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Martins de Brito Sociedade de Advocacia Registro na OAB/RJ 012656/2017 - CNPJ nº 28.297.900/0001-61 Rua Professor Castilhos, 431- sl 717 - West Tower - Campo Grande - 23.045-060 - RJ Tel.: (21) 3085-6079 / (21) 99688-1209 brito@britoadvogados.net.br - www.britoadvogados.net.br Criminal - Tribunal do Júri - Crimes de Ordem Econômica - Crimes de Relações de Consumo - - Crimes Tributários - Crimes Falimentares - Crimes Licitatórios - Crimes de Trânsito - Crimes Ambientais - Crimes de Lavagem de Dinheiro AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO COLENDO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. MARCOS JOSÉ BRAGA, brasileiro, auxiliar de produção, residente e domiciliado na Rua Barbarela, nº 42, Lt15, QD “B”, Campo Grande, Rio de Janeiro – RJ, CEP nº: 23.090-430, inscrito no CPF/MF sob nº 081.678.947-97, portador da carteira de identidade nº: 10.814.480-9, DETRAN, atualmente custodiado na CADEIA PÚBLICA TIAGO TELES DE CASTRO DOMINGUES, Estado do Rio de Janeiro - RJ, tendo sua liberdade segregada no dia 22/12/2017, aqui designado simplesmente PACIENTE, vem se dirigir mui respeitosamente diante deste Augusto Sodalício, por meio de seu ADVOGADO que esta assina in fine (doc. Em anexo), ora intitulado IMPETRANTE, com o fito de propor, como de fato agora proposto tem, a presente: AÇÃO MANDAMENTAL DE “HABEAS CORPUS”, COM PEDIDO DE LIMINAR, com espeque no art. 5.º, LXV e LXVIII, da Lex Matter, arts. 648, II e 660, § 2.º, do CPP e art. 7.º, 5, da Convenção Americana sobre Direitos Humanos - Pacto de San José da Costa Rica (1969) -, aprovado pelo Governo Brasileiro através do Decreto n.º 678/92, nos termos do art. 5.º, § 2.º, da Constituição Federal, em face da Colenda Sétima Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro – RJ, aqui tecnicamente designada AUTORIDADE COATORA, aduzindo para tanto as fáticas e jurídicas razões. 1 – AUSÊNCIA DE FLAGRANTE COMETIMENTO DE CRIME; 2 – INOBSERVÂNCIA DO PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA; 3 - EXCESSO DE PRAZO. Martins de Brito Sociedade de Advocacia Registro na OAB/RJ 012656/2017 - CNPJ nº 28.297.900/0001-61 Rua Professor Castilhos, 431- sl 717 - West Tower - Campo Grande - 23.045-060 - RJ Tel.: (21) 3085-6079 / (21) 99688-1209 brito@britoadvogados.net.br - www.britoadvogados.net.br Criminal - Tribunal do Júri - Crimes de Ordem Econômica - Crimes de Relações de Consumo - - Crimes Tributários - Crimes Falimentares - Crimes Licitatórios - Crimes de Trânsito - Crimes Ambientais - Crimes de Lavagem de Dinheiro IMPETRANTE : Dr. José Carlos Martins de Brito – OAB/RJ nº 131878. TÉCNICAMENTE AUTORIDADE COATORA : COLENDA SÉTIMA CÂMARA CRIMINAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – RJ. PACIENTE : MARCOS JOSÉ BRAGA. PROCESSO DE ORIGEM : 0337202-37.2017.8.19.0001 PROCESSO HCTJRJ : 0012967-48.2018.8.19.0000 AB INITIO DAS PUBLICAÇÕES / INTIMAÇÕES As publicações deverão ser realizadas em nome de Dr. José Carlos Martins de Brito, OAB/RJ 131878. Email: brito@britoadvogados.net.br DOS SUPOSTOS FATOS E AUSÊNCIA DE FLAGRANTE DELITO O Paciente foi denunciado pelo Ministério Público Estadual, pela prática de tentativa de homicídio, artigo 121, § 2º, incisos II e IV (três) vezes c/c artigo 14, inciso II, todos do Código Penal, conforme descrito na denúncia em anexo, e posteriormente incluído através de aditamento de denúncia o inciso I do mesmo artigo. Insta trazermos a baila que o referido fato, envolve familiares, tratando- se de fato isolado, eis que o Paciente não possui antecedentes criminais, bem como, excelente comportamento social. Martins de Brito Sociedade de Advocacia Registro na OAB/RJ 012656/2017 - CNPJ nº 28.297.900/0001-61 Rua Professor Castilhos, 431- sl 717 - West Tower - Campo Grande - 23.045-060 - RJ Tel.: (21) 3085-6079 / (21) 99688-1209 brito@britoadvogados.net.br - www.britoadvogados.net.br Criminal - Tribunal do Júri - Crimes de Ordem Econômica - Crimes de Relações de Consumo - - Crimes Tributários - Crimes Falimentares - Crimes Licitatórios - Crimes de Trânsito - Crimes Ambientais - Crimes de Lavagem de Dinheiro Não pretendemos adentrar no mérito, até mesmo porque este não é o momento, porém, não podemos desvincularmos do mesmo, a fim de demonstrarmos a ilegalidade, seja, no aplicação da prisão em flagrante e, posteriormente convertida em prisão preventiva, bem como, derradeiramente mantida pelo Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, ao denegar a