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Resumo glicocorticoides e mineralocorticoide

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Tereza Ko – AD2024 
GLICOCORTICOIDES 
• Hormônios esteroidais produzidos pelas glândulas adrenais (zona fasciculada) 
• Estrutura molecular derivada do colesterol 
• Alto valor terapêutico 
o Efeitos imunossupressor e anti-inflamatório 
o Principal: cortisol 
EIXO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE 
• Situações de estresse emocional ou físico (hipoglicemia, hemorragia, traumatismos severos, dor excessiva, 
queimaduras, citocinas, ação adrenérgica, redução do colesterol) → Hipotálamo → CRH (hormônio liberador 
de corticotropina) → adenohipófise → ACTH 
o CRH: ação rítmica, regulada pela periodicidade do núcleo supraquiasmático que produz melatonina 
em rítmico oposto ao da cortisona 
o Cortisol aumenta durante o final da madrugada e as primeiras horas da manhã e declina durante o 
dia até o anoitecer. 
MELATONINA X CORTISOL 
• Melatonina: 
o produzido e secretado pela glândula pineal 
o participa na sincronização subsidiária do ritmo circadiano no ciclo 
sono-vigília → não induz o ritmo circadiano 
o prepara o nosso corpo metabolicamente para o estado de 
sonolência 
o aumento na noite e o pico a meia-noite, diminuindo a medida que 
chega a manhã 
• Cortisol 
o Hormônio responsável pela manutenção do nosso corpo em estado de alerta 
o Aumento ao final da madrugada e as primeiras horas da manhã, diminuindo durante o dia até o 
anoitecer 
o Função: induzir a produção de esteroides nas zonas do córtex da adrenal 
 Glicocorticoides (cortisona), mineralocorticoides e hormônios sexuais 
 Cortisona atua no eixo regulando a liberação de CRH e ACTH por meio de feedback negativo 
BIOSSÍNTESE 
• Produção a partir de colesteróides livres captados na forma de LDL e HDL 
• Colesterol → Pregnenolona (hidroxilação) → 17-OG-pregnenolona → 17-OH-progesterona (hidroxilação) → 
desoxicortisol → cortisol 
o Colesterol → pregnenolona: depende da ação do ACTH → estimula o aumento da capacidade do 
colesterol de formar ligações ao citocromo P450 
• GC sintéticos: hidrocortisonas 
o Produtos do metalbolismo do ácido cólico 
FARMACOCINÉTICA 
• Absorção 
o Compostos lipofílicos: baixa solubilidade plasmática e alta absorção por administração VO 
Tereza Ko – AD2024 
o Pico em 30-90min após ingestão 
o Bem absorvido no TGI 
• Distribuição 
o 80% do cortisol é transportado por proteína plasmática carregadora específica = CBG (globulina 
ligadora e cortisol) 
o 10% ligada a albumina 
 ligada a albumina: está disponível para exercer suas funções 
 albumina tem grande capacidade de ligação mas baixa afinidade pelo cortisol 
 em fins práticos: cortisol ligado a albumina → livre 
 Dexametasona liga-se a albumina e não a CBG 
o 10% livre → forma ativa 
Pacientes com hipoalbulimenia ou alguma deficiência na produção de outras proteínas transportadoras 
→ receber baixas doses de GC sintético 
- Maiores doses na forma livre → aumento da chance de efeitos colaterais do medicamento 
Pacientes gestantes com hipertireoidismo → CBG em níveis mais elevados → necessita de doses maiores 
para o GC sintetizado livre no plasma seja o necessário para o poder terapêutico 
o T/2 
 60 a 90min 
 ↑ T/2: administração de hidrocortisona em grande quantidade, presença de estresse, 
hipotireoidismo, doença hepática 
o Duração de ação: 
 Curta: <12h 
 Intermediária: 12-36h 
 Longa: >36h 
• Metabolismo: 
o Hepático 
o Quando metabolizados ou conjugados com ácido glicurônico → GC mais hidrossolúveis e polares → 
facilita a eliminação renal e dificulta a ligação com proteínas carreadoras 
