Gestão de tecnologia e inovação para engenharia (Unidades 1,2,3 e 4)

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Inovação de Produto: mudança no produto.
Inovação de Processo: mudança na forma de
criação ou entrega do produto.
Inovação de Posição: mudança no contexto em
que o produto é inserido.
Inovação de Paradigma: mudanças nos modelos
mentais subjacentes que orientam o que a
empresa faz.
AS 4 CATEGORIAS DA INOVAÇÃO
GESTÃO DE TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
PARA ENGENHARIA
UNIDADE 1
O desenvolvimento econômico é governado pela inovação - tecnologias novas
que substituem as antigas, "destruição criadora".
Tecnologia: conhecimento sobre técnicas.
Técnica: aplicação dos conhecimentos em produtos, processos e métodos
organizacionais.
Invenção: criação de um processo, técnica ou produto inédito.
Inovação: efetiva aplicação prática de uma invenção.
Uma inovação só
produz impacto
considerável quando
difundida entre
Empresas, Setores e
Regiões.
Incremental: melhoramento e modificação cotidiana;
Radical: Saltos descontínuos na tecnologia de produtos e processos;
Novo sistema tecnológico: mudanças abrangentes que afetam mais de 1
setor (originando novas atividades econômicas);
Novo paradigma técnico-econômico: mudança que afeta toda a Economia.
CLASSIFICAÇÃO DA INOVAÇÃO DE ACORDO COM AMPLITUDE DE
MUDANÇA TECNOLÓGICA
Custos baixos com tendências declinantes;
Oferta aparentemente ilimitada;
Potencial de difusão em muitos setores e processos.
OBSERVAÇÃO:
O fator chave para um novo paradigma, requer que a tecnologia apresente:
1.
2.
3.
Estratégicas: decisões sobre os tipos de mercado que a Empresa
serve ou tenta criar, bem como os tipos de inovação que
possivelmente serão introduzidos.
Dentro de P&D (Produto e Desenvolvimento):
Pesquisa básica para conhecimento de processos cruciais para o
desenvolvimento do produto;
Pesquisa estratégica para ampliação dos projetos a serem aplicados
que estão disponíveis;
Desenvolvimento de conceitos de produtos para fim de avaliação de
viabilidade, tais como ensaios, protótipos, etc.
Fora de P&D (ou se a empresa não realizá-la dentro de sua planta):
1.
2.
3.
1- Identificação de novos conceitos e tecnologias de produção;
2- Unidades piloto antes da produção em larga escala;
3- Aquisição de informações técnicas via royalties, know-how, etc.
4- Desenvolvimento de competências humanas;
5- Investimento de equipamentos e maquinário para o processo;
6- Reorganização dos Sistemas de Gerenciamento e Sistema Geral de
Produção.
A inovação é compreendida como parte de uma dinâmica, envolvendo uma
série de atividades inovativas. Estas, podem permitir opções de inovação
numa empresa, podendo ser:
ATIVIDADE INOVATIVA
OBSERVAÇÃO:
A falta de investimentos em atividades
inovativas dentro das Empresas
Brasileiras as tornam menos
competitivas no Mercado Internacional.
FONTES DE INFORMAÇÃO E DE COOPERAÇÃO PARA INOVAÇÃO
Falta de serviço técnico adequado;
Centralização da atividade inovativa;
Riscos econômicos excessivos;
Alto custo para inovar;
Falta de fonte de financiamento adequado;
Rigidez organizacional;
Falta de qualificação;
Falta de informação sobre tecnologias e mercados;
Oportunidades de cooperação entre Empresa e Instituições escassa;
Fraca resposta dos consumidores aos novos produtos.
SISTEMAS DE INOVAÇÃO
Conjunto de organizações que envolve Empresas e Organizações de
Suporte, sendo determinantes no processo de inovação, uma vez que
envolve fatores econômicos, sociais, políticos, organizacionais,
institucionais, etc.
DIFICULDADES NO PROCESSO DE INOVAÇÃO
O IBGE promove a PINTEC (Pesquisa de Inovação), com o intuito de analisar a
inovação das empresas. As empresas contam com as seguintes fontes de
informação e cooperação, através de parcerias:
UNIDADE 2 - FONTES DE INOVAÇÃO NA EMPRESA
Fontes internas : atividades realizadas dentro da organização, sendo
diretamente voltadas ao desenvolvimento de produtos/processos.
