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Pedido de Habeas Corpus para Marcos José Braga

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Martins de Brito Sociedade de Advocacia 
Registro na OAB/RJ 012656/2017 - CNPJ nº 28.297.900/0001-61 
Rua Professor Castilhos, 431- sl 717 - West Tower - Campo Grande - 23.045-060 - RJ 
Tel.: (21) 3085-6079 / (21) 99688-1209 
brito@britoadvogados.net.br - www.britoadvogados.net.br 
 
 
Criminal 
- Tribunal do Júri 
- Crimes de Ordem Econômica 
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- Crimes Falimentares 
- Crimes Licitatórios 
- Crimes de Trânsito 
- Crimes Ambientais 
- Crimes de Lavagem de Dinheiro 
AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO 
COLENDO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. 
 
 
 
 
 
 
 
 MARCOS JOSÉ BRAGA, brasileiro, auxiliar de produção, residente e 
domiciliado na Rua Barbarela, nº 42, Lt15, QD “B”, Campo Grande, Rio de 
Janeiro – RJ, CEP nº: 23.090-430, inscrito no CPF/MF sob nº 081.678.947-97, 
portador da carteira de identidade nº: 10.814.480-9, DETRAN, atualmente 
custodiado na CADEIA PÚBLICA TIAGO TELES DE CASTRO 
DOMINGUES, Estado do Rio de Janeiro - RJ, tendo sua liberdade 
segregada no dia 22/12/2017, aqui designado simplesmente PACIENTE, vem 
se dirigir mui respeitosamente diante deste Augusto Sodalício, por meio de seu 
ADVOGADO que esta assina in fine (doc. Em anexo), ora intitulado 
IMPETRANTE, com o fito de propor, como de fato agora proposto tem, a 
presente: 
 
 
AÇÃO MANDAMENTAL DE “HABEAS CORPUS”, COM PEDIDO DE 
LIMINAR, 
 
com espeque no art. 5.º, LXV e LXVIII, da Lex Matter, arts. 648, II e 660, § 2.º, 
do CPP e art. 7.º, 5, da Convenção Americana sobre Direitos Humanos - 
Pacto de San José da Costa Rica (1969) -, aprovado pelo Governo Brasileiro 
através do Decreto n.º 678/92, nos termos do art. 5.º, § 2.º, da Constituição 
Federal, em face da Colenda Sétima Câmara Criminal do Tribunal de Justiça 
do Estado do Rio de Janeiro – RJ, aqui tecnicamente designada 
AUTORIDADE COATORA, aduzindo para tanto as fáticas e jurídicas razões. 
 
1 – AUSÊNCIA DE FLAGRANTE COMETIMENTO DE CRIME; 
2 – INOBSERVÂNCIA DO PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA; 
3 - EXCESSO DE PRAZO. 
 
 
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- Crimes de Lavagem de Dinheiro 
IMPETRANTE : Dr. José Carlos Martins de Brito – 
OAB/RJ nº 131878. 
 
TÉCNICAMENTE AUTORIDADE COATORA : COLENDA SÉTIMA 
CÂMARA CRIMINAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO 
DO RIO DE JANEIRO – RJ. 
 
PACIENTE : MARCOS JOSÉ BRAGA. 
PROCESSO DE ORIGEM : 0337202-37.2017.8.19.0001 
PROCESSO HCTJRJ : 0012967-48.2018.8.19.0000 
 
 
 
AB INITIO 
 
DAS PUBLICAÇÕES / INTIMAÇÕES 
As publicações deverão ser realizadas em nome de Dr. 
José Carlos Martins de Brito, OAB/RJ 131878. Email: 
brito@britoadvogados.net.br 
 
 
DOS SUPOSTOS FATOS E AUSÊNCIA DE FLAGRANTE DELITO 
 
 
 O Paciente foi denunciado pelo Ministério Público Estadual, pela prática 
de tentativa de homicídio, artigo 121, § 2º, incisos II e IV (três) vezes c/c artigo 
14, inciso II, todos do Código Penal, conforme descrito na denúncia em anexo, 
e posteriormente incluído através de aditamento de denúncia o inciso I do 
mesmo artigo. 
 
