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JOSE DE SOUSA NETO
ADVOCACIA E CONSULTORIA
EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE
DO EGREGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PIAUÍ.
Habeas Corpus n°- 0712579-34.2018.8.18.0000
ANTÔNIO WESLEY DE SOUSA, LUZINEIDE DE SOUSA
ALMEIDA, EDILBERTO LUCAS DE ALMEIDA, SINARA FRANCISCA LEAL E
MARINEZ LUCAS DE ALMEIDA SOUSA, já devidamente qualificados nos
autos de Habeas Corpus em epigrafe, vem à presença de Vossa Excelência, por
intermédio de seu procurador infra-assinado, dentro do prazo legal, interpor
RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL EM HABEAS
CORPUS
com fulcro nos arts. 105, II, 'a', da Constituição Federal, e 30/32 da
Lei 8.038/90.
Requer o recebimento e processamento do presente recurso,
e encaminhado, com as razões anexadas, ao Colendo Superior Tribunal de
Justiça.
Termos em que,
Pede e espera deferimento.
Teresina-PI, 07 de março de 2018.
JOSE DE SOUSA NETO
ADVOGADO OAB -PI 9185
Rua Coelho Rodrigues, n° 391, 10 Andar, Centro, Picos -PI.
CEP: 64600-000
e-mail: js.neto@hotmail.com
Assinado eletronicamente por: JOSE DE SOUSA NETO - 07/0312019 18:55:43
https://tjpi.pje.jus .br:4431pje2g/ProcessoiConsultaDocumentollistView.seam7x=19030718554315400000000396179
Número do documento: 19030718554315400000000396179
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JOSE. DE SOUSA NETO
ADVOCACIA E CONSULTORIA
RAZÕES DO RECURSO ORDINARIO CONSTITUCIONAL
Recorrentes: ANTÔNIO WESLEY DE SOUSA, LUZINEIDE DE
SOUSA ALMEIDA, EDILBERTO LUCAS DE ALMEIDA, SINARA FRANCISCA
LEAL E MARINEZ LUCAS DE ALMEIDA SOUSA
Habeas Corpus n°. 0712579-34.2018.8.18.0000
Processo de Origem n° 0001531-23.2018.8.18.0032 5a Vara
Criminal da Comarca de Picos -PI)
Superior Tribunal de Justiça,
Colenda Turma,
Douto Procurador da República,
Em que pese o ilibado saber jurídico da Colenda Câmara Criminal do
Egrégio Tribunal de Justiça do Estado Do Piauí, o venerado acórdão que
denegou a ordem de Habeas Corpus não merece prosperar, pelas razões de
fáticas e jurídicas a seguir expostas:
DO CABIMENTO DO RECURSO - DA TEMPESTIVIDADE
Tendo como prisma o art. 30 da Lei Federal n°. 8038/90, que preceitua
que o prazo processual para a apresentação do Recurso Ordinário
Constitucional ao Superior Tribunal de Justiça é de 05 (cinco) dias e, o acórdão
de Habeas Corpus foi publicado no DJE de 27/02/2019 e disponibilização
28/0212019, o prazo se encerra na data de 0710312019 devido ao feriado de
carnaval que se estendeu até a data de 06103/2019..
Com isso, há que se perceber, que como tal recurso foi aviado em
07/03/2019, ou seja, interposto no seu lapso do quinquidio legal, é tempestivo.
Rua Coelho Rodrigues, n° 391, 10 Andar, Centro, Picos -PI.
CEP: 61600-000
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ADVOCACIA E CONSULTORIA
DA PREVENÇÃO PARA JULGAMENTO DO RHC
Nobre Ministro foi julgado perante este Superior Tribunal de Justiça o
HC n° 472.375 -PI de relatoria do Ministro ANTONIO SALDANHA PALHEIRO que
figura como paciente a Sra. SAYONARA DE ALMEIDA MEDEIROS.
Ocorre Nobre Julgador, que o Egrégio Tribunal de Justiça do Piauí
declinou o HC objeto do presento recurso por prevenção ao desembargador do
TJPI Joaquim de Santana Dias Filho por este ser relator do HC 0705206-
49.2018.8.18.0000 originário da ação penal n° 0000959-67.2018.8.18.0032
devido a conexão entre os procedimentos (decisão em anexo).
Desta forma, como houve prevenção de julgamento no HC perante o
TJPI o presente recurso também há prevenção no STJ para o Ministro ANTONIO
SALDANHA PALHEIRO.
