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JOSE DE SOUSA NETO ADVOCACIA E CONSULTORIA EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGREGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PIAUÍ. Habeas Corpus n°- 0712579-34.2018.8.18.0000 ANTÔNIO WESLEY DE SOUSA, LUZINEIDE DE SOUSA ALMEIDA, EDILBERTO LUCAS DE ALMEIDA, SINARA FRANCISCA LEAL E MARINEZ LUCAS DE ALMEIDA SOUSA, já devidamente qualificados nos autos de Habeas Corpus em epigrafe, vem à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu procurador infra-assinado, dentro do prazo legal, interpor RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL EM HABEAS CORPUS com fulcro nos arts. 105, II, 'a', da Constituição Federal, e 30/32 da Lei 8.038/90. Requer o recebimento e processamento do presente recurso, e encaminhado, com as razões anexadas, ao Colendo Superior Tribunal de Justiça. Termos em que, Pede e espera deferimento. Teresina-PI, 07 de março de 2018. JOSE DE SOUSA NETO ADVOGADO OAB -PI 9185 Rua Coelho Rodrigues, n° 391, 10 Andar, Centro, Picos -PI. CEP: 64600-000 e-mail: js.neto@hotmail.com Assinado eletronicamente por: JOSE DE SOUSA NETO - 07/0312019 18:55:43 https://tjpi.pje.jus .br:4431pje2g/ProcessoiConsultaDocumentollistView.seam7x=19030718554315400000000396179 Número do documento: 19030718554315400000000396179 Num. 402926 - Pág. 1 (e-STJ Fl.155) D oc um en to r ec eb id o el et ro ni ca m en te d a or ig em JOSE. DE SOUSA NETO ADVOCACIA E CONSULTORIA RAZÕES DO RECURSO ORDINARIO CONSTITUCIONAL Recorrentes: ANTÔNIO WESLEY DE SOUSA, LUZINEIDE DE SOUSA ALMEIDA, EDILBERTO LUCAS DE ALMEIDA, SINARA FRANCISCA LEAL E MARINEZ LUCAS DE ALMEIDA SOUSA Habeas Corpus n°. 0712579-34.2018.8.18.0000 Processo de Origem n° 0001531-23.2018.8.18.0032 5a Vara Criminal da Comarca de Picos -PI) Superior Tribunal de Justiça, Colenda Turma, Douto Procurador da República, Em que pese o ilibado saber jurídico da Colenda Câmara Criminal do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado Do Piauí, o venerado acórdão que denegou a ordem de Habeas Corpus não merece prosperar, pelas razões de fáticas e jurídicas a seguir expostas: DO CABIMENTO DO RECURSO - DA TEMPESTIVIDADE Tendo como prisma o art. 30 da Lei Federal n°. 8038/90, que preceitua que o prazo processual para a apresentação do Recurso Ordinário Constitucional ao Superior Tribunal de Justiça é de 05 (cinco) dias e, o acórdão de Habeas Corpus foi publicado no DJE de 27/02/2019 e disponibilização 28/0212019, o prazo se encerra na data de 0710312019 devido ao feriado de carnaval que se estendeu até a data de 06103/2019.. Com isso, há que se perceber, que como tal recurso foi aviado em 07/03/2019, ou seja, interposto no seu lapso do quinquidio legal, é tempestivo. Rua Coelho Rodrigues, n° 391, 10 Andar, Centro, Picos -PI. CEP: 61600-000 e-mail: js.neto@hotmail.com Assinado eletronicamente por: JOSE DE SOUSA NETO - 07/0312019 18:55:43 https://tjpi.pje.jus .br:4431pje2g/ProcessoiConsultaDocumentollistView.seam7x=19030718554315400000000396179 Número do documento: 19030718554315400000000396179 Num. 402926 - Pág. 2 1:1 (e-STJ Fl.156) D oc um en to r ec eb id o el et ro ni ca m en te d a or ig em JOSE DE SOUSA NETO ADVOCACIA E CONSULTORIA DA PREVENÇÃO PARA JULGAMENTO DO RHC Nobre Ministro foi julgado perante este Superior Tribunal de Justiça o HC n° 472.375 -PI de relatoria do Ministro ANTONIO SALDANHA PALHEIRO que figura como paciente a Sra. SAYONARA DE ALMEIDA MEDEIROS. Ocorre Nobre Julgador, que o Egrégio Tribunal de Justiça do Piauí declinou o HC objeto do presento recurso por prevenção ao desembargador do TJPI Joaquim de Santana Dias Filho por este ser relator do HC 0705206- 49.2018.8.18.0000 originário da ação penal n° 0000959-67.2018.8.18.0032 devido a conexão entre os procedimentos (decisão em anexo). Desta forma, como houve prevenção de julgamento no HC perante o TJPI o presente recurso também há prevenção no STJ para o Ministro ANTONIO SALDANHA PALHEIRO. DO BREVE RELATO PROCESSUAL Inicialmente, deve-se lembra que os requerentes foram presos por força de mando de prisão preventiva expedido pelo respeitável juízo da 5a Vara Criminal da Comarca de Picos -PI na data do dia 13 de dezembro de 2018 pela suposta prática do delito previsto no art. 33, caput, e art. 35 da Lei 11343/2006 (tráfico de drogas e associação para o tráfico). O Delegado de Policia representou pela decretação da prisão preventiva aduzindo que os requerentes praticavam crime de tráfico e associavam-se para o tráfico nesta cidade o que foi deferido pelo magistrado a quo. O Nobre Magistrado decretou a prisão preventiva do requerente e fundamentou a decisão da decretação da prisão preventiva do acusado aduzindo estarem presentes o fumus comissi delicti e o periculum libertati e com base no art. 312 do Código de Processo Penal, expedindo-se o respectivo mandado de prisão em desfavor do requerente. Rua Coelho Rodrigues, ri' 391, 10 Andar, Centro, Picos -PI. CEP: 61600-000 e-mail: jsmeto@hotmail.com Assinado eletronicamente por: JOSE DE SOUSA NETO - 07/03.12019 18:55:43 https://tjpi.pje.jus.br:4431pje2g/ProcessolConsultaDocumentollistView.seam?x=19030718554315400000000396179 