Buscar

COMÉRCIO INTERNACIONAL 2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

31/08/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743669_1&P… 1/30
FUNDAMENTOS DO FUNDAMENTOS DO 
COMÉRCIO INTERNACIONALCOMÉRCIO INTERNACIONAL
Me. P i terson Balmat Gonçalves
I N I C I A R
31/08/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743669_1&P… 2/30
introdução
Introdução
Nesta unidade, iremos realizar uma análise da regulação do Comércio
Internacional, expondo os principais acordos nos quais o Brasil está
envolvido.
Após, iremos analisar as organizações que regulamentam o Comércio
Internacional, compreendendo suas principais atividades.
Vamos estudar a evolução do Comércio Exterior brasileiro, compreendendo,
de maneira breve, a sua evolução.
Veri�caremos, por �m, como funciona a Gestão de Operações em Importação
e Exportação, as principais modalidades e classi�cações, que visam a regular
o Comércio Internacional e facilitar a circulação de bens.
31/08/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743669_1&P… 3/30
A formação de acordos internacionais parte do anseio de aumentar o volume
de circulação de riquezas com alianças entre nações que diminuam as
barreiras tributárias e aduaneiras. Em ordem de intensidade de integração,
temos as zonas de livre comércio, uniões aduaneiras, mercados comuns e
uniões.
Os principais blocos econômicos de hoje nascem a partir da década de 1990,
revisando os antigos acordos comerciais que existiam e que, em muito menor
escala, impactavam a circulação regional-internacional de mercadorias.
A revisão das formas de acordos comerciais, que culminaram na formação de
novos blocos, re�ete uma tendência internacional, principalmente entre os
países mais hegemônicos, de aumento da atividade empresarial que, por sua
vez, é re�exo do enfraquecimento das formas de governo plani�cadas.
O Brasil, acompanhando o movimento mundial, criou e se incorporou a
alguns acordos de Comércio Exterior, sendo Mercosul o mais importante
deles.
Regulação e AcordosRegulação e Acordos
InternacionaisInternacionais
31/08/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743669_1&P… 4/30
O Mercosul se forma em 26 de março de 1991, quando a Argentina, Brasil,
Paraguai e Uruguai �rmam o chamado Tratado de Assunção.
Nos termos do tratado - recepcionado pelo ordenamento jurídico brasileiro
por meio do Decreto nº 350, de 21 de novembro de 1991 -, o que se constituiu
foi um Mercado Comum, considerando, dentre outras coisas, a necessidade
de “[...] ampliação das atuais dimensões de seus mercados nacionais, através
da integração [...]”, em face da “[...] evolução dos acontecimentos
internacionais, em especial a consolidação de grandes espaços econômicos, e
a importância de lograr uma adequada inserção internacional para seus
países” (BRASIL, 1991, on-line).
Para alcançar os objetivos do bloco, cada um dos países-membros deveria ir
adaptando suas legislações internas, até o momento de alcançar, em nível
normativo, a mesma realidade.
Temos, então, entre os países, o objetivo de livre circulação de bens e
serviços, a imposição de tarifa comum aos demais países não participantes do
bloco e coordenação de políticas macroeconômicas comuns que buscam o
fomento da economia da região.
Na prática, todos esses propósitos, entretanto, passaram por sérias
di�culdades, justamente por desacordos entre os países-membros. A
título exempli�cativo, podemos citar a briga entre Brasil e Argentina
com relação aos embargos que o Brasil estabeleceu, no decorrer do
tempo, a diversos produtos argentinos - tendo sofrido, por sua vez,
diversos embargos com relação aos seus produtos pela Argentina.
Isso ocorreu porque não se pensou na união aduaneira do Mercosul,
nos detalhes econômicos de cada país - não existindo, aliás, uma
consulta detalhada da iniciativa privada de cada país, que deveria
ser a principal interessada na formação do Mercado Comum. Como
nos explicam Saraiva e Almeida (1999, p. 19):
Na montagem da união aduaneira imperfeita que é o Mercosul de hoje, foi
necessário de�nir setores sensíveis, que não suportariam o rebaixamento
tarifário. As exceções iniciais, centenas de produtos nos quatro países
cobriam, no Brasil, máquinas e equipamentos, informática, artigos
31/08/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743669_1&P… 5/30
eletrônicos, indústria automotiva, frutas frescas e em conserva, pescado,
legumes e hortaliças, queijos, indústria têxtil e vidro. Na Argentina,
contemplavam o açúcar e suas manufaturas, indústria têxtil e confecções,
papel e celulose, vidro, metalurgia, máquinas e ferramentas, artigos
eletrônicos e indústria automotiva. Para o Uruguai, cabia proteger os setores
de carnes, pescado e mariscos, leite e derivados, cereais, arroz e azeite,
açúcar e derivados, vinho, cerveja e licores, indústria têxtil e confecções, vidro,
produtos metalúrgicos, indústria automotiva e máquinas. No Paraguai,
selecionaram-se carnes e pescado, queijo, ovos e mel, legumes e hortaliças,
frutas frescas e em conserva, cereais, arroz, farinha e azeite, açúcar e suas
manufaturas, vinhos e cerveja, indústria têxtil e confecções, couro e
derivados, produtos metalúrgicos, papel e impressos, café, chá e erva mate,
madeiras e móveis.
