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FICHAMENTO DÊNIS_RAPHAEL

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FACULDADE CANÇÃO NOVA 
RAPHAEL PAES DE MORAES BARBOSA 
 
Livro 1: FERRARI, Pollyana (Org.). Hipertexto Hipermídia: as novas ferramentas da 
comunicação digital. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2012. 
 
A web somos nós – Pollyana Ferrari, página 7. 
 Diante das tecnologias apresentadas a sociedade que é o novo, que não é tão novo, 
porque a notícia existe e todas as instâncias. Porém a forma de editá-las mudou, a agilidade 
apresentada das novas ferramentas, como a Internet, Blogs, Sites. A web no contexto em que é 
apresentado pela hipermídia, vemos que a notícia precisa da necessidade de agilidade no seu tempo 
real, o meio digital possibilitou aos jornalistas todas essas ferramentas. 
 Mas, é necessário aproveitar o ciberespaço como fonte de informação para o 
exercício do jornalismo. Pois os cidadãos estão cada vez mais conectados com aparelhos, e 
desconectados, com a mensagem rápida, instantânea e intensa. É a partir desse primeiro texto que 
vemos uma percepção sobre o assunto abordado e a fragilidade imposta pela mídia - ao mesmo 
tempo ela amplia seu campo de abrangência de uma forma nunca imaginada, a ponto de transformar 
o próprio leitor em concorrente. 
 
A construção da notícia em tempo real – Adriana Garcia Martinez, página 13. 
 Tempo é dinheiro, esse é um ditado que não morre dada a sua relevância nos dia de 
hoje, tratando-se de mercado financeiro. A rapidez, agilidade e precisão com que se publica uma 
notícia definem o que é “ganhar ou perder”, é em situações como essas do cotidiano em que um 
segundo ou fração de segundos, usuários e clientes que estão conectados se permitam pelo layout 
apresentado pelo site, sua configuração, seus detalhes e trejeitos, vai fazer a diferença na hora de 
informar e de absorver os milhões que estão conectados, é a rapidez que conta nessa hora. 
 Mas principalmente o hipertexto no modo em que é desenhado, no contexto 
jornalístico, precisa passar credibilidade, verdade e imparcialidade, esse tipo de atividade que 
poderia ser chamado de jornalismo cidadão. Por isso o livro propõe essa relação do novo com o 
cidadão que esta ávida por informação bem apurada e interativamente ao seu alcance. 
 
A ÁRVORE INFORMATIVA – É pensar que uma notícia não é construída apenas de um fato 
simples e isolado, para sua completude precisa existir um leque de informações que coexistam e 
coabitem no mesmo tema abrindo um objetividade maior do leitor. 
A POSTURA DO REPÓRTER DO TEMPO REAL | O PODER PUBLICADOR 
 Os jornalistas precisam aprender como planejar para que as notícias saiam bem, 
senão cria lacunas e o risco de por tudo a perder. Por isso a fórmula ainda é a mesmo, independente 
da fonte, é preciso ir à rua, a campo para delinear e pautar uma boa matéria. 
 Mas como no início os profissionais eram experientes e qualificados, hoje o cenário é 
outro, substituído por uma mescla de alunos recém-saídos das universidades, com um parco 
conhecimento. Mesmo assim o jornalista da internet tem o poder de não só de selecionar, editar e 
publicar o material que considera mais adequado, mas pode até determinar em que ritmo isso vai 
acontecer. 
 
O uso de e-mail na busca de notícias – Bruce Garrison, página 29. 
 É uma ferramenta que está mudando o conceito de buscar informações e postá-las 
também, por seu perfil prático e a facilidade do uso. Ele está em todas as esferas da população 
conectada na internet, veio para suprir as deficiências promovidas pela distância, tanto local, 
nacional e mundial. 
 É ágil, melhoram o fluxo interno e externo dos jornais, empresas e público em geral. 
Pois sua fácil interatividade entre os usuários permite uma rapidez de receber e enviar uma pauta, 
notícia e até matérias inteiras. E trouxe outros benefícios, reduz a mão de obra, e customiza o tempo 
do jornal. Ele alcança facilmente destinatários específicos, e é usado tanto profissionalmente, 
quanto a nível pessoal. 
 
