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Tereza Ko – AD2024 GLICOCORTICOIDES • Hormônios esteroidais produzidos pelas glândulas adrenais (zona fasciculada) • Estrutura molecular derivada do colesterol • Alto valor terapêutico o Efeitos imunossupressor e anti-inflamatório o Principal: cortisol EIXO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE • Situações de estresse emocional ou físico (hipoglicemia, hemorragia, traumatismos severos, dor excessiva, queimaduras, citocinas, ação adrenérgica, redução do colesterol) → Hipotálamo → CRH (hormônio liberador de corticotropina) → adenohipófise → ACTH o CRH: ação rítmica, regulada pela periodicidade do núcleo supraquiasmático que produz melatonina em rítmico oposto ao da cortisona o Cortisol aumenta durante o final da madrugada e as primeiras horas da manhã e declina durante o dia até o anoitecer. MELATONINA X CORTISOL • Melatonina: o produzido e secretado pela glândula pineal o participa na sincronização subsidiária do ritmo circadiano no ciclo sono-vigília → não induz o ritmo circadiano o prepara o nosso corpo metabolicamente para o estado de sonolência o aumento na noite e o pico a meia-noite, diminuindo a medida que chega a manhã • Cortisol o Hormônio responsável pela manutenção do nosso corpo em estado de alerta o Aumento ao final da madrugada e as primeiras horas da manhã, diminuindo durante o dia até o anoitecer o Função: induzir a produção de esteroides nas zonas do córtex da adrenal Glicocorticoides (cortisona), mineralocorticoides e hormônios sexuais Cortisona atua no eixo regulando a liberação de CRH e ACTH por meio de feedback negativo BIOSSÍNTESE • Produção a partir de colesteróides livres captados na forma de LDL e HDL • Colesterol → Pregnenolona (hidroxilação) → 17-OG-pregnenolona → 17-OH-progesterona (hidroxilação) → desoxicortisol → cortisol o Colesterol → pregnenolona: depende da ação do ACTH → estimula o aumento da capacidade do colesterol de formar ligações ao citocromo P450 • GC sintéticos: hidrocortisonas o Produtos do metalbolismo do ácido cólico FARMACOCINÉTICA • Absorção o Compostos lipofílicos: baixa solubilidade plasmática e alta absorção por administração VO Tereza Ko – AD2024 o Pico em 30-90min após ingestão o Bem absorvido no TGI • Distribuição o 80% do cortisol é transportado por proteína plasmática carregadora específica = CBG (globulina ligadora e cortisol) o 10% ligada a albumina ligada a albumina: está disponível para exercer suas funções albumina tem grande capacidade de ligação mas baixa afinidade pelo cortisol em fins práticos: cortisol ligado a albumina → livre Dexametasona liga-se a albumina e não a CBG o 10% livre → forma ativa Pacientes com hipoalbulimenia ou alguma deficiência na produção de outras proteínas transportadoras → receber baixas doses de GC sintético - Maiores doses na forma livre → aumento da chance de efeitos colaterais do medicamento Pacientes gestantes com hipertireoidismo → CBG em níveis mais elevados → necessita de doses maiores para o GC sintetizado livre no plasma seja o necessário para o poder terapêutico o T/2 60 a 90min ↑ T/2: administração de hidrocortisona em grande quantidade, presença de estresse, hipotireoidismo, doença hepática o Duração de ação: Curta: <12h Intermediária: 12-36h Longa: >36h • Metabolismo: o Hepático o Quando metabolizados ou conjugados com ácido glicurônico → GC mais hidrossolúveis e polares → facilita a eliminação renal e dificulta a ligação com proteínas carreadoras o Cortisona e prednisona têm biodisponibilidade menor do que a hidrocortisona e a prednisolona Hidrocortisona e prednisolona não precisam passar pelo fígado para se transformar em compostos ativos • Excreção o 1% excretado na forma inalterada como cortisol livre o 20% convertido em cortisona antes de alcançar o fígado DEXAMETASONA • Análogo sintético do cortisol • Pequena afinidade com a CBG • Ligam-se a albumina → grau de ligação e a quantidade de forma livre circulante seja dose-dependente BARREIRA PLACENTÁRIA • GC atravessa a barreira placentária • Possibilidade de usar GC para o Prevenir virilização de fetos femininos portadores de hiperplasia