o Cortisona e prednisona têm biodisponibilidade menor do que a hidrocortisona e a prednisolona 
 Hidrocortisona e prednisolona não precisam passar pelo fígado para se transformar em 
compostos ativos 
• Excreção 
o 1% excretado na forma inalterada como cortisol livre 
o 20% convertido em cortisona antes de alcançar o fígado 
DEXAMETASONA 
• Análogo sintético do cortisol 
• Pequena afinidade com a CBG 
• Ligam-se a albumina → grau de ligação e a quantidade de forma livre circulante seja dose-dependente 
BARREIRA PLACENTÁRIA 
• GC atravessa a barreira placentária 
• Possibilidade de usar GC para 
o Prevenir virilização de fetos femininos portadores de hiperplasia adrenal congênita 
o Induzir a maturação pulmonar em pacientes pré-maturos 
 
Tereza Ko – AD2024 
FARMACODINÂMICA 
1. Mecanismos de Ação 
o efeitos mediados por receptores de glicocorticoides: receptores citoplasmáticos 
 GR: receptores de glicocorticoides 
 MR: receptores de mineralocorticoides 
o hormônio livre → penetra na célula → liga-se ao receptor → indução de alteração na conformação 
→ dissociação de proteínas de choque térmico → complexo ligante-receptor transportado até o 
núcleo → interação com o DNA e proteínas nucleares → liga-se a elementos do receptor de 
glicocorticoide (GRE) → ações gênicas 
 Transativação: 
• Síntese de proteínas anti-inflamatórias e de proteínas que atuam no metabolismo 
sistêmico e endócrinos 
• Ex: indução da gliconeogênese 
 Transrepressão: 
• Inibe a síntese de citocinas pró-inflamatórias padrão Th1, TNF, INF-gama e PGL 
INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA → DIMINUIÇÃO DA EFICÁCIA 
• Aumento do catabolismo 
• Medicamentos: difenil-hidantoína, carbamazepina, rifampicina e fenobarbital 
• Drogas que podem acelerar a inatavação dos corticoides → estímulo da oxidação hepática 
• Pode ser necessários maiores doses de GC 
2. Efeitos fisiológicos 
o efeitos disseminados 
o resposta homeostática da insulina e do glucagon 
3. Efeitos metabólicos 
o metabolismo dos carboidratos 
 estímulo da gliconeogênese hepática: 
• inibição da síntese de proteína periférica 
• ↑ação de glucagon e catecolaminas 
 ↓ da utilização de glicose nos tecidos periféricos 
 ↑ da absorção intestinal de carboidratos 
 síntese de glicogênio em jejum 
 aumento dos níveis séricos de glicose → estímulo de insulina + inibe a captação de glicose 
pelas células musculares → 
 pacientes diabéticos → ajuste nas doses do hipoglecemiante ou da insulina 
o metabolismo das proteínas 
 inibição da adição de. AA para síntese de proteínas nos tecidos periféricos 
 ↑ gliceneogênese hepática → catabolismo de proteínas→ ↑ AA livre 
o metabolismo dos lipídeos 
 estímulo da lipase sensível em hormônio → lipólise 
 inibe a síntese de ácido graxo de cadeia longa 
 obesidade centrípeta: tecido adiposo é muito mais afetado do que o central 
o metabolismo do cálcio e dos ossos 
 dose dependente e do tempo de uso 
 doses terapêuticas → diminui a formação óssea e a produção de colágeno e estimula a 
reabsorção 
o outros efeitos 
Tereza Ko – AD2024 
 atinge sistema circulatório em situações de estresse → ação inotrópica positiva das 
catecolaminas 
 essenciais para o funcionamento normal dos músculos lisos e estriados 
EFEITO FARMACOLÓGICO 
• Anti-inflamação 
o cortisol e análogos → amenizam a potência de uma inflamação 
o ação imunossupressora causada pelo GC 
o inibição ou retardamento de etapas do processo inflamatório 
 ↓ da permeabilidade do endotélio capilar → ↓ formação de edemas 
 inibição da marginalização e migração de leucócitos → ↓ processo de cicatrização 
 dificulta o rompimento dos lisossomos → ↓ níveis de enzima hidrolítica → manutenção da 