Número do documento: 19030718554315400000000396179 Num. 402926 - Pág. 3 E (e-STJ Fl.157) D oc um en to r ec eb id o el et ro ni ca m en te d a or ig em JOSE DE SOUSA NETO ADVOCACIA E CONSULTORIA Foi dado cumprimento ao mandado de prisão e busca e apreensão em desfavor dos requerentes e em suas residências nada de ilícito foi encontrado, não conseguindo provar a autoridade policial que os requerentes praticavam qualquer dos verbos descritos do art. 33, caput e art. 35 da Lei 11.343/06. Importante frisar que de toda a operação realizada somente foi apreendido de entorpecentes foram 16 trouxinhas de cocaína na residência do senhor JOSÉ PEREIRA DE BRITO NETO e nada de entorpecente ou objeto ilícito fora encontrado nas residências dos requerentes. Com efeito, em todo o respectivo processo não é apresentado nenhum INDICIO DE AUTORIA em desfavor dos suplicantes, na verdade há indícios determinantes que o desligam totalmente da ação criminosa investigada no processo em questão. Primeiro ponto a ser analisado no presente Habeas Corpus é a falta de fundamentação na decisão que decretou a prisão preventiva dos pacientes e o segundo fundamento é a conversão da prisão preventiva dos paciente em prisão domiciliar. Ínclitos Ministros, mesmo diante da latente falta de fundamentação na decisão que decretou a prisão preventiva do paciente e da necessidade de substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar, os pacientes impetraram HC perante o Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Piauí e foi denegada ordem de Habeas Corpus alegando não estar presente o constrangimento ilegal apontado pelo impetrante como também pela falta de preenchimento dos requisitos previstos no art. 318 do CPP. No acordão denegatório os nobres desembargadores entenderam que o tramite processual esta normal, vejamos: Rua Coelho Rodrigues, rh' 391, 10 Andar, Centro, Picos -PI. CEP: 61600-000 e-mail: jsmeto@hotmail.com Assinado eletronicamente por: JOSE DE SOUSA NETO - 07/03.12019 18:55:43 https://tjpi.pje.jus.br:4431pje2g/ProcessolConsultaDocumentollistView.seam?x=19030718554315400000000396179 Número do documento: 19030718554315400000000396179 Num. 402926 - Pág. 4 E (e-STJ Fl.158) D oc um en to r ec eb id o el et ro ni ca m en te d a or ig em JOSE DE SOUSA NETO ADVOCACIA E CONSULTORIA "HABEAS CORPUS. CRIMES DE TRÁFICO E ASSOCIAÇÃOPARA O TRÁFICO. AUSÊNCIA DOS REQUISITOSFUNDAMENTAÇÃO NO DECRETO PRISIONAL. CONSTRANGIMENTO ILEGAL INEXISTENTE. SUBSTITUIÇÃO DAS PRISÕES PREVENTIVAS POR DOMICILIARES. IMPOSSIBILIDADE. WRIT DENEGADO. 1. É cediço que a liberdade é a regra em nosso ordenamento constitucional, somente sendo possível sua mitigação em hipóteses estritamente necessárias, e justificadas com base no art. 312 do CPP. 2. O decisum impugnado, ainda que conciso e sucinto, o MM Juiz a quo fundamenta o preenchimento do requisitode garantia da ordem pública com base no modus operandi delitivo, demonstrado por uma rede em cadeira para cometimento do crime de tráfico de drogas na região de Picos -PI, situação indicativa de suas periculosidades sociais, características que revelam a possibilidade concreta, de acaso soltos, continuarem delinquindo e consequentemente perturbando a ordem pública, justificando assim a necessidade da custódia cautelar. 3. A substituição da prisão preventiva por domiciliar, em verdade, é uma faculdade do magistrado, quando preenchidos os requisitos do art. 318 do CPP, o que não ocorreu no presente caso. 4. Circunstâncias favoráveis dos agentes, tais como residência fixa, ocupação licita, família constituída, não têm o condão de obstar a decretação da prisão preventiva e, tampouco, de conferir ao paciente o direito subjetivo à concessão de liberdade provisória. 5. Writ denegado. Decisão unânime." Diante o acordão proferido pelo TJPI verifica-se que aquele órgão colegiado não retratou a verdade sobre a realidade do processo de origem, visto que nada dos argumentos apontados no acordão condizem com a situação fático-processual. Quando o acordão trata da conversão da prisão preventiva em prisão domiciliar os desembargadores ditam que é urna faculdade do magistrado, não tendo demonstrado a defesa que as crianças estão necessitando dos pais, isto não é a realidade dos autos, conforme será demostrado adiante. Rua Coelho Rodrigues, n° 391, 1" Andar, Centro, Picos -PI. CEP: 64600-000 e-mail: jsmeto@hotmail.eom 51 Assinado eletronicamente por: JOSE DE SOUSA NETO - 07/03%2019 18:55:43 51 haps://tjpi.pje.jus.br:4431pje2g/ProcessolConsultaDocumentollistView.seam?x=19030718554315400000000396179 Número do documento: 19030718554315400000000396179 Num. 402926 - Pág. 5b24::PL. ,, O (e-STJ Fl.159) D oc um en to r ec eb id o el et ro ni ca m en te d a or ig em JOSE DE SOUSA NETO ADVOCACIA E CONSULTORIA DO DIREITO DA SUBSTITUIÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA PELA PRISÃO DOMICILIAR Nobres Ministros, conforme alegado no habeas corpus que foi denegado pelo TJPI, os requerentes tem situações excepcionais que necessita substituir a prisão preventiva pela prisão domiciliar conforme o artigo 318 e 318- A, ambos do CPP como é o caso do senhor ANTONIO