DO BREVE RELATO PROCESSUAL
Inicialmente, deve-se lembra que os requerentes foram presos por
força de mando de prisão preventiva expedido pelo respeitável juízo da 5a Vara
Criminal da Comarca de Picos -PI na data do dia 13 de dezembro de 2018 pela
suposta prática do delito previsto no art. 33, caput, e art. 35 da Lei 11343/2006
(tráfico de drogas e associação para o tráfico).
O Delegado de Policia representou pela decretação da prisão
preventiva aduzindo que os requerentes praticavam crime de tráfico e
associavam-se para o tráfico nesta cidade o que foi deferido pelo magistrado a
quo.
O Nobre Magistrado decretou a prisão preventiva do requerente e
fundamentou a decisão da decretação da prisão preventiva do acusado aduzindo
estarem presentes o fumus comissi delicti e o periculum libertati e com base no
art. 312 do Código de Processo Penal, expedindo-se o respectivo mandado de
prisão em desfavor do requerente.
Rua Coelho Rodrigues, ri' 391, 10 Andar, Centro, Picos -PI.
CEP: 61600-000
e-mail: jsmeto@hotmail.com
Assinado eletronicamente por: JOSE DE SOUSA NETO - 07/03.12019 18:55:43
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ADVOCACIA E CONSULTORIA
Foi dado cumprimento ao mandado de prisão e busca e apreensão
em desfavor dos requerentes e em suas residências nada de ilícito foi
encontrado, não conseguindo provar a autoridade policial
que os requerentes praticavam qualquer dos verbos
descritos do art. 33, caput e art. 35 da Lei 11.343/06.
Importante frisar que de toda a operação realizada somente foi
apreendido de entorpecentes foram 16 trouxinhas de cocaína na residência do
senhor JOSÉ PEREIRA DE BRITO NETO e nada de entorpecente ou objeto
ilícito fora encontrado nas residências dos requerentes.
Com efeito, em todo o respectivo processo não é apresentado
nenhum INDICIO DE AUTORIA em desfavor dos suplicantes, na verdade há
indícios determinantes que o desligam totalmente da ação criminosa investigada
no processo em questão.
Primeiro ponto a ser analisado no presente Habeas Corpus é a falta
de fundamentação na decisão que decretou a prisão preventiva dos pacientes e
o segundo fundamento é a conversão da prisão preventiva dos paciente em
prisão domiciliar.
Ínclitos Ministros, mesmo diante da latente falta de fundamentação na
decisão que decretou a prisão preventiva do paciente e da necessidade de
substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar, os pacientes impetraram
HC perante o Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Piauí e foi denegada
ordem de Habeas Corpus alegando não estar presente o constrangimento ilegal
apontado pelo impetrante como também pela falta de preenchimento dos
requisitos previstos no art. 318 do CPP.
No acordão denegatório os nobres desembargadores entenderam
que o tramite processual esta normal, vejamos:
Rua Coelho Rodrigues, rh' 391, 10 Andar, Centro, Picos -PI.
CEP: 61600-000
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ADVOCACIA E CONSULTORIA
"HABEAS CORPUS. CRIMES DE TRÁFICO E
ASSOCIAÇÃOPARA O TRÁFICO. AUSÊNCIA DOS
REQUISITOSFUNDAMENTAÇÃO NO DECRETO
PRISIONAL. CONSTRANGIMENTO ILEGAL
INEXISTENTE. SUBSTITUIÇÃO DAS PRISÕES
PREVENTIVAS POR DOMICILIARES.
IMPOSSIBILIDADE. WRIT DENEGADO.
1. É cediço que a liberdade é a regra em nosso
ordenamento constitucional, somente sendo possível
sua mitigação em hipóteses estritamente necessárias,
e justificadas com base no art. 312 do CPP.
2. O decisum impugnado, ainda que conciso e
sucinto, o MM Juiz a quo fundamenta o
preenchimento do requisitode garantia da ordem
pública com base no modus operandi delitivo,
demonstrado por uma rede em cadeira para
cometimento do crime de tráfico de drogas na região
de Picos -PI, situação indicativa de suas
periculosidades sociais, características que revelam a
possibilidade concreta, de acaso soltos, continuarem
delinquindo e consequentemente perturbando a
ordem pública, justificando assim a necessidade da
custódia cautelar.
3. A substituição da prisão preventiva por domiciliar,
em verdade, é uma faculdade do magistrado, quando
preenchidos os requisitos do art.
318 do CPP, o que não ocorreu no presente caso.
4. Circunstâncias favoráveis dos agentes, tais como
residência fixa, ocupação licita, família constituída,
não têm o condão de obstar a decretação da prisão
preventiva e, tampouco, de conferir ao paciente o
direito subjetivo à concessão de liberdade provisória.
