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Curso: Direito Disciplina: Estágio e Prática Jurídica II Professora: Linara Oeiras Assunção Semestre: 2020.2 1 Excelentíssimo (a) Senhor (a) Juiz (a) de Direito da 15ª Vara Cível Comarca do Rio de Janeiro Estado do Rio de Janeiro Autos de nº: 0000-0000XXXX Distribuição por dependência KÁTIA, brasileira, casada, profissão..., portadora do RG nº... e inscrita no CPF sob o nº..., residente e domiciliada em Rio de Janeiro/RJ, com endereço eletrônico..., através de seu advogado que esta subscreve mediante procurando em anexo, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, com fundamento nos arts. 674 e seguintes do Código de Processo Civil, propor EMBARGOS DE TERCEIROS Em desfavor de BEATRIZ, já devidamente qualificada nos autos em epígrafe, pelos motivos de fato e direito que serão doravante expostos. I – DA TEMPESTIVIDADE A presente demanda é tempestiva, tendo em vista que fora proposta antes da adjudicação, da alienação por iniciativa particular ou da arrematação, nos termos do §2º, do art. 674, do CPC. II - DOS FATOS A Embargante é casada com Paulo, ora executado nos autos de Execução de Alimentos, sob o regime da comunhão universal de bens (comprovado mediante documentação em anexo). No entanto, Paulo manteve no passado um vínculo conjugal com a Embargada, no qual desse vínculo sobreveio o filho Glauco, onde fora fixado alimentos a serem pagos pelo pai, com a devida guarda para a genitora. Em 2018, Paulo ficou desempregado e começou a passar por dificuldades financeiras, comprovado mediante documento em anexo, bem como para pagar a pensão alimentícia de seu filho. Desse modo, a Embargada ajuizou Ação de Execução de Alimentos e, durante o trâmite, o imóvel adquirido pela Embargante e pelo Embargado foi penhorado, sendo que se trata de único imóvel residencial do casal e lar da família. Nesse liame, a aludida execução atinge os direitos da Embargante, não restando alternativa para a interposição de embargos de terceiros com o crivo de garantir o direito de imóvel, que notoriamente é também direito da embargante. II - DA FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA Curso: Direito Disciplina: Estágio e Prática Jurídica II Professora: Linara Oeiras Assunção Semestre: 2020.2 2 É patente que a penhora incidiu nos direitos da Embargante, o qual não esteve vinculada ao processo de execução. Nesse feito, possui legitimidade para interpor os embargos, nos termos do art. 674, §2º, I, uma vez que é meeira do imóvel, objeto da penhora na ação de execução. Outrossim, a comunhão universal comunica entre os conjugues todos os bens, atuais e futuros, adquiridos pelos conjugues, nos termos do art. 1667, do CC, restando evidente que o bem penhorado é também de propriedade da Embargante, não podendo ser executado. Sendo bem de família, o imóvel residencial próprio do casal é impenhorável e não poderá ser responsabilizado por eventual dívida contraída pelos conjugues, indo além do direito de propriedade em si decorrente do casamento, nos termos do art. 1º e 3º, III, da Lei nº 8.009/90. III – DOS PEDIDOS Ante todo o exposto, a embargante requer: a) ajuntada aos autos do comprovante de recolhimento de custas, nos termos do §1º, do art. 82, do CPC; b) a juntada aos autos de comprovante dos documentos que comprovem a posse e domínio do bem pela Embargante, conforme preconiza o art. 677, do CPC; c) a procedência da presente ação sobre a impenhorabilidade da meação no bem penhorado e a sua desconstituição, resguardando os direitos da Embargante enquanto conjugue; d) a condenação da Embargada ao pagamento de honorários sucumbenciais, custas e despesas processuais, nos termos do art. 85, do CPC; e) provar o alegado por todos os meios de prova admitidos no direito. Dá-se a causa o valor de R$ ... (valor do imóvel). Nestes termos, pede deferimento. Município ..., Data... Advogado OAB nº...
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