Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Amanda Coimbra Pires Diagnóstico Leishmaniose Na ocorrência de lesões sugestivas de leishmaniose, o diagnóstico presuntivo pode ser baseado em critérios clínicos e epidemiológicos, acompanhado por pesquisa direta ou IDRM, podendo lançar mão também da prova terapêutica. Caso o diagnóstico não seja conclusivo, o paciente deverá ser investigado por outros métodos, sendo recomendado o método parasitológico. IMUNOLÓGICOS INTRADERMOREAÇÃO DE MONTENEGRO Se baseia na reação de hipersensibilidade tardia (TIPO IV). É feito pela inoculação de 0,1-0,3 ml de uma solução de promastigotas mortas no antebraço. O surgimento de uma pápula > 5 mm de diâmetro indica teste positivo. Pode ser negativa nas primeiras 4-6 semanas após o surgimento da lesão. Aponta mais para o estado imunológico dos pacientes, mais prognóstico do que diagnóstico. Normalmente positivo na resposta Th1 (lesão ulcerada única) e negativo nos casos de lesões disseminadas e nas formas viscerais, nos quais a resposta imune é pobre, do tipo Th2. PARASITOLÓGICOS EXAME DE ESFREGAÇO DA LESÃO Tende a ser positivo em formas de disseminação da doença (as lesões são ricas em parasitas - a resposta imunológica é pobre TH2). Nesses casos, o raspado da lesão é corado pelo método de Giemsa, com visualização dos amastigotas no interior dos macrófagos. CULTURA DA LESÃO O material é cultivado no meio (NNN), e a positividade é maior nos casos disseminados; pouco usado! PCR A vantagem é a possibilidade de detecção de DNA do parasito mesmo quando há baixa carga parasitária. HISTOPATOLOGIA Irá demonstrar um granuloma linfo-histiocitário (infiltrado de plasmócitos). Nas lesões recentes, pode observar o parasito intracelular. SOROLOGIAS IFI ou ELISA podem ser encontrados anticorpos para Leishmania, sendo a positividade maior nos pacientes com resposta tipo Th2, com predomínio humoral (formas disseminadas). Pode ocorrer reação cruzada com Chagas. A dosagem dos títulos também pode ser útil para acompanhar o tratamento (deve haver a diminuição nos primeiros meses). Tratamento da Leishmaniose a droga de escolha é um antimonial pentavalente, geralmente o de N-metil-glucamina (Glucantime), na dose de 15 mg/kg/dia de antimônio (formas cutâneas puras) ou 20 mg/kg/dia (formas cutâneo-mucosas e Amanda Coimbra Pires disseminadas), por via intramuscular ou intravenosa (correr lentamente), durante um período de 20 dias para a localizada e 30 dias para a disseminada. Outras opções de tratamento são: Anfotericina B 2-3 mg/kg/dia até atingir dose de 20-40 mg/kg na forma localizada e 35-40 mg/kg na disseminada, venosa, até completar a dose cumulativa de 1.200-2.000 mg do antibiótico; Pentamidina 4 mg/kg, venosa, a cada dois dias (esta droga é mais eficaz para a Leishmania guyanensis).
Compartilhar