MP → previne tumefação e destruição celular excessiva 
• Imunossupressão 
o diminuição da liberação de citocinas e metabólitos do AA (PG e leucotrienos) 
o aumento da síntese de proteínas anti-inflamatórias 
• Células do sistema imune 
o Macrófagos e Monócitos: 
 mais afetadas, ampla redução na contagem numérica 
 ↓ síntese de citocinas, metabólitos do AA, apresentação de antígenos e fagocitose 
o Linfócitos: 
 ↓ síntese de citocinas e capacidade proliferativa → ↓ números 
 não há interferência na síntese de imunoglobulinas 
o Eosinófilos: 
 ↑ apoptose → redução da contagem 
 ↓ de histamina 
o Basófilos 
 ↓ citocinas → ↓ número de contagem 
o Neutrófilos: 
 leve leucocitose SEM desvio a esquerda 
 reduçãoda adesão endotelial → neutrófilos maduros se soltam da parede vascular e entram 
na circulação 
• GC são mais eficientes em inibição da imunidade celular e hipersensibilidade do que a imunidade humoral 
o sem interferência na produção de anticorpos 
GRAVIDEZ 
• enzima 11BHD → enzima placentária que inativa os compostos advindos do sangue materno de 
hidrocortisona 
o Dexametasona: único GC resistente a essa 
enzima placentária 
• Tratar a mãe SEM afetar o feto: 
o GC com prednisona, prednisolona e 
metilprednisolona 
o doses muito elevadas podem interferir no 
desenvolvimento fetal 
o proporção de 10:1 
• Tratar o Feto: 
o administração de Dexametasona na mãe 
o proporção de 1:1 
Tereza Ko – AD2024 
FARMACOLOGIA CLÍNICA 
Diagnóstico e tratamento das alterações da função suprarrenal 
1. Insuficiência adrenocortical 
a. Crônica (Doença de Addison) 
• manifestações: fraqueza, fadiga, perda de peso, hipotensão, hiperpigmentação e incapacidade de 
manter o nível de glicemia em jejum 
• estímulos nocivos mínimos → podem produzir insuficiência suprarrenal aguda com choque 
circulatório 
b. Aguda: 
• terapia: grande quantidade de hidrocortisona via parenteral 
2. Hipo e hiperfunção adrenocortical 
a. Hiperplasia suprarrenal congênita 
• defeitos específicos na síntese de cortisol 
• alto risco na gestação → feto pode ser protegido por administração de dexametasona à mãe 
• fisiopatologia: ausência da atividade de P450c21 → ↓ cortisol → ↑ ACTH → glândula suprarrenal 
hiperplásica 
b. Síndrome de Cushing: 
• por presença crônica de glicocorticoides em excesso 
• manifestações: face pletórica e arredondada, obesidade centrípeta, adelgaçamento da pele, estrias e 
equimoses, osteoporose 
c. Síndrome de Chrousus: 
• hiperfunção do eixo hipotálamo-hipófise -suprarrenal → ↑ produção de ACTH 
• consequências: hipertensão com ou sem alcalose hipopotassêmica, hiperandrogenismo, expresso na 
forma de virilizarão e puberdade precoce em crianças, acne, hirsutismo, calvície de padrão 
masculino e irregularidades menstruais em mulheres 
d. Aldosteronismo: 
• produção excessiva de aldosterona por um adenoma suprarrenal 
• manifestações clínicas: fraqueza, tetania → perda renal contínua de potássio → hipopotassemia, 
alcalose e elevação das concentrações séricas de sódio 
USO TERAPÊUTICO 
• dosagem depende da doença 
• sempre considerar o melhor prognóstico com menos efeitos colaterais 
• atentar-se a interações com outros medicamentos 
• tratamento sistêmico: VO, IM, EV 
• dose única diária, após café da manhã → coincide com pico de cortisol do corpo → ↓ frequência de 
insuficiência da suprarrenal 
Na prática 
• dose equivalente de prednisona diária 
o baixa: <7,5mg 
o média: >7,5mg a < 30mg 
o alta: >30mg 
o muito alta: >100mg 
o pulsoterapia: >250mg 
• efeito não genômico 
o em doses médias, alta, muito alta e pulsoterapia 
Tereza Ko – AD2024 