 Insta trazermos a baila que o referido fato, envolve familiares, tratando-
se de fato isolado, eis que o Paciente não possui antecedentes criminais, bem 
como, excelente comportamento social. 
 
 
 
 
 
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Criminal 
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- Crimes de Trânsito 
- Crimes Ambientais 
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 Não pretendemos adentrar no mérito, até mesmo porque este não é 
o momento, porém, não podemos desvincularmos do mesmo, a fim de 
demonstrarmos a ilegalidade, seja, no aplicação da prisão em flagrante e, 
posteriormente convertida em prisão preventiva, bem como, 
derradeiramente mantida pelo Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do 
Rio de Janeiro, ao denegar a referida ordem do remédio constitucional. 
 
No dia 21/12/2017 ocorreu uma discussão entre o Paciente e um 
membro de sua família (GENILTON NERES MORAIS DE OLIVEIRA, enteado 
do Paciente), o que infelizmente gerou um acidente de trânsito, não tendo os 
mesmos sofrido ferimentos que acarretasse qualquer possibilidade de morte ou 
afastamento de suas atividades por mais de 30 (trinta) dias, sendo certo a 
inexistência de qualquer pretensão de prática de homicídio, tendo os referidos 
fatos ocorridos no dia 21/12/2017 (por volta das 22:00 / 23:00 horas) e a 
prisão no dia 22/12/2017 (por volta das 00h:30), observamos o horário de 
finalização dos termos de declaração dos envolvidos, por volta das 04h00 
da manhã). 
 
 O Paciente de livre e espontânea vontade, no dia 22/12/2017 (por 
volta das 00h:30), dirigiu-se a 35ª delegacia de Polícia para noticiar que foi 
vitima de um crime, tendo em vista que no dia 21/12/2017 GENILTON 
NERES MORAIS DE OLIVEIRA, enteado do Paciente, destruiu o DVD do 
som de seu veículo, quando então foi abordado por policial em frente a 
delegacia e apresentado à autoridade policial, quando sequer existiram os 
fatos da forma imputados e muito menos o instituto do flagrante delito, 
sendo certo que a referida prisão é ILEGAL, sendo atacada por meio 
deste remédio Constitucional, HÁBEAS CORPUS, perante o Egrégio 
Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, que denegar a referida 
ordem do remédio constitucional, conforme acórdão em anexo. 
 
 Não há nos autos laudos de exame de corpo de delito, bem como, em 
juízo as vitimas não sofreram lesões graves ou gravíssimas, não 
permaneceram incapacitadas por mais de 30 (trinta) dias para praticar suas 
atividades, seja laborativa e/ou laser, ou cotidiana. Inexiste, sequer lesão das 
mesmas que corroborem para a periculosidade imputada ao Paciente, com 
intuito de mantê-lo preso, tratando-se de genuína Injustiça! 
 
 
 
 
 
 
 
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 Eméritos Ministros deste Superior Tribunal de Justiça! 
 
 
 Vejamos o termo de declaração (fls. 04), Sr. Lucio Araújo Correia 
(testemunha – policial militar): 
 
 “... que o declarante então dirigiu-se a delegacia e no caminho em frente 
a delegacia localizou Marcos detendo-o e apresentando-o a autoridade 
policial...” (grifamos) 
 
 Termo de declaração (fls. 07), Srª Neide Maria Neres Tinoco (tia das 
supostas vitimas): 
 
 “... Que Marcos foi localizado em frente a delegacia e detido pelos 
policiais militares...” (grifamos) 
 
 Iminentes Ministros, vejamos a dinâmica dos fatos: 
 
 O suposto fato ocorreu na Rua São Sape, próximo ao número90 
(denúncia) e a 35ª delegacia de policia localizada na Avenida Maria Teresa, nª 
08, ou seja, a mais de 05 (cinco) quilômetros de distância, e o acusado não foi 
preso em flagrante, mas sim, compareceu de livre e espontânea vontade a 
referida delegacia para noticiar que sofrera crime, tudo isso conforme 
demonstrado pelos depoimentos supramencionados. 
 