adrenal congênita o Induzir a maturação pulmonar em pacientes pré-maturos Tereza Ko – AD2024 FARMACODINÂMICA 1. Mecanismos de Ação o efeitos mediados por receptores de glicocorticoides: receptores citoplasmáticos GR: receptores de glicocorticoides MR: receptores de mineralocorticoides o hormônio livre → penetra na célula → liga-se ao receptor → indução de alteração na conformação → dissociação de proteínas de choque térmico → complexo ligante-receptor transportado até o núcleo → interação com o DNA e proteínas nucleares → liga-se a elementos do receptor de glicocorticoide (GRE) → ações gênicas Transativação: • Síntese de proteínas anti-inflamatórias e de proteínas que atuam no metabolismo sistêmico e endócrinos • Ex: indução da gliconeogênese Transrepressão: • Inibe a síntese de citocinas pró-inflamatórias padrão Th1, TNF, INF-gama e PGL INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA → DIMINUIÇÃO DA EFICÁCIA • Aumento do catabolismo • Medicamentos: difenil-hidantoína, carbamazepina, rifampicina e fenobarbital • Drogas que podem acelerar a inatavação dos corticoides → estímulo da oxidação hepática • Pode ser necessários maiores doses de GC 2. Efeitos fisiológicos o efeitos disseminados o resposta homeostática da insulina e do glucagon 3. Efeitos metabólicos o metabolismo dos carboidratos estímulo da gliconeogênese hepática: • inibição da síntese de proteína periférica • ↑ação de glucagon e catecolaminas ↓ da utilização de glicose nos tecidos periféricos ↑ da absorção intestinal de carboidratos síntese de glicogênio em jejum aumento dos níveis séricos de glicose → estímulo de insulina + inibe a captação de glicose pelas células musculares → pacientes diabéticos → ajuste nas doses do hipoglecemiante ou da insulina o metabolismo das proteínas inibição da adição de. AA para síntese de proteínas nos tecidos periféricos ↑ gliceneogênese hepática → catabolismo de proteínas→ ↑ AA livre o metabolismo dos lipídeos estímulo da lipase sensível em hormônio → lipólise inibe a síntese de ácido graxo de cadeia longa obesidade centrípeta: tecido adiposo é muito mais afetado do que o central o metabolismo do cálcio e dos ossos dose dependente e do tempo de uso doses terapêuticas → diminui a formação óssea e a produção de colágeno e estimula a reabsorção o outros efeitos Tereza Ko – AD2024 atinge sistema circulatório em situações de estresse → ação inotrópica positiva das catecolaminas essenciais para o funcionamento normal dos músculos lisos e estriados EFEITO FARMACOLÓGICO • Anti-inflamação o cortisol e análogos → amenizam a potência de uma inflamação o ação imunossupressora causada pelo GC o inibição ou retardamento de etapas do processo inflamatório ↓ da permeabilidade do endotélio capilar → ↓ formação de edemas inibição da marginalização e migração de leucócitos → ↓ processo de cicatrização dificulta o rompimento dos lisossomos → ↓ níveis de enzima hidrolítica → manutenção da MP → previne tumefação e destruição celular excessiva • Imunossupressão o diminuição da liberação de citocinas e metabólitos do AA (PG e leucotrienos) o aumento da síntese de proteínas anti-inflamatórias • Células do sistema imune o Macrófagos e Monócitos: mais afetadas, ampla redução na contagem numérica ↓ síntese de citocinas, metabólitos do AA, apresentação de antígenos e fagocitose o Linfócitos: ↓ síntese de citocinas e capacidade proliferativa → ↓ números não há interferência na síntese de imunoglobulinas o Eosinófilos: ↑ apoptose → redução da contagem ↓ de histamina o Basófilos ↓ citocinas → ↓ número de contagem o Neutrófilos: leve leucocitose SEM desvio a esquerda reduçãoda adesão endotelial → neutrófilos maduros se soltam da parede vascular e entram na circulação • GC são mais eficientes em inibição da imunidade celular e hipersensibilidade do que a imunidade humoral o sem interferência na produção de anticorpos GRAVIDEZ • enzima 11BHD → enzima placentária que inativa os compostos advindos do sangue materno de hidrocortisona o Dexametasona: único GC resistente a essa enzima placentária • Tratar a mãe SEM afetar o feto: o GC com prednisona, prednisolona e metilprednisolona o doses muito