o sem translocação para núcleo → efeitos imediatos 
o não depende de receptor 
• efeito genômico 
o em doses baixas 
o resultado da interação do complexo com o DNA 
o manifestação dos efeitos em 30 min 
Redução de efeitos colaterais 
• Terapia em dias alternados 
o administração da dose total de 48h em dose única pela manhã em dias alternados 
• Pulsoterapia 
o administração de uma dose muito alta do fármaco em um curto período por IV 
o objetivo: 
 induzir rápida remissão da doença 
 impedir uma rápida progressão do quadro 
 evitar uso prolongado de GC por VO 
o drogas mais usadas: metilprednisolona (0,25g a 2g) e dexametasona (100 a 200mg) 
 pulso diário 
 administração lenta de 2 a 3 horas 
o não está isenta de efeitos adversos 
 distúrbios hidroeletrolíticos 
 problemas cardiovasculares 
 hipertensão sistêmica → elevação da PA (quando necessário administração de furosemida) 
 distúrbios de comportamento 
 predisposição a infecções 
DESMAME DE GC 
• deve ser de forma lenta e gradual 
• retirada abrupta → reativação da doença base ou insuficiência adrenocortical secundária (supressão 
do eixo hipotálamo-hipofise-adrenal) 
• esquema de redução de 25% por semana 
 
• Doenças endócrinas: 
o terapia substitutiva → dose menor 
o hipofunção da adrenal 
• Doenças do colágeno: 
o GC administrado como último recurso para estabilizar 
o não altera curso da doença 
• Crises alérgicas: 
o urticária, doenças do soro, dermatite de contato, reações de hipersensibilidade a drogas, choque 
anafilático 
• Doença do TGI: 
o colite ulcerativa, doença de Crohn, doença celíaca, hepatite fulminante e encefalopatia hepática 
• Doenças hematopoiéticas: 
o anemia hemolítica autoimunes adquiridas, púrpura trombocitopênica idiopática, leucemias agudas, 
anemia aplástica, reações transfusionais e mieloma múltiplo 
• Condições neurológicas: 
o edema cerebral, HIC em processo expansivo de origem vasogênico, miastenia gravis, 
esclerose múltipla e TRM 
Tereza Ko – AD2024 
• Doenças infecciosas: 
o tuberculose com derrame pleural e pericárdico, tuberculose miliar e meningite tuberculosa, febre 
tifóide, mononucleose infecciosa grave, laringotraqueobronquites graves e pneumonia viral 
• Em choque: 
o choque séptico, choque addiosoniano secundário, insuficiência adrenocortical 
• Doenças respiratórias: 
o tuberculose pulmonar, virose de aparelho respiratório, asma brônquica, síndrome de Hamman-Rich, 
sarcoidose 
• Doenças nefrológicas 
o síndrome nefrótica idiopática, controle de rejeição de transplantes renais 
• Doenças dermatológicas 
o psoríase, dermatite de contato, eczema atópico em crianças, LES discóide, líquen plano 
• Doenças oftálmicas 
o conjuntivites, exoftalmia associada a doença de Graves 
EFEITOS COLATERAIS 
• Principal efeito indesejável → síndrome de Cushing iatrogênica 
• A medida que as doses se aumentam → manifestações são mais expressivas 
• Condições de paciente que intensifica os efeitos colaterais 
o paciente idoso → intolerância à glicose e fraqueza muscular 
o paciente desnutrido → menor [ ] plasmática de proteínas → ↑ forma livre da droga 
• Osteomuscular 
o osteoporose: estimulação de osteoclastos e inibição de osteoblastos 
o osteonecrose: aumento da pressão nos capilares ósseas por acúmulo de lípidios → isquemia 
o miopatia metabólica: atrofia das fibras musculares 
• TGI 
o úlcera pépticas: ↑ risco quando + AINE 
o pancreatite 
o candidíase: imunossupressão + doenças crônicas → facilita colonização de C. albicans 
• Sistema imune 
o infecção em geral: ↓ atividade bactericida e fungicida 
• Circulatório 
o distúrbios eletrolíticos: efeito mineralocorticóides de GC → retenção de Ca no sangue → edema, 
