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1
Curso de Fiscalização, Acompanhamento e 
Controle de Contratos - Módulo Básico 
(CFACC-MB)
Trabalho elaborado pelo Instituto de Logística da Aeronáutica, destinado a atender 
ao Programa de Treinamento Continuado para profissionais designados para exercer 
atividades de Fiscal de Contrato no âmbito da FAB.
2020
Assessoria Técnica de Desenvolvimento do Conteúdo: 
DIRINFRA Cap Int Dayanna Selleri Pereira
PAMA-GL 1º Ten QOCon SJU Mariana Gonçalves Pereira De Almeida
Revisão Geral
COMARA Ten Cel QOINT Josevan Duarte Magalhães
Documentação Curricular:
ILA 1º Ten Ped Camila de Melo Andriotti (ILA) 
Design Instrucional e Pedagógico 
ILA 1º Ten Ped Kátia Morais De Asis
ILA 2º Ten Ped Kelly Simone Gonçalves Brandão Reis
Projeto Gráfico/Diagramação e Revisão Geral:
ILA Ten Cel Esp Arm Carlos Henrique dos Santos
ILA SO Cláudio Moutta
ILA S1 Victor Silva Carvalho
ILA S2 Mateus Moura Jacob
2018
Conteúdo: 
DIRMAB Cel Int R1 Jorge Rangel de Almeida 
SEFA Maj Int Carlos André Marques 
COMGAP 1º Ten SJU Célia Regina Pereira Dantas
COMGAP 1º Ten SJU Jaime Guimarães Couto dos Santos
Design Instrucional e Revisão Geral: 
ILA Cap Esp. Arm Carlos Henrique dos Santos 
ILA 1º Ten Ped Vivianete Milla de Freitas, Me. 
ILA 2º Ten Ped Camila de Melo Andriotti
Projeto Gráfico e Diagramação: 
ILA 1º Sgt SDE Maxwell de Oliveira 
ILA Cb SAD Igor Turine 
ILA S2 NE Rodrigo Rodrigues de Lima Dutra 
ILA S2 NE Bruno Correa Castro Palhano 
ILA S2 NE Victor Silva Carvalho 
ILA S2 NE Diego Righetti Godoi
2014 
Atualização de Conteúdo: 
DIRENG Cap Int Ulisses Cruz da Costa
Projeto Gráfico e Diagramação: 
ILA S1 Igor Turine
Coordenação Pedagógica e Revisão Geral: 
ILA Cap Esp Arm Carlos Henrique Dos Santos 
ILA Ten Ped Vivianete Milla De Freitas 
ILA SO SML Evandro Breda de Almeida
2011 
Diagramação Web: 
ILA SO SAD Marli de Oliveira Moura
Adaptação: 
ILA S2 NE Héron Henrico Soares
2010 
Equipe de Desenvolvimento do Conteúdo: 
DIRMAB Cel Int R1 Jorge Rangel de Almeida 
SEFA Maj Int Carlos André Marques 
COMGAP 1º Ten SJU Célia Regina Pereira Dantas 
COMGAP 1º Ten SJU Jaime Guimarães Couto dos Santos
Coordenação Pedagógica e Revisão Geral: 
ILA Cel Av Madison Coelho de Almeida 
ILA 1º Ten Esp Arm Carlos Henrique Dos Santos
Projeto Gráfico e Diagramação: 
ILA SO SML Evandro Breda de Almeida
Rejeição de Responsabilidade
O presente trabalho foi desenvolvido para uso didático, em cursos que são oferecidos pelo 
Instituto de Logística da Aeronáutica (ILA). O seu conteúdo é fruto de pesquisa em fontes 
citadas na referência bibliográfica, e que o(s) autor(es)/revisor(es) acreditam ser confiáveis. 
No entanto, nem o ILA, nem o(s) autor(es)/revisor(es) garantem a exatidão e a atualização 
das informações aqui apresentadas, rejeitando a responsabilidade por quaisquer erros e/
ou omissões, ou por danos e prejuízos que possam advir do uso dessas informações. Esse 
trabalho é publicado com o objetivo de suprir informações acerca dos temas nele abordados, 
não devendo ser entendido como um substituto dos serviços prestados por profissionais da 
área, ou das publicações técnicas específicas que tratam de assuntos correlatos.
SUMÁRIO
CFACC - MB
1. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL CONTRATUAL ................. 5
1.1 DEFINIÇÕES E LEGISLAÇÕES ................................................5
1.1.1 VISÃO SISTÊMICA ..................................................................................5
1.1.2 FUNDAMENTAÇÃO ...............................................................................8
1.1.3 DISPOSITIVOS LEGAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL ...11
1.1.4 Dispositivos Legais no Âmbito do COMAER ....................................13
1.2 EXECUÇÃO CONTRATUAL ...................................................15
1.2.1 ESTRUTURA BÁSICA DO CONTRATO ADMINISTRATIVO .................15
1.2.2 CLÁUSULAS .........................................................................................19
2. Gerenciamento e Fiscalização de Contratos no 
COMAER ..........................................................................25
2.1 EXECUÇÃO CONTRATUAL ...................................................25
2.1.1 Controle e acompanhamento ...........................................................25
2.1.2 RECEBIMENTO DO OBJETO CONTRATUAL .......................................38
2.1.3 RESPONSABILIZAÇÃO .........................................................................61
2.2 ALTERAÇÕES CONTRATUAIS ...............................................66
2.2.1 INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 5, DE 2017, ANEXO X, DA ALTERAÇÃO 
DOS CONTRATOS .........................................................................................67
2.2.2 REEQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO .......................................69
2.2.3 EXTINÇÃO DOS CONTRATOS .............................................................79
2.2.4 PRORROGAÇÃO CONTRATUAL ..........................................................81
2.3 SANÇÕES ADMINISTRATIVAS .............................................87
2.3.1 SANÇÕES ADMINISTRATIVAS APLICÁVEIS À CONTRATADA ...........87
2.3.2 PROCESSO ADMINISTRATIVO DE APURAÇÃO DE IRREGULARIDADE 
(PAAI) ..............................................................................................................94
5
1.1 DEFINIÇÕES E LEGISLAÇÕES
1. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL 
CONTRATUAL
1.1.1 VISÃO SISTÊMICA
PROCESSOS DE CONTRATAÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Você sabe o que é o Direito?
Olá! Eu sou a Cap Fabiana. Estaremos juntos neste curso, 
estudando a atuação do Fiscal e suas obrigações nos 
contratos no COMAER.
Direito Privado
O Direito, de forma bastante simples, é o conjunto de regras impostas pelo Estado 
que disciplinam as relações da vida em sociedade. Tais regras podem estar expressas em 
leis, regulamentos ou mesmo estabelecidas na forma de princípios. Tradicionalmente, o 
Direito é dividido em dois ramos principais: Direito Privado e Direito Público
 O Direito Privado se ocupa de interesses individuais, esta-
belecendo regras de organização social e convivência a serem 
obedecidas pelas pessoas em suas atividades particulares. São 
exemplos o Direito Civil e o Direito Empresarial.
Direito Público
O Direito Público é o responsável por reger as relações 
jurídicas entre os Estados e entre estes e os particulares, tanto 
no campo sociocultural quanto econômico-financeiro. O Direi-
to Público contém as regras disciplinadoras das relações que 
envolvem interesses da sociedade como um todo, a exemplo 
das normas de Direito Constitucional, Direito Tributário, Direi-
to Penal e Direito Administrativo, objeto do nosso estudo.
6
 Muitos são os conceitos de Direito Administrativo. Vejamos alguns desses concei-
tos:
 Para Celso Antônio Bandeira de Melo, o Direito Administrativo é o ramo do direito 
público que disciplina a função administrativa e os órgãos que a exercem. Já para José 
dos Santos Carvalho Filho o Direito administrativo é o conjunto de normas e princípios 
que, visando sempre ao interesse público, regem as relações jurídicas entre as pessoas e 
órgãos do Estado e entre estes e as coletividades a que devem servir.
 Como visto, o Direito Administrativo rege a atividade da Administração Pública e 
tem por objetivo o interesse público primário, que é o interesse da coletividade. É o Direi-
to Administrativo que norteia a Administração Pública e informa que ao cuidar do 
interesse público deve atuar dentro dos limites da lei e deve fazer somente aquilo 
que a lei autoriza a fazer, assim sendo, a Administração Pública não possui a mes-
ma liberdade que o particularna condução de seus processos.
 Nesse contexto, torna-se evidente que diferente do particular, a Administração 
Pública não possui liberdade nas suas contratações, pois não deve basear seus julga-
mentos somente no critério subjetivo do agente público. Ou seja, enquanto um particular 
pode escolher com quem contratar, o agente público, não. Ele deve abrir processos pró-
prios para decidir com quem contratar.
 É isso que ocorre com as contratações públicas elas devem ser precedidas de 
procedimentos licitatórios para que haja a escolha da futura contratada, não sendo, por-
tanto, uma atividade-fim e sim uma atividade-meio necessária para que a Administração 
Pública escolha a empresa com a qual celebrará o contrato.
 Mais adiante, explicaremos melhor sobre licitação e contrato, mas enquanto isso, 
vamos adiantar que a Administração Pública, por vezes, não executa diretamente seus 
serviços ou necessita adquirir algo. Nesses casos precisamos contratar com um Parti-
cular. Para isso, é feito um processo licitatório ou uma dispensa, inexigibilidade. Após o 
resultado, teremos uma “Empresa” que firmará um Contrato de Despesa ou de Receita 
com a Administração Pública. E é nesse momento que surge a figura do Fiscal.
 Agora que já explicamos onde se enquadra o Direito Administrativo, entraremos no 
estudo sobre o mesmo.