elevadas podem interferir no desenvolvimento fetal o proporção de 10:1 • Tratar o Feto: o administração de Dexametasona na mãe o proporção de 1:1 Tereza Ko – AD2024 FARMACOLOGIA CLÍNICA Diagnóstico e tratamento das alterações da função suprarrenal 1. Insuficiência adrenocortical a. Crônica (Doença de Addison) • manifestações: fraqueza, fadiga, perda de peso, hipotensão, hiperpigmentação e incapacidade de manter o nível de glicemia em jejum • estímulos nocivos mínimos → podem produzir insuficiência suprarrenal aguda com choque circulatório b. Aguda: • terapia: grande quantidade de hidrocortisona via parenteral 2. Hipo e hiperfunção adrenocortical a. Hiperplasia suprarrenal congênita • defeitos específicos na síntese de cortisol • alto risco na gestação → feto pode ser protegido por administração de dexametasona à mãe • fisiopatologia: ausência da atividade de P450c21 → ↓ cortisol → ↑ ACTH → glândula suprarrenal hiperplásica b. Síndrome de Cushing: • por presença crônica de glicocorticoides em excesso • manifestações: face pletórica e arredondada, obesidade centrípeta, adelgaçamento da pele, estrias e equimoses, osteoporose c. Síndrome de Chrousus: • hiperfunção do eixo hipotálamo-hipófise -suprarrenal → ↑ produção de ACTH • consequências: hipertensão com ou sem alcalose hipopotassêmica, hiperandrogenismo, expresso na forma de virilizarão e puberdade precoce em crianças, acne, hirsutismo, calvície de padrão masculino e irregularidades menstruais em mulheres d. Aldosteronismo: • produção excessiva de aldosterona por um adenoma suprarrenal • manifestações clínicas: fraqueza, tetania → perda renal contínua de potássio → hipopotassemia, alcalose e elevação das concentrações séricas de sódio USO TERAPÊUTICO • dosagem depende da doença • sempre considerar o melhor prognóstico com menos efeitos colaterais • atentar-se a interações com outros medicamentos • tratamento sistêmico: VO, IM, EV • dose única diária, após café da manhã → coincide com pico de cortisol do corpo → ↓ frequência de insuficiência da suprarrenal Na prática • dose equivalente de prednisona diária o baixa: <7,5mg o média: >7,5mg a < 30mg o alta: >30mg o muito alta: >100mg o pulsoterapia: >250mg • efeito não genômico o em doses médias, alta, muito alta e pulsoterapia Tereza Ko – AD2024 o sem translocação para núcleo → efeitos imediatos o não depende de receptor • efeito genômico o em doses baixas o resultado da interação do complexo com o DNA o manifestação dos efeitos em 30 min Redução de efeitos colaterais • Terapia em dias alternados o administração da dose total de 48h em dose única pela manhã em dias alternados • Pulsoterapia o administração de uma dose muito alta do fármaco em um curto período por IV o objetivo: induzir rápida remissão da doença impedir uma rápida progressão do quadro evitar uso prolongado de GC por VO o drogas mais usadas: metilprednisolona (0,25g a 2g) e dexametasona (100 a 200mg) pulso diário administração lenta de 2 a 3 horas o não está isenta de efeitos adversos distúrbios hidroeletrolíticos problemas cardiovasculares hipertensão sistêmica → elevação da PA (quando necessário administração de furosemida) distúrbios de comportamento predisposição a infecções DESMAME DE GC • deve ser de forma lenta e gradual • retirada abrupta → reativação da doença base ou insuficiência adrenocortical secundária (supressão do eixo hipotálamo-hipofise-adrenal) • esquema de redução de 25% por semana • Doenças endócrinas: o terapia substitutiva → dose menor o hipofunção da adrenal • Doenças do colágeno: o GC administrado como último recurso para estabilizar o não altera curso da doença • Crises alérgicas: o urticária, doenças do soro, dermatite de contato, reações de hipersensibilidade a drogas, choque anafilático • Doença do TGI: o colite ulcerativa, doença de Crohn, doença celíaca, hepatite fulminante e encefalopatia hepática • Doenças hematopoiéticas: o anemia hemolítica autoimunes adquiridas, púrpura trombocitopênica idiopática, leucemias agudas, anemia aplástica, reações transfusionais e mieloma múltiplo • Condições neurológicas: o edema cerebral, HIC em processo expansivo de origem