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Aborto Repetição de cio Bezerros fracos Diminuição da produção Redução do tempo de vida produtiva Custo de reposição de animais Limitação na comercialização de animais Zoonoses Perdas na pecuária: a maior perda é em relação a reprodução Brucelose Keilla Sandrele - Medicina Veterinária 25% da produção de leite e carne 15% produção de bezerros 1:5 vacas aborta ou torna-se estéril Importância Bactérias do gênero Brucella podem ser divididas em dois grupos: as lisas e as rugosas. A morfologia das colônias lisas e rugosas são relacionadas à membrana, os lipopolissacarídeo (LPS). Quando a molécula de LPS possui os dois domínios, a porção antigênica cadeia O e a porção tóxica lipídeo A, ela é denominada completa. A molécula completa de LPS está presente nas colônias lisas de Brucella mas não nas colônias rugosas. Nas rugosas não existe a porção denominada de antígeno-O e a molécula de LPS é incompleta. A sobrevivência e replicação das bactérias lisas dentro dos macrófagos nos animais infectados acontecem de forma mais eficiente do que as rugosas. Acredita-se que este fato ocorra devido à presença do antígeno-O, logo é um importante fator de virulência. Etiologia Espécies Brucella melitensis Brucella abortus Brucella suis Brucella canis Brucella ovis Brucella neotomae Hospederio animal Caprinos, ovinos, camelos Bovinos, búfalos, camelos, alces Suínos, javalis, renas, roedores Caninos Ovinos Roedores Espécies Brucella ceti Brucella pinnipedialis Brucella microtis Brucella inopinata Keilla Sandrele - Medicina Veterinária Hospederio animal Botos, golfinhos, baleias Focas Raposas Desconhecido OBS: Atingem animais mamiferos, tanto aquaticos como terrestres. As variantes lisas são: Brucella melitensis Brucella abortus Brucella suis Brucella ceti Brucella pinnipedialis Brucella microtis Brucella inopinata As variantes rugosas são: Brucella canis Brucella ovis Pequenos cocobacilos Intracelulares facultativos: podem se multiplicar tanto dentro das células de defesa, como podem se proliferar em fora das células. A Brucella consegue evitar a formação do fagolissosomo nos macrófagos e se reproduzem dentro dessa célula. Gram negativos Aeróbios, não capsulados Imóveis e não formadores de esporos Fatores de virulência: dependem do lipopolissacarídeo (LPS), ou seja, se são lisas ou rugosas Características Luz solar direta: 4 a 5 horas Fezes: 120 dias Feto (abortado) à sombra: 180 dias Solo seco: 4 dias Solo úmido: 66 dias Água: 114 dias Exsudato uterino: 200 dias Sobrevivência da Brucella abortus no ambiente OBS: Caso exista a presença de cães perto das criações, esses podem ser responsáveis pelo transporte de restos de abortos, tanto pela propriedade como para outras propriedades, causando infecções. Álcool 96ºGL Hipoclorito de sódio 5% Hipoclorito de cálcio 5% Formol 3% Fenol 5% Controle Desinfetantes: Keilla Sandrele - Medicina Veterinária Cadeia de trasmissão Autoclavação: 120ºC / 20 minutos Pasteurização lenta: 65ºC / 30 minutos Pasteurização rápida: 72 a 74ºC / 15-20 segundos Fervura (100ºC) Calor: Orofaríngea Mucosas (conjuntiva, respiratória e genital) Pele com solução de continuidade Porta de entrada Animais infectados Fonte de infecção Feto e anexos fetais, secreções vaginais. leite, sêmen, fezes, urina Vias de eliminação da bactéria Densidade populacional Falta de vacinação Falta de sanidade do ambiente Aquisição de animais infectados com ausência de quarentena. Tipo de exploração: o corte tem 2,82% a mais de chance de ocorrer brucelose no rebanho. Fatores de risco Água, pastagem e fômites contaminados Sêmen Leite e derivados crus Vias de transmissão Raça: Zebu tem 2,62% a mais de chance de ocorrer brucelose no rebanho. Aborto: tem 1,83% a mais. Inseminação artificial tem 7,05% a mais. Confinamento/semiconfinamento tem 2,98% a mais. Compra de reprodutores tem 1,56% a mais. Presença de capivaras (consideradas reservatorios da B. abortus) tem 13,28% a mais. Vaca infectada Propriedade Keilla Sandrele - Medicina Veterinária Abate Aborto Parto Bezerro infectado Permanecem na fazenda Transportados para outra fazenda Infecção entre fazendas Infecção dentro da fazenda Infecção dentro da fazenda Bezerros nascidos de vacas infectadas, podem ter sido infectados intrauterinamente, e serem portadores latentes e consequentemente serem responsáveis pela