Em 2012 (atendendo a um pedido de adesão de 2006), a Venezuela ingressou
no bloco. Contudo, pouco ela se integrou, tendo passado por duas
suspensões, a última em vigor desde 2017 por violação a princípios
democráticos do bloco - isto é, por contrariar o regime comum, democrático
dos demais países.
Cumpre salientar que a formação de um bloco econômico representa sempre
a transposição de barreiras complicadas esbarrando em interesses pessoais e
políticas externas nem sempre adequadas à atividade comercial ou ao
momento econômico de um país. Um Mercado Comum constitui-se,
basicamente, pela transposição de questões tributárias e aduaneiras - e as
di�culdades do Mercosul se encontram em problemas de desenvolvimento
históricos, que não foram mensurados no momento da formação do bloco.
Uma União, por outro lado, traz muito mais impacto à sociedade. E por maior
que seja o desenvolvimento de seus membros, as barreiras sempre tendem a
aparecer - como veremos, logo mais, a respeito da União Europeia.
31/08/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743669_1&P… 6/30
Além do Mercosul, o Brasil adere a uma série de acordos internacionais que
não, necessariamente, se estabelecem em blocos.
Como exemplo, podemos citar o acordo de preferência tarifária regional entre
países da ALADI (Associação Latino-Americana de Integração), PTR-04; o
acordo de sementes (AG-02) e de bens culturais entre os países da mesma
associação (AR-07). Fora da ALADI, o Brasil conta com alguns acordos
especí�cos, a exemplo do Brasil/Guiana/São Cristóvão e Névis (APP.A25TM
38).
Além disso, há acordos regionais especí�cos, �rmados entre Brasil e Uruguai
(ACE-02) e Argentina (ACE-14).
O Mercosul, por sua vez, realizou uma série de acordos com o Chile (ACE-35),
Bolívia (ACE-36), México (ACE-54 e ACE-55), Peru (ACE-58), Colômbia, Equador
e Venezuela (ACE-59).
Vale ressaltar que, em âmbito internacional, a principal instituição atuando
contra medidas desleais é a Organização Mundial do Comércio (OMC) que,
além de promover diversos acordos gerais - como no caso do Acordo Geral de
Tarifas Aduaneiras -, atua como órgão judicial na resolução de disputas sobre
práticas desleais em âmbito internacional.
saiba mais
Saiba mais
A Associação Latino-Americana de Integração – ALADI foi instituída pelo Tratado
de Montevidéu, em 12/08/80, incorporado ao ordenamento jurídico nacional pelo
Decreto-Legislativo nº 66, de 16/11/1981, para dar continuidade ao processode
integração econômica iniciado em 1960 pela Associação Latino-Americana de
Livre Comércio – ALALC.
Para saber mais, acesse o texto “ALADI - Associação Latino-Americana de
Integração”.
ACESSAR
http://www.mdic.gov.br/index.php/comercio-exterior/negociacoes-internacionais/798-aladi-associacao-latino-americana-de-integracao
31/08/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743669_1&P… 7/30
A OMC, por sua vez, se origina de Acordo Tarifários Internacionais, cujo marco
mais antigo, de maior relevância, ocorre em 1947, quando é celebrado um
acordo sobre o comércio mundial, que �cou conhecido como General
Agreement on Tari�s and Trade (GATT), em português, Acordo Geral sobre
Tarifas e Comércio, que tinha como princípios a não discriminação,
inexistência de restrição quantitativa e a realização de consultas para
resolução de con�itos.