referida ordem do remédio constitucional. No dia 21/12/2017 ocorreu uma discussão entre o Paciente e um membro de sua família (GENILTON NERES MORAIS DE OLIVEIRA, enteado do Paciente), o que infelizmente gerou um acidente de trânsito, não tendo os mesmos sofrido ferimentos que acarretasse qualquer possibilidade de morte ou afastamento de suas atividades por mais de 30 (trinta) dias, sendo certo a inexistência de qualquer pretensão de prática de homicídio, tendo os referidos fatos ocorridos no dia 21/12/2017 (por volta das 22:00 / 23:00 horas) e a prisão no dia 22/12/2017 (por volta das 00h:30), observamos o horário de finalização dos termos de declaração dos envolvidos, por volta das 04h00 da manhã). O Paciente de livre e espontânea vontade, no dia 22/12/2017 (por volta das 00h:30), dirigiu-se a 35ª delegacia de Polícia para noticiar que foi vitima de um crime, tendo em vista que no dia 21/12/2017 GENILTON NERES MORAIS DE OLIVEIRA, enteado do Paciente, destruiu o DVD do som de seu veículo, quando então foi abordado por policial em frente a delegacia e apresentado à autoridade policial, quando sequer existiram os fatos da forma imputados e muito menos o instituto do flagrante delito, sendo certo que a referida prisão é ILEGAL, sendo atacada por meio deste remédio Constitucional, HÁBEAS CORPUS, perante o Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, que denegar a referida ordem do remédio constitucional, conforme acórdão em anexo. Não há nos autos laudos de exame de corpo de delito, bem como, em juízo as vitimas não sofreram lesões graves ou gravíssimas, não permaneceram incapacitadas por mais de 30 (trinta) dias para praticar suas atividades, seja laborativa e/ou laser, ou cotidiana. Inexiste, sequer lesão das mesmas que corroborem para a periculosidade imputada ao Paciente, com intuito de mantê-lo preso, tratando-se de genuína Injustiça! Martins de Brito Sociedade de Advocacia Registro na OAB/RJ 012656/2017 - CNPJ nº 28.297.900/0001-61 Rua Professor Castilhos, 431- sl 717 - West Tower - Campo Grande - 23.045-060 - RJ Tel.: (21) 3085-6079 / (21) 99688-1209 brito@britoadvogados.net.br - www.britoadvogados.net.br Criminal - Tribunal do Júri - Crimes de Ordem Econômica - Crimes de Relações de Consumo - - Crimes Tributários - Crimes Falimentares - Crimes Licitatórios - Crimes de Trânsito - Crimes Ambientais - Crimes de Lavagem de Dinheiro Eméritos Ministros deste Superior Tribunal de Justiça! Vejamos o termo de declaração (fls. 04), Sr. Lucio Araújo Correia (testemunha – policial militar): “... que o declarante então dirigiu-se a delegacia e no caminho em frente a delegacia localizou Marcos detendo-o e apresentando-o a autoridade policial...” (grifamos) Termo de declaração (fls. 07), Srª Neide Maria Neres Tinoco (tia das supostas vitimas): “... Que Marcos foi localizado em frente a delegacia e detido pelos policiais militares...” (grifamos) Iminentes Ministros, vejamos a dinâmica dos fatos: O suposto fato ocorreu na Rua São Sape, próximo ao número90 (denúncia) e a 35ª delegacia de policia localizada na Avenida Maria Teresa, nª 08, ou seja, a mais de 05 (cinco) quilômetros de distância, e o acusado não foi preso em flagrante, mas sim, compareceu de livre e espontânea vontade a referida delegacia para noticiar que sofrera crime, tudo isso conforme demonstrado pelos depoimentos supramencionados. Assim, a todo momento demonstra o acusado seu interesse em solucionar o problema, sem qualquer risco e evasão do distrito em que reside e muito menos prejudicar o andamento da instrução criminal. Nunca demonstrou ser perigoso e não há qualquer relato nos autos de que o mesmo sequer tenha ameaçado qualquer suposta vitima e/ou testemunha, sendo tal argumento padrão daqueles que defendem a segregação a qualquer custo, desrespeitando direitos e garantias constitucionais do cidadão, segregando a liberdade do acusado. Eminentes Ministros, o acusado não estava foragido, não foi capturado! Ele apresentou-se de livre e espontânea vontade a autoridade policial, é primário, possui residência fixa, não há provas de qualquer lesão, seja leve, grave ou gravíssima, face ausência do boletim de atendimento médico nos autos, conforme afirmado pelo parquet, assim, não há nenhum elemento autorizador para a decretação da prisão em flagrante e muito menos sua conversão em prisão preventiva, devendo ser aplicado o princípio da Martins de Brito Sociedade de Advocacia Registro na OAB/RJ 012656/2017 - CNPJ nº 28.297.900/0001-61 Rua Professor Castilhos, 