mantença da doença no rebanho. Na maioria desses casos a doença só vai ser identificada na puberdade. Como o patógeno foi adiquirido ainda no desenvolvimento intrauterino, e durante o desenvolvimento do sistema imune do animal, o patógeno foi considerado como integrante do organismo e por isso esse organismo não produz anticorpos para a bactéria, isso conincide com o periodo de amamentação, onde os anticorpos do colostro da mãe protegem os filhotes. Quando chega o momento em que esse tempo de proteção acabou o patógeno começa a atacar. Isso ocorre principalmente durante a puberdade e prenhez onde existe uma queda fisiologica da imunidade ocorre a soroconversão (quando a imunidade cai e ocorre o aumento da proliferação bacteriana) e é a partir desse momento que o filhote (já adulto) começa a produzir os próprios anticorpos. Keilla Sandrele - Medicina Veterinária Patogenia Porta de entrada Linfonodo regional Hemática Linfática Disseminação Oral Respiratória Conjuntiva ocular Genita Pele lesada Linfonodos Baço Fígado Sistema reprodutivo Útero Úbere Articulações Na disseminação hemática, a fase de bacteremia (caracterizada pela presença de bactéria no sangue) é maior em cães. Keilla Sandrele - Medicina Veterinária Doença na fêmea Tropismo pelo útero gravídico e placenta Placentite necrótica Aborto Bezerros fracos Natimortos Retenção de placenta Endometrite Infertilidade termporária ou permanente Perda de produção de leite A presença da bacteria provoca uma inflamação exacerbada que provoca a lise das vilosidades mais o delocamento da placenta, a diminuição do oxigênio para o feto, menor absorção de nutrientes e ainda pode causar aderências. Além disso por se alojar nos placentomas (cotilédones e carúnculas), e nos trofoblastos para chegar ao feto, ocasiona a expulsão do feto (aborto). Geralmente as fêmeas abortam no terço final da gestação, devido a alta de produção de eritritol nessa fase, que causa o tropismo pela plancenta. Esse aborto acontece cerca de 48h após essa infecção, e feto já é abortado autolizado na maioria dos casos. Depois do aborto a fêmea começa a desenvolver imunidade celular local, e então começa a ocorrer outros sintomas mais leves, mas o tecido fibroso que substituiu o placentário não permite a passagem de gases e nutrientes, diminuindo a oferta ao feto. O animal pode não nascer (abortamento) ou nascer debilitado e abaixo do peso, além de ocorrerem natimortos, retenção de placenta e endometrites. Durante a gravidez, o útero produz uma substância chamada eritritol (existente em maior quantidade no útero gravídico), é uma substancia com a qual a Brucella tem alta afinidade. O alto crescimento bacteriano causa uma resposta imune, que causa uma inflamação da placenta (placentite). Quando a inflamação se torna crônica, começa o processo de necrose placentária, onde ocorre a substituíção do tecido da placenta por tecido fibroso. O nome dessa doença é placentite necrótica crônica. Atinge os testículos, epididimos, vesículas seminais e ampolas seminais Keilla Sandrele - Medicina Veterinária Doença no macho Reação inflamatória do tipo necrosante Orquites uni ou bilaterais (pus, fibrose ou necrose) Epididimite Vesiculite Infertilidade Cronificação - se torna assintomático Em cães essa infecção aguda causa lambeduras e dermatites, que podem ser indicação da doença. Existe ainda a presença de células inflamatórias no esperma dos animais, além de a presença bacteriana poder afetar a espermatogênese. O acúmulo de líquido na túnica albugínea com a cronificação pode causar diferença nos tamanhos. KeillaSandrele - Medicina Veterinária Bovinos, bubalinos, caprinos e ovinos Aborto Retenção de placenta Reabsorção embrionária Mal formação fetal Infertilidade Oquite e epididimite Espondilite em vertebras (cães) Glomerulonefrites (cães) Bursite (equinos), também conhecido como "mal da cernelha" Linfadenite (em linfonodos cervicais) Artrite Claudicação Osteomielite Suínos Sinais clínicos "Mal da cernelha" - Ribeiro et al. (2008) Keilla Sandrele - Medicina Veterinária Abortamento Enzoótico das ovelhas Toxoplasmose Salmonelose Doença das fronteiras Diagnósticos diferenciais Streptococcus B-hemolíticos Escherichia coli Mycoplasma Ureaplasma Streptomyces Salmonella Campylobacter Hervírus Canino Neospora caninum Toxoplasma gondii Cães:
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