WESLEY DE SOUSA, LUZINEIDE DE SOUSA ALMEIDA, SINARA FRANCISCA LEAL E MARINEZ LUCAS DE ALMEIDA SOUSA. O senhor Antônio Wesley de Sousa é portador de doença grave pois o mesmo já fez transplante de fígado e é portador de Insuficiência Renal Crônica, CID N180, onde encontra-se na lista de espera do Sistema Nacional de Transplante (SNT), aguardando pela cirurgia de transplante renal conforme declaração em anexo. Vale destacar ainda que o mesmo realiza tratamento de hemodiálise na Clínica Nossa Senhora dos Remédios S/S/INSTITUTO DO RIM submetendo-se a 03 (três) sessões semanais, desde 30/05/2017 nos turnos de terça quinta e sábado, e encontra-se apresentando complicações em seu tratamento devido estar preso, médico em anexo. conforme laudo A senhora LUZINEIDE DE SOUSA ALMEIDA esposa do senhor Antônio Wesley de Sousa onde o casal possui 03 (três) filhos menores de idade, ISABELY NAKELLE ALMEIDA SOUSA (08 ANOS DE IDADE), Rua Coelho Rodrigues, n' 391, 1° Andar, Centro, Picos -PI. CEP: 61600-000 e-mail: jsmeto@hotmail.com Assinado eletronicamente por: JOSE DE SOUSA NETO - 07/0312019 18:55:43 https://tjpi.pje.jus.br:4431pje2g/ProcessolConsultaDocumentollistView.seam?x=19030718554315400000000396179 Número do documento: 19030718554315400000000396179 Num. 402926 - Pág. 6 E (e-STJ Fl.160) D oc um en to r ec eb id o el et ro ni ca m en te d a or ig em JOSE DE SOUSA NETO ADVOCACIA E CONSULTORIA ANTONIO YUKESLEY ALMEIDA SOUSA (11 ANOS DE E LUZIA NABELLE ALMEIDA SOUSA (13 ANOS DE IDADE), sendo que todas essas crianças menores depende única e exclusivamente dos cuidados de sua genitora Luzineide de Sousa Almeida, visto que conforme relatado no parágrafo anterior o genitor das crianças menores é portador de doença grave não tem capacidade física e psicológica de cuidar dos filhos. A senhora SINARA FRANCISCA LEAL é esposa do também requerente EDILBERTO LUCAS DE ALMEIDA que se encontram presos por este processo, sendo que o casal possuem uma filha menor de 12 anos de idade de nome ROBERTA SÂMIA LEAL DE ALMEIDA e esta depende dos cuidados de sua genitora e a manutenção da mesma encarcerada acarretará enorme prejuízo ao desenvolvimento da criança. A senhora MARINEZ LUCAS DE ALMEIDA SOUSA é filha de pessoa que presta cuidados a sua genitora Rosa Maria de Jesus Almeida que é acometida da grave doença neoplasia maligna da mama (câncer de mama) CID C50 estando necessitando de cuidados urgentes para se recuperar de uma cirurgia realizada no mês de outubro do corrente ano, onde a genitora da requerente retirou através de procedimento cirúrgico retirando a mama do lado direito, conforme documentação do Hospital São Marcos em anexo. O artigo 318 do CPP diz que: Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for: (Redação dada pela Lei n° 12.403, de 2011). Rua Coelho Rodrigues, rh' 391, 10 Andar, Centro, Picos-Pl. CEP: 64600-000 e-mail: jsmeto@hotmail.com Assinado eletronicamente por: JOSE DE SOUSA NETO - 07/0312019 18:55:43 https://tjpi.pje.jus.br:4431pje2g/ProcessolConsultaDocumentollistView.seam?x=19030718554315400000000396179 Número do documento: 19030718554315400000000396179 Num. 402926 - Pág. 7 (e-STJ Fl.161) D oc um en to r ec eb id o el et ro ni ca m en te d a or ig em JOSE. DE SOUSA NETO ADVOCACIA E CONSULTORIA I - maior de 80 (oitenta) anos; (Incluído pela Lei n° 12.403, de 2011). II - extremamente debilitado por motivo de doença grave; (Incluído pela Lei n° 12.403, de 2011). III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com deficiência; (Incluído pela Lei n° 12.403, de 2011). IV - gestante; (Redação dada pela Lei n° 13.257, de 2016) V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos; (Incluído pela Lei n° 13.257, de 2016) VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos. (Incluído pela Lei n° 13.257, de 2016) Parágrafo único. Para a substituição, o juiz exigirá prova idônea dos requisitos estabelecidos neste artigo. (Incluído pela Lei n° 12.403, de 2011). Importante frisar que ao contrário do que alega os desembargadores do TJPI no acordão denegatório os requerentes acima mencionados fazem jus a substituição da prisão preventiva pela domiciliar e é faculdade do magistrado, conforme dita o art. 318-A e 318-B do CPP alterado pelo lei 13.769 de 19 de dezembro de 2018, vejamos: Rua Coelho Rodrigues, n° 391, 1" Andar, Centro, Picos -PI. CEP: 64600-000 e-mail: js.neto@hotmail.com Assinado eletronicamente por: JOSE DE SOUSA NETO - 07/0312019 18:55:43 https://tjpi.pje.jus .br:4431pje2g/ProcessoiConsultaDocumentollistView.seam7x=19030718554315400000000396179 Número do documento: 19030718554315400000000396179 Num. 402926 - Pág. 8 E (e-STJ Fl.162) D oc um en to r ec eb id o el et ro ni ca m en te d a or ig em JOSE DE SOUSA NETO ADVOCACIA E CONSULTORIA "Art. 318-A. A prisão preventiva imposta à mulher gestante ou que for mãe ou responsável por crianças ou pessoas com deficiência será substituída por prisão domiciliar, desde que: 1- não tenha cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa; 11 - não tenha cometido o crime contra seu filho ou dependente." "Art. 318-8. A substituição de que tratam os arts. 318 e 318-A poderá ser efetuada sem prejuízo da aplicação concomitante das medidas alternativas previstas no art. 319 deste Código." A jurisprudência do STJ também é pacifica quando a conversão de prisão domiciliar a mulher com criança menores de 12 anos de idade, vejamos: HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO PRÓPRIO. TRÁFICO DE DROGAS. PRISÃO PREVENTIVA. SUBSTITUIÇÃO PORPRISÃO DOMICILIAR. ATENÇÃO ÀS CIRCUNSTÂNCIAS DO CASO CONCRETO. HABEAS CORPUS NÃO CONHECIDO. ORDEM CONCEDIDA DE OFÍCIO. 