 É o Direito Administrativo quem rege, por exemplo, na organização da Adminis-
tração Pública: a relação entre o Estado e os participantes de uma licitação; a relação en-
tre o Estado e seus próprios servidores e empregados; a conduta dos agentes públicos; 
a prestação de serviços públicos, inclusive por particulares; a intervenção do Estado na 
sociedade; em suma, todo aparelhamento (órgãos e agentes) e atividade estatal desen-
volvida para atender as demandas da sociedade e para garantir a plena satisfação dos 
direitos fundamentais dos cidadãos.
7
Resumo
 O Direito veio para regulamentar e viabilizar a vida em sociedade. Ele se divide, ba-
sicamente, em Direito Privado e Direito Público. O Direito Privado tem como objetivo 
o interesse do particular, são exemplos o Direito Civil e o Direito Empresarial. Já o Direito 
Público tem como função reger as relações jurídicas entre os Estados e entre estes e 
os Particulares, é regido pelo Direito Público, dentre outros, o Direito Administrativo. 
O Direito administrativo é o conjunto de normas e princípios que, visando sempre ao 
interesse público, rege as atividades entre Estados e entre Estado e Particular. 
 Aprendemos que o Administrador Público somente pode atuar dentro dos limi-
tes da lei e somente fazer o que a lei permite e ele não possui a mesma liberdade que o 
particular na contratação. A Administração Pública, por vezes, não executa diretamente 
seus serviços ou necessita adquirir algo.
 Nesses casos precisamos contratar com um Particular, para isso, é feito um 
processo licitatório ou uma dispensa, inexigibilidade. Após o resultado, teremos uma 
“Empresa” que firmará um Contrato de Despesa com a Administração Pública. E é nesse 
momento que surge a figura do Fiscal.
Veremos a seguir como os Contratos Administrativos se desenvolvem.
8
1.1.2 FUNDAMENTAÇÃO
INTRODUÇÃO
CONCEITOS FUNDAMENTAIS E DEFINIÇÕES GERAIS
Como falamos anteriormente, a Administração Pública, por vezes, não exerce suas 
atividades diretamente, por meio de seus servidores. Assim, ela precisa se socorrer de 
particulares, entidades privadas para exercerem tais atividades, com isso, nessas ativi-
dades em que o Estado precisa da colaboração dos particulares, surge a necessidade 
da celebração de contratos, nos quais há formação do vínculo entre o Particular e a 
Administração.
Como escolhemos esse Particular que vai prestar esse seviço? Como já destaca-
mos, o Agente Público não pode simplesmente escolher um Particular. Para decidirmos 
quem vai firmar o Contrato, temos um procedimento chamado de Processo Licitatório 
e é através dele que teremos o Particular que prestará tais serviços para a Administração.
Após, termos o nome do Particular (que pode ser uma Empresa) que prestará os 
serviços, precisamos formalizar um Contrato e é nele que teremos as obrigações entre 
as partes, vigência, valores, dentre outros itens que veremos mais adiante.
Apenas para melhor esclarecer, vamos explicar que os contratos celebrados pelo 
Estado Administração com terceiros configuram um gênero a que se convencionou cha-
mar “Contratos da Administração”. Dentro do gênero, os “Contratos da Administração” 
podem ser de duas espécies:
• Contratos de Direito Privado da Administração Pública; e
• Contratos Administrativos.
 Em nosso curso iremos nos prender ao estudo dos Contratos Administrativos, 
foco principal de sua atuação, como fiscal.
 A fim de contribuir para o melhor entendimento dos dispositivos estabelecidos na 
presente Instrução, são firmados os seguintes conceitos:
 É a atividade exercida, de modo sistemático, pelo Fiscal de Contrato com o objeti-
vo de avaliar o cumprimento das disposições contratuais e das ordens complementares 
emanadas da Administração sobre a execução do instrumento contratual, em todos os 
seus aspectos, para identificar a possibilidade da ocorrência de desvios, a fim de adotar 
ações preventivas no sentido de evitá-los ou, quando fora da sua esfera de competência, 
propô-las à autoridade superior.
Acompanhamento
 É a autoridade situada em posição hierárquica imediatamente acima daquela que 
decide, seja por vínculo de cargo, encargo ou comissão.
Autoridade Superior
9
É a Comissão formada por no mínimo três membros que, por intermédio da Uni-
dade Gestora contratante que representa o Comando da Aeronáutica junto à empresa 
contratada, tem como atribuições efetuar o recebimento do objeto, seja ele bem material 
ou serviço.
É o acordo administrativo, consensual, formal, oneroso e comutativo, firmado com 
pessoa física ou jurídica de natureza privada ou pública, que tem por finalidade adquirir, 
resguardar, transferir, modificar ou extinguir direitos ou obrigações, para a consecução 
de objetivos de interesse público, nas condições estabelecidas pela própria Administra-
ção.
É a pessoa física ou jurídica, de natureza pública ou privada, signatária de instru-
mento contratual firmado com a Administração Pública.
É o órgão ou entidade da Administração Pública signatária, em nome da União, de 
instrumento contratual firmado com pessoa física ou jurídica de natureza pública ou pri-
vada.
Comissão de recebimento de material ou serviços (COMREC)
Contrato
Contratada
Contratante
Fiscal de Contrato
É o Agente da Administração, designado pela autoridade competente, com conhe-
cimento técnico ou específico do objeto contratado, para atuar como representante da 
Unidade no acompanhamento e na fiscalização da execução de instrumentos contratu-
ais, desde o início até o término da sua vigência. É responsável pela coordenação das 
atividades relacionadas à fiscalização técnica, administrativa, setorial e pelo público usu-
ário, bem como dos atos preparatórios à instrução processual e ao encaminhamento da 
documentação pertinente ao setor de contratos para formalização dos procedimentos 
quanto aos aspectos que envolvam a prorrogação, alteração, reequilíbrio,pagamento, 
eventual aplicação de sanções, extinção dos contratos, dentre outros. Nos contratos refe-
rentes às obras e serviços de engenharia, o fiscal do contrato deverá, entre outros tantos 
aspectos, além de cumprir e de fazer cumprir as regras de procedimentos emanadas 
pelo Órgão Central do Sistema ou Órgão competente e de demais normativos que tratam 
damatéria: verificar e acompanhar o cronograma físico da obra ou serviço; conferir e con-
trolar o cronograma físico-financeiro; atestar as faturas, as medições, as notas fiscais ou 
os documentos equivalentes; visitar regularmente os canteiros de obras; aferir o registro 
no diário de obras; atestar o recebimento provisório ou o definitivo; aferir os produtos 
ou os serviços prestados;entre outros. É permitida, desde que fundamentado pelo Orde-
nador de Despesas, acontratação de terceiros para assisti-lo e assessorá-lo de informa-
ções pertinentes às atribuições definidas no ato da designação, em situações em que o 
conhecimento técnico do Fiscal decontrato não seja suficiente para o exercício pleno do 
encargo atribuído e desde que não haja na OM agente com o perfil técnico requerido e 
tam pouco em outras OM da Força onde se possa recorrer. 
10
É a atividade exercida por agente da administração na qualidade de fiscal de contra-
to, de modo sistemático, com o objetivo de verificar o cumprimento das disposições con-
tratuais e das ordens complementares emanadas da Administração sobre a execução do 
instrumento contratual, em todos os seus aspectos, a fim de identificar desvios e adotar 
ações no sentido de corrigi-los ou, quando fora da sua esfera de competência, propô-las 
à autoridade superior.
Fiscalização
Documento legal, por intermédio do qual a Administração solicita ou autoriza o for-
necimento do material, a execução do serviço ou da obra e assegura ao fornecedor ou 
prestador de serviço o pagamento do compromisso assumido. É utilizada para registrar 
as operações que envolvem despesas orçamentárias realizadas pela Administração Pú-
blica, indicando o nome do credor e seus dados cadastrais, a especificação do objeto e a 
importância da despesa, bem como a dedução desta do saldo da dotação orçamentária 
própria.
Nota de empenho
Gestor de Contratos
É o Agente da Administração, designado pela autoridade competente, para o exercí-
cio de um cargo previsto na estrutura regimental da OM, com atribuições gerais e espe-
cíficas definidas em ato próprio ou constante do Regulamento ou do Regimento Interno, 
com a finalidade de coordenar e de acompanhar administrativamente a execução de 
termos contratuais (empenho, contratos, convênios, de acordos, de ajustes, de termos 
de ajustes, de termos de cooperação, de instrumentos congêneres, outros), quando não 
houver agente designado (Gestor de Convênios). 
Compra de bem material, prestação de qualquer tipo de serviço e execução de obra, 
relacionados a contratos, quando citados genérica ou conjuntamente
São os serviços auxiliares e necessários à Administração para o desempenho de 
suas atribuições, os quais, se interrompidos, podem comprometer a continuidade de 
suas atividades e cuja contratação deva estender-se por mais de um exercício financeiro, 
de acordo com o regulamentado pelo DECRETO Nº 9.507, DE 21 DE SETEMBRO DE 2018.
Ato de verificar criteriosamente a quantidade e a qualidade do material ou do servi-
ço, em confronto com o estabelecido no instrumento contratual, seja no que se refere à 
sua especificação ou ao descrito em seu projeto básico ou executivo, a fim de certificar a 
sua conformidade para consequente aceitação do objeto.
Objeto
Serviços de natureza contínua
Recebimento
11
De acordo com o art. 22, XXVII, da Constituição Federal, compete privativamente à 
União Federal legislar sobre “normas gerais de licitação e contratação, em todas as mo-
dalidades, para as Administrações Públicas Diretas, autárquicas e fundacionais da União, 
Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecendo o disposto no art. 37, XXI, e para as 
empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1º, III.”