caliurese e calciúria 
o aterosclerose acelerada: metabolismo do lipídio 
• Endócrino 
o deposição de tecido adiposo 
o dislipidemia: hiperinsulinemia, aumento da produção hepática de lipídio e diminuição de seu 
catabolismo → ↑ LDL, VLDL, colesterol total e triglicerídeos 
o supressão do eixo HHA: feedback - sobre hipotálamo e hipófise → insuficiência adrenal secundária 
• Ocular 
o catarata subcapsular 
o glaucoma: aumento da pressão ocular 
• Cutâneo 
o acne, pele fina 
o formação de púrpuras: alteração na matriz intersticial → atrofia do tecido subcutâneo 
• Neurológico 
o psicose: LES em pulsoterapia 
o distúrbios de humor: euforia, irritabilidade, insônia, labilidade emocional e franca depressão 
Tereza Ko – AD2024 
CONTRAINDICAÇÕES E PRECAUÇÕES 
• Precauções especiais: 
o possível desenvolvimento de hiperglicemia, glicosúria, retenção de sódio com edema ou 
hipertensão, hipopotassemia, úlcera péptica, osteoporose e infecções ocultas 
o dose: mais baixo possível em administração intermitente 
• Contraindicações 
o cautela em pacientes com úlcera péptica, doença cardíaca ou hipertensão com IC, certas doenças 
infecciosas (varicela, TB), psicose, diabetes, osteoporose ou glaucoma 
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS 
• Aumentar ou diminuir a ação farmacológica dos GCMINERALOCORTICOIDES 
• Afetam diretamente o equilíbrio hidroeletrolítico (Na e K) 
• Principais hormônios: 
o Aldosterona: mais potente, a quantidade produzida é insuficiente para exercer controle de 
retroalimentação significativa da secreção de ACTH 
o Desoxicorticosterona: secretada em pequenas quantidades 
o Corticosterona: fraca atividade mineralocorticoide 
o Fludrocortisona: sintético, hormônio de retenção de na mais comumente prescrito na prática 
médica 
o Cortisol: fraca atividade mineralocorticoide, secretado em grande quanti 
o Cortisona: sintética, fraca atividade mineralocorticoide 
• Sintetização: 
o zona glomerulosa 
Tereza Ko – AD2024 
o para produzir aldosterona não há 
dependência do eixo hipotálamo-hipófise 
 somente níveis elevados de ACTH 
induzem liberação de aldosterona 
 na ausência de ACTH → secreção de 
aldosterona diminui para ½ 
• produção estimulada pela liberação de 
renina pelas células justa glomerulares 
 
• quimiorreceptores da mácula densa dos túbulos 
distais renais → detecta aumento da [Na] → 
liberação de renina 
• Barorreceptores → detecta hipotensão / diminuição da volemia → estimula produção de renina 
o renina: enzima produzida na presença de estímulos como hiponatremia, hiperpotassemia, 
presença de neurotransmissores B1-adrenérgicos, vasopressina ou prostaglandinas. 
• Angiotensinogênio → hidrolisado pela renina → angiotensina I 
o ECA: enzima conversora da angiotensina 
o ANG I → ANG II 
o ANG II: 
 potente estimulador da síntese de aldosterona + 
efeito vasoconstritor → ↑ PA 
 efeito de feedback negativo na síntese de renina 
• Aldosterona → ↑reabsorção de Na e excreção de K → ↑ reabsorção de água → ↑volume sanguíneo e 
débito cardíaco → ↑ PA 
AÇÃO DOS MINERALOCORTICOIDES 
• Células alvo: células principais dos túbulos contorcidos distais e túbulos coletores renais 
o Contém receptores mineralocorticoides (RMs) citosólicos com alta afinidade pela aldosterona 
• Ligação mineralocorticoide + receptores das células alvo → complexo fármaco-receptor → ativação de 
eventos 
• Eventos: 
o Aldosterona entra na célula epitelial → liga-se aos RMs → complexo RM-aldosterona desloca-se para 
o núcleo → ligação a sequência específica de DNA → regulação de genes = proteínas induzidas da 
aldosterona (PIAs) → potencialização do transporte transepitelial de NaCl + ↑ voltagem 