1. O Superior Tribunal de Justiça, seguindo entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal, passou a não admitir o conhecimento de habeas corpus substitutivo de recurso próprio. No entanto, deve-se Rua Coelho Rodrigues, n° 391, 19 Andar, Centro, Picos -PI. CEP: 61600-000 e-mail: js.neto@hotmail.com Assinado eletronicamente por: JOSE DE SOUSA NETO - 07103/2019 18:55:43 https://tjpi.pje.jus .br:4431pje2g/ProcessolConsultaDocumentollistView.seam?x=19030718554315400000000396179 Número do documento: 19030718554315400000000396179 Num. 402926 - Pág. 9b21::PL. 50 :1 ,, (e-STJ Fl.163) D oc um en to r ec eb id o el et ro ni ca m en te d a or ig em JOSE DE SOUSA NETO ADVOCACIA E CONSULTORIA analisar o pedido formulado na inicial, tendo em vista a possibilidade de se conceder a ordem de oficio, em razão da existência de eventual coação ilegal. 2. A prisão domiciliar consiste no recolhimento do indiciado ou acusado em sua residência, só podendo dela ausentar-se com autorização judicial (art. 317 do Código de Processo Penal). 3. 0 artigo 318 do Código de Processo Penal (que permite a prisão domiciliar da mulher gestante ou mãe de filhos com até 12 anos incompletos) foi instituído para adequar a legislação brasileira a um compromisso assumido internacionalmente pelo Brasil nas Regras de Bangkok. "Todas essas circunstâncias devem constituir objeto de adequada ponderação, em ordem a que a adoção da medida excepcional da prisão domiciliar efetivamente satisfaça o princípio da proporcionalidade e respeite o interesse maior da criança. Esses vetores, por isso mesmo, hão de orientar o magistrado na concessão da prisão domiciliar" (STF, HC n. 134.734/SP, relator Ministro Celso de Melo). 4. A necessidade dos cuidados nos primeiros anos de vida da criança é indiscutível. Além disso, a situação dos autos também não se encaixa em nenhuma das exceções postas pelo Supremo no julgamento do referido ma ndamus coletivo, mormente por se tratar de paciente grávida, primária, com bons Rua Coelho Rodrigues, rh' 391, 1' Andar, Centro, Picos -PI. CEP: 64600-000 e-mail: jsmeto@hotmail.com Assinado eletronicamente por: JOSE DE SOUSA NETO - 07/0312019 18:55:43 https://tjpi.pje.jus.br:4431pje2g/ProcessolConsultaDocumentollistView.seam?x=19030718554315400000000396179 Número do documento: 19030718554315400000000396179 Num. 402926 - Pág. 10 (e-STJ Fl.164) D oc um en to r ec eb id o el et ro ni ca m en te d a or ig em JOSE DE SOUSA NETO ADVOCACIA E CONSULTORIA antecedentes e residência fixa. 5. Não conheço do habeas corpus. Concedo a ordem, de ofício, para substituir a prisão preventiva de VANIELE GONÇALVES TALON pela prisão domiciliar, sem prejuízo da fixação de outras medidas cautelares, a critério do Juízo a quo. (STJ - HC 459041 / RJ 2018/0172523-7 Data da Publicação:26/10/2018. Órgão Julgador: T5 - QUINTA TURMA Relator: Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA). Dessa forma, é de direito dos requerentes, caso eventualmente Vossa Excelência não entenda pela revogação da prisão preventiva de todos os requerentes, que seja substituída a prisão preventiva pela domiciliar dos senhores ANTONIO WESLEY DE SOUSA, LUZINEIDE DE SOUSA ALMEIDA, SINARA FRANCISCA LEAL, MARINEZ LUCAS DE ALMEIDA SOUSA. POR FIM, É IMPORTANTE FRISAR QUE FOI CONCEDIDO HABEAS CORPUS A SENHORA SAYONARA DE ALMEIDA MEDEIROS NO HC 472.371 -PI EM QUE A PACIENTE FIGURA NAS MESMAS CONDIÇÕES DOS PACIENTES DESTE RHC. DA FALTA DE FUNDAMENTAÇÃO PARA A MANUTENÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA Conforme preceitua a Carta Magna, em seu artigo 93, inciso IX, todas as decisões não fundamentadas serão nulas, senão vejamos: Rua Coelho Rodrigues, rh' 391, 10 Andar, Centro, Picos -PI. CEP: 61600-000 e-mail: jsmeto@hotmail.com Assinado eletronicamente por: JOSE DE SOUSA NETO - 07/03.12019 18:55:43 https://tjpi.pje.jus.br:4431pje2g/ProcessolConsultaDocumentollistView.seam?x=19030718554315400000000396179 Número do documento: 19030718554315400000000396179 Num. 402926 - Pág. 11 (e-STJ Fl.165) D oc um en to r ec eb id o el et ro ni ca m en te d a or ig em JOSE DE SOUSA NETO ADVOCACIA E CONSULTORIA Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios: [...1 IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitara presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação; Diante disso, observa-se que a decisão que decretou a prisão preventiva do PACIENTE deve ser declarada nula, pois esta mostra-se totalmente desprovida de qualquer fundamentação válida, especialmente quanto aos indícios de autoria que dizem respeito aos pacientes. Vossa Excelência, de início é importante frisar que a decisão que decretou a prisão preventiva dos requerentes