431- sl 717 - West Tower - Campo Grande - 23.045-060 - RJ Tel.: (21) 3085-6079 / (21) 99688-1209 brito@britoadvogados.net.br - www.britoadvogados.net.br Criminal - Tribunal do Júri - Crimes de Ordem Econômica - Crimes de Relações de Consumo - - Crimes Tributários - Crimes Falimentares - Crimes Licitatórios - Crimes de Trânsito - Crimes Ambientais - Crimes de Lavagem de Dinheiro presunção de inocência e dignidade da pessoa humana, devendo ser concedido ao mesmo em responder o processo em liberdade, podendo-se, até mesmo aplicar qualquer outra medida, conforme nosso ordenamento jurídico. Desta forma deve por total medida de Justiça, ser concedido liminarmente sua liberdade e expedido alvará de soltura em favor do Paciente, a fim de que o mesmo responda o referido processo em liberdade, observadas a inexistência de qualquer impedimento do Paciente aos requisitos estampados no artigo 312 do Código de Processo Penal, podendo “devendo”, ser aplicado qualquer outra medida alternativa para concessão de liberdade ao mesmo, bem como, efetivar-se os direitos da presunção de inocência, aliado aos requisitos subjetivos do Paciente, quais sejam: primário, possuí residência e domicilio fixo, exerce atividades laborativas, compareceu espontaneamente a delegacia de policia, sendo merecedor da concessão do direito de responder o processo em liberdade. No dia 21/05/2018 ocorreu audiência de instrução e julgamento, onde foram ouvidas as vitimas, Genilton Neres de Oliveira, Cynthia Neres de Oliveira e Glayce Neres de Oliveira. Testemunhas de acusação: Jane Souza Nascimento Miquelista, Neide Maria Neres Tinoco e Gleice Silva Carvalho. Testemunhas de defesa: Ana Paula Matilde dos Santos, Joaquim Gonçalves da Conceição, Edna Freitas da Silva, Waldemir Guimarães da Silva. A vitima, Glayce Neres de Oliveira, afirma que o Paciente não tinha intenção de matar as vitimas, inclusive que as demais vitimas estão contaminadas com “sangue nos olhos”, por vingança e, durante toda instrução observamos que o depoimento daquelas vitimas estão contaminados pela emoção, vingança entre outros sentimentos que prejudiquem o Paciente, inclusive que seu irmão Genilton Neres de Oliveira não possui bom relacionamento com o Paciente, e que este possui excelente comportamento e que efetivamente não tinha intenção de matar as vitimas. A vitima Genilton Neres de Oliveira, afirma que o Paciente desistiu da referida conduta, imputada a ele como tentativa de homicídio. Que inclusive, também, revidaria agressões. As testemunhas de defesa afirmam inexistir qualquer conduta ilícita do Paciente, não possui personalidade violenta, não é usuário de drogas, Martins de Brito Sociedade de Advocacia Registro na OAB/RJ 012656/2017 - CNPJ nº 28.297.900/0001-61 Rua Professor Castilhos, 431- sl 717 - West Tower - Campo Grande - 23.045-060 - RJ Tel.: (21) 3085-6079 / (21) 99688-1209 brito@britoadvogados.net.br - www.britoadvogados.net.br Criminal - Tribunal do Júri - Crimes de Ordem Econômica - Crimes de Relações de Consumo - - Crimes Tributários - Crimes Falimentares - Crimes Licitatórios - Crimes de Trânsito - Crimes Ambientais - Crimes de Lavagem de Dinheiro A apresentação dos fatos, bem como, tudo o que foi produzido em juízo, sob o manto dos princípios do contraditório, ampla defesa e devido processo legal, são indispensáveis para demonstração da ilegalidade da prisão e sua manutenção até a presente data, tendo em vista que o Paciente não feriu nenhum dos requisitos inseridos no artigo 312 do Código de Processo Penal, bem como, estar-se, ferindo o princípio da presunção de inocência e dignidade da pessoa humana, até mesmo o da legalidade, tendo em vista existência de outras medidas cautelares a serem utilizadas no caso em tela, porém, descartadas, abandonando-se a regra que é a LIBERDADE! DA NECESSIDADE DO DIREITO DE LIBERDADE E REVOGAÇÃO DE QUALQUER ESPÉCIE DE PRISÃO “A prisão preventiva em situações que vigorosamente não a justifiquem equivale a antecipação da pena, sanção a ser no futuro eventualmente imposta, a quem a mereça, mediante sentença transitada em julgado. A afronta ao princípio da presunção de não culpabilidade, contemplado no plano constitucional (art. 5º, LVII, da Constituição do Brasil), é, desde essa perspectiva, evidente. Antes do trânsito em julgado da sentença condenatória, a regra é a liberdade; a prisão, a exceção. Aquela cede a esta em casos excepcionais. É necessária a demonstração de situações efetivas que justifiquem o sacrifício da liberdade