Com o passar dos anos, o Acordo passou a ser renovado periodicamente, por
meio do que se denominou rodadas. Assim, tratando de corte de tarifas,
houve rodadas em 1949, 1951, 1956 e 1960/1961 - esta última chamada
Rodada Dillon. Entre 1964 e 1967 realizou-se a chamada Rodada Kennedy,
tratando de tarifas comuns e leis antidumping. Entre 1973 e 1979, houve a
Rodada Tóquio, que tratou de barreiras tarifárias, não tarifárias e acordos
pró-nações em desenvolvimento.
Durante a denominada Rodada Uruguai, foram realizadas reuniões entre
1986 e 1994  para tratar novamente a respeito de barreiras tarifárias e não
tarifas, com a novidade de discutir acerca da inclusão dos serviços no acordo
multilateral de bens. “Dessa Rodada nasceu o projeto da OMC que, em 2016,
contava com 164 países-membros” (KEEDI, 2017, p. 37).
Em 2001, foi lançada a Rodada Doha, a �m de atender aos interesses dos
países em desenvolvimento - mas ela fracassou, de�nitivamente, em 2009.
31/08/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743669_1&P… 8/30
A OMC é estruturada por um Conselho Geral responsável por aplicar as
decisões tomadas e administrar a estrutura da organização. Esse conselho é
rami�cado nos Conselhos de Comércio de Bens, de Aspectos de Direitos de
Propriedade Intelectual para Comércio de Serviços e no Comitê de
Negociações Comerciais. Além disso, a OMC conta com um Órgão de Solução
de Controvérsias para solução de disputas internacionais.
Especi�camente sobre a Propriedade Intelectual, há um acordo internacional
que foi denominado Agreement on Trade-Related Aspects of Intellectual Property
Rights, TRIPs, ou Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade
Intelectual Relacionados ao Comércio. Ele foi celebrado em 1994, durante a
Rodada Uruguai, do GATT.
O TRIPs cuida basicamente de padrões internacionais a respeito de
Propriedade Intelectual e é de grande interesse dos países hegemônicos. A
anuência com os seus termos é pressuposta para ingresso na organização.
O TRIPs é importante para o Comércio Internacional justamente porque
regula os direitos sobre o desenvolvimento tecnológico, acentuando o papel
comercial da pesquisa e investimento o que, por sua vez, gera ainda mais
riqueza aos países desenvolvedores de tecnologias.
reflitaRe�ita
“A OMC sucedeu ao GATT na regulação do comércio mundial, tendo sido o principal
resultado da Rodada Uruguai. Ainda que ela não seja imune às pressões advindas dos
principais atores internacionais, sua existência é de vital importância para países como
o Brasil que dependem de um sistema de normas para defender seus interesses”.
Fonte: Brasil (s.d., on-line).
31/08/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743669_1&P… 9/30
praticar
Vamos Praticar
O Mercado Comum do Sul consiste em uma área de livre comércio, em âmbito
internacional, pautada na cooperação comercial entre os países-membros,
diminuindo fronteiras e fortalecendo o bloco como um todo. Há um país, no
entanto, que, por descumprir diversas regras do Mercosul, foi suspenso duas vezes.
Marque a alternativa que apresenta corretamente esse país.
a) Venezuela.
b) Paraguai.
c) Uruguai.
d) Argentina.
e) Brasil.
31/08/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743669_1&P… 10/30
O comércio é uma articulação, ou seja, uma estruturação complexa das
relações da troca. Iniciando no processo de satisfação das necessidades
básicas, chega ao ponto da acumulação de bens e sensação de superioridade
social.
Pensando nessa estrutura, o comércio internacional, como o conhecemos
hoje, é resultado de uma série de relações para aumento do processo
produtivo, visando ao desenvolvimento social de um determinado território
soberano - que representa o estágio atual do capitalismo.
O comércio, assim, se torna internacional, irremediavelmente ligado a uma
economia internacional, que envolve complexos processos de importação e
exportação, prestação de serviços, transferências de rendas e movimentos de
capitais.
Na maior parte dos países que não participaram diretamente desse processo,
a absorção desse sistema foi lenta e, muitas vezes, precária. Em países de
tradição colonial, como é o caso do Brasil, levou-se quase um século para se
Comércio ExteriorComércio Exterior
31/08/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743669_1&P… 11/30
compreender as necessidades básicas de um Estado, aliados à autonomia (ou
soberania) devida para se enquadrar no cenário internacional.
Fato é que, no caso do Brasil, é a partir da Proclamação da República que se
começa a pensar no desenvolvimento econômico e inserção do país no
cenário internacional, como nos ensina Faro e Faro (2012, p. 4):
A partir da Proclamação da República, o Brasil passou a apostar na
especialização da produção como forma de possibilitar uma
alavancagem substancial das trocas internacionais. Na verdade,
tratava-se de uma iniciativa bastante previsível, haja vista que tal
ação já havia sido testada anteriormente por outros países
republicanos.
