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Aula 15

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EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero
Capítulo 5: Análise através de 
volume de controle
� Equação de Bernoulli
�Outros casos especiais
�Seleção do VC
EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero
Conservação de energia no VC
O princípio da conservação de energia para VC 
enuncia que:










−










=










t instante no )e"" (entrada VC
no entra que fluido do energia
de ciatransferên de total taxa
t instante no )s"" (saída VC
o deixa que fluido do energia
 de ciatransferên de total taxa
t instante no VC dointerior 
 no armazenada energia
da total variação de taxa
Superfície de controle
VC
Entrada “e” Saída “s”
es
VC memeE 



−



=
•••
EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero
Conservação de energia no VC
• No caso do VC possuir várias entradas e saídas, o 
balanço da taxa de energia é:
∑∑ 





++−





++=−=
•••••
e e
e
s s
sVCVCVC gz
V
hmgz
V
hmWQE
22
22
e
e
s
sVCVCVC gz
V
hmgz
V
hmWQE 





++−





++=−=
•••••
22
22
EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero
Casos especiais: escoamento em 
regime permanente
• VC contendo apenas uma entrada e uma saída: a 
equação de conservação de massa em RP é:
•••••
===−= mmmmm
dt
dm
sees
VC 0
• E a equação da conservação de energia é:
0=
•
VCE
es
VCVC gz
V
hmgz
V
hmWQ 





++−





++=−
••••
22
22
EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero
Casos especiais: escoamento de 
gases perfeitos em RP
es
VCVC gz
V
hmgz
V
hmWQ 





++−





++=−
••••
22
22
• Se o fluido é um gás perfeito (ideal e com cp cte):
)( espes TTchh −=−
• O escoamento em RP do gás perfeito no VC é:
[ ]esesespVCVC gzgz
VV
TTc
m
W
m
Q
−+








−+−=−
•
••
• 22
22
)(
EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero
Casos especiais: escoamento de 
líquidos em RP
• Sendo o escoamento em RP é:
e
e
s
sVCVCVC gz
V
Pumgz
V
PumWQE 





+++−





+++=−=
•••••
22
22
νν
• Quando o fluido for um líquido, é mais comum usar 
outra expressão.
• Lembrando-se que:














+++−





+++=−
•••
es
VCVC gz
V
Pugz
V
PumWQ
22
22
νν
EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero
Casos especiais: escoamento de 
líquidos em RP
• Dividindo tudo por mg :
ρ
ν
1
=• Considerando que:
••••
−−+














++−





++=− VCes
es
VC Quumgz
VP
gz
VP
mW )(
22
22
ρρ
• Substituindo e reagrupando tem-se:
•








−−+





++−





++=
−
•
•
•
•
m
Q
uu
g
z
g
V
g
P
z
g
V
g
P
gm
W VC
es
es
VC 1
22
22
ρρ
EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero
Casos especiais: escoamento de 
líquidos em RP
• Reagrupando tem-se:
Carga manométrica 
total entrando no 
VC (HTe)
gm
W
m
Q
uu
g
z
g
V
g
P
z
g
V
g
P VCVC
es
se
•
•
•
•
+








−−+





++=





++
1
22
22
ρρ
Carga manométrica 
total saindo no 
VC (HTs)
Carga manom. 
perdida por atrito e 
transf. de calor 
(hL)
Carga manométrica equivalente do 
trabalho realizado pelo fluido (hW)
WLTsTe hhHH ++=
EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero
Mas o que representa exatamente a 
carga manométrica total (HT) ?
águaáguaatm hgP ∗∗= ρ
• A carga manométrica tem sua origem no campo da hidráulica e 
é forma de representar a pressão em um fluido.
• Considere, por exemplo, uma pressão atmosférica de 101 kPa
(1atm). Ela pode ser representada como a altura de uma coluna 
de líquido equivalente. Se o líquido for água, com ρρρρ = 998 kg/m3, 
tem-se:
água de m 10,32==
∗
=
)807,9(998
101000
g
P
h
água
atm
água
ρ
• Uma pressão atmosférica de 101 kPa é equivalente à força por 
unidade de área na base da coluna de água com altura de 10,32 
m. OU SEJA, uma pressão de 1 atm corresponde a uma carga 
manométrica de 10,32 m de coluna de água.
EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero
Casos especiais: escoamento de líquidos 
em RP
gm
W
hz
g
V
g
P
z
g
V
g
P VC
L
se
•
•
++