merece ser reformada, pois, este juizo decidiu sobre a medida extrema que é a prisão com base em elementos trazidos a este processo pelo Ilustre Delegado de Polícia desta cidade, mas que durante o cumprimento do mandado de prisão preventiva e busca e apreensão não foi possível comprovar que os requerentes praticavam o crime de tráfico de drogas e tampouco para a prática do crime de associação para o tráfico. Da mesma forma, na decisão o juiz de primeiro grau deixou de fundamentar a sua decisão, sendo que suposições não tem o condão de justificar a medida mais extrema em um inquérito policial que é a prisão de cidadãos, muito menos sendo estes cidadãos são réus primários, sem antecedentes criminais, com profissões definidas cada um, que todos tem domicilio certo Rua Coelho Rodrigues, rh' 391, 10 Andar, Centro, Picos -PI. CEP: 61600-000 e-mail: jsmeto@hotmail.com Assinado eletronicamente por: JOSE DE SOUSA NETO - 07/03%2019 18:55:43 https://tjpi.pje.jus.br:4431pje2g/ProcessolConsultaDocumentollistView.seam?x=19030718554315400000000396179 Número do documento: 19030718554315400000000396179 Num. 402926 - Pág. 12 (e-STJ Fl.166) D oc um en to r ec eb id o el et ro ni ca m en te d a or ig em JOSE DE SOUSA NETO ADVOCACIA E CONSULTORIA na cidade de Picos -PI onde pode prestar esclarecimentos sobre o fato a qualquer momento. Um ponto que merece destaque é que no momento dos cumprimentos dos mandados, não foram apreendidos nenhum tipo de entorpecentes ou objetos ilícitos, sendo que, não se pode atribuir aos requerentes tais condutas sem indícios de autoria e materialidade do suposto crime de tráfico de drogas tampouco a de associação para o tráfico. O nosso Ordenamento Jurídico dispõe que, o cárcere só será admitido quando for estritamente necessário revelando-se que o agente é um risco social, caso contrário a liberdade provisória é a regra e o instituto do princípio da presunção de inocência e da liberdade provisória é trazido como garantia constitucional no artigo 5°, inciso LVII e LVXI DA CF: "Art 5. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes. ninguém será culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória. LVXI- ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança." Rua Coelho Rodrigues, n° 391, 10 Andar, Centro, Picos -PI. CEP: 61600-000 e-mail: js.neto@hotmail.com Assinado eletronicamente por: JOSE DE SOUSA NETO - 07/0312019 18:55:43 https://tjpi.pje.jus .br:4431pje2g/ProcessoiConsultaDocumentollistView.seam7x=19030718554315400000000396179 Númerodo documento: 19030718554315400000000396179 Num. 402926 - Pág. 13 LVII- E (e-STJ Fl.167) D oc um en to r ec eb id o el et ro ni ca m en te d a or ig em JOSE. DE SOUSA NETO ADVOCACIA E CONSULTORIA Em verdade, a segregação da liberdade consiste em medida de exceção, destarte, para que haja tal restrição deverá o ato judicial ser composto de certeza suficiente a justificar medida tão rigorosa, observando-se ainda, os requisitos previstos no art. 312 do Código de Processo Penal: Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria. [Grifos nossos). Conforme se depreende do dispositivo legal acima citado, para que seja decretada a prisão preventiva é necessário que esteja presente cumulativamente dois requisitos: "fumus comissi defleti" e o "periculum libertatis", sendo este o fundamento e aquele o requisito . O fumus comissi defleti, resta configurado quando estiver Comprovado a existência de um crime e indícios suficientes de autoria Periculum libertatis, Nenhuma relevância terá o fator tempo no âmbito processual penal, e antes disso, o que é determinante para a decretação de uma medida cautelar é a situação de perigo criada pela conduta do imputado, que põe em risco a regular marcha processual. O Periculum Libertatis é representado pela Garantia a ordem Econômica, pela conveniência da Instrução Criminal, Por pela Garantia a Ordem, Por Descumprimento de Qualquer Obrigação Imposta por Força de Outras Medidas, para garantir uma efetiva aplicação da lei penal, por garantia a ordem pública. Salienta-se que tal medida apresente-se como imprescindível, para Garantia a ordem Econômica, conveniência da Instrução Criminal, Por para Rua Coelho Rodrigues, n° 391, 1" Andar, Centro, Picos -PI. CEP: 61600-000 e-mail: js.neto@hotmail.com Assinado eletronicamente por: JOSE DE SOUSA NETO - 07/0312019 18:55:43 https://tjpi.pje.jus .br:4431pje2g/ProcessoiConsultaDocumentollistView.seam7x=19030718554315400000000396179 Número do documento: 19030718554315400000000396179 Num. 402926 - Pág. 14 (e-STJ Fl.168) D oc um en to r ec eb id o el et ro ni ca m en te d a or ig em JOSE DE SOUSA NETO ADVOCACIA E CONSULTORIA Garantia a Ordem, Por Descumprimento de Qualquer Obrigação Imposta por Força de Outras Medidas, para garantir uma efetiva aplicação da lei penal, por garantia a ordem pública, seja hipóteses que não se aplicam ao caso em debate, inexistindo os elementos da supramencionados da prisão preventiva conforme documentação em anexo. A prisão cautelar é medida excepcional, regida pelo princípio da necessidade, mediante a demonstração do fumus boni iuris e do periculum in mora, porquanto restringe o estado