Art. 22 Compete privativamente à União legislar sobre:
XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as 
administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito 
Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e 
sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1º, III; (Redação dada pela Emen-
da Constitucional nº 19, de 1998)
Art. 37 A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
1.1.3 DISPOSITIVOS LEGAIS DA ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA FEDERAL
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e 
alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igual-
dade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações 
de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual 
somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à 
garantia do cumprimento das obrigações. (Regulamento)
Art. 173 Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de 
atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos 
da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de eco-
nomia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou 
comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os 
princípios da administração pública; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
12
Com a finalidade de regulamentar o referido dispositivo, a União editou a Lei nº 
8.666/93, que traz normas gerais sobre licitações e contratos administrativos ce-
lebrados pelos entes da Administração Direta (União, Estados, Distrito Federal e 
Municípios), Administração Indireta (autarquias, fundações Públicas, empresas 
públicas e sociedades de economia mista) e demais entidades controladas direta 
ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios pertinentes a 
obras, serviços, compras e alienações. 
Os contratos administrativos estão disciplinados nos artigos 54 a 80 da Lei nº 
8.666/93, podendo ser utilizados como base de consulta para eventuais dúvidas. 
Além da lei nº 8.666/93, outros instrumentos também são utilizados para dis-
ciplinar as contratações de serviços no âmbito da Administração Federal, como por 
exemplo a Instrução Normativa nº 05, de 26 de maio de 2017, que veremos a seguir.
Instrução Normativa nº 5, de 26 de maio de 2017, dispõe sobre as regras e as diretri-
zes do procedimento de contratação dos serviços sobre regime de execução indireta no 
âmbito da Administração Pública federal direta, autárquica e fundacional. 
Instrução Normativa nº 40, de 22 de maio de 2020, dispõe sobre a elaboração dos 
Estudos Técnicos Preliminares - ETP - para a aquisição de bens e a contratação de servi-
ços e obras, no âmbito da Administração Pública federal direta, autárquica e fundacional, 
e sobre o Sistema ETP digital.
LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993 
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 5, DE 26 DE MAIO DE 2017 E 
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 40, DE 22 DE MAIO DE 2020
É uma ferramenta que busca promover inovação, planejamento integrado 
das compras, redução de custos e transparência.
A ferramenta está disponível para as unidades de compras, em especial aque-
las que atuam como requisitantes de bens ou serviços ou como área técnica dos 
mais variados objetos contratados, por serem os responsáveis pela elaboração do 
referido estudo, deverão ajustar suas rotinas internas de planejamento para plena 
utilização do Sistema ETP digital em todos os seus processos de aquisição de bens 
e a contratação de serviços e obras.
Estudo Técnico Preliminar (ETP) é o documento que integra a fase de plane-
jamento das contratações públicas e tem o objetivo de demonstrar a real neces-
sidade da contratação, analisar a viabilidade técnica de implementá-la, bem como 
instruir o arcabouço básico para a elaboração do Termo de Referência ou Projeto 
Básico.
(O manual encontra-se na biblioteca do curso)
Manual do ETP Digital
13
Até agora vimos a existência de legislação própria tratando de contrataçõespúbli-
cas, a Lei n° 8.666, a IN n° 05, de 2017, dentre outras, que regem a matéria contratual no 
âmbito da Administração Pública.
Caro aluno, com base nas legislações já mencionadas, o COMAER redigiu instru-
ções próprias para nortear as atividades e orientar os agentes da Administração.
Com isso, apresentaremos o MCA 172-3 (Manual do Comando da Aeronáutica / 
Execução de Recursos por meio de Suprimento de Fundos e outros Atos de Gestão 
no Exterior) e a ICA 12-23/19 (Instrução do Comando da Aeronáutica / Fiscalização e 
Recebimento de Bens e de Serviço e Aplicação de Sanções Administrativas).
 No nosso estudo, iremos nos ater ao capítulo V, da IN 05, que trata 
da gestão dos contratos. 
Sendo assim, vamos conhecê-los?
1.1.4 DISPOSITIVOS LEGAIS NO ÂMBITO DO COMAER
14
Durante o nosso curso, nos aprofundamos no estudo da Instrução 
ora mencionada.
Aspectos Gerais do Manual de Contratações Públicas do Comando 
da Aeronáutica
Aspectos Gerais da ICA 12-23/19
O manual tem por objetivo estabelecer rotinas e procedimentos a serem adotados 
nas contratações realizadas pelas Unidades Gestoras (UG), no âmbito do Comando da 
Aeronáutica.
A identificação por meio de nome de usuário e senha, em sistema institucional, 
comprova a autoria e autenticidade de documentos produzidos em forma eletrônica e 
serão válidos para todos os efeitos legais, inclusive para auditorias internas, externas, 
comprovação e prestação de contas.
 O conteúdo do manual complementa aspectos relevantes nas contratações pro-
cessadas pelas UG do COMAER, bem como é de caráter obrigatório o cumprimento das 
orientações contidas no referido manual. 
No que tange a gestão contratual (Título III - da Gestão contratual) - Gestão e 
fiscalização da execução contratual são o conjunto de ações que tem por objetivo aferir 
o cumprimento dos resultados previstos pela Administração para os bens adquiridos 
e para os serviços contratados, verificar a regularidade das obrigações previdenciárias, 
fiscais e trabalhistas, bem como prestar apoio à instrução processual e ao encaminha-
mento da documentação pertinente à Seção de Contratos para a formalização dos proce-
dimentos relativos a repactuação, alteração, reequilíbrio, prorrogação, pagamento, even-
tual aplicação de sanções, extinção dos contratos, dentre outras, com vista a assegurar 
o cumprimento das cláusulas avençadas e a solução de problemas relativos ao objeto.
 A ICA 12-23/19 tem por finalidade regular as atividades relacionadas ao acompa-
nhamento, fiscalização contratual, recebimento de bens e serviços, bem como aplicação 
de eventuais sanções administrativas aos licitantes e fornecedores de bens, obras e ser-
viços no âmbito do COMAER.
MANUAL DE CONTRATAÇÕES PÚBLICAS DO COMANDO DA 
AERONÁUTICA
ICA 12-23, DE 2019 (INSTRUÇÃO DO COMANDO DA 
AERONÁUTICA / FISCALIZAÇÃO E RECEBIMENTO DE BENS E DE 
SERVIÇO E APLICAÇÃO DE SANÇÕES ADMINISTRATIVAS)
15
1.2 EXECUÇÃO CONTRATUAL
1.2.1 ESTRUTURA BÁSICA DO CONTRATO                                       
ADMINISTRATIVO
CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS DO CONTRATO
Essas características estão previstas nos arts. 60 a 64, da Lei nº 
8.666/93 e são as seguintes:
Os contratos administrativos, revestem-se de diversas características estrutu-
rais.
Em regra, os contratos devem ser formais e escritos. Cabe destacar, que a lei auto-
riza o contrato verbal nas pequenas compras de pronto pagamento. Vale ainda destacar, 
que o instrumento de contrato é obrigatório nos casos cujo valor se enquadre nos limi-
tes de concorrência e de tomada de preços. O instrumento de contrato é facultativo nas 
compras com entrega imediata e integral, independente do valor;
  A concepção do contrato resulta do consenso e do acordo de vontade das partes;
 Os contratos firmados pela Administração geram ônus financeiro. De regra, esse 
ônus é da Administração, que pagará pelo que contrata;
 O particular contratado é o que melhor comprovou as condições de contratar com 
a Administração, devendo, portanto, ser o responsável pela execução do contrato, ou 
seja, exige-se que o objeto seja executado pelo próprio contratado. Em regra, não se 
admite a subcontratação, que significa passar para terceiro a obrigação de executar o 
serviço. Ela pode ocorrer excepcionalmente e parcialmente, de acordo com o artigo 72 da 
Lei nº 8.666/93 desde que atenda aos requisitos cumulativos de estar prevista no edital, 
prevista no contrato e dentro dos limites admitidos;
• Art. 72 O contratado, na execução do contrato, sem prejuízo das responsabilida-
des contratuais e legais, poderá subcontratar partes da obra, serviço ou forneci-
mento, até o limite admitido, em cada caso, pela Administração.
Formalismo
Consensualismo
Onerosidade
Pessoalidade
16
Passando a tratar da estrutura básica de um contrato, você deve 
saber, primeiramente, que ela é constituída das seguintes partes:
 A equivalência entre as obrigações das partes previamente ajustadas e conhecidas.
   O cabeçalho de um contrato é elaborado de acordo com o padrão para ofício es-
tabelecido pela NSCA 10-2/2019 - Correspondência e Atos Oficiais do Comando da Aero-
náutica;
O contrato é numerado sequencialmente em algarismos arábicos, seguidos da sigla 
da organização militar e fechado com a declinação do ano em que foi firmado. Exemplo: 
Contrato nº 001/CAE-PAMAGL/2020;
 Você encontrará o contrato com os seguintes graus de sigilo a ele atribuídos, a 
critério da Administração, em face da natureza do objeto e das condições contratuais: 
ostensivo, reservado e secreto;
De receita, considerado como aquele que arrecada recursos financeiros, tendo 
como objeto a cessão de uso de bens patrimoniais da União, móveis ou imóveis, sob a 
jurisdição do COMAER, bem como a prestação de serviços a entidades públicas ou pri-
vadas, nas situações previstas na legislação que rege o assunto, como o que ocorre na 
cessão de espaço para funcionamento de agência bancária, cantina e lavanderia, entre 
outros;
De despesa, no caso de contratos custeados com recursos orçamentários da União, 
sejam eles de compra de bem material ou de contratação de prestação de serviços ou 
obras , entre outros, criando para a unidade gestora signatária a obrigação de pagar a 
vinculada à execução do objeto, podemos citar um exemplo de tipos de contrato: contra-
to de compra de material aeronáutico, ou contrato de prestação de serviço de manuten-
ção de aeronave;
Comutatividade
Cabeçalho
Número
Graus de Sigilo
Tipo de Contratos
PREÂMBULO
O preâmbulo é a parte inicial do contrato e compõe-se dos seguintes tópicos:
17
 No que tange à espécie, o instrumento contratual será denominado: Termo de con-
trato; Cartacontrato, espécie facultada para substituir o termo de contrato, no caso de 
contratação decorrente de licitação na modalidade convite; e Nota de empenho da des-
pesa;
 Deverá constar no corpo do texto do contrato, nos casos decorrentes de licitação, 
a modalidade que foi utilizada no processo licitatório, as modalidades podem ser as se-
guintes: Concorrência, tomada de preços, convite, concurso, leilão, ou pregão. Nos casos 
de contratação direta, essa informação também deverá constar no corpo do texto e es-
tará indicada de acordo com o previsto na Lei nº 8.666, de 1993, mediante dispensa de 
licitação, ou inexigibilidade de licitação;
 A publicação do extrato resumido do contrato na imprensa oficial ou, quando for o 
caso, a do extrato da ficha de ratificação da dispensa ou da inexigibilidade de licitação é 
condição imprescindível para a sua eficácia. Neste caso o número e data do Diário Oficial 
da União (DOU) deverão estar registrados no preâmbulo. Quando se tratar de contrato 
classificado no grau de sigilo “reservado” ou “secreto”, a publicação estará limitada aos 
seus respectivos números, datas de expedição e ementas redigidas de modo a não com-
prometer o sigilo;
 Estará indicada no contrato a sujeição das partes contratantes à Lei nº 8.666 e às 
cláusulas contratuais
 As partes, (a contratante e a contratada) deverãoestar devidamente qualificadas, 
bem como os seus respectivos representantes
Espécie
Formas de Contratação
Publicação
Sujeição
Qualificação das Partes Contratantes
18
MODELO BÁSICO DE ESTRUTURA DE CONTRATO
19
É importante que você observe que os contratos devem estabelecer 
com precisão as condições para sua execução, expressas em cláusulas 
que definam direitos, obrigações e responsabilidades das partes, 
em conformidade com a licitação e proposta a que se vincula. Para 
isso, vamos conhecer primeiramente as cláusulas necessárias e 
obrigatórias.