Blog: uma ferramenta para o jornalismo – André Borges, página 41. 
 Para muitos começou como brincadeira, mais a blogsfera já mostrou que esta longe 
de ser. Apesar de ser uma ferramenta usada com uma válvula de escape, em que o autor sugere o 
tema e sua linha de raciocínio. Isso esta atraindo os olharas dos profissionais midiáticos. Mesmo 
sendo uma nova ferramenta, e que já vislumbra ser a solução dos meios de comunicação, esse 
fenômeno digital ainda está longe de resolver todos os problemas, daí a imprensa segue com 
cautela, mais é difícil ignorar sua entrada no fazer jornalístico. “É nesse momento que os blogs, 
mais uma vez, podem se tornar ainda mais atraentes, oferecendo maior diversidade e combatendo 
uma suposta pasteurização da cobertura jornalística” (BORGES, 2012). 
 
Com você, a imprensa móvel – Paulo Henrique Ferreira, página 53. 
 Diante dessa nova tecnologia, a difusão de notícia por parte dos grandes grupos, tem 
atingido toda a sociedade, em todos os continentes. Por meio do celular, Ipod, Wap, Sms, Mms e 
outros. Mesmo estando em casa ou na rua, o conteúdo é transmitido com a rapidez, porém o 
conteúdo continua o mesmo, que é notícia. 
 Essa intensificação no mercado digital tem acontecido graças comercialização de 
tecnologias cada vez mais operacionável, pelos usuários. Diante desse fato e possibilidades, tornou-
se um filão explorado pelos grupos que vendem conteúdo através do celular. O sucesso do celular 
esta sendo alcançado em diversas esferas da sociedade, pois são acessados por usuários locais em 
qualquer lugar e hora. 
 
Da rigidez do texto à fluidez do hipertexto – Urbano Nobre Nojosa, página 69. 
 Ele veio para complementar à oralidade, e a escrita, não veio para substituir, mas 
gerenciar o conhecimento. Ele é o conjunto de nós, de interligações de palavras, páginas, 
fotografias, imagens, gráficos e sequências sonoras. 
 O Hipertexto fez a diferença na narrativa como expressar com diversidade e 
multiplicidade, essa nova linguagem dinamiza pluralmente o mundo contemporâneo. Essa nova 
capacidade de comunicação global extravasa e resgata os grupos excluídos, em que o modernismo 
almejava destruir de constrangimento e repressão cultural. 
 
A hipermídia entrelaça a sociedade – Pollyana Ferrari, página 79. 
 Sua principal função foi à mobilidade, flexibilidade e a capacidade que ela nos deu 
de mudar de formas tão tradicionais, como um livro, a imprensa, um jornal. Passamos de 
maquínico, a web, ao campo da cibernética. Esta mutação tecnológica, só foi possível com os 
avanços tecnológicos proporcionados pelos investimentos científicos na área de comunicação. 
 Esse efeito cascata atingiu todos os meios de comunicação, e diretamente e 
indiretamente a sociedade, a nível global. Seu formato nos permite misturar, articular e incorporar 
formatos não-textuais, imagéticos em sonoros e vice-versa. Sem falar que a hipermídia derrubou as 
fronteiras entre as inúmeras profissões existentes. 
 
O jornalista no mundo dos games – Analu Andrigueti, página 91. 
 É preciso encarar que sua interatividade já ultrapassou as barreiras dos meios 
tradicionais. Os sites jornalísticos devem estar atraentes e segmentados com conteúdos variados. 
São exemplos imaginários de como o jornalismo on-line pode ser mais divertidos e interativos que 
ao entrar no mundo dos games veem a necessidade do publicitário, comunicador, educador, 
estudante e o leitor. 
 Por isso o jornalista deve desenvolver os websites, é necessário conhecer o mundo 
dos games e beber das fontes citadas. Não se trata apenas de jogos, mas da atração que exerce tanto 
nos jovens, quanto a todo padrão tecnológico. 
 
