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GRAVIDEZ GEMELAR Tópicos Definição Como acontece? Classificação e incidência Diagnóstico e Complicações Crescimento fetal discordante Malformações discordantes Morte unifetal Gemealidade monocoriônica Gemealidade monoamniotica Gemealidade imperfeita Gemealidade múltipla Síndrome da transfusão feto-fetal Perfusão arterial reversa gemelar Parto gemelar Gravidez Múltipla: definição " A presença simultânea, na mulher, de dois ou mais conceptos, no útero ou fora dele, constitu a gravidez múltipla." (REZENDE, 2017) Como acontece a formação dos gêmeos? Epidemiologia A mortalidade perinatal é cerca de 6x maior que em fetos de gestação única A mortalidade na variedade monocoriônica é 2x maior que na variedade dicoriônica A gravidez gemelar é responsável por cerca de 3% dos nascimentos Ela é responsável por 17% dos partos < 37 semanas Ela é responsável por 23% dos partos < 32 semanas Ela é responsável por 24% dos bebês com peso < 2.500 g Ela é responsável por 26% dos bebês com peso < 1.500 g Quantidade de fetos Quantidade de ovos fertilizados Quantidade de placentas Quantidade de cavidades amnióticas Classificação Entre o 8º e o 12º dia monocorionica e monoamniotica Entre o 13º e o 15º dia gemealidade imperfeita Entre o 1º e o 3º dia Dicoriônica e Diamniótica Entre o 4º e o 8º dia Monocorionica e diamniotica Embriologia Clínica, Moore, 10ª edição Monocoriônica Dicoriônica Dicoriônica, obrigatoriamente Obs.: A placenta pode estar fusionada! Tipo de placentação Características Gerais 2/3 das gestações1/3 das gestações Não há obrigatoriedade quanto identicidade das características dos fetos. Mesmo sexo Grupo sanguíneo Fenótipo Tendências patológicas 1 óvulo + 1 espermatozóide 2 óvulos + 2 espermatozóides Os gêmeos podem ser Verdadeiros ou idênticos Uniovulares univitelinos Dizigóticos - DZMonozigóticos - MZ Fraternos Biovulares Bivitelinos Os gêmeos dizigóticos (DZ): incidência média de 1:80 gestações. Nigéria, 45:1.000 nascimentos - Ásia, 6:1.000 nascimentos. Os gêmeos monozigóticos (MZ): Têm taxa mais ou menos constante de 1:250 nascimentos. Ecos fetais e batimentos cardíacos Ultrassom: Dois ou mais sacos gestacionais Tamanho uterino > Idade gestacional Antecendentes familiares? Idade materna avançada? uso de citrato de clomifeno ou gonadotropinas? Diagnóstico da gravidez gemelar: Anamnese e Exame físico A probabilidade de Gravidez gemelar aumenta: Ultrassonografia Corioamniocidade Confirmação da Idade gestacional Diagnóstico de anomalias e complicações Aneuploidias Exame do colo Avaliação do crescimento fetal planejamento das condutas no parto Aplicações Êmese e hiperêmese gravídica Dispneia Edema suprapúbico e dos mm. inferiores Varizes nas pernas e na vulva Estrias gravídicas Abortamento Pré-eclâmpsia Polidrâmnio A gemelidade está associada a inúmeras complicações maternas e fetais. Registra-se a maior incidência de: Parto pré-termo Ruptura prematura das membranas Placenta prévia Hemorragia pós-parto e anemia Doença tromboembólica venosa Recém-nascido de baixo peso CIR Anomalias congênitas Gemealidade Monocoriônica Diagnóstico pelo US até 14 semanas. Maior taxa de perda fetal e morbidade neurológica. Rastreio do crescimento fetal a cada 3-4 semanas pelo US. Uma cavidade amniótica, uma placenta e dois cordões que se inserem próximos um do outro. Tem probabilidade de anomalias estruturais aumentadas em torno de 20%. O diagnóstico se dá pelo US: 1SG e 1 VV, se 2 VV não exclui. Ausência de septo intergemelar no fim do primeiro trimestre leva a crer que é monoamniótica. Pode apresentar entrelaçamento de cordão – maior complicação com nós. Monitorização fetal a cada 4 sem a partir de 26 semanas e cesárea eletiva com 34 semanas. Gemealidade monoamniótica xifópagos (tórax) onfalópagos (abdome) pigópagos (pelve) cefalópagos (crânio). Cerca de 50% podem ser natimortos e 1/3 não suporta a cirurgia. Quando submetidos à cirurgia, 60% sobrevivem Gemealidade Imperfeita Gravidez multifetal Indutores de ovulação e fertilização in vitro Redução fetal - 11 a 14 semana - Não é permitida no Brasil Até o fim do 1º trimestre - estimativa de 50% dos casos > Reabsorvido Morte Unifetal Óbito tardio e longe do termo > bebê, placenta e suas membranas Categorias: 1.Malformação resultante de um episódio teratogênico 2.Malformação resultante de anastomoses 3.Malformação resultante de problemas de espaço: Luxação, pé torto, por exemplo. Malformações fetais Malformações fetais discordantes Redução seletiva - injeção intracardíaca de KCl -> DC Coagulação bipolar do cordão - procedimento guiado por ultrassonografia -> MC O risco de abortamento após a redução seletiva varia de acordo com a idade gestacional e o tipo/variedade da gravidez (MC ou DC) Crescimento fetal discordante 20 cm de diferença*** 12% 18% Morte Dano neurológico Williams Anastomoses são: Ocorre em 10 - 15% MCDA e 5% MCMA Alta morbiletalidade Doador Receptor Anastomoses vasculares na placenta Síndrome de Transfusão feto-fetal Hipovolemia Oligúria Oligoidrâmnio CIR Poliuria Polidrâmnio Hidropsia Bolsão > 8 cm na cavidade do receptor Bolsão < 2 cm na cavidade do doador Geralmente envolvem a placenta MC e as anastomoses AA entre os dois fetos Existe um gêmeo acárdico que recebe o sangue desoxigenado. No doppler: fluxo arterial para o acardíaco. O gêmeo bomba pode ter cardiomegalia e derrames, além de hidropsia. Para tratamento: oclusão bipolar do cordão do acardíaco com ablação por radiofrequência. Perfusão arterial reversa do gemelar Parto gemelar MONTENEGRO, C. A.B.; REZENDE FILHO, J. Obstetrícia. In: MONTENEGRO, C. A.B.; REZENDE FILHO, J. Prenhez gemelar. 13 . ed. Rio de Janeiro: Nacional, 2011. Cap. 34, p. 432-452. Referências https://fmfla.med.br/procedimentos-invasivos/sequencia-trap/ Obstetrícia de Williams [recurso eletrô nico]/ F. Gary Cunningham ... [et al.) ; tradução: Adernar Valadares Fonseca ... [et al.) ; revisão técnica: Renato Sá, Fernanda Campos. - 23. ed. - Dados eletrônicos. - Porto Alegre : AMGH, 2012. Cap 39, p. 860 - 889. Protocolos de obstetrícia da Secretaria da Saúde do Estado do Ceará / Francisco José Costa Eleutério... [et al.] (org). Fortaleza: Secretaria da Saúde do Estado do Ceará, 2014. Keith L. Moore, T.V.N. Persaud, Mark G. Torchia. Embriologia Clínica. 10. ed.
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