individual em prol da viabilidade do processo.” (HC 95.009, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 6-11-2008, Plenário, DJE de 19-12- 2008.) No mesmo sentido: HC 96.577, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 10- 2-2009, Segunda Turma, DJE de 19-3-2010. Vide: HC 97.028, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 16-12-2008, Segunda Turma, DJE de 14-8-2009”. Para Decretação e manutenção da prisão preventiva necessário à existência dos requisitos previstos no artigo 312 do Código de Processo Penal, especificamente: Ordem pública. Trata efetivamente da paz e da tranqüilidade social, sendo certo que jamais o paciente praticou qualquer perturbação de ordem pública, conforme inexistência de provas. Ordem econômica. O paciente jamais praticou qualquer ato referente a economia, ao contrário, sofre as conseqüência da desigualdade instalada em nosso país. Conveniência da instrução criminal. Jamais o paciente praticou qualquer ato que perturbasse o desenvolvimento da instrução, ao contrário, sempre Martins de Brito Sociedade de Advocacia Registro na OAB/RJ 012656/2017 - CNPJ nº 28.297.900/0001-61 Rua Professor Castilhos, 431- sl 717 - West Tower - Campo Grande - 23.045-060 - RJ Tel.: (21) 3085-6079 / (21) 99688-1209 brito@britoadvogados.net.br - www.britoadvogados.net.br Criminal - Tribunal do Júri - Crimes de Ordem Econômica - Crimes de Relações de Consumo - - Crimes Tributários - Crimes Falimentares - Crimes Licitatórios - Crimes de Trânsito - Crimes Ambientais - Crimes de Lavagem de Dinheiro colaborou com as autoridades, inclusive comparecendo espontaneamente a 35ª delegacia depolicia. Para assegurar a aplicação da lei penal. O paciente possui residência fixa, colocando-se a disposição da Justiça para participar de todos os atos processuais necessários. O Paciente não feriu nenhum dos requisitos para ter sua liberdade segregada, jogando por terra os direitos e garantias constitucionais, bem como, nova ordem processual penal, devendo ser revogada sua prisão. Para estabelecermos um parâmetro em consonância com nossa Carta Magna, observamos que a decisão de decretação de qualquer espécie de prisão nas circunstâncias do caso em tele fere integralmente os seguintes princípios: a) Da supremacia da Constituição; b) Da dignidade da pessoa humana; c) Da liberdade individual; d) Da proporcionalidade; e) Da presunção de inocência. Não merece prosperar os argumentos daqueles que sustentam que tal posicionamento é defendido pelos defensores dos acusados em processos, pois, até mesmo nossos doutrinadores, procuradores, magistrados, desembargadores e ministros, sensíveis a nova ordem jurídica-social, efetivamente aplicam o determinado em nossa Constituição, explanando até mesmo certa indignação contra os mantenedores de impedimento do desenvolvimento jurídico, manifestando opiniões e/ou decisões coercitivas ao alcance da liberdade daquele que encontra-se encarcerado, tratando de verdadeiro posicionamento estático de uma época em que gerava medo, insegurança e injustiças, deixando de acompanhar o desenvolvimento humano- social-juridico, segundo nosso novo Estado Democrático de Direito. Nossa doutrina aborda o assunto com veemência critica aos participantes e simpatizantes pela manutenção quase que plena da segregação do direito de liberdade do sujeito, seja indiciado ou acusado, da prática de crime, vejamos: Denílson Feitosa. Direito Processual Penal – Teoria. Crítica e Práxis. 7ª. ed. . – Rio de Janeiro: Editora Impetus, 2010, pág. 133. Martins de Brito Sociedade de Advocacia Registro na OAB/RJ 012656/2017 - CNPJ nº 28.297.900/0001-61 Rua Professor Castilhos, 431- sl 717 - West Tower - Campo Grande - 23.045-060 - RJ Tel.: (21) 3085-6079 / (21) 99688-1209 brito@britoadvogados.net.br - www.britoadvogados.net.br Criminal - Tribunal do Júri - Crimes de Ordem Econômica - Crimes de Relações de Consumo - - Crimes Tributários - Crimes Falimentares - Crimes Licitatórios - Crimes de Trânsito - Crimes Ambientais - Crimes de Lavagem de Dinheiro Os atores ou “operadores” jurídicos do direito processual penal brasileiro estão imersos numa cultura inquisitiva milenar, na qual os estudos constitucionais, geralmente, não fazem parte de sua formação e atuação. (grifamos) Não há no caso em tela elementos suficientes permissivos para decretação de qualquer espécie de prisão do Paciente, eis que nenhum de seus elementos vão contra a conduta e pessoa do mesmo, tratando-se, de flagrante distorção da norma processual