1.2.2 CLÁUSULAS
Caro aluno, o contrato tem seus termos e condições estruturados sob a forma de 
cláusulas e, entre elas, àquelas denominadas “cláusulas necessárias”, segundo o que 
dispõe o artigo 55 da Lei nº 8.666, que, por sua vez, também são chamadas de “cláusulas 
obrigatórias”, de acordo com  o estabelecido na Decisão 112/*TCU/1996 (disponível na 
biblioteca curso), ratificada no Manual de Contratações Públicas do Comando   da Ae-
ronáutica. Todavia, as cláusulas necessárias ou obrigatórias não esgotam a formulação 
de um contrato e, portanto, a Administração precisa criar “cláusulas adicionais” a fim de 
suprir necessidades e condições específicas que venham surgir para a elaboração de um 
determinado instrumento contratual.
* TCU - Tribunal de Contas da União - Organização de Controle Externo
Art. 55, da Lei nº 8.666/93 
Art. 55 - São cláusulas necessárias em todo contrato as que estabeleçam: 
 
I - o objeto e seus elementos característicos; 
II - o regime de execução ou a forma de fornecimento;
III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e periodicidade 
do  reajustamento de preços, os critérios de atualização monetária entre a data do 
adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento;
IV - os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de entrega, de obser-
vação e de recebimento definitivo, conforme o caso; 
V - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional 
programática e da categoria econômica; 
VI - as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando exigidas; 
VII - os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e os va-
lores das multas;
VIII - os casos de rescisão; 
IX - o reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de rescisão adminis-
trativa prevista no art. 77 desta Lei; 
X - as condições de importação, a data e a taxa de câmbio para conversão, quando 
for o caso;
XI - a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu, ao 
20
convite e à proposta do licitante vencedor;
XII - a legislação aplicável à execução do contrato e especialmente aos casos omis-
sos; 
XIII - a obrigação do contratado de manter , durante toda a execução do contrato, 
em compatibilidade com as obrigações por ele assumidas, todas as condições de 
habilitação e qualificação exigidas na licitação.
§ 1º (Vetado).             (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
 
§ 2º  Nos contratos celebrados pela Administração Pública com pessoas físicas ou 
jurídicas, inclusive aquelas domiciliadas no estrangeiro, deverá constar necessaria-
mente cláusula que declare competente o foro da sede da Administração para diri-
mir qualquer questão contratual, salvo o disposto no § 6o do art. 32 desta Lei.
 
§ 3º  No ato da liquidação da despesa, os serviços de contabilidade comunicarão, 
aos órgãos incumbidos da arrecadação e fiscalização de tributos da União, Estado 
ou Município, as características e os valores pagos, segundo o disposto no art. 63 da 
Lei no 4.320, de 17 de março de 1964.
CLÁUSULAS “NECESSÁRIAS” OU “OBRIGATÓRIAS”
  Mais adiante, vamos aprofundar nas cláusulas que compõem o Contrato, mas de 
início é importante destacar que o art. 55 da Lei nº 8.666/93, define que são cláusulas 
obrigatórias, aquelas que estabelecem: 
I. Objeto (Descrição da obra, do serviço, ou do fornecimento do bem contratado);
II. Regime de execução ou forma de fornecimento  (A forma de execução pode 
ser direta ou indireta, sendo direta aquela em que a Administração executa dire-
tamente o objeto, com a utilização de seus meios e a indireta, quando contrata 
terceiros. Já a forma de fornecimento, pode ser integral, quando o objeto adquirido 
for entregue em sua totalidade, exemplo: se adquire 10 computadores para serem 
entregues todos de uma só vez ou parcelado, como no caso de entregas mensais de 
“x” garrafas de água adquiridas);
III. Preço, condições de pagamento e critérios de ajuste   (Todo contrato firmado 
no País deve ter seu valor definido na moeda corrente nacional, salvo as exceções 
previstas em lei. O contrato deve prever como será a forma de pagamento);
IV. Prazos de início e de conclusão, de entrega (Serão definidos, basicamente, os 
seguintes prazos: vigência e execução. A vigência, em regra, inicia com assinatura do 
contrato e engloba o prazo de execução, o prazo de recebimento e o último prazo 
previsto para o pagamento ou o último evento contratual. A execução é aquele que 
estabelece o prazo de entrega do bem, da execução ou do serviço. Quanto ao prazo 
de recebimento, este pode ser provisório ou definitivo, conforme será abordado 
durante a realização do curso);
V. Crédito pelo qual correrá a despesa (O contrato deve prever e especificar o 
crédito para custeio. Considera-se despesa pública o gasto autorizado no orçamen-
to para atendimento às finalidades do Estado, isto é, o que pode ser realizado pelo 
governo);
21
 Em seu § 2º, ainda do art 55, acrescenta que “nos contratos celebrados pela Ad-
ministração Pública com pessoas físicas ou jurídicas, inclusive aquelas domiciliadas 
no estrangeiro, deverá constar necessariamente cláusula que declare competente 
o foro da sede da Administração para dirimir qualquer questão contratual, salvo o 
disposto no § 6º do” art. 32 da Lei  nº 8.666/93. 
O MCA 172-3 também traz informações sobre cláusulas obrigatórias e são as 
seguintes:
Cláusula “Fiscalização do Contrato” - “A execução do contrato deverá ser acom-
panhada e fiscalizada por um representante da Administração especialmente designado, 
permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações perti-
nentes a essa atribuição”, é o que diz expressamente a Lei nº 8.666, no seu artigo 67 e nos 
Acórdãos 2930/TCU/2006, 184/TCU/2012 e 1620/ TCU/2012 - Todos Plenário. (Disponível 
na biblioteca do curso)
VI. Garantias oferecidas, quando exigidas (A Administração deve avaliar sua ne-
cessidade de acordo com a complexidade do objeto do contrato. Caso seja verificada 
a necessidade da prestação de garantia contratual, o contratado pode optar por 
uma das seguintes modalidades: Caução em dinheiro, Seguro-garantia, Caução em 
títulos da dívida pública; e Fiança bancária. Cabe destacar que, a garantia só será 
exigida se estiver prevista no ato convocatório);
VII. Direitos e responsabilidades das partes, penalidades cabíveis e valores das 
multas (Conforme tratado, a relação contratual possui direitos e obrigações para 
ambas as partes e é no Termo de Contrato, Projeto Básico ou Termo de Referência 
que estes direitos e responsabilidades vêm escritos. No caso de descumprimento 
das obrigações, é possível aplicação de penalidades, mais conhecidas como san-
ções, e o Projeto Básico, Termo de Referência e Contratos devem prever estas pena-
lidades. O estudo das penalidades será visto mais adiante, no item 2.3.1);
VIII. Casos de rescisão, multas (Os casos de rescisão estão previstos no nosso item 
2.2.3);
IX. Reconhecimento de direitos da Administração em caso de rescisão por ine-
xecução do contrato multas (Rescisão será tratada no nosso item 2.2.3);
X. Condições de importação, quando for o caso (Deve estar definido no contrato, 
por exemplo, que o pagamento feito a contratado estrangeiro será efetuado em 
moeda nacional, à taxa de câmbio vigente no dia útil imediatamente anterior à data 
do efetivo pagamento);
XI. Vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou(Como vimos, 
o contrato surge após uma licitação, na qual uma Empresa saiu vencedora. Para ter-
mos uma licitação, temos um processo licitatório, o qual possui um edital. O edital 
é a lei interna da licitação e vincula inteiramente a Administração e os proponentes 
- Hely Lopes Meirelles, Direito Administrativo Brasileiro, 30a ed., SP: Malheiros, p. 
283);
XII. Legislação aplicável (Quais legislações que regem àquele contrato);
XIII.  Obrigação do contratado de manter as condições de habilitação e 
qualificação exigidas na licitação  (Se uma Empresa saiu vencedora da licitação, 
foi porque ela possuía as condições estabelecidas, assim, não basta possuir as 
qualificações no momento da licitação, ela necessita manter durante toda a a vigên-
cia contratual).