 Assim, a todo momento demonstra o acusado seu interesse em 
solucionar o problema, sem qualquer risco e evasão do distrito em que reside e 
muito menos prejudicar o andamento da instrução criminal. Nunca demonstrou 
ser perigoso e não há qualquer relato nos autos de que o mesmo sequer tenha 
ameaçado qualquer suposta vitima e/ou testemunha, sendo tal argumento 
padrão daqueles que defendem a segregação a qualquer custo, 
desrespeitando direitos e garantias constitucionais do cidadão, segregando a 
liberdade do acusado. 
 
 Eminentes Ministros, o acusado não estava foragido, não foi capturado! 
Ele apresentou-se de livre e espontânea vontade a autoridade policial, é 
primário, possui residência fixa, não há provas de qualquer lesão, seja leve, 
grave ou gravíssima, face ausência do boletim de atendimento médico nos 
autos, conforme afirmado pelo parquet, assim, não há nenhum elemento 
autorizador para a decretação da prisão em flagrante e muito menos sua 
conversão em prisão preventiva, devendo ser aplicado o princípio da 
 
 
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presunção de inocência e dignidade da pessoa humana, devendo ser 
concedido ao mesmo em responder o processo em liberdade, podendo-se, até 
mesmo aplicar qualquer outra medida, conforme nosso ordenamento jurídico. 
 
 Desta forma deve por total medida de Justiça, ser concedido 
liminarmente sua liberdade e expedido alvará de soltura em favor do 
Paciente, a fim de que o mesmo responda o referido processo em liberdade, 
observadas a inexistência de qualquer impedimento do Paciente aos requisitos 
estampados no artigo 312 do Código de Processo Penal, podendo “devendo”, 
ser aplicado qualquer outra medida alternativa para concessão de liberdade ao 
mesmo, bem como, efetivar-se os direitos da presunção de inocência, aliado 
aos requisitos subjetivos do Paciente, quais sejam: primário, possuí residência 
e domicilio fixo, exerce atividades laborativas, compareceu espontaneamente a 
delegacia de policia, sendo merecedor da concessão do direito de responder o 
processo em liberdade. 
 
 No dia 21/05/2018 ocorreu audiência de instrução e julgamento, onde 
foram ouvidas as vitimas, Genilton Neres de Oliveira, Cynthia Neres de Oliveira 
e Glayce Neres de Oliveira. 
 
 Testemunhas de acusação: Jane Souza Nascimento Miquelista, Neide 
Maria Neres Tinoco e Gleice Silva Carvalho. 
 
 Testemunhas de defesa: Ana Paula Matilde dos Santos, Joaquim 
Gonçalves da Conceição, Edna Freitas da Silva, Waldemir Guimarães da Silva. 
 
 A vitima, Glayce Neres de Oliveira, afirma que o Paciente não tinha 
intenção de matar as vitimas, inclusive que as demais vitimas estão 
contaminadas com “sangue nos olhos”, por vingança e, durante toda instrução 
observamos que o depoimento daquelas vitimas estão contaminados pela 
emoção, vingança entre outros sentimentos que prejudiquem o Paciente, 
inclusive que seu irmão Genilton Neres de Oliveira não possui bom 
relacionamento com o Paciente, e que este possui excelente comportamento e 
que efetivamente não tinha intenção de matar as vitimas. 
 
 A vitima Genilton Neres de Oliveira, afirma que o Paciente desistiu da 
referida conduta, imputada a ele como tentativa de homicídio. Que inclusive, 
também, revidaria agressões. 
 
 As testemunhas de defesa afirmam inexistir qualquer conduta ilícita do 
Paciente, não possui personalidade violenta, não é usuário de drogas, 
 
 
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 A apresentação dos fatos, bem como, tudo o que foi produzido em juízo, 
sob o manto dos princípios do contraditório, ampla defesa e devido processo 
legal, são indispensáveis para demonstração da ilegalidade da prisão e sua 
manutenção até a presente data, tendo em vista que o Paciente não feriu 
nenhum dos requisitos inseridos no artigo 312 do Código de Processo Penal, 
bem como, estar-se, ferindo o princípio da presunção de inocência e dignidade 
da pessoa humana, até mesmo o da legalidade, tendo em vista existência de 
outras medidas cautelares a serem utilizadas no caso em tela, porém, 
descartadas, abandonando-se a regra que é a LIBERDADE! 
 