5. Writ denegado. Decisão unânime."
Diante o acordão proferido pelo TJPI verifica-se que aquele órgão
colegiado não retratou a verdade sobre a realidade do processo de origem, visto
que nada dos argumentos apontados no acordão condizem com a situação
fático-processual.
Quando o acordão trata da conversão da prisão preventiva em prisão
domiciliar os desembargadores ditam que é urna faculdade do magistrado, não
tendo demonstrado a defesa que as crianças estão necessitando dos pais, isto
não é a realidade dos autos, conforme será demostrado adiante.
Rua Coelho Rodrigues, n° 391, 1" Andar, Centro, Picos -PI.
CEP: 64600-000
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ADVOCACIA E CONSULTORIA
DO DIREITO
DA SUBSTITUIÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA PELA PRISÃO DOMICILIAR
Nobres Ministros, conforme alegado no habeas corpus que foi
denegado pelo TJPI, os requerentes tem situações excepcionais que necessita
substituir a prisão preventiva pela prisão domiciliar conforme o artigo 318 e 318-
A, ambos do CPP como é o caso do senhor ANTONIO WESLEY DE SOUSA,
LUZINEIDE DE SOUSA ALMEIDA, SINARA FRANCISCA LEAL E MARINEZ
LUCAS DE ALMEIDA SOUSA.
O senhor Antônio Wesley de Sousa é portador de doença grave
pois o mesmo já fez transplante de fígado e é portador de Insuficiência
Renal Crônica, CID N180, onde encontra-se na lista de espera do Sistema
Nacional de Transplante (SNT), aguardando pela cirurgia de transplante
renal conforme declaração em anexo.
Vale destacar ainda que o mesmo realiza tratamento de
hemodiálise na Clínica Nossa Senhora dos Remédios S/S/INSTITUTO DO
RIM submetendo-se a 03 (três) sessões semanais, desde 30/05/2017 nos
turnos de terça quinta e sábado, e encontra-se
apresentando complicações em seu
tratamento devido estar preso,
médico em anexo.
conforme laudo
A senhora LUZINEIDE DE SOUSA ALMEIDA esposa do senhor
Antônio Wesley de Sousa onde o casal possui 03 (três) filhos menores de
idade, ISABELY NAKELLE ALMEIDA SOUSA (08 ANOS DE IDADE),
Rua Coelho Rodrigues, n' 391, 1° Andar, Centro, Picos -PI.
CEP: 61600-000
e-mail: jsmeto@hotmail.com
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ADVOCACIA E CONSULTORIA
ANTONIO YUKESLEY ALMEIDA SOUSA (11 ANOS DE E LUZIA
NABELLE ALMEIDA SOUSA (13 ANOS DE IDADE), sendo que todas essas
crianças menores depende única e exclusivamente dos cuidados de sua
genitora Luzineide de Sousa Almeida, visto que conforme relatado no
parágrafo anterior o genitor das crianças menores é portador de doença
grave não tem capacidade física e psicológica de cuidar dos filhos.
A senhora SINARA FRANCISCA LEAL é esposa do também
requerente EDILBERTO LUCAS DE ALMEIDA que se encontram presos por
este processo, sendo que o casal possuem uma filha menor de 12 anos de
idade de nome ROBERTA SÂMIA LEAL DE ALMEIDA e esta depende dos
cuidados de sua genitora e a manutenção da mesma encarcerada
acarretará enorme prejuízo ao desenvolvimento da criança.
A senhora MARINEZ LUCAS DE ALMEIDA SOUSA é filha de
pessoa que presta cuidados a sua genitora Rosa Maria de Jesus Almeida
que é acometida da grave doença neoplasia maligna da mama (câncer de
mama) CID C50 estando necessitando de cuidados urgentes para se
recuperar de uma cirurgia realizada no mês de outubro do corrente ano,
onde a genitora da requerente retirou através de procedimento cirúrgico
retirando a mama do lado direito, conforme documentação do Hospital São
Marcos em anexo.
O artigo 318 do CPP diz que:
Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão
preventiva pela domiciliar quando o agente
for: (Redação dada pela Lei n° 12.403, de
2011).
Rua Coelho Rodrigues, rh' 391, 10 Andar, Centro, Picos-Pl.
CEP: 64600-000
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ADVOCACIA E CONSULTORIA
I - maior de 80 (oitenta) anos; (Incluído pela Lei
n° 12.403, de 2011).
II - extremamente debilitado por motivo de
doença grave; (Incluído pela Lei n° 12.403,
de 2011).
III - imprescindível aos cuidados especiais
de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade
ou com deficiência; (Incluído pela Lei n°
12.403, de 2011).