de liberdade de uma pessoa, que ainda não foi julgada e tem a seu favor a presunção constitucional da inocência, nos termos do art. 5° da Constituição Federal. A previsão dos artigos 316 e 319 do CPP é clara quanto a possibilidade de sua revogação, bem como do caráter excepcional da prisão preventiva. Esses dois dispositivos legais deixam claro que a prisão preventiva é medida subsidiária e não pode ser decretada ou convertida sem que antes tenha sido imposta uma medida cautelar alternativa e, ainda em último caso. Nesse sentido o professor Luiz Flávio Gomes': A prisão preventiva não é apenas a última ratio. Ela é a extrema ratio da última ratio. A regra é a liberdade; a exceção são as cautelares restritivas da liberdade (art. 319, CPP); dentre elas, vem por último, a prisão, por expressa previsão legal. Nesse mesmo sentido, a jurisprudência assim explana: Não demonstrada, suficientemente, a necessidade da prisão preventiva, merece prosperar o pedido de sua desconstituição. Recurso provido. (RSTJ 106430). Rua Coelho Rodrigues, n' 391, 1° Andar, Centro, Picos -PI. CEP: 61600-000 e-mail: jsmeto@hotmail.com Assinado eletronicamente por: JOSE DE SOUSA NETO - 07/0312019 18:55:43 https://tjpi.pje.jus.br:4431pje2g/ProcessolConsultaDocumentollistView.seam?x=19030718554315400000000396179 Número do documento: 19030718554315400000000396179 Num. 402926 - Pág. 15 1:1 (e-STJ Fl.169) D oc um en to r ec eb id o el et ro ni ca m en te d a or ig em JOSE DE SOUSA NETO ADVOCACIA E CONSULTORIA A necessidade dessa prisão cautelar só poderá justificar-se, exclusivamente, com um daqueles motivos do Art. 312. (...) Outros motivos, por si mesmos, não lhe podem dar fundamento, ainda que pareçam relevantes, como os maus antecedentes, a ociosidade, a gravidade do crime." (A Defesa na Polícia e em Juízo, José Barcelos de Souza). O STF tem-se pronunciado, em diversas ocasiões, sobre o caráter excepcional da manutenção da prisão preventiva com fundamento na garantia da ordem pública, limitando tais casos àqueles em que tal medida for imprescindível ao acautelamento do meio social em face da periculosidade do agente ou com vistas a evitar a reiteração criminosa. Contudo, no presente caso verifica-se que a ordem de prisão emitida contra o paciente se funda na GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA, não merecendo ser mantida a custodia cautelar do requerente pelos requisitos apontadas na decisão que decretou a prisão preventiva. DA GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA No que diz respeito à garantia da ordem pública, há que se entender tal elemento não somente no âmbito social, mas também como subjetivo em relação ao acusado, não sendo suficiente para a decretação da prisão preventiva o mero clamor social, como bem salientam LUIZ FLÁVIO GOMES e PATRÍCIA A. DE SOUSA: A nosso ver, a ordem pública se relaciona com a paz ou tranquilidade social. Sem dúvida, uma locução aberta, que deve ser interpretada restritivamente: a periculosidade do agente, por exemplo, se constatada Rua Coelho Rodrigues, n° 391, 10 Andar, Centro, Picos -PI. CEP: 61600-000 e-mail: js.neto@hotmail.com Assinado eletronicamente por: JOSE DE SOUSA NETO - 07/0312019 18:55:43 https://tjpi.pje.jus .br:4431pje2g/ProcessoiConsultaDocumentollistView.seam7x=19030718554315400000000396179 Número do documento: 19030718554315400000000396179 Num. 402926 - Pág. 16 1:1 (e-STJ Fl.170) D oc um en to r ec eb id o el et ro ni ca m en te d a or ig em JOSE DE SOUSA NETO ADVOCACIA E CONSULTORIA concretamente, abre espaço para a decretação da prisão preventiva, sob o fundamento da ordem pública. De outro lado, a gravidade do delito, por si só, não significa periculosidade; Ademais, ordem pública e clamor público não se confundem". [LUIZ FLÁVIO GOMES e PATRÍCIA A. DE SOUSA Prisão preventiva: conceito de "ordem pública". Disponível em http://www.lfg.com.br. 13 de abril de 2009] (grifos nossos/ No presente caso, não há necessidade premente de manutenção da ordem pública que justifique a prisão preventiva do acusado, uma vez não estarem presentes qualquer indicio que o acusado continua cometendo atos ilícitos, em verdade, os requerentes são pessoas de boa conduta social, PRIMÁRIOS, SEM ANTECEDENTES CRIMINAIS, COM RESIDÊNCIA FIXA NO DISTRITO DA CULPA, não havendo como sua segregação implicar em preservação da ordem pública. DA GARANTIA DA ORDEM ECONÔMICA Em relação à garantia da ordem econômica, tal elemento mostra-se completamente incabível ao caso em tela, posto que, o delito em apreço não causou abalo econômico -financeiro a uma instituição financeira ou a qualquer órgão do Estado, tratando-se de homicídio, razão pela qual é forçoso reconhecer a inexistência do aludido motivo autorizador. DA CONVENIÊNCIA DA INSTRUÇÃO CRIMINAL E APLICAÇÃO DA LEI PENAL Rua Coelho Rodrigues, n° 391, 1" Andar, Centro, Picos -PI. CEP: 64600-000 e-mail: js.neto@hotmail.com Assinado eletronicamente por: JOSE DE SOUSA NETO - 07/0312019 18:55:43 https://tjpi.pje.jus .br:4431pje2g/ProcessoiConsultaDocumentollistView.seam7x=19030718554315400000000396179 Númerodo documento: 19030718554315400000000396179 Num. 402926 - Pág. 17 (e-STJ Fl.171) D