 
DA NECESSIDADE DO DIREITO DE LIBERDADE E REVOGAÇÃO DE QUALQUER 
ESPÉCIE DE PRISÃO 
 
 “A prisão preventiva em situações que vigorosamente não a justifiquem 
equivale a antecipação da pena, sanção a ser no futuro eventualmente imposta, a 
quem a mereça, mediante sentença transitada em julgado. A afronta ao princípio da 
presunção de não culpabilidade, contemplado no plano constitucional (art. 5º, LVII, da 
Constituição do Brasil), é, desde essa perspectiva, evidente. Antes do trânsito em 
julgado da sentença condenatória, a regra é a liberdade; a prisão, a exceção. Aquela 
cede a esta em casos excepcionais. É necessária a demonstração de situações efetivas 
que justifiquem o sacrifício da liberdade individual em prol da viabilidade do processo.” 
(HC 95.009, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 6-11-2008, Plenário, DJE de 19-12-
2008.) No mesmo sentido: HC 96.577, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 10-
2-2009, Segunda Turma, DJE de 19-3-2010. Vide: HC 97.028, Rel. Min. Eros Grau, 
julgamento em 16-12-2008, Segunda Turma, DJE de 14-8-2009”. 
 
 Para Decretação e manutenção da prisão preventiva necessário à 
existência dos requisitos previstos no artigo 312 do Código de Processo Penal, 
especificamente: 
 
Ordem pública. Trata efetivamente da paz e da tranqüilidade social, sendo 
certo que jamais o paciente praticou qualquer perturbação de ordem pública, 
conforme inexistência de provas. 
 
Ordem econômica. O paciente jamais praticou qualquer ato referente a 
economia, ao contrário, sofre as conseqüência da desigualdade instalada em 
nosso país. 
 
Conveniência da instrução criminal. Jamais o paciente praticou qualquer ato 
que perturbasse o desenvolvimento da instrução, ao contrário, sempre 
 
 
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colaborou com as autoridades, inclusive comparecendo espontaneamente a 
35ª delegacia depolicia. 
 
Para assegurar a aplicação da lei penal. O paciente possui residência fixa, 
colocando-se a disposição da Justiça para participar de todos os atos 
processuais necessários. 
 
 O Paciente não feriu nenhum dos requisitos para ter sua liberdade 
segregada, jogando por terra os direitos e garantias constitucionais, bem como, 
nova ordem processual penal, devendo ser revogada sua prisão. 
 
 Para estabelecermos um parâmetro em consonância com nossa Carta 
Magna, observamos que a decisão de decretação de qualquer espécie de 
prisão nas circunstâncias do caso em tele fere integralmente os seguintes 
princípios: 
 
 a) Da supremacia da Constituição; 
 b) Da dignidade da pessoa humana; 
 c) Da liberdade individual; 
 d) Da proporcionalidade; 
 e) Da presunção de inocência. 
 
 Não merece prosperar os argumentos daqueles que sustentam que tal 
posicionamento é defendido pelos defensores dos acusados em processos, 
pois, até mesmo nossos doutrinadores, procuradores, magistrados, 
desembargadores e ministros, sensíveis a nova ordem jurídica-social, 
efetivamente aplicam o determinado em nossa Constituição, explanando até 
mesmo certa indignação contra os mantenedores de impedimento do 
desenvolvimento jurídico, manifestando opiniões e/ou decisões coercitivas ao 
alcance da liberdade daquele que encontra-se encarcerado, tratando de 
verdadeiro posicionamento estático de uma época em que gerava medo, 
insegurança e injustiças, deixando de acompanhar o desenvolvimento humano-
social-juridico, segundo nosso novo Estado Democrático de Direito. 
 
 Nossa doutrina aborda o assunto com veemência critica aos 
participantes e simpatizantes pela manutenção quase que plena da segregação 
do direito de liberdade do sujeito, seja indiciado ou acusado, da prática de 
crime, vejamos: 
 
Denílson Feitosa. Direito Processual Penal – Teoria. Crítica e 
Práxis. 7ª. ed. . – Rio de Janeiro: Editora Impetus, 2010, pág. 133. 
 
