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Senciência é a capacidade dos seres de sentir sensações e sentimentos de forma consciente. Classificação dos animais: Aristóteles: classificação de como se moviam (terra, água, ar) Santo agostinho: classificados em úteis, nocivos e indiferentes ao homem Carl von Linné: animalia\vegetalia\mineralia Chordata (45mil espécies): apresentam notocorda, tudo nervoso dorsal, cauda muscular pós-anal, endóstilo e fendas braquiais ou farigianas Subfilos: Urochordata, cephalochordata (protocordados ou cordados invertebrados) e vertebrata (98% dos cordados) Antropocentrismo = “Magister dixit” (o mestre disse...) - Aristotales Giordano Bruno e de Galileu Galilei “Revolução científica” do século XVII - objetivando o relato dos acontecimentos naturais e a observação e descrição dos seres Materialismo - Francis Bacon – Método Racional “etéreas” como mente, psiquismo e mesmo alma e espírito, ficaram por conta da religião Os animais como “coisas” - o cientificismo (supervalorização da informação obtida pelo canal da ciência), o imediatismo e o utilitarismo, com consequente exploração irresponsável da natureza a serviço do bem-estar do ser humano, com total disponibilidade dos animais. (Modelo Atual de exploração zootécnica) Sensibilidade como atributo da alma (Ausente nos animais) “Gemidos, uivos e lamentos emitidos por animais jamais deveriam ser interpretados como sinais de dor/sofrimento, mas sim como automatismos da “máquina”, à semelhança de como são produzidos os ruídos de uma roda de carroça em movimento”. Kant - disse que os animais são apenas meios para um fim, os humanos. Peter Singer - trouxe o utilitarismo , onde deixa claro que o uso de animais é necessário e diante disso deve-se fazer o uso o mais refinado possível, evitando-se o sofrimento desnecessário (Singer,1994). “A questão não é: eles pensam? Eles falam? Mas: eles sofrem?”. Nosso respeito em relação ao animal está ligado ao quanto eles podem se parecer com o humano ou ao quanto eles podem sentir, ficar alegres ou sofrer? (Oliveira, 2006). Schopenhauer (séc XIX) seguindo essa mesma linha diz “amaldiçoada toda moralidade que não veja uma unidade essencial em todos os olhos que enxergam o sol” - os animais têm a mesma essência dos seres humanos. Em contrapartida Tom Regan, filósofo contemporâneo, com sua teoria abolicionista, nos mostra que os animais têm um valor intrínseco e que não se justifica o uso destes pelo homem. É preciso libertar os animais do homem já (Regan, 2001). Físico contemporâneo Amit Goswami “é a consciência, a essência do ser, que escolhe a representação material e a vivência”. “Penso, logo existo”/ “Escolho, logo existo”. Seres sencientes (do latim sentiens = que tem sensibilidade), ou seja, que tem capacidade de sentir sensações de conforto, alegria e felicidade, bem como de dor e de sofrimento. (SINGER, 2002) Donald Broom - “o estado físico e psicológico de um animal em suas tentativas de se adaptar a seu ambiente”. Os animais são sujeitos de direitos e desta forma são tutelados como parte do meio ambiente natural, cabendo aos legitimados o exercício constitucional de sua proteção. (art. 129, III da CF/88), aplicando-se as normas legais vigentes, dentre elas a legislação federal combinada com o Decreto 24.645/34, o qual vem subsidiar todo o conjunto de instrumentos para proteção desses seres que temos a obrigação de proteger e amparar garantindo o efetivo bem-estar. Farm Animal Welfare Council do Reino Unido (1997) e as cinco liberdades: 1. Livre de Fome e sede; 2. desconforto; 3. Livre de dor, lesões e doenças; 4. Livre para expressar comportamento natural; 5. Livre de medo e estresse. Vários indicadores fisiológicos, imunológicos e comportamentais têm sido estudados e utilizados para avaliação e determinação das boas práticas de bem-estar animal nas diversas áreas de uso animal. O custo do sofrimento animal deve ser levado em consideração, já que a emoção e/ou inteligência animal pode ser questionada, mas é inquestionável que os animais podem sofrer. Têm direito à própria vida Relação harmônica sem subjugação ou subserviência. A Constituição Federal prevê em seu art. 225, caput, que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. Neste contexto, prevê o §1º, inciso VII da CF/88 que caberá ao Poder Público o dever de proteger a fauna e a flora, vedadas na forma da lei as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais à crueldade. O art. 32 da Lei 9605/98 estabelece que praticar ato de abuso, maustratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos é crime ambiental punido com pena de detenção de três meses a 1 ano, e multa. William Russel e Rex Burch e o princípio dos 3 Rs: ✓ Replacement (substituição de animais por outras técnicas) ✓ Reduction (redução do número de animais) ✓ Refinement (refinamento das técnicas visando, por exemplo, ao treinamento de pessoas).
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