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Desigualdade Social para Karl Marx

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Desigualdade Social para Karl Marx
Segundo Marx, a origem da desigualdade estava na relação
desigual de forças em que a burguesia, mais forte e dona dos meios
de produção, explorava o trabalho do proletariado, classe social
mais fraca e dona apenas de sua força de trabalho, expropriada pela
burguesia.
Há um abismo social imenso entre as duas classes, e essa relação
era ainda mais nítida na atividade fabril inglesa do século XIX, em
que não havia direitos trabalhistas, como salário mínimo,
previdência ou jornada regular de trabalho. Os trabalhadores das
fábricas enfrentavam jornadas de até 16 horas diárias, todos os dias
da semana, sem pagamento fixo, e ficavam à mercê dos burgueses.
O que se via na Inglaterra, e que Marx observou para escrever O
capital, era um sistema extremamente desigual, no qual uma
pequena parcela da população tinha muito, e a maior parte da
população urbana não tinha sequer o básico.
Amparado por suas observações sociológicas, baseadas no método
materialista histórico, e por um ideal socialista já existente
(chamado, hoje, de socialismo utópico), Marx desenvolveu o
socialismo científico, o qual expõe a desigualdade e propõe como
solução a revolução do proletariado, que seria a tomada do poder,
da infraestrutura e da superestrutura por parte dos trabalhadores,
implantando uma ditadura do proletariado que deveria extinguir as
classes sociais por meio da socialização dos meios de produção e do
fim da propriedade privada.
Esse momento inicial seria chamado, por Marx, de socialismo. A
forma perfeita desse sistema, que na teoria marxista viria depois de
um longo tempo de ditadura do proletariado, seria o comunismo,
em que a propriedade privada não existiria mais e as classes sociais
seriam extintas.
Como acabar com a desigualdade social?
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/karl-marx.htm
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/comunismo.htm
A perspectiva revolucionária marxista compõe uma visão radical que
tentaria acabar de vez com a desigualdade. Hoje existem outras
visões menos revolucionárias e menos radicais que procuram
reduzir as desigualdades sociais para melhorar as condições de vida
das pessoas, porém, sem implodir o capitalismo.
Uma dessas vertentes é a social-democracia, a qual se desvia do
socialismo científico por, justamente, manter um sistema político
democrata republicano e certo nível de liberdade econômica. Essa
corrente também se esquiva do liberalismo, pois intervém, até certo
ponto, no funcionamento econômico e propõe políticas de garantia
do bem-estar social.
As medidas de elevação do bem-estar social incluem:
● acesso à saúde e educação de qualidade para todos;
● emprego e assistência momentânea para aqueles que estão
fora do mercado de trabalho;
● garantia da previdência social e dos direitos trabalhistas.
Os países nórdicos são referência em social-democracia
contemporânea, pois desenvolvem um tipo de capitalismo voltado
para o bem-estar da população. Nesses países, o capitalismo
continua funcionando e a propriedade privada continua existindo. No
entanto, há uma renda média muito parecida entre todas as
profissões, e poucas são mais ou menos remuneradas que a faixa
média. A formação técnica, por ser tão importante quanto, é tão
estimulada quanto a educação superior. Esses países são os que
carregam consigo os maiores IDHs do mundo.
A educação também é prioridade no modelo social-democrata
nórdico, pois ela é um signo de redução da pobreza e da
desigualdade social. Na Finlândia, país referência em educação para
o mundo, todas as escolas primárias e secundárias são estatais e
gratuitas, sendo vetada, desde a década de 1990, a abertura e
manutenção de estabelecimentos de ensino básico particulares.
Nessas instituições, as crianças e adolescentes têm acesso a uma
educação de tempo integral, mas com um currículo diversificado e
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/origem-capitalismo.htm
https://brasilescola.uol.com.br/economia/liberalismo-economico.htm
abrangente que leva em consideração a importância de abordagens
que considerem não somente o ensino das várias ciências e das
áreas do conhecimento, mas também aspectos da vida prática e
cotidiana.
Dados sobre a desigualdade social no Brasil
A imagem acima é um ícone da desigualdade social no Brasil. Aqui,
assim como em vários outros países em desenvolvimento no
mundo, há um abismo imenso entre as extremas classes sociais.
No lado esquerdo da imagem, vemos Paraisópolis, um bairro
favelizado de São Paulo. Paraisópolis tem um total de 50% de
moradias irregulares, de cada dez habitantes do local, apenas 2,3%
ocupam empregos formais. O local ocupa a 79ª posição no ranking
paulista de bairros com espaços culturais e possui uma taxa de
gravidez na adolescência de 11,45 por cem mil habitantes. A
expectativa média de vida no distrito de Vila Andrade, região em
que se localiza o bairro, é de 65,56 anos.
A região de Morumbi mantém dados parecidos com de outros
bairros nobres da capital paulista: alta taxa de empregabilidade
formal e alta renda familiar; expectativa de vida que passa dos 80
anos de idade; a taxa de gravidez precoce está abaixo de 2 para
cada cem mil habitantes; e, fora das zonas residenciais, existem
diversos espaços culturais, ou as pessoas que lá moram
deslocam-se até as regiões centrais para acessarem cinemas,
teatros e museus, por exemplo.
Essa configuração socioeconômica e espacial é um fator marcante
das cidades brasileiras. Em todas as cidades, umas mais e outras
menos, há desigualdade social. Pesquisa do Ipea aponta que o Brasil
apresenta desigualdade total de renda de 51,5%, estando à frente
de países como Estados Unidos, Alemanha e Grã-Bretanha II. Em
nosso país, mais de 27% da renda está nas mãos de apenas 1% da
população.
Segundo o economista francês Thomas Piketty, em pesquisa que
levantou dados socioeconômicos de vários países, o Brasil tem mais
renda concentrada nas mãos de poucas pessoas que os grandes
países árabes, onde o 1% de bilionários mais ricos representa
apenas 26% da renda local. Em 2015, o coeficiente de Gini
brasileiro foi marcado em 0,515, deixando o nosso país no 10º lugar
do ranking dos mais desiguais do mundo, sendo que o 1º lugar é
ocupado pela África do Sul.

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