Como exemplo tem-se as melhorias incrementais adquiridas através de
treinamentos. 
Fontes externas : o conhecimento técnico é adquirido fora da empresa,
podendo ser através de informações codificadas (software, vídeos, etc.),
contratação de consultoria especializada, licenças de fabricação de
produtos ou processos e compra de tecnologia integrada às máquinas. 
FONTES DE CONHECIMENTO PARA INOVAÇÃO
Classificadas segundo a origem da informação e do conhecimento
utilizado, podendo ser:
Pesquisa básica: foco no avanço científico, sendo de longo prazo e com
resultados incertos. Esta pesquisa pode ser comumente utilizada por
instituições sem fins lucrativos.
Pesquisa aplicada: voltada para a resolução de problemas práticos.
Desenvolvimento experimental: pesquisa que se concentra na geração
de novos produtos, serviços e processos, ou melhoria dos mesmos.
DESENVOLVIMENTO TÉCNOLÓGICO PRÓPRIO
Quando o foco é P&D (Pesquisa e Desenvolvimento), a própria empresa
divide suas pesquisas em:
ENGENHARIA REVERSA
Essa atividade busca realizar uma reprodução funcional de produtos e
processos lançados originalmente por empresas inovadoras, sem a
transferência formal de tecnologia. Ocorre uma modificação na tecnologia
original, através de um estudo, traçando-se novas rotas a partir de
substituição de componentes patenteados ou solução de problemas
identificados na primeira versão daquele produto, processo ou serviço.
FORMAÇÃO DE CONSÓRCIOS E
REDES DE P&D
Tendência mundial diante da
complexidade científica, as empresas
buscam por tecnologias mais
inovadoras em conjunto a partir da
cooperação entre empresas de
mesma rede ou até mesmo
concorrentes. 
Via licenciamento
Compra de tecnologia avançada
INOVAÇÃO ABERTA 
Também chamada de Modelo IA ou Open Innovation, trata-se de um
processo que usa de conhecimentos internos e externos para acelerar a
inovação interna e expandir os mercados para o uso externo de inovação,
respectivamente. Isso favorece as funções de negócios e de gestão,
minimizando a inércia organizacional e aumentando o valor e a vantagem
competitiva da empresa.
INOVAÇÃO FECHADA
Explora as transferências de conhecimento somente através dos limites
físicos das organizações.
INOVAÇÃO PELO USUÁRIO
Os produtos e serviços são desenvolvidos ou aperfeiçoados por clientes
durante o processo de implementações e uso.
TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA
CONHECIMENTO CODIFICADO
Informação bruta que pode ser
manipulada: softwares, fórmulas
matemáticas, gráficos, etc.
CONHECIMENTO TÁCITO
Gestão do conhecimento codificado,
somado à experiências adquiridas e
que possuem propósito.
PROPRIEDADE INTELECTUAL
É um direito outorgado pelo Estado
por meio de leis específicas, sendo
por prazo determinado, o que
permite ao detentor excluir terceiros
da comercialização. Garante
proteção às invenções, modelos de
utilidade, desenhos industriais,
marcas e denominações de origem.
No Brasil, a expansão das atividades inovativas se dá com base em
outras fontes de tecnologia. 
Para o país, as atividades inovativas mais relevantes são aquisição de
máquinas e equipamentos, treinamentos e projetos industriais.
O principal objetivo dos esforços tecnológicos das empresas brasileiras
é acompanhar a dinâmica competitiva, através de lançamentos de
novos produtos.
A demanda por tecnologias de processos e mudanças organizacionais,
reflete a necessidade das empresas brasileiras em reduzir seus custos
de produção, buscar soluções para problemas ambientais e promover
aumento da produtividade do trabalho. 
FONTES DE INOVAÇÃO NA INDÚSTRIA BRASILEIRA
ESTRATÉGIA OFENSIVA
Adotada por empresas que buscam liderança tecnológica em um segmento
específico da indústria. A inovação se faz presente no projeto do produto,
processo de produção, modelo de negócio, forma de prestação de serviços,
modo de relacionamento com o cliente na logística de distribuição ou
desenvolvimento de design original. É considerada de alto risco por não ser
testada no mercado.
ESTRATÉGIA DEFENSIVA
As inovações são introduzidas seletivamente, para evitar incertezas e
erros. Busca-se a consolidação de resultados através do aprendizado com
uma tecnologia já existente, o aproveitamento da abertura de um novo
mercado e a introduçãode uma solução mais segura e consistente que
supere sua concorrência.