IV - gestante; (Redação dada pela Lei n°
13.257, de 2016)
V - mulher com filho de até 12 (doze) anos
de idade incompletos; (Incluído pela Lei n°
13.257, de 2016)
VI - homem, caso seja o único responsável
pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos
de idade incompletos. (Incluído pela Lei n°
13.257, de 2016)
Parágrafo único. Para a substituição, o juiz
exigirá prova idônea dos requisitos
estabelecidos neste artigo. (Incluído pela
Lei n° 12.403, de 2011).
Importante frisar que ao contrário do que alega os desembargadores
do TJPI no acordão denegatório os requerentes acima mencionados fazem jus
a substituição da prisão preventiva pela domiciliar e é faculdade do
magistrado, conforme dita o art. 318-A e 318-B do CPP alterado pelo lei 13.769
de 19 de dezembro de 2018, vejamos:
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"Art. 318-A. A prisão preventiva imposta à
mulher gestante ou que for mãe ou
responsável por crianças ou
pessoas com deficiência será
substituída por prisão domiciliar,
desde que:
1- não tenha cometido crime com violência ou
grave ameaça a pessoa;
11 - não tenha cometido o crime contra seu
filho ou dependente."
"Art. 318-8. A substituição de que tratam os
arts. 318 e 318-A poderá ser efetuada sem
prejuízo da aplicação concomitante das
medidas alternativas previstas no art. 319
deste Código."
A jurisprudência do STJ também é pacifica quando a conversão de
prisão domiciliar a mulher com criança menores de 12 anos de idade, vejamos:
HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE
RECURSO PRÓPRIO. TRÁFICO DE
DROGAS. PRISÃO PREVENTIVA.
SUBSTITUIÇÃO PORPRISÃO DOMICILIAR.
ATENÇÃO ÀS CIRCUNSTÂNCIAS DO CASO
CONCRETO. HABEAS CORPUS NÃO
CONHECIDO. ORDEM CONCEDIDA DE
OFÍCIO. 1. O Superior Tribunal de Justiça,
seguindo entendimento firmado pelo Supremo
Tribunal Federal, passou a não admitir o
conhecimento de habeas corpus substitutivo
de recurso próprio. No entanto, deve-se
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analisar o pedido formulado na inicial, tendo
em vista a possibilidade de se conceder a
ordem de oficio, em razão da existência de
eventual coação ilegal. 2. A prisão domiciliar
consiste no recolhimento do indiciado ou
acusado em sua residência, só podendo
dela ausentar-se com autorização judicial
(art. 317 do Código de Processo Penal). 3. 0
artigo 318 do Código de Processo Penal
(que permite a prisão domiciliar da mulher
gestante ou mãe de filhos com até 12 anos
incompletos) foi instituído para adequar a
legislação brasileira a um compromisso
assumido internacionalmente pelo Brasil
nas Regras de Bangkok. "Todas essas
circunstâncias devem constituir objeto de
adequada ponderação, em ordem a que a
adoção da medida excepcional da prisão
domiciliar efetivamente satisfaça o
princípio da proporcionalidade e respeite o
interesse maior da criança. Esses vetores,
por isso mesmo, hão de orientar o
magistrado na concessão da prisão
domiciliar" (STF, HC n. 134.734/SP, relator
Ministro Celso de Melo). 4. A necessidade
dos cuidados nos primeiros anos de vida da
criança é indiscutível. Além disso, a
situação dos autos também não se encaixa
em nenhuma das exceções postas pelo
Supremo no julgamento do referido
ma ndamus coletivo, mormente por se tratar
de paciente grávida, primária, com bons
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antecedentes e residência fixa. 5. Não
conheço do habeas corpus. Concedo a ordem,
de ofício, para substituir a prisão preventiva de
VANIELE GONÇALVES TALON pela prisão
domiciliar, sem prejuízo da fixação de outras
medidas cautelares, a critério do Juízo a quo.
(STJ - HC 459041 / RJ 2018/0172523-7 Data
da Publicação:26/10/2018. Órgão Julgador: T5
- QUINTA TURMA Relator: Ministro
REYNALDO SOARES DA FONSECA).
Dessa forma, é de direito dos requerentes, caso eventualmente
Vossa Excelência não entenda pela revogação da prisão preventiva de
todos os requerentes, que seja substituída a prisão preventiva pela
domiciliar dos senhores ANTONIO WESLEY DE SOUSA, LUZINEIDE DE
SOUSA ALMEIDA, SINARA FRANCISCA LEAL, MARINEZ LUCAS DE
ALMEIDA SOUSA.
