau funcionamento, o não
funcionamento, a quantidade errada, a perda do valor pago" .
- Tornou se muito comum pela utilização de compras via internet,
principalmente de meios de hospedagem, os consumidores se
decepcionarem ao deparar-se com o produto adquirido, que na foto
são lindos, mas quando se chega ao local é decepcionante. Nestes
casos, o consumidor terá direito, alternativamentee à sua escolha à
reexecução dos serviços, à restituição imediata ou ao abatimento no
preço.
- Consta no código de defesa do consumidor o direito de reclamação por
parte daquele que adquiriu o produto em, no máximo, 30 dias.
- Em caso de serviços como este (compra de diária de pousada, hotel,
etc.) inicia-se esta contagem a partir do retorno de viagem).
- Aqueles que adoram comprar tudo pela internet, inclusive serviços
turísticos, devem observar o Artigo 49 do CDC, que permite ao
consumidor se arrepender no prazo de 7 dias a contar do dia que
apertou o botão de “concordo”.
Fornecedores
- Os fornecedores têm atualmente muita atenção na hora de apresentar
uma oferta ou publicidade dos seus serviços, informando de forma
clara e de fácil entendimento para não induzir o consumidor ao erro de
interpretação, mas quando acontecer e o fornecedor recusar o
cumprimento, o consumidor poderá, alternativamente e à sua livre
escolha, exigir o cumprimento, aceitar outro serviço equivalente e
rescindir o contrato se pagou algum valor.
- Como exemplo: Um erro material por parte do jornal ou do site que ao
invés de informar o valor de R$ 2.000,00 publicou R$ 200,00. Caso
apareça um cliente solicitando esse serviço, a empresa terá que honrar
o valor anunciado.
Contrato de viagem
- Antes de comprar qualquer produto turístico leia o Contrato de Viagem
com atenção, mesmo sendo difícil encontrar cláusulas abusivas em na
atividade de turismo, o que é mais comum em contratos de seguro de
saúde.
- Todas essas cláusulas são consideradas nulas de pleno direito pelo
judiciário e no CDC.
Artigo 52 do código de defesa do consumidor
- É muito utilizado no Turismo que envolve créditos e financiamentos,
além de moedas estrangeiras, principalmente dólares e euros. Exemplo:
Vamos fazer um cruzeiro marítimo que é publicado em dólares e pago
ao câmbio turismo do dia do pagamento, para obtermos os valores em
reais, e tudo isso em 10 vezes sem juros, desde que seja utilizado cartão
de crédito. Como não tenho cartão de crédito e desejo pagar em
cheques pré-datados, o serviço será acrescido de juros.
- Por isso, as informações ao consumidor devem conter o valor dos
serviços em moeda estrangeira, o câmbio utilizado, o valor em reais, o
número de prestações e o valor final com juros.
- O Artigo 54 do CDC trata dos Contratos de Adesão, ou como é
chamado no Turismo, trata das Condições Gerais.
- São aquelas cujas cláusulas são aprovadas pela autoridade
competente ou estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de
serviços, sem que o consumidor possa discutir ou modificar
substancialmente seu conteúdo.
- São os casos das excursões onde o operador apresenta em seu folheto
todas as informações como:
- Disneyworld Fantástica, saída dia 12 de janeiro de 2012 e retorno em 15
de janeiro de 2012, voando pela TAM, em classe econômica promocional
“W”, hospedagem no Hotel Holiday Inn International Drive, sem café.
Atrações incluídas: 4 ingressos Disney, 2 ingressos Universal Studios,
Seaworld e Busch Gardens com transportes em ônibus de luxo. Guia
acompanhante brasileiro.
- O consumidor aceita viajar ou não, já que não poderá modificar nada
que foi oferecido no pacote de viagem, ou seja, faz a sua adesão
concordando com tudo e assina o contrato.

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