Isso levou o Brasil, na dependência de grandes commodities - como o café,
algodão, borracha e açúcar - a um grande desenvolvimento econômico até a
crise de 1930. A instabilidade do preço das commodities situava a economia
brasileira em lugar de risco, que se evidenciou com a Grande Depressão.
Abre-se, assim, caminho para a Nova República, que visa estabelecer um
gradual, porém radical, processo de industrialização, culminando, a década de
1960, na adoção de medidas de aceleração da economia, empurrados pela
indústria automobilística (composta essencialmente de multinacionais) e na
construção civil (principalmente em obras de infraestrutura).
Contudo, o crescimento desenfreado e desordenado levou o país ao colapso,
a partir da década de 1980, com grandes dé�cits nas transações correntes e
disparada da in�ação.
Começaram a se estabelecer uma série de planos de estabilização da
economia, como o Plano Cruzado (1984), Plano Bresser (1987), Plano Verão
(1988), Plano Collor (1990) e Plano Real (1994), principalmente voltados ao
controle da in�ação, que se estabilizou com o último.
Em paralelo, o Brasil passou por uma grande reabertura econômica, com o
colapso do regime militar, mudança de Constituição, adoção de políticas de
31/08/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743669_1&P… 12/30
abertura econômica (liberais) e formação de alianças internacionais - com a
formação do Mercosul.
A economia brasileira, contudo, permanece, ainda hoje, dependente de
alguns poucos setores (como, ainda, o da construção civil e das grandes
commodities), com pouca ênfase em desenvolvimento cientí�co e tecnológico,
que nos deixa em posição desfavorável, com relação aos demais países, de
economia de tamanho similar. 
praticar
Vamos Praticar
Na maiorparte dos países que não participaram diretamente do processo de
internacionalização do comércio, a absorção desse sistema foi lenta e, muitas vezes,
precária. Em países de tradição colonial, como é o caso do Brasil, levou-se quase um
século para se compreender as necessidades básicas de um Estado, aliados à
autonomia (ou soberania) devida para se enquadrar no cenário internacional.
No caso do Brasil, assinale a alternativa que indique qual o momento em que se
estabeleceram políticas voltadas ao comércio internacional, visando ao
desenvolvimento nacional.
a) Durante o Segundo Império.
b) Na Proclamação da República.
c) No Governo de Getúlio Vargas.
d) No Regime Militar.
e) Durante a redemocratização nacional.
31/08/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743669_1&P… 13/30
31/08/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743669_1&P… 14/30
A Gestão de Operações de Exportação (e de Importação) passam por uma
série de medidas, tanto em âmbito nacional como internacional, voltadas
principalmente para a padronização do sistema de trânsito aduaneiro e
expansão do comércio internacional.
O primeiro exemplo que podemos citar está ligado ao Incoterms (international
commercial terms), que é uma expressão em inglês desenvolvida pela Câmara
de Comércio Internacional (CCI) que visa a padronizar regras de interpretação
de termos utilizados no comércio internacional. Isso serve justamente para
evitar questionamentos e problemas de comunicação no Comércio
Internacional, produzindo mais e�ciência e celeridade.
Os Incoterms foram publicados pela primeira vez em 1936 pela CCI, tendo sido
revistos em 1953, 1967, 1976, 1980, 1990, 2000, 2010 e 2020. Formam um
conjunto de regras para serem aplicadas nos contratos internacionais. Como
nos ensina Vasquez (2015, p. 29), “por serem facultativos, os termos aplicam-
se somente às relações entre comprador e vendedor, não regulando as
Gestão de Operações emGestão de Operações em
ExportaçãoExportação
31/08/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743669_1&P… 15/30
modalidades de transporte, uma vez que estas são reguladas pelo contrato
entre comprador/vendedor e transportador”.
Os incoterms são estabelecidos por 11 siglas de três letras e divididos em 4
grupos (pela ordem: “E”, “F”, “C” e “D”), que de�nem, progressivamente, o grau
de responsabilidade e obrigações mínimas para o exportador e, por lógica, de
forma decrescente para o importador. 
Quadro 2.1 - Grupos de Entrega de Inconterms 
Fonte: Elaborado pelo autor.