oc um en to r ec eb id o el et ro ni ca m en te d a or ig em JOSE DE SOUSA NETO ADVOCACIA E CONSULTORIA Por fim, é de bom alvitre se refutar veementemente os elementos da conveniência da instrução criminal e da aplicação da lei penal, considerando que ambas as circunstâncias de forma alguma seriam ameaçadas pela liberdade dos requerentes, que, em verdade, ESTÃO DISPOSTOS A CONTRIBUIR, PARA TÃO LOGO FICAR PROVADA SUAS INOCÊNCIAS, COM ISSO, NÃO APRESENTANDO QUALQUER RISCO OU OBSTÁCULO ÀS INVESTIGAÇÕES PERTINENTES AO CASO. De acordo com a realidade fática, corroborada pelas documentações em anexo, não há que se falar em intenção dos requerentes de obstar o fluxo regular do feito. Dessa forma, não havendo indícios de autoria, por parte dos requerentes, bem como, após estes esclarecimentos, nenhum requisito para decretação da preventiva é resta devidamente preenchido. Neste sentido, destaca-se o disposto no art. 316 do Código de Processo Penal: Art. 316. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no correr do processo, verificar a falta de motivo para que subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem. Neste sentido, os Tribunais de Justiça entendem a matéria nos seguintes termos: HABEAS CORPUS. CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO. ROUBO SIMPLES. ART. 157 CAPUT, DO CÓDIGO PENAL. DESNECESSIDADE DA PRISÃO PREVENTIVA. PACIENTE PRIMÁRIO. CONDIÇÕES PESSOAIS FAVORÁVEIS. Rua Coelho Rodrigues, n° 391, 10 Andai, Centro, Picos -PI. CEP: 61600-000 e-mail: js.neto@hotmail.com Assinado eletronicamente por: JOSE DE SOUSA NETO - 07/0312019 18:55:43 https://tjpi.pje.jus .br:4431pje2g/ProcessoiConsultaDocumentollistView.seam7x=19030718554315400000000396179 Número do documento: 19030718554315400000000396179 Num. 402926 - Pág. 18 E (e-STJ Fl.172) D oc um en to r ec eb id o el et ro ni ca m en te d a or ig em JOSE DE SOUSA NETO ADVOCACIA E CONSULTORIA APLICAÇÃO DE MEDIDA CAUTELAR MENOS GRAVOSA. POSIBILIDADE NO CASO CONCRETO. As circunstâncias do caso concreto não evidenciam a necessidade da segregação cautelar do paciente, já que não demonstrado o periculum libertatis, ou seja, o risco que a liberdade do agente possa ocasionar à ordem pública. No caso em apreço, o paciente é jovem (18 anos) e primário, não respondendo a nenhum outro processo na seara criminal, Além disso, comprovou endereço fixo e atividade labora! lícita. Sendo assim, diante do contexto fático, impõe-se a concessão da ordem de habeas corpus, condicionada à medida cautelar de comparecimento mensal em Cartório para informar endereço e justificar atividades, sob pena de revogação do benefício em caso de descumprimento. HABEAS CORPUS CONCEDIDO. DETERMINADA A EXPEDIÇÃO DE ALVARÁ DE SOLTURA NA ORIGEM. (Habeas Corpus N° 70068174853, Quinta Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Lizete Andreis Sebben, Julgado em 24/02/2016) HABEAS CORPUS. CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO. ROUBO MAJORADO. ART. 157, § 2°, INC. I E II, DO CP. DESNECESSIDADE DA PRISÃO PREVENTIVA. PACIENTE PRIMÁRIO. CONDIÇÕES PESSOAIS FAVORÁVEIS. Rua Coelho Rodrigues, n' 391, 1° Andar, Centro, Picos -PI. CEP: 61600-000 e-mail: jsmeto@hotmail.com Assinado eletronicamente por: JOSE DE SOUSA NETO - 07/03.12019 18:55:43 https://tjpi.pje.jus.br:4431pje2g/ProcessolConsultaDocumentollistView.seam?x=19030718554315400000000396179 Número do documento: 19030718554315400000000396179 Num. 402926 - Pág. 19 E (e-STJ Fl.173) D oc um en to r ec eb id o el et ro ni ca m en te d a or ig em JOSE DE SOUSA NETO ADVOCACIA E CONSULTORIA APLICAÇÃO DE MEDIDA CAUTELAR MENOS GRAVOSA. POSIBILIDADE NO CASO CONCRETO. As circunstâncias do caso concreto não evidenciam a necessidade da segregação cautelar do paciente, já que não demonstrado o periculum libertatis, ou seja, o risco que a liberdade do agente possa ocasionar à ordem pública. No caso em apreço, dos agentes flagrados, o paciente é o único primário e que não responde a nenhum outro processo na seara criminal e que comprovou endereço fixo e atividade laborai lícita. Sendo assim, diante do contexto fático, impõe-se a concessão da ordem de habeas corpus, condicionada às medidas cautelares de comparecimento mensal em Cartório para informar endereço e justificar atividades, e proibição de ausentar-se da Comarca, sob pena de revogação do benefício. HABEAS CORPUS CONCEDIDO. DETERMINADA A EXPEDIÇÃO DE ALVARÁ DE SOLTURA NA ORIGEM. (Habeas Corpus N° 70067328682, Quinta Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Lizete Andreis Sebben, Julgado em 16/12/2015) No caso em análise, não há qualquer prova (testemunhal ou material) no processo que indique que os requerentes postos em liberdade volte a delinquirem. Certo é que não há dados da efetiva necessidade da manutenção da prisão cautelar, pelo que se revela UMA PRISÃO CAUTELAR ILEGAL, Concessa vênia, por deturpação de seu sentido, pois o Estado não poderá Rua Coelho Rodrigues, n° 391, 1" Andar, Centro, Picos -PI. CEP: 61600-000 e-mail: js.neto@hotmail.com Assinado eletronicamente por: JOSE DE SOUSA NETO - 07/0312019 18:55:43 https://tjpi.pje.jus .br:4431pje2g/ProcessoiConsultaDocumentollistView.seam7x=19030718554315400000000396179 