vasogênico, miastenia gravis, esclerose múltipla e TRM Tereza Ko – AD2024 • Doenças infecciosas: o tuberculose com derrame pleural e pericárdico, tuberculose miliar e meningite tuberculosa, febre tifóide, mononucleose infecciosa grave, laringotraqueobronquites graves e pneumonia viral • Em choque: o choque séptico, choque addiosoniano secundário, insuficiência adrenocortical • Doenças respiratórias: o tuberculose pulmonar, virose de aparelho respiratório, asma brônquica, síndrome de Hamman-Rich, sarcoidose • Doenças nefrológicas o síndrome nefrótica idiopática, controle de rejeição de transplantes renais • Doenças dermatológicas o psoríase, dermatite de contato, eczema atópico em crianças, LES discóide, líquen plano • Doenças oftálmicas o conjuntivites, exoftalmia associada a doença de Graves EFEITOS COLATERAIS • Principal efeito indesejável → síndrome de Cushing iatrogênica • A medida que as doses se aumentam → manifestações são mais expressivas • Condições de paciente que intensifica os efeitos colaterais o paciente idoso → intolerância à glicose e fraqueza muscular o paciente desnutrido → menor [ ] plasmática de proteínas → ↑ forma livre da droga • Osteomuscular o osteoporose: estimulação de osteoclastos e inibição de osteoblastos o osteonecrose: aumento da pressão nos capilares ósseas por acúmulo de lípidios → isquemia o miopatia metabólica: atrofia das fibras musculares • TGI o úlcera pépticas: ↑ risco quando + AINE o pancreatite o candidíase: imunossupressão + doenças crônicas → facilita colonização de C. albicans • Sistema imune o infecção em geral: ↓ atividade bactericida e fungicida • Circulatório o distúrbios eletrolíticos: efeito mineralocorticóides de GC → retenção de Ca no sangue → edema, caliurese e calciúria o aterosclerose acelerada: metabolismo do lipídio • Endócrino o deposição de tecido adiposo o dislipidemia: hiperinsulinemia, aumento da produção hepática de lipídio e diminuição de seu catabolismo → ↑ LDL, VLDL, colesterol total e triglicerídeos o supressão do eixo HHA: feedback - sobre hipotálamo e hipófise → insuficiência adrenal secundária • Ocular o catarata subcapsular o glaucoma: aumento da pressão ocular • Cutâneo o acne, pele fina o formação de púrpuras: alteração na matriz intersticial → atrofia do tecido subcutâneo • Neurológico o psicose: LES em pulsoterapia o distúrbios de humor: euforia, irritabilidade, insônia, labilidade emocional e franca depressão Tereza Ko – AD2024 CONTRAINDICAÇÕES E PRECAUÇÕES • Precauções especiais: o possível desenvolvimento de hiperglicemia, glicosúria, retenção de sódio com edema ou hipertensão, hipopotassemia, úlcera péptica, osteoporose e infecções ocultas o dose: mais baixo possível em administração intermitente • Contraindicações o cautela em pacientes com úlcera péptica, doença cardíaca ou hipertensão com IC, certas doenças infecciosas (varicela, TB), psicose, diabetes, osteoporose ou glaucoma INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS • Aumentar ou diminuir a ação farmacológica dos GCMINERALOCORTICOIDES • Afetam diretamente o equilíbrio hidroeletrolítico (Na e K) • Principais hormônios: o Aldosterona: mais potente, a quantidade produzida é insuficiente para exercer controle de retroalimentação significativa da secreção de ACTH o Desoxicorticosterona: secretada em pequenas quantidades o Corticosterona: fraca atividade mineralocorticoide o Fludrocortisona: sintético, hormônio de retenção de na mais comumente prescrito na prática médica o Cortisol: fraca atividade mineralocorticoide, secretado em grande quanti o Cortisona: sintética, fraca atividade mineralocorticoide • Sintetização: o zona glomerulosa Tereza Ko – AD2024 o para produzir aldosterona não há dependência do eixo hipotálamo-hipófise somente níveis elevados de ACTH induzem liberação de aldosterona na ausência de ACTH → secreção de aldosterona diminui para ½ • produção estimulada pela liberação de renina pelas células justa glomerulares • quimiorreceptores da mácula densa dos túbulos distais renais → detecta aumento da [Na] → liberação de renina • Barorreceptores → detecta hipotensão / diminuição da volemia → estimula produção de renina