A linguagem audiovisual do hipertexto – Vicente Gosciola, página 107. 
 O audiovisual hoje é encontrado em meios como a televisão, cinema, vídeo, 
multimídia, computação gráfica, a hipermídia, o game, o hipertexto e a realidade virtual. 
 O audiovisual veio para dar sequência no processo evolutivo, e valorizar as imagens 
e sons. O que permitiuao telespectador em várias narrativas, que tenha uma precisão dos detalhes 
em cada plano de tela. Por isso a linguagem de um game é tão atraente. 
 É como um filme real. Promovendo liberdade dentro do contexto para o usuário em 
questão, de mero expectador, ou usuário a personagem, mesmo que fictício. Essa interatividade só 
foi possível através do audiovisual. 
 
Elementos das narrativas digitais – Nora Paul, página 121. 
 Os elementos foram essenciais para a nova mídia digital, o ambiente digital permitiu 
ao usuário através da interatividade. O conteúdo dos elementos que são: Mídia, ação, 
relacionamento, contexto e comunicação, fizeram com que esses novos vocabulários específicos, 
sustentassem todo o relacionamento do usuário com a história contada. 
 O que define a interação entre os usuários e computadores, é essa interatividade que 
pode ser definida como medida que será possível modificar fisicamente a forma e o conteúdo de um 
ambiente tecnológico. E permite entre ambos, um diálogo em tempo real. Esses elementos 
permitem interagir com o conteúdo sem limitação de ler, assistir, ou ouvir a história. 
 
A não linearidade do jornalismo digital – Adriane Canan, página 141. 
 A vida do ser humano é linear, até nosso comportamento onde linkamos com 
diversos ambientes ao mesmo tempo, sem nos preocupar com o espaço/tempo. Essa nova 
linguagem na web vai abrir não só janelas, mas outras versões de uma mesma notícia, e de nosso 
dia-a-dia. 
 Podemos ter um novo olhar de cada personagem, de cada momento da história, 
trazendo para realidade da internet, estar em todos os caminhos da edição da notícia, o leitor-
ouvinte-espectador de a internet optar qual o caminho a seguir. A não-linearidade proporcionou um 
olhar mais complexo e menos preconceituoso sobre o mundo. 
Navegação e construção de sentidos (pág. 149) | A velocidade necessária (pág. 165). 
Livro 2: FERRARI, Pollyana; FERNANDES, Fábio. No tempo das telas: Reconfigurando a 
Comunicação. São Paulo: Estação das Letras e Cores, 2014. 
 
Capítulo 1 – Tempo granular (face, twitter, pinterest, instagram), página 33. 
 A discussão deste livro é sobre o tempo das telas e suas superfícies fluídas de um 
tempo “face”
1
, capaz de agregar vários tempos na proposta midiática. Todas as nossas ações são 
coletivas. Álbuns de fotos povoam as páginas do Facebook. O processo é tirar, postar no Instagram 
e imediatamente compartilhar. Guardamos agendas telefônicas na nuvem, compromissos, 
narrativas. 
 O Twitter, por exemplo, como excelente exemplo de tempo granular não serve 
apenas para dizer o que você está fazendo. Ao contrário: desde sua criação, ele vem sendo usado 
como plataforma para publicações de ficções, verdadeiros nanocontos (porque muito menores que 
microcontos), que subvertem o sentido inicial da ferramenta: sua função de comunicar um fato se 
desmancha no ar, se metamorfoseia na narração de uma história. O Twitter não é jornalismo! 
 
NÃO DIALOGAMOS, MAS MONOLOGAMOS O TEMPO TODO 
 Os diálogos são reais monólogos paralelos que ocasionalmente se reconhecem. Por 
menos que as pessoas queiram dialogar, elas certamente estão ali para pertencer (e é justamente por 
isso que o monólogo interno se apresenta do lado de fora, à vista de todos). De novo, é o privado, a 
camada interior que vem à tona. Ninguém entra na Web para ser anônimo. 
 O Twitter é a rede social com o maior número de nós, justamente porque, ao 
contrário do Facebook, não possui páginas comunitárias, que precisam necessariamente ser 
compartilhadas por todos e gerenciados por um em detrimento dos demais. Um recurso criado a 
posteriori no Twitter é o de criação de listas, que permite que você acompanhe em uma página 
separada. 
 Essas listas, verdadeiras camadas, podem ser criadas do nada, ao bel-prazer do 
usuário, e a característica mais interessante delas é que o usuário listado não precisa ser consultado 
para saber se quer ou não ser introduzido na lista. Muitas vezes o usuário se pega surpreendido ao 
olhar para o canto superior direito de sua página, onde se encontra, em letras minúsculas, a palavra 
listed (listado), e percebe que ali há um número. Esse número é o número de listas nas quais ele se 
encontra, à sua revelia – ou não. 
 