POR FIM, É IMPORTANTE FRISAR QUE FOI CONCEDIDO
HABEAS CORPUS A SENHORA SAYONARA DE ALMEIDA MEDEIROS NO
HC 472.371 -PI EM QUE A PACIENTE FIGURA NAS MESMAS CONDIÇÕES
DOS PACIENTES DESTE RHC.
DA FALTA DE FUNDAMENTAÇÃO PARA A MANUTENÇÃO DA PRISÃO
PREVENTIVA
Conforme preceitua a Carta Magna, em seu artigo 93, inciso IX, todas
as decisões não fundamentadas serão nulas, senão vejamos:
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Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do
Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o
Estatuto da Magistratura, observados os
seguintes princípios:
[...1
IX todos os julgamentos dos órgãos do
Poder Judiciário serão públicos, e
fundamentadas todas as decisões, sob pena
de nulidade, podendo a lei limitara presença,
em determinados atos, às próprias partes e a
seus advogados, ou somente a estes, em
casos nos quais a preservação do direito à
intimidade do interessado no sigilo não
prejudique o interesse público à informação;
Diante disso, observa-se que a decisão que decretou a prisão
preventiva do PACIENTE deve ser declarada nula, pois esta mostra-se
totalmente desprovida de qualquer fundamentação válida, especialmente quanto
aos indícios de autoria que dizem respeito aos pacientes.
Vossa Excelência, de início é importante frisar que a decisão que
decretou a prisão preventiva dos requerentes merece ser reformada, pois, este
juizo decidiu sobre a medida extrema que é a prisão com base em elementos
trazidos a este processo pelo Ilustre Delegado de Polícia desta cidade, mas que
durante o cumprimento do mandado de prisão preventiva e busca e apreensão
não foi possível comprovar que os requerentes praticavam o crime de tráfico de
drogas e tampouco para a prática do crime de associação para o tráfico.
Da mesma forma, na decisão o juiz de primeiro grau deixou de
fundamentar a sua decisão, sendo que suposições não tem o condão de justificar
a medida mais extrema em um inquérito policial que é a prisão de cidadãos,
muito menos sendo estes cidadãos são réus primários, sem antecedentes
criminais, com profissões definidas cada um, que todos tem domicilio certo
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na cidade de Picos -PI onde pode prestar esclarecimentos sobre o fato a
qualquer momento.
Um ponto que merece destaque é que no momento dos cumprimentos
dos mandados, não foram apreendidos nenhum tipo de entorpecentes ou objetos
ilícitos, sendo que, não se pode atribuir aos requerentes tais condutas sem
indícios de autoria e materialidade do suposto crime de tráfico de drogas
tampouco a de associação para o tráfico.
O nosso Ordenamento Jurídico dispõe que, o cárcere só será
admitido quando for estritamente necessário revelando-se que o agente é
um risco social, caso contrário a liberdade provisória é a regra e o instituto
do princípio da presunção de inocência e da liberdade provisória é trazido como
garantia constitucional no artigo 5°, inciso LVII e LVXI DA CF:
"Art 5. Todos são iguais perante a
lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País a inviolabilidade
do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes.
ninguém será culpado até o
trânsito em julgado de sentença
penal condenatória.
LVXI- ninguém será levado à prisão
ou nela mantido, quando a lei admitir
a liberdade provisória, com ou sem
fiança."
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Em verdade, a segregação da liberdade consiste em medida de
exceção, destarte, para que haja tal restrição deverá o ato judicial ser composto
de certeza suficiente a justificar medida tão rigorosa, observando-se ainda,
os requisitos previstos no art. 312 do Código de Processo Penal:
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser
decretada como garantia da ordem
pública, da ordem econômica, por
conveniência da instrução criminal,
ou para assegurar a aplicação da lei
penal, quando houver prova da
existência do crime e indício suficiente
de autoria. [Grifos nossos).
Conforme se depreende do dispositivo legal acima citado, para que
seja decretada a prisão preventiva é necessário que esteja presente
cumulativamente dois requisitos: "fumus comissi defleti" e o "periculum
libertatis", sendo este o fundamento e aquele o requisito .
O fumus comissi defleti, resta configurado quando estiver
Comprovado a existência de um crime e indícios suficientes de autoria
Periculum libertatis, Nenhuma relevância terá o fator tempo no
âmbito processual penal, e antes disso, o que é determinante para a decretação
de uma medida cautelar é a situação de perigo criada pela conduta do imputado,
que põe em risco a regular marcha processual.
O Periculum Libertatis é representado pela Garantia a ordem
Econômica, pela conveniência da Instrução Criminal, Por pela Garantia a Ordem,
Por Descumprimento de Qualquer Obrigação Imposta por Força de Outras
Medidas, para garantir uma efetiva aplicação da lei penal, por garantia a ordem
pública.