 
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Os atores ou “operadores” jurídicos do direito processual penal 
brasileiro estão imersos numa cultura inquisitiva milenar, na 
qual os estudos constitucionais, geralmente, não fazem parte de 
sua formação e atuação. (grifamos) 
 
 Não há no caso em tela elementos suficientes permissivos para 
decretação de qualquer espécie de prisão do Paciente, eis que nenhum de 
seus elementos vão contra a conduta e pessoa do mesmo, tratando-se, de 
flagrante distorção da norma processual penal quando da sua aplicação ao 
caso concreto. 
 
 Não devemos generalizar o termo garantia da ordem pública aplicando-
a, como forma de segregação do direito de liberdade, até porque a garantia da 
ordem pública depende necessariamente da ocorrência de um perigo, sendo 
certo que no processo penal, esse perigo é concernente ao acusado, ou seja, 
elemento subjetivo, levando-se em consideração a personalidade do acusado, 
seus antecedentes criminais, a gravidade do crime, a certeza incontestável 
da prática de novos crimes entre outros. 
 
 O ilustre doutrinador Paulo Rangel. Direito Processual Penal – 8ª. ed. 
. – Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris, 2004, pág. 657. 
 
A liberdade provisória é um direito constitucional que não pode 
ser negado se estiverem presentes os motivos que a 
autoriza.(grifamos) 
 
 Conforme nosso Estado Democrático de Direito, a regra é a 
liberdade, a exceção sua privação, deve-se observar os dispositivos 
constitucionais, princípios, bem como nossa legislação infraconstitucional, 
especificamente o art. 312 do estatuto processual penal, estando nele inserido 
os requisitos para decretação ou manutenção da prisão preventiva. 
 
 No caso em tela estão ausentes os requisitos supracitados, sendo 
a medida de qualquer espécie de prisão, extremamente arbitrária, rigorosa, 
injusta e ilegal, vez que o Paciente não apresenta nenhuma característica 
compatível com qualquer dos requisitos do dispositivo processual penal, sendo 
genuíno ato constrangedor, ceifando seu direito de liberdade, ferindo sua 
dignidade. 
 
 
 
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 Nossa doutrina é unânime quanto á restrição da aplicação desta 
extrema medida: 
 
Fernando da costa Tourinho Filho. Manual de Processo Penal– 
11. ed. . – São Paulo: Editora Saraiva, 2009, pág. 645. 
 
 
Malgrado essas observações, e considerando que o art. 312 do 
estatuto processual penal cuida de quatro circunstâncias 
autorizadoras da preventiva: garantia da ordem pública, 
garantia da ordem econômica, conveniência da instrução penal e 
asseguramento da aplicação da lei penal, deve o Juiz, tendo em 
conta que a Magna Carta adotou o princípio da presunção de 
inocência, consonar e harmonizar a norma processual ao texto 
da Lei Maior, fazendo abstração das duas outras circunstancias 
(garantia da ordem pública e da ordem econômica), vale dizer, 
somente decretar a medida extrema quando ela tiver, realmente, 
indisfarçável caráter cautelar, arredando-se de uma 
jurisprudência desajustada da realidade. E mesmo assim, cabe 
ao Juiz, em cada caso concreto, analisar os autos e perquirir se 
existem provas atinentes a qualquer uma delas, vale dizer, 
“obtenção da verdade ou exeqüibilidade da efetivação da pena”. 
(grifamos) 
 
Eugênio Pacelli de Oliveira. Curso de Processo Penal– 10. ed. . – 
Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris, 2009, pág. 432. 
 
A prisão preventiva, por trazer como conseqüência a privação da 
liberdade antes do trânsito em julgado, somente se justifica 
enquanto e na medida em que puder realizar a proteção da 
persecução penal, em todo o seu iter procedimental, e, mais, 
quando se mostrar a única maneira de satisfazer tal 
necessidade. (grifamos) 
 
Nossa jurisprudência segue o mesmo rumo, vejamos o STF: 
 
“Prisão preventiva – excepcionalidade. Ante o princípio 
constitucional da não-culpabilidade, a custódia acautelaladora há 
de ser tomada como exceção, cumprindo interpretar os preceitos 
que a regem de forma estrita, reservando-a a situações em que a 
liberdade do acusado coloque em risco os cidadões, especialmente 
 
 
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aqueles prontos a colaborarem com o Estado na elucidação do 
crime”. (HC 83.157/MT, Rel. Marco Aurélio, DJ de 5-9-2003. 
 