22
Cláusula “Foro” - Esta cláusula (§2°, art. 55 da Lei nº 8.666/93) define que a com-
petência para dirimir qualquer questão contratual relativa a contratos celebrados com 
pessoas físicas ou jurídicas, inclusive com aquelas domiciliadas no estrangeiro, é a do 
foro da Justiça Federal. Você verá que o foro é o da localidade da sede da Administração 
da UG contratante. Todavia, regra geral, poderá haver exceção a esse respeito nos casos 
de: Licitações internacionais para aquisição de bens ou serviços, cujo pagamento seja 
feito com o produto de financiamento concedido por organismo financeiro internacional 
de que o Brasil faça parte ou por agência estrangeira de cooperação; compra de equi-
pamentos fabricados e entregues no exterior , desde que para tal, tenha havido prévia 
autorização do Chefe do Poder Executivo; e aquisição de bens e serviços realizados por 
unidade administrativa com sede no exterior. Exemplo: Comissões Aeronáuticas Brasilei-
ras, na Europa ou em Washington, CABE ou CABW, respectivamente. 
    Antes de tratarmos das cláusulas adicionais, cabe introduzir um assunto que será 
visto no capítulo seguinte, são as cláusulas exorbitantes, aquelas que são consideradas 
prerrogativas de direito público, considerando a posição de supremacia da Administra-
ção Pública, que tutela o direito da coletividade em face do Particular e são elas: 
 Dando continuidade ao estudo da estrutura contratual, foi visto até aqui que as 
cláusulas “necessárias” ou “obrigatórias” compõem a espinha dorsal de um contra-
to. Estas cláusulas, porém, não esgotam sua formulação definitiva, e, por este motivo, 
a Administração se vê obrigada a criar “cláusulas adicionais”, a fim de suprir necessi-
dades e condições específicas que surgem na tarefa de elaboração de um determinado 
instrumento contratual. Assim sendo, passaremos, a partir deste momento, ao estudo 
das “cláusulas adicionais” e, nesse sentido, abordaremos apenas aquelas mais utilizadas 
pela Administração Pública, haja vista que não existe uma regra para que sejam criadas, 
a não ser pela exigência de que deverão estar sempre em consonância com a legislação 
que rege o assunto.
• Alteração unilateral do contrato (art. 58, I);
• Rescisão unilateral (art. 58, II);
• Fiscalização da execução do contrato (art. 58, III);
• Aplicação de sanções (art. 58, IV);
• Ocupação de bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do 
contrato, quando o ajuste visa à prestação de serviços essenciais (art. 58, V); 
• Exigências de garantias pela Administração (art. 56);
• Restrições à oposição, pelo contratado, da exceção do contrato não cumprido 
(art. 78, XV).
CLÁUSULAS “ADICIONAIS”
Como vimos, um contrato administrativo é constituído de cláusulas chamadas:
• Cláusulas “Necessárias” ou “Obrigatórias”, assim denominadas aquelas exigi-
das por força de lei, complementadas pelo MCA 172-3 e pelo Manual de Contra-
tações Públicas do COMAER ; e 
• Cláusulas “Adicionais”. 
23
 Dessa maneira, para seu melhor entendimento, vamos descrevê-las e 
comentá-las a seguir.
 Haja vista que alterações contratuais estão previstas em lei, não haveria necessi-
dade de que elas figurassem na elaboração de um contrato para que fossem praticadas. 
Não obstante, a Administração insere a cláusula “alterações contratuais” no contrato ape-
nas para enfatizar as situações em que elas são permitidas. É importante saber que, 
o contrato administrativo pode ser alterado somente pela Administração, por in-
termédio de termo aditivo, exclusivamente nos casos previstos no art. 65 da Lei nº 
8.666, de 1993, nas seguintes situações: 
unilateralmente, pela contratante; e por acordo entre as partes. Toda altera-
ção contratual será precedida, obrigatoriamente, de apresentação de justificativa devida-
mente circunstanciada pelo Fiscal e da respectiva aprovação do ordenador de despesas 
e do Parecer Técnico do Fiscal. Ainda sobre o assunto, se faz necessário que o termo 
aditivo seja precedido de aprovação pelo Órgão Jurídico competente e publicado no DOU 
para que a alteração contratual adquira a devida eficácia legal.
    Para seu conhecimento, destacamos que uma importante alteração unilateral 
usualmente praticada pela Administração é aquela que obriga o contratado a acei-
tar, mantidas as mesmas condições contratuais celebradas, os acréscimos que se 
fizerem necessários nas obras, serviços ou compras, até 25% do valor inicial atua-
lizado do contrato, e, no caso de reforma de edifício ou de equipamento, este per-
centual é de 50%.
 O recebimento do objeto, seja ele um bem material ou serviço ou obra, é um 
evento importantíssimo, se não o mais importante para a Administração durante 
a execução do contrato. Dessa forma, essa cláusula adicional é instrumento primordial 
para estabelecer procedimentos específicos para qualquer Comissão de Recebimento 
(Comissões de Recebimento de Material ou Serviços  - COMREC, Grupo de Acompanha-
mento e Controle - GAC, Comissões Internas das diversas Unidades Gestoras Executo-
ras - UGEXEC e Unidades Gestoras Credoras UGCRED, no Brasil ou exterior, Gestores e/
ou Fiscais de Contratos), em face das peculiaridades de cada objeto, o que deverá ser 
acompanhado e fiscalizado pelo FISCAL.
Cláusulas “alteração contratual” 
Cláusula “recebimento do objeto” 
24
Quais são as condições básicas de recebimento do objeto?
Então, vejamos:
Ao concluirmos a apresentação seletiva dos conceitos, dos quais 
julgamos imprescindível a compreensão para o desempenho das 
atividades de acompanhamento e fiscalização contratual, salientamos 
que a íntegra daqueles que estão listados no Manual de Contratações 
Públicas do COMAER tem igual importância e que, por este motivo, 
você deverá se familiarizar com todos de forma geral.
Assim sendo, depois de você ter compreendido o significado dos 
principais conceitos aplicáveis ao contrato, passaremos a abordar 
a estrutura básica contratual, cuja compreensão é condição 
indispensável para o bom desempenho das atividades de GESTOR ou 
FISCAL.
  Segundo o art. 73 e seus parágrafos, bem como o art. 74, ambos da Lei nº 
8.666/93, são as seguintes:
 Pelo responsável por seu acompanhamento e fiscalização, mediante termo de rece-
bimento circunstanciado, que deverá ser assinado pelas partes em até 15 dias da comu-
nicação por escrito do contratado; e
Por militar, servidor ou comissão, designados pela autoridade competente, median-
te termo de recebimento circunstanciado, que deverá ser assinado pelas partes depois 
do decurso do prazo de observação ou vistoria que comprove a adequação do objeto ao 
contrato, em prazo não superior a 90 dias.
Em se tratando de obras e serviços 
Em se tratando de compras e locação de equipamentos 
Recebimento provisório 
Recebimento definitivo 
25
2. Gerenciamento e 
Fiscalização de Contratos no 
COMAER
2.1 EXECUÇÃO CONTRATUAL
2.1.1 CONTROLE E ACOMPANhAMENTO
DESIGNAÇÃO DO FISCAL
Agora que já possuímos o conhecimento do que é um contrato e 
qual sua função, vamos passar para a análise do gerenciamento e 
fiscalização. Nela trataremos, em um primeiro momento, o controle e 
acompanhamento.
  A Fiscalização do Contrato é uma prerrogativa (melhor dizendo, um poder-
-dever) que determina que a execução do contratoseja acompanhada e fiscalizada 
por um representante da Administração, especialmente designado (art. 67). E assim, 
nos termos da Lei nº 8.666/1993, o representante da Administração anotará em registro 
próprio todas as ocorrências relacionadas com a execução do contrato, determinando o 
que for necessário à regularização das faltas ou defeitos observados ou, se as decisões 
ultrapassarem sua competência, solicitá-las-a seus superiores (art. 67, §1º).
Art. 67, da Lei nº 8.666/93.
Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um 
representante da Administração especialmente designado, permitida a contratação 
de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição.
§ 1º Nos casos de aquisição de equipamentos de grande vulto, o recebi-
mento far-se-á mediante termo circunstanciado e, nos demais, mediante 
recibo.
§ 2º Nos casos de aquisição de equipamentos de grande vulto, o recebi-
mento far-se-á mediante termo circunstanciado e, nos demais, mediante 
recibo.
26
Cabe destacar que a atividade de acompanhamento contratual tem caráter 
eminentemente preventivo, já que visa a identificar a possibilidade de ocorrência de 
futuros desvios, a fim de permitir a adoção de medidas no sentido de evitá-los ou minimi-
zar as suas consequências, caso eles ocorram. Por sua vez, a atividade de fiscalização 
contratual possui caráter de efetividade, presumindo ação presente sobre qualquer 
desvio identificado na execução no sentido de coibi-lo, a fim de que todas as obrigações 
pactuadas sejam cumpridas a pleno pelas partes.
“A fiscalização do contrato é composta por um agente da administração, denomi-
nado FISCAL, o qual deverá ser selecionado pelo conhecimento administrativo e técnico-
-especializado que o capacite à realização das ações de acompanhamento e fiscalização 
do instrumento contratual, de conformidade com o cumprimento dos dispositivos desta 
ICA.” (ICA 65-8/2009).
O FISCAL será um oficial ou civil assemelhado.
O membro da Administração, escolhido para ser Fiscal do Contrato, será designado 
por Portaria publicada, a qual informará o contrato e o início da vigência da Portaria. A 
partir deste momento, passa a ser Fiscal deste contrato e como tal, passa a ter algumas 
obrigações que conheceremos agora.
OBRIGAÇÕES DO FISCAL DE CONTRATO
Como vimos, o FISCAL é o representante do Comando da Aeronáutica designado 
para, em nome da UG contratante, realizar o acompanhamento e a fiscalização do 
instrumento contratual firmado.