Salienta-se que tal medida apresente-se como imprescindível, para
Garantia a ordem Econômica, conveniência da Instrução Criminal, Por para
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Garantia a Ordem, Por Descumprimento de Qualquer Obrigação Imposta
por Força de Outras Medidas, para garantir uma efetiva aplicação da lei
penal, por garantia a ordem pública, seja hipóteses que não se aplicam ao
caso em debate, inexistindo os elementos da supramencionados da prisão
preventiva conforme documentação em anexo.
A prisão cautelar é medida excepcional, regida pelo princípio da
necessidade, mediante a demonstração do fumus boni iuris e do periculum
in mora, porquanto restringe o estado de liberdade de uma pessoa, que ainda
não foi julgada e tem a seu favor a presunção constitucional da inocência, nos
termos do art. 5° da Constituição Federal.
A previsão dos artigos 316 e 319 do CPP é clara quanto a
possibilidade de sua revogação, bem como do caráter excepcional da
prisão preventiva. Esses dois dispositivos legais deixam claro que a prisão
preventiva é medida subsidiária e não pode ser decretada ou convertida
sem que antes tenha sido imposta uma medida cautelar alternativa e, ainda
em último caso.
Nesse sentido o professor Luiz Flávio Gomes':
A prisão preventiva não é apenas a última ratio.
Ela é a extrema ratio da última ratio. A regra é
a liberdade; a exceção são as cautelares
restritivas da liberdade (art. 319, CPP); dentre
elas, vem por último, a prisão, por expressa
previsão legal.
Nesse mesmo sentido, a jurisprudência assim explana:
Não demonstrada, suficientemente, a
necessidade da prisão preventiva, merece
prosperar o pedido de sua desconstituição.
Recurso provido. (RSTJ 106430).
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A necessidade dessa prisão cautelar só poderá justificar-se,
exclusivamente, com um daqueles motivos do Art. 312. (...) Outros motivos,
por si mesmos, não lhe podem dar fundamento, ainda que pareçam relevantes,
como os maus antecedentes, a ociosidade, a gravidade do crime." (A
Defesa na Polícia e em Juízo, José Barcelos de Souza).
O STF tem-se pronunciado, em diversas ocasiões, sobre o caráter
excepcional da manutenção da prisão preventiva com fundamento na garantia
da ordem pública, limitando tais casos àqueles em que tal medida for
imprescindível ao acautelamento do meio social em face da periculosidade
do agente ou com vistas a evitar a reiteração criminosa.
Contudo, no presente caso verifica-se que a ordem de prisão
emitida contra o paciente se funda na GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA, não
merecendo ser mantida a custodia cautelar do requerente pelos requisitos
apontadas na decisão que decretou a prisão preventiva.
DA GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA
No que diz respeito à garantia da ordem pública, há que se entender
tal elemento não somente no âmbito social, mas também como subjetivo
em relação ao acusado, não sendo suficiente para a decretação da prisão
preventiva o mero clamor social, como bem salientam LUIZ FLÁVIO GOMES
e PATRÍCIA A. DE SOUSA:
A nosso ver, a ordem pública se relaciona
com a paz ou tranquilidade social. Sem
dúvida, uma locução aberta, que deve ser
interpretada restritivamente: a periculosidade
do agente, por exemplo, se constatada
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concretamente, abre espaço para a
decretação da prisão preventiva, sob o
fundamento da ordem pública. De outro
lado, a gravidade do delito, por si só, não
significa periculosidade; Ademais, ordem
pública e clamor público não se
confundem". [LUIZ FLÁVIO GOMES e
PATRÍCIA A. DE SOUSA Prisão preventiva:
conceito de "ordem pública". Disponível em
http://www.lfg.com.br. 13 de abril de 2009]
(grifos nossos/
No presente caso, não há necessidade premente de manutenção da
ordem pública que justifique a prisão preventiva do acusado, uma vez não
estarem presentes qualquer indicio que o acusado continua cometendo atos
ilícitos, em verdade, os requerentes são pessoas de boa conduta social,
PRIMÁRIOS, SEM ANTECEDENTES CRIMINAIS, COM RESIDÊNCIA FIXA
NO DISTRITO DA CULPA, não havendo como sua segregação implicar em
preservação da ordem pública.
DA GARANTIA DA ORDEM ECONÔMICA
Em relação à garantia da ordem econômica, tal elemento mostra-se
completamente incabível ao caso em tela, posto que, o delito em apreço não
causou abalo econômico -financeiro a uma instituição financeira ou a
qualquer órgão do Estado, tratando-se de homicídio, razão pela qual é forçoso
reconhecer a inexistência do aludido motivo autorizador.