O Grupo E (Ex) é aquele o qual a entrega da mercadoria pelo
vendedor ocorre no local de origem. No Grupo F (Free), “o vendedor
Grupos de entrega
Grupo E (partida) -
menor obrigação ao
exportador -
mercadoria disponível
ao importador na
origem
EXW Ex Works
Grupo F (transporte
principal não pago pelo
exportador)
FCA
FAS
FOB
Free Carrier Free Alongside Ship
Free On Board
Grupo C (transporte
principal pago pelo
exportador)
CPT
CFR
CIP CIF
Carriage Paid To Cost and Freight
Carriage and Insurance Paid to
Cost, Insurance and Freight
Grupo D (chegada) -
entrega da mercadoria
ao importador
DPU
DAP
DDP
Delivered At Place Unloaded
Delivered At Place Delivered Duty
Paid
31/08/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743669_1&P… 16/30
efetua a entrega da mercadoria ao transportador ou alguém
determinado pelo comprador, no seu país, com o comprador
assumindo-a a partir desse ponto. No Grupo C (Cost), o vendedor
obriga-se a contratar o transporte internacional e pagar o frete até o
porto ou ponto de destino de�nido, mas não assume os riscos da
viagem, que já passam ao comprador no momento da entrega da
mercadoria em seu próprio país. No Grupo D (Delivery), o vendedor
deve entregar a mercadoria no destino de�nido pelo comprador,
assumindo todos os riscos e custos para isso, representado o de
menor responsabilidade para o comprador (KEEDI, 2017, p. 132).
Com relação à forma de transporte são especí�cos do aquaviário o FAS, FOB,
CFR e CIF, e servem a qualquer forma de transporte o EXW, FCA, CPT, CIP,
DPU, DAP e DDP. Com relação ao seguro, os que obrigam o vendedor a
contratá-lo são o CIP e o CIF. Os que mantêm as partes responsáveis pelo
seguro, em cada uma de suas obrigações, são EXW, FCA, FAS, FOB, CPT, CFR,
DPU, DAP e DDP.
As obrigações alfandegárias são devidas a quem cabe dar a entrada ou
realizar a saída do produto, exceto no caso do EXW, que são todas as
obrigações devidas ao importador, e no DDP, que são todas devidas ao
exportador. Cumpre ressaltar, como ensina Keedi (2017), que o Brasil não
opera dessa forma, pois “o comprador estrangeiro no Incoterms EXW e o
vendedor estrangeiro no Incoterms DDP não podem fazer o despacho e nem
pagar impostos”, sendo que “na nossa venda EXW é o vendedor quem
providencia isso, subvertendo os termos do Incoterms, e a importação DDP
nem pode ser realizada no país ou registrada no Siscomex” (KEEDI, 2017, p.
134).
No EXW - Ex Works (a partir do local de produção), o compromisso do
vendedor se limita a embalar e disponibilizar o produto em suas instalações.
Ele somente é utilizado quando o importador pode se ocupar de todas as
atividades para a realização do transporte e desembaraço aduaneiro.
No FCA - Free Carrier (transportador livre), o vendedor é obrigado a entregar
ao transportador a mercadoria devidamente desembaraçada no país de
origem. É de sua responsabilidade realizar a carga, o transporte e o
31/08/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743669_1&P… 17/30
desembaraço aduaneiro na origem, sendo o transporte da viagem principal, o
seguro da viagem, o desembaraço aduaneiro, na importação, o transporte
local, no destino, e a descarga todos de responsabilidade do importador.
O FAS - Free Alongside Ship (livre no costado do navio) é bastante semelhante
ao FCA, com a diferença de ser especí�co ao sistema aquaviário. Como é de
responsabilidade do vendedor o embarque da mercadoria no navio, esse é o
momento de maior relevância na elaboração do contrato.
No FOB (livre a bordo), também exclusivo para transporte aquaviário,
o vendedor é responsável pelo desembaraço aduaneiro de
exportação. Entende-se que a mercadoria está entregue no momento
em que ela cruzar a amurada do navio no porto de embarque
indicado pelo comprador, a quem passam a recair todos os custos e
riscos operacionais a partir desse instante (FARO; FARO, 2012, p. 36).
No CFR - Cost and Freight (custo e frete), exclusivo também para transporte
aquaviário, se considera o momento de entrega a liberação da mercadoria na
amurada do navio, já desembaraçada para exportação. Fica a cargo do
exportador o transporte da viagem principal.
O CIF - Cost, Insurance and Freight (custo, seguro e frete), também exclusivo
para transporte aquaviário, é bastante semelhante ao CFR, distinguindo-se
pela necessidade do exportador pagar pelo seguro da viagem.