 
1
 Gíria normalmente usada para descrever a rede social www.facebook.com 
Capítulo 2 – O caráter rizomático do não-lugar, página 49. 
 Esse tempo “face” agrega algumas granularidades específicas. Com mais de 1 bilhão 
de usuários, o Facebook, anunciou no dia 21/09/2011, grandes mudanças visuais em sua página 
principal, a do perfil do usuário, onde a “Timeline”, funciona como uma linha do tempo, trazendo 
as atividades dos usuários e suas histórias. Com isso, o Facebook está criando suportes para a 
atualização do nosso próprio espaço mental. 
 Além da interface, funcionalidades futuras como, por exemplo, os botões “ler”, para 
um livro, “ouvir”, para uma música e “ver”, para filmes e séries do parceiro Netflix, devem 
expandir nosso compartilhamento cognitivo. O que estamos assistindo é uma migração vertiginosa 
da narrativa impressa e imagética para a narrativa “tagueada” e nesse contexto, traz aflições e 
também novas perspectivas. 
 
NOVAS MEDIAÇÕES 
 A imprensa teve um grande papel de mediação no século XIX, por exemplo, já que 
as tecnologias de impressão vão fazer das narrativas impressas grandes propulsoras da cultura de 
massa. E hoje assistimos a mídia social fazendo esse mesmo papel com a comunicação digital que 
presenciamos nas redes sociais. O que a nova “Timeline” do Facebook nos mostra é que o 
compartilhamento veio para ficar e virou sinônimo de tempo escorregadio. 
 
TEMPO CICLOPE 
 Estamos com um olho só, às vezes, presos a visões reducionistas e preconceituosas 
sobre o tempo “face” ou, o que também achamos um problema, deslumbrados com o tempo do 
compartilhamento incessante. A fase é transitória, pois estamos mudando o eixo da sociedade 
industrial para um mundo movido por informações. 
 
Capítulo 3 – A internet das coisas, página 60. 
 As redes sociais são formas de organização humana e de articulação entre grupos e 
instituições. Porém, é importante salientar que estas redes sociais estão intimamente vinculadas ao 
desenvolvimento de redes físicas e de recursos comunicativos. A partir da constatação de que o 
meio é a mensagem, porque é o meio que configura e controla a proporção e a forma das ações 
humanas (MCLUHAN 1964:23), o efeito de um meio se torna mais forte e intenso justamente 
porque o seu conteúdo é outro meio. Nenhum meio existe sem depender do outro: (...) nenhum meio 
tem sua existência ou significado por si só, estando na dependência e na constante inter-relação com 
outros meios (IBIDEM: 42). E que o usuário de uma narrativa está atravessando uma base de dados, 
seguindo links entre seus registros estabelecidos pelo criador da base de dados. 
 O Pew Internert & American Life Project
2
 divulgou em uma pesquisa em 2012 
mostrando que 57 milhões de internautas nos Estados Unidos leem blogs diariamente. Eles são 
abastecidos por cerca de 1,2 milhões de novos conteúdos por dia, ou em média de 50 mil posts por 
hora. No Brasil, estima-se que 25% dos usuários leiam blogs todo dia em busca de informação ou 
entretenimento. Uma narrativa interativa que pode ser entendido como a soma de múltiplas 
trajetórias através de uma base de dados (MANOVICH, 2001). 
 
NOMOFOBIA 
 A nomofobia, trocadilho criado pela imprensa inglesa no-mo-bile para descrever esse 
transtorno que causa medo nas pessoas de ficar sem conexão do celular já afeta muita gente. 
 