DA CONVENIÊNCIA DA INSTRUÇÃO CRIMINAL E APLICAÇÃO
DA LEI PENAL
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Por fim, é de bom alvitre se refutar veementemente os elementos da
conveniência da instrução criminal e da aplicação da lei penal, considerando que
ambas as circunstâncias de forma alguma seriam ameaçadas pela
liberdade dos requerentes, que, em verdade, ESTÃO DISPOSTOS A
CONTRIBUIR, PARA TÃO LOGO FICAR PROVADA SUAS INOCÊNCIAS,
COM ISSO, NÃO APRESENTANDO QUALQUER RISCO OU OBSTÁCULO ÀS
INVESTIGAÇÕES PERTINENTES AO CASO.
De acordo com a realidade fática, corroborada pelas documentações
em anexo, não há que se falar em intenção dos requerentes de obstar o
fluxo regular do feito.
Dessa forma, não havendo indícios de autoria, por parte dos
requerentes, bem como, após estes esclarecimentos, nenhum requisito para
decretação da preventiva é resta devidamente preenchido. Neste sentido,
destaca-se o disposto no art. 316 do Código de Processo Penal:
Art. 316. O juiz poderá revogar a prisão
preventiva se, no correr do processo,
verificar a falta de motivo para que subsista,
bem como de novo decretá-la, se sobrevierem
razões que a justifiquem.
Neste sentido, os Tribunais de Justiça entendem a matéria nos
seguintes termos:
HABEAS CORPUS. CRIMES CONTRA O
PATRIMÔNIO. ROUBO SIMPLES. ART. 157
CAPUT, DO CÓDIGO PENAL.
DESNECESSIDADE DA PRISÃO
PREVENTIVA. PACIENTE PRIMÁRIO.
CONDIÇÕES PESSOAIS FAVORÁVEIS.
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APLICAÇÃO DE MEDIDA CAUTELAR
MENOS GRAVOSA. POSIBILIDADE NO
CASO CONCRETO. As circunstâncias do
caso concreto não evidenciam a
necessidade da segregação cautelar do
paciente, já que não demonstrado o
periculum libertatis, ou seja, o risco que a
liberdade do agente possa ocasionar à
ordem pública. No caso em apreço, o
paciente é jovem (18 anos) e primário, não
respondendo a nenhum outro processo na
seara criminal, Além disso, comprovou
endereço fixo e atividade labora! lícita. Sendo
assim, diante do contexto fático, impõe-se a
concessão da ordem de habeas corpus,
condicionada à medida cautelar de
comparecimento mensal em Cartório para
informar endereço e justificar atividades, sob
pena de revogação do benefício em caso de
descumprimento. HABEAS CORPUS
CONCEDIDO. DETERMINADA A
EXPEDIÇÃO DE ALVARÁ DE SOLTURA NA
ORIGEM. (Habeas Corpus N° 70068174853,
Quinta Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do
RS, Relator: Lizete Andreis Sebben, Julgado
em 24/02/2016)
HABEAS CORPUS. CRIMES CONTRA O
PATRIMÔNIO. ROUBO MAJORADO. ART.
157, § 2°, INC. I E II, DO CP.
DESNECESSIDADE DA PRISÃO
PREVENTIVA. PACIENTE PRIMÁRIO.
CONDIÇÕES PESSOAIS FAVORÁVEIS.
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APLICAÇÃO DE MEDIDA CAUTELAR
MENOS GRAVOSA. POSIBILIDADE NO
CASO CONCRETO. As circunstâncias do caso
concreto não evidenciam a necessidade da
segregação cautelar do paciente, já que não
demonstrado o periculum libertatis, ou seja, o
risco que a liberdade do agente possa
ocasionar à ordem pública. No caso em
apreço, dos agentes flagrados, o paciente é o
único primário e que não responde a nenhum
outro processo na seara criminal e que
comprovou endereço fixo e atividade laborai
lícita. Sendo assim, diante do contexto fático,
impõe-se a concessão da ordem de habeas
corpus, condicionada às medidas cautelares
de comparecimento mensal em Cartório para
informar endereço e justificar atividades, e
proibição de ausentar-se da Comarca, sob
pena de revogação do benefício. HABEAS
CORPUS CONCEDIDO. DETERMINADA A
EXPEDIÇÃO DE ALVARÁ DE SOLTURA NA
ORIGEM. (Habeas Corpus N° 70067328682,
Quinta Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do
RS, Relator: Lizete Andreis Sebben, Julgado
em 16/12/2015)
No caso em análise, não há qualquer prova (testemunhal ou
material) no processo que indique que os requerentes postos em liberdade
volte a delinquirem.