penal quando da sua aplicação ao caso concreto. Não devemos generalizar o termo garantia da ordem pública aplicando- a, como forma de segregação do direito de liberdade, até porque a garantia da ordem pública depende necessariamente da ocorrência de um perigo, sendo certo que no processo penal, esse perigo é concernente ao acusado, ou seja, elemento subjetivo, levando-se em consideração a personalidade do acusado, seus antecedentes criminais, a gravidade do crime, a certeza incontestável da prática de novos crimes entre outros. O ilustre doutrinador Paulo Rangel. Direito Processual Penal – 8ª. ed. . – Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris, 2004, pág. 657. A liberdade provisória é um direito constitucional que não pode ser negado se estiverem presentes os motivos que a autoriza.(grifamos) Conforme nosso Estado Democrático de Direito, a regra é a liberdade, a exceção sua privação, deve-se observar os dispositivos constitucionais, princípios, bem como nossa legislação infraconstitucional, especificamente o art. 312 do estatuto processual penal, estando nele inserido os requisitos para decretação ou manutenção da prisão preventiva. No caso em tela estão ausentes os requisitos supracitados, sendo a medida de qualquer espécie de prisão, extremamente arbitrária, rigorosa, injusta e ilegal, vez que o Paciente não apresenta nenhuma característica compatível com qualquer dos requisitos do dispositivo processual penal, sendo genuíno ato constrangedor, ceifando seu direito de liberdade, ferindo sua dignidade. Martins de Brito Sociedade de Advocacia Registro na OAB/RJ 012656/2017 - CNPJ nº 28.297.900/0001-61 Rua Professor Castilhos, 431- sl 717 - West Tower - Campo Grande - 23.045-060 - RJ Tel.: (21) 3085-6079 / (21) 99688-1209 brito@britoadvogados.net.br - www.britoadvogados.net.br Criminal - Tribunal do Júri - Crimes de Ordem Econômica - Crimes de Relações de Consumo - - Crimes Tributários - Crimes Falimentares - Crimes Licitatórios - Crimes de Trânsito - Crimes Ambientais - Crimes de Lavagem de Dinheiro Nossa doutrina é unânime quanto á restrição da aplicação desta extrema medida: Fernando da costa Tourinho Filho. Manual de Processo Penal– 11. ed. . – São Paulo: Editora Saraiva, 2009, pág. 645. Malgrado essas observações, e considerando que o art. 312 do estatuto processual penal cuida de quatro circunstâncias autorizadoras da preventiva: garantia da ordem pública, garantia da ordem econômica, conveniência da instrução penal e asseguramento da aplicação da lei penal, deve o Juiz, tendo em conta que a Magna Carta adotou o princípio da presunção de inocência, consonar e harmonizar a norma processual ao texto da Lei Maior, fazendo abstração das duas outras circunstancias (garantia da ordem pública e da ordem econômica), vale dizer, somente decretar a medida extrema quando ela tiver, realmente, indisfarçável caráter cautelar, arredando-se de uma jurisprudência desajustada da realidade. E mesmo assim, cabe ao Juiz, em cada caso concreto, analisar os autos e perquirir se existem provas atinentes a qualquer uma delas, vale dizer, “obtenção da verdade ou exeqüibilidade da efetivação da pena”. (grifamos) Eugênio Pacelli de Oliveira. Curso de Processo Penal– 10. ed. . – Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris, 2009, pág. 432. A prisão preventiva, por trazer como conseqüência a privação da liberdade antes do trânsito em julgado, somente se justifica enquanto e na medida em que puder realizar a proteção da persecução penal, em todo o seu iter procedimental, e, mais, quando se mostrar a única maneira de satisfazer tal necessidade. (grifamos) Nossa jurisprudência segue o mesmo rumo, vejamos o STF: “Prisão preventiva – excepcionalidade. Ante o princípio constitucional da não-culpabilidade, a custódia acautelaladora há de ser tomada como exceção, cumprindo interpretar os preceitos que a regem de forma estrita, reservando-a a situações em que a liberdade do acusado coloque em risco os cidadões, especialmente Martins de Brito Sociedade de Advocacia Registro na OAB/RJ 012656/2017 - CNPJ nº 28.297.900/0001-61 Rua Professor Castilhos, 431- sl 717 - West Tower - Campo Grande - 23.045-060 - RJ Tel.: (21) 3085-6079 / (21) 99688-1209 brito@britoadvogados.net.br - www.britoadvogados.net.br Criminal - Tribunal do Júri - Crimes de Ordem Econômica - Crimes de Relações de Consumo - - Crimes Tributários - Crimes Falimentares - Crimes Licitatórios - Crimes de Trânsito - Crimes Ambientais - Crimes de Lavagem de Dinheiro