++=





++
22
22
ρρ
• A carga manométrica total (HT), seja na entrada ou saída, é
definida como a soma da carga manométrica de pressão 
(P/ρρρρg), da carga manométrica de velocidade (V2/2g) e da 
carga manométrica potencial gravitacional (z) por unidade 
de vazão mássica.
• HT tem as dimensões de um comprimento (m ou ft).
EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero
Patm= 100kPa 
Pvap= 2,3kPa
h = z2-z1=?
Q = 0,03 m3/s 
Exemplo: Um sistema de sifão com diâmetro interno d=0,075m 
é utilizado para remover água de um recipiente A para outro B, 
conforme figura abaixo. Quando em operação, a vazão em RP 
através do sifão é de 0,03 m3/s. A temperatura da água é de 
25oC e ρρρρ=998,3 kg/m3. Calcule qual a elevação do sifão acima da 
superfície da água do reservatório A, ∆∆∆∆z, na qual a pressão
mínima do sifão seja igual à
pressão de vapor da água (Pv = 
2,339 kPa). Admite-se que a 
perda de carga devido ao atrito 
e à transferência de calor pode 
ser desprezada, ou seja, hL=0. 
Admitir que o nível de água no 
reservatório é mantido 
constante.
EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero
Patm= 100kPa
D 
Pvap= 2.3kPa
O VC foi escolhido de forma 
a incluir a superfície da água 
no reservatório e ser 
perpendicular ao escoamento 
através do sifão. A equação 
da conservação da energia 
em RP entre os ponto 1 
(superfície do reservatório) e 
2 (ponto de máxima elevação 
é: 
gm
W
hz
g
V
g
P
z
g
V
g
P VC
L
se
•
•
++





++=





++
22
22
ρρ
EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero
Patm= 100kPa 
D 
Pvap= 2,3kPa
Pois o reservatório é
grande quando comparado 
com o sifão.








++=





+ 2
2
22
1
1
2
z
g
V
g
P
z
g
P
ρρ
m/s 6,791
4
0,075
π
0,03
A
)VVazão(
2
2
=






==
•
2V
Pois não há bomba ou 
turbina no sistema do sifão.
01 =V
0=
•
VCW
g
V
g
P
g
P
z
2
2
221 −−=∆
ρρ
m 7,73=∆z
gm
W
hz
g
V
g
P
z
g
V
g
P VC
L
se
•
•
++





++=





++
22
22
ρρ
EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero
• Ela é um caso particular da equação de conservação 
de energia, válida quando o escoamento for:
– Incompressível
– Em regime permanente
– Adiabático (sem transferência de calor) e reversível (sem 
dissipação viscosa ou invíscido) 
– Sem realização de trabalho
Casos especiais: Equação de 
Bernoulli
0=
•
VCE
constante=





++=





++
se
z
g
V
g
P
z
g
V
g
P
22
22
ρρ
0=Lh
0=
•
VCW
EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero
Casos especiais: Equação de 
Bernoulli
• A equação de Bernoulli representa as formas de 
energia presentes em um escoamento.
• Ela afirma que essa energia se conserva entre dois 
pontos, uma vez que não há dissipação viscosa, 
trabalho e calor atravessando as fronteiras.
• É a primeira solução que relaciona campo de 
velocidade com campo de pressão.
• Ela pode ser empregada também para gases. 
EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero
Casos especiais: Equação de 
Bernoulli
2
2
1
2
22 