Certo é que não há dados da efetiva necessidade da manutenção da
prisão cautelar, pelo que se revela UMA PRISÃO CAUTELAR ILEGAL,
Concessa vênia, por deturpação de seu sentido, pois o Estado não poderá
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tratar como culpado aquele que é inocente e não tem sentença condenatória
penal transitada em julgado, bem com tirar o direito daquele que o tem de
responder o processo em liberdade.
DO PEDIDO DE LIMINAR
É cediço que a concessão de medida liminar carece de previsão
legal, no processo de Habeas Corpus, porém, para que seja evitado mal maior,
em virtude de uma possível prisão que se demonstra temerária, ilegal e injusta,
que cerceia a liberdade de ir e vir do paciente, e, não haver periculum in libertatis,
e estar presente o periculum in mora em mantê-lo preso.
A leitura por si só dos fatos e dos prazos narrados
demonstram com clareza o excesso de prazo e a ilegalidade da prisão do
suplicante, bem como a falta de fundamentação da decisão que decretou a
prisão preventiva do réu e negou a sua liberdade provisória demonstrando
na singeleza de sua redação a sua fragilidade legal e factual.
A ilegalidade da manutenção da prisão se patenteia pela
ausência de todos os requisitos da preventiva previstos no art. 312 do CPP,
como pela falta de citação do diploma legal e por falta de elementos
concretos que justifiquem a custodia do suplicante.
O endereço do Paciente é certo e conhecido, mencionado no
preâmbulo desta impetração, não havendo nada a indicar que o Paciente
irá se furtar à aplicação da lei penal e não existe nos autos qualquer
elemento que possa chegar a esta conclusão.
A liminar buscada tem apoio no texto de inúmeras regras,
inclusive do texto constitucional, quando revela, sobretudo, a ausência
completa de fundamentação na decisão em enfoque.
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Por tais fundamentos, uma vez presentes a fumaça do bom
direito e o perigo na demora, requer seja LIMINARMENTE garantido ao
Paciente a sua liberdade de locomoção, sobretudo quando inexistem
elementos a justificar a manutenção do encarceramento.
O fumus boni iuris (fumaça do bom direito) está
consubstanciada nos elementos suscitados em defesa do Paciente, nadoutrina, na jurisprudência, na argumentação e no reflexo de tudo nos
dogmas da Carta da República.
O periculum in mora (perigo na demora) é irretorquível,
estreme de dúvidas e facilmente perceptível, maiormente em razão da
ilegalidade da prisão e pelo prazo da prisão temporária que poderá se
encerrar sem o julgamento do presente pedido de habeas corpus.
Com efeito, encontram-se atendidos todos os requisitos da
medida liminar, onde, por tal motivo, pleiteia-se que seja concedida a
liberdade do paciente através de medida liminar e a expedição incontinenti
do alvará de soltura.
DO PEDIDO
Pelo exposto apresentado e todas as razões de direito expostas o
Paciente confia em que este Tribunal Superior, fiel à sua gloriosa tradição,
conhecendo o pedido, haverá de DEFERIR A LIMINAR no presente
RECURSO ORDINARIO EM HABEAS CORPUS, para conceder ao mesmo o
benefício de aguardar em liberdade ou em prisão domiciliar o desenrolar
de seu processo expedindo-se o competente alvará de soltura.
Que diante da flagrante ilegalidade consubstanciada no v.
acórdão guerreado, requer seja conhecido e provido o presente recurso,
concedendo-se aos suplicantes o direito de aguardar o julgamento de seu
processo em liberdade ou em prisão domiciliar, face a falta de
fundamentação da decisão que negou este direito ao paciente, o que será
confirmada ao final em sessão de julgamento, onde fará singela
homenagem ao DIREITO e à JUSTIÇA!
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Num. 402926 - Pág. 22
(e-STJ Fl.176)
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JOSE DE SOUSA NETO
ADVOCACIA E CONSULTORIA
Termos em que,
Espera deferimento.
Teresina - PI em, 07 de março de 2019.
JOSE DE SOUSA NETO
ADVOGADO OAB/PI N° 9185
Rua Coelho Rodrigues, n° 391, 19 Andar, Centro, Picos -1'I.
CEP: 64600-000
e-mail: js.neto@hotmail.com
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Num. 402926 - Pág. 23
(e-STJ Fl.177)
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		2021-06-19T00:46:46-0300
	Brasil
	MARDSON ROCHA PAULO
	Assinador Serpro

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