o renina: enzima produzida na presença de estímulos como hiponatremia, hiperpotassemia, presença de neurotransmissores B1-adrenérgicos, vasopressina ou prostaglandinas. • Angiotensinogênio → hidrolisado pela renina → angiotensina I o ECA: enzima conversora da angiotensina o ANG I → ANG II o ANG II: potente estimulador da síntese de aldosterona + efeito vasoconstritor → ↑ PA efeito de feedback negativo na síntese de renina • Aldosterona → ↑reabsorção de Na e excreção de K → ↑ reabsorção de água → ↑volume sanguíneo e débito cardíaco → ↑ PA AÇÃO DOS MINERALOCORTICOIDES • Células alvo: células principais dos túbulos contorcidos distais e túbulos coletores renais o Contém receptores mineralocorticoides (RMs) citosólicos com alta afinidade pela aldosterona • Ligação mineralocorticoide + receptores das células alvo → complexo fármaco-receptor → ativação de eventos • Eventos: o Aldosterona entra na célula epitelial → liga-se aos RMs → complexo RM-aldosterona desloca-se para o núcleo → ligação a sequência específica de DNA → regulação de genes = proteínas induzidas da aldosterona (PIAs) → potencialização do transporte transepitelial de NaCl + ↑ voltagem transepitelial negativa do lúmen (↑ força motriz da secreção de K e H) o cortisol → cortisona RM tem afinidade pelo cortisol, presente em [ ] mais elevada Cortisona tem baixa afinidade por RM, é inativa como MC ou GC no rim enzima 11b-hidroxiesteroide-desidrogenase tipo 2 inativação eficiente do cortisol em tecidos-alvo de MC para que a ação da aldosterona não seja ofuscada pelos níveis circulantes elevados de cortisol • Aldosterona o Principal efeitos Aumento da expressão da Na/K-ATPase e do canal epitelial de sódio (CENa) o reabsorção de Na na parte distal dos TCD e nos TCC o excreção de íons K e H (menor quantidade) o reabsorção de Na nas glândulas sudoríparas e salivares, mucosas gastrointestinais e membranas celulares Tereza Ko – AD2024 ALDOSTERONA • Efeitos sobre a o reabsorção de Na+, secreção de K+ → células principais o secreção de H+ → células alfa intercaladas ALDOSTERONA AUMENTADA DIMINUÍDA Reabsorção de Na+, secreção de K+ e H+ Aumento Diminuição Volume do líquido extracelular Expansão Contração PA Hipertensão Hipotensão [K+] Hipocalemia Hipercalemia Distúrbio metabólico Alcalose metabólica Acidose metabólica Etiologia Tumor secretor de aldosterona Insuficiência suprarrenal • Farmacocinética o Secreção sujeita a várias influências, ACTH produz estimulação moderada o Secreção de 100 a 200 mcg/dia o T1/2 = 15 a 20 min o Não apresenta forte ligação com PP o Metabolismo semelhante ao cortisol o Excreção na urina (conjugada ou livre) ALDOSTERONISMO PRIMÁRIO • Etiologia: o Produção excessiva de aldosterona por adenoma suprarrenal o Secreção anormal por glândulas hiperplásicas de tumor maligno • Fisiopatologia: o Perda de K →hipopotassemia → alcalose → elevação das [Na] • Manifestações Clínicas: hipertensão, fraqueza e tetania (perda renal contínua de K) DESOXICORTICOSTERONA (DOC) • Secretada em 200 mcg/dia em condições fsiolóogicas • Secreção sob controle do ACTH • Secreção aumentada acentuadamente em condições patológicas o Carcinoma adrenocortical o Hiperplasia suprarrenal congênita • Função: precursora da aldosterona • T1/2: 70 min em via EV FLUDROCORTISONA • Potente esteroide • Ação glicocorticoide e mineralocorticoide Tereza Ko – AD2024 • MC mais usada na prática clínica • Posologia: 0,1mg – 2 a 7 vezes/semana • Ação: Retenção de sódio • Tratamento de: insuficiência adrenocortical + deficiência de mineralocorticoides o Doses muito baixas para efeitos anti-inflamatórios ou anticrescimento DOENÇA DE ADDISON • Insuficiência adrenocortical primária • Etiologia: destruição autoimune de todas as zonas do córtex suprarrenal • Fisiopatologia: diminuição de todos os hormônios adrenocorticais → diminuição dos níveis circulantes de cortisol, aldosterona e androgênios suprarrenais • Sintomas: o ↓ cortisol: hipoglicemia, anorexia, perda de peso, náuseas, vômitos, fraqueza, o ↓ aldosterona: hipercalemia, acidose metabólica e hipotensão o ↓ andrógenos: diminuição dos pelos pubianos e axilares, diminuição da libido o ↑ ACTH: hiperpigmentação da pele (cotovelos, joelhos, leitos ungueais, mamilos, aréolas mamárias e cicatrizes recentes) • Diagnóstico: o Defeito primário do córtex suprarrenal → hipocortisolismo → ↑ ACTH (retroalimentação negativa) • Tratamento: glicocorticoides, mineralocorticoides (fludrocortisona) ANTAGONISTAS DOS RMS • Fármacos que bloqueiam os efeitos dos MC → antagonistas específicos para o RM o Espironolactona o Eplerenona o Drospirenona • Espironolactona e Eplerenona → inibição de forma competitiva a ligação da aldosterona ao RM o Complexo RM-espironolactona → não induz síntese de PIAs o Bloqueio os efeitos fisiológicos da aldosterona • Únicos diuréticos que não necessitam acessar o lúmen tubular para induzir diurese Efeitos na excreção urinária • Efeitos semelhantes aos inibidores do canal de Na+ do epitélio renal • Eficácia clínica → depende diretamente dos níveis endógenos de aldosterona • Quanto maior o nível endógeno de aldosterona → maior efeito dos antagonistas do RM sobre excreção urinária Efeitos na hemodinâmicar renal • Pouco ou nenhum efeito hemodinâmico renal • Não alteram a taxa de filtração glomerular Outras ações • Espironolactona o Afinidade por receptores de progesterona e androgênio → efeitos colaterais → ginecomastia, impotência e irregularidades menstruais o Altas doses → interfere com a biossíntese de esteroides → inibir as hidroxilases esteroidais Tereza Ko – AD2024 ABSORÇÃO E ELIMINAÇÃO • Espironolactona o 65% absorvida o Metabolizada pelo fígado: extensamente na 1ª passagem + recirculação êntero-hepática Desacetilação e detioacetilação para metabólitos com T1/2 prolongada o Liga-se a PP o T1/2 de 1,6h (prolongada a 9h em pacientes cirróticos) • Eplerenona o Boa biodisponibilidade. Oral o Eliminada pelo metabolismo da CYP3A4 → conversão para metabpolitos inativos o T1/2 de 5h TOXICIDADE, CONTRAINDICAÇÕES E INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS • Principal risco de uso: o hiperpotassemias Contraindicação: pacientes com hiperpotassemia, com risco elevado para hiperpotassemia (doenças associadas ou medicamentos) o Indução de cirrose metabólica Contraindicação: pacientes com cirrose o Afinidade por outros receptores de esteroides Manifestações: ginecomastia, impotência, libido reduzido, hirsutismo, engrossamento da voz, irregularidades menstruais, diarreia, gastrite, sangramento gástrico e úlceras pépticas Contraindicação: pacientecom histórico de úlceras pépticas o Efeitos adversos Manifestações de SNC: sonolência, letargia, ataxia, confusão mental e cefaleia Manifestações cutâneas: exantemas de pele, discrasias sanguíneas • Interação medicamentosas com inibidores fortes. De CYP3A4 o Como: Atazanavir, cetoconazol, claritromicina o Podem aumentar os níveis plasmáticos de eplerenona USO TERAPÊUTICO • Epironolactona o Coadministrada com a tiazida e outros diuréticos de alça para tratamento de edema e hipertensão o Combinações farmacológicas → maior mobilização do fluido do edema + menor perturbação na homeostase do K+ o Importância clínica no tratamento de: Hipertensão resistente por hiperaldostetronismo primário: adenomas da suprarrenal ou hiperplasias suprarrenal bilteral Edema refratário associado ao Aldosteronismo secundário: insuficiência cardíaca, cirrose. Hepática, síndrome nefrótica e ascite grave Glicocorticoides Eixo hipotálamo-hipófise Melatonina x cortisol biossíntese Farmacocinética dexametasona barreira placentária Farmacodinâmica interação medicamentosa → diminuição da eficácia Efeito Farmacológico GRAVIDEZ Farmacologia Clínica Diagnóstico e tratamento das alterações da função suprarrenal 1. Insuficiência adrenocortical 2. Hipo e hiperfunção adrenocortical Uso Terapêutico Na prática Redução de efeitos colaterais Desmame de GC Efeitos colaterais Contraindicações e precauções Interações medicamentosas Mineralocorticoides Ação dos mineralocorticoides Aldosterona Aldosteronismo Primário Desoxicorticosterona (DOC) Fludrocortisona Doença de addison Antagonistas dos RMs Absorção e eliminação Toxicidade, contraindicações e interações medicamentosas Uso terapêutico
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