aqueles prontos a colaborarem com o Estado na elucidação do crime”. (HC 83.157/MT, Rel. Marco Aurélio, DJ de 5-9-2003. No caso em tela, ausente não estão os requisitos necessários para decretação e manutençãode qualquer espécie de prisão, especificamente Fumus Comissi Delict e Periculum Libertatis, acarretando imenso prejuízo ao Paciente em razão da segregação de sua liberdade, garantia individual constitucional, devendo por total medida de fato, direito e Justiça ser determinado expedição de alvará de soltura em favor do Paciente aplicando- se o instituto da liberdade provisória sem fiança vinculada, vez que o mesmo compromete-se a comparecer a todos os atos instrutórios, bem como, quando intimado pelos pelas referidas autoridades. Por derradeiro, visando esgotar-se as possibilidades, é possível aplicar o determinado no artigo 282 c/c 319 do Código de Processo Penal, ou seja, a concessão da liberdade provisória sem fiança, aplicando-se a medida cautelar, se necessário. DO EXCESSO DE PRAZO – PRINCÍPIO DA DURAÇÃO RAZOÁVEL DO PROCESSO O PACIENTE está preso até a presente data, perfazendo 06 (seis) meses e 26 (vinte e seis) dias, observando-se, tratar-se de processo sem maiores complexidades e muito menos qualquer interferência da defesa para a efetividade estipulada pelo referido princípio. “Em tema de habeas corpus, o tamanho do direito à razoável duração do processo é ainda maior. Mais forte a sua compleição. Ele é a prioridade das prioridades ou o primus inter pares procedimental. A plenificar, por consequência, o correlato dever estatal da não negação de justiça.” (HC 106.518, Rel. Min. Ayres Britto, julgamento em 5-4-2011, Segunda Turma, DJE de 13-10-2011.) “A mera expectativa de que a instrução criminal possa encerrar-se em data próxima não supera a alegação de excesso de prazo, quando não há previsão concreta de julgamento.” (HC 100.111, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 17-11- 2009, Segunda Turma, DJE de 18-12-2009.) Assim está-se desrespeitando o princípio da duração razoável do processo, estampado em nossa Carta Magna, artigo 5º, caput e inciso LXXVIII da Carta Magna, bem como, artigo 8º, item 1. do Pacto de São José da Costa Rica. Martins de Brito Sociedade de Advocacia Registro na OAB/RJ 012656/2017 - CNPJ nº 28.297.900/0001-61 Rua Professor Castilhos, 431- sl 717 - West Tower - Campo Grande - 23.045-060 - RJ Tel.: (21) 3085-6079 / (21) 99688-1209 brito@britoadvogados.net.br - www.britoadvogados.net.br Criminal - Tribunal do Júri - Crimes de Ordem Econômica - Crimes de Relações de Consumo - - Crimes Tributários - Crimes Falimentares - Crimes Licitatórios - Crimes de Trânsito - Crimes Ambientais - Crimes de Lavagem de Dinheiro Não há incidentes durante a instrução que justifiquem o excesso de prazo no caso em tela, sendo direito do Paciente ser julgado com maior brevidade possível, admitindo-se, apenas a dilação do prazo quando presente genuínos incidentes, havendo ser observado a proporcionalidade, que neste caso atende aos anseios do Paciente prevalecendo o interesse do mesmo que encontra apoio no estado de inocência natural do ser humano sobre o interesse cautelar Estatal, posicionamento demonstrado pelos Tribunais Estaduais, Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal, vejamos: STJ: “O prazo para a conclusão da instrução criminal não tem as características de fatalidade e de improrrogabilidade, fazendo-se imprescindível raciocinar com o juízo da razoabilidade para definir o excesso de prazo, não se ponderando a mera soma aritmética de tempo para os atos processuais (Precedentes do STF e do STJ). II – No caso em tela, todavia, restou caracterizado o evidente excesso de prazo, desprovido de justificativa razoável, se os recorridos encontravam-se segregados cautelarmente há quase 02 (dois) anos e, até a data de revogação da prisão preventiva, a instrução criminal mal havia se iniciado, encontrando-se o feito, inclusive, até o presente momento, ainda em fase de citação (princípio constitucional da duração razoável do processo – art. 5º., LXXVIII, da CF). Despiciendo lembrar que o processo de réu preso é sempre prioritário. (Precedentes).”