transepitelial negativa do lúmen (↑ força motriz da secreção de K e H) 
o cortisol → cortisona 
 RM tem afinidade pelo cortisol, presente em [ ] mais elevada 
 Cortisona tem baixa afinidade por RM, é inativa como MC ou GC no rim 
 enzima 11b-hidroxiesteroide-desidrogenase tipo 2 
 inativação eficiente do cortisol em tecidos-alvo de MC para que a ação da aldosterona não 
seja ofuscada pelos níveis circulantes elevados de cortisol 
• Aldosterona 
o Principal efeitos 
 Aumento da expressão da Na/K-ATPase e do canal epitelial de sódio (CENa) 
o reabsorção de Na na parte distal dos TCD e nos TCC 
o excreção de íons K e H (menor quantidade) 
o reabsorção de Na nas glândulas sudoríparas e salivares, mucosas gastrointestinais e membranas 
celulares 
Tereza Ko – AD2024 
ALDOSTERONA 
• Efeitos sobre a 
o reabsorção de Na+, secreção de K+ → células principais 
o secreção de H+ → células alfa intercaladas 
ALDOSTERONA AUMENTADA DIMINUÍDA 
Reabsorção de Na+, secreção de 
K+ e H+ 
Aumento Diminuição 
Volume do líquido extracelular Expansão Contração 
PA Hipertensão Hipotensão 
[K+] Hipocalemia Hipercalemia 
Distúrbio metabólico Alcalose metabólica Acidose metabólica 
Etiologia Tumor secretor de aldosterona Insuficiência suprarrenal 
• Farmacocinética 
o Secreção sujeita a várias influências, ACTH produz estimulação moderada 
o Secreção de 100 a 200 mcg/dia 
o T1/2 = 15 a 20 min 
o Não apresenta forte ligação com PP 
o Metabolismo semelhante ao cortisol 
o Excreção na urina (conjugada ou livre) 
ALDOSTERONISMO PRIMÁRIO 
• Etiologia: 
o Produção excessiva de aldosterona por adenoma suprarrenal 
o Secreção anormal por glândulas hiperplásicas de tumor maligno 
• Fisiopatologia: 
o Perda de K →hipopotassemia → alcalose → elevação das [Na] 
• Manifestações Clínicas: hipertensão, fraqueza e tetania (perda renal contínua de K) 
DESOXICORTICOSTERONA (DOC) 
• Secretada em 200 mcg/dia em condições fsiolóogicas 
• Secreção sob controle do ACTH 
• Secreção aumentada acentuadamente em condições patológicas 
o Carcinoma adrenocortical 
o Hiperplasia suprarrenal congênita 
• Função: precursora da aldosterona 
• T1/2: 70 min em via EV 
FLUDROCORTISONA 
• Potente esteroide 
• Ação glicocorticoide e mineralocorticoide 
Tereza Ko – AD2024 
• MC mais usada na prática clínica 
• Posologia: 0,1mg – 2 a 7 vezes/semana 
• Ação: Retenção de sódio 
• Tratamento de: insuficiência adrenocortical + deficiência de mineralocorticoides 
o Doses muito baixas para efeitos anti-inflamatórios ou anticrescimento 
DOENÇA DE ADDISON 
• Insuficiência adrenocortical primária 
• Etiologia: destruição autoimune de todas as zonas do córtex suprarrenal 
• Fisiopatologia: diminuição de todos os hormônios adrenocorticais → diminuição dos níveis circulantes de 
cortisol, aldosterona e androgênios suprarrenais 
• Sintomas: 
o ↓ cortisol: hipoglicemia, anorexia, perda de peso, náuseas, vômitos, fraqueza, 
o ↓ aldosterona: hipercalemia, acidose metabólica e hipotensão 
o ↓ andrógenos: diminuição dos pelos pubianos e axilares, diminuição da libido 
o ↑ ACTH: hiperpigmentação da pele (cotovelos, joelhos, leitos ungueais, mamilos, aréolas mamárias 
e cicatrizes recentes) 
• Diagnóstico: 
o Defeito primário do córtex suprarrenal → hipocortisolismo → ↑ ACTH (retroalimentação negativa) 
• Tratamento: glicocorticoides, mineralocorticoides (fludrocortisona) 
ANTAGONISTAS DOS RMS 
• Fármacos que bloqueiam os efeitos dos MC → antagonistas específicos para o RM 
o Espironolactona 
o Eplerenona 
o Drospirenona 
• Espironolactona e Eplerenona → inibição de forma competitiva a ligação da aldosterona ao RM 
o Complexo RM-espironolactona → não induz síntese de PIAs 