Agora, vamos entrar no tema de maior relevância, já que este é o principal foco do 
curso. Como administrador público o gestor de contratos, componente incontestável do 
processo da execução contratual, não pode se omitir perante as responsabilidades ou 
mesmo alegar desconhecimento das obrigações que lhe são devidas ao assumir a gerên-
cia de um contrato e, muito menos, esquecer a importância que sua atuação trará para o 
sucesso na sua execução, independentemente do valor ou objeto envolvido.
Devido à necessidade de especificar e unificar os diversos procedimentos da Admi-
nistração na execução dos contratos, esta parte do nosso curso pretende apresentar as 
especificidades das atribuições do Fiscal de Contrato.
O FISCAL tem, conforme já constatamos, como atribuições gerais o acompa-
nhamento e a fiscalização da execução dos instrumentos contratuais firmados no 
âmbito do Comando da Aeronáutica, seja no país ou no exterior, e está subordi-
nado administrativamente ao Comandante ou Diretor da Unidade que realizou a 
contratação do serviço.
O acompanhamento e a fiscalização do instrumento contratual devem ser perma-
nentes, nos termos nele firmados, bem como nos dispositivos estabelecidos pela legisla-
ção e nas normas em vigor a respeito do assunto, e será exercido no interesse exclusivo 
da contratante, sendo desempenhado pelo FISCAL no exercício das atribuições de sua 
competência, o que não exclui nem reduz a responsabilidade da contratada no cumpri-
mento das suas obrigações. 
 
A atividade de acompanhamento da execução contratual tem caráter preventivo 
para identificar a possibilidade da ocorrência de desvios, visando adotar ações no senti-
do de evitá-los. Já a atividade de fiscalização da execução contratual tem caráter coerciti-
vo, visando adotar ações efetivas para corrigir desvios.
27
A ICA 65-8/2009 é uma importante ferramenta de consulta, já que traz 
definições, atribuições e modelos de documentos essenciais para a atividade de 
Fiscalização, assim sugerimos que a consultem.
• Acompanhar e fiscalizar a execução do instrumento contratual de forma 
plena, a fim de contribuir para que os direitos, as obrigações e as responsabili-
dades nele pactuados sejam fielmente cumpridos pelas partes contratantes de 
acordo com as cláusulas avençadas e as normas instituídas pela Lei de Licitações 
e Contratos Administrativos.
• Levar, oportunamente, as decisões e as providências que extrapolarem sua 
competência ao conhecimento da autoridade superior, o ordenador de des-
pesas da Unidade Contratante, por intermédio do agente de controle inter-
no, a fim de permitir à administração adotar, tempestivamente, as medi-
das julgadas convenientes para a situação relatada.
• Acompanhar e fiscalizar, permanentemente, a execução do instrumento 
contratual, a fim de prestar assessoramento à contratante, no sentido de 
concorrer para que o objeto venha a atender às suas necessidades, devendo 
para tanto:
a) Com relação ao objeto, diligenciar para que a contratada entregue o objeto de 
acordo com o estabelecido no instrumento contratual.
b) Com relação ao regime de execução ou forma de fornecimento, diligenciar 
para que a contratada cumpra o regime de execução estabelecido para a prestação 
do serviço ou forma de fornecimento para a entrega do material, de conformidade 
com o estabelecido no instrumento contratual.
c) No que se refere ao preço e condições de pagamento, o FISCAL deverá:
 - Diligenciar para que a contratada pratique o preço fixado para o objeto na 
forma estabelecida no instrumento contratual original, em termo aditivo, caso 
ocorra a revisão do equilíbrio do contrato, ou no apostilamento do reajuste e 
repactuação;
 - Diligenciar para que os títulos de crédito (Notas Fiscais e “Invoices”) sejam re-
cebidos no destino em tempo hábil para o processamento da liquidação da 
despesa e do pagamento, de forma a evitar atrasos, o que poderá acrescê-lo 
de compensações financeiras ou afetá-lo com perda de descontos previstos 
em cláusula contratual;
 - Controlar as fases do processo de recebimento do objeto, de forma a permi-
tir que a contratante cumpra o cronograma físico-financeiro do instrumento 
contratual e os prazos legalmente estabelecidos para o pagamento de despe-
sas, cuja contagem se inicia a partir da apresentação do título de crédito (Vide 
art. 5º; § 3º da Lei nº 8.666/93);
 - Informar à Administração o total de numerário necessário para pagamento 
das obrigações contratuais do mês subsequente, para fins de planejamento 
do setor de finanças junto à SEFA.
Algumas dessas obrigações dos fiscais são:
28
d) No que se refere aos prazos contratuais, o FISCAL deverá:
 - Controlar rigorosamente, dia a dia, o prazo de vigência contratual, aler-
tando a contratante a respeito de eventual necessidade de sua prorrogação, 
no prazo suficiente para a adoção das devidas medidas para a preparação do 
termo aditivo, antes do encerramento do contrato;
 - Elaborar mapa de controle dos prazos de entrega, de acordo com o cro-
nograma físicofinanceiro estabelecido no instrumento contratual, de 
forma a acompanhar a entrega do objeto pela contratada, em contrapartida 
com a parte financeira a cargo da contratante;
 - Levar à aprovação da contratante qualquer proposta de alteração dos 
prazos previstos para a entrega de material ou serviço, atraso ou antecipa-
ção, alertando-a sobre possíveis prejuízos operacionais ou financeiros;
 - Em caso de ocorrência de atraso na entrega do objeto ou descumprimentode 
outras condições estabelecidas no instrumento contratual exigir da contrata-
da a apresentação de justificativa oportuna e convincente que explanem as 
razões que a motivaram;
 - Encaminhar para análise da contratante as justificativas apresentadas 
pela contratada, na hipótese do cometimento de atraso do prazo de entre-
ga do objeto ou pelo descumprimento de outras condições estabelecidas no 
instrumento contratual, emitindo parecer a respeito da aceitação ou não das 
razões apresentadas pela infratora; e
 - Diligenciar junto à contratante para que o prazo estabelecido no instru-
mento contratual, no qual exista a obrigação da sua parte em fornecer à 
contratada matéria-prima, aeronave, motor, equipamento ou material neces-
sário à entrega do objeto, seja cumprido, a fim de que o cronograma físico-
financeiro seja cumprido.
e) No que se refere ao custeio o FISCAL deverá controlar a disponibilidade dos 
créditos alocados para cobrir as despesas decorrentes do instrumento con-
tratual, a fim de garantir a sua execução, bem como dar cumprimento ao seu 
cronograma físico-financeiro.
f) No que se refere à garantia de execução, o FISCAL deverá:
 - Verificar se a garantia financeira de execução oferecida pela contratada 
se mantém dentro das condições previstas no instrumento contratual, 
na hipótese de alterações contratuais implementadas; e
 - Providenciar para que a contratada apresente garantia financeira de 
execução no prazo estabelecido no instrumento contratual.
29
g) No que se refere à garantia técnica, o FISCAL deverá conferir se o produto/
serviço está de acordo com os termos ajustados no instrumento contratual, 
exigindo o cumprimento de todas as condições constantes na proposta de preços e 
ou na proposta técnica.
h) No que se refere às alterações contratuais, o qual o assunto será tratado no 
capítulo seguinte, cabe ao FISCAL apresentar um parecer técnico, relatando deta-
lhadamente os motivos determinantes da alteração, com o seu entendimento sobre 
a aceitabilidade ou não da alteração, demonstrando que a extensão do prazo pro-
porcionará obtenção de preços e condições mais vantajosas para a Administração.
Dentre as atividades genéricas do acompanhamento e fiscalização da execução 
contratual, deve-se destacar que o FISCAL deverá:
• Intermediar formalmente todas as comunicações referentes à execução do ins-
trumento contratual entre a contratada e contratante e vice-versa, mantendo 
cópias de todos os documentos;
• Esclarecer formal e prontamente as dúvidas apresentadas pela contratada;
• Solicitar à contratante, em tempo hábil, a adoção das medidas convenientes para 
as decisões que ultrapassarem o seu nível de competência;
• Manter a contratante atualizada sobre a programação dos cursos, contendo a 
data de início, duração, o número de participantes e locais, a fim de planejamen-
to prévio das atividades e indicação dos participantes, quando o instrumento 
contratual tenha como objeto elevação de nível, treinamento ou aperfeiçoamen-
to de recursos humanos;
• Aferir , periodicamente, a qualidade da matéria-prima e dos componentes que 
serão utilizados na execução do objeto, devendo, ainda, solicitar à contratada os 
seus correspondentes certificados de garantia;
• Comunicar , de imediato, à contratante as ocorrências ou circunstâncias notadas 
durante a fiscalização, as quais possam acarretar dificuldades na execução do 
instrumento contratual;
• Exigir o cumprimento do previsto nas cláusulas contratuais com relação às obri-
gações de seguro, despesas de embalagem, transporte e desembaraço alfande-
gário, quando for o caso, não permitindo que os custos ou as obrigações atribu-
ídas à contratada sejam repassados para a contratante;
• Exigir a regularidade no cumprimento de disposições técnicas, especificamente 
relacionadas ao objeto. Exemplo: a contratada que precisa da renovação de 
certificação do Inmetro para fornecimento dos serviços previstos no contrato;
• Diligenciar junto à contratante para que o prazo estabelecido no instrumento 
contratual, no qual exista a obrigação da sua parte de fornecer à contratada 
matéria-prima, aeronave, motor , equipamento ou material necessário à entrega 
do objeto, seja cumprido, a fim de que o cronograma físico-financeiro seja obe-
decido; e
Generalidades
30
• Efetuar o acompanhamento e a fiscalização sobre a execução financeira do con-
trato, mediante o controle sobre os pagamentos efetuados com a correspondên-
cia entre os títulos de crédito e os correspondentes termos de recebimento.
RELATÓRIO DE SITUAÇÃO DE INSTRUMENTO CONTRATUAL 
RSC
 Por exigência legal, o FISCAL deverá fazer o registro de todas as ocorrências relacio-
nadas com a sua execução, determinando o que for necessário à regularização das faltas, 
falhas ou defeitos observados, com relação às obrigações das partes. Essas anotações 
e registros servirão de base para a confecção do Relatório de Situação de Instrumento 
Contratual (RSC).