+=





+
VPVP
ρρ
• Considerando o escoamento em uma tubulação (com 
paredes paralelas) no plano horizontal (z1=z2):
• Rearrumando tem-se:
22
2
2
2
2
1
1
V
P
V
P
ρρ
+=+
• Cada termo desta forma da Eq. Bernoulli representa 
uma pressão.
EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero
Casos especiais: Equação de 
Bernoulli
cte
V
P
V
P =+=+
22
2
2
2
2
1
1
ρρ• O termo P é a pressão termodinâmica, chamada de 
pressão estática.
• À medida que V2 aumenta, P deve diminuir.
• Analogamente, a medida que V2 diminui, P deve 
aumentar.
• Logo, existirá uma pressão estática mesmo que não 
haja escoamento.
EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero
Casos especiais: Equação de 
Bernoulli
)(constanteTP
V
P
V
P =+=+
22
2
2
2
2
1
1
ρρ
• O termo ρρρρV2/2 é a pressão dinâmica e existe apenas 
quando há escoamento.
• Fora da camada limite de escoamento, o escoamento 
se comporta como se fosse invíscido e a Eq. 
Bernoulli estabelece que a soma das pressões 
estática e dinâmica é constante ao longo da linha de 
corrente horizontal.
• Esta pressão constante é chamada de pressão total 
ou pressão de estagnação.
EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero
Casos especiais: Equação de 
Bernoulli
)(constanteTP
V
P
V
P =+=+
22
2
2
2
2
1
1
ρρ
• Fisicamente a pressão de estagnação representa a 
pressão estática que agirá em um ponto do fluido 
quando este for colocado em repouso (V=0) através 
de um processo adiabático reversível.
• A pressão estática de um escoamento pode ser 
obtida através de um manômetro ou de um sensor de 
pressão estática, chamada de tubo de Pitot.
• O tubo de Pitot mede também a pressão de 
estagnação do escoamento.
EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero
Manômetros
• São medidores de pressão que operam em 
condições HIDROSTÁTICAS (ou seja, não há
velocidade).
• Regra: mesmo fluido à mesma altura apresenta 
mesma pressão. Por quê? 
• Porque a pressão só varia com a densidade (ρρρρ) e a 
altura (z). 
21
P
gz 
P
gz 