 No caso em tela, ausente não estão os requisitos necessários 
para decretação e manutençãode qualquer espécie de prisão, especificamente 
Fumus Comissi Delict e Periculum Libertatis, acarretando imenso prejuízo 
ao Paciente em razão da segregação de sua liberdade, garantia individual 
constitucional, devendo por total medida de fato, direito e Justiça ser 
determinado expedição de alvará de soltura em favor do Paciente aplicando-
se o instituto da liberdade provisória sem fiança vinculada, vez que o mesmo 
compromete-se a comparecer a todos os atos instrutórios, bem como, quando 
intimado pelos pelas referidas autoridades. 
 
 Por derradeiro, visando esgotar-se as possibilidades, é possível aplicar o 
determinado no artigo 282 c/c 319 do Código de Processo Penal, ou seja, a 
concessão da liberdade provisória sem fiança, aplicando-se a medida cautelar, 
se necessário. 
 
DO EXCESSO DE PRAZO – PRINCÍPIO DA DURAÇÃO 
RAZOÁVEL DO PROCESSO 
 
O PACIENTE está preso até a presente data, perfazendo 06 (seis) meses e 
26 (vinte e seis) dias, observando-se, tratar-se de processo sem maiores 
complexidades e muito menos qualquer interferência da defesa para a 
efetividade estipulada pelo referido princípio. 
“Em tema de habeas corpus, o tamanho do direito à razoável duração do processo é 
ainda maior. Mais forte a sua compleição. Ele é a prioridade das prioridades ou o 
primus inter pares procedimental. A plenificar, por consequência, o correlato dever 
estatal da não negação de justiça.” (HC 106.518, Rel. Min. Ayres Britto, julgamento 
em 5-4-2011, Segunda Turma, DJE de 13-10-2011.) 
“A mera expectativa de que a instrução criminal possa encerrar-se em data próxima 
não supera a alegação de excesso de prazo, quando não há previsão concreta de 
julgamento.” (HC 100.111, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 17-11-
2009, Segunda Turma, DJE de 18-12-2009.) 
 Assim está-se desrespeitando o princípio da duração razoável do 
processo, estampado em nossa Carta Magna, artigo 5º, caput e inciso LXXVIII 
da Carta Magna, bem como, artigo 8º, item 1. do Pacto de São José da Costa 
Rica. 
 
 
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- Crimes de Trânsito 
- Crimes Ambientais 
- Crimes de Lavagem de Dinheiro 
 
Não há incidentes durante a instrução que justifiquem o excesso de 
prazo no caso em tela, sendo direito do Paciente ser julgado com maior 
brevidade possível, admitindo-se, apenas a dilação do prazo quando presente 
genuínos incidentes, havendo ser observado a proporcionalidade, que neste 
caso atende aos anseios do Paciente prevalecendo o interesse do mesmo que 
encontra apoio no estado de inocência natural do ser humano sobre o interesse 
cautelar Estatal, posicionamento demonstrado pelos Tribunais Estaduais, 
Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal, vejamos: 
 
STJ: “O prazo para a conclusão da instrução criminal não tem as 
características de fatalidade e de improrrogabilidade, fazendo-se 
imprescindível raciocinar com o juízo da razoabilidade para definir o 
excesso de prazo, não se ponderando a mera soma aritmética de tempo 
para os atos processuais (Precedentes do STF e do STJ). II – No caso 
em tela, todavia, restou caracterizado o evidente excesso de prazo, 
desprovido de justificativa razoável, se os recorridos encontravam-se 
segregados cautelarmente há quase 02 (dois) anos e, até a data de 
revogação da prisão preventiva, a instrução criminal mal havia se 
iniciado, encontrando-se o feito, inclusive, até o presente momento, 
ainda em fase de citação (princípio constitucional da duração razoável 
do processo – art. 5º., LXXVIII, da CF). Despiciendo lembrar que o 
processo de réu preso é sempre prioritário. (Precedentes).”(Resp 
1.108.868-SP,5ª.T.,rel. Félix Fischer, 02.06.2009,v.u). 
 