CIÊNCIA NARRATIVA 
 Vivemos um nova era. A era do #bigdata onde o poder dos dados chegou ao 
consumidor. A partir de 2004 com o surgimento das redes sociais e todo o compartilhamento e 
exposição da vida privada que isso acarretou. Todos escrevem para todos. Todos fotografampara 
compartilhar com todos. A computação na nuvem cresce a passos largos e a computação móvel 
tornou-se sólida – hoje as pessoas muitas vezes nem ligam amis seus laptops, substituídos por 
smartphones cada vez mais modernos e tablets leves. 
 Não adianta brigar com os sistemas IOS ou Android, presentes nos celulares de mais 
de 51% da população mundial em 2013. As pessoas não vão para de olhar para tela do celular e 
ligar a TV. É a TV que entra na tela do celular. A massa não vai sair do Whatsapp para voltar a usar 
voz ou SMS. A totalidade dos jovens da Geração Z faz parte de uma rede social e três em cada 
quatro usam celulares. Essa geração está mudando o consumo, a maneira de relacionar 
afetivamente, o futuro da telefonia, as cidades, a indústria automobilista etc. 
 
CIRCUITO MIDIÁTICO 
 Para Moriconi (2005), o chamado Circuito Midiático se relaciona intimamente com 
vertentes culturais (TV, cinema, jornalismo, etc.). No circuito midiático, o valor se estabelece pela 
circulação da cultura. Com isso, entende-se que o que é tido como literário prescinde da 
decodificação dos consumidores. 
 
2
 http://wwww.pewinternet.org/Reports/2012/Tablet-Ownership-August-2012.aspx 
 O desenvolvimento das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) 
possibilitou o surgimento do tempo “face” e toda a discussão sobre novas interfaces nômades. 
 
Capítulo 4 – Adolescente e o mundo exposto, página 86. 
 
Capítulo 5 – Singles na multidão, página 94. 
PRAÇA VIRTUAL 
 Octavio Ianni nos ajuda a refletir sobre as profecias do ciberespaço, que esqueceram 
da realidade sociopolítica e apostaram na conveniência virtual como a grande comunidade do 
futuro. Nos Portais dificilmente encontramos aspas ou entrevistados defendendo uma opinião na 
Internet. A reportagem quando “sobe” para a Web já veio escrita, reescrita e consertada para aquele 
padrão de veículo; tudo apresentado fragmentos, com um videoclipe. 
 
Capítulo 6 – Quem somos nós hoje?, página 108. 
 
Conclusão – Nem lá, nem cá, página 114. 
 Se pensarmos que há duas décadas não tínhamos Google, Facebook, YouTube, 
Twitter, Whatsapp, Instagram, download de músicas, filmes, seriados; que o cidadão comum não 
protagonizava uma reportagem em tempo real, gravando o acontecimento em seu celular. Que do 
total de internautas brasileiros em 2013, mais 85% usam a rede motivados por redes sociais. 
Percebe-se que muita coisa mudou no fazer jornalístico em 25 anos. 
 Para o Facebook, o Brasil é o principal mercado latino-americano, com 76 milhões 
de usuários ativos mensais em 30/06/2013, sendo que 57,9% deles se conectavam tanto a partir de 
computadores como por dispositivos móveis. A internet móvel de alta velocidade atinge 48,6% das 
cidades brasileiras. Acesso à informação, via aparelhos com tecnologia 3G, representaram em 2011, 
41,4 milhões de acessos, o que dá 20% de total de celulares vendidos no país, segundo estudo da 
empresa de consultoria Teleco. 
 A grande maioria dos veículos noticiosos brasileiros já tem fanpage no Facebook. No 
atual século XXI as sociedades confrontam-se com transformações aceleradas, desencadeadas pelo 
desenvolvimento científico e técnico, pela mundialização e pela sociedade da informação. 
 Essas mutações impõem a necessidade e urgência de pensar o modo como ocorrerá a 
transição do fazer jornalístico, do fazer publicitário, do fazer RP, entre outras profissões, 
independente se o resultado da apuração será impresso, com recursos multimídia na tela de um 
tablete ou brigará por espaço no visor do celular. 
Livro 3: SOARES, Fernanda. Padrão de beleza feminino transmitido pela mídia: uma narrativa 
em livro-reportagem. Cachoeira Paulista: Decápole, 2015. 
 