ESTRATÉGIA IMITATIVA
A empresa busca apenas estar presente naquele mercado, oferecendo um
produto semelhante aos seus concorrentes. Essa estratégia torna-se
competitiva se a Empresa estiver melhor localizada, seja por seus canais de
distribuição privilegiados ou pela sua inserção em uma comunidade
específica.
UNIDADE 3 - INOVAÇÃO E ESTRATÉGIA COMPETITIVA
CONCEITO DE ESTRATÉGIA
Seleção e implementação de um conjunto de objetivos com vistas a adaptar 
a empresa ao ambiente externo ou modificá-lo para melhorar as chances
de sucesso. É fundamental para avaliar as ameaças e oportunidades
externas, bem como a capacidade interna da empresa de responder aos
desafios e influenciar o ambiente externo.
ESTRATÉGIA DEPENDENTE
A empresa só promove uma mudança
técnica em seus produtos ou processos se
haver uma demanda explícita de seus
clientes ou controladores. Esse modelo é
utilizado por:
Empresas que fabricam
produtos para terceiros
Empresas que operam sob
regime de franquia
Empresas que adquirem
tecnologia de terceiros
Subsidiárias de outras
empresas com controle de P&D
ESTRATÉGIA TRADICIONAL
A empresa não muda seus produtos pois,
ou não há demanda de mudanças naquele
mercado ou a concorrência também não
inova.
UNIDADE 3 - INOVAÇÃO E ESTRATÉGIA COMPETITIVA
ESTRATÉGIA OPORTUNISTA
Exploração de nichos do mercado ou
oportunidades temporárias, onde não há
grandes investimentos em P&D
Entrada tardia na indústria
Início com tecnologia importada
Infraestrutura tecnológica precária
Distante do mercado que deseja-se
atuar
Empresas locais subsidiárias de
empresas transnacionais
Barreiras mercadológicas e comerciais
CARACTERÍSTICAS DAS LATECOMERS
1.
2.
3.
4.
5.
6.
UNIDADE 4 - CAPACIDADE DE INOVAÇÃO EM
ECONOMIAS EMERGENTES 
As empresas de economias emergentes tornaram-se uma categoria
específica de pesquisa em relação às suas características tecnológicas
e o contexto em que surgem e se desenvolvem ("latecomers").
Uma das principais características é a deficiência inicial de recursos
ou capacidades tecnológicas.
O negócio se inicia com base em tecnologias adquiridas em empresas
estrangeiras, estando sob condição de não serem competitivas no
mercado.
O problema básico de uma latecomer vai ser a maturação industrial
ou acumulação de capacidade tecnológica.
Opera-se com escassez de profissionais qualificados.
CONTEXTO 
Obs* Visualizar Quadro "Nível de Capacidade Tecnológica".
Organizações de apoio são um conjunto de arranjos institucionais,
organizados com o objetivo básico de facilitar a disseminação de
tecnologia e outros conhecimentos relacionados (de fontes relevantes)
para empresas ou outras organizações, a fim de auxiliar no
desenvolvimento das capacidades tecnológicas e adoção, produção e
comercialização de inovações.
PROCESSOS INTERORGANIZACIONAIS DE APRENDIZAGEM
INOVAÇÕES ORGANIZACIONAIS
São implementações de novos métodos organizacionais na rotina
operacional de uma empresa, na organização do trabalho ou em suas
relações externas. Sendo elas:
JUST IN TIME
Filosofia de trabalho para evitar
tudo que adiciona custos e não valor
CQT (ISO 9000)
Filosofia de gestão para melhorar a
qualidade tendo foco no cliente,
liderança e apoio da alta
administração, envolvimento das
pessoas, abordagem de processo,
melhoria contínua, abordagem
factual e relação com fornecedores.
PRODUÇÃO CELULAR
Novas tecnologias de trabalho em
grupo e células de produção que
oferecem maior autonomia.
REENGENHARIA DE PROCESSOS
Promoção de mudanças gerenciais,
fusões e eliminação de setores,
reformulação de processos de
distribuição e realinhamento de
posicionamento competitivo.
TERCEIRIZAÇÃO DE PRODUÇÃO
Consequência da necessidade da
empresa em realizar somente
atividades essenciais,