STF: “o excesso de prazo, na duração da prisão cautelar, mesmo 
tratando-se de delito hediondo (ou a este equiparado), impõe, em 
obséquio aos princípios consagrados na Constituição da República, a 
imediata concessão de liberdade ao indiciado ou ao réu. Nada justifica a 
permanência de uma pessoa na prisão, sem culpa formada, quando 
configurado o excesso irrazoável no tempo de sua segregação cautelar 
(RTJ 137/287 – RTJ 157/633 – RTJ 180/262-264 – RTJ 187/933-934 – 
RTJ 195/212-213), considerada a excepcionalidade de que se reveste, 
em nosso sistema jurídico, a prisão meramente processual do indiciado 
ou do réu, mesmo que se trate de crime hediondo ou de delito a este 
equiparado. O excesso de prazo, quando exclusivamente imputável ao 
aparelho judiciário – não derivando, portanto, de qualquer fato 
procrastinatório causalmente atribuível ao réu – traduz situação 
anômala que compromete a efetividade do processo, pois, alem de 
tornar evidente o desprezo estatal pela liberdade do cidadão, frustra um 
direito básico que assiste a qualquer pessoa: o direito à resolução do 
litígio sem dilações indevidas (CF, art. 5º., LXXVIII) e com todas as 
garantias reconhecidas pelo ordenamento constitucional, inclusive a de 
 
 
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não sofrer o arbítrio da coerção estatal representado pela privação 
cautelar da liberdade por tempo irrazoável ou superior àquele 
estabelecido em lei. A duração prolongada, abusiva e irrazoável da 
prisão cautelar de alguém ofende, de modo frontal, o postulado da 
dignidade da pessoa humana, que representa – considerada a 
centralidade desse principio essencial (CF,art.1º.,III) – significativo vetor 
interpretativo, verdadeiro valor-fonte que conforma e inspira todo o 
ordenamento constitucional vigente em nosso País e que traduz, de 
modo expressivo, um dos fundamentos em que se assenta, entre nós, a 
ordem republicana e democrática consagrada pelo sistema de direito 
constitucional positivo (RTJ 195/212-213). A Constituição Federal (Art. 
5º., LIV e LXXVIII). EC 45/2004. Convenção Americana sobre Direitos 
Humanos (Art. 7.o., n. 5 e 6). Doutrina. Jurisprudência. A prisão cautelar 
– qualquer que seja a modalidade que ostente no ordenamento positivo 
brasileiro (prisão em flagrante, prisão temporária, prisão preventiva, 
prisão decorrente de sentença de pronúncia ou prisão motivada por 
condenação penal recorrível) – não pode transmudar-se, mediante 
subversão dos fins que a autorizam, em meio de inconstitucional 
antecipação executória da própria sanção penal, pois tal instrumento de 
tutela cautelar penal somente se legitima, se se comprovar, com apoio 
em base empírica idônea, a real necessidade da adoção, pelo Estado, 
dessa extraordinária medida de constrição do status libertatis do 
indiciado ou do réu”. 9HC 88.025-ES,2ª.T.,rel. Celso de Mello, 
13.06.2006,v.u.). 
"(...) de nada valeria a CF declarar com tanta pompa e circunstância o direito à 
razoável duração do processo (e, no caso, o direito à brevidade e excepcionalidade da 
internação preventiva), se a ele não correspondesse o direito estatal de julgar com 
presteza. Dever que é uma das vertentes da altissonante regra constitucional de que a 
‘lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito’(inciso 
XXXV do art. 5º). Dever, enfim, que, do ângulo do indivíduo, é constitutivo da 
tradicional garantia de acesso eficaz ao Poder Judiciário (‘universalização da Justiça’, 
também se diz).” (HC 94.000, voto do Rel. Min. Ayres Britto, julgamento em 17-6-
2008, Primeira Turma, DJE de 13-3-2009.) 
 Como conseqüência do excesso de prazo para prestação 
jurisdicional, tem-se a ilegalidade da manutenção da prisão 
preventiva do Paciente, afrontando os princípios 
constitucionais e artigo 648, caput e inciso II do Código de 
Processo Penal. 
 