(Resp 1.108.868-SP,5ª.T.,rel. Félix Fischer, 02.06.2009,v.u). STF: “o excesso de prazo, na duração da prisão cautelar, mesmo tratando-se de delito hediondo (ou a este equiparado), impõe, em obséquio aos princípios consagrados na Constituição da República, a imediata concessão de liberdade ao indiciado ou ao réu. Nada justifica a permanência de uma pessoa na prisão, sem culpa formada, quando configurado o excesso irrazoável no tempo de sua segregação cautelar (RTJ 137/287 – RTJ 157/633 – RTJ 180/262-264 – RTJ 187/933-934 – RTJ 195/212-213), considerada a excepcionalidade de que se reveste, em nosso sistema jurídico, a prisão meramente processual do indiciado ou do réu, mesmo que se trate de crime hediondo ou de delito a este equiparado. O excesso de prazo, quando exclusivamente imputável ao aparelho judiciário – não derivando, portanto, de qualquer fato procrastinatório causalmente atribuível ao réu – traduz situação anômala que compromete a efetividade do processo, pois, alem de tornar evidente o desprezo estatal pela liberdade do cidadão, frustra um direito básico que assiste a qualquer pessoa: o direito à resolução do litígio sem dilações indevidas (CF, art. 5º., LXXVIII) e com todas as garantias reconhecidas pelo ordenamento constitucional, inclusive a de Martins de Brito Sociedade de Advocacia Registro na OAB/RJ 012656/2017 - CNPJ nº 28.297.900/0001-61 Rua Professor Castilhos, 431- sl 717 - West Tower - Campo Grande - 23.045-060 - RJ Tel.: (21) 3085-6079 / (21) 99688-1209 brito@britoadvogados.net.br - www.britoadvogados.net.br Criminal - Tribunal do Júri - Crimes de Ordem Econômica - Crimes de Relações de Consumo - - Crimes Tributários - Crimes Falimentares - Crimes Licitatórios - Crimes de Trânsito - Crimes Ambientais - Crimes de Lavagem de Dinheiro não sofrer o arbítrio da coerção estatal representado pela privação cautelar da liberdade por tempo irrazoável ou superior àquele estabelecido em lei. A duração prolongada, abusiva e irrazoável da prisão cautelar de alguém ofende, de modo frontal, o postulado da dignidade da pessoa humana, que representa – considerada a centralidade desse principio essencial (CF,art.1º.,III) – significativo vetor interpretativo, verdadeiro valor-fonte que conforma e inspira todo o ordenamento constitucional vigente em nosso País e que traduz, de modo expressivo, um dos fundamentos em que se assenta, entre nós, a ordem republicana e democrática consagrada pelo sistema de direito constitucional positivo (RTJ 195/212-213). A Constituição Federal (Art. 5º., LIV e LXXVIII). EC 45/2004. Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Art. 7.o., n. 5 e 6). Doutrina. Jurisprudência. A prisão cautelar – qualquer que seja a modalidade que ostente no ordenamento positivo brasileiro (prisão em flagrante, prisão temporária, prisão preventiva, prisão decorrente de sentença de pronúncia ou prisão motivada por condenação penal recorrível) – não pode transmudar-se, mediante subversão dos fins que a autorizam, em meio de inconstitucional antecipação executória da própria sanção penal, pois tal instrumento de tutela cautelar penal somente se legitima, se se comprovar, com apoio em base empírica idônea, a real necessidade da adoção, pelo Estado, dessa extraordinária medida de constrição do status libertatis do indiciado ou do réu”. 9HC 88.025-ES,2ª.T.,rel. Celso de Mello, 13.06.2006,v.u.). "(...) de nada valeria a CF declarar com tanta pompa e circunstância o direito à razoável duração do processo (e, no caso, o direito à brevidade e excepcionalidade da internação preventiva), se a ele não correspondesse o direito estatal de julgar com presteza. Dever que é uma das vertentes da altissonante regra constitucional de que a ‘lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito’(inciso XXXV do art. 5º). Dever, enfim, que, do ângulo do indivíduo, é constitutivo da tradicional garantia de acesso eficaz ao Poder Judiciário (‘universalização da Justiça’, também se diz).” (HC 94.000, voto do Rel. Min. Ayres Britto, julgamento em 17-6- 2008, Primeira Turma, DJE de 13-3-2009.) Como conseqüência do excesso de prazo para prestação jurisdicional, tem-se a ilegalidade da manutenção da prisão preventiva do Paciente, afrontando os princípios constitucionais e artigo 648, caput e inciso II do Código de Processo Penal. Martins de Brito Sociedade de Advocacia Registro na OAB/RJ 012656/2017 - CNPJ nº 28.297.900/0001-61 Rua Professor Castilhos, 431- sl 717 - West Tower - Campo Grande - 23.045-060 - RJ Tel.: (21) 3085-6079 / (21) 99688-1209 brito@britoadvogados.net.br - www.britoadvogados.net.br Criminal - Tribunal do Júri - Crimes de Ordem Econômica - Crimes de Relações de Consumo - - Crimes Tributários - Crimes Falimentares - Crimes Licitatórios - Crimes de Trânsito - Crimes Ambientais - Crimes de Lavagem de Dinheiro INOBSERVÂNCIA DO PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA DO DIREITO A LIBERDADE O Paciente possui o direito de defender-se em liberdade, conforme os incisos LIV, LVII, LXVI, LXVII e LXVIII do art. 5º da CRFB c/c os artigos do Pacto de São José da Costa Rica c/c os 310 caput e seu parágrafo único, 316, 350, 327 e 328, todos do Código de Processo Penal, princípios constitucionais, especialmente dignidade da pessoa humana e presunção de inocência, podendo-se, inclusive aplicar-se outras medidas cautelares, conforme artigo 282, caput e seus incisos do mesmo Estatuto Processual Penal, tudo por total medida de fato, direito e JUSTIÇA! Doutos Ministros, a medida de DECRETAÇÃO DA PRISÃO EM FLAGRANTE e posteriormente convertida em prisão preventiva, bem como, sua manutenção até a presente data, aplicada pela autoridade coatora, fere os princípios constitucionais supramencionados, impede o direito de liberdade do Paciente, vai de encontro com a nova ordem constitucional, não resguarda a sociedade, até porque o Paciente não demonstrou em momento algum ter características voltadas para o crime, muito menos ser violento, estando, inclusive ausente os requisitos autorizadores da prisão preventiva, devendo ser repudiada tal medida, observando-se o garantismo penal, a dignidade da pessoa humana, presunção de inocência, legalidade, proporcionalidade e razoabilidade todos inseridos em nosso Estado Democrático de Direito, por total medida da mais pura e cristalina JUSTIÇA. Guilherme de Souza Nucci. Princípios Constitucionais Penais e Processuais Penais, – São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2010, pág. 239, com elegância, serenidade e ponderado, adjetivos inerentes aos seus ensinamentos, posicionamentos e julgados, leciona: O estado natural do ser humano, seguindo-se fielmente o princípio da dignidade da pessoa humana, base do Estado Democrático de Direito, é a inocência. Inocente se nasce, permanecendo-se nesse estágio por toda a vida, a menos que haja o cometimento de uma infração penal e, seguindo-se os parâmetros do devido processo legal, consiga o Estado provocar a ocorrência de uma definitiva condenação criminal”. (grifamos) Martins de Brito Sociedade de Advocacia Registro na OAB/RJ 012656/2017 - CNPJ nº 28.297.900/0001-61 Rua Professor Castilhos, 431- sl 717 - West Tower - Campo Grande - 23.045-060 - RJ Tel.: (21) 3085-6079 / (21) 99688-1209 brito@britoadvogados.net.br - www.britoadvogados.net.br Criminal - Tribunal do Júri - Crimes de Ordem Econômica - Crimes de Relações de Consumo - - Crimes Tributários - Crimes Falimentares - Crimes Licitatórios - Crimes de Trânsito - Crimes Ambientais - Crimes de Lavagem de Dinheiro DOS REQUERIMENTOS Ex positis, vem este advogado e ora impetrante, requerer dos Virtuosos Ministros componentes desta Colenda Turma, seja concedido liminarmente o presente writ, com esteio no art. 660, § 2.º, do CPP, para: 1 - Que cesse imediatamente o constrangimento ilegal sofrido pelo Paciente, face ausência de flagrante delito, bem como, ausência dos requisitos necessários para decretação e/ou manutenção de qualquer espécie de prisão do mesmo, conforme nosso ordenamento jurídico e, por derradeiro estar demonstrado o descumprimento do princípio da duração razoável do processo, permitindo-o responder o processo em liberdade provisória vinculada sem fiança, inclusive, com possível aplicação de outra medida cautelar estampada no artigo 282 do Código de Processo Penal, determinando a expedição do conseqüente alvará de soltura, com o fito de que o Paciente seja posto em liberdade, até a análise de mérito do presente writ; 2) Seja notificada a DD. autoridade coatora a prestar as informações de estilo, ouvindo-se ao depois o DD. Parquet Federal; 3) Seja a ação ao final julgada procedente, com a concessão de HABEAS CORPUS, expedindo o conseqüente alvará de soltura em favor do Paciente, garantindo sua liberdade, com fundamento na ausência dos requisitos do artigo 312 do Código de Processo Penal, princípios da presunção de inocência e dignidade da pessoa humana, podendo-se, até mesmo aplicar- se medida cautelar, conforme artigo 282, caput e incisos c/c artigo 319 caput e incisos do Estatuto Processual Penal, por total medida de fato, direito e Justiça! “A injustiça em qualquer lugar é uma ameaça à justiça em todo lugar” (M. Luther King Jr.). Nestes Termos, Pede Deferimento. Rio de Janeiro, 26 de julho 2018. JOSÉ CARLOS MARTINS DE BRITO OAB/RJ 131878
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