Número do documento: 19030718554315400000000396179 Num. 402926 - Pág. 20 (e-STJ Fl.174) D oc um en to r ec eb id o el et ro ni ca m en te d a or ig em JOSE DE SOUSA NETO ADVOCACIA E CONSULTORIA tratar como culpado aquele que é inocente e não tem sentença condenatória penal transitada em julgado, bem com tirar o direito daquele que o tem de responder o processo em liberdade. DO PEDIDO DE LIMINAR É cediço que a concessão de medida liminar carece de previsão legal, no processo de Habeas Corpus, porém, para que seja evitado mal maior, em virtude de uma possível prisão que se demonstra temerária, ilegal e injusta, que cerceia a liberdade de ir e vir do paciente, e, não haver periculum in libertatis, e estar presente o periculum in mora em mantê-lo preso. A leitura por si só dos fatos e dos prazos narrados demonstram com clareza o excesso de prazo e a ilegalidade da prisão do suplicante, bem como a falta de fundamentação da decisão que decretou a prisão preventiva do réu e negou a sua liberdade provisória demonstrando na singeleza de sua redação a sua fragilidade legal e factual. A ilegalidade da manutenção da prisão se patenteia pela ausência de todos os requisitos da preventiva previstos no art. 312 do CPP, como pela falta de citação do diploma legal e por falta de elementos concretos que justifiquem a custodia do suplicante. O endereço do Paciente é certo e conhecido, mencionado no preâmbulo desta impetração, não havendo nada a indicar que o Paciente irá se furtar à aplicação da lei penal e não existe nos autos qualquer elemento que possa chegar a esta conclusão. A liminar buscada tem apoio no texto de inúmeras regras, inclusive do texto constitucional, quando revela, sobretudo, a ausência completa de fundamentação na decisão em enfoque. Rua Coelho Rodrigues, rh' 391, 10 Andar, Centro, Picos -PI. CEP: 61600-000 e-mail: jsmeto@hotmail.com Assinado eletronicamente por: JOSE DE SOUSA NETO - 07/0312019 18:55:43 https://tjpi.pje.jus.br:4431pje2g/ProcessolConsultaDocumentollistView.seam?x=19030718554315400000000396179 Número do documento: 19030718554315400000000396179 Num. 402926 - Pág. 21 (e-STJ Fl.175) D oc um en to r ec eb id o el et ro ni ca m en te d a or ig em JOSE DE SOUSA NETO ADVOCACIA E CONSULTORIA Por tais fundamentos, uma vez presentes a fumaça do bom direito e o perigo na demora, requer seja LIMINARMENTE garantido ao Paciente a sua liberdade de locomoção, sobretudo quando inexistem elementos a justificar a manutenção do encarceramento. O fumus boni iuris (fumaça do bom direito) está consubstanciada nos elementos suscitados em defesa do Paciente, nadoutrina, na jurisprudência, na argumentação e no reflexo de tudo nos dogmas da Carta da República. O periculum in mora (perigo na demora) é irretorquível, estreme de dúvidas e facilmente perceptível, maiormente em razão da ilegalidade da prisão e pelo prazo da prisão temporária que poderá se encerrar sem o julgamento do presente pedido de habeas corpus. Com efeito, encontram-se atendidos todos os requisitos da medida liminar, onde, por tal motivo, pleiteia-se que seja concedida a liberdade do paciente através de medida liminar e a expedição incontinenti do alvará de soltura. DO PEDIDO Pelo exposto apresentado e todas as razões de direito expostas o Paciente confia em que este Tribunal Superior, fiel à sua gloriosa tradição, conhecendo o pedido, haverá de DEFERIR A LIMINAR no presente RECURSO ORDINARIO EM HABEAS CORPUS, para conceder ao mesmo o benefício de aguardar em liberdade ou em prisão domiciliar o desenrolar de seu processo expedindo-se o competente alvará de soltura. Que diante da flagrante ilegalidade consubstanciada no v. acórdão guerreado, requer seja conhecido e provido o presente recurso, concedendo-se aos suplicantes o direito de aguardar o julgamento de seu processo em liberdade ou em prisão domiciliar, face a falta de fundamentação da decisão que negou este direito ao paciente, o que será confirmada ao final em sessão de julgamento, onde fará singela homenagem ao DIREITO e à JUSTIÇA! Rua Coelho Rodrigues, rh' 391, 1' Andar, Centro, Picos -PI. CEP: 61600-000 e-mail: jsmeto@hotmail.com Assinado eletronicamente por: JOSE DE SOUSA NETO - 07/0312019 18:55:43 https://tjpi.pje.jus.br:4431pje2g/ProcessolConsultaDocumentollistView.seam?x=19030718554315400000000396179 Número do documento: 19030718554315400000000396179 Num. 402926 - Pág. 22 (e-STJ Fl.176) D oc um en to r ec eb id o el et ro ni ca m en te d a or ig em JOSE DE SOUSA NETO ADVOCACIA E CONSULTORIA Termos em que, Espera deferimento. Teresina - PI em, 07 de março de 2019. JOSE DE SOUSA NETO ADVOGADO OAB/PI N° 9185 Rua Coelho Rodrigues, n° 391, 19 Andar, Centro, Picos -1'I. CEP: 64600-000 e-mail: js.neto@hotmail.com Assinado eletronicamente por: JOSE DE SOUSA NETO - 07/0312019 18:55:43 https://tjpi.pje.jus .br:4431pje2g/ProcessoiConsultaDocumentollistView.seam7x=19030718554315400000000396179 Número do documento: 19030718554315400000000396179 Num. 402926 - Pág. 23 (e-STJ Fl.177) D oc um en to r ec eb id o el et ro ni ca m en te d a or ig em 2021-06-19T00:46:46-0300 Brasil MARDSON ROCHA PAULO Assinador Serpro