“No CPT - Carriage Paid to (transporte pago) a mercadoria é considerada
entregue quando, já desembaraçada para exportação, for repassada ao
transportador contratado pelo vendedor” (FARO; FARO, 2012, p. 38).
No CIP - Carriage and Insurance Paid to (transporte e seguro pagos), à
semelhança do CIF, o exportador é responsável pela mercadoria até a entrega
do bem ao transportador, devendo o vendedor arcar com o seguro da viagem
principal.
No DAP - Delivered at Place (entregue no local de destino designado), o bem
está entregue quando estiver pronto a sofrer a operação de descarga.
31/08/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743669_1&P… 18/30
No DPU - Delivered At Place Unloaded (Entregue No Local Desembarcado),o
vendedor entrega a carga colocando-a à disposição do comprador, no local de
destino nomeado, descarregada do meio de transporte. O vendedor deve
assumir todos os riscos e custos envolvidos para isso.
No DDP, o vendedor é responsável por todas as etapas da entrega (inclusive,
seguro e transporte local no destino), exceto com relação à descarga da
mercadoria.
Em solo nacional, o sistema de Gestão de Operações de Importação e
Exportação se liga ao chamado Siscomex - Sistema Integrado de Comércio
Exterior - que surge, em 1993, como uma medida do Governo brasileiro,
visando a diminuir a burocracia nas relações de Comércio Internacional,
gerando controle integrado e, em última instância, fomentando o
desenvolvimento do comércio.
Os agentes que intervêm podem ser classi�cados em gestores, órgãos
anuentes e usuários.
Como gestores, temos a SECEX (Secretaria do Comércio Exterior), vinculada ao
Ministério da Economia e à RFB, que geram, respectivamente, os aspectos
comerciais e �scais dessas relações.
Os anuentes são aqueles que atuam no Siscomex para realizar exames sobre
determinados bens ou serviços, como o caso da Comissão Nacional de
Energia Nuclear (CNEN), que atua na comercialização de produtos radioativos.
Os usuários são as instituições �nanceiras (exportadores, importadores,
despachantes aduaneiros, transportadores...) que atuam no comércio e
circulação de bens e serviços em âmbito internacional.
Para atuar no Siscomex, é necessário realizar um credenciamento prévio, que
é feito, no âmbito do MDIC, com o Registro de Exportadores e Importadores
(REI), e, no âmbito da RFB, com o Registro e Rastreamento da Atuação dos
Intervenientes Aduaneiros (RADAR).
31/08/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743669_1&P… 19/30
Com relação às exportações, é necessário preencher os requisitos do módulo
exportação, do Siscomex, realizando a Declaração Única de Exportação (DU-
E), que é um documento eletrônico que contém as informações do bem e tem
�nalidade comercial, cambial e �scal.
“É necessário o Registro de Operação de Crédito (RC) a todos os bens que
circulam internacionalmente mediante �nanciamento, obrigatório a produtos
cujo pagamento seja realizado em prazo superior a 360 dias” (FARO; FARO,
2012, p. 47).
Quando o valor da operação de exportação for inferior a US$ 50 mil, o
registro poderá ser realizado de maneira simpli�cada, mediante o Registro de
Exportação Simpli�cada (RES), que exige menos informações para realizar a
operação, bem como simpli�ca o procedimento.
Além desses documentos, é necessária a expedição da Declaração de
Despacho de Exportação (DDE), que pode ser simpli�cada (DSE), e do
Comprovante de Exportação (CE).
praticar
Vamos Praticar
As modalidades de habitação perante o Siscomex são reguladas pela Instrução
Normativa RFB nº 1.603 (de 15 de dezembro de 2015) e pela Portaria Coana nº 58
(de 26 de julho de 2016), que autorizam a habilitação ordinária e simpli�cada do
pequeno empresário, bem como a forma de habilitação de pessoa física no
Siscomex, seguindo o manual da Receita Federal fornecido para esse �m.
