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Neosporose em Medicina Veterinária

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MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
Neospora caninum 
 HD: cães e coiotes 
 HI: bovinos, galinhas domésticas, 
pombos, papagaio, pardais 
Ocasionalmente pode contaminar coiotes, 
ovinos, caprinos, equinos, gatos, cervídeos e 
bubalinos. 
 
Transmissão 
Não há relato de ocorrência em humanos 
(embora já houve sorologia positiva). 
 É a principal forma de disseminação 
em bovinos. 
 80-90% dos bezerros que nascem 
de vacas infectadas apresentam o 
parasita. 
 T. transplacentária (principalmente 
em bovinos) e pode ocorrer em vacas 
assintomáticas que transmitem por 
sucessivas gestações. 
 T. vertical pode ocorrer junto com 
toxoplasma gondii. 
Parasita no ambiente silvestre infectam 
outros ruminantes silvestres através das 
fezes de cães.  Os cães (domésticos e do 
mato) eliminam oocistos no ambiente  
Infecção no bovinos  parasita no intestino 
é fagocitado e cria pseudocistos nos tecidos 
(fígado, baço, rim, músculo) ou pode circular 
dentro da célula fagocítica.  Nas fêmeas, 
quando é chegada a idade de reprodução, o 
parasita sai do sangue materno e vai para o 
útero e placenta, causa inflamação e afeta o 
feto, formando cistos principalmente no 
coração. 
 Infecção no primeiro terço da 
gestação o parasita causa lesão na 
placenta e morte fetal. 
 Infecção no terço final da gestação o 
bezerro nasce infectado sem sinal 
clínico. 
 A infecção não precisa ocorrer durante 
a prenhez para cometer o feto. 
 Matrizes podem apresentar abortos em 
várias gerações. 
 Vacas mais jovens apresentam maior 
índice de transmissão vertical. 
 Cães juntos de bovinos apresentam alta 
taxa de neosporose. 
 Não ocorre transmissão de um 
bovino para outro (apenas fêmea 
para feto). 
 Convívio de cães com bovinos não é 
primordial para ocorrência de 
Neosporose, mas aumenta a 
prevalência de soropositivos em 
ambas as espécies. 
 A infecção no cão se dá pela ingestão de 
alimentos contaminados (fetos, membranas e 
fluidos fetais). O cão contamina água e 
alimentos ao defecar e liberar oocistos. 
 
Patogenia 
 Os taquizoítos migram, formam cistos e 
causam inflamação e necrose em: 
 Placenta/útero 
 Coração 
 Musculatura esquelética ou ocular 
 Fígado 
 Pulmão 
 SNC. 
Se a infecção ocorre no início da gestação 
ocorre uma miocardite no feto e ocorre o 
aborto. No final da gestação o bezerro pode 
nascer infectado.  GRAVIDADE DA 
 MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
DOENÇA TEM RELAÇÃO COM A IDADE DO 
FETO E A VIRULÊNCIA DA CEPA!! 
 
A neosporose bovina pode ocorrer de duas 
formas: 
Surtos: quando aumentam os casos de aborto 
em um curto espaço de tempo (mais de 30%) 
por ingestão de alimento e/ou água 
contaminados com oocistos de cães 
infectados. 
Endêmica: são as consequências da 
transmissão vertical. As taxas anuais de 
aborto estão elevadas (pouco superiores a 
5%) que ocorrem em qualquer época do ano. 
 Pode ocorrer em qualquer 
ruminantes: principalmente o gado 
leiteiro. 
 O aborto ocorre entre o 3º e 9º mês 
de gestação (maioria ocorre entre o 
5 e 6 meses). 
 Pode ocorrer a reabsorção fetal em 
casos de infecção muito cedo na 
gestação. 
 Animais adultos não tem clínica: o que 
caracteriza é o aborto ou nascimento 
de animais doentes. 
 80 – 90% dos bezerros de vacas 
soropositivas são congenitamente 
infectados e podem não apresentar 
sintomatologia clínica. 
 
Morte fetal 
 Uma das causas de morte fetal é a 
passagem de nutrientes suprimida. 
 O parasita no feto causa insuficiência 
cardíaca associada a miocardite e 
necrose do miocárdio. 
 Há ocorrência de placentite com 
necrose do epitélio coriônico da 
placenta e separação das vilosidades 
coriônicas das carúnculas do 
endométrio. 
 Ocorre necrose hepática 
 Lesões cerebrais, mas essa não é 
fator importante de morte fetal ou 
aborto. 
 
Sinais clínicos 
 Membros anteriores e/ou 
posteriores flexionados ou 
hiperestendidos, exoftalmia ou 
aparência assimétrica dos olhos. 
 Más-formações congênitas em 
bezerros e fetos 
o Hidrocefalia 
o Microcefalia 
o Anormalidades do SNC. 
 Aborto ou nascimento de indivíduos 
doentes em ovinos e caprinos. 
o Há também lesões nos 
músculos esqueléticos, 
placenta, etc. 
 Em equinos ocorrem mieloencefalites 
em equinos: Neospora hughesi.  
afinidade maior para o SNC. 
o Em jovens: cegueira bilateral 
e cistos ao redor da mm 
ocular. 
o Em adultos: neosporose 
nervosa e visceral (intestino, 
linfonodos mesentéricos e 
miocárdio) 
o Paresia de membros 
posteriores 
o Alterações de 
comportamento. 
 MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
 Cães apresentam sinais clínicos 
quando ocorre a transmissão 
transplacentária. 
o Paralisia ascendente dos 
membros posteriores 
o Hiperextensão rígida ou 
flácida 
o Dificuldade de deglutição 
o Paralisia da mandíbula 
o Cegueira 
o Convulsões 
o Incontinência urinária e fecal 
o Flacidez 
o Atrofia muscular 
o Falha cardíaca. 
 
Diagnóstico 
 Exame sorológico (indica exposição e 
risco de infecção)  exame 
histológico do feto é necessário. 
 ELISA recombinante é indicador da 
fase de infecção. 
Existem kits para IgG e IgM. 
 IgM sugere infecção recente. 
 Títulos de IgG 1:200 - 1:640 para 
bovinos adultos e acima de 1:640 em 
infecção em vacas que abortaram. 
 A imunohistoquímica é quem irá confirmar 
o diagnóstico  Vai revelar a presença de 
taquizoítos ou cistos nos cortes de tecidos 
(raro). 
 
Tratamento 
 Não existem fármacos com 
tratamento eficaz em bovinos 
 Cães infectados congenitamente 
podem ser tratados com clindamicina, 
sulfonamidas e pirimetamina. 
o Geralmente os protocolos 
duram de 2 – 9 semanas a 
depender da resposta do 
paciente. 
o Fazer terapia de suporte 
com fisioterapia e auxílio a 
micção. 
 Não há tratamento que previna a 
transmissão congênita. 
 
Controle 
 Centrais de fertilização in vitro 
 Doadoras podem ser positivas ou 
negativas 
 As receptoras sempre precisam ser 
negativas 
Para cães 
 Não fornecer proteína animal crua 
 Enterrar ou cremar os fetos 
abrotados e natimortos. 
Para HI – herbívoros 
 Evitar a ingestão de oocistos ao 
proteger os alimentos. 
 Eliminação do manejo reprodutivo de 
matriz infectada (exceto pelo uso de 
fertilização in vitro).

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