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Economia da Energia – PL 2829 Os sistemas de geração de energia solar fotovoltaica têm se tornado cada dia mais comuns no Brasil, especialmente nas residências. Cerca de 351.965 já possuem um sistema instalado, segundo dados de maio de 2021 da ABSOLAR. Em 2012 esse número era próximo de zero. Esse tipo de geração de energia elétrica é chamado de geração distribuída (GD). Ou seja, a energia elétrica consumida nessas residências está sendo produzida em pequenas usinas ao invés de vir de grandes centrais geradoras, como as usinas hidroelétricas. Em 2012, a publicou a Resolução Normativa (REN) 482. Na ausência de uma legislação específica a agência, regulou as atividades da geração distribuída, quem pode ter, o que acontece se for gerado mais energia do que foi consumido, quanto deverá ser a conta de energia de quem possui um sistema instalado, entre outros detalhes. E introduziu o Sistema de Compensação de Energia Elétrica (SCEE). Embora de extrema importância para o setor elétrico, a regulação da GD por meio de resolução normativa não traz segurança jurídica ou previsibilidade para o setor. A PL 2829 está mais completa do que a regulação que possuímos atualmente pois define muito bem os termos que serão utilizados ao longo do texto, enquanto que a REN 482 apenas citava a regulação onde poderíamos encontrá-los. O é bem mais claro e objetivo, o que, consequentemente, implica em um texto maior, mas mais fácil de compreender. Um exemplo disso é o capítulo VI, que trata das regras de faturamento para o período de transição dessa lei. Esse PL introduz novas possibilidades ao setor, como a possibilidade de armazenar energia. enquanto esse mesmo sistema está ligado à rede elétrica. O que muda é que a minigeração passa a ser instalações capazes de gerar entre 75 kW e 3 MW para fontes não despacháveis, ou seja, que não armazenam a energia, outra mudança é a introdução do Sistema Híbrido na legislação, ou seja. permite a “instalação de microgeração ou minigeração distribuída de produção de energia elétrica a partir da combinação de diferentes tecnologias”. Permite a prática de Loteamento para microgeração. ou seja, unidades consumidoras do grupo residencial ou pequenos comércios ou consumidores maiores que decidiram optar pela conta de energia vir no formato de uma conta residencial, localizadas lado a lado, de CPF ou CNPJ diferentes podem ser agregadas para formar uma única central geradora até 1 MW. Os projetos de minigeração, maiores que 500 kW, quando solicitar a homologação à concessionária, deverão pagar uma garantia de que irão realizar o projeto de 2% do valor do investimento. recebendo a mesma de volta após 30 dias da conexão do sistema com a rede de distribuição, sendo que, caso haja desistência do projeto, o solicitante tem até 90 dias (contando do dia que foi dado entrada no pedido de homologação) para comunicar a concessionária de energia e pedir o dinheiro de volta. Seguindo a REN 482/2012, o consumidor paga apenas o custo de disponibilidade, um valor mínimo apenas por a unidade consumidora está ligada à rede de distribuição. Deixando de pagar todas as componentes da tarifa de energia. Pelas novas regras, o consumidor irá pagar: Custo de disponibilidade + TUSD Fio B maior que 500 kW. Quem já tem energia solar em casa vai permanecer com os mesmos benefícios por 25 anos contando a partir da instalação desse sistema. Exceto se: Encerrou a relação contratual entre consumidor e a concessionária de energia elétrica (troca de titularidade NÃO se encaixa aqui); Comprovação de ocorrência de irregularidade no sistema de medição atribuível ao consumidor (se tiver gato elétrico, por exemplo); E se houver aumento do sistema de geração distribuída então a potência nova (só o pedaço que aumentada) entra nas novas regras e a potência anterior permanece nas regras atuais
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