No que diz respeito às exigências normativas, podemos a�rmar que:
31/08/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743669_1&P… 20/30
a) Portaria Coana nº 58 estabelece procedimentos de habilitação de
importadores, exportadores e internadores da Zona Franca de Manaus para
operação no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex) e de
credenciamento de seus representantes para a prática de atividades
relacionadas ao despacho aduaneiro.
b) O Manual do Siscomex estabelece procedimentos de habilitação de
importadores, exportadores e internadores da Zona Franca de Manaus para
operação no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex) e de
credenciamento de seus representantes para a prática de atividades
relacionadas ao despacho aduaneiro.
c) O Decreto nº 660 estabelece procedimentos de habilitação de
importadores, exportadores e internadores da Zona Franca de Manaus para
operação no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex) e de
credenciamento de seus representantes para a prática de atividades
relacionadas ao despacho aduaneiro.
d) A Instrução Normativa nº 1603 estabelece procedimentos de habilitação
de importadores, exportadores e internadores da Zona Franca de Manaus
para operação no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex) e de
credenciamento de seus representantes para a prática de atividades
relacionadas ao despacho aduaneiro.
e) O Decreto nº 660 estabelece procedimentos de habilitação apenas de
importadores, com relação à Zona Franca de Manaus para operação no
Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex) e de credenciamento de
seus representantes
31/08/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743669_1&P… 21/30
Com relação à importação, é necessária a emissão da Declaração de
Importação (DI), que também pode ser simpli�cada (DSI) e da Licença de
Importação (LI), igualmente expedida de forma simpli�cada (LSI), para os
casos de operações de pequeno valor, mencionados anteriormente.
O regime jurídico do Siscomex é regulado principalmente pelo Decreto nº 660,
que regulamenta o Siscomex, em especial, entre os seus artigos 4 e 9,
analisando como se funciona e se inicia as relações de comércio exterior a
produtores em geral, expondo também a importância de um sistema
integrado de comércio exterior na coleta de dados e melhoria no
planejamento do comércio exterior.
As modalidades de habitação, por sua vez, são reguladas pela Instrução
Normativa RFB nº 1.603 (de 15 de dezembro de 2015) e pelas Portarias Coana
nº 58 (de 26 de julho de 2016) e 72 (de 04 de setembro de 2018), que
autorizam a habilitação ordinária e simpli�cada do pequeno empresário, bem
como a forma de habilitação de pessoa física no Siscomex, seguindo o manual
da Receita Federal fornecido para esse �m.
Gestão de Operações deGestão de Operações de
ImportaçãoImportação
31/08/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743669_1&P… 22/30
Os bens são classi�cados pelo Siscomex principalmente para realizar um
controle comercial e �scal. Eles podem atender ao Sistema Harmonizado (SH)
ou à Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM). É com eles que se de�nem as
alíquotas devidas para cada produto ou serviço comercializado.
A classi�cação obedece aos seguintes critério de divisão: (1) animais vivos; (2)
carnes e miudezas comestíveis; (3) peixes, crustáceos, moluscos e outros
invertebrados aquáticos; (4) leite e lacticínios, ovos de aves, mel natural,
produtos comestíveis de origem animal não especi�cados em outros
capítulos; e (5) outros produtos de origem animal, não especi�cados nem
compreendidos em outros capítulos.
Há uma subdivisão em cada capítulo, de maneira a se estabelecer um terceiro
e um quarto dígitos, como é o caso de animais vivos, que são da espécie
bovina, classi�cado por 0102 e, se é reprodutor de raça pura, se classi�ca por
mais dois dígitos: 0102.10.
Os regimes aduaneiros regulam a forma pela qual os objetos do Comércio
Internacional serão transmitidos, bem como o seu regime de tributação.
O território aduaneiro, no caso do Brasil, atinge toda a sua extensão, sendo a
sua abrangência classi�cada em zona primária — onde estão os portos e os
aeroportos alfandegados, além das áreas de fronteiras — e zona secundária,
onde se encontra o restante do território aduaneiro, incluindo as águas
territoriais e o espaço aéreo, conforme estabelece o Decreto nº 6.759/09
(BRASIL, 2009).