++++====





++++
ρρρρρρρρ
P
Z
EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero
Manômetro: Tubo U
pA
Patm
32 PP =
( )1A2mAtmA hhgPP ρ−ρ⋅=−
1AA2 hgPP ⋅⋅ρ+=
2mAtm3 hgPP ⋅⋅ρ+=
Mesma altura e mesmo 
fluido, portanto 
pressões iguais
Z
EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero
Manômetro Diferencial
pA
pB
Reservatório
Reservatório
Regra: mesmo fluido e 
mesma altura 
apresentam mesma 
pressão. 
P2 = P3 → PA – PB = ρρρρBgh3 + ρρρρMgh2 - ρρρρAgh1
Medidor de Pressão tipo Bourbon
EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero
Tubo de Pitot
• Foi desenvolvido para realizar medidas locais da 
velocidade de correntezas em rios.
• Até hoje é muito utilizado na indústria aeronáutica, 
em instalações industriais (linhas de vapor, gases 
e líquidos) em sistemas de ventilação e laboratórios 
de pesquisa.
• Permite realizar uma medida local da velocidade do 
escoamento a partir da pressão de estagnação e da 
pressão estática.
• Pode ser empregado tanto para fluidos 
compressíveis como para incompressíveis.
EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero
Princípio básico do tubo de Pitot
• O escoamento livre é desacelerado de modo 
reversível até a estagnação.
• A energia total se conserva.
(((( ))))
ρρρρ
−−−−
====⋅⋅⋅⋅ρρρρ====−−−−⇒⇒⇒⇒
1PP2
V ou V
2
1
PP 21
2
112
2
222
2
111 V
2
1
 P V
2
1
 P ρρρρ++++====ρρρρ++++
P. Estat P. Din P. Estag. = 0 
(1) 
Corrente 
Livre
(2) 
Estagnação; 
V=0
• Primeira solução que relaciona campo de 
velocidade com campo de pressão.
EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero
Tubo de Pitot
Corrente Livre: 
P, V, T
Manômetro 
Diferencial
Pressão Estática: 
4 a 8 furos igualmente 
espaçados na 
circunferência
Pressão Estagnação 
ou 
Pressão Total
EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero
Exemplo: A figura abaixo mostra o escoamento de água, a 5oC, através da 
seção de testes horizontal de um túnel de água. Um tubo de Pitot é
colocado no escoamento além da camada limite da parede da seção de 
testes. A sonda é conectada a um manômetro em U com mercúrio cujos 
ramos mostram uma diferença na coluna de mercúrio de ∆∆∆∆zHg= 52 mm. 
Determinar a velocidade da água no ponto onde está a sonda.
Água a 5oC
P
PT
EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero
Água a 5oC
P
• Como o tubo de Pitot está localizado além da camada limite de 
escoamento, pode-se usar a equação de Bernoulli para analisar o 
escoamento e V será: ( )
água
T PP
ρ
−
=
2
V
PT
• Para determinar PT-P analisa-se o manômetro em U (estática do 
fluido).
• No ponto A: 
AáguaTA gzPP ρ+=
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Água a 5oC
P
• No ponto B:
HgHgHgAáguaAáguaT zgzzgPgzP ∆+∆−+=+ ρρρ )(
( )
HgAáguaB zzgPP ∆−+= ρ
HgHgBAC zgPPP ∆+== ρ
PT
• Igualando:
• No ponto C:
• Rearrumando:
)( águaHgHgT zgPP ρρ −∆=− 