Como já destacamos, o FISCAL deverá elaborar, mensalmente, um relatório com o 
resumo dos fatos extraídos das ocorrências anotadas no livro de registro durante a exe-
cução do instrumento contratual, o que será consubstanciado sob a forma do RSC.
Os anexos deverão ser juntados ao RSC na mesma sequência dos assuntos reporta-
dos nas respectivas atividades.
O RSC deverá ser encaminhado ao Controle Interno e Ordenador de Despesas, 
mensalmente, até o quinto dia útil do mês subseqüente ao mês de referência.
Caso o FISCAL administre mais de um contrato, deverá ser elaborado um RSC para 
cada contrato.
E se houver mais de um contrato com a mesma Empresa, deve ser um RSC por con-
trato.
O último RSC será designado “Relatório Final”, devendo conter em anexo a có-
pia do Termo deEncerramento do Contrato (Anexo N, da ICA 65-8/2009) sob o título 
“CONCLUSÃO”, a seguinte expressão:
“CONTRATO ENCERRADO”, além das seguintes observações:
Que toda a documentação referente ao período de execução do contrato encer-
rado está sendo remetida, para arquivo, à contratada; e
O destino do material permanente utilizado pelo FISCAL e pela COMREC durante 
o seu periodo de funcionamento; e outros esclarecimentos julgados necessários.
No RSC deverá constar:
a) Todas as informações decorrentes do cumprimento das condições e obri-
gações estabelecidas nas cláusulas contratuais;
 
b) Todos os fatos observados pelo seu acompanhamento e sua fiscalização;
 
c) Todos os fatos relacionados com o recebimento do objeto; e
 
d) Cópia de toda a documentação expedida ou recebida, relacionada com a 
execução do contrato, no período considerado, como: caução, apólice de seguro, 
notas fiscais, “invoices”, ofícios, cartas, propostas, telex, ordem de modificação e 
termos.
•
•
31
A obrigação de relatar o ocorrido no mês é uma obrigação prevista em lei, como 
vimos lá no início: da Lei nº 8.666/93, o representante da Administração anotará em regis-
tro próprio todas as ocorrências relacionadas com a execução do contrato, determinan-
do o que for necessário à regularização das faltas ou defeitos observados.
No âmbito do COMAER, esses RSC são feitos no SILOMS, Módulo "ePAG Aquisi-
ções e Contratos". Tema do nosso próximo tópico.
SILOMS - MÓDULO “ePAG AQUISIÇÃO E CONTRATOS” COM 
ÊNFASE EM RSC
Vimos que o Fiscal deve relatar as ocorrências em um
documento chamado RSC (Relatório de Situação de
Instrumento Contratual). Agora demostraremos como é
feito esse relatório no âmbito do COMAER.
Passo 01 - Login e Senha
A Senha é a mesma do Portal de Pessoal/Militar.
•
32
Passo 06 - Número do Contrato
Em Filtros, digite o “Número do Contrato”.
Passo 07 - Botão “Renovar”
Imagem de um “binóculos”.
Passo 08 - “Abrir” ou “Editar”
Clique em “Abrir” ou “Editar” contrato.
Passo 10 - Nr Relatório
Clique no “Nr Relatório” em questão. Aparecerá o Relatório de Situação de Contrato 
para visualização ou edição, conforme seleção anterior “Abrir” ou “Editar”. O rela-
tório trará todas as informações dos meses anteriores para conferência do fiscal. 
Após o preenchimentodo relatório, clique no botão “Salvar”, depois “Encerrar”.
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•
O RSC deve abranger o mês, por exemplo: 1 a 31 de abril, ali devem constar todas 
as atividades do mês, por exemplo: troca de e-mails com a empresa, envio e recebimento 
de documentações, a menção das notas fiscais recebidas no período, a menção das no-
tas fiscais pagas no período, menção a eficácia da empresa, se está cumprindo bem suas 
obrigações e também devem ser anexadas toda a documentação relatada.
O RSC quando por alguma pane não puder ser confeccionado pelo SILOMS, ele deve 
seguir o modelo da ICA 12-23/2019 em editor de texto “Word” ou “Libreoffice”.
Todo RSC, bem como qualquer outro documento formal entre contratada e o fiscal 
devem ir para o Processo Administrativo de Gestão (PAG).
33
Mas o que é PAG?
E onde isto está escrito?
Processo Administrativo de Gestão (PAG)
É uma das ferramentas que facilitam as ações da gestão e fiscalização de contratos 
mais eficientes, no âmbito da Administração Pública, é a efetiva autuação de todos os 
documentos em forma de Processo Administrativo de Gestão (PAG). Ele possibilita 
o gerenciamento de toda a documentação, das peças e outras partes constituintes dos 
processos administrativos, em especial naqueles que dizem respeito aos procedimentos 
inerentes a licitação e a execução de contratos da FAB, atividade essa considerada crítica 
na integração das tarefas dos seus gestores e fiscais.
Nesse sentido, para efetuarmos uma boa gestão de contratos, será necessário o 
planejamento estruturado das ações a ele atinentes, com controle dos documentos, para 
o gerenciamento de riscos e prevenção de possíveis problemas entres as partes e a con-
sequente responsabilidade dos agentes da administração, responsáveis pelo seu acom-
panhamento e fiscalização. 
Os fiscais de contrato devem estar atentos, procurando conhecer perfeitamente as 
atribuições e responsabilidades oriundas dos atos praticados no acompanhamento e fis-
calização da execução do instrumento contratual, visando o atendimento de seu objetivo, 
ou seja, a materialização do objeto contratado.
Bem, primeiramente, o Processo Admi-
nistrativo foi instituído através da Lei nº 9.784, 
de 29 de janeiro de 1999 (Disponível na bi-
blioteca do AVA), que disciplina o uso dessa 
ferramenta no âmbito da Administração Públi-
ca Federal.
Ela estabelece as normas básicas sobre o 
processo administrativo, visando, em especial 
à proteção dos direitos dos administradores e 
ao melhor cumprimento dos fins da Adminis-
tração.
34
Inicialmente cabe ressaltar que, o Processo Administrativo de Gestão não se trata 
apenas de uma pasta onde é colocado tudo o que se diz respeito a uma contratação.
O Processo Administrativo de Gestão consiste na juntada, em ordem cronológica 
das peças que o compõem, a partir do documento inicial que o originou, devidamente in-
dexadas, com todas as folhas rubricadas e numeradas em ordem crescente, a capa com 
indicações relativas ao assunto, ao interessado e à data. Esse processo, assim formado, 
é numerado com o NUP (Número Único de Processo), e a sua tramitação pelos Órgãos e 
Repartições é anotada para que, a qualquer momento, se possa saber de seu paradeiro.
A seguir, descreveremos algumas características e atributos que devem ser ob-
servados no trato de um PAG:
1) O número de protocolo é o principal meio de identificação dos documentos e é 
dado na Organização de origem, não cabendo outra numeração, para fins de iden-
tificação, nas Organizações por onde transitem.
2) Cada processo só tem um único número até o seu arquivamento final (NUP).
3) Os responsáveis pela autuação, numeração e movimentação de processos são 
os Protocolos Centrais das OM cadastradas (Unidades Protocolizadoras).
4) O processo é originado por um documento que, durante a sua tramitação, será 
instruído por despachos, atos lavrados em seu próprio corpo ou pela anexação de 
outros documentos, como pareceres técnicos, com a finalidade de fornecer à auto-
ridade competente os dados necessários a uma decisão.
5) O documento inicial e os despachos subsequentes serão sempre originais e os 
documentos correlatos poderão ser originais ou cópias autenticadas.
6) O envelope encaminhando com a correspondência não será peça do processo, 
devendo ser descartado, anotando-se as informações necessárias referentes ao en-
dereço do remetente no acessório de tramitação.
7) A autuação de processos de caráter sigiloso obedecerá à mesma regra de autua-
ção de processos ostensivos, observando a legislação específica vigente, devendo as 
OM de Protocolo Central e Setorial, após a autuação, lacrarem o envelope que con-
tém o processo, apondo o número único de processo, o nome do Órgão de destino 
e o carimbo correspondente ao grau de sigilo.
8) Os documentos que não constituem processo não serão autuados, tais como: 
convites para festividades, comunicação de posse, remessa para publicação, pedido 
de cópia e de desarquivamento de processo. Esses documentos serão tratados con-
forme os procedimentos previstos no Protocolo Central da OM.
Temos, ainda, a Norma de Sistema que dispõe sobre Correspondência e Atos Ofi-
ciais do Comando da Aeronáutica - NSCA 10-2/2019 - que é a norma que disciplina os pro-
cedimentos a serem seguidos nos vários documentos em uso na Força Aérea Brasileira.
35
9) As cópias autenticadas dos documentos encaminhados por meio de mensagem 
FAX podem se constituir em peças de processo, porém, tais mensagens, deverão ser 
devidamente protocoladas e autuadas.
10) E quanto à numeração, existe um padrão. A Capa, por exemplo, não será nu-
merada e as folhas subsequentes deverão seguir em ordem crescente, sem rasuras, 
utilizando carimbo padronizado, aposto, sempre que possível, no canto superior di-
reito da frente da folha, preenchido com algarismos arábicos em ordem sequencial, 
recebendo a primeira folha o número 1.
As atribuições do Fiscal realmente é coisa séria! Mas
ainda não entendi. O que o Fiscal tem a ver
com o PAG?
O PAG permite aos gestores, através da análise dos seus documentos, ter uma visão 
privilegiada do seu conteúdo, das metas a atingir, visando o resultado esperado. Através 
dele, podemos acompanhar e fiscalizar a execução dos contratos e obter maior eficiência 
e eficácia no desenvolvimento de suas tarefas.
