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UNIVERSIDADE DA INTEGRAÇÃO DA LUSOFONIA AFRO-BRASILEIRA INSTITUTO DE ENGENHARIAS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL - IEDS BACHARELADO EM ENGENHARIA DE ENERGIAS PRÁTICA 4 DE CONVERSÃO ELETROMECÂNICA POLARIDADE DE TRANSFORMADORES Cláudia Elisa César Guimarães Docente: Humberto Ícaro Pinto Fontinele ACARAPE-CE JULHO 2021 http://sigaa.unilab.edu.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsp/hicaropf Sumário 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 3 2. OBJETIVOS ........................................................................................................................ 5 3. MATERIAIS UTILIZADOS .............................................................................................. 5 4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ............................................................................ 5 5. RESULTADOS E DISCUSSÕES ...................................................................................... 6 5.1. QUESTÕES ADICIONAIS ........................................................................................ 9 6. CONCLUSÃO ................................................................................................................... 11 7. REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 12 3 1. INTRODUÇÃO A polaridade de um transformador é a marcação existente nos terminais dos enrolamentos dos transformadores indicando assim o sentido da circulação de corrente em um determinado instante em consequência do sentido do fluxo produzido. Ela deve ser estabelecida como base para o entendimento do funcionamento do transformador, pois, com a instalação de dois ou mais transformadores em paralelo, as conexões dos secundários formarão uma malha. Quando os transformadores possuírem a mesma polaridade, as forças eletromotrizes anulam-se, ou seja, a tensão resultante será zero. Quando a soma das forças eletromotrizes resultarem em um valor diferente de zero, surgirá uma corrente de circulação com valores elevados, pois é limitada apenas pelas impedâncias secundárias. Assim, tem-se que umas das principais condições para estabelecer o paralelismo de transformadores é a de possuírem a mesma polaridade. Os transformadores podem ter polaridade aditiva e subtrativa, sendo que: a) A polaridade subtrativa possui o mesmo sentido dos enrolamentos; b) A polaridade aditiva possui sentidos contrários dos enrolamentos; A figura 1, ilustra o sentido dos enrolamentos. Figura 1 - Sentido dos enrolamentos Fonte: Eletrotécnica atual, 2015 4 Marcação dos terminais: A ABNT recomenda que os terminais de tensão superior sejam marcados com H1 e H2 e os de tensão inferior com X1 e X2, sendo que os índices 1 serão marcados na origem das setas que designam a polaridade. Figura 1.2 - Marcação da polaridade de transformadores monofásicos Fonte: Roteiro, UNILAB Existem vários métodos de ensaio, eles são: a) Método do golpe indutivo com corrente contínua; b) Método da corrente alternada; c) Método do transformador padrão; Abordando sobre o método de corrente alternada que é um método limitado a relações de transformação 30:1 e ocorre o seguinte: - Aplica-se uma tensão alternada convenientemente aos terminais de tensão superior (caso 1) e depois entre os terminais adjacentes (caso 2). - Se a primeira leitura for menor que a segunda, a polaridade é subtrativa em caso contrário é aditiva. Esta conclusão é obtida da própria definição de transformadores aditivo e subtrativo; Figura 1.3 - Método de ensaio em corrente alternada Fonte: Roteiro, UNILAB 5 2. OBJETIVOS • Conhecer os métodos para determinar a polaridade de transformadores monofásicos; • Determinar a polaridade relativa entre duas bobinas.; • Definir a marcação dos terminais; • Observar a importância da polaridade nas ligações trifásicas; • Analisar o desfasamento angular nos transformadores trifásicos; 3. MATERIAIS UTILIZADOS a) Transformadores; b) Cabos condutores; c) Voltímetro; d) Amperímetro; 4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL • Utilizando o método da corrente alternada (vide explanação teórica), determinou- se a polaridade entre as bobinas do transformador monofásico da bancada. Colocou-se e a marca da polaridade nas bobinas abaixo, que representam as do transformador, de acordo com o ensaio feito por você. Em seguida verificou-se a importância de se conhecer a polaridade das bobinas que formam uma ligação trifásica; • Utilizando três transformadores monofásicos montou-se as ligações a seguir. Para cada banco formado meça as tensões de linha e de fase. Comentou-se suas observações; • Montou-se um banco delta-delta como mostrado na figura a seguir. Com cuidado fechou-se o delta do secundário diretamente. Verificou-se com um voltímetro se a tensão entre os terminais que vão ser curto-circuitados é zero; 6 • Esses foram os procedimentos realizados ao longo da prática. Foi uma prática longa isto porque verificou-se a polaridade, as tensões de fase, ou seja, a tensão de fase a, fase b e fase c, tanto no lado de alta como no lado de baixa assim com as tensões de linha entre essas fases, também no lado de alta e de baixa; 5. RESULTADOS E DISCUSSÕES Como mencionou-se na introdução a polaridade consiste na defasagem existente entre as tensões induzidas no primário e no