−∆=− 1
água
Hg
águaHgT zgPP
ρ
ρ
ρ
EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero
Água a 5oC
P
• Na Tabela A-9 tem-se que ρρρρágua = 1000 kg/m3 e na Tabela A-11 sabe-se 
que ρρρρHg/ρρρρágua =13,55
PT
• Logo V será:
( ) Pa 6400=−∗∗=− − 155,13100010.52807,9 3PPT
( )
m/s 3,58V =
∗
=
−
=
1000
640022
água
T PP
ρ
EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero
Teorema de Transporte de Reynolds
Teorema utilizado para transformar as equações 
válidas para um sistema termodinâmico em 
equações válidas para um volume de controle.
[ ] [ ]
es mm
dt
&& ϕϕ
φ
−=sist
d
[ ] [ ]
dt
dM
..
dt
dM VCsist =−= ss mm && 11
φφφφsist=propriedade genérica do 
sistema, a qual será
conservada
ϕϕϕϕ = propriedade específica = φφφφ/M
[ ] [ ]
dt
d(MV)
..
dt
d(MV) VCsist =−= ss mVmV &&
[ ] [ ]
dt
d(E)
..
dt
d(E) VCsist =−= ss meme &&
EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero
Força de empuxo
• A existência de diferença de pressão na superfície 
de um objeto resultará numa força sobre o objeto.
• Uma força adicional em fluidos em repouso ocorre 
quando um objeto é submergido no fluido.
• Essa força é chamada de força de empuxo e é
determinada pelo Princípio de Arquimedes:
“Um objeto submergido sofre a atuação de uma força 
no sentido vertical para cima que é proporcional ao 
peso do fluido que o objeto submergido desloca.”
EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero
Força de empuxo
• A força resultante do objeto é a força de 
empuxo menos o peso do objeto.
• Se a força de empuxo for maior, o objeto 
flutuará na superfície do fluido.
• Se for menor, o objeto afundará.
• Se for igual, o objeto permanecerá em 
qualquer profundidade que for colocado. 
Essa condição é chamada de empuxo neutro.
EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero
Exemplo: Uma esfera com 1 m de diâmetro é enchida com benzeno e 
submergida no oceano até uma profundidade de 100 m. Qual deve ser o 
peso da esfera (vazia) apenas para que ela permaneça a 100 m de 
profundidade ?
• Da Tabela A-11 obtém-se as densidades relativas do benzeno e da água 
salgada: 3
aáguasalgad 1000kg/m=== águabenzeno ρρρ 025,1879,0
esfera) da (volumeaáguasalgad gFempuxo ρ=
esfera) da (volumebenzeno gWbenzeno ρ=
• A força empuxo da água é:
• A força peso do benzeno é:
• Para que a esfera se mantenha na profundidade de 100 m, a força 
resultante será:
0)( =+−= esferabenzenoempuxores WWFF
EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero
Exemplo: Uma esfera com 1 m de diâmetro é enchida com benzeno e 
submergida no oceano até uma profundidade de 100 m. Qual deve ser o 
peso da esfera (vazia) apenas para que ela permaneça a 100 m de 
profundidade ?
• Logo, a força peso da esfera será:
esfera) da (volume-esfera) da (volume benzenoaáguasalgad ggWesfera ρρ=
água
água
benzeno
água
aáguasalgad
ρ
ρ
ρ
ρ
ρ
π )(
3
4 3 −∗= rgWesfera
benzenoempuxoesfera WFW −=
N 749=−∗= 1000)879,0025,1()5,0(
3
4
807,9 3πesferaW
EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero
Seleção de um volume de controle (VC)
• A seleção do VC é fundamental para se 
resolver um problema.
• O melhorVC é normalmente determinado 
pela experiência e por uma análise cuidadosa 
das variáveis conhecidas e desconhecidas 
para o problema particular.
EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero
60 m
1 km
1 m1 m
W
Exemplo: Dadas as alturas entre reservatórios, o diâmetro da 
tubulação e o fluxo de massa (140 kg/s) deseja-se determinar a 
potência da bomba para transferir um volume de fluido na 
unidade de tempo.
•
1-VC: a bomba (com entrada e saída).
As variáveis relacionadas à equação de 
energia neste VC são:
• Pe e Ps (desconhecidas)
•Ve e Vs (desconhecidas)
•Ze e Zs (desconhecidas, mas 
poderiam ser desprezadas)
•hL (desconhecida mas tb poderia ser 
desprezada)
•W (o que se quer determinar).
EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero
60 m
1 km
1 m1 m
W
Exemplo: Dadas as alturas entre reservatórios, o diâmetro da 
tubulação e o fluxo de massa (140 kg/s) deseja-se determinar a 
potência da bomba para transferir um volume de fluido na 
unidade de tempo.
•
2-VC: o sistema todo.
As variáveis relacionadas à
equação de energia neste VC são:
• Pe e Ps (conhecidas Patm)
•Ve e Vs (são desprezíveis pois as 
reservatórios são muito maiores 
que a tubulação)
•Ze e Zs (conhecidas)
•hL (desconhecida mas tb poderia 
ser desprezada)
•W (o que se quer determinar).
1
2
EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero
60 m
1 km
1 m1 m
W
Neste caso a equação da energia será:
•
)( seVC zzgmW −=
••
gm
W
z
g
P
z
g
P VC
se
•
•
+





+=





+
ρρ
• Substituindo as variáveis:
1
2
kW 83,7)(, −=−∗=
•
6108079140VCW
Esta é a potência realizada 
sobre o fluido caso a eficiência 
fosse de 100%.
Para se obter a potência real, 
deve-se levar em conta a 
eficiência da bomba.
EM-524 Fenômenos de Transporte Profa. Dra. Carla K. N. Cavaliero
60 m
1 km
1 m1 m
W
Desta forma, a potência fornecida ao fluido (ou requerida ao eixo da 
bomba) será:
•
kW 98,5
,
,
==
•
850
783
sW
b
s
W
W
η
•
•
=)requerida eixo de potência(
Caso a eficiência da bomba seja 
de 85%, a potência real 
requerida será:
1
2

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