Os regimes aduaneiros podem ser classi�cados em: comum, especial e
especial para área especial. O primeiro cuida das operações em geral; o
segundo, das operações que têm algum tipo de isenção tributária; o terceiro
serve para atender determinadas áreas do território nacional.Os regimes aduaneiros especiais podem ser classi�cados em:
i. admissão temporária, em que o bem permanece em território
nacional por prazo determinado;
31/08/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743669_1&P… 23/30
ii. Depósito Alfandegado Certi�cado (DAC), que desvincula a venda
externa da transferência física da mercadoria;
iii. Depósito A�ançado, que suspende tributos de importação que
estejam voltados à manutenção de aeronaves ou embarcações que
realizem o Comércio Internacional;
iv. Depósito Especial (DE), suspende tributos para importações de peças,
materiais de reposição ou manutenção de veículos estrangeiros;
v. Drawback, que consiste em admitir matérias-primas, utilizadas em
processo de industrialização, com diferenciação de regime de
tributação, sendo classi�cado em de suspensão, isenção ou
restituição;
vi. Depósito Franco, que permite o armazenamento de mercadoria
estrangeira em um recinto alfandegado;
vii. entreposto aduaneiro, que permite o depósito de mercadorias em
recinto alfandegado, com suspensão de pagamento de tributos;
viii. Regime Aduaneiro Especial de Entreposto Industrial sob Controle
Informatizado (RECOF), que admite a suspensão tributária a
mercadorias destinadas à industrialização;
ix. exportação temporária, que permite a saída de mercadorias, com
promessa de devolução em até um ano, com suspensão de tributos
incidentes;
x. Loja Franca, “que é a instalação comercial estabelecida em zona
primária de porto ou aeroporto alfandegado, para venda de
mercadoria nacional ou estrangeira especi�camente a passageiro em
viagem internacional” (FARO; FARO, 2012, p. 131);
xi. trânsito aduaneiro, que permite a circulação de mercadorias de um
local a outro, no território nacional, com suspensão tributária;
xii. Regime Especial de Importação de Insumos (RECOM), voltado ao
desenvolvimento do setor automotivo, permite a importação sem
cobertura cambial;
xiii. Regime Especial de Importação de Bens Destinados às Atividades de
Pesquisa e de Lavra das Jazidas de Petróleo e Gás Natural (REPETRO),
que dá condições especiais à circulação dessas mercadorias;
xiv. Regime Especial de Importação de Petróleo Bruto e seus Derivados
(REPEX), que, de maneira semelhante ao REPETRO, dá condições
31/08/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743669_1&P… 24/30
especiais à circulação dessas mercadorias.
Os regimes aduaneiros especiais, aplicados em áreas especiais, por sua vez,
podem ser assim classi�cados:
i. Áreas de Livre Comércio (ALC), que são regiões especí�cas, que
usufruem de benefícios �scais. Geralmente se localizam em regiões
de fronteira e são acordos entre países, para contribuir no
desenvolvimento da região;
ii. Zona Franca de Manaus (ZFM), que é uma área de livre comércio —
com incentivos �scais — que serve para fomentar o desenvolvimento
da região;
iii. Entreposto Internacional da ZFM (EIZOF), que permite o depósito de
mercadorias estrangeiras e nacionais na ZFM, com a suspensão de
tributos;
iv. Zonas de Processamento de Exportação (ZPE), “que são áreas de livre
comércio em locais destinados à instalação de indústrias voltadas
exclusivamente para a produção de bens destinados à
comercialização no exterior” (FARO; FARO, 2012, p. 135).
Os despachos aduaneiros são os procedimentos pelos quais é veri�cada a
exatidão dos dados declarados em processo de importação ou exportação,
com vistas ao desembaraço aduaneiro, como nos ensina Vasquez (2015).
No despacho aduaneiro de exportação é realizado o desembaraço da
mercadoria ao exterior, desenvolvido em cinco etapas: registro da Declaração
de Despacho de Exportação (DDE), con�rmação da presença de carga e
recepção de documentos, parametrização e distribuição da DDE,
desembaraço aduaneiro e registro dos dados de embarque, averbação de
embarque/emissão do Comprovante de Exportação (CE).
Já no despacho de importação, a mercadoria é classi�cada por
cores, de acordo com quatro canais de conferência (verde, amarelo,
vermelho e cinza), sendo �nalizado com o registro do desembaraço
no Siscomex, onde é emitido o Comprovante de Importação (CI),
atestando a regularidade da mercadoria no país (FARO; FARO, 2012,
p. 87).
31/08/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743669_1&P… 25/30
praticar
Vamos Praticar
Os regimes aduaneiros podem ser classi�cados em: comum, especial e especial
para área especial. O primeiro cuida das operações em geral; o segundo, das
operações que têm algum tipo de isenção tributária; o terceiro serve para atender
determinadas áreas do território nacional.
Podemos a�rmar que os regimes aduaneiros para áreas especiais são:
a) Entreposto Aduaneiro, Zona Franca de Manaus, Entreposto Internacional
da ZFM e Zonas de Processamento e Exportação.
b) Loja Franca, Exportação Temporária, Entreposto Internacional da ZFM e
Zona Franca de Manaus.
c) REPEX, Zona Franca de Manaus, Entreposto Internacional da ZFM e Loja
Franca.
d) Áreas de Livre Comércio, Zona Franca de Manaus, Entreposto
Internacional da ZFM e Zonas de Processamento e Exportação.
e) REPEX, Zona Franca de Manaus, Entreposto Internacional da ZFM e Loja
Franca.

Continue navegando