secundário de um transformador, logo, se as duas tensões tiverem o mesmo sentido sentidos diz-se que o transformador possui polaridade subtrativa e caso contrário a polaridade é aditiva. Assim sendo, para realização do primeiro procedimento, referente ao método da corrente alternada, determinou-se a polaridade entre as bobinas do transformador monofásico da bancada. Fez-se duas medições, na primeira medição aplicou-se a tensão de entrada em um dos transformadores, sendo que essa tensão de entrada foi de 220V e a tensão de saída foi de 266 V, logo, a polaridade subtrativa (mesmo sentido dos enrolamentos). E na segunda medição trancando os lados, aplicou-se novamente uma tensão de entrada de 220 V e ela cai para 169 V, que é a tensão na saída, logo, a polaridade é aditiva. A figura a seguir representa dos dois procedimentos, a polaridade Subtrativa (à esquerda) e aditiva (à direita). Figura 1 – Identificação da polaridade Fonte: Aw storm 7 Para o segundo procedimento, utilizou-se três transformadores monofásicos montou-se as ligações essas quatro (4) ligações, aplicou-se uma tensão de entrada de 220 V da fonte de alimentação trifásica. Cada ligação apresentou as tensões de linha e de fase, tanto no lado de alta e de baixa tensão. Figura 2 - Esquema das ligações Fonte: Roteiro, UNILAB Na ligação (a), a relação de transformadores é Y -Y, com a polaridade nas bobinas com a mesma orientação, como ilustra a figura e os resultados obtidos foram: Tabela 1 – Resultados da ligação Y-Y, item (a) Lado de alta (H) Lado de baixa (X) V, fase [V] V, Linha [V] V, fase [V] V, Linha [V] VAn= 126 VAB= 213 VAn= 28 VAB= 48 VBn= 128 VBC= 217 VBn= 28 VBC= 49 VCn= 126 VAC= 216 VCn= 28 VAC= 49 Fonte: Autor, 2021 8 Na ligação (b), a relação de transformadores é Y -Y, com uma das polaridades invertida (B), como ilustra a figura e os resultados obtidos foram: Tabela 2 – Resultados da ligação Y-Y, item (b) Lado de alta (H) Lado de baixa (X) V, fase [V] V, Linha [V] V, fase [V] V, Linha [V] VAn= 125 VAB= 212 VAn= 28 VAB= 30 VBn= 127 VBC= 216 VBn= 29 VBC= 29 VCn= 125 VAC= 217 VCn= 28 VAC= 49 Fonte: Autor, 2021 Na ligação (c), a relação de transformadoresé Δ -Y, com a polaridade nas bobinas com a mesma orientação, como ilustra a figura e os resultados obtidos foram: Att: a tensão de linha e a tensão de fase no lado de alta são iguais; Tabela 3 – Resultados da ligação Δ -Y, item (c) Lado de alta (H) Lado de baixa (X) V, fase [V] V, Linha [V] V, fase [V] V, Linha [V] VAn= 215 VAB= 215 VAn= 49 VAB= 84 VBn= 218 VBC= 218 VBn= 48 VBC= 84 VCn= 219 VAC= 219 VCn= 49 VAC= 86 Fonte: Autor, 2021 Na ligação (d), a relação de transformadores é Δ -Y, com uma das polaridades invertida (B), como ilustra a figura e os resultados obtidos foram: Tabela 4 – Resultados da ligação Δ -Y, item (d) Lado de alta (H) Lado de baixa (X) V, fase [V] V, Linha [V] V, fase [V] V, Linha [V] VAn= 0 VAB= 0 VAn= 49 VAB= 49 VBn= 219 VBC= 219 VBn= 48 VBC= 49 VCn= 219 VAC= 219 VCn= 48 VAC= 86 Fonte: Autor, 2021 9 Por último, montou-se um banco delta-delta como mostrado na figura a seguir e verificou-se verifique com um voltímetro que a tensão entre os terminais que vão ser curto-circuitados é zero. Figura 3 - Esquema Delta - Delta Fonte: Roteiro, UNILAB 5.1.QUESTÕES ADICIONAIS 1. Explique o porquê da necessidade do voltímetro R: Nessa prática o voltímetro foi bastante utilizado, logo ele foi muito importante para a verificação das tensões, onde primeiro foi usado para a determinação da polaridade e em seguida para determinar a tensão de linha e as de fase, logo com a ajuda do voltímetro conseguiu-se determinar as tensões nos terminais ligação. 2. Responda as questões abaixo. 2.1.Qual a vantagem de se ter transformadores com polaridade subtrativa. R: A polaridade subtrativa tem como principal vantagem estabelecer e manter o paralelismo dos transformadores, isto porque, como abordado na introdução em um transformador em paralelo e com a mesma polaridade, a tensão resultante será zero e surgirá uma corrente de circulação elevada, pois será limitada apenas pelas impedâncias secundárias. 3. Que se entende por defasamento angular nos transformadores? R: O defasamento angular nos transformadores é a diferença de fases ou deslocamento angular entre as tensões dos terminais de tensão inferior e tensão superior. 10 4. Em que situação é importante se conhecer o defasamento angular de um transformador? R: É importante se conhecer o defasamento angular em transformadores em paralelo, isto é uma situação, sabendo que eles possuem o mesmo defasamento angular, pois como a demanda de energia é muito grande para apenas um equipamento, garantindo que ambos os transformadores estarão sobre o mesmo potencial. 11 6. CONCLUSÃO Portanto, a polaridade de um transformador é a marcação existente nos terminais dos enrolamentos dos transformadores, indicando o sentido da circulação de corrente em um determinado instante em consequência do sentido do fluxo produz, realizando todos procedimentos solicitados achou-se as tensões de linha e as tensões de fase das ligações. 12 7. REFERÊNCIAS FITZGERALD, A. E., KINGSLEY Jr. C. E UMANS, S. D. Máquinas Elétricas: com Introdução à Eletrônica De Potência. 6ª Edição, Bookman, 2006. Capítulo 2 – Transformadores; Manual de laboratório de conversão eletromecânica;
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