Capítulo 1 – Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça, página 16. 
A DIVERSIDADE DA BELEZA DAS MULHERES BRASILEIRAS 
 O Brasil é um país que exala beleza na diversidades dos sotaques, nas singularidade 
cultural de cada região, na religiosidade, nas paisagens naturais e nas mulheres loiras, ruivas, 
negras, brancas, morenas e mulatas. A cada década surgem novos ícones femininos marcando a 
história brasileira. 
 A publicidade utiliza-se de belas mulheres para divulgar seus produtos e serviços. 
Contudo, a palavra beleza parece ter perdido o significado sendo quase sempre associada 
unicamente a estética. Com as mudanças de mentalidade e conceitos é fundamental posicionar-se 
com relação as alterações no significado de bonito e feio. 
 Não se pode responsabilizar a mídia pelo padrão de beleza estabelecido porque ela 
transmite o que a sociedade quer ver. Porém, ao ressaltar a imagem padronizada, os veículos de 
comunicação tendem a divulgar com uma força avassaladora causando confusão nas mulheres 
comuns que em sua maioria, não se sentem bonitas e atraentes por não estarem de acordo com o 
padrão. 
 
CIRURGIA PLÁSTICA VIROU MODA? 
 Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) o Brasil é o segundo 
país em número de cirurgias plásticas, perdendo somente para os Estados Unidos. Cerca de 1,5 
milhões de procedimentos cirúrgicos foram realizados no país em 2013. As operações não são 
consideradas como um tabu social e sim como um meio seguro, eficaz e rápido de conquistar o tão 
desejado corpo ou rosto. 
 A beleza da mulher é o conjunto de coisas, que engloba uma boa alimentação, 
atividade física, hidratação da pele e cuidados exteriores. Com uma saúde melhor a mulher terá uma 
estética saudável. A insatisfação interior pode ser perigosa na medida em que escolhas por 
mudanças físicas sejam constantes. 
 
A BUSCA PELO CORPO PERFEITO E O EQUILÍBRIO 
 É positivo que as mulheres busquem cuidar mais de si mesmas, do seu corpo, indo 
para academias, usando cosméticos que protejam sua pele e cabelo. 
 
Capítulo 2 – Mídia e beleza: as influências, página 39. 
A INFLUÊNCIA DA MÍDIA 
 Os meios de comunicação de massa são instrumentos utilizados na transmissão de 
informações a uma grande quantidade de receptores. Os principais veículos são televisão, rádios, 
jornais, cinema e internet. A mídia difunde as ideologias e projeta os valores que constituem a 
sociedade. O cidadão brasileiro que não tem um grau de instrução elevado tende a ser fortemente 
influenciado pela mídia, principalmente quando o assunto é novela. 
 Os modelos de beleza e comportamento transmitidos através da dramaturgia são 
copiados e reproduzidos na vida real. A sociedade vai caminhando de acordo com a maneira de 
agir, vestir e até pensar dos personagens dos enredos. Os meios de comunicação de massa permitem 
até mesmo as discussões sociais e tendem a ditar as regras da sociedade. 
 Existem meios de comunicação de massa que vão contra a ditadura da beleza 
promovendo campanhas a favor da saúde. A mídia tem uma maneira própria de persuadir as pessoas 
impactando o seu presente e futuro. É a capacidade de cativar a atenção e provocar uma fidelização. 
A conscientização dos padrões de beleza possibilita ao indivíduo uma reflexão que movimenta a 
sociedade para a valorização da pessoa de maneira plena e não parcial. 
 
CONSUMISMO DESENFREADO 
 Uma pesquisa feita pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela 
Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) constatou um aumento, em 2014, de 
mulheres comprando pela internet produtos de moda e beleza composto por vestuário, cosméticos, 
perfumes e acessórios. Segundo a pesquisa, as mulheres estão dominando as compras online no que 
diz respeito à estética. 
 
ARQUÉTIPO DE BELEZA 
 As mulheres gastam tempo e dinheiro para ficar mais bonitas, mas grande parte delas 
não consegue se achar bela e atraente. Os padrões de belezas transmitidos pela mídia interferem na 
opinião de mulheres com relação ao que é belo. A imagem da família é vendida de uma maneira 
que não mostra a sua personalidade, inteligência e capacitação. A mídia não valoriza o quea pessoa 
tem por dentro porque é efêmero. 
 Os padrões de beleza vão se tornando vão se tornando um modelo aspiracional. 
Nota-se mulheres muitas vezes abrindo mãos de seus valores dos seus princípios, porque 
determinado meio de comunicação agora desenvolve uma outra lógica do que é família, do que é 
uma pessoa deslocada e do que é uma mulher bem resolvida.

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