No caso dos contratos da FAB, o prejuízo pela não realização ou pela não execução 
adequada de seus objetos, por exemplo, a manutenção de aeronaves, pode indisponi-
bilizar toda uma frota, causando transtornos e outras dificuldades no cumprimento da 
missão da Força Aérea do Brasil.
Serve também, o PAG, como uma grande ferramenta para avaliar e validar a quali-
dade de suas contratações, primando pela garantia de execução integral de seus contra-
tos. E nessa tarefa, o papel do fiscal sobressai de maneira significativa, para a se avaliar 
sobre a consecução dos objetivos esperados no momento da contratação.
A figura do gestor de contratos, o responsável pelo acompanhamento e fiscalização 
de sua execução, como acabamos de verificar neste trabalho, é de suma importância 
para o bom andamento dos trabalhos.
Ele deve servir de elo de ligação com a Administração e com as Empresas contrata-
das.
O fiscal não só deve conhecer o contrato bem como outras peças constantes do 
PAG, como o projeto básico, edital e seus anexos.
Conhecer perfeitamente o objeto do contrato é essencial para o bom desempenho 
dessa tarefa. E o livro onde podemos buscar todas estas informações se chama PAG.
36
“ 2 ”
- Planilhas de custos relativas à prestação de serviços a serem
executados de forma contínua, com comprovação das fontes de 
consulta e demonstrando que a extensão do prazo proporcionará 
a obtenção de preços e condições mais vantajosas para a 
Administração.
“ 3 ”
- Pareceres técnicos relatando, detalhadamente, os motivos
determinantes para a alteração contratual, devidamente
enquadrados nos dispositivos estabelecidos em Lei e com sua
opinião quanto a aceitabilidade ou não do pleito; AnexoC, D ou E da 
ICA 65-8/2009.
Gestão de Documentos Contratuais
Agora, passaremos a apresentar algumas dicas de como proceder para gerenciar os 
documentos dos contratos, o que fazer com os diversos tipos de instrumentos usados na 
ação de acompanhar e fiscalizar a execução contratual.
Bem, enumeremos a seguir alguns documentos que os fiscais devem encaminhar, 
em original, ao setor responsável dentro de sua Unidade para inclusão no PAG:
“ 1 ”
- Relatório de acompanhamento, citando todos os fatos em
desacordo com o cronograma físico-financeiro previsto no contrato; 
Anexo “I” e “O” da ICA 65-8/2009.
“ 4 ”
- Termos circunstanciados de recebimento, provisório e definitivo de 
material, serviços ou obras; Anexo F e G da ICA 65-8/2009.
37
“ 5 ”
- Justificativas de alteração contratual, elaboradas com base nos 
pareceres técnicos dos Fiscais. Este documento deve ser
submetido ao ordenador de despesas para aprovação; Anexo M da 
ICA 65-8/2009.
“ 6 ”
- Aqueles recebidos da Contratada, tais como Nota Fiscal,
comprovantes da Seguridade Social, FGTS, dentre outros.
Toda a documentação produzida pelo Fiscal do contrato deve ser assinada por ele e 
pelo Agente de Controle Interno da Unidade.
É salutar que o mesmo mantenha cópia dos documentos enviados, como notas fis-
cais, faturas, relatórios e outros atos derivados de sua ação como fiscal de contrato numa 
pasta própria, em seu setor de trabalho para consulta e acompanhamento. Esse arquivo 
deve também manter sintonia com os originais do PAG e manter a sequência cronológica 
de acordo com suas datas e confecção.
Ele é de suma importância, principalmente quando se trata de fiscalização de con-
tratos de outras unidades, como as do exterior.
Atualmente, a FAB vem tornando todos os seus processos eletrônicos, dessa forma 
surgiu o ePAG, que é um novo sistema para gerenciar os Processos Administrativos de 
Gestão de forma eletrônica.
São figuras essenciais no desenrolar da execução dos contratos, a pessoa do 
fiscal ou integrantes da comissão de fiscalização do contrato, bem como dos inte-
grantes da comissão de fiscalização, dos integrantes das comissões de recebimento 
definitivo.
Tendo em vista o princípio da segregação das funções, a distinção das atribuições 
inerentes ao FISCAL e às COMISSÕES DE RECEBIMENTO, instituições que respondem, a 
primeira, pelo acompanhamento e fiscalização da execução do contrato e, a segun-
da, pelo recebimento do objeto, se faz necessária para que, em nenhuma hipótese, 
uma só destas instituições venha a acumular as mencionadas atribuições. Tal me-
dida visa a evitar a possibilidade de que o ciclo completo de realização de um processo 
administrativo de gestão, ou de suas partes essenciais, permaneçam sob a responsabili-
dade de apenas um setor, agente ou comissão, a fim de impedir que o responsável pelo 
recebimento de um objeto contratual venha a ser, também, responsável pela fiscalização 
desta mesma atividade. Dessa forma, busca-se minimizar a ocorrência de falhas ou irre-
gularidades de consequências danosas para a Administração.
Já conhecemos a figura do Fiscal. Agora, vamos conhecer um pouco sobre a COMREC 
(Comissão de Recebimento) e o Recebimento de Objeto Contratual.
38
2.1.2 RECEBIMENTO DO OBJETO CONTRATUAL
Por imposição da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, diploma legal que institui 
normas para as licitações e contratos da Administração Pública, a Administração tem 
por obrigação acompanhar e fiscalizar a execução de instrumento contratual por 
ela firmado, devendo fazê-lo por intermédio de um representante especialmente 
designado para este fim (Artigo 67).
Por outro lado, a referida lei determina que uma outra importantíssima atribuição 
- o recebimento do objeto - deva ser realizada por comissão especialmente designa-
da com esta destinação (Artigo 73).
Art. 73 da Lei nº 8.666/93.
Art. 73. Executado o contrato, o seu objeto será recebido:
I - em se tratando de obras e serviços:
a) provisoriamente, pelo responsável por seu acompanhamento e fiscaliza-
ção, mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes em até 15 (quin-
ze) dias da comunicação escrita do contratado;
b) definitivamente, por servidor ou comissão designada pela autoridade 
competente, mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes, após o 
decurso do prazo de observação, ou vistoria que comprove a adequação do 
objeto aos termos contratuais, observado o disposto no art. 69 desta Lei;
II - em se tratando de compras ou de locação de equipamentos:
a) provisoriamente, para efeito de posterior verificação da conformidade do 
material com a especificação;
b) definitivamente, após a verificação da qualidade e quantidade do material 
e conseqüente aceitação.
§ 1º Nos casos de aquisição de equipamentos de grande vulto, o recebi-
mento far-se-á mediante termo circunstanciado e, nos demais, mediante 
recibo.
§ 2º O recebimento provisório ou definitivo não exclui a responsabilida-
de civil pela solidez e segurança da obra ou do serviço, nem ético-profis-
sional pela perfeita execução do contrato, dentro dos limites estabeleci-
dos pela lei ou pelo contrato.
§ 3º O prazo a que se refere a alínea “b” do inciso I deste artigo não po-
derá ser superior a 90 (noventa) dias, salvo em casos excepcionais, devi-
damente justificados e previstos no edital.
§ 4º Na hipótese de o termo circunstanciado ou a verificação a que se 
refere este artigo não serem, respectivamente, lavrado ou procedida 
dentro dos prazos fixados, reputar-se-ão como realizados, desde que co-
municados à Administração nos 15 (quinze) dias anteriores à exaustão 
dos mesmos.
39
O Contrato tem por objetivo a execução de algum serviço, ou a entrega de algum 
material. Isso é o que chamamos de Recebimento do Objeto. O recebimento, por fim, 
vem a ser a atividade que irá coroar a execução do instrumento contratual, haja vista que 
somente depois de sua efetivação é que a Administração irá obter a satisfação da sua 
necessidade e a contratada a justa remuneração pelo bem material fornecido ou pelo 
serviço prestado.
A fim de atender ao princípio da segregação, fica atribuída ao FISCAL, tão somen-
te, as atividades de acompanhamento e fiscalização do contrato e, à COMREC, exclu-
sivamente, as atividades de recebimento do objeto.
Mas o que seria COMREC?
COMISSÃO DE RECEBIMENTO DE MATERIAL OU SERVIÇO 
(COMREC)
Comissão de agentes da administração, obedecido o critério estabelecido no § 8 o , 
do art. 15, da Lei nº 8.666/93, formada por, no mínimo, três membros que, por intermé-
dio da Unidade Gestora contratante, representante do Comando da Aeronáutica junto à 
empresa contratada, tem como atribuição efetuar o recebimento do objeto, seja ele bem 
material ou serviço, nas condições pré-estabelecidas no ato convocatório, empenho, ins-
trumento contratual, etc.
Tendo em vista o princípio da segregação das funções e a distinção das atribuições 
inerentes ao FISCAL e à COMREC:
a) O FISCAL não poderá ser membro de uma COMREC de um mesmo instrumen-
to contratual; e 
b) Nenhum membro de uma COMREC poderá ser nomeado FISCAL de um mes-
mo instrumento contratual.
40
A COMREC será necessariamente chefiada por oficial, sendo composta por oficiais e 
graduados ou por civis a eles assemelhados, pertencentes à OM contratante.
Os membros da COMREC serão nomeados pelo agente diretor da OM contratante 
por meio de publicação em boletim interno, em data precedente à assinatura do instru-
mento contratual.
A COMREC tem como atribuição geral o recebimento do objeto do instrumento con-
tratual firmado no âmbito da SISMAB (Sistema de Material Aeronáutico e Bélico), seja no 
país ou no exterior, subordina-se administrativamente à UG contratante e está direta-
mente vinculada ao FISCAL para fins de execução contratual.
Recebimento do objeto
“Os membros da COMREC são agentes da administração e 
deverão ser selecionados pelo conhecimento administrativo 
e técnico-especializado que os capacitem à realização dos 
recebimentos quantitativo e qualitativo do objeto

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