o Bloqueio os efeitos fisiológicos da aldosterona 
• Únicos diuréticos que não necessitam acessar o lúmen tubular para induzir diurese 
Efeitos na excreção urinária 
• Efeitos semelhantes aos inibidores do canal de Na+ do epitélio renal 
• Eficácia clínica → depende diretamente dos níveis endógenos de aldosterona 
• Quanto maior o nível endógeno de aldosterona → maior efeito dos antagonistas do RM sobre excreção 
urinária 
Efeitos na hemodinâmicar renal 
• Pouco ou nenhum efeito hemodinâmico renal 
• Não alteram a taxa de filtração glomerular 
Outras ações 
• Espironolactona 
o Afinidade por receptores de progesterona e androgênio → efeitos colaterais → ginecomastia, impotência e 
irregularidades menstruais 
o Altas doses → interfere com a biossíntese de esteroides → inibir as hidroxilases esteroidais 
Tereza Ko – AD2024 
ABSORÇÃO E ELIMINAÇÃO 
• Espironolactona 
o 65% absorvida 
o Metabolizada pelo fígado: extensamente na 1ª passagem + recirculação êntero-hepática 
 Desacetilação e detioacetilação para metabólitos com T1/2 prolongada 
o Liga-se a PP 
o T1/2 de 1,6h (prolongada a 9h em pacientes cirróticos) 
• Eplerenona 
o Boa biodisponibilidade. Oral 
o Eliminada pelo metabolismo da CYP3A4 → conversão para metabpolitos inativos 
o T1/2 de 5h 
TOXICIDADE, CONTRAINDICAÇÕES E INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS 
• Principal risco de uso: 
o hiperpotassemias 
 Contraindicação: pacientes com hiperpotassemia, com risco elevado para hiperpotassemia 
(doenças associadas ou medicamentos) 
o Indução de cirrose metabólica 
 Contraindicação: pacientes com cirrose 
o Afinidade por outros receptores de esteroides 
 Manifestações: ginecomastia, impotência, libido reduzido, hirsutismo, engrossamento da 
voz, irregularidades menstruais, diarreia, gastrite, sangramento gástrico e úlceras pépticas 
 Contraindicação: pacientecom histórico de úlceras pépticas 
o Efeitos adversos 
 Manifestações de SNC: sonolência, letargia, ataxia, confusão mental e cefaleia 
 Manifestações cutâneas: exantemas de pele, discrasias sanguíneas 
• Interação medicamentosas com inibidores fortes. De CYP3A4 
o Como: Atazanavir, cetoconazol, claritromicina 
o Podem aumentar os níveis plasmáticos de eplerenona 
USO TERAPÊUTICO 
• Epironolactona 
o Coadministrada com a tiazida e outros diuréticos de alça para tratamento de edema e hipertensão 
o Combinações farmacológicas → maior mobilização do fluido do edema + menor perturbação na 
homeostase do K+ 
o Importância clínica no tratamento de: 
 Hipertensão resistente por hiperaldostetronismo primário: adenomas da suprarrenal ou hiperplasias 
suprarrenal bilteral 
 Edema refratário associado ao Aldosteronismo secundário: insuficiência cardíaca, cirrose. Hepática, 
síndrome nefrótica e ascite grave 
	Glicocorticoides
	Eixo hipotálamo-hipófise
	Melatonina x cortisol
	biossíntese
	Farmacocinética
	dexametasona
	barreira placentária
	Farmacodinâmica
	interação medicamentosa → diminuição da eficácia
	Efeito Farmacológico
	GRAVIDEZ
	Farmacologia Clínica
	Diagnóstico e tratamento das alterações da função suprarrenal
	1. Insuficiência adrenocortical
	2. Hipo e hiperfunção adrenocortical
	Uso Terapêutico
	Na prática
	Redução de efeitos colaterais
	Desmame de GC
	Efeitos colaterais
	Contraindicações e precauções
	Interações medicamentosas
	Mineralocorticoides
	Ação dos mineralocorticoides
	Aldosterona
	Aldosteronismo Primário
	Desoxicorticosterona (DOC)
	Fludrocortisona
	Doença de addison
	Antagonistas dos RMs
	Absorção e eliminação
	Toxicidade, contraindicações e interações medicamentosas
	Uso terapêutico

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