 
 
 
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INOBSERVÂNCIA DO PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA 
 
DO DIREITO A LIBERDADE 
 
O Paciente possui o direito de defender-se em liberdade, 
conforme os incisos LIV, LVII, LXVI, LXVII e LXVIII do art. 5º da CRFB c/c os 
artigos do Pacto de São José da Costa Rica c/c os 310 caput e seu 
parágrafo único, 316, 350, 327 e 328, todos do Código de Processo Penal, 
princípios constitucionais, especialmente dignidade da pessoa humana e 
presunção de inocência, podendo-se, inclusive aplicar-se outras medidas 
cautelares, conforme artigo 282, caput e seus incisos do mesmo Estatuto 
Processual Penal, tudo por total medida de fato, direito e JUSTIÇA! 
 
 Doutos Ministros, a medida de DECRETAÇÃO DA PRISÃO EM 
FLAGRANTE e posteriormente convertida em prisão preventiva, bem 
como, sua manutenção até a presente data, aplicada pela autoridade 
coatora, fere os princípios constitucionais supramencionados, impede o direito 
de liberdade do Paciente, vai de encontro com a nova ordem constitucional, 
não resguarda a sociedade, até porque o Paciente não demonstrou em 
momento algum ter características voltadas para o crime, muito menos ser 
violento, estando, inclusive ausente os requisitos autorizadores da prisão 
preventiva, devendo ser repudiada tal medida, observando-se o garantismo 
penal, a dignidade da pessoa humana, presunção de inocência, legalidade, 
proporcionalidade e razoabilidade todos inseridos em nosso Estado 
Democrático de Direito, por total medida da mais pura e cristalina JUSTIÇA. 
 
 
Guilherme de Souza Nucci. Princípios Constitucionais Penais e 
Processuais Penais, – São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2010, pág. 
239, com elegância, serenidade e ponderado, adjetivos inerentes aos seus 
ensinamentos, posicionamentos e julgados, leciona: 
 
 
O estado natural do ser humano, seguindo-se fielmente o princípio da dignidade da 
pessoa humana, base do Estado Democrático de Direito, é a inocência. Inocente se 
nasce, permanecendo-se nesse estágio por toda a vida, a menos que haja o 
cometimento de uma infração penal e, seguindo-se os parâmetros do devido processo 
legal, consiga o Estado provocar a ocorrência de uma definitiva condenação 
criminal”. (grifamos) 
 
 
 
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DOS REQUERIMENTOS 
 
Ex positis, vem este advogado e ora impetrante, requerer dos 
Virtuosos Ministros componentes desta Colenda Turma, seja concedido 
liminarmente o presente writ, com esteio no art. 660, § 2.º, do CPP, para: 
 
 1 - Que cesse imediatamente o constrangimento ilegal sofrido pelo 
Paciente, face ausência de flagrante delito, bem como, ausência dos requisitos 
necessários para decretação e/ou manutenção de qualquer espécie de prisão 
do mesmo, conforme nosso ordenamento jurídico e, por derradeiro estar 
demonstrado o descumprimento do princípio da duração razoável do processo, 
permitindo-o responder o processo em liberdade provisória vinculada 
sem fiança, inclusive, com possível aplicação de outra medida cautelar 
estampada no artigo 282 do Código de Processo Penal, determinando a 
expedição do conseqüente alvará de soltura, com o fito de que o 
Paciente seja posto em liberdade, até a análise de mérito do presente writ; 
 
 2) Seja notificada a DD. autoridade coatora a prestar as informações de 
estilo, ouvindo-se ao depois o DD. Parquet Federal; 
3) Seja a ação ao final julgada procedente, com a concessão de 
HABEAS CORPUS, expedindo o conseqüente alvará de soltura em favor do 
Paciente, garantindo sua liberdade, com fundamento na ausência dos 
requisitos do artigo 312 do Código de Processo Penal, princípios da presunção 
de inocência e dignidade da pessoa humana, podendo-se, até mesmo aplicar-
se medida cautelar, conforme artigo 282, caput e incisos c/c artigo 319 caput e 
incisos do Estatuto Processual Penal, por total medida de fato, direito e Justiça! 
“A injustiça em qualquer lugar é uma ameaça à justiça em todo lugar” (M. 
Luther King Jr.). 
 
 Nestes Termos, 
 Pede Deferimento. 
 
 Rio de Janeiro, 26 de julho 2018. 
 
 
JOSÉ CARLOS MARTINS DE BRITO 
 OAB/RJ 131878

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